Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Código: 52823
Guia de .
identificação de
macrofósseis
para as aulas práticas da disciplina
©2020
S
M
Departamento de
GEOLOGIA
1
PORIFERA
——————————
Fig. 1.1 Morfologia da parede das esponjas e seus três tipos básicos de organização. Adaptado de MCKINNEY (1991).
Departamento de
GEOLOGIA
PORIFERA
Na sua expressão mais simples uma esponja Ao tipo de organização dos poríferos acima
apresenta-se como um corpo cilíndrico, erecto, descrito dá-se o nome de ascon. O tipo sicon é
provido de uma cavidade central, denominada constituído pelo agrupamento em torno de um eixo,
paragáster, e de uma abertura exalante no topo, o na mesma esponja, de um número variável de
ósculo (Fig. 1.1). A parede da esponja consiste de unidades ascon, desembocando numa nova
duas camadas de células – interna (endoderme) e cavidade central comum, o paragáster. Por sua vez,
externa (ectoderme) – envolvendo uma outra, de da associação de unidades sicon resulta um novo
consistência gelatinosa e não celular, denominada tipo de organização, o mais complexo, denominado
mesogleia. A parede da esponja apresenta-se leucon (Fig. 1.1).
perfurada por inúmeros pequenos poros inalantes
Fig. 1.2 Tipos de espículas de esponjas e alguns exemplos. A ampliação é variável, mas as microscleras são bastante
mais pequenas que as macroscleras. Adaptado de MCKINNEY (1991).
2
PORIFERA
podendo coalescer e dar origem a uma carcaça Classe Calcispongea [= Calcarea]
esquelética de diversos tipos denominada rede. As Esponjas marinhas com esqueleto calcário, calcítico.
microscleras encontram-se disseminadas no seio da Espículas tipicamente monoaxónicas e/ou tetraxónicas,
esponja, na mesogleia, isoladas umas das outras. normalmente separadas, não originando redes.
A forma das espículas é definida quer pelo Tipicamente, apresentam espículas de uma única
número de eixos, quer pelo número de raios e pelo dimensão.
tipo de terminação destes. Segundo o número de Câmbrico - actualidade.
eixos, as espículas podem ser mono-, tri-, tetra-, e
poliaxónicas. Segundo o número de raios são
conhecidas espículas birradiadas (monoaxónicas), Classe Sclerospongea
tetrarradiadas (tetraxónicas), tri-, penta- e hexar- Esponjas coloniais com esqueleto basal calcário
radiadas (triaxónicas), etc. (Fig. 1.2). laminar coberto por tecido vivo que segrega microscleras
siliciosas e fibras de espongina. Em muitas destas
A terminação dos raios pode ser afilada, esponjas existem sistemas de canais dendríticos que
arredondada ou radiculada (em forma de raiz). confluem em elevações à superfície da colónia.
Neste último caso, as espículas aparentam não
obedecer a nenhum plano estrutural definido, Ordovícico - actualidade.
designando-se por dêsmas. Na realidade, as
variadas formas destas dêsmas siliciosas derivam ?Classe Stromatoporoidea [= Stromatoporata]
de espículas mono e tetraxónicas e resultam do
crescimento irregular de agregados e de ramos de Organismos coloniais aparentados a esponjas,
possuidores de esqueleto basal calcário laminar. Não
sílica. As dêsmas unem-se entre si, dando origem a
possuem microscleras siliciosas.
um tipo especial de esqueleto reticulado deno-
minado rede pétrea ou lististida. Esqueleto carbonatado constituído, basicamente, por
lâminas paralelas ao substrato e pilares perperdiculares
às lâminas.
CLASSIFICAÇÃO
(?Câmbrico médio) Ordovícico médio - Cretácico
(?Oligocénico).
A classificação das esponjas actuais baseia-se,
fundamentalmente, nos seus tecidos moles e,
também, no esqueleto mineralizado. No estado
fóssil apenas se conserva o esqueleto mineralizado, PALEOECOLOGIA
daí que a sua classificação se baseie na
composição do esqueleto, na forma das espículas e
Os espongiários são, na sua maioria,
no tipo de rede esquelética por elas gerado.
organismos marinhos, solitários ou coloniais,
Filo Porifera epibentónicos sésseis, obtendo as partículas
nutritivas de que se alimentam por filtragem da água
(?Proterozóico) Câmbrico – actualidade em que esses nutrientes se encontram em
suspensão - organismos suspensívoros, filtra-
dores.
Classe Demospongea
Actualmente, são mais abundantes em
Esponjas com esqueleto de esponjina, silicioso ou
misto. Espículas mono, tetraxónicas (dêsmas) ou profundidades inferiores a 100m, mas podem ser
poliaxónicas, mas nunca triaxónicas, normalmente, de encontradas a grandes profundidades, nos fundos
duas dimensões (micro e macroscleras). Quando o abissais.
esqueleto é silicioso e se se encontra fundido em rede De salientar a existência de esponjas
litistida ou pétrea é frequente originarem fósseis bem endobentónicas endolíticas, as clionas (família
preservados. Organismos marinhos, salobros e
dulciaquícolas.
Clionaidae). Estas esponjas perfuram substratos
mineralizados de natureza carbonatada, sejam eles
(?Proterozóico) Câmbrico - actualidade. litificados ou de origem biológica, biogénicos
(conchas, etc.), construindo um intrincado sistema
de galerias e câmaras globulares por onde fazem
Classe Hyalospongea [= Hexatinellida] circular a água a ser filtrada. As estrututras
Esponjas marinhas de profundidade, com esqueleto bioerosivas (perfurações, galerias e câmaras)
silicioso, normalmente formado por espículas triaxónicas, originadas pelas esponjas da família Clionidae são
hexarradiadas, frequentemente fundidas em rede. atribuídas ao icnogénero Entobia BRONN.
Espículas, normalmente, de duas dimensões (micro e
macroscleras). É frequente originarem fósseis bem
Durante o Paleozóico e o Mesozóico as esponjas
preservados, pois o esqueleto é silicioso e pode
encontrar-se fundido em rede. constituem um grupo exclusivamente marinho.
Apenas do Cenozóico surgem as primeiras
(?Proterozóico) Câmbrico superior - actualidade. esponjas de água salobra e doce.
3
PORIFERA
Fig. 1.3 Formas de crescimento das colónias de estromatoporóides, em secção transversal, tal como habitualmente
surgem no campo. Adaptado de KERSHAW (1988).
4
PORIFERA
função dos parâmetros ambientais a que os animais – e era controlado por factores muito diversos:
estão sugeitos (hidrodinamismo, iluminação, etc.). genética, tipo de substrato, velocidade de
Assim, e uma vez que a classificação dos sedimentação e hidrodinamismo (Fig. 1.3).
Porifera fósseis se baseia nas características do O esqueleto colonial dos estromatoporóides (o
esqueleto mineralizado, estes são estudados, cenosteum) tem, normalmente, uma composição
normalmente, em lâmina delgada, preparando um carbonatada. Em termos gerais o cenosteum é
esfregaço de espículas dissociadas ou observando- constituído por lâminas horizontais paralelas,
as isoladamente. As espículas isoladas podem ser aplanadas ou onduladas, e por pilares verticais
obtidas desagregando a matriz em que se mais ou menos alongados (Fig. 1.4). Esta estrutura
encontram com a ajuda de ácidos (nítrico ou confere ao esqueleto colonial, em lâmina delgada
clorídrico). ou em superfícies maceradas naturalmente, um
aspecto finamente reticulado.
