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PROBLEMATIZAÇÃ O

Analisar a importâ ncia e as aplicaçõ es das Redes Sociais na educaçã o à


distâ ncia (EAD), suas características educomunicacionais.

4. JUSTIFICAVAS DO TEMA

Entender o quanto a existência ou nã o das redes sociais influenciam no


ensino a distâ ncia é necessá rio para melhorar o desempenho dos alunos
que estudam via EAD.

O ser humanos necessita viver em sociedade tanto para a vida pessoal


quanto a profissional e acadêmica, por este motivo foram estabelecidas
redes sociais on-line ou off-line. Contudo, as redes sociais on-line ainda nã o
foram efetivamente vinculadas aos sistemas de educaçã o a distâ ncia, e para
que exista este vínculo é necessá rio compreender a sua aderência nestes
sistemas.

5. ESTABELECIMENTO DOS OBJETIVOS

O objetivo primá rio é avaliar a aderência das redes sociais digitais nos
sistemas de Educaçã o a Distâ ncia. Como demais objetivos temos:

Avaliar o acesso ao ensino a distâ ncia, para identificar a importâ ncia deste,
na educaçã o;

Identificar qual o pú blico das redes sociais e o da educaçã o a distâ ncia


atualmente;

Avaliar a usabilidade das redes sociais digitais no EaD;

Influência das redes sociais aplicadas nos sistemas de educaçã o a distâ ncia.

6. FUNDAMENTAÇÃ O TEÓ RICA

Estre artigo se fundamenta principalmente em estudiosos da á rea da


comunicaçã o e educaçã o, que abordaram temas em seus livros, artigos e
teses, que correlacionam com o tema aqui abordado.

A sociedade mostrou alteraçõ es comportamentais drá sticas nestes ú ltimos


30 anos. Os tó picos aqui apresentados mostram um paralelo entre a
comunicaçã o, a cultura e a educaçã o, no que diz respeito à virtualizaçã o
destes.

O ciberespaço vem se desenvolvendo e alterando a sociedade, seus


pensamentos e comportamentos.

Segundo Levy, “[...] o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de


prá ticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se
desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço.” (LEVY, p.17).
Este desenvolvimento tecnoló gico e informacional cria novas vertentes à
educaçã o tradicional, que durante séculos se mantiveram como a principal
forma de ensino.

A presença de um ciberespaço que aloja informaçõ es das mais diversas


ordens, passíveis de serem acessadas através das tecnologias
informacionais, coloca em xeque a educaçã o formal e seu domínio, durante
quase dois séculos, das fontes e da transmissã o de conhecimento (SOARES,
2006, p.60).

Novos conceitos foram criados e alguns adaptados a esta nova era


cibercultural. Doravante, o conceito de Educomunicaçã o surge para
planejar novas estratégias, com o intuito de fomentar seja, a educaçã o
tradicional, seja a educaçã o virtual.

O conceito de Educomunicaçã o entendido por Ismar de Oliveira Soares é “o


conjunto das açõ es inerentes ao planejamento, implementaçã o e avaliaçã o
de processos, programas e produtos destinados a criar e fortalecer
ecossistemas comunicativos em espaços educativos presenciais ou virtuais,
tais como escolas, centros culturais, emissoras de TV e rá dios educativos”, e
outros espaços informais de ensino aprendizagem. (SANTANA; VITAL, p.2)

Atualmente o mundo vive um “boom” informacional decorrente do uso


contínuo de novas tecnologias, dentre as á reas mais afetadas por este
crescimento está a educaçã o a distâ ncia. Contudo, este crescimento
somente se deu devido a facilidade de comunicaçã o entre os usuá rios
destas ferramentas. O que mostra a necessidade de facilitar a comunicaçã o
entre os usuá rios.

Nas ultimas três décadas o aumento da comunicaçã o humana mediada pelo


computador para fins educativos levou a uma proliferaçã o de tecnologias
com o propó sito de oferecer ambientes educacionais on-line. Desde o e-mail
até os chats e as plataformas de aprendizagens educacionais, a comunicaçã o
humana mediada pelo computador tem sido uma ferramenta de uso
crescente no ensino superior (TELES, 2009, p. 72).

