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Prefeitura Municipal da Estância Turística de Embu das Artes

Estado de São Paulo


Secretaria Municipal de Suprimentos
Rua Andronico dos Prazeres Gonçalves, n°. 114, Centro
CEP: 06.803-900 – Tel.: (11) 4785.3500

CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 02/2019

ANEXO 1
PROJETO BÁSICO

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Sumário
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 3
2. ASPECTOS DA CIDADE .............................................................................................................. 4
2.1. ASPECTOS POPULACIONAIS ....................................................................................................... 5
2.2. ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS................................................................................................ 8
2.3. FROTA VEICULAR..................................................................................................................... 11
3. O SERVIÇO DE TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO ATUAL ........................................................ 12
3.1 A CIDADE DE EMBU DAS ARTES E A MOBILIDADE NA RMSP ....................................................... 12
3.2. DINAGNÓSTICO DA MOBILIDADE URBANA............................................................................... 20
3.3 ASPECTOS LEGAIS.................................................................................................................... 25
3.4. ESTRUTURA E PAGAMENTO DA TARIFA ATUAL ......................................................................... 27
3.5. ESTRUTURA DA REDE DE LINHAS MUNICIPAIS ATUAIS .............................................................. 28
3.6. COBERTURA DA REDE .............................................................................................................. 29
3.7. CARACTERIZAÇÃO DA OFERTA DOS SERVIÇOS .......................................................................... 34
3.7.1 Viagens ........................................................................................................................ 34
3.7.2 Frota ............................................................................................................................ 35
3.7.3 Quilometragem ............................................................................................................ 36
3.8. CARACTERIZAÇÃO DA DEMANDA DE TRANSPORTE................................................................... 37
3.8.1. Evolução Histórica da Demanda ................................................................................... 37
3.8.2. Demanda Atual (2018) ................................................................................................. 39
3.9. SISTEMA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - ITS..................................................................... 44
3.9.1. Agentes Envolvidos no Processo.................................................................................... 45
3.9.2. Sistema de Bilhetagem Eletrônica ................................................................................. 46
3.9.3. Sistema para Identificação de Passageiros .................................................................... 46
3.9.4. Meios de Pagamento Atual........................................................................................... 47
4. ESPECIFICAÇÕES DO SISTEMA LICITADO ................................................................................. 49
4.1 O CONCEITO............................................................................................................................ 49
4.2 PREMISSAS ............................................................................................................................. 50
4.3 DEFINIÇÕES DE CARÁTER OPERACIONAL .................................................................................. 51
4.4 ASPECTOS GERAIS DA MODELAGEM DA CONCESSÃO ............................................................... 56
4.4.1 Da Demanda de Projeto................................................................................................ 57
4.4.2 Do Prazo da Concessão ................................................................................................. 58
4.4.3 Especificação do Lote ................................................................................................... 59
4.4.4 Dados Operacionais...................................................................................................... 60
4.4.5 Planejamento da Operação .......................................................................................... 60
4.4.6 Adequação da Frota ..................................................................................................... 61
4.4.7 Atendimento a Pessoas com Deficiência ....................................................................... 61
4.4.8 Sistema de Bilhetagem Eletrônica (SBE) ........................................................................ 62
4.4.9 Serviço de Controle e Monitoramento da Operação e Informação ao Usuário (SIU) ....... 62
4.4.10 Centro de Controle Operacional-CCO e Gestão da Frota ................................................ 62
4.4.11 Sistema Internet Sem fio no Ônibus (Wi-Fi) ................................................................... 63
4.4.12 Fiscalização dos Serviços .............................................................................................. 63
4.4.13 Sistema de Indicadores e Metas .................................................................................... 63
4.4.14 Política Tarifária e Gestão Financeira do Sistema .......................................................... 63
4.4.14.1 A Integração Tarifária .................................................................................................. 64
4.4.14.2 O Subsídio Público ........................................................................................................ 65
4.5 ESPECIFICAÇÕES DE GARAGENS............................................................................................... 66
4.5.1 Garagem provisória e garagem definitiva ..................................................................... 66
4.5.2 Infraestrutura de garagem ........................................................................................... 67

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1. INTRODUÇÃO

O presente Projeto Básico tem por objetivo estabelecer as políticas públicas, diretrizes, critérios e
demais parâmetros técnicos, jurídicos, operacionais, econômicos e financeiros, e de conveniência
que deverão ser considerados na formulação do Edital de Concorrência Pública para seleção de
prestador de Serviços de Transprte Público Coletivo Urbano de Passageiros do Município da
Estância Turistica de Embu das Artes.

Os serviços correspondentes às funções de operação de atendimento à demanda de passageiros, a


serem de competência exclusiva da CONCESSIONÁRIA e em conformidade com as especificações e
padrões estabelecidos nos documentos do presente edital, deverão atender às seguintes
obrigações:

 Operação: fornecimento preferencialmente, de mão-de-obra local e insumos necessários à


operação dentro dos padrões de oferta pré-estabelecidos;
 Frota: investimento na aquisição e reposição dentro dos padrões tecnológicos e ambientais;
 Manutenção: fornecimento de mão-de-obra e insumos necessários à manutenção das frotas;
 Garagem: disponibilização dentro dos padrões tecnológicos e ambientais;
 Bilhetagem: fornecimento de todo o sistema de bilhetagem eletrônico (SBE) e Biometria
Facial, incluindo a venda dos créditos e gestão do sistema de compensação dos créditos; e
 Sistemas embarcados: disponibilização de equipamentos embarcados para controle e
monitoramento da frota e sistemas de informação ao usuário, permitindo a implantação de
Centro de Controle Operacional – CCO e do Serviço de Informação ao Usuário– SIU.

Integram o Anexo 1-Projeto Básico, os seguintes anexos complementares:


 Anexo 2 – Especificação Operacional do Lote.
 Anexo 3 – Critérios para Extensão e Segmentação de Linhas.
 Anexo 4 – Viabilidade Econômico-Financeira da Concessão
 Subanexo 4.1 – Plano de Renovação da Frota.
 Subanexo 4.2 – Planilhas do Estudo de Viabilidade.
 Subanexo 4.3 – Fluxo de Caixa da Concessão.
 Subanexo 4.4 – Base de Dados.
 Anexo 5 – Metodologia de Apropriação de Custos
 Anexo 6 – Especificação Básica dos Veículos da Frota
 Anexo7 – Diretrizes para a Implantação dos Sistemas ITS – Sistemas Inteligentes de
Transporte
 Subanexo 7.1 – Diretrizes para a implantação do Sistema de Bilhetagem Eletrônica –
SBE e do Sistema de Biometria Facial.

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 Subanexo 7.2 – Diretrizes para a implantação do Sistema de Informação ao Usuário –


SIU.
 Subanexo 7.3 – Diretrizes para a implantação do Sistema de Comunicação Wi-Fi nos
ônibus.
 Subanexo 7.4 – Diretrizes para a implantação do Centro de Controle Operacional –
CCO.
 Anexo 8 e Subanexos 8.1 à 8.16 – Modelos de Carta, Declarações e Proposta
 Anexo 9 – Minuta da Novo Regulamento do Transporte Público Coletivo
 Anexo 10 – Concepção do Sistema de Controle da Qualidade do Serviço
 Anexo 11 –Minuta do Contrato de Concessão
 Anexo 12 – Cronograma de Implantação
 Anexo 13 – Lei que Normatiza o Transporte Público Coletivo da Estância Turística deEmbu
das Artes.
 Anexo 14 - Modelo de Ordem de Serviço - OSO
 Anexo 15 – Planilha de Preços dos Sistemas ITS – SBE, CCO, SIU, Wi-Fi e Biometria Facial

A seguir são apresentadas características gerais do município, diagnóstico da situação atual, do


sistema a ser licitado, diretrizes do projeto básico para operação de serviços de ônibus e dos
sistemas de bilhetagem e monitoramento de frota a ele associados.

2. ASPECTOS DA CIDADE

O cenário de estudo é o município da Estância Turística de Embu das Artes, que pertence à Região
Metropolitana de São Paulo (RMSP), criada em 1973, e reorganizada em 2011 pela Lei
Complementar nº 1.139 que instituiu o Conselho de Desenvolvimento e agrupou seus 39
municípios em 5 sub-regiões e mais o município de São Paulo que integra todas as sub-regiões.

A Região Metropolitana de São Paulo – RMSP é classificada como a quarta maior aglomeração
urbana mundial, superada apenas por Tóquio, Seul e Cidade do México, apresentando 2.209 km² de
área urbanizada.

A RMSP é o maior polo de riqueza nacional. Reúne cerca de 50% da população do Estado de São
Paulo, aproximadamente 21,4 milhões de habitantes, e é responsável por 54,48% do Produto
Interno Bruto (PIB) paulista. A Metrópole sedia os mais importantes polos industriais, comerciais e
financeiros do País, requerendo maior planejamento e logística para a circulação e transporte de
pessoas, mercadorias e informações. As 5 sub-regiões da RMSP são:
 Região Norte:Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha e Mairiporã.
 Região Leste:Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos,
Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano.

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 Região Sudeste:Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São
Bernardo do Campo e São Caetano do Sul.
 Região Sudoeste: Cotia, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São
Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista.
 Região Oeste:Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus e Santana
de Parnaíba.

Figura 1: Região Metropolitana de São Paulo – RMSP – Divisão Sub-Regional


Fonte: Emplasa – 2018

2.1. ASPECTOS POPULACIONAIS

Em uma área de 70,40 km², o Município de Embu das Artes possui uma população de 270.843
habitantes, segundo informações extraídas do IBGE Cidades ano de 2018, o que representa uma
densidade demográfica de 3.847,20 hab/km².

Entre 2010 e 2018, a população de Embu das Artes cresceu a uma taxa média anual de 1,12%,
enquanto no Brasil foi de 1,07%, no mesmo período, e no município de São Paulo, a taxa foi de
1,10%. Em 2010 viviam, no município, 240.230 pessoas (último censo IBGE). A análise entre os anos
de 2000 a 2010, mostram que a população do município cresceu a uma taxa média anual de 1,46%,
uma das maiores taxas da RMSP.

Até o início do século XX, Embu das Artes era pouco explorada a atuava como fornecedora de frutas
e verduras, sendo um subúrbio agrícola e residencial. No entanto, o espraiamento da Região
Metropolitana de São Paulo a partir dos anos 70, causou sobre Embu das Artes um crescimento
populacional, que passou de 18 mil habitantes para mais de 150 mil habitantes, na década de 90.

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Conforme apontado no Plano Diretor Municipal da cidade, esse crescimento teve como
consequência o forte processo de urbanização e de comunidades carentes, com alta concentração
de habitantes especialmente na região Leste da cidade. Tal processo ocorreu de forma
desordenada, com a especulação imobiliária impulsionando a cidade para um centro econômico, de
cultura e lazer.

Figura 2:Taxa de Crescimento Anual da Região Metropolitana de São Paulo de 1891 a 2005
Fonte: Prefeitura Municipal de SãoPaulo / Município em Mapa

Esse processo de urbanização pode ser visualizado na figura a seguir, onde se observa a grande
concentração de residências na porção leste do município.

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Figura 3: Mapa de Uso do Solo em Embu das Artes


Fonte: Dissertação-Mauro Pisaneschi Azevedo_2017/USP.

A divisão da região pela Rodovia Régis Bittencourt demonstra as mudanças no uso do solo. A região
Leste apresenta 69,1% da população do município (Bacia Hidrográfica do Rio Pirajuçara). A região
Central, 24,5% da população, restando apenas 6,4% para a região Oeste.

O mapa de Uso do Solo apresentado acima evidencia o contraste da Região Leste com o que se vê
nas regiões Oeste e Centro. De um lado tem-se belas casas, ruas arborizadas, galerias e
restaurantes variados; de outro lado, (lado Leste), espaços urbanos densamente povoados com
ocupações irregulares nos mais variados estágios, um reflexo de diferentes condições econômicas e
sociais, marcada pela presença de bairros populares, ocupação horizontal (MELO e RANCO, 2008:
MORATO, 2004). Destacam-se os bairros Santo Eduardo, Santa Tereza, Santa Emília, Pirajussara,
Nossa Senhora de Fátima, Vazame.

Não diferente da área Leste, a região Centro apresenta um cenário baseado na realidade de
periferia também com ocupações irregulares em áreas que deveriam ter sido protegidas pela
legislação ambiental (Bacia Hidrográfica do Rio Embu-Mirim). Destacam-se o Bairro Pinheirinho, às
margens da Rodovia Régis Bittencourt, o Bairro de periferia Jardim Silva.

Já a região Oeste, possui 80% da área constituída por matas e muitas nascentes de rio. O restante
20% da área, possui ocupação por condomínios de alto e médio padrão – Bairros Capuava-Itatuba.

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2.2. ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS

O IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal é um índice composto que agrega 3 das
mais importantes dimensões do desenvolvimento humano: a oportunidade de viver uma vida longa
e saudável, de ter acesso ao conhecimento e ter um padrão de vida que garanta as necessidades
básicas, representadas pela saúde, educação e renda.

O IDHM do Município da Estância Turística de Embu das Artes em 2010 é de 0,735, um pouco
abaixo ao do Estado de São Paulo que é de 0,783 e considerado alto pela metodologia estabelecida.
Esse indicador sintetiza três aspectos do desenvolvimento humano: vida longa e saudável, acesso a
conhecimento e padrão de vida, traduzidos nas dimensões de longevidade, educação e renda.

O Índice Paulista de Responsabilidade Social - IPRS é um indicador elaborado pela Fundação SEADE
para os municípios do Estado de São Paulo baseado nos dados do IDH, mas que permitisse
acompanhar a evolução socioeconômica dos municípios – riqueza, longevidade e escolaridade.
Embu das Artes encontra-se dentro do grupo 2, com bom posicionamento na dimensão riqueza,
mas com deficiência nos indicadores sociais.

Também são analisados os dados referentes à infraestrutura urbana, capital humano e, renda e
trabalho que auxiliam as atividades de planejamento e direcionamento de recursos para as áreas
de carência que mais necessitam de amparo. Quanto mais alto o índice, maior é a vulnerabilidade
do munícipio.Conforme representação do gráfico a seguir, o Município de Embu das Artes
apresenta 32,1% da sua população no grupo 2, ou seja, apresentam uma vulnerabilidade baixa.

Gráfico 1: Índice Paulista de Vulnerabilidade Social, por Grupos de Vulnerabilidade – 2010


Fonte: IBGE/SEADE - 2018.

A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) ocupa uma importante posição econômicatanto a
nível estadual quando nacional. Abriga a principal metrópole nacional, São Paulo – cidade global. É
o centro de decisões políticas do Estado. Além disso, concentra serviços diversificados e

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especializados, com destaque para as áreas de telecomunicações, cultura, educação, saúde,


transportes e gastronomia. Considerada polo de turismo de negócios da América Latina é, ainda,
centro gerencial e administrativo, abrigando sedes de empresas transnacionais.

Segundo dados da Emplasa1, em 2015, oProduto Interno Bruto (PIB) da RMSP correspondia a
aproximadamente 17,6% do total brasileiro e mais da metade do PIB paulista (54,5%).

