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Sumário

4
Carta da Unica 10
Entrevista
UMA AGENDA
DE CONSENSO “O ETANOL É
Luis Roberto Pogetti UMA SOLUÇÃO
PARA O BRASIL”
Elizabeth Farina

6
Carta da MCI
ENGAJAMENTO ESTRATÉGICO
Juarez Carvalho e Juliano Lissoni

16
Reportagem
A ERA DA
BIOELETRICIDADE

8
Frases
PONTOS DE VISTA
SOBRE O SETOR

22
SUCROENERGÉTICO

Palestrantes
e Moderadores
PERSONALIDADES E ESPECIALISTAS
QUE FAZEM O ETHANOL SUMMIT

EDIÇÃO, PRODUÇÃO E ARTE REPORTAGEM


3CX Editorial & Comunicação Denise Dalla Colletta,
www.3cxeditorial.com Diogo Mesquita e Evelyn Nemer

DIRETOR REVISÃO
PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO Píndaro Camarinha Anselmo Cheré e
Luis Roberto Pogetti Valdinei Dias Batista
DIRETORA PRESIDENTE DIRETOR DE PRODUÇÃO
Elizabeth Farina Cesar Camarinha CAPA
Píndaro Camarinha e Hélio Siecola
ORGANIZAÇÃO – ETHANOL SUMMIT 2015 DIRETOR DE ARTE
MediaLink Comunicação Caio Camarinha TRADUÇÃO PARA INGLÊS
Diretor Executivo - Adhemar Altieri Brian Nicholson
PRODUÇÃO – ETHANOL SUMMIT 2015 DIRETOR EDITORIAL
MCI Group - Brasil Celso Masson JORNALISTA RESPONSÁVEL
Diretor Geral - Juliano Lissoni Celso Masson
Diretor de Eventos - Juarez Carvalho EDITORA EXECUTIVA DE ARTE (MTb. 68.904-SP)
Coordenação - Rebeca Dias Erika Campos
IMPRESSÃO E ACABAMENTO
FOTOS
DESIGN Stilgraf
Niels Andreas e Tadeu Fessel
Bruno Lodovichi, Hélio Siecola,
www.ethanolsummit.com.br José Maria Faustino (Editores assistentes) TIRAGEM
www.unica.com.br e Sylia Rehder (Designer) 3.300 exemplares

3
Carta da UNICA

UMA AGENDA
DE CONSENSO
A BUSCA DE UM AMBIENTE INSTITUCIONAL A exploração
MAIS PREVISÍVEL SERÁ SEGURAMENTE UMA de todo o
potencial do setor
DAS LINHAS CONDUTORAS DOS DEBATES sucroenergético
DURANTE O ETHANOL SUMMIT 2015 exige a construção
de regras estáveis,
Luis Roberto Pogetti, de horizonte
D I V U LG AÇ ÃO

Presidente do Conselho
Deliberativo, UNICA de longo prazo,
determinadas

O
setor sucroenergético no Bra- possam quantificar riscos e oportuni- Unidos e Europa. As três regiões, por políticas das inovações tecnológicas que ga-
sil tem experimentado o desa- dades do negócio. Assim, a discussão responsáveis por cerca de 90% do públicas, para que rantam os ganhos de produtividade
fio de gerenciar a maior crise
de sua história. Ainda em um
sobre um ambiente institucional mais
previsível será seguramente uma das
etanol combustível produzido e
consumido no mundo, tem sinali-
investidores possam e de novos produtos e usos advin-
dos da cana-de-açúcar. Referimo-nos
contexto adverso, com esforço redobrado, relevantes linhas condutoras dos deba- zado com temerárias mudanças nas quantificar riscos aqui ao etanol de segunda geração
conseguiu, no último triênio, ampliar em o
tes neste 5 Ethanol Summit. suas políticas de biocombustíveis, e oportunidades e aos ganhos decorrentes das novas
cerca de 20% a oferta de etanol ao mer-
cado consumidor. Este incremento de produção configu-
Outro importante prisma de discus-
são vem da observação de uma dicotomia que afeta o
gerando incerteza para os inves-
tidores e colocando em risco boa
do negócio tecnologias do campo, como a cana
transgênica, que poderão resultar
ra-se como contribuição expressiva para o abastecimento mundo dos combustíveis. De um lado, há um consenso parte dos esforços de ganhos am- em mais produtividade e melhor
do mercado brasileiro de combustíveis, para a balança sobre a premente necessidade de redução de consumo bientais obtidos até aqui. Contudo, competitividade. Também aposta-
de comércio do nosso País e para o meio ambiente, pois de combustíveis fósseis, que, segundo o World Energy presenciamos a formação de movimentos que buscam mos no avanço de tecnologias voltadas ao consumo dos
resultou, no período, em redução de cerca de 5 bilhões Council, já representam 63% de todas as emissões de organizar propostas de compromisso de redução de produtos da cana, como a aviação, que já inicia o uso
de litros de gasolina importada e mitigação de emissões CO2 no mundo. De outro lado, vivenciamos uma signi- carbono a serem levadas para a COP 21, em Paris, no do bioquerosene, e a uma nova geração de motores flex,
da ordem de 10 milhões de toneladas de CO2 equivalente. ficativa redução de preços internacionais do petróleo final do corrente ano. mais eficientes no uso do etanol.
Estes dados atestam o potencial da contribuição do e gás, o que tem criado motivação econômica para su- Neste contexto, o papel do etanol e da bioeletricidade Estamos seguros de que, assim como nas outras
etanol para a atividade econômica do nosso País e para portar a manutenção da participação desses combus- para a redução do aquecimento global, um dos maiores versões, este evento fornecerá um amplo espaço para
o clima do planeta. tíveis poluidores na matriz mundial de energia. Esta desafios deste novo século, deverá ser, também, um im- profícuos debates desta e de outras naturezas, voltados
A exploração desse potencial, contudo, exige a cons- situação cria uma significativa instabilidade nas regras portante foco dos debates neste seminário. para as energias renováveis, particularmente o etanol e
trução de regras estáveis, de horizonte de longo prazo, de- das principais regiões produtoras e consumidoras de Finalmente, entendemos que essas discussões não os produtos derivados da cana-de-açúcar. Sejam todos
terminadas por políticas públicas, para que investidores combustíveis renováveis, a exemplo do Brasil, Estados podem estar completas sem uma profunda avaliação bem-vindos ao Ethanol Summit 2015! ●

4 5
Carta da MCI

ENGAJAMENTO
ESTRATÉGICO
DISCUTIR O ETANOL É RELEVANTE PARA O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO BRASIL

