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Síntese de leitura

Discente: Duane Vitória Alencar Bezerra

Moyses Kuhlmann Jr, em seu artigo "Histórias da Educação Infantil no


Brasil", traça as dificuldades e os problemas enfrentados pela educação
brasileira como direito da criança e dever do Estado.
No entanto, histórias de nossa história nos mostraram que a realidade
de nosso país revela uma educação infantil separada das instituições de
educação infantil e da educação infantil própria da criança. Essa educação
infantil foi pensada ao longo de muitos anos para compreender as classes
populares, cuja marginalização e problemas familiares foram minando aos
poucos a ideia de nação em desenvolvimento.
Dessa forma, a educação infantil é vista como uma forma de ajudar as
mães a se manterem no mercado de trabalho, tendo assim um lugar para
deixar os filhos. De fato, em nenhum momento a educação infantil atendeu às
crianças, a LDB de 1996 e a Constituição Federal de 1988 como marco
passaram a ver a criança como um ser social que pensaria e reconheceria
suas necessidades como prioridade.
Nas primeiras décadas do século XX, a educação infantil era de
responsabilidade do Ministério da Saúde, por ser considerada uma tarefa
social, sanitária e sanitária.
Portanto, podemos concluir que a educação não surge de uma visão de
primar pela qualidade da educação, mas sim de uma ajuda como forma de
amenizar os efeitos da pobreza no Brasil e controlar seus problemas sociais.
Além disso, não surgiu na perspectiva de um direito da criança, mas sim
como um direito da família e, em consonância com os movimentos feministas,
como um direito das “mulheres”. Talvez seja por isso que haja alguma
discussão sobre a finalidade da educação infantil na família do aluno. Os pais o
veem como um lugar para deixar os filhos e não se preocupam com o que está
sendo ensinado. Com foco nas necessidades da criança, luta-se desde a
virada do século pela defesa do papel educativo das creches e pré-escolas.

Referência:
KUHLMAN JR., Moysés. Histórias da educação infantil brasileira. Rev. Bras.
Educ. 2000, n.14, pp.5 -18.

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