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Catástrofes sociopolíticas: a

importância de conhecer a
história do próprio país.
 fevereiro 27, 2023
 Sociedade

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Catástrofes sociopolíticas: a importância de
conhecer a história do próprio país”, apresentando proposta de intervenção que respeite
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.  

TEXTO I
Negacionismo da ditadura militar brasileira

O negacionismo da Ditadura Militar Brasileira é um tipo de revisionismo histórico


negacionista existente no Brasil, muito presente em círculos políticos de extrema-direita e
ultraconservadores. Trata-se de uma série de argumentações e crenças, em sua maioria, de
caráter conspiratório e sem embasamento histórico sólido, que busca relativizar, justificar e
até negar os crimes, violações dos direitos humanos e ações antidemocráticas cometidos
durante a Ditadura Militar Brasileira (1964-1985), além de tentar refutar todas as provas e
dados usualmente usados na historiografia, assim criando uma narrativa, puramente com
fins ideológicos e políticos, que visa romantizar um dos períodos mais repressivos da
história do Brasil.

O Negacionismo da Ditadura é frequentemente encontrado em círculos ultraconservadores e


da direita radical brasileira. Alguns oficiais de alta patente das Forças Armadas do Brasil já
deram declarações polêmicas a respeito do Regime Militar Brasileiro. Em muitos casos, os
negacionistas, dizem sentir uma espécie de nostalgia e costumam envolver o período em
uma aura heroica e saudosista, alguns chegam a dizer que sentem “saudades” ou que aquele
foi “o melhor período de suas vidas”, mas costumam ignorar, relativizar ou até negar os
crimes e violações de Direitos Humanos e da democracia pelo Regime.

Disponível
em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Negacionismo_da_ditadura_militar_brasileira (Adaptado)

TEXTO II

COMO OS ALEMÃES APRENDEM SOBRE O


NAZISMO
Estudar esse fenômeno faz parte do programa de todas as escolas no país. Os alemães
começam a aprender sobre o nazismo quando têm entre 13 e 15 anos. As aulas introdutórias
ao tema não são baseadas apenas em livros, mas também em filmes como O Diário de Anne
Frank (1959) e O Menino do Pijama Listrado (2008), além de visitas a diversos museus e
memoriais, sinagogas e cemitérios judeus.

Hannah Weiss, de 19 anos, ainda se lembra de seu primeiro contato com o tema. “Foi na 5ª
ou na 6ª série, quando assistimos a um documentário sobre a 2ª Guerra Mundial. Eu fiquei
bastante chocada, o assunto me atingiu de um jeito muito profundo”, conta. “Eu e meus
colegas conversávamos muito sobre isso, as imagens e os filmes não saíam da nossa
cabeça.”

Setenta anos após o fim do nazismo, a Alemanha continua estigmatizada pelo


acontecimento em todo o mundo. Peter Hoffmann, porta-voz do museu Haus der
Geschichte der Bundesrepublik Deutschland (Casa da História da República Federal da
Alemanha), em Bonn, afirma que, embora a maioria das pessoas hoje não tenha culpa pelos
crimes nazistas, elas se sentem responsáveis.

“Os museus e monumentos históricos têm a função de contribuir para que a memória do
nazismo e da Segunda Guerra continue viva, e para que o que ocorreu no passado não se
repita”, afirma Hoffmann. Além dos memoriais, é possível encontrar em todo o país placas
douradas no chão em frente a casas onde viviam famílias de judeus. Nelas, além dos nomes
e sobrenomes, há a data de quando as pessoas foram deportadas e em que campo de
concentração foram mortas.

Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/como-os-alem%C3%A3es-aprendem-sobre-o-
nazismo/a-18713915 (Adaptado)

TEXTO III

Disponível em: https://twitter.com/debora_d_diniz/status/1133173819546513408

A precarização do trabalho
informal.
 outubro 31, 2022

 Desigualdade, Sociedade

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “A precarização do trabalho informal”,
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize
e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista. 