Existe uma necessidade natural do ser humano em ser relacionar com os


seus pares. Esta relaçã o mostra-se importante para o desenvolvimento
pessoal e nos demais patamares da vida.

A configuraçã o em rede é peculiar ao ser humano, ele se agrupa com seus


semelhantes e vai estabelecendo relaçõ es de trabalho, de amizade, enfim
relaçõ es de interesses que se desenvolvem e se modificam conforme a sua
trajetó ria. Assim, o indivíduo vai delineando e expandindo sua rede
conforme sua inserçã o na realidade social. (TOLMAÉ L; ALCARÁ ; CHIARA,
2005)

Atualmente a forma de relacionamento mais comum do ciberespaço


atualmente, sã o as redes sociais. Elas possibilitam uma série de interaçõ es,
uma “proximidade” que nã o encontramos em um simples chat ou blog.

No mundo contemporâ neo, um espaço pú blico que merece destaque sã o as


redes sociais, que devem ser estudadas no seu de possibilidade para a
formaçã o do sujeito. (BERGMANN; GRANÉ , 2013, p.30)

Na educaçã o esta forma de agrupamento nã o é diferente, para que o ser se


desenvolva plenamente é necessá ria a relaçã o com demais pessoas, nã o
somente para conversar sobre conteú dos acadêmicos, mas também para a
descontraçã o em momentos de estresse.

[...] uma aproximaçã o à perspectiva crítica da aprendizagem, com a


idealizaçã o de um modelo educativo orientado ao desenvolvimento e à
transformaçã o do sujeito e de seu contexto. Partindo do ponto de vista do
ensino e aprendizagem, buscamos compreender como hoje se planejam,
pensam e constroem os entornos de aprendizagem em rede a partir das
universidades para a formaçã o superior, além da mudança do papel dos
professores, a adaptaçã o à s novas necessidades de aprendizagem, o
desenvolvimento colaborativo e o uso das redes sociais e dos sistemas
online que emergem para potencializar estes processos. (BERGMANN;
GRANÉ , 2013, p.20)

A partir destas fundamentaçõ es teó ricas será apresentado este artigo,


abordando as redes sociais e sua aderência na educaçã o à distâ ncia.

7. METODOLOGIA

Este estudo tem como base o método misto, qualitativo e quantitativo, de


teoria fundamentada em pesquisas bibliográ ficas: bibliografias, artigos, e
demais dados disponíveis na internet; e fenomenologia e aná lise de
pesquisas desenvolvidas por institutos de pesquisa e entidades de classe.

Com a apresentaçã o de informaçõ es dispostas por teó ricos e pesquisas, na


á rea da comunicaçã o voltadas á s redes sociais virtuais e a educaçã o.
Tornou-se possível trassar um paralelo entre as informaçõ es aqui
discriminadas, e identificar necessidades e similaridades que corroboraram
para a estruturaçã o e desenvolvimento deste artigo.

Doravante, o objetivo deste trabalho é a busca da compreensã o da aplicaçã o


das redes sociais virtuais no ambiente de educaçã o virtual. Se esta aplicaçã o
é necessá ria, sua importâ ncia e como aplica-la.

8. EXPOSIÇÃ O DE DADOS

O mundo enfrenta atualmente uma supervalorizaçã o do tempo, em


contrapartida, uma desvalorizaçã o do espaço. Torna-se cada vez mais
necessá rio ter tempo para estudar, trabalhar, relacionar etc. Contudo,
devido ao imediatismo contemporâ neo, estas formas de estudo, trabalho e
relacionamento tem alterado os seus padrõ es. O espaço geográ fico nã o é
mais imprescindível para a comunicaçã o, nã o somente auditiva, mas a
visual.
Ferramentas têm sido criadas para que esta diferença espacial torne-se
“nula”. Diminuindo o tempo de locomoçã o e valorizando o tempo restante
para determinada açã o.

Uma das ferramentas que mais tem crescido foram as redes sociais digitais.
Sua expansã o exponencial nas ú ltimas décadas, o investimento das
empresas nã o somente em açõ es, mas em publicidades na rede tem
aumentado, e nã o demonstra queda em seu progresso.

