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TERMO DE REFERÊNCIA - P/ COMPRAS DE

PEQUENO VALOR
[** VIDE O EXEMPLO DE TERMO DE REFERÊNCIA (AO FINAL DESTE
DOCUMENTO)]

BASE LEGAL: Lei Estadual n.º 13.179/2009 (regulamenta a cotação eletrônica no âmbito do RS) + Lei
Federal n.º 8.666/93 (Lei Geral das Licitações Públicas) + Lei Complementar n.º 123/2006 (Estatuto Nacional
da ME/EPP) + Lei Estadual n.º 13.706/2011 (Regulamenta o tratamento diferenciado a MEs/EPPs no âmbito
do RS) + RSM n.º 1.415/2016 [Regulamenta os processos de compras da AL-RS (contendo fluxogramas
relativos a cada tipo de contratação almejada) e a gestão dos contratos da AL-RS] + RSM n.º 419/2001 (no
que couber)

→ O presente MODELO DE TERMO DE REFERÊNCIA P/COMPRAS DE PEQUENO


VALOR) [= um pouco mais simplificado em comparação ao Modelo Padrão de TR da AL-RS (esse
mais voltado para compras/contratações por pregão eletrônico (ou outra das modalidades previstas na
LF 8.666/93)] é documento a ser elaborado por parte do setor demandante da AL-RS (= Gestor).
Tem por objetivo delimitar a contratação do serviço ou o fornecimento do bem em questão,
descrevendo o objeto (o que, como, de que forma, em que quantidade, com quais características
pretende adquirir), a justificativa, custos, prazo de entrega do bem ou de execução do serviço,
hipóteses de aplicação de penalidade e percentuais, etc.

→ A finalidade deste Modelo, elaborado pelo DCAP, reside em subsidiar os gestores/setores


demandantes da Casa nos pedidos de compras/contratações de pequeno valor, requisitados ou
pelo sistema de cotas (art. 32 da RSM 419/2001), ou submetidos à SAF para autorização . Na
sequência, esses pedidos são remetidos à Central de Compras e Contratos/DCAP, primeiro, para que
proceda à coleta de orçamentos (nos termos da RSM 1.415/2016). Após, e com a autorização da SAF,
para realizar a aquisição/contratação, via de regra por cotação eletrônica (= dispensa de licitação
com disputa – com base no art. 24, incisos I e II, da LF 8.666/93) ou, então, se o valor não exceder a
R$ 800,00, pode ser adquirido por adiantamento de numerário (= pequena despesa de pronto
pagamento). Para isso, recomenda-se o uso do modelo/exemplo de TR ao final deste documento.

 → INFORMAÇÕES QUE DEVEM CONSTAR NO TR DESTINADO A


PEDIDOS DE COMPRA / CONTRATAÇÃO DE SERVIÇO:

COMPRA / AQUISIÇÃO DE BEM CONTRATAÇÃO DE SERVIÇO


1. Descrição do Objeto e Especificações (Técnicas):
 O setor demandante/gestor deve definir o  O setor demandante/gestor deve definir o
objeto. É o bem que se necessita adquirir. escopo. É o serviço que se precisa contratar.
 A descrição do objeto não pode ser genérica  A descrição não pode ser genérica demais a
demais a ponto de ser imprecisa, nem pode ponto de ser imprecisa, nem pode ser tão
ser tão específica de modo que direcione a específica de modo que direcione a algum
algum bem, produto ou marca determinado. serviço que só possa ser executado por um
 Junto à descrição do objeto devem estar único fornecedor.
descritas as características/especificações  Junto à descrição do serviço devem estar
técnicas deste, as quais serão transpostas descritas as características/especificações
para o edital da cotação eletrônica técnicas deste (inclusive de equipamentos, bens
subsequente. e/ou produtos, caso necessários à execução do
 Além disso, deve ser indicada pelo setor serviço), as quais serão transpostas para o
demandante/gestor a quantidade exata que se edital da cotação eletrônica subsequente.
pretender adquirir do bem.  Além disso, deve ser indicado pelo setor
demandante/gestor o quantitativo exato de
(*) Obs.: tratando-se de um BEM serviço a ser contratado.
PERMANENTE, vide explicações logo abaixo.
Obs.1: importante ressaltar que um objeto/serviço bem descrito redundará, via de regra, na decorrente
aquisição/contratação precisa e exata do que se pretende; em contrapartida, uma descrição imprecisa
e carente de elementos mínimos, muito provavelmente acarretará em problemas no momento da
cotação eletrônica, seja por falta de interessados (=cotação deserta), seja por conta de ofertas que não
atendam ao objeto desejado ou que possuam valor diverso do estipulado (=cotação frustrada).
Obs.2: tratando-se de aquisição de BEM PERMANENTE [ou seja: objeto que será tombado e receberá
numeração de controle patrimonial) o gestor deverá informar o código (numeração) do bem – vide
exemplos de bens permanentes logo abaixo]:
- Para obtenção desse código (se for um bem permanente, repita-se), há 2 opções aos gestores da AL-RS:
1 - Consultar o catálogo padronizado de bens do Estado do RS (organizado e gerenciado pela CELIC-RS).
Ao localizar o bem permanente almejado, o gestor deve adotar a descrição do catálogo e, ainda, deve
indicar no TR o código (numeração) desse item, extraído em tal catálogo. O link de acesso ao Catálogo de
Bens do Estado do RS é: https://pregaobanrisul.com.br/catalogo
Esse código será utilizado na sequência do processo de compra: para o cadastro do objeto no portal de
compras Banrisul, pela Central de Compras e Contratos/DCAP, para realizar a licitação; após isso, pelo
DOF, para realizar o empenho/liquidação da despesa pertinente a essa compra; por fim, será esse o
código do bem a constar no Sistema de Controle Patrimonial - APE da AL-RS, quando do tombamento.
2 - Caso não localize em tal catálogo padronizado do RS o bem permanente de que necessita, o gestor deve
proceder ao cadastro do item almejado, e o fará no portal do GCE-RS (Gestão de Compras do Estado do
RS). Após cadastrar o bem, será gerado um código (numeração). Tal código deverá ser indicado no TR
pelos mesmos motivos referidos no item 1, acima. O link de acesso ao GCE é:
https://gce.intra.rs.gov.br/Itens/
(***) Se o gestor optar por indicar esse código do item em momento posterior, pode deixar em branco tal
informação acima solicitada. Mas vale a ressalva: somente será possível autorizar o pagamento à
contratada e enviar o bem para que seja tombado se houver essa indicação do código do item por parte
do gestor da demanda em questão.
*** Todas as informações sobre o procedimento acima descrito (destinado somente a bens
permanentes, frise-se), os links para acesso direto ao Catálogo de Bens do Estado do RS e ao GCE,
assim como um Guia Prático para uso do GCE pelos gestores, podem ser acessadas no portal de
compras da AL-RS na intranet/internet, na aba “Catálogo de Bens”, c/acesso direto pelo link:
http://www.al.rs.gov.br/compras/pt-br/cat%C3%A1logodebens.aspx
(*) Exemplos de bens permanentes (que serão tombados/receberão numeração de controle patrimonial):
móveis em geral (mesa, balcão, cadeira, poltrona, sofá, longarina e similares); equipamentos
eletroeletrônicos (computador, impressora, notebook, Smart TV e similares) e licenças/soluções de TI;
eletrodomésticos (bebedouro, frigobar, micro-ondas, fragmentadora de papel e similares); aparelhos de
ar condicionado; equipamentos de segurança; entre outros.

2. Justificativa

O gestor deve expor, em linhas gerais, os motivos que ensejam o pedido de aquisição do objeto ou da
contratação do serviço, e expor o porquê da quantidade pretendida.

3. Valor da Aquisição - Orçamentos (Valor máximo aceitável)

- O valor máximo aceitável da aquisição é baseado em orçamentos válidos coletados pela


Central de Compras e Contratos, nos termos da RSM n.º 1.415/2016.
Os orçamentos deverão detalhar os custos unitários e total da aquisição ou contratação a ser realizada,
prazo de entrega e de garantia (quando for o caso), entrega procedida na AL (salvo exceções em que a
execução do serviço se dá no estabelecimento do fornecedor contratado) e frente incluso, bem como
pagamento contra empenho. Se o objeto for composto de itens ou lotes distintos, deve conter os
preços de cada item/lote (quando for o caso).
- A Central de Compras e Contratos/DCAP busca ser criteriosa e diligente na obtenção dos
orçamentos, pois esses irão refletir na cotação eletrônica subsequente ou na indicação de contratação
direta junto ao detentor do menor orçamento válido, caso a cotação reste frustrada ou deserta (Ex.:
realiza a conferência das certidões do fornecedor detentor do menor orçamento obtido a fim de aferir
a regularidade deste perante a Previdência Social (INSS), FGTS, Fazenda Estadual (p/objeto) ou
Municipal (p/serviço) e Débitos Trabalhistas (CNDT) - isso porque, se houver pendência em alguma
dessas certidões, restará inviabilizada a contratação do fornecedor em situação irregular pelos entes
públicos).
- A sistemática de coleta de orçamentos, acima sintetizada, e o conceito de orçamento válido
excluem, necessariamente, cotações de preços extraídas de sítios de vendas da internet, que, via
de regra, não contemplam frete incluso e pagamento contra empenho, podendo ser utilizadas se
necessário nos casos de compra por adiantamento de numerário (= pagamento no ato da compra).

