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ARTIGO ARTICLE
contribuições para a reflexão no campo da saúde
Abstract This article reflects about the mascu- Resumo Efetua-se uma reflexão sobre a condi-
line condition in relation to violence. It focalizes ção masculina diante da violência, situando o te-
this theme in interdisciplinary Public Health ma no campo interdisciplinar da Saúde Pública.
field. The period of 1991 to 2000 was considered. Usam-se dados do Sistema de Informação sobre
The sources of mortality and morbidity data used Mortalidade e do Sistema de Autorização para
were Mortality Information System and Morbid- Internação Hospitalar referentes às causas exter-
ity Information System, respectively. The source nas para o Brasil e suas capitais, de 1991 a 2000.
of population was estimated by IBGE and it is As populações usadas nas taxas foram estimadas
disposed in home page of DATASUS/MS. The re- pelo IBGE e disponibilizadas na home page do
sults detached major victimization among men to Datasus/MS. Destaca-se que os homens são as
violence fatal and non-fatal. The average risk of maiores vítimas da violência. A taxa média de
masculine mortality by external causes was mortalidade masculina por essas causas na déca-
119,6/100.000 inhabitants in the decade. It was 5 da foi de 119,6/100.000 habitantes, sendo 5 vezes
times bigger than the average risk observed to maior que a taxa média observada para as mu-
women (24/100.000 inhabitants). Between 15 lheres (24/100.000 habitantes). Dos 15 aos 19
and 19 years they died 6.3 more times than anos, os homens morrem 6.3 vezes mais que as
women; between 20 and 24 years the men’s risk is mulheres; dos 20 aos 24 anos suas taxas são 10.1
10.1 times major than the women’s risk. In rela- vezes maior que a das mulheres. Nos homicídios
tion to homicide, this risk is intensified: it is al- esse risco é de quase 12 óbitos masculinos em re-
most 12 masculine deaths by homicide in relation lação a cada morte feminina. Macapá é a capital
to each female death. Macapá was the city that com maior sobremortalidade masculina: 10,3
had presented the major masculine super mortal- mortes masculinas para cada óbito feminino. En-
1 Departamento de
ity by external causes: 10,3 masculine deaths to fatiza-se que o gênero masculino ainda é forte-
Epidemiologia e Métodos
Quantitativos em Saúde, each female death. It finalizes affirming that mente configurado por práticas machistas e de
Centro Latino Americano masculine gender is more vulnerable at violence risco e que essas práticas são as mesmas que cons-
de Estudos de Violência e due their subjectivities are until strongly struc- tituem os homens como maiores vítimas da vio-
Saúde Jorge Careli, CLAVES,
Escola Nacional de Saúde tured in sexist and risk´s practices. These ques- lência. No Brasil, essas questões são potencializa-
Pública, Fiocruz. tions are potencialized to intense inequalities and das pelas intensas desigualdades e outras condi-
Av. Brasil 4036, sala 700, other adverse conditions at citizenship in Brazil. ções adversas à cidadania.
Manguinhos, 21040-361,
Rio de Janeiro RJ. Key words Violence, Mortality, Morbidity, Mas- Palavras-chave Violência, Morbi-mortalidade,
edinilsa@claves.fiocruz.br culine identity Identidade masculina
60
Souza, E. R.
entre gênero e outras formas de violência estru- vários autores que utilizam as ciências sociais
tural, em torno da sexualidade, da raça e da para explicar as intrincadas relações entre mas-
classe social e diferencia o papel e a responsabi- culinidade e violência.
lidade dos homens em relação a essa violência.
Significa explorar as conexões entre gênero e
violência em um contexto de estruturas de de- Impacto da violência no gênero masculino:
sigualdade e opressão. panorama epidemiológico brasileiro
No caso brasileiro essas questões se expres-
sam de forma intensa, tendo em vista as imensas No Brasil, de 1991 a 2000, ocorreram 1.118.651
desigualdades socioeconômicas, estruturais da mortes por causas externas, das quais 926.616
sociedade e estruturantes das identidades de gê- ou 82,8% eram homens. Nesse período, a taxa
nero, aliadas a uma cultura latina historicamen- média de mortalidade masculina por essas cau-
te machista. Desse modo, enuncia-se o segundo sas na década foi de 119,6/100.000 habitantes,
pressuposto do artigo, o qual considera que tais sendo cinco vezes maior do que a taxa média
características constituem o pano de fundo que observada para as mulheres (24/100.000 habi-
serve de cenário para a maior vulnerabilidade tantes). O gráfico 1 dá uma idéia das diferenças
do gênero masculino vir a se envolver com a que há entre os sexos quando se analisa a mor-
violência, ora como autor ora como vítima. talidade por acidentes e violências.