Os espaços definidos pelas lâminas horizontais e
1.2. STROMATOPOROIDEA os pilares verticais denominam-se galerias, que se
supõe terem albergado os tecidos moles do
organismo que ocupavam uma camada superficial
CARACTERÍSTICAS GERAIS E MORFOLOGIA do esqueleto colonial com apenas alguns milímetros
de espessura (KERSHAW , 1988).
Os Stromatoporoidea (do grego στρώμα, tapete, Esta estrutura é muito variável, em alguns
πόρος, vaso, passagem e óide, ter aspecto de) espécimes dominam as lâminas, noutros as
constituem um grupo extinto de organismos estruturas verticais e a classificação dos
marinhos coloniais, descritos pela primeira vez por estromatoporóides baseia-se, fundamentalmente,
Goldfuss, em 1826, cujo posicionamento sistemático nestas diferenças.
é, ainda, algo controverso. A superfície da colónia pode, também,
Os estromatoporóides construíam esqueletos apresentar aspectos muito variados. Alguns
mais ou menos massivos, com aspecto estratificado estromatoporóides apresentam à superfície do
que podiam atingir dimensões consideráveis (1m ou esqueleto colonial uma série de elevações cónicas
mais de comprimento); paralelamente encontram-se arredondadas, os mamelões. Na superfície do
colónias com, apenas, cerca de 1cm de diâmetro. cenosteum, vulgarmente no topo dos mamelões, é
O aspecto exterior de uma colónia de igualmente frequente encontrarem-se sistemas de
estromatoporóides é bastante variável – mais ou canais estreitos, sem paredes próprias, dispostos
menos tabular ou laminar (colónias encrustantes), radialmente em torno de um canal central vertical -
bolboso, semi-esférico ou em doma, dendróide, etc. as astrorrizas (do grego αστέρι, estrela e ρίζα, raiz)
5
PORIFERA
- que constituem uma das características distintivas hidrodinamismo mais fraco e são características de
dos estromatoporóides (Fig. 1.4). As astrorrizas têm sedimentos finos de lagunas protegidas pelos
expressão no interior do esqueleto colonial, sobre recifes. As formas tabulares e em doma, de maiores
cada uma das lâminas. A função das astrorrizas é dimensões, dominavam em ambientes recifais de
controversa. Segundo o modelo dos estromato- forte hidrodinamismo (Fig. 1.5).
poróides enquanto poríferos, são interpretadas Os estromatoporóides paleozóicos (com apogeu
como estruturas homólogas da cavidade central e durante o Silúrico-Devónico) são, frequentemente,
do ósculo dos espongiários. encontrados em associação com corais tabulados,
com os quais davam origem a construções de tipo
recifal (biohermas e biostromas). Em termos gerais,
AFINIDADE BIOLÓGICA DOS ESTROMATOPORÓIDES os estromatoporóides suplantavam, em capacidade
bioedificadora, os corais tabulados em ambientes de
No passado, os estromatoporóides foram hidrodinamismo mais elevado.
incluídos por diversos autores em grupos tão Os mais espectaculares recifes de estromato-
distintos como os hidrozoários (Cnidaria), as poróides são os do Silúrico de Götland (Ilha sueca
esponjas, os foraminíferos encrustantes, os do Mar Báltico) onde formam massas recifais
briozoários e as algas. Foram, ainda, considerados enormes, com 20m de altura e 200m de diâmetro.
um grupo incertae sedis ou como um filo Nestes recifes os estromatoporóides constituem o
independente sem parentes próximos actuais. principal elemento bioedificador, desempenhando
A descoberta, nos anos de 1970, no Pacífico e os corais um papel subsidiário.
ao largo da Jamaica, de um tipo particular de As rochas carbonatadas resultantes da
esponjas encrustantes veio clarificar as afinidades actividade bioedificadora dos estromatoporóides são
biológicas dos estromatoporóides. Estas esponjas, denominadas calcários recifais de estromato-
que foram incluídas no grupo das Demospongea, poróides, enquanto as originadas pela acumulação
apresentam uma estrutura muito semelhante à dos maioritária de restos esqueléticos destes
estromatoporóides: esqueleto aragonítico estratifi- organismos são denominadas calcários
cado e sistema de canais organizado em estrela biodetríticos/bioclásticos de estromatoporóides.
muito semelhante às astrorrizas. O acme do desenvolvimento dos recifes de
Assim, actualmente, os estromatoporóides são tabulados e estromatoporóides ocorreu no Devo-
considerados poríferos. De salientar que a ausência nico.
de espículas nos estromatoporóides não os exclui Os estromatoporóides mesozóicos (com apogeu
automaticamente do grupo das esponjas, uma vez durante o Jurássico-Cretácico), sob muitos aspectos
que nem todas as esponjas actuais possuem distintos dos paleozóicos, raramente formavam
espículas. estruturas recifais.
6
PORIFERA
característica (lâminas e pilares).
Porque a maioria dos estromatoporóides ocorre,
normalmente, em rochas carbonatadas compactas e
não pode ser extraída da rocha como exemplares
isolados, discretos, e porque a sua micro-estrutura
em pilares e lâminas não pode ser estudada a olho
nú, os estromatoporóides são normalmente
estudados em secções bidimensionais, segundo
planos longitudinais, transversais e oblíquos, em
lâmina delgada ou em superfície polida, com a
ajuda da lupa binocular.
2019/20
7
1.3. IDENTIFICAÇÃO DE FÓSSEIS DE
PORIFERA
Filo Porifera
Classe Demospongea
Jerea LAMOUROUX, 1821
Fig. 1.6
Jerea pyriformis Lamouroux. Cretácico sup., Europa. Adaptado de
MIKHAILOVA & BONDARENKO (1984: 83).
Esponja solitária, em forma de pêra, túlipa, ou cilíndrica,
com pedúnculo curto. Topo aplanado, apresentando Fig. 1.6 - Jerea
pequenas depressões osculares onde desembocam
numerosos canais subverticais (no centro da esponja) a
curvilíneos (na periferia). Canais radiais finos, com início
em poros inalantes localizados na superfície externa.
Cavidade central ausente, ou mal definida. Possui
dêsmas organizadas em rede pétrea. Não se conhecem
microscleras.
Paleoecologia: Organismos marinhos, bentónicos
sésseis. Suspensívoros.
Distribuição estratigráfica: Cretácico.
Departamento de
GEOLOGIA
PORIFERA
Classe Hyalospongea
Classe Calcispongea
9
PORIFERA
?Classe Stromatoporoidea
10
PORIFERA
NOTAS / OBSERVAÇÕES:
11
2
ARCHAEOCYATHA
——————————
Departamento de
GEOLOGIA
ARCHAEOCYATHA
Fig. 2.2 Aspecto exterior de algumas formas típicas de arqueociatos solitários e coloniais. 1 - Dokidocyathus;
2 - Okulitchicyathus; 3 - Kotuyicyathus; 4a-c - Ajacicyathus, cortes transversais sucessivos; 5 - Archaeolynthus.
