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Resumo
Muitas narrativas da tradição constroem-se com base em encantamentos, cujo
esquema principal é haver príncipes e princesas encantados, algumas vezes
em decorrência de uma maldição. Para se libertarem, carecem da intervenção
de outras personagens, cuja atuação assinala a necessidade de passar por
sacrifícios e provas para acabar com o encantamento. Por redenção entende-
se uma condição em que um ser foi amaldiçoado ou enfeitiçado e é redimido
desse estágio através de certos acontecimentos no enredo. Considerando-se a
incidência dessas histórias, este artigo, desdobramento de pesquisa de pós
doutorado, tem por objetivo apresentar uma reflexão sobre os processos de
redenção e sua funcionalidade nas narrativas tradicionais brasileiras,
especialmente quando se pensa no público receptor infantil. Defende-se a
importância de se oferecer esse tipo de histórias às crianças não só pelo prazer
que o contato com o mundo maravilhoso do “era uma vez” lhes oferece, como
pelo fato de a leitura proporcionar a aprendizagem de valores éticos. Além
disso, o processo de identificação operado pela narrativa durante a recepção
aproximaria a criança desse tipo de enredo, estimulando-a à leitura. A
fundamentação teórica que orienta a pesquisa centra-se nos estudos
específicos de Literatura Infantil, do maravilhoso e de psicologia, destacando-
se os trabalhos de Marina Warner, Tzvetan Todorov, Marie Louise Von Franz e
Bruno Bettelheim. Por corpus, os contos da tradição brasileira recolhidos por
Câmara Cascudo, publicados na obra Contos tradicionais brasileiros.
Palavras-chave
Encantamento. Redenção. Contos tradicionais brasileiros.
Introdução
1 Encantamento e redenção
Conclusão
Referências
Referência:
MICHELLI, Regina. “O maravilhoso em meio a encantamentos e redenções nos contos
tradicionais brasileiros”. In: DEBUS, Eliane Santana Dias; JULIANO, Dilma Beatriz;
BORTOLOTTO, Nelita; CINTRA, Simone (org.). Anais 6.SLIJ Seminário de Literatura
Infantil e Juvenil e I SELIPRAM Seminário Internacional de Literatura Infantil e Juvenil
e Práticas de Mediação Literária. Florianópolis: UFSC; UNISUL, 2014. Disponível em:
http://pnaic.ufsc.br/files/2015/07/6_slij_2014_anais_2015_02_18.pdf