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Manifestações

Culturais e Esportivas:
Esportes Individuais
Esportes Individuais Alternativos

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Igor Roberto Dias

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Esportes Individuais Alternativos

• Introdução;
• Aprendizado e Esporte;
• Classificação das Modalidades;
• Contexto de Ensino Aprendizagem;
• Contexto Econômico.


OBJETIVOS

DE APRENDIZADO
• Conhecer o histórico de algumas modalidades individuais alternativas;
• Mapear os esportes individuais aquáticos, terrestres e aéreos, verificando sua representativi-
dade mesmo nas modalidades de menor expressão e trazendo também os esportes radicais.
UNIDADE Esportes Individuais Alternativos

Introdução
Neste módulo, discutiremos um pouco sobre modalidades esportivas que ficam um
pouco fora do âmbito da maioria das pessoas e até mesmo de muitos dos profissionais
de educação física. Não são modalidades totalmente desconhecidas, pelo contrário, al-
gumas são até bastante conhecidas do público em geral, mas nossa atuação profissional,
muitas vezes, passa longe.

Um exemplo disso é que, ao nos formarmos em educação física, é bem provável


que você já tenha tido contato com o famoso quarteto fantástico (futebol, basquetebol,
voleibol e handebol), seja um contato no período escolar, ou mesmo na faculdade. Con-
tudo, o universo de modalidades esportivas é muito grande, como já pudemos perceber
nas discussões anteriores.

Figura 1 – Montanhismo
Fonte: Getty Images

Seria difícil e inviável um professor, no período de faculdade, abordar todas as mo-


dalidades esportivas existentes, pois, além da pluralidade, cada uma tem suas vertentes
e diferentes discussões possíveis sobre ensino, aprendizagem e treinamento. Portanto,
vivenciar algumas modalidades diferenciadas, acaba se tornando uma possibilidade que
o professor de educação física pode buscar, e acaba buscando por conta própria, por
suas vivências, ou mesmo por sua proximidade diante de um cenário de oportunidades.

Em formação, é possível vivenciar diversas modalidades que não fazem parte do cur-
rículo das escolas e universidades, mas isso não é comum – depende muito do interesse
pessoal de vivenciar o máximo de modalidades possíveis. E provavelmente você terá
que buscar essa experiência se quiser saber como funcionam e como propriamente são.

Você já se deu ao luxo de experimentar algumas modalidades esportivas alternativas?


Ou você fica com vergonha ou medo de não realizar? Importante é vivenciar sempre que
possível oportunidades de vivenciar diferentes práticas corporais e modalidades espor-
tivas. Procure na sua região as oportunidades de modalidades diferenciadas que você
poderia experimentar.

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Algumas delas acabam fazendo parte da vivência de alguns professores pela região
onde moram ou pelas oportunidades – por exemplo, quem mora no litoral, costuma ter
mais familiaridade com modalidades como o surf, natação e até mesmo alguns esportes
de natureza e radicais, pela própria facilidade de acesso, ou mesmo, porque muitas delas
estão relacionadas a modalidades de natureza. Inclusive, é muito comum que os instruto-
res dessas modalidades sejam praticantes que vivenciam a modalidade há muito tempo,
sem que necessariamente sejam professores de educação física. Também é possível que
você vivencie alguma modalidade específica mediante a oportunidade que você teve e,
talvez até por isso, tenha escolhido fazer o curso de educação física.

Figura 2 – Professor de surf


Fonte: Getty Images

Diante desse cenário de enormes possiblidades e entendendo que o mundo dos es-
portes é muito extenso para abordarmos todas as modalidades individuais possíveis, vale
a ressaltar algumas classificações que ajudam a entender a atuação de algumas moda-
lidades e que sempre temos novas possibilidades e descobertas que podem acontecer.

