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Exposição
Figura 1:
Os três parâmetros citados na lição anterior, ISO, Abertura e Velocidade do obturador são
exatamente os três modos que o fotógrafo/a fotógrafa dispõe para controlar a exposição do
sensor à luz quando tirando uma foto.
Por “controlar a exposição” subentende-se ajustar a quantidade de luz que chega ao sensor*.
* Obs: De agora em diante, toda vez que mencionarmos “sensor”, salvo exceções específicas, estaremos nos
referindo não somente ao sensor das câmeras digitais, mas também ao filme das câmeras analógicas.
A figura acima mostra certos números para cada um dos parâmetros, tais como: ISO 100, ISO 200,
ou Velocidade do Obturador 1/250s e abertura f/2.8, por exemplo.
Cada um será explicado a seu tempo, como o que esses números significam e o que fazem e ainda
seus efeitos diretos na exposição quando se aumenta ou diminui cada um deles.
Figura 2:
4
3) Finalmente, o valor do ISO é o tamanho do balde: um ISO (balde) maior capta mais luz
(água) que um menor, e vice-versa.
Sob essa mesma analogia, já que a água é a luz, a exposição é a quantidade total de luz
(água) captada como resultado das três variantes acima no sensor - que seria nada menos
que o próprio balde!
Assim sendo, começaremos com aquela que geralmente é mais preferida para ser controlada por
fotógrafos experientes: a Abertura.
Abertura
Figura 3:
E se duplicarmos o diâmetro da abertura para
50mm? Teremos uma lente duas vezes mais
luminosa?
Vejamos:
f = 50mm = f/1
50mm
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E como saber quanto mais luz/(mais luminosa),
A princípio, é o que parece: tínhamos com 25mm
por exemplo, f/1.4 capta em relação a f/4?
de abertura f/2 e agora f/1 e o número 2 é o dobro
Simples: é só contar os pontos de luz da
de 1, ora bolas!
esquerda pra direita (abertura maior para a
menor) a partir do primeiro valor (maior) ao
Mas não é bem assim, já que estamos falando de
segundo valor e depois elevar o número 2 ao
uma abertura que interfere diretamente na área da x
superfície da lente captando a luz - e, sem entrar número de pontos de luz contados (2 ), já
nos méritos da fórmula da área do círculo, que de um único ponto de luz para o próximo à
sabemos que em qualquer cálculo de área na direita, a quantidade de luz dobra.
geometria, temos duas grandezas, então o dobro
de diâmetro na verdade, resulta em 4 vezes a área Vamos contar usando as aberturas na figura 4:
da abertura anterior!
f/1.4 (valor inicial) - zero pontos de luz, pois é
Ou seja, f/1 capta quatro vezes mais luz que f/2! nosso ponto de partida = 20 = 1 = “uma vez”
mais luz”.
“Mas peraí! Como que 1 é maior que 2?”, você Conclusão: f/1.4 é a abertura que
poderia perguntar. começamos a contar, portanto, ainda não há
aumento de luminosidade.
Bem, lembre-se que estamos falando de frações
(ex: ⅓ , ¼ , etc) já que a distância focal, f/2 (próximo abertura à direita de f/1.4 [portanto,
independente de seu verdadeiro comprimento, é menor que f/1.4 - subtotal de um ponto de luz =
sempre considerada, para simplicidade, a 21 = 2.
constante f (o numerador da fração) sobre o Conclusão: f/1.4 é 2 vezes mais luminosa que
denominador da razão focal - este sim um número f/2.
que, por determinar área (duas dimensões)
f/2.8 (mesmo que acima) - subtotal de 2 pontos
baseia-se na raiz quadrada de 2 ( 2 ).
22 = 4.
Conclusão: f/1.4 é 4 vezes mais luminosa que
f/2.8.
Assim:
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Obs: Se você se complicou todo(a) na tabela
verde (algo perfeitamente normal à esta altura Legenda de cores dos níveis de leitura:
do curso), lembre-se que uma segunda (ou
terceira) leitura ajuda muito a clarificar o
raciocínio - ou então peça ajuda ao professor! Tabela vermelha =>
Mas se mesmo assim, achar o conceito de uma
leitura importante.
certa abertura na figura 4 ser 2x mais luminosa
que a abertura imediatamente à sua direita, ou
2x menos luminosa que a abertura
imediatamente à sua esquerda complexo, tente Tabela amarela =>
aprender ao menos a contagem dos pontos
leitura recomendada.
de luz entre duas aberturas, que é mais simples: