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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A Nova Previdência entrou em vigor na data de publicação da Emenda Constitucional nº 103, em 13 de novembro de
2019, trazendo uma série de modificações ao sistema previdenciário brasileiro. São novas idades de aposentadoria, novo
tempo mínimo de contribuição e regras de transição para quem já era segurado, entre outras mudanças.
As novas regras valem para segurados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e do Regime Próprio de
Previdência Social (RPPS) da União. Porém, neste curso veremos apenas as regras do RGPS.
Trataremos nesta aula das mudanças ocorridas nas aposentadorias.
Antes da Emenda Constitucional 103/2019 as aposentadorias do INSS se dividiam, especialmente, em dois tipos: por idade
e Tempo de Contribuição. Agora isso mudou. Para trabalhadores da iniciativa privada e de municípios sem sistema
previdenciário próprio, entre outros, a regra geral de aposentadoria passa a exigir:
Para essa categoria, serão exigidos 25 anos de contribuição e idade mínima de 57 anos, para as mulheres, e de 60 anos para
os homens. Essa regra somente se aplicará aos professores que comprovarem, exclusivamente, tempo de efetivo exercício
nas funções de magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio.
Trabalhadores rurais:
Para a aposentadoria de trabalhadores e trabalhadoras rurais estão mantidos o tempo de contribuição de 15 anos e as idades
mínimas de aposentadoria de 55 anos para as mulheres e de 60 anos para os homens.
Cálculo do benefício
Ao atingir a idade e o tempo de contribuição mínimos, os trabalhadores do RGPS poderão se aposentar com 60% da média
de todas as contribuições previdenciárias efetuadas desde julho de 1994. A cada ano a mais de contribuição, além do
mínimo exigido, serão acrescidos dois pontos percentuais aos 60%.
Assim, para ter direito à aposentadoria no valor de 100% da média de contribuições, as mulheres deverão contribuir por 35
anos e os homens, por 40 anos.
O valor das aposentadorias não será inferior a um salário mínimo e nem poderá ultrapassar o teto do RGPS.
O valor será definido levando em consideração todas as contribuições feitas pelo segurado desde julho de 1994.
Alíquotas
As alíquotas passaram a ser progressivas, ou seja, quem ganha mais pagará mais.
Importante ressaltar que as alíquotas passaram a incidir sobre cada faixa de remuneração, de forma semelhante ao cálculo
do Imposto de Renda. Assim, por exemplo, um trabalhador que ganhava exatamente o teto do RGPS em 2019 (R$ 5.839,35)
pagará uma alíquota efetiva total de 11,69%.
REGRAS DE TRANSIÇÃO
A Nova Previdência trouxe regras de transição para quem já estava no mercado de trabalho, tornando possível escolher a
forma mais vantajosa de aposentadoria.
Para o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) foram criadas cinco regras de transição: quatro por tempo de
contribuição e uma por idade. Vamos acompanhar como fica cada uma delas.
PRIMEIRA REGRA - TRANSIÇÃO POR SISTEMA DE PONTOS
Mulheres poderão se aposentar a partir de 86 pontos e homens, de 96, já em 2019. O tempo mínimo de contribuição de 30
anos para elas e de 35 anos para eles deverá ser respeitado. A cada ano será exigido um ponto a mais, chegando a 105
pontos para os homens, em 2028, e 100 pontos para as mulheres, em 2033.
Pontos
Mulher Homem
Ano
(mínimo 30 anos de contribuição) (mínimo 35 anos de contribuição)
2019 86 96
2020 87 97
2021 88 98
2022 89 99
2023 90 100
2024 91 101
2025 92 102
2026 93 103
2027 94 104
2028 95 105
2029 96 105
2030 97 105
2031 98 105
2032 99 105
2033 100 105
O valor do benefício seguirá a regra geral de cálculo da Nova Previdência: 60% da média de todas as contribuições
registradas desde julho de 1994 mais dois pontos percentuais a cada ano de contribuição que exceder 15 anos, para as
mulheres, e 20 anos, para os homens.
Acompanhe abaixo a ilustração por exemplo de uma situação de aplicação desta regra:
Em 2019 uma mulher com 55 anos de idade e 25 anos de contribuição, ainda precisaria pagar mais 5 anos para alcançar os
30 pontos. Logo, hoje ela teria 80 pontos (55+25).
A cada ano pago, ela conquistará 2 pontos (um pela idade e um pela contribuição).