Aprendizado e Esporte
É importante entender o motivo e razões para trazer alguns conteúdos nesta unidade
que, em vários casos, podem não ser classificados propriamente como esporte – em
vários momentos, estaremos lidando com modalidades esportivas, atividades físicas e
exercícios físicos. Contudo, vale lembrar a discussão de unidades anteriores, muitas ati-
vidades possuem uma linha tênue para definir se algo é esporte ou não. Portanto, não
estranhe se, em algum momento, for apresentado algo que não atende propriamente os
requisitos de esporte que já discutimos anteriormente.

E você deve estar se perguntando: afinal, professor, então por que você está apresen-
tando estas modalidades? Bom, primeiro, porque várias delas, mesmo não sendo propria-
mente esporte, são modalidades que fazem parte das práticas corporais como um todo e
que, querendo ou não, contemplam a gama de conhecimentos que podem fazer parte do

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que um professor de educação física pode vivenciar e se apropriar como conhecimento. De


alguma maneira, por mais que algumas modalidades sejam distantes da nossa realidade,
vale a pena ter um mínimo de conhecimento da sua existência e suas possíveis práticas.

O esporte em si é passível de ser realizado em diversas esferas de conhecimento,


ou seja, ele pode ser algo regional ou mundial. Boa parte das modalidades listadas
nesta unidade atenderá a esse conceito, de modalidades que podem ser regionalizadas,
justamente por sua prática ser propicia para o ambiente em que está inserido. E isso
diz muito sobre a cultura local, a regionalidade do esporte e como ele pode ou não se
desenvolver em diferentes estruturas e locais.

Classificação das Modalidades


Ao falarmos de classificar modalidades esportivas, vale ressaltar algo importante,
hoje, temos uma variedade muito grande de modalidades esportivas e, principalmente,
por novas modalidades surgirem, muitas acabam ficando num espaço nebuloso onde a
classificação não fica muito clara. É mais ou menos como aquele carro novo lançado por
uma marca que você não sabe se é hatch, sedan, SUV ou pick-up.

Nesse sentido, algumas classificações trazidas aqui são básicas, podendo ser necessá-
rias outras maneiras para classificar algumas modalidades.

Basicamente, as modalidades podem ser divididas em aquáticos, terrestres e aéreos


e, dentro dessas divisões, podemos contar com modalidades divididas em individuais e
coletivas. Assim, dentro dessas primeiras classificações, temos as modalidades de com-
bate (que tratamos na unidade anterior), esporte ao ar livre, com bolas, atléticas, gímni-
cas, de natureza e mecânicas.

Por meio dessas classificações, fica um pouco mais fácil citar algumas modalidades
que se encaixam no contexto desta unidade. Diferentes autores podem trazer diferentes
formas de classificação, mas não devem fugir muito do que está sendo apresentado aqui.

Modalidades Aquáticas
As modalidades aquáticas abrangem uma grande gama de modalidades como a
natação, porém, também fazem parte algumas modalidades aquáticas radicais, como
canoagem, rafting, windsurf, wakeboard, esqui aquático, bodyboard e o mergulho.
Sendo que boa parte deles possui campeonatos e disputas de forma internacional. E é
interessante associar que de muitas dessas modalidades derivam outras que, por meio
de diferentes práticas, foram se tornando alternativas umas das outras, por exemplo, o
kitesurf é uma variação do próprio surf, assim como o windsurf também. Ou seja, as
modalidades são muito próximas entre si.

Percebam que várias dessas modalidades apresentam um grau maior ou menor do


que pode se chamar de radical. Algumas demandam um alto grau de habilidades físicas
que exigem algum treinamento e que não seriam facilmente realizadas sem um preparo
prévio como windsurf, por exemplo, enquanto outras podem ser realizadas apenas com

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o acompanhamento de alguém especialista, como o mergulho, que pode ser tanto feito
com equipamentos de respiração, como tanque de oxigênio, quanto o chamado mergulho­
livre, que é feito em apneia.

