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ST
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EG

SIMULADOS QUEBRANCO A BANCA


D

2021 - 4T D. PREVIDENCIÁRIO

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Ricardo (11660793769) 2021 - 4T D. PREVIDENCIÁRIO www.portalbnd.com.br

Índice

1. Encartes 3
1.1 SIMULADOS QUEBRANDO A BANCA MATÉRIA: D. PREVIDENCIÁRIO ANO: 2021.4 4

ÃO

ST
U
EG
D

Nome: Ricardo CPF: 11660793769 ir para topo


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Encartes
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EG
D

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SIMULADOS QUEBRANDO A BANCA MATÉRIA: D.

PREVIDENCIÁRIO ANO: 2021.4

ENUNCIADOS

Previdência Social Rural e Previdência Social Privada. Regimes especiais. Regime


previdenciário do servidor estatutário. Previdência complementar.

ÃO
TJ PARANÁ 2021 – MAGISTRATURA

1 - Caio, magistrado do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, com ingresso na


magistratura em janeiro de 2005, busca orientações quanto às regras de aposentadoria

voluntária aplicáveis após a reforma previdenciária de 2019. Diante desse cenário, é
correto afirmar que:

(A)o magistrado foi imediatamente submetido às novas regras de aposentadoria


ST
previstas na Emenda Constitucional nº 103/2019, independentemente de legislação
local atual ou futura, ressalvados os direitos adquiridos;

(B)como Caio ingressou no regime previdenciário local antes da Emenda Constitucional


U

nº 103/2019, não será possível a adesão voluntária ao regime de previdência


complementar, na hipótese de sua criação;
EG

(C)Caio poderá obter aposentadoria voluntária no regime previdenciário estadual, nos


termos da legislação vigente, em valores superiores ao limite máximo estabelecido para
o Regime Geral de Previdência Social;
D

(D)o magistrado, por ter ingressado no regime previdenciário local antes da Emenda
Constitucional nº 103/2019, possui direito adquirido às regras pretéritas;

(E)Caio somente poderá aposentar-se de forma compulsória

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Prestação. Carência. Benefícios. Renda Mensal Inicial. Aposentadorias, auxílios e


pensões. Prescrição.

2 – Para o STJ, mesmo após a EC 103/19 é possível a aposentadoria especial do vigilante


armado ou desarmado devido a periculosidade.

( ) VERDADEIRO ( ) FALSO

TJ PARANA 2021 – MAGISTRATURA

3 - Jorge, segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ingressa

ÃO
em juízo frente à autarquia previdenciária em busca de aposentadoria por invalidez, nos
termos da Lei nº8.213/1991. Em tal cenário, uma conduta correta do magistrado do
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná seria:


(A)reconhecer a incompetência da Justiça Estadual para a demanda, sendo irrelevante
a origem e natureza da invalidez, assim como a espécie de segurado obrigatório a qual
pertence Jorge;
ST
(B)admitir que Jorge poderá ter seu pleito atendido, mesmo quando demonstrada a
existência da doença profissional em data anterior ao ingresso no atual emprego, a
depender da data de início da incapacidade a ser fixada por perícia;
U

(C)admitir que o benefício requerido e eventuais consectários nunca poderão superar o


EG

valor máximo de benefícios do RGPS, uma vez concedidos;

(D)afirmar que, uma vez demonstrada a incapacidade total e permanente para a


atividade habitual de Jorge, devidamente comprovada em perícia judicial, o benefício
previdenciário deverá ser concedido, independentemente de outros requisitos;
D

(E)concluir que a aposentadoria por invalidez acidentária, uma vez concedida por
sentença judicial transitada em julgado, é imodificável

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GABARITO

Previdência Social Rural e Previdência Social Privada. Regimes especiais. Regime


previdenciário do servidor estatutário. Previdência complementar.