Unido a este ocorrido, os sistemas de educaçã o à distâ ncia tem crescido de


forma similar. A busca por um lugar no mercado de trabalho, o crescimento
da classe C, brasileira, e a facilidade de cursar uma graduaçã o, pó s-
graduaçã o, técnico etc. tem aumentado a busca por estes cursos.

Doravante, a correria contemporâ nea, o imediatismo tem feito com que as


pessoas busquem cada vez mais os sistemas EaD para suprir esta falta de
tempo. Porém, estes sistemas isolados tornam-se insuficientes para a
formaçã o integral de um indivíduo, que necessita da interaçã o com
professores e alunos para ter uma formaçã o cada vez menos sintética e
mais humana. Mesmo que esta formaçã o seja feita virtualmente.

Logo, a mescla destes meios, as redes sociais virtuais e os sistemas EaD,


mostram-se necessá rias para o desenvolvimento humano atual.

Com este propó sito serã o discriminados dados de diferentes fontes, e ao


final do artigo o cruzamento dos dados expostos, possibilitarã o a
compreensã o da necessidade ou nã o, das redes sociais virtuais serem
aplicadas também, nos ambientes virtuais de aprendizagem.

8.1. CIBERCULTURA

O termo Cibercultura foi axiomatizado por Pierry Levy na década de 80. As


principais características evidenciadas pelo autor dizem respeito a novas
mídias e a sua influência na sociedade.

[...] o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de prá ticas, de


atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem
juntamente com o crescimento do ciberespaço. (LEVY, p.17)

A Cibercultura surge como a resposta ao meio de vida contemporâ neo,


instantâ neo, comunicativo e midiá tico. Este novo meio de vida mudou a
percepçã o do ser humano, seus valores, e modos de pensar. Estas mudanças
possibilitaram a disseminaçã o do conhecimento de forma prá tica e á gil, a
utilizaçã o do conhecimento do outro e a sua aceitaçã o enquanto fonte de
informaçã o.

Este conceito de disseminaçã o do conhecimento unido com as novas


tecnologias criaram o que chamamos de Redes Sociais Virtuais ou On-line.
Nestas as pessoas podem conhecer novas pessoas, falar sobre suas
experiências de vida e transmitir os seus conhecimentos.

Apesar de ser extremamente disseminado nos campos comunicacionais,


informacionais e tecnoló gicos, o conceito de cibercultura torna-se
incompleto se nã o for abordado juntamente com o conceito de ciberespaço.

8.2. CIBERESPAÇO

Segundo Levy o ciberespaço é “[...] o espaço de comunicaçã o aberto pela


interconexã o mundial dos computadores e das memó rias dos
computadores.” (LEVY, p.92), ou seja, um espaço em que podemos
transmitir informaçõ es de maneira simultâ nea sem limites geográ ficos.

A tecnologia nos dias atuais, mais do que nunca tem influenciado o há bito
das pessoas principalmente os das geraçõ es que nasceram nas décadas de
80, 90 e 00. As pessoas tem utilizado os blogs, sites e redes sociais como
provedores de informaçã o, tanto informaçã o contemporâ nea, futebol,
tempo, novela quanto acadêmica. Esta utilizaçã o do ciberespaço ajudou no
seu crescimento e aderência na sociedade.

O conceito de ciberespaço tem sido utilizado também nos sistemas de


Educaçã o á Distâ ncia, aonde dos estudantes tem a oportunidade de estudar
de casa, na escola ou no metrô , por um computador, notbook ou mobile com
acesso a internet.
A presença de um ciberespaço que aloja informaçõ es das mais diversas
ordens, passíveis de serem acessadas através das tecnologias
informacionais, coloca em xeque a educaçã o formal e seu domínio, durante
quase dois séculos, das fontes e da transmissã o de conhecimento (SOARES,
2006, p.60).

Neste ciberespaço encontramos dois ambientes em crescimento, as redes


sociais e os sistemas de educaçã o à distâ ncia. Conforme descreve Soares, “o
ciberespaço aloja informaçõ es das mais diversas ordens”. Ou seja, é
literalmente um novo espaço a ser explorado.

