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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

DEPARTAMENTO DE FÍSICA

LABORATÓRIO DE FÍSICA I – TURMA 13

ALLAN SANTOS CRUZ

ELYEDSON PEREIRA SANTOS

FILIPE OLIVEIRA DE SOUZA

NATALIA DA SILVA DOS SANTOS

POLIANA LIMA CERQUEIRA

WELBERT SANTOS LIMA

LEI DE HOOKE

RELATÓRIO DA DISCIPLINA DE
LABORATÓRIO DE FÍSICA I, OFERTADA
PELO DEPARTAMENTO DE FÍSICA, DO
CAMPUS DE SÃO CRISTÓVÃO,
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE.

DOCENTE: DR. LUCIARA BENEDITA


BARBOSA

EXPERIMENTO: 03 de Março DE 2023

SÃO CRISTÓVÃO – SERGIPE


1. INTRODUÇÃO

A lei de Hooke foi proposta, inicialmente, pelo cientista inglês Robert Hooke
em 1660. O cientista chegou a essa conclusão após estudar o comportamento de
molas de relógios. Além disso, ela afirma que as deformações sofridas pelos corpos
são proporcionais às forças que são aplicadas sobre eles.

De alguma forma, os corpos sofrem deformações quando são submetidos a


algum tipo de força que os comprime ou os traciona. Muitos materiais têm
elasticidade, que é a capacidade de retornar à forma original após terem sido
curvados, torcidos, puxados ou comprimidos por uma força externa. A elasticidade
de uma mola helicoidal, por exemplo, é uma propriedade que depende da
quantidade e diâmetro de suas espiras, do tipo de material e calibre do arame com o
qual a mola é feita.

Ademais, a força elástica é a força que resiste à deformação e tende a


restaurar a forma original do corpo e a Lei de Hooke estabelece que essa força é
igual ao deslocamento da massa a partir do seu ponto de equilíbrio, ou seja, a
posição em que a mola não está nem comprimida nem distendida, multiplicado pela
constante com que o corpo se deforma, chamada de constante elástica que é
medida em N/m. Sendo assim:

𝐹𝑒𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 = − 𝑘 · ∆𝑥

O sinal negativo se dá pois uma força elástica restauradora passa a ser


exercida na mesma direção e no sentido oposto à variação do comprimento sofrida
pela mola.

Além disso, por ser variável, é possível compreender seu comportamento em


um gráfico que depende da deformação sofrida e da intensidade da força aplicada.
Dessa maneira, é possível encontrar o valor da constante elástica da mola em
questão.
2. OBJETIVOS

O objetivo da prática é compreender o conceito da Lei de Hooke através de


experimentos e determinar a constante elástica de duas molas diferentes.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais

Os materiais necessários para este experimento são:

● Suporte para mola com tripé e escala graduada


● Duas molas de diâmetros diferentes
● Régua
● Porta-pesos para massas
● Conjunto de massas aferidas

Figura 01 FONTE: Arquivo pessoal.


Figura 02 FONTE: Arquivo pessoal.

Figura 03 FONTE: Arquivo pessoal.


3.2 Métodos

Colocar a mola suspensa, sem nenhuma aplicação de força com o sistema


estático, e medir através da escala graduada a extremidade da mola, definida por 𝑥0.

Pendurar os pesos aferidos na extremidade da mola e determinar o 𝑥


correspondente à deformação da mola, retirar o peso e deixar a mola voltar ao seu
estado original. Refazer a medição de cada peso pelo menos duas vezes.

Completar a tabela medindo as deformações causadas para outros 7 valores


diferentes de massa, colocadas no porta-pesos, tomando o cuidado de medir 3
vezes em cada caso e de não ultrapassar o limite elástico da mola, para não
deformá-la permanentemente.

Ao retirar as massas, observar se a posição da extremidade da mola sem


deformação, ou seja, 𝑥0, sofreu alguma variação.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tabela 01 FONTE: AUTORES

Utilizando-se a mola maior com comprimento igual a 0,25 m, colocou-se


alguns anéis com massas variadas. Com a massa 1 de aproximadamente 0,0232 kg
e 0,2274 N de peso e a incerteza do peso de 0,0010 N, obteve-se uma deformação
média de 0,2557m com um desvio padrão de 0,0012 m. A incerteza A igual a 0,0007
m, a incerteza B de 0,0005 m, incerteza tipo C 0,0008 m. A variação da deformação
é igual a 0,0057 m e a incerteza da deformação é igual a 0,0010 m.