Em 2025 ela terá 92 pontos e poderá se aposentar, pois atingirá os 30 anos de contribuição!
Vale lembrar que esta regra vale a pena para quem está próximo das idades mínimas para aposentadoria!
Os professores da educação básica que comprovarem, exclusivamente, exercício da função de magistério na educação
infantil e nos ensinos fundamental e médio terão redução de cinco pontos.
Assim, de imediato, as professoras poderão pedir aposentadoria a partir da soma de 81 pontos, desde que tenham o mínimo
de 25 anos de contribuição, e os professores, com 91 pontos e, no mínimo, 30 anos de contribuição. Os pontos subirão até
92, para elas, e até 100, para eles.
Pontos
Mulher Homem
Ano
(mínimo 30 anos de contribuição) (mínimo 35 anos de contribuição)
2019 81 91
2020 82 92
2021 83 93
2022 84 94
2023 85 95
2024 86 96
2025 87 97
2026 88 98
2027 89 99
2028 90 100
2029 91 100
2033 92 100
Acompanhe abaixo a ilustração por exemplo de uma situação de aplicação desta regra:
ILUSTRAÇÃO DE CASO
Em 2019 uma mulher com 55 anos de idade e 25 anos de contribuição, ainda precisaria pagar mais 5 anos para alcançar
os 30 pontos. Logo, ela teria 80 pontos (55+25).
A cada ano pago, ela conquistará 2 pontos (um pela idade e um pela contribuição):
Em 2025 ela terá 92 pontos e poderá se aposentar, pois atingirá os 30 anos de contribuição!
Por essa regra, as mulheres poderão se aposentar aos 56 anos, desde que tenham pelo menos 30 anos de contribuição, em
2019. Já para os homens, a idade mínima será de 61 anos e 35 anos de contribuição. A idade mínima exigida subirá seis
meses a cada ano, até chegar aos 62 anos de idade para elas, em 2031, e aos 65 anos de idade para eles, em 2027.
O valor do benefício seguirá a regra geral de cálculo da Nova Previdência: 60% da média de todas as contribuições
efetuadas desde julho de 1994 mais dois pontos percentuais a cada ano de contribuição que exceder 15 anos, para as
mulheres, e 20 anos, para os homens.
Os professores da educação básica que comprovarem, exclusivamente, exercício da função de magistério na educação
infantil e nos ensinos fundamental e médio terão redução de cinco anos na idade e no tempo de contribuição.
IDADE MÍNIMA
ANO MULHER HOMEM
(30 anos de contribuição) (35 anos de contribuição)
ILUSTRAÇÃO DE CASO
Em 2019, um homem com 61 anos de idade e 32 anos de contribuição. A regra diz que ele deveria ter 61 anos
de idade, mais 35 anos de contribuição. Logo, ao contribuir por mais 3 anos de previdência, ele conquistará o
direito da aposentadoria por tempo de contribuição.
Como fica esta regra para Professores?
Esse grupo de segurados terá redução de 5 anos na idade e no tempo de contribuição, ou seja, 51 anos de idade e 25 anos
de contribuição se mulher, e 56 anos de idade e 30 anos de contribuição se homem, desde que comprovem,
exclusivamente, tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil, no ensino fundamental e/o no
médio. As idades sobem até 60 anos para homens e 57 para mulheres na tabela de pontos.
IDADE MÍNIMA
ANO PROFESSORA PROFESSOR
(25 anos de contribuição) (30 anos de contribuição)
2019 51 56
2021 52 57
Segundo essa regra, as mulheres com mais de 28 anos de contribuição e os homens com mais de 33 anos de contribuição
poderão optar pela aposentadoria sem idade mínima, desde que cumpram um pedágio de 50% sobre o tempo mínimo que
faltava para se aposentar (30 anos para elas e 35 anos para eles).
Mulher Homem
Regra 3
ILUSTRAÇÃO DE CASO
Uma mulher com 29 anos de contribuição poderá se aposentar sem idade mínima, desde que contribua por
mais um ano e meio (desse um ano e meio, um ano corresponde ao período que originalmente faltava para a
aposentadoria + meio ano adicional corresponde ao pedágio de 50%.)
O valor do benefício será calculado levando em consideração a média de todas as contribuições desde julho
de 1994, sobre ela aplicando-se o fator previdenciário.
Esta regra vale a pena para quem está perto de atingir o tempo de contribuição!