D
iscutir o etanol é discutir o desenvolvimento sus- setores da economia. Procuramos melhorar a performance
tentável. Ainda mais em fóruns em que se debate de nossos clientes por meio de engajamento estratégico e
o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar, que ativação de audiências. Nossa metodologia é de trabalhar-
é sem dúvida a opção mais benéfica aos consumi- mos todos de maneira próxima e construtiva, de forma
dores e ao meio ambiente, não só pela redução de poluentes a identificar e executar oportunidades que gerem valor
de efeito local, mas também considerando a todos os envolvidos. Nossas equipes
que é um produto que se decompõe rapi- de operações e nossos líderes possuem
damente no ambiente.
Para a MCI, fazer parte da organização
Na MCI, grande experiência e histórico de sucesso
com empresas de diversos segmentos e
do Ethanol Summit junto à UNICA é mais acreditamos tamanhos. Nosso sucesso vem de uma
do que nosso trabalho. É também uma que, quando combinação de estratégia, excelência
demonstração tangível de nossos valores
organizacionais. A MCI Group, com sede
as pessoas operacional e alocação eficaz de recursos.
Na MCI, acreditamos que, quando as
em Genebra, na Suíça, foi a primeira em- se reúnem, pessoas se reúnem, a mágica acontece.
presa de eventos no mundo a se tornar a mágica Então juntar as pessoas por meio de
signatária do UN Global Compact. Somos,
por definição, parceiros de iniciativas que
acontece eventos e congressos inovadores, sejam
face-to-face, digitais ou híbridos, é nossa
fortaleçam a discussão nos níveis governa- maneira de ajudar empresas e associa-
mental, empresarial e associativo, de ações ções a engajarem seus públicos de forma
que promovam o desenvolvimento sustentável. estratégica e construírem comunidades.
Somos uma das maiores empresas de eventos no mundo, Para nós, é um momento de muita satisfação estarmos
com mais de 4,5 mil projetos por ano, nas dezenas de países junto à UNICA e a empresas que desenvolvem o etanol bra-
que atuamos. Com filiais na Europa, Américas, Ásia-Pací- sileiro, na realização do Ethanol Summit. Será, sem dúvida,
fico, Índia, Oriente Médio e África, a MCI tem contribuído um importante momento de discussão de um tema tão
como desenvolvimento econômico e social, por meio da relevante para o desenvolvimento econômico sustentável
organização de congressos e eventos dos mais diversos no Brasil. ●
F OTO S : D I V U LG AÇ ÃO

Juarez Carvalho Juliano Lissoni


DIRETOR DE CONGRESSOS D I R E TO R A D M I N I S T R AT I V O
MCI GROUP – BRASIL MCI GROUP – BRASIL

6
Frases “O setor tem pedido uma “O etanol
tem que
“O ETANOL TEM UMA “UM PAÍS política pública que
F OTO S : D I V U LG AÇ ÃO

ocupar
QUE TEM
IMPORTÂNCIA NA SOLO, ÁGUA envolva a bioeletricidade espaço
muito maior
ECONOMIA BRASILEIRA E SOL COMO e o etanol na matriz do que
O BRASIL,
PORQUE NÓS SOMOS NÃO TEM energética brasileira. A tem hoje. Podemos
nos tornar o primeiro
UM PAÍS QUE NÃO SÓ TEVE O COMO NÃO CRIAR bioeletricidade pode deixar produtor do mundo”
E APROVEITAR A
MAIOR AVANÇO NA ÁREA DE USO BIOMASSA. SERIA um projeto de açúcar ou etanol GUIDO MANTEGA, então ministro da

20% a 30% mais rentável”


Fazenda, durante entrevista coletiva
DESSE COMBUSTÍVEL, BASEADO UMA TOLICE em Brasília para anunciar medidas
do governo para a desoneração

NA CANA-DE-AÇÚCAR, COMO DESPERDIÇAR ISSO” NEWTON DUARTE, presidente da Cogen, publicada no CanalEnergia em 17/10/2014
do etanol, em 23/4/2013
MAURICIO TOLMASQUIM, presidente da

HÁ UM RECONHECIMENTO POR Empresa de Pesquisa Energética (EPE),


durante o seminário 1o de Abril de 2014:

VÁRIOS PAÍSES DO MUNDO” O Dia da Verdade Sobre a Bioeletricidade, “Não “Temos que dar capacidade de produção

DILMA ROUSSEFF, presidente da República, comentando o anúncio das


realizado na Câmara Federal, em Brasília
dá para e geração às usinas que estão hoje
desestimuladas pela ausência do preço.
medidas do governo de desoneração do etanol em Brasília, em 23/4/2013 competir Temos que dar compromisso de médio e de
com o longo prazo de preços mínimos, que resgate a
subsídio à
“O crescimento
futuro dos
“O caminho é a gasolina.
capacidade de produção”
AÉCIO NEVES, em entrevista concedida pelo senador e então candidato à

transportes bioeletricidade. Se São A longo prazo, essa Presidência pelo PSDB à agência de notícias Thomson Reuters, em 4/4/2014
política desestimula
no Brasil deve
ser baseado
Paulo é o maior produtor o plantio da cana “CONTINUO ACREDITANDO
no etanol, de cana do mundo, por que e volta a fazer do
Brasil um país QUE O MEDICAMENTO
mas quanto tempo levará não aproveitar esse potencial?”
para chegarmos lá, eu dependente quase NA VEIA DO SETOR É O
realmente não sei”
GERALDO ALCKMIN, governador do estado de São Paulo, sobre investimentos da
que exclusivamente CONSUMO DE HIDRATADO
do petróleo,
Cesp em bioeletricidade, durante evento realizado no Palácio dos Bandeirantes em

SUBIR FORTEMENTE, COM


3/2/2015, em que foram anunciadas medidas de apoio ao setor de açúcar e etanol
aumentando o
SOREN SCHRODER, CEO da Bunge e
participante da 18a Conferência Anual de
Agribusiness da Goldman Sachs, em
rombo da Petrobras, REMUNERAÇÃO ADEQUADA ÀS USINAS
Nova York, em 12/3/2014
“O maior exemplo de que a que já é grande”
agricultura paulista trabalha E, COM ISSO, ALTERAR O MIX PARA UMA
SAFRA ALCOOLEIRA, AFETANDO OS
EDIVALDO DEL GRANDE, presidente da
“Tão grave
em sintonia fina com o meio Organização das Cooperativas do Estado

PREÇOS DO AÇÚCAR FAVORAVELMENTE”


quanto o desvio de São Paulo (Ocesp), em nota divulgada
das políticas ambiente são a atuação pela Agência Estado, em 13/5/2014

macroeconômicas do setor sucroenergético MARCOS FAVA NEVES, professor titular de Planejamento Estratégico e
Cadeias Alimentares da FEA-RP/USP, na revista Opiniões, em 4/5/2015
saudáveis foi o
desmazelo nas
e as políticas estabelecidas pelo
políticas setoriais, governo paulista. Trata-se de um
do petróleo ao etanol, passando
pelo setor elétrico”
setor que representa 44% do valor “O FORMATO DO EDITAL TIRA A
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, bruto da agropecuária, sendo a COMPETITIVIDADE DAS EMPRESAS DO SETOR”
do artigo intitulado O Ponto a que
Chegamos, sobre a atual política maior atividade agrícola do estado” KÁTIA ABREU, ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em entrevista à Agência Estado, em
21/1/2014, a respeito do atual formato dos leilões de energia, que não atende à biomassa
econômica do Brasil, publicado no jornal ARNALDO JARDIM, deputado federal licenciado e atual secretário de
O Estado de S. Paulo, em 8/6/2015 Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, em 2/10/2014

8 9
Entrevista

“O ETANOL É
demanda. O setor hoje está amar- safra 2014/2015, a receita é menor,
gando uma crise que começou há em termos nominais, que a receita
cinco anos. Então estamos longe da da safra 2011/2012 – e certamente
nossa capacidade potencial de ofere- os custos não estão recuando. Há

UMA SOLUÇÃO
cer ao mundo apoio na área de ener- um problema de rentabilidade ope-
O Brasil
gia e alimentos em um ecossistema racional, mesmo sem considerar o
tem a maior
sustentável. O etanol é certamente custo do endividamento. O empre-
experiência
mundial de uma solução para o Brasil. É a maior sário quer enxergar retorno. Nesse