Figura 3 – Kitesurf
Fonte: Getty Images

Nessas modalidades, vale ressaltar o surf, que é uma modalidade olímpica, já sendo uma
modalidade muito popular nos litorais brasileiros e que atrai cada vez mais participantes.
Agora sendo modalidade olímpica, passa a ter um atrativo a mais, uma modalidade que
passa a ser olímpica carrega consigo um grande interesse econômico de patrocinadores.
O grande atrativo dessas modalidades é o fato de, em geral, ocorrerem em locais
propícios como mar e rios. Em geral, são modalidades sazonais, ou seja, ocorrem quase
sempre no verão ou locais onde o clima é propício para tal, no inverno, elas acontecem,
mas em menor número.
O que interessa é que cada uma dessas modalidades aquáticas, citadas ou não, tra-
zem consigo um grande número de habilidades acumuladas para sua prática, e não
apenas as habilidades, mas as capacidades físicas também. Ou seja, praticar o kitesurf
demanda habilidades, como nadar, deslocar-se em meio líquido e capacidades como
força de membros superiores e inferiores, equilíbrio, velocidade. Isso que é o “pulo do
gato” para entender as necessidades de alguns esportes.
Sem mesmo ter praticado a modalidade, é possível, inicialmente, prever e entender
algumas das necessidades e habilidades necessárias para prática – é importante que o
professor de educação física treine esse olhar ao ver uma modalidade que não domina.
Para isso, é importante, sempre que possível, compartimentar a modalidade, tentando
perceber cada uma das habilidades e capacidades necessárias para sua realização.

Pensando nas modalidades esportivas que você conhece, quais delas se assemelham nas
habilidades ou capacidades com as modalidades que estamos discutindo aqui? E nas moda-
lidades vistas nesta unidade, você consegue identificar as habilidades e capacidades neces-
sárias para desenvolver nos atletas?

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UNIDADE Esportes Individuais Alternativos

Claro, a vivência na modalidade enriquece muito a sua percepção de todas as deman-


das e necessidades que a modalidade pode exigir e que não podemos notar com um
simples olhar. Percebe que o saber ensinar é importante? Mas o saber fazer também tem
o seu papel.

Figura 4 – Polo aquático


Fonte: Getty Images

Mas as modalidades aquáticas não se resumem apenas aos esportes radicais, há


outras modalidades, como a própria natação, saltos ornamentais, nado sincronizado,
polo aquático e maratona aquática. Essas modalidades, por sinal, certamente são mais
próximas do nosso dia a dia, enquanto professores de educação física, pois fogem um
pouco das modalidades litorâneas. Isso quer dizer que é muito mais fácil acompanhar a
prática dessas modalidades em piscinas de clubes e academias. Isso facilita nosso acesso,
prática e vivência dessas modalidades.

Modalidades Aéreas
As modalidades aéreas estão relacionadas às modalidades que podem ser mecânicas
ou não, visto que temos modalidades de corridas aéreas e que têm se tornado conheci-
das, como a Redbull Race Air, que basicamente é uma corrida de pequenas aeronaves.
Ainda dentro dessa modalidade, podemos citar os esportes aéreos que utilizam recursos
mecânicos como a acrobacia aérea, aeromodelismo, corrida aérea e o voo à vela (famoso
planador). Além disso, temos as modalidades aéreas que não necessariamente usam re-
cursos mecânicos para ação do esporte, mas que usam algum tipo de implemento para
possibilitar o voo, como o parapente, paraquedismo, asa-delta, wingsuit (traje planador),
o balonismo e o base jumping.

Mas o que interessa mais para nós são as modalidades aéreas relacionadas aos es-
portes de voo – elas podem ser relacionadas aos esportes de natureza, pois, apesar de
poderem ser realizadas em outros vários lugares, em geral, acabam acontecendo em
meio à natureza.

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Figura 5 – Asa-delta
Fonte: Getty Images

Assim como citamos nos esportes aquáticos, essas modalidades costumam ser dis-
tantes da nossa realidade enquanto professores de educação física. Contudo, trazem
consigo algumas demandas de aprendizado complexas, pois não é apenas a questão téc-
nica do exercício, mas também o manuseio de equipamentos e o próprio conhecimento
técnico dos ventos, das ações do clima e como lidar com eles.

Nesse contexto, assim como as modalidades aquáticas, as aéreas demandam um co-


nhecimento técnico amplo, no qual a vivência é muito necessária para poder transmitir
conhecimento e segurança. Vale lembrar que essas modalidades trazem consigo um
alto grau de risco e precisam ser levadas com muita seriedade pelo profissional. Além
disso, em geral, as modalidades aéreas demandam a realização de cursos e obtenção de
qualificações especiais de voo.

Ainda dentro das modalidades aéreas, temos as atividades circenses e os exercícios acro-
báticos, como os trapézios, lira, bambu, corda indiana, argola olímpica (BORTOLETO;
CALÇA, 2007). Essas atividades também fazem parte dos conhecimentos específicos da
nossa área – até que não são tão distantes, mas ainda assim, são pouco exploradas pe-
los professores, pelo seu apelo circense ou por se julgarem que inaptos para as práticas.
Porém, sabemos que várias atividades circenses são praticadas em aulas de educação
física, como o malabares e outras atividades terrestres, mas as atividades aéreas possuem
um grande potencial para ser trabalhado nas aulas.

Figura 6 – Trapézio (atividade aérea circense)


Fonte: Getty Images

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UNIDADE Esportes Individuais Alternativos

As modalidades circenses, por sinal, têm crescido muito e diversos professores de


educação física e academias têm explorado essa temática para diferenciar as aulas de
práticas corporais.

E, apesar de não serem propriamente modalidades esportivas, nem mesmo esporte


individual, vale ressaltar sua qualidade como atividade aérea. O tecido, por exemplo, tem
sido uma atividade amplamente usada em algumas academias, sendo bastante tranquilo
o seu aprendizado.

Novamente, vale ressaltar, sabemos que não é uma modalidade esportiva, já discuti-
mos isso em outras unidades, mas vale ressaltar que a modalidade é bastante completa
e serve de parâmetro para treinamento de diversas habilidades e capacidades.

Modalidades Terrestres
As modalidades terrestres atendem a uma ampla gama de modalidades e, claro, aca-
bam sendo a maioria das modalidades. Mas a ideia aqui, como em toda esta unidade, é tra-
zer aquelas que sejam menos conhecidas e até mesmo mais interessantes de se conhecer.

Um dos exemplos de modalidade terrestre envolve as modalidades de esportes me-


cânicos que podemos considerar aquelas que utilizam algum recurso mecânico para seu
desenvolvimento, desde a famosa bicicleta (bike) e suas várias modalidades de provas
como speed, mountain bike, cross country, downhill, entre outras, até os esportes a
motor, ou seja, o automobilismo, que se diferencia pelo fato de o atleta usar não somente
suas capacidades físicas, mas também um equipamento que, em muitos casos, é bastan-
te complexo – por sinal, o automobilismo é uma das modalidades esportivas individuais
mais coletivas que existem, se é que podemos dizer assim, visto que boa parte da ação
do atleta não ocorre se ele não tiver uma equipe de apoio.

Figura 7 – Mountain bike


Fonte: Getty Images

Boa parte das modalidades terrestres alternativas também traz consigo esse cunho
de natureza, esporte radical, ou esporte de natureza. Claro, são muitas que, inclusive,
funcionam como modalidade mecânica, mas o importante é entender quais modalida-
des esportivas, aqui, podem derivar de modalidades mais tradicionais e que permitam o
acesso mais facilmente do que outras modalidades.

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Um exemplo de modalidades próximas e, ao mesmo tempo distantes, são as corridas
de montanha, que trazem o aspecto da corrida para os desafios das montanhas. Assim
como outras modalidades, a corrida de montanha traz consigo os desafios e complexi-
dades dos diferentes tipos de piso, subidas descidas e todos os desafios inerentes a um
ambiente de natureza.

Figura 8 – Corrida de montanha


Fonte: Getty Images

Contexto de Ensino Aprendizagem


Lembra quando foi explicado que às vezes é difícil classificar uma modalidade ape-
nas por uma característica? Pois é... Às vezes, uma mesma modalidade atende a várias
classificações, enquanto uma modalidade que seja semelhante atende a outras classifica-
ções. Veja o exemplo do parapente: é um esporte ao ar livre que, ao usar o motor, por
exemplo, passa a se chamar paramotor (parapente impulsionado por motor), sendo uma
modalidade ao ar livre e também mecânica.

Também vale ressaltar que diversas modalidades não atendem ao requisito de compe-
tição propriamente, ou seja, várias modalidades citadas possuem sim competições com
notas que podem ser subjetivas ou objetivas, mas algumas delas prezam apenas pela prá-
tica em si, e não pela competição, ou, melhor dizendo, são modalidades que seu caráter
de lazer é muito mais vendido do que a competição em si. Vale lembrar, para a definição
básica, esportes são coisas que acontecem na forma, ou seja, seguem estritamente as re-
gras do esporte, como Barbanti (2012) relatou em seu artigo que esportes são coisas que
acontecem quando ocorrem atividades esportivas competitivas e institucionalizadas.

Isso, de certo modo, desperta nossa questão dos módulos anteriores sobre o conceito
de esporte, visto que para tal, precisamos que exista competição (entre outros parâme-
tros) para considerar esporte uma modalidade. Mas a discussão aqui é entender que as
várias modalidades apresentadas podem ou não atender a esse requisito e que vale a
pena ficar atento a essa questão.

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Importante entender a complexidade que algumas delas apresentam, seja pelo pró-
prio equipamento, pelo acesso ao local específico da prática em si, mas também por um
ponto principal que caracteriza o papel do professor de educação física, o fato de que
algumas modalidades demandam uma combinação de habilidades.

Figura 9 – Paraquedismo
Fonte: Getty Images

Essa combinação de habilidades pode ser interpretada pelo professor de educação fí-
sica, mesmo que ele não domine determinada modalidade. Veja que nem sempre aquelas
habilidades que parecem óbvias para realizar alguma modalidade são realmente neces-
sárias. Veja um exemplo: algumas pessoas pensam que, para mergulhar, é necessário
ser um exímio nadador. Na verdade, saber nadar é importante para sua sobrevivência no
meio líquido, mas, para o mergulho, o saber nadar pode não ser necessário, nem mes-
mo saber as técnicas do nado precisa ser necessário, visto que o próprio equipamento
gera flutuação, o que deixa o fato de saber nadar em segundo plano.

Figura 10 – Mergulhador
Fonte: Getty Images

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Contexto Econômico
Uma das razões que fazem interessantes todas as modalidades apresentadas aqui é o
fato de todas elas serem passíveis de atuação por profissionais de educação física. Vale
ressaltar que várias dessas modalidades demandam cursos técnicos, vivência e aprendi-
zado para sua prática, pois, conforme dissemos há pouco, elas demandam uma com-
binação de fatores e aprendizados que precisam ser vividos pelo professor de educação
física. Porém, apresentam amplas possibilidades de trabalho profissional.

Figura 11 – Possibilidades de ganho com modalidades alternativas


Fonte: Getty Images

O que provavelmente é mais fácil de achar no mercado, um professor de futebol


ou um professor de surf? Consegue entender o contexto do que estamos dizendo?
O mercado pode ser muito mais amplo do que imaginamos, mas, para isso, precisa-
mos dominar uma gama maior de modalidades.

Além disso, vale ressaltar que várias dessas modalidades vão demandar alguns anos
de prática para efetivamente torná-lo(a) apto(a) para o ensino. Lembre-se de que algumas
demandam o domínio de diferentes habilidades.