O Produto Interno Bruto (PIB) é um dos índices mais utilizados para a análise de desenvolvimento
econômico de uma região, sendo em um país, estado ou cidade. O PIB é calculado pela soma
monetária total de todos os bens e serviços finais da região em especifico.

Entre os anos de 2010 a 2015 o PIB corrente do Município de Embu das Artes teve aumento de
mais de 100%. No ano de 2015, representava 0,48% do PIB total do Estado de São Paulo.

R$10.000.000,00
R$9.000.000,00
R$8.000.000,00
R$7.000.000,00
R$6.000.000,00
R$5.000.000,00
R$4.000.000,00
R$3.000.000,00
R$2.000.000,00
R$1.000.000,00
R$0,00
2010 2011 2012 2013 2014 2015

Gráfico 2: PIB – 2010/2015


Fonte: IBGE/SEADE – 2018

O PIB per Capita de Embu das Artes cresceu entre os anos de 2010 e 2015. O período em que teve
maior crescimento foi entre os anos de 2013 e 2014, quando passou de R$27.903,04 para R$
33.618,81 segundo dados do IBGE.

A renda per capita média de Embu das Artes cresceu 10,69% entre as décadas de 1991 e 2010,
passando de R$ 562,61, em 1991, para R$ 505,05, em 2000, e para R$ 622,77, em 2010. Isso
equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 0,54%. A taxa média anual de
crescimento foi de -1,19%, entre 1991 e 2000, e 2,12%, entre 2000 e 2010. A proporção de pessoas
pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010),
passou de 10,17%, em 1991, para 12,22%, em 2000, e para 7,05%, em 2010.

Quando os dados da renda das pessoas responsáveis são analisados, percebe-se que a maior parte
da população apresenta renda entre 1 a 5 salários mínimos, cerca de 43.740 domicílios. Já as

1
Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S/A.

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pessoas que não tem renda ou recebem até um salário mínimo, em 2010 corresponde por 10.067
domicílios, contra cerca de 14.350 domicílios que recebe mais de 5 salários.

mais de 20 salários mínimos

de 10 à 20 salários mínimos

de 5 à 10 salários mínimos

de 2 à 5 salários mínimos

de 1 à 2 salários mínimos

de 1/2 à 1 salário mínimo

até 1/2 salário mínimo

sem rendimento

0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000

Gráfico 3: Rendimento das Pessoas Responsáveis (domicílios) – 2010


Fonte: IBGE – 2018

Do total de empregos formais existentes em Embu das Artes, o setor de serviços empregou em 2016
cerca de 49% da população, seguido do comércio, com aproximadamente 26% e da indústria, com
aproximadamente 20%. A Construção aparece em quarto lugar e empregou 3,62% da população,
enquanto a agropecuária empregou menos de 1%.

Gráfico 4: Participação dos Setores em Empregos Formais (em %) – 2016


Fonte: IBGE/SEADE – 2018

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2.3. FROTA VEICULAR

A frota de veículos da Estância Turística de Embu das Artes durante os anos de 2010 a 2018 teve
um crescimento de 72% no período, com taxas médias de crescimento em torno de 6,27% (de
65.631 veículos para 113.453 veículos). Considerando o modo auto, que representa em 2018
aproximadamente 61% do total da frota, as porcentagens de crescimento são bem próximas a dos
valores obtidos para o município, sendo 70% e 6,12% respectivamente (de 40.879 autos em 2010
para 69.929 autos em 2018).

As motocicletas, que correspondem a 18% da frota total, durante o período, cresceram 59%. Já os
caminhões apesar de representarem pouco mais de 2% do valor total, durante o período cresceram
cerca de 31%, com uma taxa média de crescimento de 3,11%. A frota de ônibus e de outros
veículos (como trator, por exemplo) representam menos de 1%.

No ano de 2010, segundo o Censo do IBGE, a população de Embu das Artes era de 240.230 pessoas,
o que resultava em uma taxa de motorização (resultado obtido através da relação veículos por
habitantes) de 0,27 veíc/hab. Para o ano de 2018 esta relação está em torno de 0,41 veíc/hab.2 – o
IBGE estima a população de Embu das Artes em 270.843 habitantes para o ano de 2018. Quando se
utiliza apenas o valor total de automóveis, a taxa de motorização para o ano de 2018 é de 0,25.

O quadro abaixo ilustra a frota de veículos do município:


Caminhonete

Micro-ônibus

Motocicleta
Automóvel

Camioneta

Motoneta
Caminhão

Caminhão

Utilitários
Ônibus

Outros
Trator
Ano

Total

2010 65.631 40.879 2.054 359 3.496 2.064 528 599 13.324 1.144 120 1.064
2011 75.839 46.864 2.300 477 4.295 2.419 572 679 15.395 1.354 170 1.314
2012 85.940 53.084 2.504 554 5.111 2.848 644 760 16.978 1.646 218 1.593
2013 95.067 59.078 2.746 624 5.773 3.238 664 745 18.110 1.912 269 1.908
2014 100.967 62.858 2.839 679 6.269 3.487 680 752 18.749 2.135 307 2.212
2015 104.936 65.375 2.785 677 6.497 3.689 701 776 19.340 2.352 367 2.377
2016 108.384 67.392 2.704 697 6.741 3.875 749 784 20.059 2.534 432 2.806
2017 111.348 68.872 2.724 713 6.914 4.063 737 778 20.754 2.757 527 2.509
2018 113.453 69.829 2.707 714 6.996 4.222 753 764 21.315 2.955 562 2.631
Tabela 1: Frota de Veículos em Embu das Artes
Fonte: IBGE/DENATRAN – 2018

2
Os dados disponibilizados pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) referente ao ano de 2018
correspondem ao período de janeiro a agosto.

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O gráfico a seguir apresenta a evolução dos veículos acima apresentados:

Gráfico 5: Evolução da frota de veículos em Embu das Artes – 2010 a 2018


Fonte: DENATRAN – 2018

3. O SERVIÇO DE TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO ATUAL

3.1 A CIDADE DE EMBU DAS ARTES E A MOBILIDADE NA RMSP

A Rede Metropolitana de Transportes Públicos de São Paulo compreende, como estratégia mínima,
os seguintes elementos:
 Metrô
 CPTM
 EMTU
 SPTrans
 Linhas Municipais dos demais 38 municípios que compõe a RMSP.

Como instrumento de planejamento, o PITU – Plano Integrado de Transportes Urbanos/2025,


projeto desenvolvido pela Secretaria de Transportes Metropolitanos /Governo do Estado de São
Paulo, estabeleceu diretrizes estratégicas que somam ações de aumento da oferta com políticas de
gestão da demanda através da adoção de políticas públicas conjugadas à de transporte urbano de
passageiros.

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As diretrizes desta política recomendam o adensamento seletivo da metrópole orientado pelos


planos diretores municipais e respectivas legislações de zoneamento em torno das facilidades de
transportes, formando as chamadas centralidades. Da mesma forma, a política habitacional, deve
considerar localizações compatíveis com a política de uso do solo. A política de logística urbana de
cargas, por sua vez, deve utilizar o Rodoanel e o Ferroanel como estruturas de circulação de bens
no entorno da RMSP.

Situadoao oeste da Grande São Paulo, com divisas com os municípios de Taboão da Serra,
Itapecerica da Serra e Cotia, chega-se ao município de Embu das Artes pela Marginal
Pinheiros,Rodovia Regis Bittencourt (BR 116), Rodovia Raposo Tavares, Rodovia Imigrantes e
Complexo Viário Rodoanel.

A figura 4 a seguir demonstra a acessibilidade ao município de Embu através da Rede Viária


principal da RMSP estabelecida no PITU 2025, onde é possível identificar a ligação entre o
município de São Paulo e Embu das Artes pela rodovia Régis Bittencourt. Os dois Terminais
“Chaves” quais sejam, Terminal Taboão e Capão Redondo tem a função de interligar a RMSP ao
município da Estância Turística de Embu das Artes através das linhas intermunicipais operadas pela
Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos do Estado de São Paulo-EMTU.

Está prevista no cronograma de projetos e obras do Governo do Estado de São Paulo a extensão da
Linha 4-Amarela do metrô para Taboão da Serra, que irá permitir a ligação direta de Embu das
Artes e outas cidades com o Sistema Metroviário de São Paulo, mas o projeto ainda não saiu do
papel. A Estação de metrô mais próxima é Estação Morumbi, inaugurada em novembro/2018 e
encontra-se em fase de obras a Estação Vila Sônia.
Na figura 5, é possível identificar a rede interligada sobre trilhos.

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Figura 4: Mobilidade no Contexto Metropolitano – Rede Viária Principal


Fonte: PITU 2025, STM, 2011

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Figura 5: Mobilidade no Contexto Metropolitano – Sistema sobre Trilhos e Corredores Especiais


Fonte: PITU 2025, STM, 2011

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Não há integração direta com o sistema de Metrô, rede Ferroviária CPTM, ou com as linhas
municipais de São Paulo geridas pela SPTRANS. A integração é realizada a partir das linhas
intermunicipais. A importância da ligação de Embu das Artes com São Paulo reflete-se no número
de linhas entre esses dois municípios. No total são 36 linhas operadas pela EMTU com ponto inicial
ou final na cidade de Embu das Artes ou que passam por ela. As figuras 6 e 7, apresentam a Rede
Metropolitana de São Paulo de Transporte Público Coletivo e o mapa cinótico, respectivamente; e a
figura 8, a sobreposição das linhas intermunicipais com as linhas municipais de Embu das Artes.

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Figura 6:Mobilidade no Contexto Metropolitano – Principais Eixos de Transporte Coletivo


Fonte: PITU 2025, STM, 2011

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Embu das Artes


Integração EMTU
a partir do
Terminal Taboão

Figura 7: Mobilidade no Contexto Metropolitano – Mapa Cinótico da Rede Metropolitana de Transportes projetada para 2025.
Fonte: PITU 2025, STM, 2011

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Figura 8: Mobilidade no Contexto Metropolitano – Linhas Municipais e Linhas Intermunicipais


Fonte: EMTU e TransArtes. 2018 / Prefeitura Municipal da Estância Turística de Embu das Artes.

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3.2. DIAGNÓSTICO DA MOBILIDADE URBANA

O Plano de Mobilidade Urbana do Município foi desenvolvido pela Secretaria de Planejamento


Urbano e Secretaria de Mobilidade Urbana da Administração Pública, tendo sido recentemente
(dezembro/2018) divulgado e debatido em Audiência Pública, restando, portanto, a promulgação
da Lei específica.O item 3.3 deste capítulo, descreve as diretrizes gerais pensadas no PLAMOB para
o setor do transporte público coletivo. O município não conta com faixas exclusivas ou preferenciais
para circulação de veículos de transporte coletivo.

O Plano Diretor Municipal, por sua vez, analisou o atendimento dos bairros em relação ao
transporte coletivo e identificou áreas de vulnerabilidade por ausência de transporte municipal.

Figura 9: Áreas com vulnerabilidade por ausência de transporte municipal


Fonte: Plano Diretor Municipal / Prefeitura Municipal da Estância Turística de Embu das Artes

As áreas mais “quentes” identificadas no Plano Diretor estão localizadas nos bairros da região
sudeste do município, nos bairros: Jardim Batista, Jardim da Luz e Jardim São Francisco, e na região
oeste as áreas “quentes” são pontuais e estão localizadas nos bairros: Pedreira, Jardim dos Ipês,
Capuava, Jardim Indaia, Moinho Real e Jardim Colibri. São setores do município com infraestrutura
viária em estrada de terra, dificultando o acesso de veículos pesados, como o ônibus, por exemplo,
região esta, marcada pela concentração de chácaras.

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O Plano Diretor Municipal identificou também, 8 centralidades no município de Embu das Artes,
conforme demostrado no mapa a seguir. Todas as Centralidades são atendidas por linhas do
transporte coletivo.

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Figura 10: Principais Centralidades


Fonte: Plano Diretor – PETE, 2011 / Prefeitura Municipal da Estância Turística de Embu das Artes

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Importante destacar no diagnóstico da mobilidade urbana, a Pesquisa OD do Metrô SP 2007,


importante instrumento para o planejamento de transportes, que fornece dados de deslocamentos
da população, apontando as origens e destinos, os motivos e os modos de transporte dessas
viagens.

A Pesquisa OD do Metrô 2017, iniciada em agosto/2017, ainda está em fase de elaboração e não
possui dados disponíveis para análise. Todavia, dada a importância dessas informações, ainda que
refletindo um período de 10 anos atrás, extraíram-se os dados mais relevantes para o
entendimento dos deslocamentos.

O zoneamento da pesquisa OD Metrô 2007 definiu 3 zonas no município de Embu das Artes: Zona
de Destino 413-Jd. Santo Eduardo (área Leste), Zona de Destino 414-Centro e Zona de Destino 415-
Ressaca (Área Oeste). A participação total das viagens atraídas em Embu das Artes representa
0,58% do total das viagensda Região Metropolitana. Os resultados das pesquisas estão
apresentados abaixo.

Por definição tem-se:


 Índice de Mobilidade: relação entre o número de viagens e o número de habitantes de uma
determinada área.
 Taxa de motorização: número de automóveis particulares por mil habitantes.

A participação das viagens metropolitanas atraídas pelo modo a pé no município de Embu das Artes
representa cerca de 40,3% do total das viagens, concentrando-se nas regiões Leste e Centro. A alta
taxa de viagens a pé justifica-se pelo fato de a maioria dos deslocamentos são motivados por
educação, em direção às escolas localizadas próximas à moradia. O modo ônibus, representou
27,1% do total das viagens atraídas, seguido pelo modo auto (passageiro e motorista) com 21,90%.

Gráfico 6: Modos de Deslocamento


Fonte: Metrô SP – Pesquisa OD 2007

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Considerando as viagens produzidas em Embu das Artes, o modo coletivo participa com 34,3% e o
modo não motorizado, com 41,1%. Para as viagens diárias produzidas A PÉ, pelos motivos trabalho
e escola, a razão da escolha do modo (independente da distância), foram:

Zona Viagens a Pé
Pequenas distâncias 89,9%
Condução Cara 5,6%
Condução demora para passar 1,3%
Outras razões 3,2%

Com base na análise dos motivos das VIAGENS ATRAÍDAS, o motivo TRABALHO representa 52% do
total das viagens (115.354 viagens), ou seja, com destino a Embu das Artes, seguido pelo motivo
EDUCAÇÃO com 32,5% (71.941 viagens). Os motivos ASSUNTOS PESSOAIS, COMPRAS, SAÚDE E
LAZER participam respectivamente com 8,4%, 4%, 1,6% e 1,18%.

Gráfico 7: Motivos de Deslocamento


Fonte: Metrô SP – Pesquisa OD 2007

Esta distribuição de viagens confirma o conhecimento de que esse município possui uma dinâmica
própria, pois são realizadas por pessoas que trabalham em Embu e vivem no próprio município ou
em outros lugares da metrópole.

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3.3 ASPECTOS LEGAIS

O Transporte Coletivo Público de Passageiros é serviço público essencial, cuja organização e


prestação competem ao Município, conforme disposto no artigo 30, inciso V, da Constituição
Federal e no artigo 169 da Lei Orgânica do Município da Estância Turística de Embu das Artes.

Três importantes leis foram consideradas na elaboração do edital de licitação para os serviços de
transporte coletivo: a Lei Orgânica, Plano Diretor Municipal e a Lei Complementar que trata do
subsídio das gratuidades.