O artigo pretende efetuar uma reflexão so- No gráfico 2 percebe-se claramente que há
bre a expressão da violência no gênero masculi- uma diferenciação da mortalidade por causas
no, tomando dados epidemiológicos para fun- externas entre os sexos e que ao longo de toda a
damentar a discussão. Destacam-se a vitimiza- vida ocorre maior mortalidade masculina, mas
ção masculina, os elevados índices de mortali- essa sobremortalidade se intensifica na fase da
dade e de internações hospitalares provenientes adolescência e início da idade adulta. Dos 15
da violência que incide sobre a população mas- aos 19 anos, os homens morrem 6.3 vezes mais
culina brasileira contemporaneamente. do que as mulheres por essas causas; na faixa etá-
ria seguinte – dos 20 aos 24 anos –, a taxa dos
homens é 10.1 vezes maior que a das mulheres
Metodologia nessa mesma faixa. O gráfico mostra ainda que
a sobremortalidade masculina só recrudesce na
Trata-se de um artigo eminentemente teórico faixa dos 60 ou mais anos, mas mesmo nessa
que visa contribuir para a reflexão sobre o tema idade os homens ainda morrem 2.4 vezes mais
do gênero e suas relações com a violência no por acidentes e violências do que as mulheres.
campo da saúde. Quando se analisa a mortalidade por causas
Para embasar a discussão foram analisados externas específicas observa-se que em todas
dados de mortalidade por causas externas e de elas o risco do homem é de 2 a 4 vezes maior
morbidade por agressões no Brasil e suas capi- que o da mulher. Contudo é nos homicídios
tais, no período de 1991 a 2000. Os dados de que esse risco se intensifica, alcançando quase
mortalidade foram extraídos do Sistema de In- 12 óbitos masculinos em relação a cada morte
formações sobre Mortalidade (SIM/Data- feminina por essa causa. Esses dados podem ser
sus/MS) e os de morbidade, do Sistema de In- visualizados no gráfico 3.
formações Hospitalares (SIH/Datasus/MS). Entre as capitais do País, Macapá é a que
Utilizaram-se os códigos da Classificação Inter- apresenta a maior sobremortalidade masculina:
nacional de Doenças da CID 9a revisão (E800 a 10,3 mortes masculinas para cada óbito femini-
E999) e CID 10a revisão (V01 a Y98). A popula- no. Em seguida aparece João Pessoa com um
ção residente usada no cálculo das taxas foi es- risco masculino nove vezes maior que o femini-
timada pelo IBGE e encontra-se disponibiliza- no. Em outras capitais como Recife, Vitória, São
da na home page do Datasus/MS. As taxas de Paulo e Cuiabá observam-se também elevados
mortalidade e de morbidade foram calculadas riscos para os homens numa relação em que as
incluindo-se os óbitos e internações com infor- taxas masculinas são em torno de sete vezes
mações ignoradas sobre sexo e faixa etária. Va- maiores que as taxas femininas. Em Palmas, São
riáveis de sexo, faixa etária e causas externas es- Luís, Natal, Belo Horizonte, Curitiba e Porto
pecíficas foram analisadas. Alegre essa relação é menor, mas mesmo assim
O estudo busca uma aproximação entre in- as taxas masculinas ainda são, em média, qua-
formações epidemiológicas e o pensamento de tro vezes maiores que as femininas.
63
140,0
masculino
120,0
feminino
100,0
total
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Fonte: SIM/DATASUS
Gráfico 2
Taxas de mortalidade por causas externas segundo faixas etárias e sexo. Brasil, 2000.