Em Síntese
Como vimos até aqui, esta unidade é um verdadeiro desafio, pois sua gama de modali-
dades esportivas é ampla e, em alguns casos, pode derivar outras várias modalidades.
Sem dúvidas, diversas modalidades ainda podem ser descobertas adotando o sistema
de classificação que apresentamos acima.
O intuito é perceber que essas modalidades podem fazer sim parte da nossa atuação no
amplo mundo dos esportes, entendendo que cada modalidade tem suas características
próprias, que devem ser aprofundadas em seus estudos, práticas e entendimento peda-
gógico de atuação.

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Outra coisa importante para considerar é que algumas modalidades possuem um con-
texto competitivo diferenciado, podendo ocorrer de diferentes maneiras e formas. Um
exemplo: o mergulho parece ser uma modalidade que não existe competição, contudo,
existem disputas de diferentes formas como o mergulho em apneia.
Uma importante característica que deve ser adotada é ter curiosidade e ir aos mecanis-
mos de busca e conhecer um pouco do que foi citado aqui, explorando e estudando as
características que essas modalidades apresentam e, principalmente, começar a praticar
e perceber com o olhar de professor quais as demandas, capacidades e habilidades que
a modalidade exige e como você pode atuar nela.

Figura 12 – Competição de escalada


Fonte: Getty Images

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
Esportes complementares
ALMEIDA, B. S. de; MICALISKI, E. L.; SILVA, M. R. da. Esportes complemen-
tares. Curitiba: InterSaberes, 2019.

 Vídeos
Os Top 10: Esportes mais radicais do mundo
Vídeo sobre esportes radicais.
https://youtu.be/W2f1cKL13xc

 Leitura
O tecido circense: fundamentos para uma pedagogia das atividades circenses aéreas
Artigo Sobre Atividades Circenses Aéreas.
BORTOLETO, M. A. C.; CALÇA, D. H. O tecido circense: fundamentos para
uma pedagogia das atividades circenses aéreas. Conexões. Campinas-SP v. 5, n. 2,
p. 72-88, 2007.
https://bit.ly/3qlGqio
Esportes radicais, de aventura e ação: conceitos, classificações e características
Artigo Sobre Esportes Radicais e suas Definições.
PEREIRA, D. W.; ARMBRUST, I.; RICARDO, D. P. Esportes radicais, de aven-
tura e ação: conceitos, classificações e características. Revista Corpoconsciência,
v. 12, n. 1, p. 18-34, 2008.
https://bit.ly/2LorDVq
Lazer, Natureza e Aventura: Compartilhando Emoções e Compromissos
Artigo sobre Esporte e Natureza.
MARINHO, A. Lazer, Natureza e Aventura: Compartilhando Emoções e Com-
promissos. Rev. Bras. Cienc. Esporte, v. 22, n. 2, p. 143–153, 2001.
https://bit.ly/39ulf6Q

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Referências
ALMEIDA, B. S. de; MICALISKI, E. L.; SILVA, M. R. da. Esportes complementares.
Curitiba: InterSaberes, 2019.

BARBANTI, V. O Que é Esporte. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde,


v. 11, n. 1, p. 54-58, 2012.

BORTOLETO, M. A. C.; CALÇA, D. H. O tecido circense: fundamentos para uma peda-


gogia das atividades circenses aéreas. Conexões. Campinas-SP, v. 5, n. 2, p. 72-88, 2007.

COSTA, L. P. da. Cenário de tendências gerais dos esportes e atividades físicas no Brasil.
Atlas do Esporte no Brasil, p. 21.3-21.16, 2006.

JESUS, G. M. de. A Geografia e os Esportes: Uma Pequena Agenda e Amplos Horizontes.


Conexões. Campinas-SP, v. 1, n. 2, p. 47-61, 1999.

MARINHO, A. Lazer, Natureza e Aventura: Compartilhando Emoções e Compromissos.


Rev. Bras. Cienc. Esporte, v. 22, n. 2, p. 143-153, 2001.

PEREIRA, D. W.; ARMBRUST, I.; RICARDO, D. P. Esportes radicais, de aventura e


ação: conceitos, classificações e características. Revista Corpoconsciência, v. 12, n. 1,
p. 18-34, 2008.

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