Esta nova forma de transmitir informaçã o aonde todos sã o emissores e


todos sã o receptores, tudo depende do tema e do momento, traz uma nova
forma de comunicaçã o, dentro e fora do ciberespaço. Fazendo com que
surjam as redes sociais virtuais, sistemas de educaçã o á distâ ncia, novas
teorias e técnicas de comunicaçã o.

A seguir, será apresentado duas teorias que quando adaptadas ao


ciberespaço trazem informaçõ es essenciais para o alicersamento das redes
sociais e os sistemas EaD, convergindo assim, com o propó sito do artigo.

8.2.1. Convergência Midiá tica

As mídias tem evoluído e se adaptado no decorrer dos anos. Quando surgiu


o rá dio as pessoas pensaram que seria o fim do jornal, e quando se iniciou a
televisã o concluíram entã o que era o fim do rá dio. Contudo, ao invés destas
mídias substituírem as demais, elas simplesmente se adaptaram, e
dividiram o bolo do pú blico-alvo midiá tico.

Entretanto, nenhuma das formas de mídias até entã o inventadas continham


o poder de mudar o panorama mundial. Entretanto, com o surgimento da
internet e por sua vez das mídias digitais, este vislumbre comunicacional
até entã o imutá vel, foi reestruturado. As mídias digitais possibilitaram a
interligaçã o de todos os demais meios utilizados, além de disponibilizar a
interaçã o entre mídia e pú blico alvo. Ou seja, a quebra do sistema de
comunicaçã o tradicional.

[...] a característica principal da era de convergência midiá tica seria o


cruzamento de mídias alternativas e de massa e a hibridizaçã o de
conteú dos de novas e velhas mídias que ocasionam outras formas de
relaçõ es entre as tecnologias, indú stria, mercados, gêneros e pú blicos
(STASIAK, 2010, p.3).

De acordo com Stasiak, a mescla das antigas com as novas formas de


comunicaçã o tem criado novas formas de relacionamento. Estas misturas
tem criado ambientes virtuais como os sistemas de educaçã o à distâ ncia e
as redes sociais virtuais.

Atualmente as pessoas podem conversar com as mídias e nã o somete isso,


elas podem em qualquer momento ser as “mídias”. O sistema um para
muitos foi deixado de lado, e hoje emprega o sistema muitos para muitos.
Com o advento do ciberespaço as pessoas comuns podem fazer com que as
suas vozes sejam ouvidas.

8.2.2. Educomunicaçã o

Com o avanço da cibercultura, as formas de ler, falar e pensar tem sido


alteradas. Desta forma, as maneiras de se comunicar sofreram alteraçõ es,
mutacionando assim, as formas de educaçã o. Neste contexto surge a
educomunicaçã o.

A educomunicaçã o trabalha os processos e estratégias que criam os espaços


de comunicaçã o em ambientes virtuais.

...o conjunto das açõ es inerentes ao planejamento, implementaçã o e


avaliaçã o de processos, programas e produtos destinados a criar e
fortalecer ecossistemas comunicativos em espaços educativos presenciais
ou virtuais, tais como escolas, centros culturais, emissoras de TV e rá dios
educativos. (SOARES, Ismar. 2006)

Segundo Soares, o educomunicaçã o é um processo estratégico utilizado


para trabalhar a parte comunicacional dos espaços educativos. Este
processo aplicado nos ambientes virtuais de aprendizagem, quantificam os
processos de criaçã o de tecnologias, principalmente no que diz respeito à
comunicaçã o.
8.3. EDUCAÇÃ O À DISTÂ NCIA

O primeiro curso a distâ ncia sediado no Brasil foi de datilografia, em 1900.


O curso era anunciado no jornal e disponibilizado via correspondência.
Apó s este início singelo houve uma explosã o de cursos a distâ ncia
oferecidos via correspondência, rá dio e televisã o. Contudo, nada se
compara com a introduçã o dos cursos á distâ ncia no mundo virtual.
Existem hoje, cursos de diversas á reas do conhecimento para “N”
qualificaçõ es.