PARA O BRASIL”
substituição experiência mundial de substituição contexto, não há uma consolidação
de combustível de combustível fóssil por renovável. do setor que permita novos inves-
fóssil por Essa experiência pode ser exportada timentos. Para quem já está enfor-
renovável para outros países. Contudo, o eta- cado, não é possível sequer pensar
nol está longe de ser uma commodity na renovação do canavial. O enve-

ELIZABETH FARINA FALA DA IMPORTÂNCIA internacional. Mas pode vir a ser. E


o País pode contribuir com sua ex-
lhecimento das plantações impacta
negativamente na produtividade,

AMBIENTAL DOS BIOCOMBUSTÍVEIS E DE periência produtiva para ajudar o além de deixá-las mais suscetíveis

COMO RESGATAR A COMPETITIVIDADE DO


mundo a vencer o desafio do abas- às condições climáticas. Tivemos
tecimento de alimentos e de energia. quatro safras seguidas em que ou

SETOR SUCROENERGÉTICO
choveu demais ou choveu de menos,
Ethanol Summit – É possível imaginar o que agravou ainda mais a situação.
que uma nova onda de investimentos A política
ocorra nos próximos anos a fim de Ethanol Summit – Essa crise pode ser de preços
UNICA

ampliar a capacidade de produção atribuída a uma política pública equi- priorizou o


combustível
do setor sucroenergético no Brasil? vocada em relação a combustíveis e à
barato em vez

A
E.F. – O período de alto investi- energia elétrica?
de priorizar a
equivocada política de Ethanol Summit – O tema da mento no setor foi de 2003 até 2009, E.F. – A política de preços priorizou rentabilidade
preços dos combustíveis Expo-Milão 2015, o principal encontro quando a capacidade produtiva pra- o combustível barato em vez de da oferta com
e da energia é a principal de negócios do mundo, é “Alimentando As medidas ticamente dobrou. Nos últimos anos priorizar a rentabilidade da oferta ganhos de
causa da crise que estran- o mundo, energia para a vida”. Poderia adotadas pelo foram fechadas 80 usinas em todo com ganhos de produtividade que produtividade,
governo para que poderiam,
gula o setor sucroenergético bra- até servir de slogan para o setor su- o Brasil. Outras dez devem fechar poderiam, no futuro, baratear esse
melhorar as no futuro,
sileiro há cinco anos. A avaliação croenergético. De que forma a produ- ainda este ano. As medidas adota- combustível. Isso fragilizou brutal-
condições do baratear esse
é da economista Elizabeth Farina, ção de açúcar, etanol e bioeletricidade setor foram das pelo governo para melhorar as mente a Petrobras e afetou negativa- combustível
diretora-presidente da União da In- responde aos desafios econômicos e importantes condições do setor, como a volta par- mente o setor de etanol, que há cinco
dústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). ambientais do planeta e em especial e bem- cial da cobrança da Contribuição de anos enfrenta uma enorme crise.
Para ela, tornou-se imperativo re- do Brasil? vindas, mas Intervenção no Domínio Econômico Seja por um processo de estimular
tomar a ideia de que o principal atributo do etanol e da ELIZABETH FARINA – O setor sucroenergético brasi-
insuficientes (Cide, incidente sobre a gasolina) e o consumo, alinhando a política de
bioeletricidade é ambiental. Só uma estratégia consis- leiro tem recursos naturais, desenvolvimento tecnoló- o aumento da proporção de etanol preços da gasolina a outras medidas
tente de substituição de combustível fóssil por renová- gico e experiência suficientes para oferecer ao mundo na gasolina (para 27,5%), foram macroeconômicas, seja para contro-
vel possibilitaria garantir a competitividade do setor, a base de uma estratégia de produção de alimentos e de importantes e muito bem-vindas, lar a inflação, o fato é que houve um
ampliando sua capacidade produtiva, gerando emprego, energia – tanto em combustíveis renováveis quanto em mas insuficientes para virar o jogo. subsídio à gasolina – financiado com
revitalizando a economia das cidades e permitindo o cogeração de eletricidade a partir de biomassa. Mas isso O setor, na média, não está conse- o próprio cofre da Petrobras. Isso
desenvolvimento tecnológico capaz de tornar o etanol depende de incentivos ao setor privado que permitam guindo andar no azul. O resultado está na raiz profunda da crise que
ainda mais eficiente e barato no futuro. fazer os investimentos necessários para atender a essa operacional continua vermelho. Na o setor de etanol enfrenta.