4. Condições de Entrega do Objeto / Prestação do Serviço (Prazo, Local, Modo, Aceite)

a) prazo para entrega - que será contado da data a) prazo para execução do serviço - que será
de emissão da autorização de fornecimento contado da data de expedição da ordem de
ao fornecedor contratado, juntamente com a serviço por parte do gestor ao fornecedor
nota de empenho; contratado, juntamente com a nota de empenho;
b) local de entrega e/ou instalação do bem (de b) se o serviço for prestado nas dependências deste
modo geral, os objetos são entregues na Parlamento, deve-se indicar as obrigações
Divisão de Almoxarifado da AL-RS, que os (mínimas) entre AL-RS e o fornecedor
repassa aos setores demandantes). contratado (estabelecer um rol mínimo de
c) forma de recebimento: se será entregue de obrigações), bem como indicar o local exato de
uma só vez ou se haverá entrega provisória e execução do serviço.
aceite definitivo, estipulando-se, nesse caso, c) por sua vez, se for prestado fora das
o prazo entre um e outro (o qual não poderá dependências da AL-RS, o gestor deve deixar
ser superior a 90 dias – art. 73, §3º, da Lei claro de que forma isso ocorrerá (onde será
Federal n.º 8.666/93); executado o serviço, em que condições, quais
d) condições e prazo de pagamento à obrigações entre as partes, etc.);
contratada. d) condições e prazo de pagamento à contratada;
Obs.: a praxe é que tal conferência seja
procedida pelo gestor em, no máximo, 3 dias
úteis, mas isso dependerá da especificidade do
objeto em questão).

5. Condições da Contratação e Sanções Cabíveis

 Subcontratação: em regra, os editais de cotação eletrônica vedam qualquer tipo de


subcontratação do objeto ou serviço. Se porventura o setor demandante aceitar eventual
subcontratação parcial por parte do fornecedor contratado, deve prever expressamente isso no
seu pedido (TR), descrevendo exatamente o que (que parcela específica do serviço) será passível
de subcontratação. Cabe assinalar que não se pode subcontratar a integralidade do objeto,
somente partes da obra/serviço/fornecimento.
 Sanções (multas): o gestor deve informar as condições e condutas que julgar passíveis de
incidência de sanções, estabelecendo, de preferência, correspondência entre condutas, graus de
infração e percentuais ou valores de multas, de forma gradativa e proporcional, bem como definindo
o limite para reincidência das infrações, a partir do qual a prática da infração pode ser considerada
como inadimplemento parcial ou total do contrato.
 Os editais de cotação eletrônica possuem percentuais de multa fixados com base no Anexo
Único da Lei Estadual n.º 13.179/2009 (redação padrão), conforme texto transcrito a seguir:
“8.1. Se a Contratada inadimplir as obrigações assumidas, no todo ou em parte, ficará sujeita
às sanções previstas nos arts. 86 e 87 da Lei Federal nº 8.666, de 1993 e ao pagamento de
multa nos seguintes termos:
a) pelo atraso na entrega do material em relação ao prazo estipulado ou na realização do
serviço: 1% (um por cento) do valor do material não entregue, por dia decorrido, até o limite
de 10% (dez por cento) do valor do material ou 1% (um por cento) do valor referente às
etapas ainda não realizadas do serviço, até o limite de 10% (dez por cento);
b) pela recusa em efetuar o serviço, o fornecimento e/ou pela não entrega do material,
caracterizada em 10 (dez) dias após o vencimento do prazo estipulado: 10% (dez por cento)
do valor do material ou do serviço contratado;
c) pela demora em substituir o material rejeitado, a contar do segundo dia da data da
notificação da rejeição: 2% (dois por cento) do valor do material recusado, por dia
decorrido;
d) pela recusa da Contratada em substituir o material rejeitado, entendendo-se como recusa a
substituição não efetivada nos 5 (cinco) dias que se seguirem à data da rejeição: 10% (dez
por cento) do valor do material rejeitado;
e) pelo não cumprimento de qualquer condição fixada nestas Condições Gerais ou no pedido
de Cotação Eletrônica de Preços e não abrangida nas alíneas anteriores: 1% (um por cento)
do valor contratado, para cada evento.
8.2. As multas estabelecidas no subitem anterior podem ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, ficando o seu total limitado a 10% (dez por cento) do valor contratado, sem
prejuízo de perdas e danos cabíveis.”
Todavia, se o setor demandante entender que o objeto ou o serviço a ser demandado necessita
de previsão de multas específicas, deve descrever as faltas passíveis de aplicação de multa e
quais índices entende apropriados.
Obs.1: importante assinalar que o limite máximo imposto pela referida normativa estadual é de
10%, não podendo, portanto, estipular-se índices de multa superiores a esse percentual (ao menos no
tocante a cotações eletrônicas, sublinhe-se).
Obs.2: oportuno sublinhar que não existe “um padrão de multa da AL-RS” definido, p.ex., pela
Central de Compras e Contratos/DCAP. O que há, isto sim, é uma sugestão de redação padrão,
acima transcrita, que está contida na legislação estadual que regulamenta as compras de pequeno
valor por meio de cotação eletrônica. Afinal, cada contratação possui peculiaridades e
especificidades, sendo que cabe ao gestor da demanda avaliar as situações passíveis de aplicação de
sanção e os percentuais de multa que julgar pertinentes em cada caso (obedecido o limite legal de
10% do total contratado, é claro).