A Lei Orgânica do Município de Embu das Artes apresenta artigos relativo ao sistema de transporte
coletivo. A lei versa sobre aspectos gerais do município estabelecendo a organização dos poderes
municipais – legislativo e executivo.

Com relação ao transporte coletivo são feitas as seguintes referências:


 Artigo 1º - Assegura a todo habitante do Município, nos termos da Constituição Federal,
Estadual e desta Lei Orgânica, o direito à educação, saúde, trabalho, esportes, cultura,
lazer, segurança, transporte, habitação e meio ambiente equilibrado, assistência social,
proteção à maternidade, à infância, aos direitos das minorias, igualdade de direitos
quanto a gênero, orientação sexual e raça.
 Artigo 8º - Ao Município compete, privativamente:
III – organizar e prestar, prioritariamente, por administração direta ou sob regime de
autorização, permissão ou concessão, aos serviços públicos de interesse local, inclusive
o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
a) Determinar o itinerário e os pontos de parada dos transportes coletivos;
b) Fixar os locais de estacionamento de táxis e demais veículos;
c) Conceder, permitir ou autorizar serviços de transportes coletivos e de táxis fixar as
respectivas tarifas;
 Artigo 169 - O transporte é um direito fundamental do cidadão, sendo de
responsabilidade do Poder Público Municipal o planejamento, o gerenciamento e a
operação dos vários meios de transporte.
 Artigo 170 – O Poder Público Municipal deverá efetuar o planejamento e a operação de
sistema de transporte local.
§ 1º O Executivo Municipal definirá, segundo o critério do Plano Diretor, o percurso, a
frequência e a tarifa do transporte coletivo local.
 Artigo 171 - É dever do Poder Público Municipal fornecer um transporte com tarifa
condizente com o poder aquisitivo da população, e que assegure a qualidade dos
serviços.
 Artigo 172 - Fica assegurada a participação organizada no planejamento e operação dos
transportes, bem como o acesso às informações sobre o sistema de transportes;
 Artigo 173 - O Poder Executivo deverá empenhar-se para a criação de um sistema de
transporte coletivo municipal, visando atender às necessidades locais da população.

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 Artigo 237 - É assegurado, na forma da lei, às pessoas com necessidades especiais e aos
idosos, acesso adequado aos logradouros e edifícios de uso público, bem como aos
veículos de transporte coletivo urbano;

A Lei Complementar nº 72 de 23 de dezembro de 2003 instituiu o Plano Diretor da Estância


Turística de Embu das Artes. O PDM passou por atualizaçãoem 2012,tendo sido publicada a Lei
Complementar nº 186 de 20 de abril de 2012, que dispõe sobre a Atualização do Plano Diretor da
Estância Turística de Embu das Artes, consolida as disposições e aborda as questões afeta a
mobilidade em alguns artigos e na seção V.O PDM foi ainda revisado nos anos posteriores -2015 e
2016.
O estudo do plano de mobilidade urbana, finalizado em dezembro de 2018, por sua vez,foi pautado
nas premissas do Plano Diretor Municipal. O Plano de Mobilidade Urbana, dentre as formulações
de políticas setoriais e públicas que foram fomentadas no município nos últimos anos, destacou as
seguintes diretrizes gerais:
 Assegurar o direito à cidade, à cidadania e á inclusão socioeconômica para os
habitantes, mediante ampliação da equidade, garantindo oferta adequada e prioritária
de transporte coletivo.
 Fomentar o transporte ativo, priorizando os modos não motorizados sobre os
motorizados e os de transporte público coletivo sobre o individual.
 Atender a demanda de transporte público de boa qualidade reclamados pela população
que habita e/ou atua no Município, assegurando a acessibilidade tarifária no transporte
urbano.
 Articular o serviço de transporte coletivo com redes de calçadas sem barreiras físicas.
 Implantação do Eixo Pirajuçara – via arterial alternativa à estrada de Itapecerica a
Campo Limpo.
 Implantação das vias marginais da Rodovia Régis Bittencourt.
 Implantação do Anel Viário Central.

Ainda, como metas primárias específicas para o transporte público coletivo, oPLamobestabelece:
 Melhoria da infraestrutura básica para aumento da velocidade e conforto do transporte
coletivo nas vias arteriais.
 Favorecimentoà intermodalidade que envolve transporte ativo e transporte público
coletivo.
 Melhoria da qualidade dos serviços de transporte e das condições de sua operação,
fornecendo meios práticos para os usuários avaliarem o sistema diariamente.

Dentre as leis Municipais que regem o sistema de transporte público coletivo, destaca-se a Lei
Complementar nº 132 de 11/12/2009, regulamentada pelo Decreto nº 189 de 28/12/2009, que
dispõe sobre a concessão dos subsídios, e a Lei nº 299/2016 que organiza e regulamenta o
transporte público coletivo.

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No que diz respeito ao ordenamento do serviço, houve progressos expressivos, com a redução da
concorrência entre operadores, quando da organização do sistema em Cooperativa. Atualmente, o
sistema foi reestruturado e a empresa TransArtes, única operadora,executa o Serviço de Transporte
Público Coletivo por meio de Contrato Emergencial, com prazo máximo de término de 180 (cento e
oitenta) dias, nos termos do inciso IV do artigo 24 da Lei Federal nº 8.666/93, até a conclusão deste
processo licitatório.

A autorização legislativa para a realização do processo licitatório está fundamentada na Lei


Complementar nº 299 de 16 de junho de 2016, a qual dispõe sobre a organização e regulamentação
do transporte público do município de Embu das Artes, autoriza sua delegação à pessoa jurídica ou
consórcio de empresas constituído para o procedimento licitatório que demonstre capacidade para
seu desempenho, mediante prévia licitação – Concessão.

3.4. ESTRUTURA E PAGAMENTO DA TARIFA ATUAL

De acordo com a Cláusula Quarta do Contrato Emergencial, a tarifa paga pelos usuários do sistema
é de R$ 3,80 (três reais e oitenta centavos). O pagamento da tarifa é realizado através de dinheiro
ou da utilização do Bilhete Eletrônico Municipal de Embu das Artes, o Cartão BEM, que são
fornecidos aos usuários de acordo com a categoria de uso.

Respeitando-se a legislação vigente é concedida gratuidade para os seguintes usuários:

Legislação Categoria Tipo de Cartão Gratuidade

Lei 2157/2005 Estudantes Cartão BEM Escolar 50%


Lei 2181/2005 Idosos acima de 60 anos Cartão BEM Melhor Idade 100%

Lei 1434/1992 Portador de deficiência e Cartão BEM Especial 100%


acompanhante
Lei 2157/2005 Professores Cartão BEM Escolar 50%
Lei 2801/2014 Jovem aprendiz Cartão BEM Jovem Aprendiz 100%
Tabela 2: Legislação vigente que concede gratuidade ao usuário
Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Embu das Artes

O benefício do Jovem Aprendiz faz parte da Política Municipal da Juventude, estabelecida pela Lei
Ordinárianº 2801/2014, onde os jovens – com idade entre 15 e 29 anos – que fazem parte do
Projeto de Formação do Jovem Aprendiz do Município de Embu das Artes tem o direito ao subsídio
da tarifa de transporte público,devendo ser utilizado exclusivamente para locomoção nos dias e
horários designados para a formação teórica e prática do usuário.

O sistema de transporte coletivo urbano de Embu das Artes possui 5 linhas operando
gratuitamente. São elas: Linha 05A – Jd. Convento, Linha 09 – Jd. do Colégio/Pirajussara, Linha 10 –
Jd. da Luz/Baviera, Linha 11 – Jd. Vista Alegre e Linha 12 – Condomínio Hainz.

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O transporte público coletivo é subsidiado pela Prefeitura Municipal desde 28/12/2009, na


concessão de gratuidade da tarifa oferecida a estudantes, professores, idosos, portadores de
deficiências e seus acompanhantes, nos termos da legislação municipal vigente – Lei Complementar
nº 132/2009, regulamentada pelo Decreto nº 189/2009.

Esse modelo de financiamento é amplamente amparado na Europa e América do Norte, onde a


qualidade e a eficiência superam em muito o modelo brasileiro. No Brasil, poucas cidades utilizam
esse modelo de financiamento. No caso da cidade de Embu das Artes, esse é um fator que reduz o
preço da tarifa ao usuário tornando o transporte mais atrativo.

3.5. ESTRUTURA DA REDE DE LINHAS MUNICIPAIS ATUAIS

O transporte coletivo urbano de passageiros de Embu das Artes é estruturado unicamente sobre
pneus. A rede de transporte é formada por um conjunto de 19 (dezenove) linhas, classificadas
como Radial, Diametral, Circular, Setorial e Local. Esse conjunto de linhas fazem a ligação dos
bairros com o centro da cidade e outras centralidades. A distribuição dessas viagens ocorre através
de eixos viários, sem vias preferenciais para o transporte coletivo. Cinco das dezenove linhas
operam gratuitamente com frota de micro-ônibus, são elas: Linha 05A – Convento, Linha 9 – Jd. do
Colégio/Pirajussara, Linha 10 – Jd. da Luz/Baviera, Linha 11 –Jd. Vista Alegre e Linha 12 –
Condomínio Hainz.

Do conjunto de linhas regulares, uma linha tem característica“Circular”, seis linhas apresentam
características “Radial”, quatro são “Diametral”,trêssão “Setorial” e cinco “Local”.

As linhas radiais 3A e 6A tem a função de ligar o Setor Central aos bairros Capuava e Santa Clara,
respectivamente. As linhas 2 – Jd. Batista/Jd. Tomé, 3 – Jd. Santo Antônio/Bairro Itatuba, 4 –
Engenho Velho/HGP e 6 – Jd. Mimas/Jd. Pinheirinho, são linhas diametrais; as linhas 1 – Jd. Santo
Eduardo/Rodoviária, 1A–Jd. Santo Eduardo/Rodoviária (via Jd. Irene), 3A – Rodoviária/Capuava, 5 –
Rodoviária/Bairro Caputera e 7 – Jd. Angela/Rodoviária, são classificadas como radial; e as demais
linhas, são setoriais (1B – Jd. Santo Eduardo/HGP, 2A – Jd. Batista/HGP, 7A – Jd. Angela/HGP, 9 – Jd.
do Colégio/Pirajussara, 10 – Jd. da Luz/Baviera, 11 – Jd. Vista Alegre e 12 – Condomínio Hainz), pois
interligam bairros de uma mesma região. Das sete linhas “setoriais”, cinco tem tarifa gratuita para
todos os usuários (Linha 05A – Convento,9 – Jd. do Colégio/Pirajussara, 10 – Jd. da Luz/Baviera, 11
– Jd. Vista Alegre e 12 – Condomínio Hainz).

A Linha 5– Rodoviária/Caputera, cruza o limite do município de Embu das Artes entrando na área
do município de Itapecerica da Serra, tendo seu Ponto Final no município de Cotia. A extensão da
linha fora dos limites municipais de Embu das Artes é de aproximadamente 6,60 km (medidas
obtidas por georreferenciamento). A Linha 05A – Jd. Convento, opera fora dos limites municipais de

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Embu das Artes e atende, a partir da Linha 05, no ponto da Estrada da Ressaca, o Convento Maria
Imaculada, localizado no município de Itapecerica da Serra.

O sistema opera sem integração física e temporal. O sistema de bilhetagem automática opera em
todos os veículos da frota e apresenta tecnologia fornecida pela Empresa 13.

Da forma como está concebida a rede, apesar de existir um ponto de integração comum entre as
linhas - o Terminal Rodoviário de Embu das Artes, não há planejamento operacional para tal. O
terminal encontra-se com grande ociosidade, e poucas linhas municipais adentram ao mesmo. A
forma de ocupação das plataformas do Terminal Rodoviário indica a possibilidade de estudar um
cenário com melhor aproveitamento não só sob o aspecto da infraestrutura existente e disponível,
mas também, da reorganização das linhas considerando a futura integração física, tarifária e
temporal, entre as linhas.

3.6. COBERTURA DA REDE

A cidade apresenta um transporte coletivo com uma boa cobertura conforme demonstrado
nafigura a seguir. Pelo fato da maioria das linhas possuírem características radiais e diametrais,
verifica-se uma grande concentração de linhas trafegando pelas mesmas vias que dão acesso ao
Centro.

Na região central essa superposição ocorre principalmente na Avenida Elias Yazbek, Rua Cândido
Portinari, Rua Paulo do Vale, Rua João Batista Medina, entre outras.Porém, a sobreposição não
ocorre apenas na região central do município, ocorretambém na porção leste do município onde há
maior concentração da população, e em função das linhas que atendem o Hospital Geral de
Pirajussara (HGP).Asfiguras abaixo ilustram a sobreposição de linhas sobre o sistema viário
municipal e os principais corredores do transporte coletivo urbano de Embu das Artes.

3
Empresa desenvolvedora e fornecedora de softwares e hardwares de Sistemas de Bilhetagem Eletrônica.

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Figura 11: Sobreposição das linhas no sistema viário


Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Embu das Artes

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Figura 12: Principais Corredores do Transporte Coletivo Urbano do Município de Embu das Artes.
Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Embu das Artes
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Foram determinadas e mapeadas áreas de influência direta das linhas de ônibus existentes, isto é, a
área de cobertura da rede. Tais áreas tiveram como premissa uma faixa máxima de 500 m para
cada lado do eixo viário (diâmetro de 1.000 m), servido por pelo menos uma linha de ônibus, como
padrão para a cidade, representado em base georreferenciada. A distância estabelecida
conceitualmente de 500m representa a distância máxima de caminhada do usuário do sistema, de
sua origem até o ponto de embarque e desembarque.

Na figura a seguir (Área de Abrangência das Linhas),a região em branco representa a área de
abrangência da rede de linhas atuais do sistema de transporte coletivo da Estância Turística de
Embu das Artes. Os lugares que apresentam maior intensidade da cor branca, implicam em um
maior número de linhas que atendem aqueles bairros.

Evidencia-se um grau de cobertura espacial da rede de cerca de 90%, sendo, portanto, um


percentual de 10% da área urbana, não atendido pelo sistema de transporte coletivo.Conclui-se
que a rede de transporte urbano coletivo de passageiros apresenta um alto grau de cobertura da
área urbana.

Nota-se que a sudoeste do território uma linha ultrapassa o limite municipal de Embu das Artes e
tem o seu ponto inicial/final no município de Cotia. E outra tem 100% do seu traçado no município
de Itapecerica da Serra. Já na porção nordeste do território, todas as linhas que tem como destino o
Hospital Geral de Pirajussara (01B – Jd. Santo Eduardo/HGP, 02A – Jd. Batista/HGP, 04 – Engenho
Velho/HGP, 07A – Jd. Ângela/HGP) ultrapassam os limites do municipal de Embu das Artes e tem o
seu ponto inicial/final no município de Taboão da Serra. Ressalta-se que o acesso ao município é
exclusivamente para atender ao HGP.

As áreas não servidas por linhas de ônibus, sem cobertura do sistema municipal de transporte
coletivo, se localizam principalmente na porção oeste do município, onde há uma grande
concentração de condomínios horizontais e condomínios de chácaras (classe média e alta).