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Entrevista
Ethanol Summit – Hoje o consumidor ambientais. É possível criar uma remu- Ethanol Summit – Como o setor está do carbono como por diferencial
se beneficia muito do preço do etanol, neração para essa vantagem social do se organizando para que os biocom- tributário. A Cide, que faz as vezes
que está custando na bomba menos etanol em relação à gasolina? bustíveis cumpram um papel signifi- desse diferencial, foi recuperada
de 70% da gasolina, seja pela volta E.F. – Os economistas chamam cativo na conferência COP 21, da ONU, parcialmente. Quando foi criada, re-
da Cide seja, no caso de Minas Gerais, isso de externalidades: são bene- marcada para Paris, no final deste ano, presentava 13,4% do valor de bomba
pela redução do ICMS. Esse aumento fícios externos ao bolso de quem que irá definir um novo acordo global da gasolina, o que contribuiu para
de demanda não favorece as usinas? paga e de quem recebe. A usina de combate às mudanças climáticas? estimular o investimento na produ-
E.F. – Na verdade, o resultado seria de cana-de-açúcar não é remune- E.F. – Nossa prioridade atual é reto- ção de etanol e dobrar a oferta desse
mais favorável se essa paridade fi- rada pelo benefício que gera para É importante mar a ideia de que o principal atri- combustível no mercado. Hoje a Cide
casse mais próxima dos 70%, que a sociedade. Por isso, o retorno que que o Brasil buto do etanol e da bioeletricidade é está em menos de um terço daquele
ainda beneficiam o consumidor e ge- ela recebe é mais baixo e faz um leve para a ambiental. Como trazer esse atributo percentual. Aumentá-la progressiva-
ram um preço potencial maior para investimento menor do que seria
A gasolina COP-21 a sua para o mundo econômico? Precifi- mente faz parte da nossa agenda para
A redução de gera perspectiva
preço gerou a usina. Esse é um setor competitivo, socialmente desejável. Encontrar
externalidades de redução
cando o carbono, ou seja, explicitando que haja um estímulo à recuperação
aumento de baseado na oferta e na demanda. mecanismos que corrijam essas fa- negativas: de emissões o custo ambiental dos combustíveis da rentabilidade do etanol.
demanda, A redução de preço na bomba gerou lhas de funcionamento do sistema poluição, decorrentes fósseis por meio de diferenciação
mas não se aumento de demanda, mas não se de preços é muito importante. Uma problemas de de uma maior tributária ou de outros mecanismos Ethanol Summit – Que outras de-
traduziu em saúde, emissão utilização de
traduziu em um resultado positivo maneira é o diferencial tributário. de compensação. É importante que mandas os produtores defendem
um resultado de gases de etanol e de
positivo entre entre receita e custo. Teria sido pior A gasolina gera externalidades nega- o Brasil leve para a COP 21 (a confe- junto ao governo federal e aos es-
efeito estufa. bioeletricidade
receita e custo sem esse aumento de demanda, mas tivas: poluição, problemas de saúde, rência do clima das Nações Unidas, tados para tornar o biocombustível
E isso também
ele é mais vantajoso para o consumi- emissão de gases de efeito estufa. em novembro e dezembro deste ano, mais competitivo?
não está sendo
dor que para quem produz. E isso também não está sendo co- cobrado. em Paris) a sua experiência em eta- E.F. – Faz parte da nossa agenda a
brado. Deveria haver um imposto Deveria nol e a sua perspectiva de redução de perspectiva de trazer para a gasolina
Ethanol Summit – O setor teria como para desestimular o consumo da haver um emissões decorrentes de uma maior a racionalidade de preço. Por cinco
estabelecer um preço financeira- gasolina, para que esse impacto ne- imposto para utilização de etanol e de bioeletrici- anos a Petrobras vendeu gasolina por
mente rentável? gativo fosse explícito. Taxar a gaso-
desestimular dade. Compor essa agenda da COP 21 um preço abaixo do que pagava no
o consumo
E.F. – O preço é resultado de uma di- lina é uma maneira de cobrar pelos Se passarmos é fundamental para a valorização e mercado externo, ou seja, perdeu mar-
nâmica de mercado. Há uma estru- danos causados com a utilização a participação remuneração de externalidades po- gem e capacidade de financiamento
tura pulverizada de oferta do etanol de combustíveis fósseis. Esse papel
do etanol na sitivas associadas ao meio ambiente. dos investimentos que ela é, inclusive,
matriz de O etanol
hidratado, com mais de 300 unidades, tem sido exercido no Brasil pela Cide, Fizemos uma avaliação da capacidade obrigada a fazer na condição de única
combustível hidratado
e a formação de preço é distribuída uma contribuição sobre a gasolina e para 30% de redução de gases de efeito estufa operadora do pré-sal. Outro ponto
será tão mais
por toda a cadeia produtiva: a usina o diesel que não é cobrado do etanol, (algo que já para 2030, que é o ano foco da COP importante da nossa agenda é que o
competitivo
vende para a distribuidora, onde o o que gera um diferencial tributá- tivemos em 21. Se passarmos a participação do etanol hidratado será tão mais compe- em relação
O setor 2009, então é
grau de concentração é muito maior, rio capaz de corrigir parcialmente
privado
etanol na matriz de combustível para titivo em relação à gasolina C quanto à gasolina C
e a distribuidora vende para os pos- essas externalidades e abre espaço absolutamente 30% (algo que já tivemos em 2009, en- mais eficiente forem os motores flex quanto mais
depende das factível), a
tos. Então, há concorrência entre usi- para uma maior competitividade do condições de tão é absolutamente factível), a redu- no uso de etanol. Essa relação de preço eficiente
redução de forem os
nas, entre distribuidoras e no varejo. etanol. Por isso a retomada da Cide, mercado e emissões será ção de emissões será de 600 bilhões em que o etanol precisa custar até 70%
de políticas motores flex
É muito difícil para o setor mudar que havia sido zerada, foi tão bem de 600 bilhões de toneladas de CO2. Isso equivale à da gasolina para que o consumidor se
essa dinâmica e manter o preço no recebida. O setor privado depende públicas de toneladas compensação das emissões de toda a beneficie poderia ser melhorada se os
teto de 70% da gasolina na bomba. das condições de mercado e de po-
que acenem de CO2 frota brasileira, incluindo caminhões, motores, em vez de uma perda de 30%
com uma
líticas públicas que permitam recu- por três anos. Levar esse compro- de energia, perdessem 20% com o eta-
perspectiva
Ethanol Summit – O que o consumidor perar sua rentabilidade e acenem de retorno dos misso brasileiro é importante – e isso nol. O desenvolvimento dos motores
paga pelo etanol não reflete os bene- com uma perspectiva de retorno dos investimentos pode ser decisivo para rentabilizar flex é muito importante para a compe-
fícios desse combustível em termos investimentos realizados. realizados a atividade, tanto por precificação titividade do etanol. Como o Brasil tem

12 13
Entrevista fmcagricola.com.br

um programa de incentivo à pesquisa para que elas passem a exportar tem


de tecnologia, que é o InovaAuto, é
importante que haja um decreto que
um custo maior, então é importante
que os leilões valorizem essa diferen-
Cana brasileira:
orgulho em produzir diversidade.
reconheça esse benefício. Também é ciação por fonte.
O ministro
das Minas
importante que haja incentivo para
e Energia,
que os carros híbridos sejam flex. Por Ethanol Summit – O que seria neces- Eduardo
último, eu diria que é importante o re- sário para que o etanol faça o Brasil Braga, fez uma
conhecimento e a valorização da bio- ser autossuficiente em combustíveis? apresentação
massa na produção de energia elétrica, E.F. – O ministro das Minas e Ener- no Congresso
com um redesenho dos leilões para o gia, Eduardo Braga, fez uma apre- Nacional,
afirmando
mercado regular. Isso está se configu- sentação no Congresso Nacional,
que em 2023
rando como um elemento da equação afirmando que 2023 o Brasil terá
o Brasil terá
de rentabilidade do setor sucroener- um déficit de combustível para a um déficit de
A energia de
biomassa é gético, cada vez mais. O Brasil precisa frota leve de 26 bilhões de litros. combustível
complementar de energia para crescer, precisa de Já existe no governo uma revisão para a frota
à hidrelétrica, energia renovável. E a energia de bio- para baixo dessa previsão, já que a leve de 26
pois sua maior massa é complementar à hidrelétrica, economia não deverá crescer nada
bilhões de
oferta se dá litros
pois sua maior oferta se dá justamente este ano. Ainda assim, o déficit po-
justamente
no período de seca, quando o nível derá ficar em 15 bilhões de litros.
no período de
seca, quando dos reservatórios está mais baixo. Dadas as condições de hoje, o etanol
o nível dos Além disso, estamos mais próximos não tem condições de suprir essa
reservatórios dos centros de demanda de energia demanda. Não há como responder
está mais do que as usinas eólicas, que exigem aumentando a produtividade nem
baixo novos investimentos em transmissão. com a expansão, assim como a Pe-
trobras não conseguirá aumentar
Ethanol Summit – Por que as regras a produção nas suas refinarias. Se
dos leilões ainda não são favoráveis for adotada uma política pública,
à bioeletricidade? que garanta rentabilidade, a gente
Isso mostra a
E.F. – Elas têm melhorado. Depois pode suprir uma parcela maior. Foi a
urgência da
de muito conversar com o governo, primeira vez que houve o reconheci- adoção de uma
eles criaram uma diferenciação mento desse problema. Levar isso a política que
entre o produto térmico – a diesel, público já é importante. Isso mostra rentabilize o
gás ou biomassa – e já começou-se a urgência da adoção de uma política setor de etanol
a fazer leilões por fonte, trazendo que rentabilize o setor de etanol e
e faça com
que a oferta
as externalidades positivas para a faça com que a oferta aumente, ge- O setor sucroenergético brasileiro é motivo de orgulho para o país e exemplo
aumente,
precificação. Então há um avanço, rando emprego e reavivando vários gerando em todo o mundo. É símbolo de tecnologia e desenvolvimento, que gera riqueza,
mas continua na nossa agenda para municípios na área em que é per- emprego e
que possamos ampliar o número de mitido produzir cana-de-açúcar, de reavivando dá empregos e coloca o Brasil em destaque entre as maiores potências.
usinas que participam da cogeração acordo com o zoneamento agroe- vários Com a cana, a cada dia estamos mais fortes.
e exportação de energia para a rede. cológico. A economia dos municí- municípios
/fmcagricola /FmcAgricolaBrasil /fmcagricola /fmcagricola
Hoje, apenas 40% das usinas produz pios seria revitalizada com a maior
bioletricidade. Outras 60% precisa- oferta de combustível – além da
riam passar por reformas. O retrofit questão ambiental. ●
/fmcagricola /FmcAgricolaBrasil /fmcagricola /fmcagricola