TEXTO I
‘Bico’ avança e paga cada vez menos no Brasil, mostra estudo

A precarização do trabalho por conta própria, o popular “bico”, avança a passos largos,
como reflexo do desemprego elevado e do fraco desempenho da economia. Entre o segundo
trimestre de 2019 e o segundo deste ano, aumentou em mais de 2 milhões o número de
brasileiros, sem carteira assinada ou qualquer vínculo formal, com remuneração máxima de
um salário mínimo por mês (R$ 1,1 mil). No segundo trimestre de 2019, esse contingente
representava 48,2% dos trabalhadores que atuavam por conta própria. Hoje, já é mais da
metade (55,6%). É o que revela estudo feito pela consultoria IDados a partir da Pnad
Contínua do IBGE. O objetivo foi conhecer quem é o trabalhador por conta própria,
praticamente a única forma de ocupação que cresce significativamente no País. O “por
conta propria” é um informal que obtém remuneração a partir dos bens ou serviços que
produz.

Disponível em: https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2021/11/08/bico-
avanca-e-paga-cada-vez-menos.htm(Adaptado)

TEXTO II
Novas tecnologias e precarização do trabalho em tempos de crise

A pandemia da covid-19, que obrigou uma parcela significativa de pessoas a ficar em casa,
revelou alguns dos problemas que a falta de empregos formais e bons acordos coletivos
podem trazer para os trabalhadores. Uma constatação, sobre este modelo de trabalho,
especialmente com a necessidade de ficar em casa por conta da pandemia, é a dificuldade
de formar uma provisão. A manutenção, um fator de pouca previsibilidade, obriga o dono
do automóvel a gastar parte do dinheiro que poderia tornar-se uma poupança. Outra questão
é a necessidade de uma jornada muito alta para garantir o ganho necessário para as contas
do mês.

Com a manchete “’Se aumentar mais, profissão acaba’: alta dos combustíveis já levou 25%
dos motoristas de apps a desistir”, matéria na BBC News aborda esta questão, e mostra que
mesmo pessoas que chegaram a ter, outrora, uma renda satisfatória, têm considerado, no
momento, deixar de trabalhar com o aplicativo por ser impraticável realizar corridas, e ter
um ganho razoável, com o atual preço dos combustíveis.  Situação que se agrava quando o
motorista precisa alugar um automóvel, que pode chegar a dois mil reais por mês.

Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/blogs/blog-na-rede/2021/11/novas-
tecnologias-e-precarizacao-do-trabalho-em-tempos-de-crise/(Adaptado)

TEXTO III

Disponível em: https://www.dmtemdebate.com.br/brasil-tem-3-milhoes-de-trabalhadores-e-
trabalhadoras-vinculados-a-aplicativos-entrevista-especial-com-lucia-garcia/

A precarização do trabalho
informal.
 outubro 31, 2022

 Desigualdade, Sociedade

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “A precarização do trabalho informal”,
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize
e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista. 

TEXTO I
‘Bico’ avança e paga cada vez menos no Brasil, mostra estudo

A precarização do trabalho por conta própria, o popular “bico”, avança a passos largos,
como reflexo do desemprego elevado e do fraco desempenho da economia. Entre o segundo
trimestre de 2019 e o segundo deste ano, aumentou em mais de 2 milhões o número de
brasileiros, sem carteira assinada ou qualquer vínculo formal, com remuneração máxima de
um salário mínimo por mês (R$ 1,1 mil). No segundo trimestre de 2019, esse contingente
representava 48,2% dos trabalhadores que atuavam por conta própria. Hoje, já é mais da
metade (55,6%). É o que revela estudo feito pela consultoria IDados a partir da Pnad
Contínua do IBGE. O objetivo foi conhecer quem é o trabalhador por conta própria,
praticamente a única forma de ocupação que cresce significativamente no País. O “por
conta propria” é um informal que obtém remuneração a partir dos bens ou serviços que
produz.