Adaptado de diversos autores in HILL (1972).
14
13
ARCHAEOCYATHA
É hoje consensual que era no intervalo, e não na ados a estruturas biogénicas com formas e
cavidade central, que se desenrolavam os principais dimensões variáveis (Fig. 2.3).
processos vitais destes organismos. Segundo Na construção destas estruturas recifais do
ZHURAVLEVA (1960, fide HILL, 1972) as correntes de Câmbrico inferior, juntamente com os arqueociatos,
água fluíam do exterior, através da parede externa, participavam também cianobactérias (produtoras de
para o intervalo e daí, de novo para o exterior, para estromatólitos) que, na maioria dos casos,
a cavidade central, através da parede interna. Ainda assumiam o papel de principal elemento
segundo Zhuravleva, a matéria viva dos bioedificador do recife.
arqueociatos seria constituída por células uniformes A profundidades maiores apenas subsistiam
e indiferenciadas (à excepção de algumas células exemplares isolados de formas solitárias. Não são
sexuais), desenrolando-se os processos vitais conhecidos arqueociatos em sedimentos
básicos, como a digestão e a excreção, intra- depositados a profundidades estimadas superiores
celularmente e de modo análogo ao dos Protozoa e a cerca de 100m.
dos Porifera.
Os fósseis destes organismos também são
Os Archaeocyatha são os mais antigos encontrados em fácies carbonatadas não-recifais
metazoários macroscópicos com esqueleto em associação, principalmente, com gastrópodes,
mineralizado conhecidos e contam-se entre os braquiópodes e trilobites. Nos locais onde as
principais elementos da denominada fauna esponjas abundam os arqueociatos tendem a
tommotiana (CAIXA 1). rarear.
Os arqueociatos são os primeiros organismos Os arqueociatos, ainda que de modo modesto,
multicelulares a estarem associados à construção podem estar representados em fácies argilosas,
de recifes. No Câmbrico inferior, em condições de associados a trilobites e braquiópodes. Nestas
existência ideais – águas quentes (25ºC) e circunstâncias, uma vez que o acarreio terrígeno
agitadas, com salinidade marinha normal e fino inibia o seu desenvolvimento, predominam as
profundidades da ordem dos 20-30m a 50m – os formas solitárias.
arqueociatos encontram-se, normalmente, associ-
15
14
ARCHAEOCYATHA
Fig. 2.3 Distribuição batimétrica dos arqueociatos e sua relação com a formação de recifes de estromatólitos e
arqueociatos. Adaptado de ZHURAVLEVA (1960, in HILL, 1972).
16
15
ARCHAEOCYATHA
vezes, substituída diageneticamente por sílica. Esta
silicificação (epigenização) processa-se, normal-
mente, de tal modo que não oblitera os detalhes da
morfologia e da estrutura dos arqueociatos. Nestas
circunstâncias torna-se possível pôr em relevo os
esqueletos silicificados dos arqueociatos, dissolven-
do o calcário matricial em que se encontram
incluídos com ácido clorídrico muito diluído.
Na maioria dos casos, contudo, a composição
dos esqueletos permanece carbonatada. Nestas
circunstâncias procede-se à realização de lâminas
delgadas segundo planos longitudinais (axiais e
tangenciais), transversais e oblíquos que permitam
reconstituir as diversas estruturas esqueléticas em
estudo e, em última análise, a totalidade do
esqueleto do arqueociato.
2017/18
17
16
2.2. IDENTIFICAÇÃO DE FÓSSEIS DE
ARCHAEOCYATHA
Classe Archaeocyatha
“Grupo” Regulares
“Grupo” Irregulares
Archaeocyathus BILLINGS, 1861
Fig. 2.5
Archaeocyathus regularis Krasnopeeva. Câmbrico inf., Altai. Adaptado
de BONDARENKO & MIKHAILOVA (1984: 104).
BIBLIOGRAFIA
AUSICH, W.I. & BOTTJER, D.J. 1990. Early Diversification of
Major Marine Habitats. Infauna and Epifauna, in Brigs, D.E.
& Crowther, P.R. (Eds.), Paleobiology, A Synthesis,
Backwell Scientific Publications, Oxford, pp. 41-49.
BONDARENKO, O.B. & MIKHAILOVA, I.A. 1984. Kratkii Opredelitel’
Iskopaemykh Bespozvonotchnykh. Nedra, Moscovo,
536pp.
Departamento de
GEOLOGIA
ARCHAEOCYATHA
NOTAS / OBSERVAÇÕES:
18
3.2. IDENTIFICAÇÃO DE FÓSSEIS DE
CNIDARIA
Filo Cnidaria
Superclasse Anthozoa
secção transversal
Classe Zoantharia
Subclasse Tabulata
septos reduzidos
Favosites LAMARCK, 1816 septos
Fig. 3.1
Favosites sp. Adaptado de BENTON & H ARPER (1997: 105).
Coral colonial, massivo, cerióide, i.e., com coralitos
densamente empacotados, uns contra os outros.
Fig. 3.1 - Favosites
Coralitos de pequeno diâmetro (1-2mm), com secção
poligonal, penta a hexagonal, com parede perfurada,
secção transversal
apresentando poros dispostos em uma, duas ou três
fiadas verticais. Septos pouco desenvolvidos,
espinhosos, muito curtos ou ausentes. Tábulas bem
desenvolvidas, muito numerosas e finas.
Paleoecologia: Organismos epibentónicos livres,
suspensívoros. Ambientes marinhos bentónicos, pouco tubículo de verme tábulas
profundos, carbonatados, de águas quentes e salinidade
normal. Por vezes, associados a biohermas.
Distribuição estratigráfica: Ordovícico sup. a Devónico
médio.
Departamento de
GEOLOGIA
CNIDARIA
secção transversal
Coral colonial, massivo, não-cerióide, i.e., com coralitos
isolados uns dos outros. Coralitos de pequeno diâmetro
(1-2 mm), com secção circular a levemente poligonal,
separados uns dos outros por tecido vesicular
intermédio, constituído por minúsculos tubos poligonais.
Cada coralito apresenta claramente 12 septos radiais,
reduzidos, curtos, espinhosos. coralito Fig. 3.5 - Heliolithes
Paleoecologia: Ver género Favosites, acima.
Distribuição estratigráfica: Silúrico inferior a Devónico
superior.
Subclasse Tetracorallia
Calceola LAMARCK, 1799 opérculo
Fig. 3.6
Calceola sandalina (Linnaeus). BONDARENKO & MIKHAILOVA (1984: 141).
20
CNIDARIA
Subclasse Hexacorallia
Fungiidae
21
CNIDARIA
dissepimentos
Montlivaltiidae
secção transversal
10 cm de diâmetro. Septos finos, rectilíneos, de
diferentes dimensões, numerosos, densamente
empacotados, elevando-se acima da epiteca. Zona
central do cálice pouco profunda. Dissepimentos bem
desenvolvidos (só visível em corte). Epiteca
relativamente bem desenvolvida. Columela, geralmente,
pouco desen-volvida ou ausente. septos sobrelevados
Paleoecologia: Organismos epibentónicos sésseis
cimentados, suspensívoros a carnívoros. Hermatípicos.