Essa regra estabelece uma idade mínima e um pedágio de 100% do tempo que faltava para atingir o mínimo exigido de
contribuição (30 anos para elas e 35 anos para eles). Para mulheres, a idade mínima será de 57 anos e, para homens, de 60
anos.
TEMPO DE
IDADE PEDÁGIO
SEGURADO (A) CONTRIBUIÇÃO
Por exemplo, uma mulher de 57 anos de idade e 28 anos de contribuição terá de trabalhar mais quatro anos (dois que
faltavam para atingir o tempo mínimo de contribuição mais dois anos de pedágio), para requerer o benefício.
Para trabalhadores vinculados ao RGPS, o valor da aposentadoria será de 100% da média de todos os salários de
contribuição desde julho de 1994.
Esta regra vale a pena para quem está perto de atingir o tempo de contribuição!
Professores da educação básica que comprovarem, exclusivamente, exercício da função de magistério na educação infantil
e nos ensinos fundamental e médio terão redução de cinco anos na idade e no tempo de contribuição (52 anos de idade e 25
de contribuição, para mulheres, e 55 anos de idade e 30 de contribuição, para homens).
TEMPO DE
IDADE PEDÁGIO
SEGURADO (A) CONTRIBUIÇÃO
Vale relembrar que esta regra vale a pena para quem está perto de atingir o tempo de contribuição !!!
Cálculo do benefício.
Para quem se enquadra nesta regra o benefícios equivalerá a 100% da média dos salários de contribuição desde julho de
1994, sem a aplicação dos 60% + 2% a cada ano de contribuição que exceder os 15 anos de contribuição no caso da mulher
e 20 anos no caso dos homens.
A regra da aposentadoria por idade exige idade mínima de 65 anos para homens. Ou seja, no caso deles, nada muda. Para
as mulheres, a idade mínima começou em 60 anos, em 2019, e sobe seis meses a cada ano, até chegar a 62 anos em 2023.
Em ambos os casos é exigido tempo de contribuição mínimo de 15 anos.
O valor do benefício seguirá a regra geral de cálculo da Nova Previdência: 60% da média de todas as contribuições mais
dois pontos percentuais a cada ano de contribuição que exceder 15 anos, para mulheres, e 20 anos, para homens.
ILUSTRAÇÃO DE CASO
Se a mulher tem 62 anos de idade e 15 anos de contribuição e queira trabalhar mais para melhorar a renda, ela
poderia trabalhar mais 8 anos e teria: 70 anos de idade e 23 anos de contribuição e aposentaria com 76% da
média.
OBSERVAÇÕES
a) Quem já está no mercado de trabalho próximo de se aposentar terá de verificar qual a regra de transição que
melhor se encaixa ao seu caso. Quem não se encaixar em nenhuma delas terá de seguir a regra geral (idade
mínima + tempo de contribuição).
b) Para quem já cumpriu as condições para se aposentar, poderá escolher se quer se aposentar seguindo as
regras antigas ou as regras novas. Em alguns casos, a regra nova pode ser mais benéfica.
d) Como saber quanto vai pagar? Como a incidência da contribuição será por faixas de renda, será necessário
calcular caso a caso para ver quem vai pagar mais ou menos. O governo disponibilizou uma calculadora de
contribuição onde é possível verificar a alíquota efetiva e comparar os descontos antes e depois da reforma.
Chegamos ao final desta aula. Retorne ao início do curso para acessar a próxima aula.
Bons estudos!
APOSENTADORIA ESPECIAL
A aposentadoria especial é um benefício concedido ao cidadão que trabalha exposto a agentes nocivos (químicos, físicos ou
biológicos) de forma contínua e ininterrupta, em níveis de exposição acima dos limites estabelecidos em Lei.
Antes da Nova Previdência (EC 103/2019):
A aposentadoria especial é concedida após o segurado, independente se homem ou mulher, cumprir 15, 20 ou 25 anos de
contribuição, conforme o(s) agente(s) nocivo(s) exposto. A exposição deve ser contínua e ininterrupta durante a jornada de
trabalho e o segurado deve comprovar no mínimo 180 meses de contribuição para fins de carência. Quando aposentado,
recebe 100% da média, sem incidência do fator previdenciário. Não havia idade mínima.
Depois da Nova Previdência (EC 103/2019), é preciso comprovar:
O calculo será de 60% da média aritmética simples, com acréscimo de 2 % a cada ano que exceder os 15 anos (para
aposentadoria de 15 anos) e 60% da média aritmética simples, com acréscimo de 2 % a cada ano que exceder os 20 anos
(para aposentadoria de 20 e 25 anos).