6. Disposições Gerais
Neste tópico, o gestor deve referir outros pontos relevantes atinentes ao objeto demandado, ainda não
previsto nos itens anteriores (se houver).
7. Anexos do TR

- O gestor deve necessariamente incluir no seu TR um “MODELO DE PROPOSTA DE


PREÇOS”, para que seja reproduzido no edital de cotação eletrônica.
- Pode incluir, também, como anexo a seu TR, imagens/fotos ilustrativas do objeto que almeja
adquirir, nos casos em que isso seja relevante para o entendimento do que se pretende comprar (Ex.:
foto ilustrativa de uma placa, medalha ou troféu; de um dispensador de papel; de um móvel; etc.).

 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DESTINADAS A DETERMINADOS


PEDIDOS DE COMPRA OU CONTRATAÇÃO DE SERVIÇO:
→ Além do conteúdo básico descrito na tabela acima, certos pedidos de compra/contratação de serviço
demandam mais exigências e/ou necessidade de comprovação documental. Por conta disso,
destacamos, a seguir, um rol de exigências que podem constar no TR, a critério do gestor
(ponderando, para tanto, a necessidade e a pertinência da imposição de tais exigências):
COMPRA E VENDA (AQUISIÇÃO DE BEM) CONTRATAÇÃO DE SERVIÇO

1. Prazo de Garantia e Assistência Técnica (quando for o caso/quando o objeto pedir)

 Garantia do Objeto/Serviço: o modo de garantia e o respectivo prazo devem ser especificados pelo
gestor, quando for o caso e de acordo com as peculiaridades do objeto/serviço e da prática do
mercado, além dos prazos de garantia legais.
Importante esclarecer que garantia não tem qualquer relação com a vigência contratual. Pode
haver solicitação de bem ou serviço com garantia, independentemente da existência ou não de
instrumento contratual. Nesse caso, pode-se exigir que a licitante adjudicatária forneça o objeto
juntamente com o termo de garantia deste.
 Assistência técnica: a avaliação da necessidade de assistência técnica também deve ser realizada
pelo gestor, com base nas características do objeto/serviço. Diferentemente da garantia, a previsão
de assistência técnica em garantia, via de regra, deve ser formalizada por instrumento contratual, em
razão da necessidade de regramento da forma e extensão da prestação da assistência técnica
(fundamento legal = art. 62, § 4º, da Lei de Licitações).
Obs.: somente será dispensável o termo de contrato se, porventura, o gestor optar expressamente
pela assistência técnica chamada “de balcão”, situação na qual será aplicável o regramento
disposto no Código de Defesa do Consumidor (LF n.º 8.078/90).