Outro fator que colabora para o não atendimento dessas áreas é a grande quantidade de áreas
verdes com topografia acidentada, muito característica da região do município de Embu das Artes,
e vias não pavimentadas (estrada de terra).

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Figura 13: Área de Abrangência das linhas


Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Embu das Artes

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3.7. CARACTERIZAÇÃO DA OFERTA DOS SERVIÇOS

O Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros da Estância Turística de Embu das Artes
está estruturado em um modelo sem integração tarifária, física e temporal entre as linhasao longo
dos itinerários. O sistema é operado com tecnologia da Empresa 1,fundamentado no uso de uma
rede com seis linhas radiais, com origem nos bairros, com destino a área central da cidade, uma
linha circular, quatro linhas diametrais, três linhas setoriais e cinco linhas locais. Todas as linhas
com característica “local” são gratuitas para todos os usuários.

A rede de transporte coletivo é formada por um conjunto de 19 (dezenove) linhas e está inserida
em uma malha com eixos viários importantes na integração de Embu das Artes com outros
municípios, como a Rodovia Régis Bittencourt. O sistema atual não dispõe dos serviços de
integração. O sistema de integração permite ao usuário amplo acesso aos polos de atração de
viagens, promovendo justiça social no sistema de transporte público, eliminando as discrepâncias
geográficas e, consequentemente, democratizando o espaço urbano.

3.7.1 Viagens
Com base nos dados operacionais informados pela TransArtes, extraíram-se as viagens realizadas,
cujas médias mensais podem ser visualizadas no quadro a seguir.
Média de viagens
Linhas
Dia Útil Mês
01 - Jd. Santo Eduardo/ Centro 86 1.806
01A - Jd. Santo Eduardo / Centro (via Jd. Irene) 53 1.113
01B - Jd. Santo Eduardo / HGP 33 693
02 - Jd. Batista / Jd. Tomé 64 1.344
02A - Jd. Batista / HGP 24 504
03 - Jd. Santo Antônio / Jd. Itatuba 40 840
03A – Capuava / Centro 13 273
04 - Engenho Velho/HGP 50 1.050
05 – Caputera / Centro 43 903
05A –Jd. Convento 13 273
06 - Jd. Mimás / Jd. Pinheirinho 56 1.176
06A - Santa Clara / Centro 35 735
07 - Jd. Ângela / Centro 48 1.008
07A - Jd. Ângela / HGP 10 210
08 - Circular 10 210
09 -Jd. Colégio / Pq. Pirajussara 13 273
10 - Jd. Da Luz / Baviera 13 273
11 - Jd. Vista Alegre 10 210
12 - Condomínio Hainz 15 315
Total Sistema 629 13.209
Média 33 695
Tabela 3: Viagens por linha

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Fonte: TransArtes/Prefeitura Municipal de Embu das Artes

3.7.2 Frota

A frota operacional programada para a operação dos serviços do sistema de transporte coletivo
urbano de passageiros da Estância Turística de Embu das Artes é de 66 veículos do tipo
convencional e 21 micro-ônibus, totalizando uma frota de 87 veículos4. Do total, 12 veículos fazem
parte da frota reserva (13,7% da frota).

A tabela a seguir apresenta a distribuição da frota no sistema. Cabe ressaltar que as linhas 05A - Jd.
Convento, 09 – Jd. do Colégio, 10 – Jd. da Luz, 11- Jd. Vista Alegre e 12 – Condomínio Hainz, são
operadas com micro-ônibus, enquanto as demais linhas operam com veículo convencional.

Frota Pico
Linha Tipo
(Dia Útil)
01 Jd. Santo Eduardo / Rodoviária
01A Jd. Santo Eduardo / Rodoviária (via Jd. Irene) 13 Convencional
01B Jd. Santo Eduardo / HGP
02 Jd. Batista / Jd. Tomé
12 Convencional
02A Jd. Batista / HGP
03 Jd. Santo Antônio / Bairro Itatuba
10 Convencional
03A Rodoviária / Capuava
04 Engenho Velho/HGP 8 Convencional
05 Rodoviária / Bairro Caputera 8 Convencional
05A Jd. Convento 1 Micro-ônibus
06 Jd. Mimas / Jd. Pinheirinho
10 Convencional
06A Rodoviária / Santa Clara
07 Jd. Ângela / Rodoviária
8 Convencional
07A Jd. Ângela / HGP
08 Circular 1 Convencional
09 Jd. Colégio 1 Micro-ônibus
10 Jd. Da Luz 1 Micro-ônibus
11 Jd. Vista Alegre 1 Micro-ônibus
12 Condomínio Hainz 1 Micro-ônibus

Tabela 4: Frota Informada por Linha no Pico Dia Útil


Fonte: TransArtes/Prefeitura Municipal de Embu das Artes

A Tabela a seguir apresenta a idade média da frota no sistema de transporte coletivo urbano de
Embu das Artes.

4
Informações da empresaTransArtes, outubro de 2018.

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Quantidade de Veículos Idade Média


Ano
Convencional Micro-ônibus da Frota
2015 5 0
2014 7 0
2013 20 0
2010 3 0
2009 0 2
2008 18 8 7,9 anos
2007 5 4
2006 8 3
2005 0 2
2004 0 2
Total 87
Tabela 5: Idade Média da Frota Veicular
Fonte: TransArtes/Prefeitura Municipal de Embu das Artes

A idade média de 7,9 anos indica uma situação de frota envelhecida, onde 57,4% da frota (50
veículos) possui 10 anos ou mais, desse total, 31 são convencionais e 19 micro-ônibus.

3.7.3 Quilometragem

Em relação a quilometragem mensal rodada, os ônibus das linhas municipais do sistema de


transporte coletivo da Estância Turística de Embu das Artes percorrem 486.211,44 km, sem
considerar os percursos ociosos – acessos à garagem. Considerando uma frota operacional de 75
veículos (linhas regulares), resulta em um percurso médio mensal (PMM) de 6.483 km/ônibus.

A tabela abaixo visualiza o percurso médio mensal realizado para cada linha regular do sistema, e
foi calculada utilizando a média dos dias típicos por mês:
 Dia útil: 21 dias/mês
 Sábado: 4,33 dias/mês
 Domingo e Feriado: 5 dias/mês

Quilometragem Operacional Programada (Total)


Linha Denominação Domingo/ Frota
Dia Útil Sábado Total Mês
Feriado
1 Jd. Santo Eduardo / Rodoviária 3.205,22 2.198,93 1.751,69 84.415,80
13
01A Jd. Santo Eduardo / Rodoviária(via Jd. Irene) 2.037,32 -- -- 42.783,72

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01B Jd. Santo Eduardo / HGP 502,26 365,28 365,28 13.710,78


2 Jd. Batista / Jd. Tomé 2.839,68 1.907,91 1.686,06 75.195,17
12
02A Jd. Batista / HGP 459,60 229,80 229,80 11.641,67
3 Jd. Santo Antônio / Jd. Itatuba 1.126,40 1.013,76 675,84 30.970,37
10
03A Rodoviária / Capuava 207,74 207,74 207,74 6.161,57
4 Engenho Velho/HGP 1.953,50 1.406,52 1.054,89 51.681,41 8
5 Rodoviária / Caputera 1.090,91 938,69 837,21 30.598,76 8
05A Jd. Convento 40,56 40,56 -- 1.027,38 1
6 Jd. Mimas / Jd. Pinheirinho 2.089,36 1.753,57 1.567,02 58.254,71
10
06A Rodoviária / Santa Clara 485,10 485,10 485,10 14.388,07
7 Jd. Ângela / Rodoviária 1.874,40 1.522,95 1.288,65 51.536,63
8
07A Jd. Ângela / HGP 181,00 181,00 181,00 5.368,46
8 Circular 122,20 122,20 -- 3.095,33 1
9 Jd. Colégio 93,34 93,34 -- 2.364,30 1
10 Jd. Da Luz 55,12 55,12 -- 1.396,19 1
11 Jd. Vista Alegre 13,30 13,30 -- 336,89 1
12 Condomínio Hainz 50,70 50,70 -- 1.284,23 1
TOTAL (km) 18.427,71 12.586,47 10.330,28 486.211,44 75
PMM (km) 6.482,80
[ NI ] Não Informado [ -- ] Não Opera

Tabela 6: Distribuição do Percurso Médio Mensal Realizado por Linha


Fonte: TransArtes/Prefeitura Municipal de Embu das Artes

3.8. CARACTERIZAÇÃO DA DEMANDA DE TRANSPORTE

Em relação ao diagnóstico da demanda, serão apresentados indicadores obtidos através de


informações da empresa TransArtes e das pesquisas de campo realizadas.

3.8.1. Evolução Histórica da Demanda

Dados de passageiros transportados informados pela empresa operadora do sistema observados na


tabela abaixo, indicam um equilíbrio da demanda, fato este, considerado exceção, haja vista o
decréscimo dos passageiros nos sistemas de transportes em todo o Brasil, atingindo o patamar de
35,6% em pouco mais de 20 anos (estudos NTU, 2017).

Em Embu das Artes, entre os anos de 2016 e 2017 houve uma pequena perda da demanda, da
ordem de 6,6%. A tabela e gráfico a seguir permitem visualizar a variação da demanda no período
de 5 anos (2013 – 2017) e a queda na demanda no último período analisado.

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TIPO DE PAGAMENTO 2013 2014 2015 2016 2017

Dinheiro 6.393.128 6.631.069 6.403.497 6.150.031 5.331.225


BEM Cidadão 223.968 224.814 214.842 208.129 192.129
BEM VT 3.203.322 3.534.968 3.605.131 3.622.555 3.448.819
BEM Escolar 381.497 412.468 427.902 472.105 466.062
BEM Especial 196.337 218.515 229.633 250.934 252.514
BEM Especial com Acompanhante 216.744 255.024 298.413 390.626 450.995
BEM Jovem Aprendiz 40.155 31.653 44.449 73.022 54.025
BEM Melhor Idade 1.308.986 1.432.957 1.507.079 1.746.963 1.852.480
TOTAL GIRO 11.966.766 12.745.556 12.736.769 12.920.001 12.055.091
Tabela 7:Evolução Histórica da Demanda (Total Tipo de Pagamento)
Fonte: TransArtes/Prefeitura Municipal de Embu das Artes

Gráfico 8: Evolução dos Passageiros Transportados (2013 – 2017)

A série histórica nos permite verificar que a redução no número de passageiros


equivalentes é maior do que a dos passageiros transportados em função de diversos
fatores, dentre eles o aumento de gratuidades na cidade da Estância Turística de Embu das
Artes.

PASSAGEIRO TOTAL
ANO
Pagantes Gratuitos Pass. Transport. Pass. Equivalente

2013 10.011.167 1.952.971 11.966.766 10.011.167


2014 10.597.085 2.144.383 12.745.556 10.597.085
2015 10.437.421 2.293.525 12.736.769 10.437.421

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2016 10.216.768 2.697.598 12.920.001 10.216.768


2017 9.205.204 2.843.045 12.055.091 9.205.204

Tabela 8: Evolução Histórica da Demanda (Passageiro Total)


Fonte: TransArtes/ Prefeitura Municipal de Embu das Artes

É mister ressaltar que a demanda histórica de outras cidades do Brasil, perderam


passageiros da ordem de 6% ao ano, apontando para um cenário tendencial de queda
contínua da demanda, notadamente associada ao impacto da crise de mobilidade e falta de
investimentos em infraestrutura no transporte afeta aos municípios brasileiros nesses
últimos anos.

3.8.2. Demanda Atual (2018)

Os dados de demanda por linha dos passageiros catracados (passageiros que passaram pelas
catracas dos ônibus) relativos aos serviços prestados em um mês (valores médios) por tipo de
pagamento, foram fornecidos pela empresa TransArtes, responsável pela operação do sistema no
município de Embu das Artes. Essas informações subsidiaram a produção de relatórios e gráficos
para o estudo.

Os dados das linhas gratuitas (Linha 05A, Linha 09, Linha 10, Linha 11 e Linha 12) disponibilizados
pela empresa são números aproximados, uma vez que essas linhas são operadas com frota de
micro-ônibus sem catraca, não havendo assim registro do Sistema de Bilhetagem Eletrônica.

No ano de 2018, foram transportados em média 1.018.193 passageiros por mês, ou


780.413passageiros equivalentes.

Denomina-se “Passageiro Equivalente”, a quantidade de pessoas transportadas no sistema que


efetivamente pagaram tarifa, calculada pela equação:

Pass. Equiv. = Pass. Pagante + VT + 50% x Estudante

Os dados fornecidos pela TransArtes permitiram analisar o perfil da demanda distribuída por
passageiros através do tipo de pagamento (dinheiro, BEM Cidadão ou BEM Vale Transporte) e os
passageiros que tem direito ao subsídio parcial ou total da tarifa (BEM Estudante, BEM Especial,
BEM Especial com Acompanhante, BEM Jovem Aprendiz e BEM Melhor Idade), conforme observa-
se na tabela egráfico a seguir.

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Passageiros Transportados - Média Mensal por tipo de pagamento Demanda Média/Mês

Cartão Vale Cartão Cartão Esp. c/ Cartão Jovem Cartão Melhor Linhas Total Pass.
Linha Dinheiro Cartão Escolar
Cidadão Transporte Especial Acompanhante Aprendiz Idade Gratuitas Transportado Equivalente

01 – Jd. Sto. Eduardo / Rodoviária 60.208 2.842 39.674 6.740 2.739 3.912 487 19.142 -- 135.744 106.094
01A - Jd. Sto. Eduardo / Rodoviária (via
18.921 882 11.403 1.953 672 966 168 3.717 -- 38.682 32.183
Jd. Irene)
01B - Jd. Sto. Eduardo / HGP 6.574 246 5.589 936 468 714 74 2.068 -- 16.669 12.877
02 – Jd. Batista 46.750 2.033 32.717 5.870 1.970 3.912 415 18.449 -- 112.116 84.435
02A - Jd. Batista / HGP 10.513 394 6.574 1.428 419 788 148 4.112 -- 24.376 18.195
03 – Jd. Santo Antônio 38.070 1.780 34.976 5.679 1.814 2.949 379 17.657 -- 103.304 77.666
03A - Rodoviária / Capuava 6.894 369 8.001 1.329 320 763 98 4.604 -- 22.378 15.929
04 – Engenho Velho 42.164 1.951 31.011 5.774 1.913 3.285 392 17.812 -- 104.302 78.013
05 – Rodoviária / Bairro Caputera 50.124 2.270 35.793 5.964 2.151 3.146 342 16.940 -- 116.730 91.169
05A - Convento -- -- -- -- -- -- -- -- 2.431 2.431 0
06 – Jardim Mimás / Jd. Pinheirinhos 48.650 2.101 34.541 5.520 2.088 3.212 365 15.842 -- 112.319 88.052
06A - Rodoviária / Santa Clara 10.956 468 7.681 1.206 443 689 98 4.161 -- 25.702 19.708
07 – Jd. Angela / Rodoviária 55.540 2.452 38.941 6.650 2.364 2.978 381 16.613 -- 125.919 100.258
07A - Jd. Angela / HGP 12.679 542 9.553 1.379 492 788 98 4.038 -- 29.569 23.464
08 - Circular 17.898 897 12.642 1.870 614 968 109 4.431 -- 39.429 32.372
09 – Jd. do Colégio -- -- -- -- -- -- -- -- 3.040 3.040 0
10 – Jd. da Luz -- -- -- -- -- -- -- -- 3.040 3.040 0
11 - Jd. Vista Alegre -- -- -- -- -- -- -- -- 1.637 1.637 0
12 - Condomínio Hainz -- -- -- -- -- -- -- -- 3.237 3.237 0
Total / Mês 425.941 19.227 309.096 52.298 18.467 29.070 3.554 149.586 10.954 1.018.193 780.413

Tabela 9: Passageiros Transportados por Tipo de Pagamento – Média Mensal


Fonte: TransArtes/Prefeitura Municipal de Embu das Artes

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Gráfico 9: Passageiros Transportados por Linha – Média Mensal


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Gráfico 10: Detalhamento dos Passageiros Transportados por Tipo de Tarifa


Fonte: TransArtes / Prefeitura Municipal da Estância Turística de Embu das Artes

As gratuidades no sistema de transporte público da cidade representam 21% do total transportado,


e são constituídas por usuários idoso (melhor idade), deficientes e seus acompanhantes, jovens que
fazem parte do programa municipal Jovem Aprendiz, além das linhas gratuitas. Inseridos no
computo da gratuidade está o percentual de 5,0%representando a demanda escolar. Os que pagam
tarifa (dinheiro, BEM Cidadão e Vale Transporte), participam com 74%dos passageiros totais.