Disponível em: https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2021/11/08/bico-
avanca-e-paga-cada-vez-menos.htm(Adaptado)

TEXTO II
Novas tecnologias e precarização do trabalho em tempos de crise

A pandemia da covid-19, que obrigou uma parcela significativa de pessoas a ficar em casa,
revelou alguns dos problemas que a falta de empregos formais e bons acordos coletivos
podem trazer para os trabalhadores. Uma constatação, sobre este modelo de trabalho,
especialmente com a necessidade de ficar em casa por conta da pandemia, é a dificuldade
de formar uma provisão. A manutenção, um fator de pouca previsibilidade, obriga o dono
do automóvel a gastar parte do dinheiro que poderia tornar-se uma poupança. Outra questão
é a necessidade de uma jornada muito alta para garantir o ganho necessário para as contas
do mês.
Com a manchete “’Se aumentar mais, profissão acaba’: alta dos combustíveis já levou 25%
dos motoristas de apps a desistir”, matéria na BBC News aborda esta questão, e mostra que
mesmo pessoas que chegaram a ter, outrora, uma renda satisfatória, têm considerado, no
momento, deixar de trabalhar com o aplicativo por ser impraticável realizar corridas, e ter
um ganho razoável, com o atual preço dos combustíveis.  Situação que se agrava quando o
motorista precisa alugar um automóvel, que pode chegar a dois mil reais por mês.

Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/blogs/blog-na-rede/2021/11/novas-
tecnologias-e-precarizacao-do-trabalho-em-tempos-de-crise/(Adaptado)

TEXTO III

Disponível em: https://www.dmtemdebate.com.br/brasil-tem-3-milhoes-de-trabalhadores-e-
trabalhadoras-vinculados-a-aplicativos-entrevista-especial-com-lucia-garcia/

Ameaça ignorada: por que o


aquecimento global ainda não é
visto com seriedade?
 julho 15, 2022
 Meio Ambiente, Política
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija um texto dissertativo- argumentativo em modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Ameaça ignorada: por que o
aquecimento global ainda não é visto com seriedade?”, apresentando proposta de
intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
Mudanças Climáticas: Ameaça ignorada

Os cientistas estão cansados de avisar, mas ainda há quem tape os ouvidos para os alertas
sobre as mudanças climáticas. Uma pesquisa recentemente publicada nos Estados Unidos
mostrou que a proporção de norte-americanos convencidos de que o homem é responsável
por boa parte do aquecimento global despencou 40% desde o ano passado.

O resultado motivou pesquisadores da Columbia University a tentar entender por que,


mesmo sabendo dos riscos ao planeta, algumas pessoas não conseguem processar essa
informação. A pesquisa [The Psychology of Climate Change Communication] foi feita com
base em enquetes realizadas em grupos tão diversos como fazendeiros africanos e eleitores
conservadores dos Estados Unidos. Reportagem de Paloma Oliveto, do Correio Braziliense,
com informações complementares do EcoDebate.

As principais autoras do estudo, Debika Shome e Sabine Marx, concluíram que, para os
leigos, as questões climáticas parecem confusas, opressivas e ligadas a negociações
políticas. Boa parte da culpa, apontam as pesquisadoras, está na forma como a mídia trata o
tema. Para elas, é preciso aproximar o aquecimento global da realidade do público.

“Os psicólogos estão cientes das dificuldades que indivíduos e grupos têm em processar e
responder efetivamente às informações que envolvem complexos desafios sociais e de
longo prazo”, dizem as pesquisadoras, no estudo. “O público precisa ser capaz de
interpretar e apresentar respostas aos avisos da ciência”, afirmam.
Disponível em: https://www.ecodebate.com.br/2009/11/09/mudancas-climaticas-ameaca-
ignorada (Adaptado)

TEXTO II
O aquecimento global não está sendo levado a sério

O aquecimento global não está sendo levado a sério e o tempo está se esgotando para evitar
consequências como a seca e a inundação de cidades, disse nessa quinta-feira (10/4) o
presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim. “Estamos chegando rapidamente a um ponto
em que não vamos ser capazes de manter o aquecimento global abaixo dos 2 graus Celsius
“, acrescentou ele, no início da reunião de primavera do Banco Mundial e do Fundo
Monetário Internacional (FMI), em Washington.

Jim Yong Kim defendeu que “o aquecimento de 2 graus Celsius vai ter grandes
implicações”, indicando que “40% das terras aráveis da África desaparecerão e a cidade de
Bangcoc poderá ficar submersa”.

O Banco Mundial atua em várias áreas para combater as alterações climáticas,


principalmente no preço do carbono, no financiamento da energia renovável e na pressão
exercida junto aos governos para remover os subsídios à energia.