2. Exigências de Qualificação Técnica (quando for o caso/quando o objeto demandar)


- O presente tópico destina-se a situações esporádicas, que, em virtude da natureza do objeto ou do
serviço, demandarão comprovação de ordem técnica por parte do fornecedor a ser contratado, na fase
de habilitação da cotação eletrônica (tal exigência se coaduna mais fortemente com objetos de maior
complexidade, contratados via processo licitatório).
- Antes de exigir, p.ex., atestado de capacidade técnica, deve o setor demandante avaliar a
necessidade de requerer tal qualificação na fase de habilitação da disputa, que se dá mediante
comprovação de fornecimento anterior similar ao objeto demandado - conforme regramento disposto
no art. 30 da LF n.º 8.666/93. Para além disso, caso o setor demandante entenda conveniente estipular
a comprovação de um quantitativo anterior mínimo de determinado objeto, deve estabelecer um
percentual máximo entre 40% e 50% em relação à quantidade total do objeto a ser adquirido (ou do
serviço a ser prestado), por se tratarem de percentuais tolerados pelo TCU (posição pacífica), sendo
vedada exigência superior a esse patamar.
- Oportuno destacar, ainda, que a exigência de comprovação de prestação/fornecimento anterior - por
meio de atestado(s) de capacidade técnica – poderá ser emitida por pessoa jurídica de direito público
ou privado (sendo vedada a aceitação somente de uma em detrimento da outra). Também não é
permitido exigir-se atestado com limitação de tempo ou época [salvo em situações excepcionais, com
a devida fundamentação (Ex.: bens de TI)], tampouco exigir-se n.º mínimo de atestados (Ex.: se em
um único atestado o fornecedor comprovar o exigido no edital, esse único atestado já será suficiente).
*** O regramento pertinente à qualificação técnica está disposto no art. 30 da Lei de Licitações.
- Além disso, dependendo do objeto/serviço em questão, é possível exigir-se registro ou inscrição do
fornecedor na entidade profissional competente, em sede de habilitação, a título de qualificação
técnica, com fundamento no que dispõe o inciso I do art. 30, supracitado.
*** (Ex.: serviço/obra de engenharia demanda, por força de lei federal, registro do fornecedor
junto ao CREA ou CAU; já a prestação do serviço de alimentação/restaurante em órgão público
demanda, também por força de lei federal, registro do fornecedor junto ao CRN).
Obs.: o fundamental na hipótese descrita acima é o gestor certificar-se de que o registro ou inscrição
na entidade competente está consubstanciado (regrado) por lei vigente. Se estiver, tal exigência se
faz necessária (30, I, LF 8666/93). Em contrapartida, se, porventura, a exigência de
registro/inscrição somente estiver contida, p.ex., em resolução, portaria ou ordem de serviço
expedida pelo próprio órgão de classe (sem amparo legal que a consubstancie no âmbito externo),
esta não terá o condão de ser obrigatoriamente exigível, tampouco terá caráter impositivo, ao menos
no tocante à fase de habilitação de uma licitação ou dispensa com disputa (= cotação eletrônica).
 Visita técnica opcional ou obrigatória (também com base no art. 30 da LF 8666/93 ):
Cabe ao gestor demandante ponderar sobre a necessidade ou não de realização de vistoria, a fim de
conferir aos interessados em participar da cotação eletrônica o conhecimento das dificuldades que
encontrarão para a execução dos serviços ou entrega/instalação do objeto. Se entender cabível, deve
incluir tal previsão no TR e detalhar de que forma será procedida.
Mas eventual necessidade de vistoria técnica, principalmente a de caráter obrigatório, deve ser muito
bem avaliada pelo gestor (tal qual a previsão de atestados de capacidade técnica). Se o gestor entender
que tal visita técnica é imprescindível, há que se avaliar, ainda, se deve constar no edital como
exigência obrigatória, com o que deverá figurar entre as exigências de qualificação técnica na fase de
habilitação (nos termos do art. 30, inc. III, da Lei de Licitações), ou se deve ser mencionada apenas
em caráter facultativo (opcional).
Tratando-se de compras de pequeno valor via cotação eletrônica, a regra é não se exigir visita
técnica no TR. Até porque, a cotação eletrônica consiste em uma disputa célere [via de regra, são
contados 3 dias úteis entre a publicação e a realização da disputa eletrônica – mas se houver urgência,
o prazo pode ser menor (Ex.: em 1 dia, em 4h)].
Mas se o gestor entender cabível tal exigência, o ideal/recomendável é que seja prevista somente
em caráter opcional, sobretudo por conta do curto prazo entre a publicação da cotação
eletrônica e a sessão de disputa eletrônica, o que claramente compromete o prazo para a
realização da vistoria por parte dos fornecedores interessados.
Havendo necessidade de realização de vistoria, obrigatória ou facultativa, devem ser indicados no TR
o prazo, o setor responsável e o telefone/e-mail para o agendamento da visita.
Obs.1: Sublinhe-se, uma vez mais, que a vistoria obrigatória deve ser solicitada apenas nos casos em
que essa exigência é imprescindível à elaboração das propostas e à execução do objeto, situação que
deve restar comprovada formalmente no TR, mediante apresentação de razões técnicas, sob pena de
se restringir indevidamente a competição na licitação (assim recomenda o TCU, aliás).
Obs.2: Inclusive, cabe sublinhar que a jurisprudência majoritária atual do TCU está na linha de se
possibilitar a substituição do atestado de visita técnica por uma declaração de pleno conhecimento
do objeto pelas licitantes, mesmo quando a vistoria for obrigatória.
Obs.3: Ainda, em recente inspeção especial relacionada à licitação da AL-RS, o TCE-RS proferiu,
pelo seu Tribunal Pleno (em 20-05-2020), a Decisão n. TP-0109/2020, recomendando a previsão de
substituição do atestado de visita técnica por uma declaração de pleno conhecimento do objeto
pelas licitantes. Tal recomendação foi acolhida pela autoridade competente da AL-RS, com a
determinação da adoção de tal recomendação nos processos de compras/contratações do Poder
Legislativo do RS.
Obs.4: Na hipótese de vistoria de forma obrigatória, a apresentação da declaração, devidamente
assinada pelo representante da licitante e do setor demandante, comprobatória de que esta foi
realizada, deve ser incluída nos documentos necessários à habilitação técnica dos participantes da
licitação. Nesse caso, deve o gestor ponderar bem se permitirá a substituição do atestado de vistoria
pela declaração por escrito da licitante atestando pleno conhecimento do objeto, em vista do que
recomenda o TCU, conforme explicado acima.
Obs.5: Quando o gestor entender que a vistoria é recomendada para o conhecimento das condições e
dificuldades existentes, mas não se mostra imprescindível à formulação das propostas ou à execução
do objeto, deve facultar aos licitantes a sua realização, apresentando as devidas justificativas
(reputamos ser essa a melhor alternativa no caso da cotação eletrônica, caso o gestor julgue mesmo
necessária a previsão de visita técnica, frise-se).
Em suma, se houver a exigência de visita técnica obrigatória no TR (o que não se recomenda), o
gestor deverá prever nesse mesmo TR a aceitação, em substituição ao atestado de visita técnica,
de uma declaração por escrito da licitante atestando pleno conhecimento do objeto.