Gráfico 11: Composição Geral da Demanda


Fonte: TransArtes/Prefeitura Municipal de Embu das Artes

Do total de passageiros gratuitos no período considerado, o percentual de 15% representa os


idosos, seguidos pelos passageiros PNEs com ou sem acompanhantes com 5%, e pelos beneficiários

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do programa Jovem Aprendiz (0,4%). As linhas gratuitas, ou seja, as linhas 5A, 9, 10, 11 e 12,
representam 1,0% do sistema.

Considerando o ranking de distribuição da demanda nas linhas pode-se observar as linhas que mais
se destacam – as mais carregadas (média mensal informada):

PASSAGEIRO TOTAL PARTICIPAÇÃO


RANKING LINHA
MÉDIA MÊS NA REDE

1º 01 – Jd. Sto. Edua rdo / Rodovi á ri a 135.744 13,3%


2º 07 – Jd. Angel a / Rodovi á ri a 125.919 12,3%
3º 05 – Rodovi á ri a / Ba i rro Ca putera 116.730 11,4%
4º 06 – Ja rdi m Mi má s / Jd. Pi nhei ri nhos 112.319 11,0%
5º 02 – Jd. Ba tis ta 112.116 11,0%
6º 04 – Engenho Vel ho 104.302 10,2%
7º 03 – Jd. Sa nto Antôni o 103.304 10,1%
8º 08 - Ci rcul a r 39.429 3,9%
9º 01A - Jd. Sto. Edua rdo / Rodovi á ri a (vi a Jd. Irene) 38.682 3,8%
10º 07A - Jd. Angel a / HGP 29.569 2,9%
11º 06A - Rodovi á ri a / Sa nta Cl a ra 25.702 2,5%
12º 02A - Jd. Ba tis ta / HGP 24.376 2,4%
13º 03A - Rodovi á ri a / Ca pua va 22.378 2,2%
14º 01B - Jd. Sto. Edua rdo / HGP 16.669 1,6%
15º 12 - Condomíni o Ha i nz 3.237 0,3%
16º 09 – Jd. do Col égi o 3.040 0,3%
17º 10 – Jd. da Luz 3.040 0,3%
18º 05A - Convento 2.431 0,2%
19º 11 - Jd. Vi s ta Al egre 1.637 0,2%

Tabela 10: Ranking da Demanda por Linha/mês


Fonte: TransArtes/Prefeitura Municipal de Embu das Artes

A tabela evidencia a importância da Linha 01 – Jd. Santo Eduardo/Rodoviária com 13,3% da


demanda de passageiros, seguida pela Linha 07 – Jd. Ângela/ Rodoviária (12,3%) e da Linha 05 –
Rodoviária/Bairro Caputera com 11,4% de participação. As três linhas melhores ranqueadas
possuem caracterização “radial”, ou seja, ligam um bairro ao Centro de Embu das Artes.

Ressalta-se que, não menos importantes, são as linhas 06 – Jd. Mimás / Jd. Pinheirinhos e 02 – Jd.
Batista / Jd. Tomé, com participação de 11% cada.

Outras linhas, como a Linha 04 – Engenho Velho / HGP e Linha 03 – Jd. Sto. Antônio/ Bairro Itatuba,
que participam da rede com, em média, 10%, estão muito próximas das linhas que lideram o
ranking.

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As linhas gratuitas, participam em média com 0,30% cada.

O sistema transportou a média mensal de 57.257 passageiros/linha/mês (41.074 passageiros


equivalentes/linha/mês), conforme pode-se visualizar no histograma a seguir.

57.257 pass/linha/mês

Gráfico 12: Distribuição das linhas conforme a demanda mensal

3.9. SISTEMA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - ITS

Define-se Sistemas Inteligentes de Transporte (IntelligentTtransport Systems-ITS) o conjunto de


sistemas, equipamentos, softwares, hardwares, dados, serviços, instalações e informações voltados
para a gestão e fiscalização dos SERVIÇOS, em especial a cobrança eletrônica de tarifa, a gestão e a
operação da frota e das instalações e a prestação de informações aos USUÁRIOS.

A empresa operadora atual – TransArtes –possui como apoio tecnológico à sua gestão, o Sistema
de Bilhetagem Eletrônica, Biometria Facial e SITE para informação, sem operação dinâmica, como
soluções de webcommerce, recarga de cartões, trajetos georreferenciados, etc e sem a Gestão
necessária e suficiente para a análise e avaliação dos seus serviços. Os sistemas disponíveis
atualmente são:
 Site - Aplicativo WEB Software TransArtes;

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 Sistema de Bilhetagem Eletrônica – Sistema SBE SIGOM com Biometria Facial;


 Módulos de Comercialização, Distribuição e Arrecadação – Sistema SBE SIGOM.

O modelo de cobrança de tarifas no sistema de transporte coletivo municipal de Estância Turística


de Embu das Artes utiliza Sistema de Bilhetagem Eletrônica, o qual é operado com tecnologia
Empresa 15. A implantação do sistema foi uma iniciativa da TransArtes e é gerenciado pela própria
empresa operadora.

A implantação do Sistema de Bilhetagem Eletrônica do Transporte Coletivo Urbano teve início com
o Decreto nº 76/2007, quando o sistema era operado na modalidade Permissão através de
permissionários organizados e representados pela COOPERCAV-Cooperativa de Trabalho dos
Transportes Profissionais Terra das Artes.

3.9.1. Agentes Envolvidos no Processo

Atualmente, estão envolvidos nos processos dos Sistemas ITS os seguintes agentes:

 Usuário/Passageiro
Cidadão que necessita dos serviços de transporte para realizar os seus deslocamentos e que, para
isso, paga uma tarifa ou é detentor de algum benefício tarifário (desconto ou gratuidade).

 Gestor Público – Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana-SMU


Órgão responsável pela regulação do Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros da
Estância Turística de Embu das Artes, fiscalização, planejamento e controle.

 Empresa Operadora
Empresa que opera atualmente o Sistema de Transporte Coletivo Municipal de Passageiros, a
empresa TransArtes Turismo e Locadora de Veículos Ltda, responsável pela aquisição e operação
dos veículos e motoristas que prestam o referido serviço, bem como o gerenciamento, arrecadação
e comercialização das passagens.

 Posto de Cadastramento
Local onde é realizado o cadastramento para obtenção dos cartões inteligentes. Em Estância
Turística de Embu das Artes, existe um único posto de atendimento, localizado na sede da empresa
TransArtes, à Avenida Elias Yazbek, 2284, Centro de Embu das Artes (telefone 11 4781-5584).

 Agente de Comercialização e Controle de Acesso

5
Empresa desenvolvedora e fornecedora de softwares e hardwares de Sistemas de Bilhetagem Eletrônica.

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Função exercida pela empresa operadora que consiste da atividade de comercialização e ou


distribuição aos USUÁRIOS (diretamente ou através de terceiros credenciados) dos cartões
inteligentes de passagens, dos cartões de vale transporte, cartões de benefícios e dos créditos
eletrônicos de qualquer ordem e/ou por qualquer mídia ou sistema, responsabilizando-se pela
arrecadação dos respectivos valores.

 Provedor/Integrador de Tecnologia
Empresa especializada em processos de integração tecnológica (fornecedores de software,
hardware, equipamentos e dispositivos), responsável por estruturar e garantir a integração entre os
diversos sistemas, subsistemas e infraestrutura do sistema de transporte. Na situação atual, o
provedor de tecnologia é a Empresa 1.

3.9.2. Sistema de Bilhetagem Eletrônica

A bilhetagem é um sistema de controle de cobrança de passagens que utiliza a tecnologia


“Contactless”, ou seja, sem contato. O sistema processa e compila uma grande quantidade de
dados possibilitando a emissão de relatórios gerencias, tornando possível uma tomada de decisão
eficiente e rápida gerando melhor desempenho e produtividade.

Permite também o controle e acesso por usuários cadastrados (gratuidades, VT, escolar, dentre
outros tipos de passagens).

O sistema disponibiliza aplicativo e ferramentas para a importação e exportação de dados, coleta


das informações em tempo real e outras funcionalidades.

Outra funcionalidade do sistema é a possibilidade de comercialização de créditos em dispositivos


móveis e portáteis, funcionalidade essa ainda não empregada no Município da Estância Turística de
Embu das Artes, uma vez que a comercialização de créditos só pode ser feita em estabelecimentos
físicos pela cidade.

3.9.3. Sistema para Identificação de Passageiros

A empresa TransArtes, possui tecnologia de Biometria Facial, que registra automaticamente as


fotos dos usuários assim que ele passa o cartão no validador. Assim, é possível identificar os
passageiros que utilizam de forma indevida os cartões, melhorando o controle de acesso.

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3.9.4. Meios de Pagamento Atual

O Sistema de Transporte Urbano de Passageiros de Embu das Artes oferece atualmente aos
passageiros dois meios de pagamento do serviço. As viagens podem ser pagas através de dinheiro
na hora do embarque ou utilizando os cartões inteligentes BEM.

O usuário adquire antecipadamente créditos monetários, através dos Cartões BEM e pode usufruir
do sistema de transporte municipal da Região de Embu das Artes.

Os cartões são processados na sede da empresa TransArtes, localizada na Avenida Elias Yazbek,
2284 | Embu das Artes – Centro. CEP 06803-000. O horário de funcionamento é de segunda a
sexta-feira das 8hs às 17hs e o telefone de contato é o (11) 4781-55846. As sete modalidades de
cartões existentes atualmente apresentam-se abaixo.

 Cartão BEM Cidadão


Cartão destinado a todos os cidadãos que eventualmente utilizam o
transporte municipal da Região de Embu.
O cadastro para aquisição do Cartão BEM CIDADÃO é realizado na seda da
empresa TransArtes pelo próprio usuário, portanto documento oficial com
foto. A primeira via do Cartão tem emissão gratuita e a segunda via é
cobrada.

 Cartão BEM Vale Transporte


Cartão concedido pelo empregador aos seus colaboradores que armazenará
créditos para utilização em linhas municipais da Região de Embu das Artes.
O empregador emitirá pedido de crédito a Transartes para seus
colaboradores, que por sua vez farão à carga dos créditos em seus cartões
no validador instalado junto à catraca dentro dos micros ônibus.
O cadastro das empresas para aquisição do Cartão BEM VALE TRANSPORTE
para os colaboradores é feito pelo site www.transartesembu.com.br ou pelo telefone (11) 4781-
5584. A primeira via do Cartão tem emissão gratuita e a segunda via é cobrada.

 Cartão BEM Estudante


Cartão concedido aos alunos e professores dentro das regras para a
concessão do benefício de acordo com a legislação Municipal vigente, que
dá direito ao desconto de 50% no pagamento da tarifa nas linhas
municipais da Região de Embu das Artes.
O estudante ou professor deverá informar-se na DIVTRAN (Divisão de
Trânsito e Tráfego Urbano) para aquisição do Cartão BEM ESTUDANTE. A

6
Fonte: Site TransArtes, setembro/2018.

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primeira via do Cartão tem emissão gratuita e a segunda via é cobrada.

 Cartão BEM Melhor Idade


Cartão concedido aos cidadãos com idade igual ou superior a 60 anos,
que garante a gratuidade nas linhas municipais da Região da Cidade de
Embu das Artes.
Com o Cartão BEM Melhor Idade, o usuário realiza o embarque pela
porta dianteira do ônibus e ao aproximar o cartão do validador passa
pela catraca, permitindo assim ao passageiro mais opções de lugares no
ônibus.
Para aquisição do Cartão BEM MELHOR IDADE, o cidadão com idade igual ou superior a 60 anos,
deverá comparecer a praça de alimentação da Prefeitura, portando documentos como: CPF
(original), RG (original) e comprovante de residência recente (original). A primeira via do Cartão tem
emissão gratuita e a segunda via é cobrada.

 Cartão BEM Jovem Aprendiz


Cartão criado pela Prefeitura do Município que garante a gratuidade nas
linhas municipais da Região da Cidade de Embu das Artes para jovens
iniciantes no mercado de trabalho.
Com o Cartão BEM JOVEM APRENDIZ, o usuário realiza o embarque pela
porta dianteira do ônibus e ao aproximar o cartão do validador passa
pela catraca, permitindo assim ao passageiro mais opções de lugares no ônibus.
Para aquisição do cartão o jovem deve comparecer junto a DIVTRAN para maiores informações e
critérios para a autorização da emissão do cartão. O cartão tem limite de uso de 2 (duas) viagens
por dia. A primeira via do Cartão tem emissão gratuita e a segunda via é cobrada.

 Cartão BEM Especial


Cartão concedido às pessoas com deficiência, cuja gravidade
comprometa sua capacidade de trabalho, conforme legislação vigente,
garantindo assim isenção do pagamento de tarifa nas linhas municipais
da Região de Embu das Artes.
Com o Cartão BEM ESPECIAL o usuário realiza o embarque pela porta
dianteira do ônibus e ao aproximar o cartão do validador e passa pela catraca, permitindo assim ao
passageiro mais opções de lugares no ônibus.
São considerados passageiros especiais, pessoas com deficiência, para fins de concessão do
benefício: deficiência física, deficiência auditiva (somente nos casos de severa ou profunda e para
os alunos matriculados e que frequentam escolas especiais para deficientes auditivos), deficiência
visual, deficiência mental, deficiência múltipla.
Para solicitar o Cartão BEM ESPECIAL, o interessado deve entrar em contato com a DIVTRAN. O
cartão tem limite de uso de 2 (duas) viagens por dia. A primeira via do Cartão tem emissão gratuita
e a segunda via é cobrada.

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 Cartão BEM Especial com acompanhante


O Cartão BEM ESPECIAL cujo passageiro é obrigado a andar com um
acompanhante, este cartão concederá o mesmo benefício do titular do
cartão, porém o benefício é válido apenas para um acompanhante. As
regras para solicitação e uso seguem as do Cartão BEM ESPECIAL.