Jim Yong Kim receia que muitos tenham deixado de pensar nas alterações climáticas como
um problema urgente. “Daqui a dez ou 15 anos, quando começarem batalhas devido à falta
de acesso à água e à comida, estaremos todos aqui sentados pensando: meu Deus, por que
não fizemos mais àquela altura?”, desabafou, confessando-se “extremamente preocupado”
com o fato de “o mundo ainda não levar o assunto suficientemente a sério”.

Disponível em: https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/noticia/2014/04/
banco-mundial-aquecimento-global-nao-esta-sendo-levado-serio.html (Adaptado)

TEXTO III
Aquecimento Global existe mesmo?
O Aquecimento Global, durante os últimos anos, foi um dos temas mais debatidos tanto na
comunidade científica internacional quanto em outros espaços da sociedade, como a
imprensa e a internet. Até bem pouco tempo, considerava-se como consenso a perspectiva
de que a Terra estaria aquecendo em uma velocidade cada vez mais acelerada em função
das atividades humanas. No entanto, atualmente, as contestações chamadas de “céticas”
vêm se tornando cada vez mais conhecidas.

Assim, diante de um verdadeiro mar de afirmações e contestações, é possível sintetizar três


posições principais, a saber:

 Proposição 01: O Aquecimento Global existe e é culpa do homem;


 Proposição 02: O Aquecimento Global existe, mas é um evento natural;
 Proposição 03: O Aquecimento Global não existe.

Em uma terceira via, mais “radical”, há um grupo que afirma que o Aquecimento Global
simplesmente não existe, de que se trata de uma teoria que jamais foi provada. Para eles,
esse “alarmismo” seria uma estratégia dos países desenvolvidos para evitar o aumento do
consumo e do padrão de vida do mundo subdesenvolvido, envolvendo também outras
questões políticas e que não possuem uma real validade científica. Entre os defensores
dessa tese, podemos destacar Timoth Oke, climatólogo canadense, Ricado Augusto Felício,
climatólogo e professor da USP, e Luiz Carlos Molion, meteorologista da Universidade
Federal de Alagoas.

Há, inclusive, a afirmação de que a Terra possa se resfriar nos próximos anos. Isso porque a
atividade solar é cíclica, sendo assim, durante o período em que ela é mais intensa, as
temperaturas aumentam e, quando a atividade solar diminui, as temperaturas abaixam, o que
deve ocorrer nos próximos 20 ou 30 anos. As temperaturas só se elevariam em locais
específicos, como os centros urbanos, em função das ilhas de calor.

Além disso, seria também necessário considerar a influência dos oceanos sobre o clima,
uma vez que a maior parte da superfície terrestre é composta por eles. Assim, alguns fatores
atmosféricos, como a umidade do ar, alteram-se conforme as oscilações das temperaturas
oceânicas. Um dos elementos utilizados como argumento nesse contexto é a Oscilação
Decadal do Pacífico, um fenômeno que, a cada 20 anos, altera as temperaturas do Oceano
Pacífico e influencia o clima em todo o mundo.

De qualquer forma, independente de qual das proposições acima seja a verdadeira ou a mais
próxima da realidade, é preciso considerar que o Aquecimento Global não é a única questão
ambiental atualmente em debate. Por isso, meios de preservação dos espaços naturais
devem ser intensificados, como a conservação das florestas, dos solos e dos rios.

Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/aquecimento-global-existe-
mesmo.htm (Adaptado)

Os desafios relacionados à
alfabetização dos idosos no
Brasil
 junho 24, 2022

 Educação, Idosos

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Os desafios relacionados à alfabetização dos
idosos no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.

TEXTO I
Pesquisa realizada pelo Sesc São Paulo e pela Fundação Perseu Abramo mostra que os
idosos no Brasil têm dificuldade em ler e escrever. A pesquisa Idosos no Brasil: Vivências,
Desafios e Expectativas na Terceira Idade consultou, entre 25 de janeiro e 2 de março de
2020, 2.369 pessoas com mais de 60 anos, nas cinco regiões do país, e tem margem de erro
de até 2,5 pontos percentuais.
O levantamento mostra que o acesso ao ensino médio aumentou entre os idosos desde a
última pesquisa, realizada em 2006: de 7% para 15%, em 2020. No entanto, 40% dos
maiores de 60 anos disseram ter algum tipo de dificuldade em ler e escrever, seja pela falta
de escolaridade básica,  analfabetismo ou o analfabetismo funcional.