O formato dos cursos de educaçã o á distâ ncia é simples. Um especialista


cria o conteú do, este conteú do é postado na rede, e a rede é acessada pelos
alunos, que por sua vez postam perguntas e até mesmo respondem as
perguntas uns dos outros, e este processo nunca para. A imagem a seguir
retrata este processo.

Figura 2: Modelo de interaçã o dos cursos EaD

Nas ultimas três décadas o aumento da comunicaçã o humana mediada pelo


computador para fins educativos levou a uma proliferaçã o de tecnologias
com o propó sito de oferecer ambientes educacionais on-line. Desde o e-mail
até os chats e as plataformas de aprendizagens educacionais, a comunicaçã o
humana mediada pelo computador tem sido uma ferramenta de uso
crescente no ensino superior (TELES, 2009, p. 72).

Conforme o argumento de Teles, existe um crescente aumento na criaçã o de


cursos voltados a Educaçã o à Distâ ncia. Possibilitado pelo investimento
tecnoló gico em novas formas de comunicaçã o, este crescimento tem
mudado pouco a pouco a cultura da sociedade, dentre uma das principais
alteraçõ es culturais constam a maciça atuaçã o do EaD em cursos voltados a
graduaçã o, pó s-graduaçã o e tecnó logos.

Novas aná lises da á rea de EaD no Brasil, publicados pelo Censo EAD.BR
2012, mais de 5,7 milhõ es de alunos estã o matriculados em cursos a
distâ ncia no Brasil. Este nú mero aponta um aumento de 60% relativos ao
ano anterior. Ou seja, além da busca por cursos on-line terem aumentado
no país, estes dados demonstram também a necessidade de investimento
tecnoló gico/ comunicacional na á rea.

Este crescimento exponencial da procura por cursos EaD demonstram o


quanto o setor ainda pode crescer, e conhecer o seu target é a melhor forma
de trilhar o desenvolvimento deste nicho.

8.3.1. Pú blico do EAD

Segundo Carlos Longo diretor da Universidade Positivo, em matéria para o


Guia EaD - 2015, o target dos cursos EaD sã o adultos com faixa etá ria entre
25 a 45 anos. “Temos 25 milhõ es de brasileiros nessa faixa etá ria”, afirma
Longo.

Porém, dados também apontam aumento de jovens recém-saídos do ensino


médio. Estes dados apontam que a cultura dos jovens está mudando, e com
isso o aumento do pú blico alvo.

8.3.2. Dificuldades EAD

Os sistemas de educaçã o à distâ ncia enfrentam diversas dificuldades que


devem ser amenizadas para que a educaçã o à distâ ncia venha a existir de
forma homogênea com a educaçã o presencial, sem preconceitos ou
divergências nos aspectos técnicos cabíveis a educaçã o. Em sua grande
maioria os fatores que implicam nesta dificuldade sã o em sua maioria
fatores macro ambientais, ou seja, nã o tem em sua maioria motivos
ocasionados pelos cursos de EaD ou a metodologia de ensino empregada.

Exclusã o digital

A exclusã o digital tem sido abordada em diversos fó runs e simpó sios que
discutem os rumos dos Ambientes Virtuais de aprendizagens ao redor do
mundo. Contudo, a abrangência deste tema nã o contempla somente o
ensino à distâ ncia, mas todas as á reas nas quais a cibercultura atua.

Exclusã o digital é o termo utilizado para sintetizar todo um contexto que


impede a maior parte das pessoas de participar dos benefícios das novas
tecnologias de informaçã o. Digital também porque hoje as consequências
da exclusã o social acentuam a desigualdade tecnoló gica e o acesso ao
conhecimento, aumentando o abismo entre ricos e pobres (SPAGNOLO
apud SILVA; PALHARES; ROSA, 2005, p.5).

Segundo Spagnolo, exclusã o digital é o termo utilizado para descrever o


contexto que impede parte das pessoas em usufruir das novas formas de
tecnologia da informaçã o. Ou seja, toda a forma de impedimento de operar
estas novas tecnologias seja por desconhecimento, poder aquisitivo ou
limites geográ ficos sã o considerados formas de exclusã o digital.