Ambientes marinhos bentónicos, recifais, de plataforma
pouco profunda, de águas quentes e salinidade normal.
Distribuição estratigráfica: Jurássico a Cretácico.
Caryophylliidae
Fig. 3.11 - Montlivaltia
Antillocyathus W ELLS, 1937
Fig. 3.12
Antillocyathus maoensis (Vaughan). Miocénico, República Dominicana.
A - Vista lateral. B - Vista axial do cálice. De MOORE (1956: F422).
Flabellidae
BIBLIOGRAFIA
BLACK, R.M. 1970. The Elements of Palaeontology. Cambridge
Univ. Press, Cambridge, 2 nd ed., 1988, 404 pp.
BENTON, M. & HARPER, D. 1997. Basic Palaeontology.
Longman, Harlow, 342 pp.
BONDARENKO, O.B. & MIKHAILOVA, I.A. 1984. Kratkii Opredelitel’
Iskopaemykh Bespozvonotchnykh. Nedra, Moscovo, 2ª ed.,
536 pp.
CLARKSON, E.N.K. 1979. Invertebrate Palaeontology and
Evolution. Allen & Unwin, London, 2nd ed., 1986, 382 pp.
MELENDEZ, B. 1970. Paleontología. Paranfino, Madrid, Vol. 1,
714 pp.
22
CNIDARIA
NOTAS / OBSERVAÇÕES:
23
4.2. IDENTIFICAÇÃO DE FÓSSEIS DE
BRACHIOPODA
Filo Brachiopoda
Classe Lingulata
Lingulida
Departamento de
GEOLOGIA
BRACHIOPODA
Classe Calciata
Craniida
Trimerellida
Orthida
25
BRACHIOPODA
Rhynchonellida
Fig. 4.9
Aspecto de “Rhynchonella” senso lato. Goniorhynchia boueti (Davidson).
Extraído de COX (1962: est. 7). Legenda, vide Fig. 4.8.
26
BRACHIOPODA
Atrypida Fig. 4.11 - Atrypa
Atrypa DALMAN, 1828
Fig. 4.11
Atrypa reticularis (Linnaeus). De MOORE (1952: 254). A - Vista braquial; B
- Vista posterior; C - Perfil; D - Secção; E - Valva braquial (interior).
Concha pequena a média (1,5-3,5 cm), com contorno
circular, biconvexa a plano-convexa, com valva braquial
inflada. Comissura frontal rectimarginada ou com leve
prega na valva braquial. Valva peduncular desprovida de
abertura; adultos em pedúnculo. Ornamentação
constituída por numerosas costilhas finas e de topo
arredondado, intersectadas por linhas de crescimento
concêntricas, por vezes formando pequenas pregas
folheadas. Interior simples, com fortes dentes e fossetas.
Braquídio espiralado, perpendicularmente ao plano de
comissura (Fig. 11. D-E).
Paleoecologia: Organismos epibentónicos livres,
repousando sobre a valva braquial, suspensívoros.
Ambientes marinhos bentónicos, pouco profundos, de
salinidade normal.
Distribuição estratigráfica: Silúrico a Devónico.
Spiriferida
27
BRACHIOPODA
Terebratulida
BIBLIOGRAFIA
COX, L.R. (1962) - British Mesozoic Fossils. British Museum
Fig. 4.16 - Lobothyris
(Natural History), London, 6 th ed., 1983, 209 pp.
COX, L.R. (1964) - British Palaeozoic Fossils. British Museum
(Natural History), London, 4th ed., 1983, 203 pp.
CLARKSON, E.N.K. (1979) - Invertebrate Palaeontology and
Evolution. Allen & Unwin, London, 2nd ed., 1986, 382 pp.
BONDARENKO, O.B. & MIKHAILOVA, I.A. (1984) - Kratkii Opredelitel’
Iskopaemykh Bespozvonotchnykh. Nedra, Moscovo, 2ª ed.,
536 pp.
LEE, D.E.; BRUNTON, C.H.C.; RUGGIERO, E.T.; CALDARA, M. &
SIMONE, O. (2001) - The Cenozoic Brachiopod Terebratula:
28
BRACHIOPODA
NOTAS / OBSERVAÇÕES:
29
5.2. IDENTIFICAÇÃO DE FÓSSEIS DE
GASTROPODA
Filo Mollusca
Classe Gastropoda
Subclasse Prosobranchia
Ordem Archaeogastropoda
Ordem Caenogastropoda
Departamento de
GEOLOGIA
GASTROPODA
31
GASTROPODA
Ordem Neogastropoda
32
GASTROPODA
B
Neoptyxis PCHELINTSEV, 1934
Fig. 5.12
Neoptyxis olisiponensis (Sharpe). Cretácico, Cen. A - Morfologia das
pregas internas (labral, parietal, columelar, basal). Adaptado de SIRNA &
MASTROIANNI (1993: 144); B - Cortes axiais. Cenomaniano de Lisboa.
Concha similar à de Nerinea, ver acima, mas com voltas
aplanadas e pregas internas com morfologia distinta
(Fig. 5.12 A).
Paleoecologia: Ver Nerinea, acima.
Fig. 5.12 - Neoptyxis
Distribuição estratigráfica: Cretácico (Cen).
33
GASTROPODA
Subclasse? Heterobranchia
Subclasse? Pulmonata
34
GASTROPODA
BIBLIOGRAFIA
AYOUB-HANNAA, W. & FÜRSICH, F.T. 2011. Revision of
Cenomanian-Turonian (Upper Cretaceous) gastropods from
Egypt. Zitteliana, 51: 115-152.
BLACK, R.M. 1970. The Elements of Palaeontology. Cambridge
Univ. Press, Cambridge, 2 nd edition, 1988, 404 pp.
COX, L.R. 1960. British Caenozoic Fossils. British Museum
(Natural History), Londres, 5ª edição, 1988, 132 pp.
LÓPEZ-MARTÍNEZ, N. 1986. Guía de campo de los fósiles de
España. Ediciones Pirámide, Madrid, 479 pp.
MOORE, R.C.; LALICKER, C.G. & FISHER, A.G. 1952. Invertebrate
Fossils. McGraw-Hill Book Comp. Inc., New York, 766 pp.
NIELD, E.W. 1987. Drawing and Understanding Fossils. A
theoretical and pactical Guide for Beginners with self-
assessment. Pergamon Press, Oxford, 790pp.
PIVETEAU, J. 1952. Traité de Paléontologie. Tome II. Masson et
comp., Paris, 790 pp.
SIRNA, G. & MASTROIANNI, F. 1993. Jurassic-Cretaceous
Nerineids of Campoli Appenino (Latium). Geologica
Romana, 29: 139-153.
2019/20
NOTAS / OBSERVAÇÕES:
35
6.2. IDENTIFICAÇÃO DE FÓSSEIS DE
BIVALVIA
Filo Mollusca
Classe Bivalvia
Ordem Taxodonta
Fig. 6.1 - Arca
Arca LINNAEUS, 1758
Fig. 6.1
Arca biangula Lamarck. Eocénico inferior. Valva esq. A - Vista dorsal;
B - Vista exterior; C - Vista interna. Extraído de COX (1960: est. 6).