250
masculino
200 feminino
total
150
100
50
0
0-09 10-14 15-19 20-24 25-29 30-39 40-49 50-59 60 e +
Fonte: SIM/DATASUS
64
Souza, E. R.
Gráfico 3
Taxas de mortalidade por causas externas específicas segundo sexo e sobremortalidade masculina. Brasil, 2000.
60,00
masculino
50,00 11,6
feminino
40,00
30,00 4,3
20,00
3,5 4,6
10,00 4,2 4,1
2,4
2,0
0,00
ac. transp. queda queimadura subm./sufoc. outros ac. suicídio homicídio lesões ig.
Fonte: SIM/DATASUS
Ao analisar a violência não-letal, a vulnera- agressão foi de 5,7 entre os homens e de 3,8 por
bilidade e o risco dos homens continuam sendo 100 internações, na população feminina.
maiores, quando comparados às mulheres, con- As três principais formas de agressão que le-
forme se depreende dos dados das internações varam à internação foram o uso de arma de fo-
hospitalares por causa externas. go, com a proporção de 33,2% de todas as in-
Considerando a rede própria e conveniada ternações por agressão; o uso de objeto cortan-
do Sistema Único de Saúde/SUS, e excluindo os te e penetrante (26,4%) e a força física (14,8%).
atendimentos nas emergências hospitalares, o A arma de fogo também apareceu como sendo
Brasil teve, no ano de 2000, 34.132 internações a causa de internação com a maior taxa de mor-
hospitalares por agressões, o que corresponde a talidade hospitalar (9,7 por 100 internações) e
5,4% de todas as hospitalizações por causas ex- o maior custo (R$ 892,38) que é 34,4% mais ele-
ternas e uma taxa de internação de 0,20 por vado que o custo de todas as agressões. Isso in-
1000 habitantes. A maioria dessas internações é dica o grande potencial de letalidade e a gravi-
de pessoas jovens (35,2% na faixa etária 15 aos dade dos danos provocados por armas de fogo.
24 anos) e de adultos jovens (37,1% na faixa Palmas e Vitória aparecem com as mais eleva-
dos 25 aos 39 anos). O sexo masculino repre- das taxas de internação hospitalar por agressão
sentou 84,5% dessas internações. Os dados de (3,81 e 1,53 por 1000 habitantes, respectivamen-
internação por agressão refletem o mesmo pa- te). São Luís (0,00), Recife (0,01), Boa Vista (0,02)
drão da violência por homicídio, ou seja, são os e Belém (0,07) apresentaram as menores taxas.
homens adolescentes e adultos jovens os que Como se percebe, a violência interpessoal
sofrem mais lesões e traumas, sejam elas fatais impacta dramaticamente a população masculi-
ou não. na e sobrecarrega o setor saúde com uma cres-
Ao avaliar a intensidade da agressão a partir cente demanda por atendimento.
de alguns indicadores como o tempo médio de
internação e a taxa de mortalidade hospitalar,
percebe-se que as agressões são mais graves nos Contexto explicativo da relação
homens. Em 2000, eles permaneceram em mé- masculinidade e violência sob a ótica
dia 6,1 dias hospitalizados por agressão, en- de diferentes disciplinas
quanto às mulheres correspondeu um tempo
médio de 5,6 dias internadas por essa mesma As explicações para a ocorrência de incidência e
causa. A taxa de mortalidade hospitalar por prevalência de morbi-mortalidade por violên-
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fornecedores de serviços sociais. Eles não con- quase indiferença diante da morte violenta fre-
seguiram ainda mobilizar os homens para desa- qüente de amigos e parentes.