Este é um problema que somente será resolvido quando houver uma


mudança política no que diz respeito a educaçã o, infraestruturas bá sicas de
telecomunicaçã o e eletricidade e possibilidades sociais iguais entre as
classes A, B, C, D e E. Este ú ltimo aspecto é descrito por Spagnolo como
“abismo entre ricos e pobres”.

Evasã o

A evasã o dos cursos EaD é destacada neste texto devido a sua importâ ncia,
pois nem sempre sã o os fatores externos que implicam na desistência dos
cursos.

A evasã o em 2012 foi menor que em 2011, correspondendo a 3% nas


disciplinas de EAD em cursos presenciais autorizados e corporativos e a até
11,74% nos cursos autorizados. As principais causas apontadas para a
evasã o foram: falta de tempo para o estudo e para participar do curso
(23,4%), falta de adaptaçã o à metodologia (18,3%) e aumento de trabalho
(15%). (Censo EAD.BR 2012 - Abed)

O Censo EAD da Abed descreve três principais causas para a evasã o dos
sistemas de educaçã o á distâ ncia.

O primeiro é a falta de tempo, para estudo, pois os Ambientes Virtuais de


Aprendizagem exigem uma carga horá ria mínima para o estudo e
concentraçã o, pois diferente da sala de aula tradicional no AVA a troca de
experiências entre os alunos tornam-se mais difíceis devido a falta de
contato entre estes.
O segundo aspecto destacado é a inadaptaçã o a metodologia de ensino. Os
ensinos bá sicos de educaçã o nã os nos ensinam necessariamente a estudar e
sim a receber um conteú do de forma explicativa. Este é um dos motivos que
possibilitam a falta de adaptaçã o a metodologia.

O terceiro motivo exposto pelo Censo é o aumento de trabalho. Este tema


deve ser abordado, porém, esta dificuldade mais uma vez evolui no macro
ambiente, o quem impossibilita a erradicaçã o deste tema.

8.3.3. Contextualizando o EaD

Apó s analisar as informaçõ es expostas, torna-se claro que existe ainda um


longo processo a ser trilhado pela educaçã o à distâ ncia, contudo, certas
alteraçõ es mostram mais pressa do que as demais.

A educaçã o caminha no linear das inovaçõ es tecnoló gicas. Este


descompasso atrasa o desenvolvimento de alunos e professores que hoje
vivem em uma sociedade virtual.

A virtualizaçã o cada dia mais constante do cotidiano tem cobrado uma


agilidade até entã o inexistente nos sistemas de educaçã o. Os AVAs
necessitam de vinculaçã o nã o somente com a mobilidade, mas com as redes
sociais, trazendo para o ambiente virtual de aprendizagem nã o somente o
estudante enquanto aluno, mas o estudante enquanto pessoa. Este deve
criar o costume de acessar o AVA, nã o somente para estudar, mas o aluno,
como em uma escola física, deve ser envolvido por toda uma cultura
diferente, que tenha as mais diversas tribos.

Para esta imersã o do estudante no ambiente virtual de aprendizagem,


torna-se necessá rio uma adaptaçã o dos sistemas atuais que dificultam o
relacionamento entre alunos e alunos e alunos e professores. Este trabalho
educomunicacional mostra-se necessá rio, pois, como em uma escola
tradicional, o estudante deve ter o direito de compartilhar o seu
conhecimento com os demais alunos, além de ter os seus momentos de
espairecimento, porém sem sair deste ambiente.

8.4. REDES SOCIAIS


O termo “Redes Sociais” tem sido utilizado muito nos ú ltimos anos, contudo
é muito mais abrangente do que simplesmente algo como Facebook,
Youtube ou Orkut.

Sua trajetó ria advém de muito antes, podemos considerar que todas as
formas de sociedade geraram “redes sociais”, ou seja, redes de comunicaçã o
(qualquer forma de comunicaçã o) e interaçã o interpessoal.

