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2ª etapa Teste 2 Sociologia 2ª série clássica manhã

Roteiro: capítulo 6 e 7

1) O decênio de 1930 viu florescer um gênero novo de textos sobre o Brasil. O país, que já havia sido
interpretado anteriormente em livros de gênero literário (como em “Os Sertões”, de Euclides da Cunha),
passou a contar com análises advindas do campo das ciências sociais, que também começavam a se
constituir em terreno nacional. Um dos mais destacados autores do período foi Sérgio Buarque de Holanda,
que escreveu, em 1936, o clássico ensaio “Raízes do Brasil”, que aborda aspectos fundamentais acerca da
colonização nacional e da formação de características da cultura política brasileira. Muito conhecida é sua
formulação acerca do homem cordial. Com base nessas considerações, disserte sobre como a cordialidade
do brasileiro, descrita por Sérgio Buarque de Holanda, influi na relação entre o público e o privado na
sociedade brasileira.

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2)

Com base na frase de Tom Jobim, compositor brasileiro, por que entender o Brasil não é para principiantes?
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3) Dentre os problemas físicos aos quais os trabalhadores estão expostos, alguns dos que mais chamam a
atenção são as Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho
(LER/DORT). Com o advento da Revolução Industrial, as novas funções exercidas pelos trabalhadores
estavam em desacordo com as suas capacidades físicas. As inovações tecnológicas, por sua vez,
agravaram esse quadro, principalmente com o surgimento de um modelo de produção denominado
Fordismo.

O Fordismo se caracteriza pela

A. automação total do trabalho, deixando para os robôs as tarefas extenuantes e repetitivas.

B. adoção de horários flexíveis para os trabalhadores e ausência de estoque inicial.


C. valorização da criatividade dos operários e de sua saúde física e mental.

D. especialização do trabalhador, que ficou responsável pela realização de poucas e repetidas


tarefas.

E. existência de células de trabalho, do uso do Kanban e de equipes responsáveis por todo o processo de
produção.

4) O cooperativismo de consumo não está morto, mas perdeu a batalha contra o grande capital comercial,
que é atacadista e varejista ao mesmo tempo. Em termos de preços e qualidade, o grande capital é
imbatível. Só que é impessoal, burocrático, não permite atentar para necessidades particulares. Suas
vantagens se dirigem a um público cujas preferências são pautadas pela publicidade nos meios de
comunicação.

(Paul Singer. Introdução à economia solidária, 2013. Adaptado.)

Um pressuposto das relações contemporâneas de consumo, coerente com a lógica do modo de produção

capitalista, é a

A. pluralidade na produção.

B. diversidade dos indivíduos.

C. generalização de tarefas.

D. massificação da sociedade.

E. pequena escala produtiva.

5)
(Caulos. Só dói quando eu respiro, 2012.)

O processo ironizado na charge, em que cada participante da reunião acrescenta um item à imagem do
operário, refere-se ao(à)

a) tomada de decisões no âmbito coletivo, que integra os operários no planejamento fabril e valoriza o
trabalho.
b) alienação do trabalho, que fragmenta as etapas produtivas e controla os movimentos dos
trabalhadores.
c) desenvolvimento de novas técnicas, que complexificam a produção e selecionam os profissionais com
domínio global sobre o produto.
d) aumento das exigências contratuais, que elevam o desemprego estrutural e alimentam as instituições de
qualificação profissional.
e) substituição do trabalhador na linha de montagem, que mecaniza as fábricas e evita a especialização
produtiva.

6)

O principal articulador do atual modelo econômico chinês argumenta que o mercado é só um instrumento
econômico, que se emprega de forma indistinta tanto no capitalismo como no socialismo. Porém, os
próprios chineses já estão sentindo, na sua sociedade, o seu real significado: o mercado não é algo neutro,
ou um instrumental técnico que possibilita à sociedade utilizá-lo para a construção e edificação do
socialismo. Ele é, ao contrário do que diz o articulador, um instrumento do capitalismo e é inerente à sua
estrutura como modo de produção. A sua utilização está levando a uma polarização da sociedade chinesa.
OLIVEIRA, A. A Revolução Chinesa. Caros Amigos, 31 jan. 2011 (adaptado).
No texto, as reformas econômicas ocorridas na China são colocadas como antagônicas à construção de um
país socialista. Nesse contexto, a característica fundamental do socialismo, à qual o modelo econômico
chinês atual se contrapõe é a:

a) desestatização da economia.
b) instauração de um partido único.
c) manutenção da livre concorrência.
d) formação de sindicatos trabalhistas.
e) extinção gradual das classes sociais.