Concha pequena a grande, trapezoidal, equivalve, muito
inequilateral, integripaleada. Charneira taxodonte, longa,
rectilínea. Área ligamentar externa ampla, ornada de
estrias em . Ornamentação constituída por costilhas
radiais finas. Extremo posterior da concha aliforme,
destacado por quilha radial. Bordo interno liso.
Apresenta forte hiato (fenda) bissal no bordo ventral,
marcado por forte depressão no contorno das valvas.
Paleoecologia: Organismos epibentónicos sésseis
bissados, suspensívoros. Ambientes marinhos
bentónicos, pouco profundos (médiolitoral a infralitoral),
sobre substrato rochoso, de águas de temperatura
(sobretudo) subtropical a tropical, de salinidade normal.
Distribuição estratigráfica: Triásico à actualidade.
Departamento de
GEOLOGIA
BIVALVIA
Concha grande (até 50 cm), muito espessa, com Fig. 6.7 - Crassostrea
contorno variável, normalmente alongado dorso-
ventralmente, com bordos laterais paralelos,
inequivalve, inequilateral, integripaleada, monomiária.
Charneira disodonte. Resilífer alongado dorso-
ventralmente, côncavo na valva esquerda, convexo na
direita. Ornamentação constituída por fortes linhas de
crescimento lamelares.
37
BIVALVIA
38
BIVALVIA
Ordem Isodonta
39
BIVALVIA
Ordem Schizodonta
40
BIVALVIA
Ordem Heterodonta
41
BIVALVIA
Família Requieniidae
42
BIVALVIA
Família Caprinidae
Família Hippuritidae
43
BIVALVIA
Família Radiolitidae
Subfamília Radiolitinae: Parede da VF celuloprismática, composta por
células prismáticas rectangulares, em secção transversal.
BIBLIOGRAFIA
BERTHOU, P.Y. 1973. Le Cénomanien de L’Estrémadure
Portugaise. Mem. Serv. Geol. Portugal, Lisboa, NS, 23: 1-
168.
BONDARENKO, O.B. & MIKHAILOVA, I.A. 1984. Kratkii Opredelitel’
Iskopaemykh Bespozvonotchnykh. Nedra, Moscovo, 2ª
edição, 536 pp.
COX, L.R. 1960. British Caenozoic Fossils. British Museum
(Natural History), Londres, 5ª edição, 1988, 132 pp.
COX, L.R. 1962. British Mesozoic Fossils. British Museum
(Natural History), Londres, 6ª edição, 1983, 209 pp.
COX, L.R. 1964. British Palaeozoic Fossils. British Museum
(Natural History), Londres, 4ª edição, 1983, 203 pp.
DOLLFUS, G.F.; COTTER, J.C.B. & GOMES, J.P. 1903-04.
Mollusques tertiaires du Portugal. Mem. Serv. Geol.
Portugal, Lisboa, 34: 6+46+65 pp.
MELENDEZ, B. 1970. Paleontología. Tomo 1. Paraninfo, Madrid,
714 pp.
NOTAS / OBSERVAÇÕES:
45
7.2. IDENTIFICAÇÃO DE FÓSSEIS DE
CEPHALOPODA
Filo Mollusca
Classe Cephalopoda
Subclasse Nautiloidea
Ordem Nautilida; Família Nautiloidea
Família Aturidae
Departamento de
GEOLOGIA
CEPHALOPODA
Subclasse Orthoceratoidea
Subclasse Ammonoidea
Ordem Anarcestida
Ordem Goniatitida
47
CEPHALOPODA
Ordem Ceratitida
Superfamília Ceratitaceae
48
CEPHALOPODA
Ordem Lytoceratida
Ordem Ammonitida
Superfamília Eoderocerataceae
49
CEPHALOPODA
Superfamília Hildocerataceae
50
CEPHALOPODA
Superfamília Stephanocerataceae
Superfamília Perisphinctaceae
51
CEPHALOPODA
Superfamília Douvilleicerataceae
Ordem Lytoceratida
Superfamília Turrilitaceae
52
CEPHALOPODA
Superfamília Scaphitaceae
Fig. 7.23 - Turrilites
Macroscaphites MEEK, 1876
Fig. 7.24
Macroscaphites yvani (Puzos). Cretácico inf., França. Adaptado de
MIKHAILOVA & BONDARENKO (1997: 305).
Subclasse Coleoidea
Ordem Belemnitida
53
CEPHALOPODA
BIBLIOGRAFIA
BONDARENKO, O.B. & MIKHAILOVA, I.A. 1984. Kratkii Opredelitel’
Iskopaemykh Bespozvonotchnykh. Nedra, Moscovo, 2ª ed.,
536 pp.
Fig. 7.28 - Belemnitella
CHÂTELIER, H. 2004. Ammonites et autres spirales, em
http://perso.wanadoo.fr/herve.chatelier/index.htm, consulta-
do em 16.11.2004.
COX, L.R. 1962. British Mesozoic Fossils. British Museum
(Natural History), London, 6th ed., 1983, 209 pp.
HSIUNG, D. 2004. Lés Fossiles, em http://www.fossiles.be
/index.htm, consultado em Novembro de 2004
MIKHAILOVA, I.A. & BONDARENKO, O.B. 1997. Paleontologia.
Parte 2. Ed. Moscovskogo Universiteta, Moscovo, 495 pp.
MORET, L. (1966). Manuel de Paléontologie Animale. Mason et
Cia., Paris, 781 pp.
MURRAY, J.W. (Ed.) 1985. Atlas of Invertebrate Macrofossils.
Longman, Harlow, 241 pp.
PIVETEAU, J. 1952. Traité de Paléontologie. Tome II. Masson et
comp., Paris, 790 pp.
RUZHENTZEV, V.E. (Ed.) 1962. Mollyuskii – Golovonigie. I, in
Orlov, Yu.A. (Ed.), Osnovy Paleontologii, Isdatel’stvo
Akademii Nauk SSSR, Moscovo, tomo 5, 439 pp.
2019/20
54
8.2. IDENTIFICAÇÃO DE FÓSSEIS DE
TRILOBITA
Fig. 8.1 - Agnostus
Filo Arthropoda
Superclasse Trilobitomorpha
Classe Trilobita
Subclasse Miomera
Ordem Agnostida
Subclasse Polymera
Ordem Redlichiida
Departamento de
GEOLOGIA
TRILOBITA
Ordem Corynexochida
Carapaça média (até 8 cm), micropígica. Cefalão algo Fig. 8.7 - Eodalmanitina
ogival, com glabela claviforme, alargando anteriormente destombesi
(com lóbulo frontal, Lf, muito desenvolvido), com sulcos
glabelares bem marcados: SO, S1 e S2 equidistantes,
56
TRILOBITA
57
TRILOBITA
BIBLIOGRAFIA
COX, L.R. 1964. British Palaeozoic Fossils. British Museum
(Natural History), Londres, 4ª edição, 1983, 203 pp.