A massa 2 de aproximadamente 0,0374 kg e 0,3665 N de peso e a incerteza


do peso de 0,0010 N, obteve-se uma deformação média de 0,2673 m com um
desvio padrão de 0,0012 m. A incerteza A igual a 0,0007 m, a incerteza B de 0,0005
m, incerteza tipo C 0,0008m. A variação da deformação é igual a 0,0173 m e a
incerteza da deformação é igual a 0,0010 m.

A massa 3 de aproximadamente 0,0516 kg e 0,5057 N de peso e a incerteza


do peso de 0,0010 N, obteve-se uma deformação média de 0,2707 m com um
desvio padrão de 0,0015 m. A incerteza A igual a 0,0009 m, a incerteza B de 0,0005
m, incerteza tipo C 0,0010 m. A variação da deformação é igual a 0,0207 m e a
incerteza da deformação é igual a 0,0011 m.

A massa 4 de aproximadamente 0,0657 kg e 0,6439 N de peso e a incerteza


do peso de 0,0010 N, obteve-se uma deformação média de 0,2777 com um desvio
padrão de 0,0006 m. A incerteza A igual a 0,0003 m, a incerteza B de 0,0005 m,
incerteza tipo C 0,0006 m. A variação da deformação é igual a 0,0277 m e a
incerteza da deformação é igual a 0,0008 m.

A massa 5 de aproximadamente 0,0800 kg e 0,7840 N de peso e a incerteza


do peso de 0,0010 N, obteve-se uma deformação média de 0,2830 com um desvio
padrão de 0,0010 m. A incerteza A igual a 0,0006 m, a incerteza B de 0,0005 m,
incerteza tipo C 0,0008 m. A variação da deformação é igual a 0,0330 m e a
incerteza da deformação é igual a 0,0009 m.

A massa 6 de aproximadamente 0,0993 kg e 0,9731 N de peso e a incerteza


do peso de 0,0010 N, obteve-se uma deformação média de 0,2940 m e com um
desvio padrão de 0,0044 m. A incerteza A igual a 0,0025 m, a incerteza B de 0,0005
m, incerteza tipo C 0,0026 m. A variação da deformação é igual a 0,0440 m e a
incerteza da deformação é igual a 0,0026 m.

A massa 7 de aproximadamente 0,1186 kg e 1,1622 N de peso e a incerteza


do peso de 0,0010 N, obteve-se uma deformação média de 0,3003 m e com um
desvio padrão de 0,0012 m. A incerteza A igual a 0,0007 m, a incerteza B de 0,0005
m, incerteza tipo C 0,0008 m. A variação da deformação é igual a 0,0503 m e a
incerteza da deformação é igual a 0,0010 m.

A massa 8 de aproximadamente 0,1327 kg e 1,3005N de peso e a incerteza


do peso de 0,0010 N, obteve-se uma deformação média de 0,3063 m e com um
desvio padrão de 0,0006 m. A incerteza A igual a 0,0003 m, a incerteza B de 0,0005
m, incerteza tipo C 0,0006 m. A variação da deformação é igual a 0,0563 m e a
incerteza da deformação é igual a 0,008m.

Tabela 02 FONTE: AUTORES

Na mola menor com comprimento igual a 0,105 m, colocou-se alguns anéis


com massas variadas. Com a massa 1 de aproximadamente 0,0181 kg e 0,1774 N
de peso e a incerteza do peso de 0,0010 N, obteve-se uma deformação média de
0,1133 m com um desvio padrão de 0,0015 m. A incerteza A igual a 0,0009 m, a
incerteza B de 0,0005 m, incerteza tipo C 0,0010 m. A variação da deformação é
igual a 0,0083 m e a incerteza da deformação é igual a 0,0011 m.

A massa 2 de aproximadamente 0,0373 kg e 0,3655 N de peso e a incerteza


do peso de 0,0010 N, obteve-se uma deformação média de 0,1257 m com um
desvio padrão de 0,0015 m. A incerteza A igual a 0,0009 m, a incerteza B de 0,0005
m, incerteza tipo C 0,0010 m. A variação da deformação é igual a 0,0207 m e a
incerteza da deformação é igual a 0,0011 m.

A massa 3 de aproximadamente 0,0566 kg e 0,5547 N de peso e a incerteza


do peso de 0,0010 N, obteve-se uma deformação média de 0,1367 m com um
desvio padrão de 0,0012 m. A incerteza A igual a 0,0007 m, a incerteza B de 0,0005
m, incerteza tipo C 0,0008 m. A variação da deformação é igual a 0,0317 m e a
incerteza da deformação é igual a 0,0010 m.