4. ESPECIFICAÇÕES DO SISTEMA LICITADO

4.1 O CONCEITO

O modelo de rede de transporte coletivo e de delegação dos serviços que se pretende implantara
partir deste processo de Concessão,tem como base as diretrizes estabelecidas no Plano Diretor
Municipal e no Plano de Mobilidade Urbana, especialmentequanto à melhoria da qualidade dos
serviços de transporte e das condições de sua operação, fornecendo meios práticos para os
usuários avaliarem o sistema diariamente. Para o atingimento dos objetivos, o modelo estabelece,
além da implantação de sistemas inteligentes de transporte (Sistemas ITS),uma subdivisão do
transporte por ônibus municipal integrado em dois subsistemas denominados “estrutural” e
“local”, sendo:
 Subsistema estrutural: conjunto de linhas de Transporte Coletivo Público de Passageiros
que atendem a demandas elevadas e integram as diversas regiões da cidade.
 Subsistema Local: conjunto de linhas de Transporte Coletivo Público de Passageiros que
atendem a demandas internas de uma mesma região e alimentam o Subsistema Estrutural.

Tal divisão, a fim de obter um alto grau de efetividade, deverá ser implementada em 3 (três) Fases
conforme descritas e detalhadas neste Projeto Básico eAnexo 2-Especificações do Lote. Tem como
objetivo atender as necessidades de reestruturação da oferta do serviço, até então submetida a um
ambiente desordenado, sem distinção clara das características dos serviços ofertados.

Este modelo de rede e de serviços deve ser potencializado a partir das novas funcionalidades do
“Cartão BEM”, já em operação no sistema, além de criar a livre integração dos passageiros entre as
várias linhas de ônibus municipais em um determinado intervalo. Além disso, este processo
permitirá alcançar um maior grau de integração, evoluindo do conceito de linhas “radias” e
“diametrais” para o conceito de sistema “tronco-alimentado”, embora, dependente de terminais de
ônibus, mas permitindo racionalizar a rede atual, potencializando uma rede hierarquizada de
serviços com funções distintas.

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4.2 PREMISSAS

A Prefeitura Municipal da Estância Turística de Embu das Artes a partir do conjunto de análises e
reflexões sobre a situação do transporte público, em especial do transporte coletivo, definiu a sua
política de transportes mediante premissas, a saber:

Premissa nº1
O serviço de transporte coletivo é parte fundamental da estrutura de funcionamento da cidade e
serviço essencial para a vida da população, como tal:
 Deve ser organizado e gerido pelo poder público;
 Estrutura-se em rede e de forma universal;
 Não admite riscos de descontinuidade;
 Deve ser prestado de forma a oferecer conforto, segurança e atendimento à população;
 Exige investimentos imediatos e de curto/médio prazos em veículos, infraestrutura e estrutura
de operação. Logo, não se admite serviços que não sejam regularmente estabelecidos pelo
poder público e sujeitos à sua gestão.

Premissa nº2
O sistema de transporte coletivo municipal da Embu das Artes será organizado na forma de uma
Única Rede de Transporte, portanto, as linhas, os serviços ofertados e a operação dos diversos
agentes se darão sempre de forma coordenada no atendimento das demandas de transporte da
população. A organização de uma rede única de transporte pressupõe a complementação de papéis
e, portanto, a possibilidade de adoção da integração entre serviços e, consequentemente, da
integração entre operadores, quando a legislação permitir (intermunicipal, metropolitano, etc).

Premissa nº3
A regulamentação do sistema como um todo, também abrange, no limite da competência do
Município em legislar sobre os transportes de interesse local, os serviços de transporte regionais
(Gerenciados pelo Estado de São Paulo através da ARTESP) e sua relação com o serviço municipal e
com a estrutura urbana da Cidade da Embu das Artes, isto é:
 Serão incentivadas as ações de integração entre serviços municipais e intermunicipais de
transporte;
 Os serviços informais de função regional não serão permitidos pelo Município, salvo aqueles
regulamentados por Convênio ou Decreto, entre as cidades participantes.

Premissa nº4
O serviço de transporte coletivo deve ser prestado de forma profissional e com uma adequada
organização dos processos de trabalho necessários: manutenção da frota, operação de tráfego,
controle e administração. Logo, a regulamentação do serviço estabelecerá as condições mínimas
necessárias para a prestação do serviço de transporte de forma organizada e coordenada.
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Premissa nº5
O equilíbrio econômico-financeiro dos contratos é condição necessária à garantia de um serviço
adequado ao cidadão e aos investimentos requeridos. Consequentemente, a organização dos
serviços entre os vários operadores e a divisão de mercado deve criar condições para o equilíbrio
econômico financeiro. Na definição dos serviços serão considerados os custos operacionais,
investimentos e riscos.

Seguindo as premissas estabelecidas e a metodologia clássica de planejamento de transportes,


estabeleceu-se o conceito de uma rede única, de linhas radiais/circulares e diametrais, realizando a
função estrutural no sistema, mantendo-se as características físicas da rede atual. Adotou-se a
classificação de linhas conforme a identificação abaixo:

Segundo o Traçado
 Linha Radial: linha que liga a área central da cidade a outra região (bairros).
 Linhas Circulares: aquelas que apresentam trajeto de característica circular que opera em uma
área específica, atendendo à demanda que se desloca nessa própria área.
 Linha Diametral: linha que liga um ou mais bairros com passagem pelo centro da cidade, com
dois pontos terminais distintos para controle da oferta e da demanda.
 Linha Setorial e Local: fazem a ligação entre bairros em um mesmo setor ou região (exemplo,
linhas da área Leste da cidade). As linhas Locais apresentam trajetos mais curtos.

Segundo a função
 Linha Convencional: linha que executa simultaneamente as funções de captação dos usuários na
região de origem, transporte da origem até o destino e distribuição na região de destino, com
paradas nos pontos de E/D.
 Linha Expressa: constituem as linhas que operam em dias úteis, sem paradas intermediárias em
seu itinerário.
 Linha Alimentadora: linha que opera recebendo a captação da concentração de demanda e
distribuindo na região local. Geralmente ligam terminais às regiões próximas.
 Linha Tronco (ou Interterminal): linhas que opera em uma artéria principal da cidade, ligando
dois pontos de concentração de demanda.

4.3 DEFINIÇÕES DE CARÁTER OPERACIONAL

A seguir, para melhor compreensão, apresentam-se terminologias utilizadas neste Projeto Básico,
Edital e demais documentos que integram esta licitação.

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a) Sistema de Transporte Público Coletivo de Passageiros: conjunto de linhas, equipamentos


urbanos e infraestrutura de transporte coletivo do município, que funcionam como uma
estrutura organizada.
b) Transporte Público de Passageiros ou Transporte Coletivo Regular: serviço de utilidade
pública, prestado por uma empresa ou consórcio de empresas, que atendam ao
deslocamento de pessoas usuárias no município, a partir de características operacionais
preestabelecidas no presente edital e no contrato, tais como horário, itinerário, frequência e
tipo de veículo.
c) Usuário ou Passageiro: pessoa que utiliza o Sistema de Transporte Público Coletivo seja
pagante de passagem, ou esteja enquadrado na gratuidade.
d) Serviço: formas operacionais de atendimento às diferentes necessidades de deslocamento
da população, como por exemplo, o transporte regular, diferenciado, especial, turístico,
experimental, etc.
e) Veículo, ônibus Convencional ou Padron: unidade ou composição automotora, destinada ao
transporte de passageiros.
f) Itinerário: refere-se ao trajeto predeterminado a ser percorrido pelos veículos de uma linha
para se deslocarem entre os seus dois pontos extremos, trajeto este definido pelas vias e
localidades atendidas.
g) Pontos de Parada: locais fixos e devidamente sinalizados ao longo do itinerário do veículo de
transporte coletivo, destinado à parada para embarque e/ou desembarque de passageiros.
h) Pontos Terminais: são os pontos extremos do itinerário de uma linha onde se dará o início ou
o término das viagens.
i) Pontos de Origem e Destino: pontos onde se inicia ou termina o deslocamento de uma
pessoa ou veículo, por motivo específico.
j) Abrigo: estrutura de pequeno porte, instalada nos pontos de parada do transporte
público,para proteção aos passageiros.
k) Baia de ônibus: parte ou faixa da via pública, ou fora dela, reservada para paradas de ônibus,
destinada ao embarque e desembarque de passageiros.
l) Plataforma: ponto de parada acessível construído sobre as calçadas ou nos terminais, como
ajuda técnica para reduzir ou eliminar o desnível de acesso ao veículo.
m) Linha: Serviço original regular de transporte prestado segundo regras operacionais,
equipamentos, itinerário, terminais, pontos de parada intermediários e horários prefixados e
estabelecidos em função da demanda.Com respeito às linhas define-se:

 Segmentação de Linhas: Transformação de uma linha em duas ou mais linhas;


 Prolongamento de Linha: Aumento de itinerário da linha para atender novas demandas de
transporte;
 Encurtamento de Linha: Redução de itinerário da linha;
 Fusão de Linhas: Estabelecimento de um itinerário único para duas ou mais linhas.

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n) Tarifa: é a tarifa ou preço da passagem a ser fixada por ato do Poder Concedente, pelo preço
da proposta vencedora desta concorrência.
o) Custo do Passageiro Transportado: Considera-se “custo do passageiro transportado”, o valor
monetário obtido pelo rateio do custo total da prestação do serviço entre o total de
passageiros pagantes equivalentes do sistema, tendo sempre em conta o equilíbrio
econômico e financeiro do serviço.
p) Total de passageiros pagantes: o total de passageiros pagantes do sistema, independente de
ter, ou não, desconto no preço da passagem.
q) Pontos de origem e destino: pontos onde se inicia ou termina o deslocamento de um usuário
dentro dosistema.
r) Viagem: é o deslocamento do veículo entre o ponto inicial e final da linha, com horário de
início prefixado.
s) Ciclo: seqüência completa de itinerário de uma linha para que o veículo retorne ao seu ponto
de origem.
t) Início de operação: horário de partida da primeira viagem da linha a partir de um dos pontos
terminais em uma jornada de operação.
u) Fim de operação: horário de chegada da última viagem da linha a um dos pontos terminais,
em uma jornada de operação.
v) Terminal de Transporte: equipamento urbano instalado em área específica da via pública ou
fora dela, dotada de infraestrutura própria destinada ao embarque e/ou desembarque de
passageiros, e para onde convergem ou terminam várias linhas do sistema.
w) Transbordo: baldeação de passageiros de um veículo para outro em áreas pré-pagas.
x) Integração: forma organizada de interligação entre linhas através de pagamento de uma
única passagem com ou sem complemento de valor de tarifa.
y) Integração física: operação em que a integração das linhas e/ou modos de transporte é
facilitada pela sua ligação fronteiriça.
z) Integração tarifária: integração onde o usuário paga uma única passagem ou complemento
pela utilização de mais de uma linha.
aa) Tempo de viagem do usuário: tempo necessário para o usuário se deslocar de seu ponto de
origem ao ponto de destino.
bb) Tempo de viagem do veículo: tempo necessário para o veículo se deslocar entre seus pontos
terminais, incluindo o tempo de parada no ponto terminal de origem.
cc) Tempo de embarque e desembarque: tempo decorrido desde o instante de abertura até o
instante de fechamento das portas do veículo.
dd) Tempo de percurso: tempo de viagem do veículo, não incluindo o tempo de parada no ponto
terminal.
ee) Intervalo: tempo decorrido entre a passagem de dois veículos sucessivos de uma mesma
linha, em um sentido, por um ponto de referência. Também é conhecido como “headway” e
representa o inverso da frequência.
ff) Intervalo entre viagens: tempo decorrido entre partidas ou passagens sucessivas de veículos,
que se deslocam no mesmo sentido, em determinados pontos de uma linha ou corredor.

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gg) Atraso: diferença positiva entre o tempo real de uma viagem do veículo e o tempo padrão
estabelecido para ela.
hh) Velocidade comercial: resultado da divisão da extensão entre dois pontos de um
determinado itinerário pelo respectivo tempo de percurso.
ii) Frequência: número estipulado de viagens unidirecionais por unidade de tempo ou período
fixado.
jj) Extensão da linha: distância percorrida ao longo do itinerário para realização de uma viagem
do veículo.
kk) Quilometragem morta: somatória da quilometragem ociosa com a quilometragem
percorrida nas viagens fora de linha.
ll) Quilometragem ociosa: extensão que os veículos percorrem da garagem até um dos pontos
onde se inicia ou termina a viagem em linha, ou vice-versa.
mm) Demanda: número de passageiros que aflui ao Sistema em um determinado período de
tempo.
nn) Demanda equivalente: obtida através do número de passageiros pagantesintegral, somada
ao número de passageiros pagantes com descontos.
oo) Capacidade nominal do veículo: número máximo de passageiros que pode ser transportado
ao mesmo tempo pelo veículo. Inclui passageiros sentados mais os passageiros em pé,
obedecendo a quantidade máxima definida no edital e/ou contrato de concessão.
pp) Frota: conjunto de veículos de um mesmo tipo à disposição dos serviços de transporte
público da região e/ou da linha
qq) Frota em operação: frota efetivamente utilizada em um determinado período de tempo, em
determinada linha.
rr) Frota operacional total: frota total para atender o Sistema, sem considerar a frota reserva.
ss) Frota reserva: número de veículos disponível para substituir os veículos da frota operacional
total, quando necessário.
tt) Fluxo de passageiros: número de passageiros transportados por unidade de tempo.
uu) Fluxo de veículos: número de viagens de veículos por unidade de tempo.
vv) Passageiros da viagem: número total de passageiros transportados em uma viagem do
veículo.
ww) Lugares máximos oferecidos: resultado da multiplicação do número de viagens realizadas,
por sentido de operação, pela capacidade nominal dos veículos utilizados em dada linha.
xx) Lugares máximos admitidos: resulta da soma do número de assentos com o número de
passageiros em pé.
yy) Regularidade: cumprimento dos horários estabelecidos e manutenção da freqüência
predeterminada para funcionamento de uma linha.
zz) Índice de passageiros por quilômetro (IPK): relação entre o número total de passageiros
transportados e a quilometragem total percorrida por uma ou mais linhas.
aaa) Percurso Médio Anual (PMA): relação entre a quilometragem anual total percorrida e a frota
utilizada em uma ou mais linhas de um mesmo modo de transporte.

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bbb) Idade do veículo: quantidade de anos, ou meses, entre o ano/modelo do chassis até a data
de verificação da idade.
ccc) Veículo novo ou veículo zero quilômetro: veículo sem uso anterior, com idade menor que
seis meses.
ddd) Idade média inicial da frota: média das idades dos veículos que iniciarão a
operação,considerando a data de início.
eee) Programa operacional: Programação dos horários de um veículo ou conjunto de veículos
com seus respectivos operadores.
fff) Tripulação: Pessoal a bordo do veículo encarregado da operação, controle de acesso,
cobrança de tarifa e apoio ao passageiro, no transporte urbano normalmente composto por
um motorista e um cobrador.
ggg) Ordem de Serviço Operacional-OSO: documento contendo as características operacionais da
prestação dos serviços de transporte público coletivo, quais sejam: empresa, frota por tipo
de dia, viagens e tempo de percurso por faixa horária, por sentido, por tipo de dia e por tipo
de viagem, itinierários, dentre outros.