A Aposentadoria Especial é concedida ao segurado que tenha trabalhado em condições prejudiciais à saúde ou à integridade
física. Têm direito a este benefício, o segurado empregado, o trabalhador avulso e o contribuinte individual, este
somente quando cooperado filiado à cooperativa de trabalho ou à de produção.
AGENTES NOCIVOS
Para ter direito é necessário ainda comprovar que esteve exposto de modo habitual e permanente aos agentes nocivos
químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde.
Exemplo: Carvão Mineral, chumbo, cromo, ruído acima de 90 decibéis, sílica, níquel, mercúrio, iodo, fósforo, petróleo,
temperaturas anormais, microrganismos e parasitas infecciosos vivos e suas toxinas, radiações ionizantes, entre outros.
CONDIÇÕES ESPECIAIS
Para fins de análise do benefício considera-se:
1. Nocividade: situação combinada ou não de substâncias, energias e demais fatores de riscos reconhecidos, presentes
no ambiente de trabalho, capazes de trazer ou ocasionar danos à saúde ou à integridade física do trabalhador;
2. Permanência: trabalho não ocasional nem intermitente, durante quinze (15), vinte (20) ou vinte e cinco (25) anos, no
qual a exposição ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço, em decorrência
da subordinação jurídica a qual se submete.
ANÁLISE DO PPP
O Perito Médico Federal faz a análise de cada PPP apresentado pelo segurado para fins de concessão da Aposentadoria
Especial, sendo de responsabilidade da empresa empregadora emitir e manter atualizado o PPP para seus empregados.
No caso de cooperado filiado, o PPP deverá ser emitido e mantido atualizado pela cooperativa de trabalho ou de produção.
Já o Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO assume esta responsabilidade, no caso de trabalhador avulso portuário, e o
sindicato da categoria, para o trabalhador avulso não portuário. O sindicato da categoria ou OGMO estão autorizados a
emitir o PPP somente para trabalhadores avulsos a eles vinculados.
A empresa é obrigada a fornecer cópia autêntica do PPP ao trabalhador em caso de rescisão do contrato de trabalho ou de
desfiliação da cooperativa, sindicato ou Órgão Gestor de Mão de Obra.
OBSERVAÇÕES
ATENÇÃO!
o Será reconhecida a conversão de tempo especial em comum, na forma prevista na Lei nº 8.213/1991, ao segurado do Regi
Previdência Social (RGPS) que comprovar tempo de efetivo exercício de atividade sujeita a condições especiais que efetiv
prejudiquem a saúde, cumprido até a data de entrada em vigor da EC 103/2019 (Nova Previdência), vedada a conver
tempo cumprido após esta data.
o O trabalhador não precisa sair do emprego para requerer a aposentadoria.
o Será devido o enquadramento por categoria profissional de atividade exercida sob condições especiais para períodos traba
28/04/1995, observados critérios específicos definidos nas normas previdenciárias.
o A Aposentadoria Especial requerida e concedida a partir de 29/4/95 será cancelada pelo INSS, caso o beneficiário perman
retorne à atividade que ensejou a concessão desse benefício.
o As Aposentadorias (exceto a por incapacidade permanente, antiga por invalidez) são irreversíveis e irrenunciáveis após o
do primeiro pagamento ou saque do PIS ou do FGTS, o que ocorrer primeiro.
Considera-se pessoa com deficiência, nos termos da referida Lei Complementar, aquela que tem impedimentos de longo
prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que, em interação com diversas barreiras, impossibilitem que a
pessoa participe de forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas que não possuem
tal impedimento.
Considerando, como visto, que a Previdência Social é uma rede de proteção e que a legislação previdenciária considera as
particularidades de cada tipo de trabalhador, foram criadas regras diferenciadas para a Aposentadoria por Tempo de
Contribuição das pessoas com deficiência. Essas mudanças entraram em vigor com a Lei Complementar nº 142, de 8 de
maio de 2013. Para entender melhor quem direito a esse benefício, é imprescindível o entendimento de quem é a pessoa com
deficiência.
PESSOA COM DEFICIÊNCIA - AFERIÇÃO
O benefício somente será concedido se o segurado estiver na condição de pessoa com deficiência no momento do
requerimento ou quando tiver implementado os requisitos mínimos exigidos.