A massa 4 de aproximadamente 0,0707 kg e 0,6929 N de peso e a incerteza


do peso de 0,0010 N, obteve-se uma deformação média de 0,1457 com um desvio
padrão de 0,0015 m. A incerteza A igual a 0,0009 m, a incerteza B de 0,0005 m,
incerteza tipo C 0,0010 m. A variação da deformação é igual a 0,0407 m e a
incerteza da deformação é igual a 0,0011 m.

A massa 5 de aproximadamente 0,0850 kg e 0,8330 N de peso e a incerteza


do peso de 0,0010 N, obteve-se uma deformação média de 0,1543 com um desvio
padrão de 0,0006 m. A incerteza A igual a 0,0003 m, a incerteza B de 0,0005 m,
incerteza tipo C 0,0006 m. A variação da deformação é igual a 0,0493 m e a
incerteza da deformação é igual a 0,0008 m.

A massa 6 de aproximadamente 0,0991 kg e 0,9712 N de peso e a incerteza


do peso de 0,0010 N, obteve-se uma deformação média de 0,1630 m e com um
desvio padrão de 0,0010 m. A incerteza A igual a 0,0006 m, a incerteza B de 0,0005
m, incerteza tipo C 0,0008m. A variação da deformação é igual a 0,0580 m e a
incerteza da deformação é igual a 0,0009 m.

A massa 7 de aproximadamente 0,1134 kg e 1,1113 N de peso e a incerteza


do peso de 0,0010 N, obteve-se uma deformação média de 0,1710 m e com um
desvio padrão de 0,0010 m. A incerteza A igual a 0,0006 m, a incerteza B de 0,0005
m, incerteza tipo C 0,0008 m. A variação da deformação é igual a 0,0660 m e a
incerteza da deformação é igual a 0,0009 m.

A massa 8 de aproximadamente 0,1277 kg e 1,2515 N de peso e a incerteza


do peso de 0,0010 N, obteve-se uma deformação média de 0,1807 m e com um
desvio padrão de 0,0006 m. A incerteza A igual a 0,0003 m, a incerteza B de 0,0005
m, incerteza tipo C 0,0006 m. A variação da deformação é igual a 0,0757 m e a
incerteza da deformação é igual a 0,008m.
Tabela 03: tabela da mola maior usada para realizar o gráfico 01 (P x △𝑥)

Tabela 04: tabela da mola menor usada para realizar o gráfico 02 (P x △𝑥)
Gráfico 01 (mola maior): gerado pelo SciDAvis com base nos dados obtidos no experimento.

Gráfico 02 (mola menor): gerado pelo SciDAvis com base nos dados obtidos no experimento.
Figura 04 (mola maior): Ajuste gerado pelo SciDAvis com base nos dados obtidos no experimento.

Figura 05 (mola menor): Ajuste gerado pelo SciDAvis com base nos dados obtidos no experimento.

Pode-se perceber que os gráficos 01 e 02, apesar de alguns desvios, são


lineares e, dessa forma, pode-se afirmar que as molas obedecem à Lei de Hooke.
Com base no ajuste linear dos gráficos e na fórmula (𝑚 × 𝑔 = 𝑘 × △𝑥) obtida por
meio do diagrama de corpo livre do experimento, tem-se nas figuras 04 e 05 que os
coeficientes angulares correspondem às constantes elásticas da mola maior e da
mola menor, sendo elas 21,76 ± 0,02 N/m e 16,08 ± 0,02 N/m respectivamente.
Ademais, nota-se que o valor da constante elástica aumentou com o aumento do
diâmetro da mola.
5. CONCLUSÃO

Em suma, desenvolvemos nesse experimento a lei de Hooke na prática,


utilizando duas molas e os demais materiais já citados. No qual, calculamos as
incertezas e também os possíveis erros de medições que foram feitas pelo grupo.
Com o objetivo de determinar a constante elástica das duas molas.

Na mola de menor tamanho a constante elástica encontrada foi de


aproximadamente 16,8, enquanto na mola maior foi de aproximadamente 21,76.

Com esses dados podemos perceber que a constante elástica varia de


acordo com o tamanho da mola, quanto maior for a mola maior será a sua constante
elástica.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SUÉTE, LEONARDO. Determinação da Constante Elástica de uma mola. Disponível


em:https://monografias.brasilescola.uol.com.br/fisica/determinacao-da-constante-ela
stica-de-uma-mola-aplicacao-pratica-para-aula-sobre-a-lei-de-hooke.htm. Acesso em
10 de março de 2023.
TANAKA, HUGO SHIGUEO. Lei de Hooke. Todo Estudo. Disponível em:
https://www.todoestudo.com.br/fisica/lei-de-hooke. Acesso em: 10 de março de
2023.

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