TJ PARANÁ 2021 – MAGISTRATURA

1 - Caio, magistrado do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, com ingresso na


magistratura em janeiro de 2005, busca orientações quanto às regras de aposentadoria
voluntária aplicáveis após a reforma previdenciária de 2019. Diante desse cenário, é
correto afirmar que:

ÃO
(A) o magistrado foi imediatamente submetido às novas regras de aposentadoria
previstas na Emenda Constitucional nº 103/2019, independentemente de legislação
local atual ou futura, ressalvados os direitos adquiridos;


(B) como Caio ingressou no regime previdenciário local antes da Emenda
Constitucional nº 103/2019, não será possível a adesão voluntária ao regime de
previdência complementar, na hipótese de sua criação;
ST
(C) Caio poderá obter aposentadoria voluntária no regime previdenciário
estadual, nos termos da legislação vigente, em valores superiores ao limite
máximo estabelecido para o Regime Geral de Previdência Social;
U

(D) o magistrado, por ter ingressado no regime previdenciário local antes da Emenda
EG

Constitucional nº 103/2019, possui direito adquirido às regras pretéritas;

(E) Caio somente poderá aposentar-se de forma compulsória

Gabarito: Alternativa “C”.


D

Comentários:

O STF afirmou quando da análise da constitucionalidade da EC 41/03 que não existe direito
adquirido a regime jurídico (ADINS 3105 e 3128). Isso quer dizer que enquanto não cumprido os
requisitos necessários para a aposentadoria não há direito à aplicação das regras
previdenciárias então vigentes.
A contrário sensu, uma vez cumprido os requisitos para a aposentadoria, o segurado tem direito
à aplicação da norma previdenciária vigente na data em que implementou os requisitos, mesmo
que o requerimento de aposentadoria venha a ocorrer já na vigência da nova norma.

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Assim, como ocorrer nas EC 20/98, 40/03, 47/05, na EC 103/19 também foi prevista regra de
transição, podendo todos aqueles que já eram filiados à previdência social (RGPS ou RPPS) no
momento da publicação da Emenda Constitucional optar por se aposentar pela regra de
transição ou pela nova regra.

Assim, a Letra “A” é incorreta uma vez que não há direito adquirido se não foram implementados
até a data da publicação da EC 103/19 todos os requisitos para a aposentadoria anterior.
Ademais, é prevista regra de transição em especial no art. 20 da EC 103/19, de forma que caso
lhe seja mais benéfica poderá ser utilizada a regra de transição e não a regra nova.

Acrescento que está em discussão no STF se as regras de transição das EC 20/98 e 41/03
ainda estão valendo após a promulgação da EC 103/19 tendo essa EC apresentado novas

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regras de transição sem fazer menção às regras de transição anteriores.

A hipótese “B” é falsa pois conforme art. 40, §16 da CF/88 o servidor poderá optar por migrar de
regime, hipótese em que a aposentadoria fica limitada ao teto do RGPS, porém poderá aderir ao
regime de previdência complementar. AÇ
As vantagens da migração atualmente é pagar uma alíquota menor de Contribuição
Previdenciária uma vez que até o teto do RGPS a alíquota é de 11% e, no âmbito federal acima
ST
do teto do RGPS a alíquota chega a 14%. (Vários Estados usam a mesma alíquota de 14% em
vista do disposto no art. 11 da EC 103/19). Além disso a aposentadoria a ser recebida no futuro
fica livre da incidência de contribuição previdenciária que índice sobre as aposentadorias
U

recebidas acima do teto do RGPS. (art. 40, §18, da CF/88)


EG

A vantagem de aderir à previdência complementar dos entes públicos é a possibilidade do


patrocinador (União, Estados ou Municípios) fazerem aportes nas contas dos servidores. Por
exemplo, no âmbito federal, a União deposita na conta do fundo até 8,5% do salário do servidor.
Assim, se o servidor deposita 8,5% já descontados em folha todo mês, o montante é dobrado
todo mês com o depósito da União.
D

A desvantagem da migração é que o provento da aposentadoria fica limitado ao teto do RGPS,


cabendo ao servidor fazer a complementação por meio da aposentadoria complementar ou
outros investimentos.

A Letra “C” é verdadeira. A aposentadoria mesmo após a EC 103/19 poderá ser superior ao teto
do RGPS pois é aplicável aos que já tinham se filiado ao sistema previdenciário até a sua
publicação as regras de transição e essas permitem aposentadoria acima do teto do RGPS.

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Ademais, para quem já era filiado, a limitação ao teto do RGPS ocorrerá apena se optar pelo
chamado Novo RPPS onde se limita a aposentadoria ao teto do RGPS para ter as vantagens
fiscais acima mencionadas e poder aderir ao sistema de previdência complementar.