A constatação da deficiência se dará por meio de avaliação médica e funcional a ser realizada pela Perícia Médica Federal -
PMF, embasada em documentos, para fins de definição da deficiência e do grau, que pode ser leve, moderada ou grave.
Tem direito à Aposentadoria por Tempo de Contribuição, na condição de pessoa com deficiência, o segurado empregado,
inclusive o doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual e facultativo, e ainda os segurados especiais que
contribuam facultativamente, observadas as seguintes condições:
I - aos vinte e cinco (25) anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se homem, e 20 (vinte)
anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave;
II - aos vinte e nove (29) anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se homem, e vinte e quatro
(24) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência moderada;
III - aos trinta e três (33) anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se homem, e vinte e oito
(28) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve;
V- comprovação da condição de pessoa com deficiência na data da entrada do requerimento ou na da implementação dos
requisitos para o benefício.
ILUSTRAÇÃO DE CASO
PRIMEIRO CASO ILUSTRATIVO
Verifique a situação hipotética a seguir.
Francisco, empregado, possui 55 anos de idade e 35 anos de contribuição, na condição de pessoa com deficiência.
Média aritmética simples dos 80% maiores salários de contribuição = R$ 2.000,00
Fator previdenciário = 0,700 (não foi aplicado por não ser vantajoso para o segurado)
Salário de benefício = R$ 2.000,00
Portanto, a Renda Mensal Inicial será 100% do salário de benefício = R$ 2.000,00
Nesse exemplo, o Fator Previdenciário seria aplicado, caso Francisco não fosse pessoa com deficiência.
SEGUNDO CASO ILUSTRATIVO
Paulo, pessoa com deficiência, completou 33 anos de contribuição como empregado e 68 anos de idade e requereu
o benefício de Aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência.
Média aritmética simples dos 80% maiores salários de contribuição: R$ 2.000,00
Fator previdenciário = 1,140 (foi aplicado por ser vantajoso)
Salário de Benefício = R$ 2.000,00 X 1,140 = R$ 2.280,00
Então, aplica-se a alíquota de 100% sobre o salário de benefício: 1,00 X R$ 2.280,00 = R$ 2.280,00.
RMI = R$ 2.280,00.
Neste exemplo, em função da idade do cidadão e do tempo total de contribuição, a aplicação do fator
previdenciário aumentou o valor do salário de benefício e consequentemente da Renda Mensal Inicial.
O trabalhador rural que não comprovar 180 meses de atividade rural poderá somar o tempo de atividade rural que possuir
com o tempo de contribuição sob outras categorias, inclusive urbanas, para efeito de carência, fazendo jus à aposentadoria
por idade aos 65 anos, se homem, e 60 anos, se mulher.
ILUSTRAÇÃO DE CASO!
O Sr. João completou 65 anos de idade e trabalha como agricultor, sendo classificado como segurado especial.
Entretanto, exerceu a atividade rural apenas por 120 meses. Antes disso, trabalhou como empregado em uma
indústria, por 60 meses. Nesse caso, ele pode juntar os dois períodos para obter a carência, de 180 meses. É
importante observar, no entanto, que o Sr. João só pode implementar as condições para aposentadoria por ter
completado os 65 anos. Não teria direito caso sua idade fosse 60 anos, por exemplo, pois para tanto todo o
período de carência deveria ser exclusivo na atividade rural.
O segurado especial comprovará o tempo de exercício da atividade rural por meio de autodeclaração ratificada por
entidades públicas credenciadas, ou, inexistindo estas, pelo próprio INSS.
A comprovação do exercício de atividade rural será feita, complementarmente à autodeclaração citada acima, por meio dos
documentos citados no art. 106 da Lei 8.213/1991, entre outros.
O Ministério da Economia manterá sistema de cadastro dos segurados especiais no Cadastro Nacional de Informações
Sociais (CNIS), e poderá firmar acordo de cooperação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e com
outros órgãos da administração pública federal, estadual, distrital e municipal para a manutenção e a gestão do sistema de
cadastro, viabilizando consultas às bases governamentais para ratificação da autodeclaração citada anteriormente.
FINALIZANDO
Concluímos a última aula do curso Aposentadorias pelo INSS, não deixe de estudar também o material disponível
na biblioteca!
Caso tenha ficado com alguma dúvida, retorne à aula anterior antes de realizar a avaliação de aprendizagem.
Inscreva-se também nos demais cursos ofertados pelo Programa de Educação Previdenciária.
Bons estudos!