BONDARENKO, O.B. & MIKHAILOVA, I.A. 1984. Kratkii Opredelitel’
Iskopaemykh Bespozvonotchnykh. Nedra, Moscovo, 2ª
edição, 536 pp.
MOORE, R.C.; LALICKER, C.G. & FISHER, A.G. 1952. Invertebrate
Fossils. McGraw-Hill Book Comp. Inc., New York, 766 pp.
RICHTER, A.E. 1981. Manual del coleccionista de fósiles.
Ediciones Omega, Barcelona, edição de 1989, 460 pp.
TASCH, P. 1973. Paleontology of the Invertebrates. Data
retrieval from the fossil record. John Wiley & Sons, New
York, 2ª edição, 1980, 975 pp.
2019/20
NOTAS / OBSERVAÇÕES:
58
9.2. IDENTIFICAÇÃO DE FÓSSEIS DE
ECHINOIDEA
Filo Echinodermata
Classe Echinoidea
Subclasse Perischoechinoidea
Subclasse Euechinoidea
Euequinóides endocíclicos (=Regulares)
Departamento de
GEOLOGIA
ECHINODERMATA
60
ECHINODERMATA
61
ECHINODERMATA
62
ECHINODERMATA
BIBLIOGRAFIA
BONDARENKO, O.B. & MIKHAILOVA, I.A. 1984. Kratkii Opredelitel’
Iskopaemykh Bespozvonotchnykh. Nedra, Moscovo, 2ª edi-
ção, 536 pp.
COX, L.R. 1962. British Mesozoic Fossils. British Museum
(Natural History), Londres, 6ª edição, 1983, 209 pp.
DURHAM, J.W. 1955. Classification of clypeasteroid echinoids.
University of California Publications in Geological Sciences,
31: 73-198.
LÓPEZ-MARTÍNEZ, N. (1986) - Guía de campo de los fósiles de
España. Ediciones Pirámide, Madrid, 479 pp.
MOORE, R.C. (Ed.) 1966. Treatise on Invertebrate Paleontolo-
gy. Part U, Echinodermata 3. Vol. 2. Geol. Soc. Am. & Univ.
Kansas, Lawrence, Kansas, pp. U367-U695.
MELENDEZ, B. 1970. Paleontología. Paranfino, Madrid, 712 pp.
MORET, L. 1966. Manuel de Paléontologie Animale. Mason et
Cia., Paris, 781 pp.
RICHTER, A.E. 1989. Manual del coleccionista de fósiles.
Ediciones Omega, Barcelona, edição de 1989, 460 pp.
SMITH, A.B. 2007. The Echinoid Directory. The Natural History
Museum, London. http://www.nhm.ac.uk/research-curation/
projects/echinoid-directory/index.html (consultado em
29.08.2011).
2019/20
NOTAS / OBSERVAÇÕES:
63
10.2. IDENTIFICAÇÃO DE FÓSSEIS DE
GRAPTOLITHINA
Filo Hemichordata
Classe Graptolithina
Ordem Dendroidea
Ordem Graptoloidea
Didymograptus M’COY, 1851
Fig. 10.2
A - D. murchisoni (Beck). Ordovícico médio, Inglaterra. Adaptado de COX
(1964: est. 14). B - Idem. De MOORE (1970: V117).
Departamento de
GEOLOGIA
GRAPTOLITHINA
BIBLIOGRAFIA
COX, L.R. 1964. British Palaeozoic Fossils. British Museum
(Natural History), Londres, 4ª edição, 1983, 203 pp.
MOORE, R.C. (Ed.) 1970. Treatise on Invertebrate Paleontolo-
gy. Part V, Graptolithina. Geol. Soc. Am. & Univ. Kansas,
Lawrence, Kansas, pp. V1-V163.
2019/2020
65
11.2. IDENTIFICAÇÃO DE FÓSSEIS DE
LEPIDODENDRALES
Reino Plantae
Divisão Lycophyta (=Lycopsida)
Ordem Lepidodendrales
Departamento de
GEOLOGIA
LYCOPHYTA
BIBLIOGRAFIA
JOSTEN, K.-H. 1991. Die Steinkohlen-Floren Nordwestdeutsch-
lands. Fortschritte in der Geologie von Rheinland un Fig. 11.6 - Stigmaria
Westfalen, 36: 1-434.
2019/20
67
12.2. IDENTIFICAÇÃO DE FÓSSEIS DE
ARTHROPHYTA
Ordem Sphenophyllales
Ordem Calamitales
Departamento de
GEOLOGIA
ARTHROPHYTA
Ordem Equisetales
BIBLIOGRAFIA
COX, L.R. 1964. British Palaeozoic Fossils. British Museum
(Natural History), London, 4th ed., 1983, 203 pp.
Fig. 12.6 - Equisetum
JOSTEN, K.-H. 1991. Die Steinkohlen-Floren Nordwestdeutsch-
lands. Fortschritte in der Geologie von Rheinland un
Westfalen, 36: 1-434.
2019/20
69
13.2. IDENTIFICAÇÃO DE FÓSSEIS DE
PTERODOPHYLLA
Grupo Pteridophylla
(Grupo artificial abrangendo a folhagem
de Pteridophyta + Pteridospermophyta)
Subgrupo 1A
Pínulas com bordo recortado
Mariopteris BRONGNIART
Fig. 13.3
Mariopteris nervosa (Brongniart). Carbónico sup., Inglaterra. Adaptado
de Cox (1964: est. 40).
Departamento de
GEOLOGIA
PTERIDOPHYLLA
Subgrupo 1B
Pínulas com bordo inteiro
e com inserção integral
Pecopteris BRONGNIART
Fig. 13.4
Pecopteris polymorpha Brongniart. Carbónico sup., Inglaterra. Adaptado
de Cox (1964: est. 40).
Subgrupo 1C
Pínulas com bordo decorrente
71
PTERIDOPHYLLA
Subgrupo 1D
Pínulas com inserção peciolada ou cordiforme
Neuropteris BRONGNIART
Fig. 13.9
A - Neuropteris hollandica Stockmans. B - Neuropteris dussarti Laveine.
Carbónico sup., Alemanha. Adaptado de JOSTEN (1991: 321-322).
Grupo morfológico 2
Pínulas com nervação anastomosada
Subgrupo 2A
Pínulas com bordo inteiro
Glossopteris
Fig. 13.11
Glossopteris sp. Carbónico sup., Índia. Adaptado de GOTHAN & W EYLAND
(1964: 290).
72
PTERIDOPHYLLA
Subgrupo 2B
Pínulas com bordo decorrente
Lonchopteris BRONGNIART
Fig. 13.12
Lonchpteris rugosa Brongniart. Carbónico sup., Alemanha. Adaptado de
JOSTEN (1991: 306).
Subgrupo 2C
Pínulas com base cordiforme
Linopteris PRESL
Fig. 13.13
A - Linopteris neuropteroides (Gutbier). Carbónico sup., Alemanha.
Adaptado de GOTHAN & W EYLAND (1964: 277); A - Linopteris obliqua
(Bunbury). Carbónico sup., Alemanha. Adaptado de JOSTEN (1991: 344).
BIBLIOGRAFIA
COX, L.R. 1964. British Palaeozoic Fossils. British Museum
(Natural History), London, 4th ed., 1983, 203 pp.