No caso específico dos servidores estaduais, o art. 20, §4º deixa clara a aplicação da legislação
local anterior até que venha surgir nova legislação.

Confira a redação do art. 20 “caput” e § §2º e 4º da EC 119/03 abaixo transcrito:

Art. 20. O segurado ou o servidor público federal que se tenha filiado ao Regime Geral
de Previdência Social ou ingressado no serviço público em cargo efetivo até a data de
entrada em vigor desta Emenda Constitucional poderá aposentar-se voluntariamente

ÃO
quando preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos:
I - 57 (cinquenta e sete) anos de idade, se mulher, e 60 (sessenta) anos de idade, se
homem;
II - 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher, e 35 (trinta e cinco) anos de contribuição,
se homem; AÇ
III - para os servidores públicos, 20 (vinte) anos de efetivo exercício no serviço público e
5 (cinco) anos no cargo efetivo em que se der a aposentadoria;
IV - período adicional de contribuição correspondente ao tempo que, na data de entrada
ST
em vigor desta Emenda Constitucional, faltaria para atingir o tempo mínimo de
contribuição referido no inciso II.
2º O valor das aposentadorias concedidas nos termos do disposto neste artigo
U

corresponderá:
I - em relação ao servidor público que tenha ingressado no serviço público em cargo
EG

efetivo até 31 de dezembro de 2003 e que não tenha feito a opção de que trata o § 16
do art. 40 da Constituição Federal, à totalidade da remuneração no cargo efetivo em
que se der a aposentadoria, observado o disposto no § 8º do art. 4º; e
II - em relação aos demais servidores públicos e aos segurados do Regime Geral de
Previdência Social, ao valor apurado na forma da lei.
D

§4º Aplicam-se às aposentadorias dos servidores dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios as normas constitucionais e infraconstitucionais anteriores à data de entrada
em vigor desta Emenda Constitucional, enquanto não promovidas alterações na
legislação interna relacionada ao respectivo regime próprio de previdência social.

O item “D” é falso pois, conforme já falado anteriormente, o STF já decidiu que não existe direito
adquirido a regime jurídico (ADIN 3105 e 3128)

Já o item “E” é falso pois a aposentadoria compulsória é aquela que ocorre quando se atinge a
idade limite de permanência no serviço público, atualmente 75 anos de idade. Claramente não

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é vedada a aposentadoria voluntária para magistrados, tanto que as normas do art. 40 no que
diz respeito às aposentadorias são aplicáveis aos magistrados.

Prestação. Carência. Benefícios. Renda Mensal Inicial. Aposentadorias, auxílios e


pensões. Prescrição.

2 – Para o STJ, mesmo após a EC 103/19 é possível a aposentadoria especial do vigilante


armado ou desarmado devido a periculosidade.

( X ) VERDADEIRO ( ) FALSO

Comentários:

ÃO
A Emenda Constitucional 103/19 alterou a redação do art. 201, §1º da CF/88 e retirando o termo
“periculosidade” conforme se nota na redação abaixo vigente desde a EC 47/05:

É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de



aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os
casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos
termos definidos em lei complementar. (grifo nosso)
ST

A EC 103/19 alterou a estrutura do art. 201 da CF/88 tendo o §1º passado a ter a seguinte
redação:
U

§1º - É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de


EG

benefícios, ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibilidade de previsão


de idade e tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão de
aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados: (grifo nosso)
I - com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por
equipe multiprofissional e interdisciplinar;
D

II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos
e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a
caracterização por categoria profissional ou ocupação.

Com a nova redação, numa primeira leitura entendemos que acabou a possibilidade de
aposentadoria especial no caso de periculosidade, que é justamente a situação dos vigilantes
armados ou desarmados.
Ocorre que, no entendimento do STJ ao julgar o TEMA 1031, os critérios da aposentadoria
especial devem ser fixados em futura lei complementar sendo que até que a nova lei
complementar venha a ser aprovada a questão é regulada pela Lei 8213/91.