14 15
Reportagem

A ERA DA D
esde o início de 2015, quando a Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ado-

BIOELETRICIDADE
tou o sistema de bandeiras para a tarifação
de energia elétrica no País, elas têm sido
vermelhas, sinalizando o alto custo da geração da
eletricidade para atender ao mercado consumidor
de energia elétrica. Na bandeira vermelha, a conta

ENERGIA ELÉTRICA DE BIOMASSA de energia elétrica sofre um acréscimo de R$ 5,50

DE CANA-DE-AÇÚCAR EXPORTADA
para cada 100 kWh consumidos, indicando que o
custo de geração de energia está elevado, por conta

PARA O SISTEMA INTERLIGADO


do acionamento de termelétricas para poupar água
nos reservatórios. A boa notícia é que, nos canaviais

NACIONAL PODERIA SER SEIS VEZES


existentes hoje, reside um potencial de oferta de
energia elétrica pelo setor sucroenergético para o

MAIOR QUE A ATUAL Sistema Interligado Nacional (SIN) seis vezes maior
do que foi exportado em 2014, e que pode ser apro-
veitado para mitigar situações adversas de oferta
hídrica como a que temos vivenciado recentemente.
“O preço da energia na bandeira vermelha mostra
a importância de tentarmos inserir na matriz elé-
trica cada vez mais fontes que possam dar garantias
de suprimento, poupando água nos reservatórios e,
ao mesmo tempo, não onerando tanto o consumidor
final”, afirma Zilmar de Souza, gerente de Bioele-
tricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar
(UNICA) e professor da Fundação Getulio Vargas
(FGV/SP). Segundo o especialista, “a bioeletricidade
da cana tem mostrado que pode ser uma das solu-
ções rápidas do lado da oferta em cenário de crise
hídrica, estimulando a geração na safra e na entres-
safra, com o aproveitamento tanto do bagaço e da
palha quanto de biomassas complementares, como
o cavaco de madeira”. “Em 2014, o setor sucroener-
gético ofertou para o SIN um total de 19,4 mil GWh.
Mas podemos ir além. Com o pleno uso energético
da biomassa da cana, o potencial técnico dessa fonte
poderia chegar a 177 mil GWh até 2023, ofertados
T H I N K STO C K P H OTO S

para a rede elétrica, o que corresponderia à energia


produzida por duas usinas hidrelétricas do porte de
Itaipu”, avalia Elizabeth Farina, presidente da UNICA.

16 17
F OTO S : D I V U L G AÇ ÃO
Reportagem
OS IMPACTOS DA CRISE HÍDRICA

“A bioeletricidade a partir da
biomassa da cana pode,
mediante políticas adequadas para
mantido na casa dos 13 mil GWh nos
últimos três anos. “Apenas em 2014,
a energia de biomassa garantiu uma
aspectos da atual crise hídrica que
o Brasil enfrenta. A falta de chuvas
afeta muito mais as atividades que
a matriz elétrica brasileira, contribuir economia de 14% dos reservatórios dependem de água na estiagem e
muito para a diminuição dos efeitos hidrelétricos das regiões Sudeste é agravada pela falta de reserva, ou
de uma crise hídrica, como a que e Centro-Oeste, responsável por seja, quando os reservatórios chegam
estamos observando recentemente, 60% do consumo brasileiro”, diz ao nível abaixo da segurança hídrica.
sobretudo devido à sua produção André Elia Neto. Também em 2014, Nesse contexto, a população
ocorrer exatamente nos períodos de foram produzidos 20,815 mil GWh urbana em geral e as indústrias
estiagem”, afirma André Elia Neto, de energia elétrica provenientes instaladas nas cidades com queda
consultor Ambiental e de Recurso da bioeletricidade (incluindo todo no abastecimento têm maior
Hídrico da UNICA. tipo de biomassa), 21% acima do dependência do fornecimento de
O setor sucroenergético já supre realizado em 2013. “Essa quantidade água. “Na agricultura, que depende
uma parte significativa da energia seria capaz de abastecer 11 milhões da estiagem para a maturação e
Plantação de cana-de-açúcar, de onde sai a matéria-prima para o etanol e os subprodutos usados na geração de bioeletricidade elétrica pela cogeração com o bagaço de residências ou equivalente a 52% colheita dos produtos, como é o caso
e a palha da cana. Além da oferta da energia que será produzida por da produção canavieira, pode se dizer
de eletricidade para o Sistema Belo Monte, a partir de 2019”, garante que bastam as chuvas médias para
A bioeletricidade sucroenergética em 2014, evitou a emissão de 8,3 mi- Nacional Integrado (SIN), a energia o consultor da UNICA. A elevação recompor a umidade do solo e se
já tem ajudado a baratear o custo da lhões de toneladas de gás carbônico destinada ao autoconsumo das do custo da energia elétrica para os ter um balanço hídrico condizente”,
energia elétrica no País. Em 2014, a (CO2). Para se conseguir o equiva- usinas de açúcar e etanol tem se brasileiros, porém, é apenas um dos afirma André Elia Neto.
geração do setor para a rede signifi- lente por meio de árvores nativas, se-
cou mais de 4% do consumo total de ria preciso plantar quase 60 milhões
energia elétrica do Brasil, atendendo ao longo de 20 anos. Além do mais,
a 15% do consumo residencial. “Além sem essa oferta de energia em 2014
disso, a energia da cana ofertada para a rede, a matriz de emissões de “Em 2014, a energia
para a rede, predominantemente no gases do efeito estufa, do lado do se-
período seco, foi equivalente a termos tor elétrico, teria sido 18% superior.
de biomassa garantiu
poupado 13% da água nos reservató- No fim deste ano, durante a Confe- uma economia de 14%
rios das hidrelétricas do submercado rência das Partes (COP-21), em Paris, dos reservatórios
elétrico Sudeste/Centro-Oeste, princi- representantes das Nações Unidas,
pal do País, responsável por 60% do cientistas e líderes governamentais
hidrelétricos das
consumo de eletricidade. Quando se estarão discutindo como lidar com regiões Sudeste e
inclui as demais biomassas, além da as mudanças climáticas. Diante desse Centro-Oeste”, afirma
cana, poupamos 14% da água nesses desafio de reduzir emissões, “a bioele-
reservatórios”, diz Zilmar de Souza. tricidade sucroenergética mostra ao
André Elia Neto
Energia renovável e sustentável, de mundo, na prática, como contribuir
reduzido impacto ambiental, a bioele- para garantir o suprimento energé-
tricidade tem a vantagem adicional de tico com sustentabilidade a um país
contribuir para a redução de gases do continental como é o Brasil”, sustenta
efeito estufa. Estima-se que a oferta Zilmar. A bioeletricidade da cana é
de bioeletricidade da cana para a rede, a terceira fonte mais importante da Reservatório abaixo do nível de segurança hídrica: a falta de chuvas compromete a capacidade de geração das usinas hidrelétricas