As principais atividades a serem executadas pela Concessionária consistem em:

I. Prestar os serviços de transporte coletivo com operação adequada à satisfação dos usuários
conforme disposições estabelecidas no presente edital e seus anexos, com rigoroso
cumprimento dos itinerários, viagens e horários programados das linhas de transporte
coletivo, características da frota, tarifas e pontos de parada definidos pelo Órgão Gestor
Público –Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana.

II. Cumprir as normas de operação e arrecadação, inclusive no que diz respeito à cobrança de
tarifa nos ônibus, responsabilizando-se pela receita.

III. Promover a limpeza dos ônibus.

IV. Manter a frota conforme requisitos de operação e manutenção estabelecidos pelo Órgão
Gestor do Sistema.

V. Promover, periodicamente, treinamentos adequados a seus funcionários, com orientações


específicas de acordo com cada função, para manutenção do bom atendimento aos usuários
do transporte coletivo.

VI. Acompanhar e executar as ações necessárias, interagindo de imediato com o Órgão Gestor
do Sistema, para manter a regularidade do transporte coletivo.

VII. Executar com equipe própria as operações de campo relativas a eventos especiais, desvios,
atendimentos a eventos culturais, religiosos, esportivos e outros requisitados pelo Órgão
Gestor do Sistema.
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VIII. Apresentar os seus ônibus para a inspeção técnica programada ou para inspeções técnicas
eventuais definidas pelo Órgão Gestor do Sistema.

4.4 ASPECTOS GERAIS DA MODELAGEM DA CONCESSÃO

Este item, trata das linhas gerais que definem a licitação da Concessão dos Serviços de Transporte
Público. Cada aspecto encontra-se devidamente detalhado nos Anexos que compõem este Projeto
Básico e o Edital da Concessão. Assim, em continuidade ao processo de concessão, com o objetivo
de ajustar o instrumento convocatório uniformizando os critérios e parâmetros, estabeleceram-se
as demais diretrizes da modelagem da concessão, a saber:

a) Marco Regulatório – O controle, a fiscalização e delegação do Sistema de Transporte Público


Coletivo da Estância Turística de Embu das Artes serão realizados, pelo ÓRGÃO GESTOR PÚBLICO
DO SISTEMA, através da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana – SMU. O Planejamento,
Gerenciamento, Monitoramento e Operação serão realizados pela Concessionária, através do
Centro de Controle da Operação-CCO, em tempo real.
b) O modelo adotado orienta-se pela exploração e prestação do serviço de transporte coletivo
urbano de passageiros da modalidade convencional, colocado à disposição do cidadão, contra a
exigência de pagamento de tarifa, observado, quando for o caso, o direito a reduções ou
isenções e a administração financeira por meio de caixa privado.
c) O sistema utiliza a Bilhetagem Eletrônica em todos os aspectos operacionais e em suas relações
com os usuários. As especificações para a execução e gerenciamento do Serviço estão dispostos
nos Anexos deste documento.
d) Implantação do Sistema de Bilhetagem Eletrônica-SBE com Biometria Facial.
e) Implantação do Sistema de Informação ao Usuário- SIU, em tempo real.
f) Implantação do Centro de Controle da Operação – CCO, em tempo real.
g) Implantação de um Sistema de Controle da Qualidade dos Serviços, visando à padronização da
execução e sua melhoria contínua, que permitam avaliar a qualidade e os custos dos serviços
prestados.
h) Integração tarifária e temporal (40 minutos) no serviço convencional, válida para o mesmo
sentido de deslocamento.
i) A área de abrangência corresponde a todo espaço urbanizado da cidade.
j) A composição da frota inicial com 24% de veículos novos (0km), composta de veículos tipo
Convencional, 100% acessível.
k) A política tarifária consiste nos critérios a serem seguidos pelo Poder Concedente no
estabelecimento de tarifas, objetivando assegurar um serviço adequado.
l) Prazo da concessão será de 20 anos, podendo ser prorrogado à critério do Poder Concedente, e
de acordo com os parâmetros do Sistema de Gestão da Qualidade estabelecidos neste Edital.

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m) A prorrogação do prazo de prestação dos serviços estará vinculada aos indicadores de qualidade
do serviço – Sistema de Gestão da Qualidade.
n) A idade máxima permitida para veículos convencionais é de 10 anos e para microônibus é de 7
anos.
o) A idade média máxima admitida para a frota do transporte é de 7 anos.
p) Concessão onerosa – valor a ser ofertado pela outorga da concessão definida em R$
1.000.000,00 (hum milhão de reais). O valor da outorga será aplicado, pela própria
Concessionária, na aquisição e instalação de abrigos em locais a serem definidos pela SMU. O
modelo de abrigo, elementos construtivos, layout, quantidades e valores, deverão ser
previamente aprovados pela SMU (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana).
q) Lote único – organização de uma rede única de transporte.
r) Garantia do equilíbrio econômico-financeiro dos serviços prestados ao longo dos 20 (vinte) anos
da Concessão.
s) Novo layout da frota a ser definido em conjunto com o Poder Concedente.
t) Inclusão da publicidade em veículos (busdoor) como receitas acessórias ou complementares da
Concessionária.
u) Modalidade da concorrência em âmbito nacional, empresas brasileiras isoladas ou reunidas em
consórcio, não sendo permitida a participação deCooperativas, Associações ou outros.
v) Procedimento de julgamento será a proposta comercial (COM atestados de comprovação dos
quantitativos do lote único em conformidade com a Súmula nº 24 e nº 30 do TCE-SP).
w) Critério de julgamento será o de menor tarifa.
x) Instalação de equipamentos de controle e monitoramento ao longo da Concessão, conforme
especificação nos Anexos deste Projeto Básico,quais sejam, os Painéis de Informações Variáveis-
PMV’s, Circuito Fechado de Televisão-CFTV’s e equipamentos e dispositivos de Telemetria.

4.4.1 Da Demanda de Projeto da Concessão

A Demanda Projetada para os 20 anos de Concessão dos Serviços de Transporte Urbano de


Passageiros considerou três aspectos:

 o índice médio de crescimento da população descrito no item 2.1-Aspectos Populacionais,


qual seja, de 1,12 % ao ano.
 oíndice de decréscimo dos passageiros transportados – 6,6% aa, e,
 o fato da cidade de Embu das Artes possuir apenas um modal de transporte coletivo – o
ônibus.

Resta evidente que, em contrapartida ao crescimento populacional, a Demanda de passageiros teve


um decréscimo de 6,6%no último ano (conforme descrito no item 3.8.1-Evolução Histórica da
Demanda, indice 5,8 vezes maior que a taxa anual de crescimento populacional. Se considerarmos

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um período de análise maior, de 3 anos (2014-2017), o índicede queda do número de passageiros


transportados foi de 5,4%.

Portanto há um descompasso entre as bases do Sistema: de um lado o aumento da população e, de


outro, o descréscimo da demanda.

Diante disso, estabeleceu-se um cenário conservador para a demanda de projeto, embasado na


tese de que as novas tecnologias de sistemas inteligentes de transporte, aliada à política de
integração tarifária, promovam a manutenção da quantidade atual dos passageiros do sistema de
transporte. Assim, aDemanda de Projeto considerada permaneceu constante ao longo dos 20 anos,
de forma a conduzir o processo com uma maior assertividade.

Todavia, é previsível no processoa revisão da modelagem, conforme item 10- Da Manutenção do


Equilíbrio Econômico-Financeiro da Concessão, em especial os itens 10.1.2 e 10.1.3 do Edital, com o
objetivo de atualizar o número de passageiros transportados, tendo em vista a consolidação de
cada uma das Etapas de Execução do Projeto Básico (detalhadas no Anexo 2 -Especificações do
Lote).

4.4.2 Do Prazo da Concessão

O prazo daconcessão de 20 anos está em conformidade com a Lei Complementar nº 299/2016, art.
13, Parágrafo único, a saber:

“Parágrafo único. Os prazos da concessão original poderão ser fixados em até 20


(vinte) anos, contados da data da assinatura do contrato, nos casos de elevados
investimentos em bens reversíveis, ou investimentos para a execução do contrato
de concessão de forma exclusiva.”

Os estudos que antecederam o processo Licitatório (Diagnóstico e Prognósticos) evidenciaram a


necessidade de modernização e de requalificação do sistema e o atendimento das demandas da
população que utilizam o serviço, especialmente face ao crescimento urbano, que modifica a
dinâmica da cidade.

Para a implantação da nova rede, conforme detalhada neste Projeto Básico e seus Anexos, a
administração optou por um período de transição que permita sua implantação de forma gradual,
aferindo o sistema a cada Fase implantada e possibilitando uma curva de aprendizado e ajustes
necessários para a efetivação do Projeto Básico. As Fases iniciam-se no Ano 1 e tem previsão de
término no Ano 4 da Concessão, portanto, serão decorridos 4 anos para que todo o Projeto Básico
esteja operando em sua totalidade.

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Os investimentos, além da garagem e da frota de veículos novos, mais modernos com wi-fi
(internet sem fio embarcada), prevê a implantação de sistemas inteligentes de transportes –
Sistemas ITS, como a implantação da Central de Controle Operacional em conjunto com o Sistema
de Acompanhamento da Operação em tempo real, o Sistema de Bilhetagem Eletrônica integrado
ao Sistema de Biometria Facial, o Sistema de Informação ao Usuário-SIU em tempo real (constituído
pelo Site, Call Center, Informações ao usuário em tempo real do posicionamento dos ônibus),
Sistema de Telemetria no controle da frota (prevenção de acidentes, condução econômica, gestão
da frota, etc.), instalação de painéis de informações variáveis (PMVs), instalação de câmeras de
monitoramento - Ciruito Fechado de Televisão(CFTV). A qualidade do serviço e a segurança
operacional ganham relevância no contexto da Concessão com a implantação do Sistema de
Controle da Qualidade-SGQ.

O rol de investimentos exigidos para a execução do contrato, totalizam mais de R$ 55 milhões e


aprofundam os conceitos de estruturação da rede, modernização, conexão, disponibilização da
informação ao usuárioe produtividade. Diante disso, foram avaliados cenários com prazo da
Concessão de 10 anos e outro com prazo mais dilatado, de 20 anos, com o objetivo de obter o
melhor cenário compatível com o investimento expressivo que deverá ser realizado.

O Estudo de Viabilidade Economico-Financeira apontou para um prazo de 20 anos da Concessão em


prol da modicidade tarifária, pois o cenário estudado de 10 anos, resultou em uma tarifa de
referência R$ 0,11(onze) centavos maior.

Diante disso, o tempo estabelecido de contrato de 20 anos está embasado na modelagem e no


Estudo de Viabilidade Economico-Financeira da Concessão (Anexo 4), correlacionando de forma
equilibrada os serviços a serem prestados com o preço da tarifa auferida.

4.4.3 Especificação do Lote

O objeto da presente licitação será adjudicado para apenas 1 (uma) única área ou lote e sua
operação compreende a disponibilidade de frota de veículos operacionias e de reserva técnica,
recursos humanos e materiais necessários para a adequada prestação do serviço.

Diante dos investimentos necessários e das intervenções previstas, a Secretaria Municipal de


Mobilidade Urbana estabeleceu como 6ª Premissa, a implantação gradativa das melhorias
requeridas para a Concessão. Assim, estabeleceram-se 3 (três) Fases a serem desenvolvidas,
sequenciais e complementares, em momentos distintos, a saber:

 FASE I: Corresponde à Reestruturação do Transporte Público de Passageiros do Município de


Embu das Artes através de Processo Licitatório para a Concessão dos Serviços;

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 FASE II: Estruturação da Rede e da Operação com a implantação do Terminal Rodoviário;


 FASE III: Estruturação da Rede e da Operação com a implantação do Terminal Jd. Perequê.

O Anexo 2 – Especificações Operacional do Lote, contem a descrição do lote único, a descrição das
3 fases estabelecidas para implantação gradativa das melhorias no sistema de transporte coletivo
urbano,osdados operacionais, desenho das linhas em cada uma das fases e itinerários da fase
inicial.

4.4.4 Dados Operacionais

A rede de transporte público de Embu das Artes fundamenta-se em um sistema de linhas radiais,
diametrais, circulares, setoriais e locaissem integração temporal ou tarifária, que atende o usuário
de transporte coletivo em toda a área do município.

A caracterização das linhas, contendo as descrições dos itinerários, quilometragem, número de


viagens e demais dados operacionais (demanda e oferta), necessários à compreensão deste
certame, está disposto no Anexo 2-Especificação Operacional do Lote. Integram também neste
capítulo, o modelo das Ordens de Serviços Operacionias – OSOs (Anexo 14 - Modelo de Ordem de
Serviço).

4.4.5 Planejamento da Operação

O planejamento dos serviços será adequado às alternativas tecnológicas disponíveis e atenderá ao


interesse público, obedecendo às diretrizes gerais do planejamento global da cidade, notadamente
no que diz respeito ao uso e ocupação do solo e ao sistema viário básico.

O planejamento dos serviços terá como princípio básico proporcionar aos usuários a mais ampla
mobilidade e acesso a toda a cidade, no menor tempo e custo possível, com segurança e nível de
serviço adequado.

A operação do serviço de transporte coletivo compreende a realização de viagens com uso de


veículos para transporte coletivo, com o pessoal necessário para operá-los e mantê-los, em serviços
organizados em linhas, tudo de acordo com especificações e padrões de conformidade fixados pelo
Órgão Gestor do Sistema.

Ao longo do prazo da concessão, as especificações operacionais do serviço de transporte (itinerário,


frequência, horários e frota das linhas) serão adequadas às necessidades de melhor atendimento
da população, do desenvolvimento urbano, da racionalidade e economia dos serviços;

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A concessioária poderá, ao longo do prazo da concessão, propor novos serviços, bem como novas
alternativas operacionais e tecnológicas. Dentro da lógica que trata das alterações de linhas, o
Anexo 3- Critérios para Extensão e Segmentação de Linhas, estabelece as definições, critérios e
procedimentos a serem observados pela Concessionária quando da necessidade de criação ou
alteração das características operacionais dos atendimentos muncipais.

4.4.6 Adequação da Frota

O Anexo 6 – Especificação Básica dos Veículos da Frota, apresenta a composição da frota, suas
características, cronograma de adequação, que deverá ser utilizado para a prestação dos serviços
objeto deste edital.

O Anexo 6 busca explicitar da maneira mais específica possível as características necessárias para os
veículos habilitados a operar no Sistema de Transporte Público Coletivo de Embu das Artes.

4.4.7 Atendimento a Pessoas com Deficiência

O projeto básico de transporte público coletivo tem como premissa a inclusão da pessoa portadora
de necessidades especiais, de forma que todo cidadão, independentemente de suas limitações
motoras, sensoriais ou mentais possa usufruir, com segurança e conforto, do transporte público.
Entende-se como pessoas portadoras de necessidades especiais aquelas definidas na legislação
federal específica, complementada pela legislação municipal.

Cabe à Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana-SMU, no âmbito da sua competência,


coordenar, fiscalizar, formular normas e legislação específica, orientar e controlar as intervenções
físicas e reguladoras relativas à mobilidade e acessibilidade das pessoas portadoras de
necessidades especiais na rede viária e no sistema de transporte.