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Dessa forma, para o STJ, a quem cabe a ultima palavra em matéria infraconstitucional mas não
a constitucional, o art. 201, §1º com a redação dada pela EC 103/19 não é regra auto
executável, dependendo de lei reguladora para ter eficiência
A Lei 8213/91 é a lei que regula a situação e continuará como reguladora até que o Congresso a
futura Lei Complementar, sendo que em seu art. 57 ela ainda prevê a possibilidade de
aposentadoria especial pela periculosidade, conforme se nota na redação abaixo:

Art.57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida
nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25
(vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei. (grifo nosso)

ÃO
Nesse sentido, confira o trecho do acórdão do STJ em sede de Embargos de Declaração que
alterou a redação do TEMA 1031 e logo em seguida na nova redação do TEMA.

... ficou consignado no voto-vista da Ministra Assusete Magalhães, que em que pese a

atual redação do art. 201, § 1º, II, da Constituição Federal, dada pela EC n. 103/2019, a
matéria relativa à aposentadoria especial, na forma da EC n. 103/2019, não é auto-
executável, estando a depender de lei complementar regulamentadora, de tal sorte que
subsiste a legislação infraconstitucional, que prevê, no art. 57 da Lei n. 8.213/1991,
ST
aposentadoria especial pelo trabalho em condições que prejudiquem a integridade
física, bem como no seu § 4º, que "o segurado deverá comprovar, além do tempo de
trabalho, exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de
U

agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido


para a concessão do benefício
EG

TEMA 1031 - é possível o reconhecimento da especialidade da atividade de vigilante, mesmo


após EC n. 103/2019, com ou sem o uso de arma de fogo, em data posterior à Lei n.
9.032/1995 e ao Decreto n. 2.172/1997, desde que haja a comprovação da efetiva nocividade
da atividade, por qualquer meio de prova até 05/03/1997, momento em que se passa a exigir
D

apresentação de laudo técnico ou elemento material equivalente, para comprovar a permanente,


não ocasional nem intermitente, exposição à atividade nociva, que coloque em risco a
integridade física do Segurado (grifo nosso)

Assim, mostra-se verdadeira a afirmação feita.

TJ PARANA 2021 – MAGISTRATURA

3 - Jorge, segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ingressa


em juízo frente à autarquia previdenciária em busca de aposentadoria por invalidez, nos

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termos da Lei nº8.213/1991. Em tal cenário, uma conduta correta do magistrado do


Tribunal de Justiça do Estado do Paraná seria:

(A) reconhecer a incompetência da Justiça Estadual para a demanda, sendo irrelevante


a origem e natureza da invalidez, assim como a espécie de segurado obrigatório a qual
pertence Jorge;

(B) admitir que Jorge poderá ter seu pleito atendido, mesmo quando demonstrada
a existência da doença profissional em data anterior ao ingresso no atual
emprego, a depender da data de início da incapacidade a ser fixada por perícia;

(C) admitir que o benefício requerido e eventuais consectários nunca poderão superar o

ÃO
valor máximo de benefícios do RGPS, uma vez concedidos;

(D) afirmar que, uma vez demonstrada a incapacidade total e permanente para a
atividade habitual de Jorge, devidamente comprovada em perícia judicial, o benefício

previdenciário deverá ser concedido, independentemente de outros requisitos;

(E) concluir que a aposentadoria por invalidez acidentária, uma vez concedida por
sentença judicial transitada em julgado, é imodificável
ST

Gabarito: Letra “B”.


U

Comentários:
EG

A questão cobra do candidato conhecimentos básicos sobre competência em matéria


previdenciária e aspectos gerais sobre a aposentadoria por invalidez e requisitos para sua
concessão.

Primeiramente, a CF/88 em seu art. 109, §3º prevê a possibilidade de competência estadual em
D

matéria previdenciária. Por sua vez, a lei 13.876/19 alterou a Lei 5010/76 (Lei da Justiça
Federal) para prever no art. 15 que quando a comarca distar mais de 70 km da sede da Justiça
Federal ela terá competência previdenciária.

Quanto aos benefícios por incapacidade, se essa decorre de acidente de trabalho, a Justiça
Federal não tem competência para Processar e Julgar o feito por força do art. 109, I, da CF/88,
sendo essa competência originária da Justiça Estadual.

A letra “A”, portanto é falsa uma vez que é relevante saber a origem a natureza da incapacidade
pois ser for oriunda de acidente de trabalho a competência originária é da Justiça Estadual. Se

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não for decorrente de acidente de trabalho a competência poderá ser delegada à Justiça
Estadual se a comarca de domicílio do autor não for sede de Vara Federal ou distar mais de 70
km de Vara Federal.