A configuraçã o em rede é peculiar ao ser humano, ele se agrupa com seus


semelhantes e vai estabelecendo relaçõ es de trabalho, de amizade, enfim
relaçõ es de interesses que se desenvolvem e se modificam conforme a sua
trajetó ria. Assim, o indivíduo vai delineando e expandindo sua rede
conforme sua inserçã o na realidade social. (TOLMAÉ L; ALCARÁ ; CHIARA,
2005)

Segundo Tolmael et al. as redes sociais sã o todas as formas de relaçõ es


humanas que criam vínculos. Inicialmente a nossa família, depois esta rede
sem amplia com os vizinhos, colegas de escola, trabalho e continua
ampliando no decorrer das nossas vidas.

Esta forma de agrupamento é natural ao ser humano, todos sentem a


necessidade de participar de um grupo. Segundo Abraham Maslow (1908 –
1970), o ser humano tem segue uma teoria da motivaçã o, que tem cinco
níveis:

Atender as necessidades bá sicas ou fisioló gicas;

Atender as necessidades de segurança;

Atender as necessidades sociais ou de associaçã o;

Atender as necessidades de status ou auto estima;

Atender as necessidades de auto realizaçã o.


Figura 3: Pirâmide de Maslow

Esta hierarquia concebida por Maslow, as necessidades sociais estã o no


centro. Também chamada de necessidades de amor e pertencimento, ou
seja, as pessoas necessitam ser sociais, pertencer a grupos, conhecer
pessoas. Neste contexto psicoló gico entram as redes sociais.

8.5. REDES SOCIAIS VIRTUAIS

Criadas em meados de 1997, as redes sociais virtuais tiveram seu expoente


no site SixDegrees.com, neste os usuá rios poderiam criar os seus perfis e
sua lista de amigos. Desde entã o as redes sociais nã o pararam de evoluir,
Orkut, Twitter, MySpace, Facebook, dentre outros entraram no mercado,
cada um com as suas evoluçõ es tecnoló gicas, suas diferenças e
particularidades. Contudo, o foco de todos sempre foi a inter-relaçã o entre
as pessoas.

Com a evoluçã o tecnoló gica e o contexto cibercultural as pessoas


começaram a buscar na rede pessoas que partilhassem de suas culturas,
pensamentos, hobbies, trabalhos etc. estas aglomeraçõ es em blogs,
microblogs, sites e fó runs possibilitaram a criaçã o das Redes Sociais
Virtuais.

“[...] o objetivo principal das redes sociais virtuais é o de agrupar indivíduos


com necessidades semelhantes, sejam elas profissionais, sentimentais,
sociais, lú dicas etc. Em outras palavras, tudo depende da rede da qual o
indivíduo participa. Portanto, de forma gratuita e bastante econô mica, as
redes ajudam seus membros a conseguir o que procuram ou aquilo que
desejam” (Doyle apud. WHARTON SCHOOL, 2008).

Segundo Doyle, em comentá rio para a Wharton University of Pensilvania, o


objetivo das redes sociais virtuais é sempre o de reunir pessoas com os seus
pares. Contudo, a temá tica deste grupo dependerá unicamente da vontade
dos seus membros.
Compreende-se entã o, que as redes sociais virtuais sã o uma transposiçã o
das redes sociais físicas, porém, sem o limite geográ fico até entã o conhecido
pelo homem. Dificilmente, á 100 anos atrá s, uma pessoa pudesse fazer parte
de um grupo de um país ou continente diferente, esta distâ ncia
impossibilitava a comunicaçã o, era uma fronteira até entã o intransponível,
e a criaçã o da rede mudou este contexto. Atualmente a interconexã o
quebrou a ideia de tempo-espaço conhecida, pode-se comunicar com
pessoas em qualquer parte do globo simultaneamente por texto, som ou
imagem.

8.5.1. Pú blico das redes sociais virtuais

As redes virtuais demandam de um pú blico variado e dinâ mico. Segundo


dados disponibilizados pela consultoria Hitwise, publicados pelo site G1 em
20 de janeiro de 2014, o pú blico das redes sociais no Brasil tem a faixa
etá ria entre 25 e 34 anos com 27,45% da participaçã o, de 18 a 24 anos com
23,57% da participaçã o, fica em segundo lugar e pessoas com idade de 35 e
44 anos com parcela de 20,46%, do bolo do pú blico alvo. Compreender este
pú blico é por sua vez compreender grande parte ciberespaço, seus
costumes, vontades e atitudes.

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