3. Critérios de Aceitação das Ofertas/Propostas de Preços


(quando for o caso/quando o objeto demandar)
- Cabe ao setor demandante avaliar a necessidade de se exigir dos fornecedores a apresentação
de manuais técnicos, folders, ou outros documentos descritivos do objeto, juntamente com a
proposta de preços. Se entender necessário, deverá indicar precisamente qual documentação deverá
ser anexada junto à oferta de preços dos fornecedores. Cumpre salientar que tal documentação deve
dizer respeito ao objeto que se pretende adquirir ou ao serviço que se pretende contratar. Por outro
lado, se a documentação exigível for concernente à empresa, deve ser exigida apenas na etapa de
habilitação da competição, para fins de qualificação técnica, nos termos do item 6 do presente
documento.
Ex.: no caso de fornecimento de água mineral é perfeitamente aceitável que o gestor exija dos
participantes o envio, juntamente c/a proposta de preços, de comprovação acerca da qualidade da
água ofertada (um laudo técnico ou o rótulo contendo as especificações da água mineral, p.ex.);
fornecimento de microcomputadores pode demandar, igualmente, o envio de manuais técnicos
(juntamente com as propostas de preços dos fornecedores), em que estejam indicadas as
especificações técnicas dos equipamentos ofertados, de modo que o gestor confira se estão de acordo
com o exigido no pedido (=TR).