18 19
Reportagem
matriz de energia elétrica do Brasil é a principal porta de entrada para
O PIONEIRO SELO
em termos de capacidade instalada, a bioeletricidade, por oferecer con-
ENERGIA VERDE
atingindo o marco de 10 mil MW em tratos de longo prazo, baixo risco de
potência efetivamente.
Fiscalizada pela Agência Nacio-
nal de Energia Elétrica (Aneel), atrás
crédito e receita indexada.
Em 2008, quando o cenário para
o setor sucroenergético era mais
E m 26 de janeiro de 2015, a
União da Indústria de Cana-
de-Açúcar (UNICA) e a Câmara de
apenas das fontes hídrica e de gás promissor, a bioeletricidade chegou Comercialização de Energia Elétrica
natural, quase 2,5 vezes superior à a comercializar mais de 30 projetos (CCEE) lançaram o Programa de
“A bioeletricidade capacidade instalada pelas termelé- em um único leilão. Depois desse pe- Certificação da Bioeletricidade. O
sucroenergética tricas à base de óleo combustível e ríodo, a falta de uma política clara Selo Energia Verde é concedido

mostra ao mundo, diesel, a geração de bioeletricidade do papel da bioeletricidade e do eta- a consumidores de energia
é aproximadamente três vezes a do nol na matriz de energia do Brasil, no Ambiente de Contratação
na prática, como parque gerador à base de carvão mi- a bioeletricidade foi reduzindo sua Livre, quando pelo menos 20%
contribuir neral. A oferta de bioeletricidade para participação nos leilões regulados. da eletricidade consumida tem

para garantir a rede teve um impulso importante “Ainda permanecemos concorrendo origem na produção sustentável
com o modelo de contratação instau- com carvão e gás sem considerar a da bioeletricidade sucroenergética
o suprimento rado a partir de 2005, com a criação questão das emissões na formação por usinas também certificadas.
energético com dos ambientes de contratação regu- do preço teto nos leilões, sem obser- Para obter a certificação, as usinas
Usina de bioenergia em atividade: redução nas emissões de gases geradores de efeito estufa
sustentabilidade”, lada e livre (veja a evolução da oferta var adequadamente também outras produtoras de bioeletricidade
no gráfico). No ambiente de contra- externalidades da bioeletricidade (ge- devem ser associadas à UNICA
afirma Zilmar tação regulada passaram a ocorrer ração próxima à carga, evitando per- e participar do Protocolo
de Souza os leilões federais – ainda hoje essa das e investimentos em transmissão Agroambiental do Estado de São forte e complementariedade com produzida a partir da cana-de-açú-
Paulo ou o equivalente quando se hídricas, baixo impacto ambiental car. Atualmente, o total de energia
tratar de usinas em outros estados. etc.), mas reconhecemos que ocor- que será fornecida em 2015 para o
EVOLUÇÃO DA GERAÇÃO (TWH) DA BIOELETRICIDADE DA CANA O Selo Energia Verde já reram alguns avanços a partir de SIN pelas usinas detentoras do Selo
foi entregue a 43 usinas de 2013”, afirma Zilmar, para quem o Energia Verde é equivalente a abaste-
bioeletricidade e a cinco momento atual exige uma definição cer 3,5 milhões de residências o ano
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
consumidores livres, que somam do papel de longo prazo da bioeletri- inteiro, evitando a emissão de quase
20
o equivalente ao abastecimento cidade na matriz energética do Brasil. três toneladas de CO2. Para atingir a
18
de 3,5 milhões de residências, “É uma condição necessária para o mesma economia desse gás ao longo
16
reduzindo a emissão de CO2 em maior aproveitamento do potencial de 20 anos, seria preciso plantar 17
14 quase três milhões de toneladas. do setor sucroenergético, evitando-se milhões de árvores nativas.
12 Para Zilmar de Souza, da UNICA, a descontinuidade que verificamos Para que todo esse potencial da
o Programa de Certificação da na contratação e ritmo de inserção bioeletricidade, tanto econômico
10
Bioeletricidade, primeiro do mundo da fonte de biomassa na matriz de quanto ambiental, saia do papel
8
focado em biomassa da cana, energia elétrica.” efetivamente, de forma contínua e
6
contribui para o desenvolvimento Um fator para o avanço da oferta consolidada, o marco institucional
4 dessa fonte renovável e sustentável de bioeletricidade foi a criação do para o setor sucroenergético deve
2 de eletricidade. Selo Energia Verde. Lançado em 26 conter um ordenamento regulató-
de janeiro deste ano pela UNICA, rio de longo prazo que reconheça os
0
6,6 1,1 7, 2 1,3 7, 9 3,2 7, 7 4 ,4 8,2 5,9 1 3, 6 8,8 12,3 9,9 1 3, 0 1 2 ,1 1 3, 9 1 6 , 0 1 3, 2 19,4 em cooperação com a Câmara de benefícios da bioeletricidade e que
Comercialização de Energia Elétrica garanta um ambiente econômico
Consumo próprio (CCEE), a certificação é a primeira no estável, seguro e estimulante para
Venda ao mercado externo Fonte: UNICA, a partir de MME e CCEE (2015) Brasil focada estritamente na energia os empreendedores.  ●

20 21
Palestrantes

QUEM
É QUEM Alan Bojanic
Representante no Brasil da
Organização das Nações
Unidas para a Alimentação
e a Agricultura - FAO
André Rocha
Presidente do Fórum
Nacional Sucroenergético

CERIMÔNIA

PALESTRANTES,
DE ENCERRAMENTO
(representando o Diretor-
Geral da FAO, José Graziano) 0 7/ 0 7 – T A R D E

MODERADORES E
CERIMÔNIA
DE ABERTURA Aldemir Bendine
Presidente, Petrobras
0 6/0 7 – TA R D E

CONVIDADOS DO MAIOR
CERIMÔNIA
DE ABERTURA
0 6/0 7 – TA R D E

ENCONTRO MUNDIAL PA L E S T R A
0 6/0 7 – TA R D E

DEDICADO AO ETANOL PLENÁRIA 1


0 6/0 7 – TA R D E

R
ealizado a cada dois anos Brasil e do exterior. A edição 2015 do
desde 2007, quando foi lan- Ethanol Summit é organizada para
çado pela União da Indústria a UNICA pela MCI, uma das maiores
de Cana-de-Açúcar (UNICA), empresas de congressos do mundo,
o Ethanol Summit é um dos princi- com sede na Suíça e presente em 57
pais eventos do mundo sobre ener- cidades de 30 países.
gias renováveis, com destaque para As páginas a seguir trazem a lista Alan Hiltner Antonio Carlos Zem
o papel do etanol e demais produtos completa dos palestrantes e mode- Vice-Presidente Presidente para a
Executivo, GranBio América Latina, FMC
derivados da cana-de-açúcar no âm- radores. A organização do Ethanol
PA I N E L 4 PLENÁRIA 3
bito da sustentabilidade. Summit 2015 conta ainda com a par- 0 7/ 0 7 – M A N H Ã 0 7/ 0 7 – M A N H Ã
O encontro reúne empresários, ticipação da MediaLink Projetos em
autoridades de diversos níveis gover- Comunicação, do jornalista Adhemar André Nassar
namentais, pesquisadores, investido- Altieri, organizador das edições de Secretário de Políticas
Agrícolas, MAPA
res, fornecedores e acadêmicos do 2009, 2011 e 2013 do evento. ●
PA I N E L 9
0 7/ 0 7 – T A R D E

22 23
Palestrantes

Antônio Delfim Netto Cézar Faiad Neto Cristina Maria do Emerson George
Ex-Ministro da Fazenda Superintendente de Amaral Azevedo de Vasconcellos
e do Planejamento Negócios, Açúcar, Etanol Secretária Adjunta do Meio Presidente, Novozymes
e Energia, Dedini Ambiente de São Paulo América Latina
PLENÁRIA 3
0 7/ 0 7 – M A N H Ã PA I N E L 2 PA I N E L 8 PA I N E L 2
0 7/ 0 7 – M A N H Ã 0 7/ 0 7 – T A R D E 0 7/ 0 7 – M A N H Ã

