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PROPOSTA DE REDAÇÃO

CRÔNICA FANTÁSTICA
 
A proposta abaixo é uma releitura de um conto fantástico, Flor, telefone, moça, do
escritor mineiro Carlos Drummond de Andrade. 

Releitura é a apropriação de uma referência artística ou literária, com um determinado


propósito: recriar, reconstruir, a fim de que a reconstrução, logicamente, dialogue com a peça-
referência. 
Releitura é um texto “espelhado”. E não se pode negar: o recriar exige sensibilidade,
técnica e muita criatividade! 

Crônica fantástica
Crônica é uma história curta. Quase sempre há uma única personagem, em situações
rápidas. Se houver mais de uma personagem, uma há de ser a protagonista (personagem principal)
e as outras serão as secundárias – personagens de menor importância na história, as quais agem
apenas para contribuir ou interferir nas ações da protagonista. Fantástica é a história que traz
tanto personagens (ou cenas) naturais quanto sobrenaturais, como comer uma fatia da lua ou
eleger uma aranha para prefeito da cidade ou transformar um boneco em um menino de verdade
(Pinóquio). 

Flor, telefone, moça conta a história de uma moça que morava perto do cemitério e
que, por vezes, passeava por entre as sepulturas. Um dia ela viu uma flor amarela plantada numa
sepultura; a moça apanhou a flor e, em seguida, jogou-a fora. A partir desse fato, a moça começou
a receber telefonemas: Quede a flor que você tirou de minha sepultura? Foram muitos
telefonemas, a “voz” só falava quando a moça atendia ao telefone. A moça, primeiro, ficou irritada
– pensava ser um trote; depois, noite de insônia; a seguir, o pai e o irmão dela passaram a vigiar os
telefones públicos; a polícia e a companhia telefônica foram acionadas. A moça perdeu o apetite e
ganhou o desespero, já não passeava mais no cemitério. Os telefonemas persistiam. A mãe
comprou ramalhetes e deitou-os em algumas sepulturas. A moça procurou socorro espiritual –
nada! A moça morreu no fim de alguns meses, exausta. Então a “voz” nunca mais pediu a flor. 

Proposta: Imagine que você seja um amigo (ou amiga) da moça do conto Flor, telefone,
moça. Imagine ainda que você costumava passear com ela no cemitério. Inclua-se na situação
vivida pela moça do conto – ambos(as) colheram flores amarelas das sepulturas e receberam
telefonemas. Entretanto, a reação de ambos(as) foi diferente – a dela nós já conhecemos. 
E a sua? Explore a situação acima e redija uma crônica fantástica. Utilize a 1.ª pessoa
do singular, conduza a história no tempo passado e não se esqueça de mencionar – rapidamente –
a moça do conto de Drummond. 

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