7) A sociologia no Brasil, criada e desenvolvida a partir de núcleos institucionais e autorais diversos, se


voltou desde o princípio a um exame de nossa formação histórica. Entre as mais respeitadas (e ao mesmo
tempo controversas) interpretações desse processo, está a contribuição de Gilberto Freyre e seu
entendimento de nossa realidade social de fundo colonial. Para esse autor, era fundamental redimensionar
a leitura de nossa construção política inicial:
A) alternando as pesquisas entre exercícios de exame cultural e estudos de antropologia física.

B) negligenciando o papel da política portuguesa para criar um foco de pesquisa adequado ao Brasil.

C) criticando a diferença dos grupos humanos brasileiros no que toca nosso desenvolvimento econômico.
D) buscando reforçar a validade dos estudos promovidos por Euclydes da Cunha e Nina Rodrigues sobre a
ideia de cultura.
E) valorizando o aspecto cultural e histórico do brasileiro em detrimento de análises raciais
simplistas e biologizantes.

8) No pensamento sociológico dos anos 1930 despontam os nomes de Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de
Holanda, autores dos clássicos Casa Grande & Senzala e Raízes do Brasil, respectivamente. Essas obras
têm como foco temático comum:
A) a luta de classes na sociedade rural.
B) a formação do Estado nacional.
C) a democratização do ensino.
D) a escravidão do negro.
E) a estrutura patriarcal brasileira.

9)
“Em Raízes do Brasil, as possibilidades heurísticas do gênero ensaístico são exploradas ao máximo. A
linguagem plástica escolhida por Sérgio Buarque de Holanda permite converter circunstâncias complexas
em um vocabulário de compreensão geral. Assim, o autor faz uso de dualismos como trabalho e aventura,
ou semeador e ladrilhador, para descrever e tipificar concisamente os padrões abrangentes de conduta. A
propósito, a tensão entre estes dois polos geraria o movimento que levaria ao avanço da história. Neste
caso, o autor recorre, claramente, tanto à metodologia dos tipos ideais de Weber quanto à dialética de
Hegel” (Costa, Sérgio. O Brasil de Sérgio Buarque de Holanda, 2014).

Na análise do autor de Raízes do Brasil

a) a tensão, entre as diversas raças que formaram o Brasil, corresponde a um tipo ideal;

b) as diferenças entre classes sociais no Brasil é um tipo ideal;

c) a cordialidade do brasileiro é um tipo ideal por ser uma simplificação exagerada das diferenças religiosas;

d) o homem cordial corresponde a um tipo ideal sociopsicológico e a um padrão de sociabilidade;

e) o homem cordial corresponde a um tipo ideal fundado da unidade étnica no Brasil.

10) O sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, na década de 1930, ao interpretar a sociedade brasileira,
identificou como uma das suas características a dificuldade de reconhecer os limites entre as esferas
públicas e privadas na vida social.MACHADO, I. J. de R; AMORIM, H; BARROS, C. R. Sociologia Hoje:
ensino médio. Volume único. 2. Ed. São Paulo: Ática, 2016. Adaptado.

A situação que confirma a continuidade, no século XXI, da característica diagnosticada pelo sociólogo é a
um(a) seguinte:

a) indivíduo que transfere seus bens para instituições de caridade, ao invés de deixar como herança para
sua família, denominada de deserdação familiar.

b) agente público que usa de sua posição de poder para nomear um ou mais parentes, contratá-los
ou favorecê-los, denominada de nepotismo.

c) político que intermedia a negociação de conflitos de desapropriação de um bem privado para o benefício
de uma população, denominada de expropriação.

d) artista que capta recursos junto a empresas privadas para financiar sua arte, enquanto o financiador
debita dos impostos devidos, denominada de Lei Rouanet.

e) pessoa que faz uma doação de um bem privado para uma instituição pública, objetivando o bem comum
e o usufruto de todos, denominada de burocracia.

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