Beto Richa Eduardo Braga


Governador do Paraná Ministro das Minas
e Energia
PLENÁRIA 4
0 7/ 0 7 – T A R D E CERIMÔNIA
DE ABERTURA
0 6/0 7 – TA R D E
PLENÁRIA 2
0 6/0 7 – TA R D E

Arnaldo Jardim Conrad Burke Daniel Bachner Franck Turkovics


Secretário da Agricultura de Diretor de Marketing Global Diretor Global para Responsável, Inovação
São Paulo (representando para Biocombustíveis Cana-de-Açúcar, Syngenta de Powertrain, Grupo PSA
o Governador de São Avançados, DuPont Brasil (Peugeot-Citroen)
PA I N E L 3
Paulo, Geraldo Alckmin)
PA I N E L 4 0 7/ 0 7 – M A N H Ã PA I N E L 6
CERIMÔNIA 0 7/ 0 7 – M A N H Ã 0 7/ 0 7 – T A R D E
DE ABERTURA
0 6/0 7 – TA R D E Carlos Alberto de Elizabeth Farina
CERIMÔNIA DE Oliveira Roxo Diretora Presidente, UNICA
ENCERRAMENTO Membro do Comitede
CERIMÔNIA
Sustentabilidade do
0 7/ 0 7 – T A R D E DE ABERTURA
Conselho, Fibria
0 6/0 7 – TA R D E
PLENÁRIA 2
PLENÁRIA 1
0 6/0 7 – TA R D E
0 6/0 7 – TA R D E
CERIMÔNIA
DE ENCERRAMENTO
0 7/ 0 7 – T A R D E

24 25
Palestrantes

Francisco Nigro Gustavo Leite Henry Joseph Jr João Carlos de


Professor, Departamento Presidente, Centro de Vice-Presidente, Anfavea Souza Meirelles
de Engenharia Mecânica Tecnologia Canavieira Secretário de Energia
PA I N E L 6
da POLI/USP de São Paulo
PA I N E L 4 0 7/ 0 7 – T A R D E
PA I N E L 6 0 7/ 0 7 – M A N H Ã PA I N E L 1
0 7/ 0 7 – T A R D E 0 7/ 0 7 – M A N H Ã

Giovana Araujo Isaías Macedo


Analista, Agronegócio – Itaú Pesquisador, UNICAMP
BBA (Estudo Impactos
PA I N E L 8
Financeiros)
0 7/ 0 7 – T A R D E
PA I N E L 9
0 7/ 0 7 – T A R D E

Geraldo Alckmin Helder Luiz Goslin Ildo Sauer John Melo


Governador de São Paulo Diretor, Grupo São Martinho Diretor, Instituto de Energia CEO, Amyris
e Ambiente - IEE/USP
PLENÁRIA 4 PA I N E L 5 PA I N E L 2
0 7/ 0 7 – T A R D E 0 7/ 0 7 – M A N H Ã PLENÁRIA 1 0 7/ 0 7 – M A N H Ã
0 6/0 7 – TA R D E

Guilherme Belardo Ismael Perina


Gerente de Presidente, Câmara Setorial
Desenvolvimento de do Açúcar e do Álcool
Produto para Cana-de-
PLENÁRIA 3
Açúcar, CNH LatAm
0 7/ 0 7 – M A N H Ã
PA I N E L 1 0
0 7/ 0 7 – T A R D E

26 27
Palestrantes

José Bressiani Kátia Abreu Luis Roberto Pogetti Manoel Regis Lima
Diretor Agrícola, GranBio Ministra da Agricultura Presidente do Conselho Verde Leal
Deliberativo, UNICA Diretor de Sustentabilidade,
PA I N E L 1 0 CERIMÔNIA
Laboratório Nacional
0 7/ 0 7 – T A R D E DE ABERTURA CERIMÔNIA
de Ciência e Tecnologia
0 6/0 7 – TA R D E DE ABERTURA
de Bioetanol - CTBE
0 6/0 7 – TA R D E
PA I N E L 8
PLENÁRIA 3
José Roberto Affonso Luiz Louzano 0 7/ 0 7 – T A R D E
0 7/ 0 7 – M A N H Ã
Consultor e Diretor de Biotecnologia
Pesquisador, FGV para a América Latina, BASF

PA I N E L 9 PA I N E L 3
0 7/ 0 7 – T A R D E 0 7/ 0 7 – M A N H Ã

José Carlos de Ladislau Martin Neto Luiz Horta Nogueira Marcelo Moreira
Miranda Farias Diretor Executivo Pesquisador, Unicamp Pesquisador Senior,
Diretor-Presidente, CHESF de Pesquisa e Agroícone
PA I N E L 7
Desenvolvimento, Embrapa
PA I N E L 1 0 7/ 0 7 – T A R D E PA I N E L 7
PA I N E L 3 0 7/ 0 7 – T A R D E
0 7/ 0 7 – M A N H Ã
0 7/ 0 7 – M A N H Ã

Julio César Maciel Magda Chambriard


Raimundo Diretora-Geral, Agência
Diretor, BNDES Nacional de Petróleo - ANP

CERIMÔNIA PLENÁRIA 1
DE ABERTURA 0 6/0 7 – TA R D E
0 6/0 7 – TA R D E

28 29
Palestrantes

Marcelo Vieira Michel Santos Otavio Okano Ricardo Abreu


Conselheiro, Adecoagro Presidente do Presidente, Cetesb Diretor, Mahle Brasil
Conselho, Bonsucro
PLENÁRIA 2 PA I N E L 8 PA I N E L 6
0 6/0 7 – TA R D E PA I N E L 8 0 7/ 0 7 – T A R D E 0 7/ 0 7 – T A R D E
0 7/ 0 7 – T A R D E

Marcos Landell Rachel Biderman


Diretor, Instituto Diretora para o Brasil, World
Agronômico de Resources Institute - WRI/
Campinas - IAC Coalizão Brasil

PA I N E L 3 PLENÁRIA 2
0 7/ 0 7 – M A N H Ã 0 6/0 7 – TA R D E

Onofre Andrade Pedro Mizutani


Coordenador de Pesquisa Vice-Presidente
para Biocombustíveis Executivo, Raízen
de Aviação, Boeing
PLENÁRIA 3
PA I N E L 7 0 7/ 0 7 – M A N H Ã
0 7/ 0 7 – T A R D E
PA I N E L 4
0 7/ 0 7 – M A N H Ã
Markus Rarbach René de Assis Sordi
Diretor de Biocombustíveis Assessor de Tecnologia
e Derivados, Clariant Agronômica, Grupo
São Martinho
PA I N E L 4
0 7/ 0 7 – M A N H Ã PA I N E L 1 0
0 7/ 0 7 – T A R D E

30 31
SEUS
Palestrantes

VALORES
NOSSA
Ricardo Baitelo Rodrigo Lima
Coordenador de Clima e Gerente Geral, Agroícone
Energia, Greenpeace Brasil
PLENÁRIA 2
PA I N E L 1 0 6/0 7 – TA R D E
0 7/ 0 7 – M A N H Ã