A letra “B” é Verdadeira e a “D” é falsa pelos mesmos argumentos a seguir:

Quando da análise do benefício por incapacidade não podemos confundir data do início
da doença de data do início da incapacidade laborativa. Nem toda doença redunda em
incapacidade laboral de forma que há situações em que o autor está doente, mas não está, sob
o ponto de vista da medicinal laboral incapaz para o trabalho.
Podemos citar aqui como exemplo as lombalgias. Por ser uma doença progressiva, o
autor pode conviver com ela durante muito tempo sem ser considerado incapaz, podendo vir a

ÃO
ocorrer no futuro um agravamento do problema de saúde, como por exemplo uma extrusão
discal (hérnia de disco) de forma a tornar o autor incapaz para o trabalho de forma temporária
ou até mesmo permanente.
Nesse sentimos está a redação do art. 59, §1º da Lei 8213/91 ao versar sobre o auxílio
doença: AÇ
Art. 59
§1º Não será devido o auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de
ST
Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa para o
benefício, exceto quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou
agravamento da doença ou da lesão
U

No mesmo sentido da redação acima temos o art. 42, §2º da Lei 8213/91 ao versar sobre a
EG

aposentadoria por invalidez.


Assim, mesmo quando a doença é anterior ao início da qualidade de segurado do autor ou da
recuperação da qualidade de segurado é possível a concessão de benefício por incapacidade
desde que a incapacidade ocorra quando o segurado já tenha a qualidade de segurado, tenha
cumprido a carência necessária para a concessão do benefício ou recuperação da qualidade de
D

segurado e a incapacidade decorra de agravamento ou progressão da doença ou lesão mesmo


que pré-existente.
A letra “D” é falsa pois além da necessidade de existir a incapacidade é preciso que o pleiteante
tenha a qualidade de segurado e cumprindo a carência necessária para o benefício pleiteado
(Art. 15 da Lei 8213/91).
A Letra “C” é falsa pois quando o segurado precisa de auxílio permanente de terceiro
para atividades cotidianas há a previsão legal do pagamento do acréscimo de 25% ao valor do
Benefício, sendo que não há a incidência do teto do RGPS quanto aos valores pagos a título
desse acréscimo, de forma que o benefício do segurado poderá ao final ser superior ao teto do
RGPS. Vide abaixo a redação do art. 45 da Lei 8213/91:

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Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da


assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por
cento).
Parágrafo único. O acréscimo de que trata este artigo:
a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal;
b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado;
c) cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão.

A letra “E” é improcedente uma vez que toda sentença judicial vigora apenas enquanto
permanecerem hígidas as condições legais que incidem sobre a questão analisada (legis sic
standibus) ou não tenha sido alterada a situação de fato (rebus sic standibus) .
A que se acrescentar que desde a MP 739/2016 não existe mais a presunção da continuidade

ÃO
de incapacidade, de forma que no caso de aposentadoria por invalidez o INSS pode convocar a
qualquer momento o segurado para reavaliar sua capacidade laborativa. No ano de 2021 a
Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (TNU) julgou a tese 164
reafirmando a possibilidade de revisão administrativa da incapacidade mesmo que concedida

judicialmente. A mencionada tese possui a seguinte redação:

a) os benefícios de auxílio-doença concedidos judicial ou administrativamente, sem


Data de Cessação de Benefício (DCB), ainda que anteriormente à edição da MP nº
ST
739/2016, podem ser objeto de revisão administrativa, na forma e prazos previstos em
lei e demais normas que regulamentam a matéria, por meio de prévia convocação dos
segurados pelo INSS, para avaliar se persistem os motivos de concessão do benefício;
U

b) os benefícios concedidos, reativados ou prorrogados posteriormente à publicação da


MP nº 767/2017, convertida na Lei n.º 13.457/17, devem, nos termos da lei, ter a sua
EG

DCB fixada, sendo desnecessária, nesses casos, a realização de nova perícia para a
cessação do benefício; c) em qualquer caso, o segurado poderá pedir a prorrogação do
benefício, com garantia de pagamento até a realização da perícia médica."

Assim a afirmação é falsa uma vez que tendo sido constatado administrativamente que a
D

invalidez não mais existe, o benefício, mesmo que concedido judicialmente, pode ser
suspenso/cancelado pelo INSS

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