Você está na página 1de 9

Escola Municipal de Educação Infantil

e Ensino Fundamental Pedro Aleixo

Elaine Kieper Eler


Emanuelly Lelis Sakoda
Lauany Schmidt Roseno

Apicultura

Rondônia
2022
Apicultura
Apicultura
Introdução:
A apicultura (ramo da zootecnia) é uma atividade que consiste na exploração comercial
das abelhas para produção de mel, pólen, geleia real e própolis. O produtor apícola é
quem direciona sua atividade para o que mais lhe convém ou para atender a demanda do
mercado. Um dos principais produtos da apicultura brasileira é o mel.
A atividade apícola teve
início no país em 1839,
quando o padre Antônio
Carneiro trouxe algumas
colônias de abelhas da espécie
Apis Mellifera da região do
Porto, em Portugal, para o Rio
de Janeiro.
Existem 3 tipos de apicultura,
sendo estes: a apicultura
intensiva, profissional ou
amadora.
Para começar a criação de
abelhas é necessário dispor de
uma área verde para a instalação do apiário, de preferência na zona rural e com pelo
menos 1500 m², uma vez que as abelhas se afastam da colmeia para buscar flores. Além
disso, deve haver uma fonte de água a menos de 500 metros da colmeia.

Plantas de valor apícola:


A flora apícola é o conjunto de plantas interessantes para as abelhas para a coleta de
recursos. As plantas apícolas podem ser divididas em três grupos: a) Plantas nectaríferas
– fornecem exclusiva- mente néctar às abelhas; b) Plantas poliníferas – fornecem
exclusivamente pólen às abelhas; c) Plantas nectaríferas-poliníferas – fornecem tanto
néctar quanto pólen às abelhas.
As abelhas coletam néctar e pólen das flores para a sua alimentação. Também coletam
resinas das plantas para elaboração do própolis, utilizado para a proteção da colônia.
A seguir, alguns exemplos de plantas importantes na apicultura:
Nome científico: Croton sonderianus Muell. Arg.
Família: Euphorbiaceae
Nomes comuns: marmeleiro, marmeleiro escuro.

Características: o marmeleiro é uma espécie de porte


arbóreo-arbustivo que floresce no início do período chuvoso.
É uma planta de grande importância como fornecedora de
néctar para as abelhas, especialmente na caatinga.  O mel
proveniente de suas flores tem coloração, sabor e aroma
muito apreciados, o que favorece sua comercialização.

Nome científico: Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R.W.Jobson


Família: Fabaceae
Nomes comuns: angico-de-bezerro, catanduva, rama-de-bezerro, carrasco.
Características: o angico-de-bezerro é uma árvore de
porte médio, de ocorrência natural no Nordeste.  Essa
espécie floresce geralmente entre os meses de
dezembro a abril (estação chuvosa) e é bastante visitada
por abelhas para coleta de néctar e pólen.
 

Nome científico: Combretum leprosum Mart.


Família: Combretaceae
Nomes comuns: mofumbo, cipoaba, carne-de-vaca.
 
Características: o mofumbo é um arbusto ou árvore
de pequeno porte que ocorre nos biomas caatinga,
cerrado, mata atlântica e Amazônia. Seu
florescimento ocorre no período chuvoso e suas
flores amareladas e perfumadas são muito atrativas
para as abelhas que as visitam principalmente para
coleta de néctar.

Nome científico: Ipomoea bahiensis Willd. ex Roem. Schult.


Família: Convolvulaceae
Nomes comuns: jetirana, campainha, corda-de-viola.
 
Características: é uma espécie rasteira ou trepadeira, que ocorre nas regiões Norte,
Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, comum em áreas de pastagens, campos abertos e
cercas, considerada planta invasora em áreas agrícolas.
Apresenta flores grandes, de cor lilás,
muito visitadas por abelhas Apis mellifera e
abelhas solitárias para coleta de néctar e
pólen. Machos de abelhas solitárias também
a utilizam como abrigo durante a noite. 

Nome científico: Mesosphaerum suaveolens (L.)


Kuntze
Família: Lamiaceae
Nomes comuns: bamburral, mentrusto, cheirosa, erva-
canudo, chá-de-frança, betônia.
 
Características: o bamburral é uma planta
subarbustiva, anual, aromática, que ocorre do México
até sul do Brasil, geralmente em formações
campestres. É considerada planta invasora em áreas
agrícolas, muito frequente em pastagens. O bamburral
é bastante visitado por abelhas Apis mellifera e abelhas
nativas sociais e solitárias para coleta de néctar e
pólen, sendo considerada uma espécie importante da
flora apícola, especialmente na região Nordeste do
Brasil.

Elaine Kieper Eler

Importância do Mel:
Primeiro: o que é o mel e como ele é produzido?