DENIZOT, G. 1976. Atlas des Fossiles. Fascicule I, Fossiles
Primaires et Triasiques. Éd. N. Boubée & Cia. Paris, 87 pp.
GOTHAN. W. & H. W EYLAND. 1964. Lehrbuch der Paläobotanik.
2. Aufl. bv H. Weyland. Akademie-Verlag, Berlin, 535 pp.
JOSTEN, K.-H. 1991. Die Steinkohlen-Floren Nordwestdeutsch-
lands. Fortschritte in der Geologie von Rheinland un
Westfalen, 36: 1-434.
2019/20
73
14.2. IDENTIFICAÇÃO DE ICNOFÓSSEIS
Estruturas de Bioturbação
Categoria etológica: Fodinichnia
Departamento de
GEOLOGIA
PALEOICNOLOGIA
75
PALEOICNOLOGIA
Estruturas de Bioerosão
Categoria etológica: Domichnia
76
PALEOICNOLOGIA
BIBLIOGRAFIA
CARMONA, N.B; BUATOIS, L.A. & MÁNGANO, M.G. 2004. The
trace fossil record of burrowing decapod crustaceans.
Fossils and Strata, 51: 141-153.
KELLY, S.; BROMLEY, R.G. 1984. Ichnological nomenclature of
clavate borings. Palaeontology, 27: 793-807.
LOCKLEY, M.G.; MEYER, C.A. & SANTOS, V.F. DOS (1996)
Megalosauripus, Megalosauropus and the concept of
megalosaur footprints. In: Morales, M., Ed., The Continental
Jurassic. Museum of Northern Arizona Bull., 60: 113-118.
RAZZOLINI, N.L.; BELVEDERE, M.; MARTY, D.; PARATTE, G., LOVIS,
C.; CATTIN, M. & MEYER, C.A. (2017) Megalosauripus
transjuranicus ichnosp. nov. A new Late Jurassic theropod
ichnotaxon from NW Switzerland and implications for
tridactyl dinosaur ichnology and ichnotaxomy. PLoS ONE
12(7): e0180289.
Acessível em: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0180289
SCHÖNBERG, C. 2008. History of sponge erosion: from past
myths and hypotheses to recent approaches. In Wisshak,
M. & Tapanila, L. (Eds.), Current Developments in
Bioerosion. Erlangen Earth Conference Series, Springer
Verlag, pp. 165-202.
2019/20
77
15
BREVE GLOSSÁRIO ETIMOLÓGICO
PALEONTOLÓGICO
incluindo nomes de grupos taxonómicos
——————————
Departamento de
GEOLOGIA
GLOSSÁRIO
Abertura, s.f., Orifício, buraco. Nos gastrópodes, aductores: Nos moluscos bivalves e nos
orifício no extremo distal (final, mais jovem) braquiópodes, os músculos que ao contra-
da concha através do qual extrude a cabeça irem-se promovem o fecho das valvas da
e o pé musculoso do animal quando se concha, aproximando-as uma da outra. Do
encontra activo. Nos amonóides, parte Lat. addūcere, aduzir, de ad , em direcção a
aberta do habitáculo limitada pelo peristoma + dūcō, conduzir, dirigir. Do Lat. adductōre, o
(Rocha, 1971). Abertura holostomada. que conduz, de addūcere, aduzir, de ad , em
Abertura sifonostomada. Do Lat. direcção a + dūcō, conduzir, dirigir. ↔
apertura. Abductor, diductor.
Acantóide, adj., Espinhoso, em forma de espinho. Adulto, adj., s.m., Crescido, que atingiu o estado
Do Gr. ant. ἄκανθος, ákanthos, cardo, espi- maduro, em que pode reproduzir-se, que
nhoso (do Gr. ant. ἀκή, akḗ, ponta, espinho + atingiu o seu pleno desenvolvimento. Do Lat.
ἄνθος, ánthos, flor) + suf. -εἶδος, -eîdos, - adultu, part. pass. de adolescâre, crescer.
ειδής, -eidḗs, -οειδής, -oeidḗs (de εἶδος, Advoluto, adj., Concha advoluta: em conchas
eîdos), semelhante a, com aspecto ou forma planispirais de gastrópodes e de amonói-des,
de. concha em que as voltas sucessivas
Acícula, s.f., Pequena agulha. Processo em forma contactam umas com as outras apenas
de agulha, espinha. Do Lat. tard. acicûla, tangencialmente. Do Lat. pref. ad, a, para +
espinha, pequena agulha. volutare, rolar por várias vezes.
Acicular, adj., Em forma de agulha; que tem forma aff., abrev. Do Lat. affinis, significando afim,
de agulha. (Do lat. acicularis). aparentado. Sinal de nomenclatura
Acinaciforme, adj., Em forma de folha de sabre ou aberta. Em nomenclatura aberta, entre o
de cimitarra, alfanjado. Apresentando um nome genérico e o restitivo específico no
bordo espesso e côncavo e o outro fino e nome de um táxone de categoria específica,
convexo. Do Gr. ἀκινάκης, ákinákes, acína- significa que se trata (que se poderá tratar)
ce, pelo Lat. acinàce, acínace, cimitarra. de um exemplar pertencente a uma espécie
nova, ainda não descrita, mas vizinha da
Aculeado, adj., Aguçado, que tem espinho ou espécie referida, ou que o exemplar se
acúleo, em forma de acúleo. Do aproxima mais dos da espécie referida, mas
Lat. aculeatu, provido de ponta. ostentando diferenças que não permitem
Acúleo, s.m., Aguilhão, espinho curto, pua. Do uma identificação incontroversa. Vide
Lat. aculeu, ponta. Bengtson (1988). E.g., “Hemipristis aff. serra
Adapertural, adj., Próximo da abertura, do mesmo (Agassiz, 1843)”. Vide Bengtson (1988). Do
lado da abertura. Do Lat. pref. ad, a, para, do Lat. affinis, afim, aparentado, vizinho. De ad,
mesmo lado de + apertura, abertura. em direcção + fīnis, fronteira.
Adapical, adj., Próximo do ápice, em direcção ao agg., abrev. Do Lat. aggregatio, significando agre-
ápice. Do Lat. pref. ad, a, para, do mesmo gação, associação, adição, adjunção.
lado de + apex, ápice. al., alior., abrev. Do Lat. aliorumque, significando e
Adaxial, adj., Próximo do eixo (e.g., de enrola- outros, no sentido “e outros autores”.
mento, de simetria), em direcção ao eixo. Do Agnostida, Subclasse de trilobites (≈ Miomera). De
Lat. pref. ad, a, para, do mesmo lado de + Agnostus, género de trilobites, do Gr. ant.
axis, eixo. γνωστός, gnōstós, conhecer, saber + pref.
Ad- pref., Elemento da formação das palavras que privativo α-, a-, αν-, an-, sem, não (ter), ou
exprime a ideia de para, do mesmo lado de. seja, neste caso, “que não conhece”.