→ DICA FINAL AOS GESTORES/SETORES DEMANDANTES

Outra importante medida apontada pela Central de Compras e Contratos/DCAP, a título de sugestão,
consiste na consulta por parte dos gestores da Casa aos processos de compra/prestação de serviço
anteriores, a fim de se avaliar as ocorrências daqueles processos, em todas as suas fases, com vistas a
identificar os pontos problemáticos (se houver) e evitá-los na formação dos futuros processos,
notadamente nos Termos de Referência (Ex.: apontamentos da Central de Compras e Contratos, da
Procuradoria da Casa, da Seccional da CAGE, ou mesmo questionamentos feitos por fornecedores já
na fase externa da licitação, etc.).
Tal medida, em última análise, facilitará a tramitação dos processos de compra/prestação de serviços e
tornará mais eficiente e célere a licitação e, por consequência, a contratação decorrente.

TERMO DE REFERÊNCIA ***


(Modelo padrão - p/compras de pequeno valor)

*** o TR abaixo é meramente exemplificativo, a partir de um TR específico de compra da AL-RS

1. DESCRIÇÃO DO OBJETO:

Contratação de pessoa jurídica para fornecimento de 03 (três) forno micro-ondas, com


entrega única, de acordo com as condições e especificações previstas neste TR e seus
Anexos.

2. JUSTIFICATIVA

Atender demandas específicas oriundas de setores da AL-RS, considerando os seguintes


fatores: a inexistência do objeto em questão em estoque para reposição; e, ainda, a
avaliação pelo setor de manutenção da Casa de que os equipamentos a serem substituídos
não são mais passíveis de conserto do ponto de vista técnico e econômico, devendo
ocorrer o processo de baixa relativamente a esses itens estragados.
3. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DO OBJETO:

Descrição do Objeto Quant. Total

Forno micro-ondas, com capacidade mínima de 29 litros, 110V, cor


03 un
branca, sem dourador, garantia mínima de 12 meses.

4. VALORES ESTIMADOS:

Coleta de orçamentos a cargo da Central de Compras e Contratos/DCAP, nos termos da


RSM n.º 1.415/2016.

*** Após a realização da coleta de orçamentos pelo setor acima referido, com a devolução
do processo SEI ao gestor para finalizar seu TR e enviar à aprovação formal pela
Superintendência da área, deve o gestor inserir a tabela abaixo com o resultado da coleta -
incluindo o valor do menor orçamento obtido, o qual equivalerá ao preço máximo aceitável
na cotação eletrônica a ser deflagrada na sequência

Preço Unitário Preço Total


Quant.
Objeto Máximo Máximo
Total
Aceitável (R$) Aceitável (R$)

Forno micro-ondas, com


capacidade mínima de 29 litros,
03 un R$ 500,00 R$ 1.500,00
110V, cor branca, sem dourador,
garantia mínima de 12 meses.

5. CONDIÇÕES DE ENTREGA DO OBJETO E PAGAMENTO:

5.1. A entrega do objeto será realizada em um prazo máximo de 10 (dez) dias úteis, a
contar do envio pelo gestor da autorização de fornecimento ao fornecedor contratado,
juntamente com a nota de empenho.

5.2. A entrega deverá ser efetuada na Divisão de Almoxarifado/DCAP, nesta Assembleia


Legislativa do Rio Grande do Sul, localizada no 1º andar do prédio anexo ao Palácio
Farroupilha (Praça Marechal Deodoro, 101, Centro Histórico, em Porto Alegre/RS, CEP
90010-300), nos períodos compreendidos entre 08h30min e 11h30min e 13h30min e
17h30min.

5.3. As quantidades serão as constantes na Tabela do item 2 deste TR, conforme


especificações ali descritas.

5.4. O objeto será recebido da seguinte forma :

a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da conformidade do material


com a especificação, em até 02 (dois) dias úteis a partir do recebimento do objeto;
b) definitivamente, mediante recibo emitido pelo gestor da demanda, após a verificação
da qualidade e quantidade do objeto em relação ao exigido neste TR e consequente
aceitação, em até 03 (três) dias úteis a partir do recebimento provisório.
5.4.1. Se constatado qualquer defeito em relação ao objeto entregue, caberá ao
fornecedor contratado efetuar a substituição do objeto defeituoso por outro novo, em
perfeitas condições de uso, no prazo máximo de 02 (dois) úteis, a contar da
notificação encaminhada pelo gestor da demanda, sob pena de incorrer nas sanções
previstas no item 7 deste TR.