Ricardo Nery
Gerente de Supply
Chain de Químicos

MISSÃO
Renováveis, Braskem

PA I N E L 2
0 7/ 0 7 – M A N H Ã

Rodrigo Rodrigues
Vinchi
Gerente Corporativo
de Desenvolvimento
Agrícola, Raízen

PA I N E L 1 0 Editorial Design Conteúdo Trade MKT Eventos


0 7/ 0 7 – T A R D E
Robert Wright
Secretário Geral, ePure

PLENÁRIA 1 A 3CX é uma agência de comunicação criada há 15 anos


0 6/0 7 – TA R D E
para desenvolver produtos editoriais e de design.
São nossos clientes Atlas Schindler, Bradesco, Casa Cor,
Centro Empresarial de São Paulo e Grupo Doria (revistas
Arena, Caviar, Empresarial, Fórum & Negócios, Gabriel, LIDE,
Sustentabilidade e Varejo, entre outras). Para a União da
Indústria da Cana-de-Açúcar, UNICA, produzimos a revista
Ethanol Summit desde 2009. www.3cxeditorial.com
32
Palestrantes Moderadores

Rui Altieri Silva Walfredo Linhares Alfred Szwarc Eduardo Leão de Sousa
Presidente do Conselho CEO, Solazyme Brasil Consultor, Tecnologia Diretor Executivo, UNICA
de Administração, CCEE e Emissões, UNICA
PA I N E L 2 PA I N E L 9
PA I N E L 1 0 7/ 0 7 – M A N H Ã PA I N E L 6 0 7/ 0 7 – T A R D E
0 7/ 0 7 – M A N H Ã 0 7/ 0 7 – T A R D E

Silvio Munhoz Carlos Eduardo


Diretor de Ônibus, Cavalcanti
Scania Brasil Chefe do Departamento de
Biocombustíveis, BNDES
PA I N E L 6
0 7/ 0 7 – T A R D E PA I N E L 4
0 7/ 0 7 – M A N H Ã

Sérgio Souza William Burnquist Arthur Yabe Milanez Hermann Paulo


Coordenador da Frente Diretor de Negócios e Gerente de Hoffmann
Parlamentar do Setor Melhoramento Genético, CTC Biocombustíveis, BNDES Coordenador do
Sucroenergético Programa Melhoramento
PA I N E L 3 PA I N E L 1 0
da Cana, UFSCar
CERIMÔNIA DE 0 7/ 0 7 – M A N H Ã 0 7/ 0 7 – T A R D E
ENCERRAMENTO PA I N E L 3
0 7/ 0 7 – T A R D E 0 7/ 0 7 – M A N H Ã
Simon Usher Duarte Nogueira
CEO, Bonsucro Secretário dos Transportes
de São Paulo
PA I N E L 8
0 7/ 0 7 – T A R D E PA I N E L 5
0 7/ 0 7 – M A N H Ã

34 35
Moderadores

Leticia Philips Xico Graziano


Representante para a Ex-Secretário do
América do Norte, UNICA Meio-Ambiente
de São Paulo
PA I N E L 2
0 7/ 0 7 – M A N H Ã PA I N E L 8
0 7/ 0 7 – T A R D E

Luiz Augusto
Barbosa Cortez
Pesquisador
Unicamp/Fapesp

PA I N E L 7
0 7/ 0 7 – T A R D E

William Waack
Âncora

PLENÁRIAS E
CERIMÔNIAS

Newton Duarte
Presidente Executivo, COGEN

PA I N E L 1
0 7/ 0 7 – M A N H Ã

36
Empresas Associadas

ADECOAGRO Furlan ODEBRECHT DIRETORIA


Angélica Agroenergia
●●
Avaré
●●
AGROINDUSTRIAL
Monte Alegre
●●
Furlan
●●
Alcídia
●● Elizabeth Farina
Nova Ivinhema Alto Taquari Diretora Presidente
Ipiranga
●● ●●

Descalvado Conquista do Pontal


●●

ÁGUA BONITA Antonio de Padua Rodrigues


●●

Iacanga Costa Rica


●●

Diretor Técnico
●●

Mococa Eldorado
●●

ALTA MOGIANA S.A.


●●

Morro Vermelho
●●

Pedra Agroindustrial Eduardo Leão de Sousa


ALTO ALEGRE Perolândia
●●

Da Pedra – Buriti Diretor Executivo


Unidade Floresta
●●
●●
Rio Claro
●●

Da Pedra – Ibirá
●●
Santa Luzia
●●

BAZAN Da Pedra – Ipê


●●

CONSULTORES
Bazan
●● Da Pedra – Serrana
●● RAÍZEN
Bela Vista Araraquara
●●

Alfred Szwarc
Pitangueiras
●●

Benálcool
●●

Consultor de Emissões e Tecnologia


BIOSEV Santa Adélia Bom Retiro
●●

Continental
●●
Jaboticabal
●● Bonfim
●●
André Elia Neto
Cresciumal
●●
Pereira Barreto
●●
Caarapó
●●
Consultor Ambiental e de
Jaboticabal
●●
Pioneiros
●●
Centroeste
●●
Recursos Hídricos
Jardest Costa Pinto
Santa Lúcia
●● ●●

Lagoa da Prata
●●
Destivale
●●
José Félix Silva Júnior
Maracaju
●●
Santa Maria J.Pilon Diamante
●●
Consultor de Qualidade
Morro Agudo
●●
Dois Córregos e Especificação
São José da Estiva
●●

Passa Tempo
●●
Gasa
●●

Rio Brilhante
●●
São Luiz Ibaté
●●
Zilmar de Souza
Santa Elisa
●●
Ipaussu Gerente de Bioeletricidade
São Manoel
●●

Vale do Rosário
●●
Junqueira
●●

Umoe Bioenergy Maracaí


●●

BUNGE Umoe Bioenergy II


●●
Matriz
●● INTERNACIONAL
Frutal
●●

Mundial
Viralcool
●●

Guariroba
●●

Paraguaçu Géraldine Kutas


Santa Inês
●●

Itapagipe Assessora Sênior da Presidência


●●

Rafard
●●

Viralcool I
●●

Moema para Assuntos Internacionais


●●

Santa Helena
●●

Viralcool II
●●

Monteverde
●●

São Francisco
●●
●●

Ouroeste
●●
Zilor Tamoio
●●
Leticia Phillips
Pedro Afonso Barra Grande Representante para América
Tarumã
●●
●●
●●

Santa Juliana Quatá do Norte


Univalem
●●
●●
●●

São José
●●

CEAA - ADM
RENUKA
DELLA COLETTA Renuka
CERRADINHO
●●

BIOENERGIA Revati JULHO DE 2015


Porto das Águas
●●
●●

ESTER RIO PARDO


COLOMBO
Albertina
●●
GUARANI RIO VERMELHO
Colombo
●●
Andrade
●●
AÇÚCAR E
Palestina
●●

Cruz Alta
●●
ÁLCOOL S/A
COPERSUCAR Mandu
●●

São José
●●
SANTA CRUZ
Balbo
Severínia SANTA ROSA
Santo Antônio
●●
●●

São Francisco
●●
Tanabi
●●

Vertente
●●
SÃO FERNANDO
Batatais AÇÚCAR E ÁLCOOL
Batatais
●●
NARDINI
Lins
●●
SÃO MARTINHO
NG BIOENERGIA S/A São Martinho
Cocal
●●

Catanduva Boa Vista


Narandiba
●● ●●

Meridiano
●●

Iracema
Paraguaçu Paulista
●● ●●

Potirendaba
●●
●●

Ferrari Sebastianópolis
●●
USJ – SÃO JOÃO ARARAS

37

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