- O mel é o néctar das flores que passou por processos de transformação química e
física. A fabricação do mel começa com a coleta do néctar nas flores, que é a principal
fonte de energia das abelhas e nada mais é que uma solução de açúcares, composta
principalmente pela sacarose (tipo de glicídio formado por uma molécula de glicose,
produzida pela planta ao realizar o processo de fotossíntese).
- As abelhas têm em suas cabeças glândulas que secretam duas enzimas: invertase e
glicose oxidase. O mel é formado pela reação dessas substâncias com o néctar coletado
das flores. A invertase converte a sacarose – tipo de açúcar contido no néctar – em dois
outros açúcares: glicose e frutose.
O consumo do mel ajuda a proteger e a recuperar a mucosa gástrica, por meio de sua
ação anti-inflamatória e antioxidante. Além disso, contribui para a manutenção das boas
bactérias do sistema gastrointestinal. Sendo assim, pode ser eficaz no tratamento de
problemas digestivos e intestinais leves.

Importância do Própolis:
O própolis tem uma ação efetiva contra
bactérias como a H.pylor, Salmonella (um
gênero de diferentes tipos de bactérias que
contaminam alimentos diversos, como ovos
e carnes mal cozidas), além de combater
fungos como a Candida albicans e vírus
como o da herpes e da gripe, sendo por isso
muito usado em épocas frias e também
contra doenças respiratórias.
O própolis também é fundamental e
imprescindível na higienização da colmeia,
assim como na vedação de aberturas
externas, eliminação de espaços indesejáveis
e não transitáveis, renovação constante de
película protetora nos favos de postura e
depósito de alimentos.

Colmeias:
As colmeias são essenciais para a
manutenção da biodiversidade e para alimentos na natureza. (Foto: Lauany S. Roseno)
As abelhas utilizam a colmeia para abrigar sua progenitora, cria-las e estocar o mel. As
abelhas domesticadas têm suas sociedades construídas em apiários. Uma colmeia
geralmente possui 80 mil abelhas, cuja maioria são fêmeas (operárias).

Lauany Schmidt Roseno

Localização da colmeia:
Alguns fatores podem influenciar na qualidade dos produtos e na produtividade das
abelhas. Por isso, é aconselhado que a área escolhida seja seca e com baixa ocorrência
de ventos, receba luz solar e esteja afastada de regiões habitadas por pessoas ou de
criação de animais – especialmente se as abelhas tiverem ferrão.
A classificação do mel produzido é determinada pela constituição da flora local e pelo
processo de extração, o que resulta em diferentes consistências e colorações. É
interessante que o território escolhido para a criação seja repleto de árvores de
reflorestamento, para a obtenção de um mel de eucalipto, por exemplo, de árvores
frutíferas para variedades de laranjeira ou de flores silvestres para o mel de girassol, de
rosas, entre outros.
Povoamento da colmeia:
O apicultor pode comprar as abelhas de outro apicultor que comercialize os animais.
Ou, pode capturar as colmeias da natureza e instalá-las no seu terreno. Ou ainda, é
possível atrair enxames de abelhas para armadilhas e colocá-las nas colmeias do apiário.
Existem três tipos de abelha
para criação:
• as nativas;
• a Apis Melífera;
• e as abelhas africanas.
A principal vantagem da
criação de abelhas nativas é o
fato de não terem ferrão, o
que facilita o contato.

Coleta do mel:
Colheita- Devem ser colhidos apenas os favos operculados (fechados). Favos com
menor taxa de operculação, se forem colhidos, deverão estar separados dos outros,
porque o mel menos maduro tem maior probabilidade de se fermentar. Deverá ser
extraído, envazado e comercializado o mais rapidamente possível.
O ideal é que favos, parcialmente ou totalmente desoperculados, sejam deixados na
colmeia, pois eles contêm mel que não está pronto para ser consumido. Da mesma
forma, devem ser deixados favos que, além de mel, tenham crias de qualquer idade, ou
aqueles com grande quantidade de pólen
Durante a colheita, o apicultor fará revisões em todo o apiário. Quanto mais
desenvolvida a flora apícola da região do apiário, maior será o número de colheitas e
mais fortes ficarão as colmeias. Deve-se dar preferência para o uso de favos limpos.
Entretanto, se isso não for possível, podem ser recolocados favos que contenham restos
de mel, mas, para isso, será preciso tomar cuidado com o ataque de abelhas pilhadoras.
Um conselho é fazer a recolocação, no início da noite, quando as abelhas não estão em
atividade.
Extração- A extração é feita por centrifugação em um equipamento chamado
centrífuga. O mel centrifugado passa por filtragem, em uma peneira, e é colocado em
um tanque decantador onde as partículas estranhas serão separadas do produto por
decantação.
Com isso, o mel pode ser filtrado novamente, com um elemento filtrante mais fino,
podendo ser armazenado em um tanque homogeneizador, que ficará à espera de novas
etapas de processamento, ou poderá chegar ao tanque envazador, onde será embalado
para venda no atacado ou no varejo, de acordo com a finalidade de produção pretendida
pelo apicultor.

Emanuelly Lelis Sakoda


A baixo, o burrinho apicultor conhecido como “Boneco”.

Atenciosamente:
Elaine, Emanuelly e Lauany.

Você também pode gostar