5.5. O pagamento será efetuado no prazo de até 15 (quinze) dias após a apresentação do
documento fiscal de cobrança pela contratada, condicionado, ainda, à emissão do aceite
definitivo do objeto por parte do gestor. Se o pagamento não for efetuado no prazo acima
referido incidirão sobre o valor da fatura juros de mora de 0,5% (zero vírgula cinco por
cento) ao mês, calculados “pro rata die”, desde o fim desse prazo até a data do efetivo
pagamento.
5.5.1. O gestor responsável instruirá o processo de pagamento mediante juntada ao
processo das seguintes certidões de regularidade do fornecedor contratado, extraídas
nos respectivos sites da internet, conforme descrito abaixo:
a) prova de regularidade para com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(Certificado de Regularidade do FGTS
-https://webp.caixa.gov.br/cidadao/Crf/FgeCfSCriteriosPesquisa.asp);
b) prova de regularidade para com a Seguridade Social - INSS -
http://www.receita.fazenda.gov.br/Aplicacoes/ATSPO/Certidao/CNDConjuntaSeg
Via/NICertidaoSegVia.asp?Tipo=1);
c) prova de regularidade perante a Justiça do Trabalho [Certidão Negativa de Débitos
Trabalhistas (CNDT) - http://www.tst.jus.br/certidao].

6. GARANTIA DO OBJETO:

6.1. Garantia do objeto pelo período mínimo de 12 (doze) meses, a contar da emissão do
aceite definitivo por parte do gestor.
6.2. Eventual assistência técnica no decorrer do prazo de garantia do objeto ocorrerá na
modalidade “balcão”, em conformidade com o disposto no Código de Defesa do
Consumidor (Lei Federal n.º 8.078/90).

7. PENALIDADES:

7.1. Se a Contratada inadimplir as obrigações assumidas, no todo ou em parte, ficará


sujeita às sanções previstas a seguir:

a) pelo atraso na entrega do objeto em relação ao prazo estipulado: 1% (um por cento) do
valor do objeto não entregue, por dia decorrido, até o limite de 10% (dez por cento) do
valor do objeto;
b) pela recusa em efetuar fornecimento do objeto (= inadimplemento total), caracterizada
em 2 (dois) dias úteis após o vencimento do prazo estipulado: 10% (dez por cento) do
valor total contratado;
c) pela demora em substituir o objeto rejeitado, a contar do segundo dia da data da
notificação da rejeição: 2% (dois por cento) do valor do item recusado, por dia
decorrido;
d) pela recusa em substituir o objeto rejeitado, entendendo-se como recusa a substituição
não efetivada nos 5 (cinco) dias que se seguirem à data da rejeição: 10% (dez por
cento) do valor do item rejeitado;
e) pelo inadimplemento parcial, execução imperfeita ou negligência no fornecimento do
objeto: 5% (cinco por cento) do valor total contratado;
f) pelo não cumprimento de qualquer condição fixada neste documento e não abrangida
nas alíneas anteriores: 1% (um por cento) do valor contratado, para cada evento.

7.2. As multas estabelecidas no subitem anterior podem ser aplicadas isolada ou


cumulativamente, ficando o seu total limitado a 10% (dez por cento) do valor total
contratado, sem prejuízo de perdas e danos cabíveis.

8. GESTOR:

Coordenador da Divisão de Patrimônio/Departamento de Compras, Almoxarifado e


Patrimônio.

9. DISPOSIÇÕES GERAIS:

Informações complementares e/ou esclarecimentos sobre o objeto da licitação poderão ser


obtidos junto à Divisão de Patrimônio/DCAP, pelo telefone (51) 3210-2834, ou pelo e-
mail: DCAPpatrimonial@al.rs.gov.br.

10. ANEXOS DO TR:

Anexo I – Modelo de Proposta de Preços.

Data e Assinatura do Gestor.

De acordo.

Data e Assinatura do Diretor do Departamento

ANEXO DO TERMO DE REFERÊNCIA

MODELO DE PROPOSTA DE PREÇOS

MARCA/ PREÇO PREÇO


QUANT. UNITÁRIO
OBJETO MODELO TOTAL
TOTAL (R$) (R$)

Forno micro-ondas, com


capacidade mínima de 29 litros,
03 un
110V, cor branca, sem dourador,
garantia mínima de 12 meses.

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