“Pensando que boa parte da nossa comunicação é feita via escrita, via palavra escrita, a
gente pode ver por esses números, qual a dificuldade que os nossos idosos encontram em ter
acesso aos diversos tipos de comunicação”, disse a pesquisadora da Fundação Perseu
Abramo e coordenadora do estudo, Vilma Bokany.

De acordo com Vilma, os dados sobre o aumento do acesso dos idosos ao ensino médio
podem esconder a baixa escolaridade desse público. “Quando a gente olha para o segmento
idoso, a gente vai perceber que, apesar do expressivo aumento do nível médio de
escolaridade, entre os idosos ainda predomina baixa escolaridade, com 14% de idosos que
nunca foram à escola, e 24% que têm o ensino fundamental incompleto”.

Disponível em: https://www.istoedinheiro.com.br/pesquisa-mostra-exclusao-de-idosos-do-
mundo-digital-e-da-escrita/

TEXTO II
Muitos idosos brasileiros sabem apenas ler e escrever os próprios nomes. No país, ainda
temos um histórico de pobreza, o que impediu que nossos pais e avós frequentassem a
escola. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 18% das
pessoas de 60 anos são analfabetas. Então, nos perguntamos: como incentivar a
alfabetização de idosos?

Ewerton Fernandes de Souza, um dos 50 finalistas do Prêmio Educador Nota 10 de 2017,


diz que ensinar jovens e adultos pressupõe um envolvimento maior do professor com seus
alunos: ele “precisa se aproximar, ouvir, conversar, compreender os problemas (da
aprendizagem e da vida) e estimular seus educandos. Sem esse tête-à-tête, qualquer esforço
será em vão”.

O educador compartilhou quatro dicas, que adaptamos para quem quer apoiar a


alfabetização de idosos:
1) Leve em conta as histórias de vida das pessoas idosas.

2) Respeite o tempo de cada um.

3) Reconheça, como regra, cada faixa etária com suas especificidades, e mesmo dentro de
cada faixa, a heterogeneidade, diversidade e complexidade.

4) Motive sempre e não desista jamais.

Disponível em: https://redebemestar.com.br/aprendizado/alfabetizacao-de-idosos-como-
ensinar-a-ler-e-a-escrever/

TEXTO III
É bom, né? Conseguir ler estas frases sem nenhuma dificuldade, e na maioria das vezes, de
forma automática, sem nenhum esforço. Você já parou para imaginar como seria sua vida se
não tivesse garantido este grande privilégio, que é a educação? Como você iria trabalhar?
Como iria deixar um bilhete, uma carta de amor, fazer as lições de casa, o ensino técnico ou
até uma faculdade dos seus sonhos?

É com essa mesma angústia que Laíz Maria Netto Marinho, 71, conviveu durante a maior
parte de sua vida. Ela perdeu a mãe ainda criança, aos 9 anos de idade, e a partir daí, foi
criada pelo pai. Cresceu junto com uma irmã e mais três irmãos, e conta que apenas os
filhos homens foram enviados à escola e puderam terminar o ensino médio antes dos 20
anos. Entretanto, com as filhas mulheres, a situação foi completamente diferente. Sua irmã,
até hoje, não teve nenhum acesso à educação.  Laíz começou a trabalhar aos 12 anos de
idade como auxiliar, e como era menor de idade, quem recebia o seu salário era seu pai, e
ela declarou que nunca viu nem um centavo desse dinheiro.

Ela só foi ter a sua primeira experiência escolar aos 33 anos de idade, quando conheceu
a EJA (Educação para Jovens e Adultos) do Distrito Federal por indicação de amigas
quando estava procurando algum lugar para poder estudar e, nesta época, ela conseguiu
concluir apenas o primeiro grau na instituição e parou, pois estava trabalhando muito e
cuidando das filhas e com isso, acabou não tendo tempo para se dedicar com esforço aos
estudos. Foi só recentemente que a vontade de estudar reacendeu, decidiu voltar e conta que
foi muito bem recebida novamente na EJA.

Disponível em: http://www.agenciadenoticias.uniceub.br/?p=28197

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