A frota de transporte coletivo público que operacionalizará o sistema deve ser 100% adptada de
forma a permitir o acesso e transporte dos portadores de necessidades especiais, conforme
legislação federal.Os veículos do transporte público coletivo municipal que atendem,
exclusivamente ou não, aos usuários com necessidades especiais devem ser adequados com:

 Reserva de assento preferencial, através de sinalização específica para portadores de


necessidades especiais;
 Espaço para acomodação de cadeiras de rodas, durante as viagens das pessoas com
necessidades especiais;
 Equipamento próprio ou com elevador ou plataforma ou, ainda, com sistema de abaixamento
de suspensão do veículo para o embarque/desembarque destas pessoas, podendo ser também

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dotados de ajuda técnica7do prestador de serviços para que não seja necessária a ajuda de
terceiros;
 Catracas, portas e corredores largos;
 Barras verticais de apoio em número suficiente;
 Sistema de comunicação adequado aos usuários.

Os veículos, equipamentos e respectivas instalações devem obedecer aos requisitos do


Regulamento Técnico da Qualidade para Inspeção da Adaptação de Acessibilidade em Veículos para
o Transporte Coletivo de Passageiros do Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial, especificamente a Norma Técnica Brasileira NBR 14.022:2006 e NBR
15570:2009.

O Anexo 6– Especificação Básica dos Veículos da Frota, descreve as características da frota veicular
para a operação dos serviços da concessão específica para acessibilidade.

4.4.8 Sistema de Bilhetagem Eletrônica (SBE)

As especificações para a execução e gerenciamento do Serviço de Bilhetagem Eletrônica (SBE), bem


como a Biometria Facial, estão dispostas no Anexo 7 – Diretrizes para a Implantação dos Sistemas
ITS-Inteligent Transporte System, e Anexo 7.1 – Diretrizes para Implantação do Sistema de
Bilhetagem Eletrônica-SBE (incluindo a especificação da Biometria Facial).

4.4.9 Serviço de Controle e Monitoramento da Operação e Informação ao Usuário (SIU)

As especificações para a implantação e operacionalização do Serviçode Informação ao Usuário-SIU


estão dispostas no Anexo 7 – Diretrizes para a Implantação dos Sistemas ITS – Inteligent
Transporte Systeme Anexo 7.2 -Diretrizes para a Implantação do Serviço de Informação ao
Usuário- SIU.

4.4.10 Centro de Controle Operacional-CCO e Gestão da Frota

As especificações complementares para a implementação do Centro de Controle Operacional-CCO


e de Gestão da Frota (Telemetria), na sede da Concessionária, estão dispostos no Anexo 7 –
Diretrizes para a Implantação dos Sistemas ITS – Inteligent Transporte Systeme Anexo 7.4 –
Diretrizes para Implantação do Centro de Controle Operacional (CCO)e Sistema de Telemetria.

7
Entende-se por “ajuda técnica”: qualquer elemento que facilite a autonomia pessoal ou possibilite o acesso
e o uso do meio físico.

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4.4.11 Sistema Internet Sem fio no Ônibus (Wi-Fi)

As funcionalidades e características para a implantação de Wi-Fi embarcado, que consiste na


disponibilização de internet gratuita no interior dos ônibus, está descrita no Anexo 7.3 Diretrizes
para a implantação de Sistema de Comunicação Wi-Fi nos ônibus.

4.4.12 Fiscalização dos Serviços

A fiscalização dos serviços será exercida por agentes fiscais da Secretária Municipal Mobilidade
Urbana, devidamente credenciados, tendo as competências estabelecidas no Regulamento
Operacional, descrito no Anexo 9– Novo Regulamento do Transporte Público Coletivo.

4.4.13 Sistema de Indicadores e Metas

O modelo de concessão aprovado pela Prefeitura Municipal da Estância Turística deEmbu das Artes
estabelece que o novo contrato de concessão contemple conceitos e critérios para controle da
qualidade na prestação dos serviços como elemento fundamental de gestão.

A avaliação da qualidade está fundamentada no Sistema de Gestão da Qualidade, que consiste em


uma sistemática de coleta de dados, apuração de um conjunto de indicadores e comparação dos
valores obtidos com as “metas” de qualidade estabelecidas.

O sistema de gestão da qualidade será detalhado no Anexo 10 – Concepção do Sistema de


Controle da Qualidade do Serviço, e tem como objetivo fundamental a busca contínua e
permanente da melhoria da qualidade dos serviços disponibilizados à comunidade, em harmonia
com as condições e realidade econômica e social da população e dos usuários dos serviços.

4.4.14 Política Tarifária e Gestão Financeira do Sistema

A Política Tarifária consiste nos critérios a serem seguidos pelo Poder Concedente no
estabelecimento de tarifas, objetivando assegurar um serviço adequado.

Pelos critérios econômicos, deve-se garantir a justa remuneração do capital investido e manter o
equilíbrio econômico-financeiro do contrato;

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Pelos critérios sociais, deve-se incentivar o melhoramento dos serviços existentes e garantir a
expansão, atenuando as disparidades na distribuição da renda e na parcela do custo total do
usuário.

Para o Sistema de Transporte Público Coletivo está definido um único nível tarifário - para o serviço
regular, sobre o qual serão aplicados os descontos previstos na legislação.

No decorrer do prazo da concessão, o município poderá instituir benefícios tarifários em horários,


períodos e/ou dias específicos com a finalidade de aperfeiçoar a operação e/ou incentivar a
utilização do transporte público, porém sempre mantendo a condição fundamental de equilíbrio
econômico-financeiro da concessão.

A Concessionária manterá banco de dados com informações sobre o movimento mensal de


passageiros por linha com benefício tarifário, inclusive vale transporte, garantindo acessoa essas
informações à Secretária Municipal de Mobilidade Urbana, através de Relatórios Gerenciais.

O detalhamento da metodologia, valor da remuneração do lote, cálculo tarifário, gestão financeira


do sistema, modelo de reajuste e revisão da tarifa, e modelo de remuneração do operador, estão
descritos nos seguintes anexos:
Anexo 4 – Viabilidade Econômica Financeira da Concessão
Anexo 4.1 – Plano de Renovação da Frota
Anexo 4.2 – Planilhas do Estudo de Viabilidade
Anexo 4.3 – Fluxo de Caixa do Estudo de Viabilidade
Anexo 4.4 – Base de Dados
Anexo 5 –Metodologia de Apropriação de Custo.

4.4.14.1 A Integração Tarifária

Através do Cartão BEM, é possível a integração entre as linhas do sistema de ônibus sem acréscimo
tarifário. O Sistema baseia-se na integração tarifária temporal para os usuários do Sistema de
Bilhetagem Eletrônica, ou seja, aqueles que utilizam o cartão, permitindo utilizar mais de uma linha,
num intervalo de 40 (quarenta) minutos, com o pagamento de apenas uma tarifa. Sendo isso válido
para linhas do serviço regular, em deslocamentos que não caracterizem retorno, de acordo com a
matriz de integração estabelecida pela Secretária Municipal de Mobilidade Urbana.

A integração deverá ocorrer da seguinte forma: da primeira vez em que o cartão é aproximado no
validador, será debitada a tarifa do sistema. Quando o passageiro troca de ônibus (outra linha no
mesmo sentido), o validador não cobra nova tarifa, desde que esteja dentro do tempo concebido
para a integração – 40 minutos.

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4.4.14.2 O Subsídio Público

A política tarifária está associada a políticas públicas mais amplas, que geram efeitos sobre a
condição socioeconômica dos usuários, a organização do uso do solo urbano, a mobilidade urbana
e a sustentabilidade econômico-financeira do Sistema de Transporte.

Com o aumento dos custos de operação e comprometimento da sustentabilidade financeira do


sistema, haja vista que a remuneração está baseada em uma planilha de custos, remunerada por
passageiro transportado, a remuneração passou a ser contingenciada por limites conforme a
receita tarifária e a disponibilidade de subsídio municipal.

Desta forma, a instituição de subsídios às tarifas devidas das passagens, será concedida a critério do
PODER PÚBLICO MUNICIPAL como forma de custear as despesas do Sistema não cobertas pelas
receitas tarifárias e extratarifárias, dependendo, portanto, do estabelecimento de uma estrutura
tarifária (preços, estratégias de cobrança, opções de pagamento, etc.).

Para o Cenário a ser licitado, considerou-se Subsídio Público para as gratuidades instituídas por leijá
descritas no item 3.4 anterior, a saber:

Legislação Categoria Tipo de Cartão Gratuidade

Lei 2157/2005 Estudantes Cartão BEM Escolar 50%


Lei 2181/2005 Idosos acima de 60 anos Cartão BEM Melhor Idade 100%

Lei 1434/1992 Portador de deficiência e Cartão BEM Especial 100%


acompanhante
Lei 2157/2005 Professores Cartão BEM Escolar 50%
Lei 2801/2014 Jovem aprendiz Cartão BEM Jovem Aprendiz 100%
Tabela 11: Legislação vigente que concede gratuidade ao usuário
Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Embu das Artes

Assim, de acordo com os estudos do Projeto Básico, a Demanda total de passageiros transportados
pelo sistema de Transporte Público Coletivo de Embu das Artes é de 959.387 passageiros, sendo
que, 225.799 correspondem aos passageiros gratuitos, resultando em uma demanda equivalente
de 733.588 passageiros que pagam tarifa. O Subsídio Público será concedido apenas aos
passageiros gratuitos transportados.

O Anexo 4 – Viabilidade Econômico-Financeira da Concessão, detalha o conceito estabelecido, o


qual, para uma Tarifa de Referência de R$ 4,15 (quatro reais e quinze centavos), resulta em
Subsídio Público anual de R$ 11.244.790,20 (onze milhões, duzentos e quarenta e quatro mil,
setecentos e noventa reais e vinte centavos).

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4.5 ESPECIFICAÇÕES DE GARAGENS

De acordo com o Edital, a CONCESSIONÁRIA deverá dispor de garagem para suporte das atividades
operacionais, de manutenção e de administração compatíveis com o porte e as características da
operação do lote único. Tal instalação deverá estar disponível, em condições mínimas, para o início
de operação, no prazo de até180 (cento e oitenta) dias.

Este item fixa as diretrizes gerais que deverão ser observadas pela CONCESSIONÁRIA na
implantação da garagem. Devem garantir, ainda, que suas edificações estejam em conformidade
com o Código de Obras e Edificações do Município em que se localiza o imóvel, Código Sanitário do
Estado de São Paulo, Normas ABNT, Legislação de Segurança e Medicina do Trabalho, Legislação e
Conceitos Ambientais.

No estudo realizado, os investimentos em instalações e garagem, foram considerados no fluxo de


caixa como aluguéis, ou seja, como despesas.

4.5.1 Garagem provisória e garagem definitiva

A CONCESSIONÁRIA poderá dar início à operação dos serviços no prazo estabelecido de até 180
(cento e oitenta) dias em instalações apenas suficiente para tal, que para efeito da licitação, será
denominada de “garagem provisória”.

Nestas condições, o prazo máximo de operação da garagem provisória é de 12 (doze) meses a


contar do início de operação.

A garagem definitiva, é aquela na qual a CONCESSIONÁRIA irá montar a sua infraestrutura para
atender as necessidades inerentes da operação e deverá estar concluída e em plenas condições de
operação.

Para fins da licitação e do contrato, a licitante/concessionária somente será considerada em


situação regular em relação às garagens provisória ou definitiva, após a vistoria realizada pelo
Órgão Gestor/Secretaria de Mobilidade Urbana, que observará se houve o completo atendimento
das características definidas neste item, na qual, será dada certificação de atendimento das
obrigações assumidas.

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4.5.2 Infraestrutura de garagem

Ao longo da concessão, a CONCESSIONÁRIA deverá promover as expansões necessárias em suas


instalações de acordo com a quantidade e tipo de veículos que vier a ser requerido com a evolução
do serviço.

A garagem deverá estar situada em local de fácil acesso, em especial para a entrada e saída dos
ônibus, de tal forma a causar o mínimo transtorno possível ao trânsito do seu entorno. O terreno e
instalações poderá ser alugado, a critério da licitante.

Os acessos de garagem ou pátio ao sistema viário devem ser projetados de forma a garantir
segurança à circulação dos veículos e dos pedestres observando os requisitos de engenharia de
tráfego.

Em hipótese alguma poderá haver a guarda de veículos em vias públicas.

A localização da garagem e/ou pátio deverá atender às determinações municipal em especial


quanto à legislação relativa ao uso e ocupação do solo.

A área do terreno deverá atender, satisfatoriamente, às necessidades da empresa, do tamanho da


frota e do desempenho dos trabalhos realizados.

A implantação das várias unidades componentes da garagem (prédio administrativo, oficina de


manutenção, área de serviços gerais, portarias e pátio de estacionamento) deverá observar
critérios de posicionamento que garantam uma sequência de operações e serviços lógica, com
continuidade da movimentação dos veículos e sem a necessidade de manobras adicionais em
demasia, tudo visando a menor perda de tempo e a segurança da circulação de funcionários e dos
veículos.

A CONCESSIONÁRIA deverá descrever e dimensionar a garagem para abrigar e manter 81 (oitenta e


um)veículos, dos quais 75 (setenta e cinco) são convencionais e 6 (seis) micro-ônibus. Essa
quantidade de veículos poderá ter acréscimos, segundo os moldes em que pretende implantá-la,
com serviços próprios ou terceirizados, abordando, no mínimo, os seguintes itens:
a) Documentação e cadastro de infraestrutura da garagem;
b) Procedimentos para vistoria técnica local;
c) Do terreno a ser utilizado:
 Dimensionamento da área;
 Layout das instalações.
d) Das instalações da Administração:
 Dimensionamento da área;
 Conforto e segurança;

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Prefeitura Municipal da Estância Turística de Embu das Artes
Estado de São Paulo
Secretaria Municipal de Suprimentos
Rua Andronico dos Prazeres Gonçalves, n°. 114, Centro
CEP: 06.803-900 – Tel.: (11) 4785.3500

 Banheiros;
 Refeitórios.
e) Das instalações para os serviços de manutenção
 Dimensionamento da área;
 Valetas:
i. Quantificação para manutenção preventiva;
ii. Quantificação para manutenção corretiva e inspeção;
iii. Dimensões;
iv. Características:
 Tipo;
 Espaçamento;
 Revestimentos;
 Drenagem;
 Acessos;
 Guias de posicionamento;
 Iluminação interna.
v. Lavagem de Peças
vi. Lavagem de Chassis
vii. Lubrificação
viii. Funilaria e Pintura
ix. Banheiros
x. Vestiários
xi. Refeitórios.
f) Dos Pátios
 Dimensionamento da área;
 Área de Lavagem;
 Estacionamento;
 Pavimentação;
 Iluminação;
 Área do Tanque de Armazenagem de Combustível;
 Características do Tanque de Armazenagem;
 Banheiros para Pessoal da Operação.
g) Dos Equipamentos Fixos
 Bombas de Abastecimento;
 Máquinas para lavar (automática);
 Equipamentos de Filtragem de Diesel;
 Compressores de Ar;
 Exaustor.

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