fiarem a violência de gênero relacionada à es- E esse risco real e concreto que é constituí-
trutura de opressão e se constituírem como ca- do por fatores externos de um ambiente socio-
talisadores de mudança social. De qualquer cultural perverso é potencializado por uma so-
modo, eles começam a articular os papéis dos cialização ainda bastante tradicional que conti-
homens tanto no que se refere ao fim da violên- nua a construir subjetividades e identidades
cia de gênero em suas próprias vidas, mas tam- masculinas calcadas em símbolos e relações de
bém sobre a violência que afeta as comunidades força e de agressividade. Aqui, é importante
nas quais vivem. Alguns programas tentam fa- lembrar as idéias de Cecchetto (2004) de que
zer um trabalho integrado de intervenção e para entender a violência masculina, os senti-
promoção modificando a abordagem para um mentos de ódio e vingança compartilhados pe-
modelo de organização comunitária em que o los homens na rivalidade violenta, é preciso
foco é a comunidade e não meramente o indi- compreender as formas contemporâneas do
víduo; conectar comportamento e contexto, etos da virilidade, configurado a partir da vio-
violência interpessoal e estrutural. Desse modo, lência e do uso das armas de fogo no tráfico de
a ênfase é, simultaneamente, desafiar e dar apoio drogas e de armas.
aos homens para agirem diferentemente no A implantação de políticas alternativas, in-
mundo. tegradoras e sobretudo inclusivas, dirigidas pa-
Souza (2001), comentando trabalho de Spink ra os jovens poderia diminuir os índices de vio-
(2001), acredita que a violência que hoje viti- lência e, portanto, resolveria parcela considerá-
miza os jovens brasileiros é expressão da destra- vel do problema. Entretanto, também é neces-
dicionalização de instituições como a escola, a sário realizar uma profunda reflexão sobre os
família e a religião, o que seria um processo in- valores, as formas de socialização e a constru-
verso àquele identificado por Chesnais (1981), ção das identidades masculina e feminina nas
no qual a criação de instituições como a escola sociedades atuais. Enquanto pais derem armas
e a polícia, em determinada época histórica, ga- de brinquedo ou reais a seus filhos do sexo mas-
rantiu os direitos de cidadania e o controle da culino e incentivarem neles a competitividade e
criminalidade em países da Europa. Segundo o individualismo tão amplamente dissemina-
Souza, esse processo de destradicionalização de dos socialmente, ao invés da solidariedade; en-
certas instituições, sobretudo em sociedades ca- quanto não for permitido aos homens expres-
pitalistas tardias, como é o caso do Brasil, esta- sarem suas fragilidades, sem que isso signifique
ria se realizando sem que direitos básicos sequer a perda de sua masculinidade, estar-se-á contri-
tenham sido conquistados. buindo para a reprodução e perpetuação desse
Hoje, pensar sobre o que é ser homem nas estado de coisas e os jovens continuarão mor-
sociedades contemporâneas significa buscar rendo pelas armas e pelo trânsito. Contradito-
compreender, a partir de distintas disciplinas, riamente, esses são os mesmos meios aos quais
como atuam a epidemiologia e as ciências so- aspiram desesperadamente como forma de te-
ciais, as situações de vulnerabilidade aos riscos rem uma vida e uma identidade reconhecidas.
de vir a ser autor ou vítima de violência, sobre- Para finalizar é importante ressaltar que
tudo quando se é jovem. Implica admitir que muito ainda precisa ser investigado, tanto em
não se pode pensar a juventude em geral, e bra- termos conceituais como de fatores determi-
sileira em particular, sem que o tema da violên- nantes e de risco para a maior compreensão da
cia venha à pauta nas suas mais diversas expres- intrincada dinâmica das relações entre masculi-
sões. Requer também admitir que existe uma nidade e violência. Um dos pontos que necessi-
parcela de jovens para os quais o simples fato de ta ser aprofundado é a própria noção de risco
viver é, por si só, um grande risco e que há um com a qual as diferentes disciplinas trabalham.
preço a pagar pelo fato de ser jovem e homem Como bem lembram Minayo et al. (2003) o
em uma sociedade de injustas e intensas desi- conceito de risco não tem fronteiras acadêmicas
gualdades. Em meio às adversidades das condi- definidas e pode ser abordado tanto pela epide-
ções ambientais nas quais vivem, esse risco é co- miologia (sendo um de seus conceitos centrais)
tidiano e mesmo banalizado, tanto no fato de as como pela sociologia, ciências políticas, econo-
crianças brincarem com armas de fogo reais, mia e antropologia.
como nas relações interpessoais e de gênero Do ponto de vista epidemiológico, o risco,
marcadas por práticas violentas, ou ainda na hoje, tem uma conotação negativa. No entanto,
69
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