Do Lat. pref. ad, a, para, do mesmo lado de. Alado, adj.,Que tem asas, expandido como uma
ad., adult., abrev., Do Lat. adultus, -ta, tum, signi- asa ou em forma de asa. Do Lat. ala, asa.
ficando adulto. Alethopteris, Género-forma de folhagem de platas
ad int., abrev., Do Lat. ad interim, significando por pteridófilas. Do Gr. ant. ἀληθής, alēthḗs,
enquanto, entretanto, provisoriamente. verdadeiro (antón. ψευδής, pseudḗs, falso) +
πτέρυξ, ptéruks, asa, penas, voo, algo que
ad lib., abrev., Do Lat. ad libitum, significando à pareça uma asa, πτερόν, pterón, asa, pena.
vontade, a bel-prazer. πτέρη. Talvez tb. do Gr. φτέρη, πτέρη, ftéri,
Aductor, adj., Que aduz, aproxima ou transporta ptéri, feto.
algo de um lugar a outro. Em Anatomia, que Aliforme, adj., Que tem forma de asa. Do Lat. ala,
move estruturas do corpo no sentido do seu asa + formis.
centro (ou do plano mediano). Músculos
79
78
GLOSSÁRIO
78
80
GLOSSÁRIO
ângulo inscrito num plano axial da concha, Apertural, adj., Respeitante à abertura, localizado
formado por duas rectas tangentes aos no mesmo lado da da concha em que se
extremos abaxiais das duas últimas voltas da localiza a abertura, e.g, nos gastrópo-des,
concha. O ângulo pleural pode diferir à abertura da concha. Vista apertural:
significativa-mente do ângulo apical ou do perspectiva ou representação olhando para a
ângulo espiral. Se o incremento das voltas for face do objecto contendo a abertura. Do Lat.
constante o ângulo espiral será igual ao apertūra, abertura, buraco.
ângulo pleural e ao ângulo apical. Do Lat. Ápex, s.m., Forma alatinada de → ápice. Do Lat.
angulus. apex.
Angustiado, adj., Apertado, estreito, estreitado, Apical, adj., Relativo ao ápice; que se localiza no
diminuindo rapidamente em largura. Par. ápice. Disco apical: nos equinóides endocí-
pass. de angustiar. Do Lat. angustiáre, clicos, conjunto de dez placas (cinco placas
apertar. oculares e cinco genitas) localizadas no polo
Annularia, Género-forma de folhagem de plantas aboral da carapaça, no vértice das áreas
artrófitas calamitales paleozóicas. Do Lat. ambulacrárias e interambulacrárias. Nos
annulus, anel. equinóides endocíclicos o periprocto é
Anônfalo, adj., Que não tem umbigo, desprovido rodeado pelas placas do disco apical; nos
de umbílico. Do Gr. α(ν), a(n), privado + exocíclicos localiza-se fora do disco apical,
ομφαλός, omphalós, umbigo. deslocado posteriormente. Do Lat. apicale.
Antepenúltimo, adj., Imediatamente antes do Ápice, s.m.,Topo, cume, o ponto mais elevado. Nos
penúltimo, o terceiro a contar do fim. Do Lat. gastrópodes, extremo proximal/adapical da
ante, antes, anteriormente + paenultîmu; do concha, normalmente afilado, por onde se
Lat. tard. antepaenultîmu. inicia o crescimento; o mesmo que vértice e
ápex. Ápice mamilar: nos gas-trópodes,
Anterior, adj., Que está situado à frente. Direcção ápice ao qual a protoconcha arredondada e
para a qual a cabeça do animal, protuberante confere forma de mamilo. Do
normalmente, está dirigida quando se Lat. apex.
encontra activo. Nos gastrópodes, em
conchas conispirais de espira elevada, Aporrhais, Género de gastrópodes. Do Gr. ἀπό,
anterior é sinónimo de distal e → abapical. apó, de, afastado de, separado + ῥαίω, raío,
Do Lat. anteriore. quebrar; ἀπο-ρρήγνῡμι, apo-rrégnymi, ar-
rancar, separar violentamente, quebrar (re-
Ântero-posterior, adj., Relativo à parte anterior e lativamente ao labro da concha).
posterior, que atravessa a zona anterior e a
posterior de algo. Plano ântero-posterior: Archaeopteris, Género-forma de plantas vascula-
e.g., nos equinodermes equinóides, plano res pteridófilas. Do Gr. αρχαίος, archaíos,
vertical que atravessa o ambulacro anterior antigo, antiquado + Gr. ant. πτέρυξ, ptéruks,
e o interambulacro posterior (e o → disco asa, penas, voo, algo que pareça uma asa,
πτερόν, pterón, asa, pena. πτέρη. Talvez tb.
apical, o → peristoma e o → periprocto);
do Gr. φτέρη, πτέρη, ftéri, ptéri, feto.
nos gastrópodes → pateliformes, plano
vertical que passa pela parte da frente e pela Architectonica, Género de gastrópodes. Do Lat.
parte de trás da concha, coincidente com o architectonicē, arquitectura, arte de cons-
plano de simetria. De anterior por contr. e truir.
posterior. Arcomytilus, Género de moluscos bivalves
Anthozoa, Superclasse de invertebrados cnidá- mesozóicos. Talvez do Gr. ant. ἄρχω, árkhō,
rios. Do Gr. ant. ἄνθος, ánthós, flor, rebento começo, início + Lat. mytilus, mexilhão,
+ ζῷον, zōîon, animal (Gr. mod. ζώο). amêijoa, a partir de um étimo do Gr. ant.
Antrorso, (ô), adj., Que vira para diante; inclinado Arcuado, adj., Arqueado, encurvado. Part. pass. de
ou desviado para a frente. O mesmo que → arcuar, do Lat. arcuáre, curvar em arco.
protrorso. Do Lat. antrorsu, virado para Arthrophyta, Divisão de plantas vasculares. Do Gr.
diante. ant. άρθρο, árthro, articulação + φυτό, fytó,
Ânulo, s.m., Filete por debaixo do bocal da cornija planta.
do capitel dórico, anel. Nos gastrópodes, Arthropoda, Filo de animais invertebrados. Do Gr.
variz terminal anelar em torno da abertura ant. άρθρο, árthro, articulação + πούς, pous,
das conchas de Caecum. Do Lat. annûlu, pé, perna.
anel.
Asterophyllites, Género-forma de folhagem de
plantas artrófitas calamitales paleozóicas. Do
81
78
GLOSSÁRIO
Gr. αστέρι, astéri, estrela + φύλλο, fíllo, folha Basónimo, s.m., → Basiónimo.
+ Neolat. suf. -ites, terminação usual do Belemnitida, Ordem de moluscos cefalópodes
nome de objectos geológicos e coleóides. Do Gr. βέλος, bélos, pela variante
paleontológicos. poética βέλεμνον, bélemnon, flecha, dardo +
Atarracado, adj., Baixo e grosso, bojudo. Nos suf. -ida.
gastrópodes, Concha atarracada: concha Bentónico, adj., Que vive no fundo do oceano
conispiralada baixa e larga. Antón. → (=bêntico). Modo de vida de organismos
esbelto. De a-, ar. tarrâqa, martelo de aquáticos. Do Gr. + βένθος, béntos, fundo
ferrador, e -ar. marinho + suf. -ico. ↔ Pelágico.
Atrofiado, adj., Pouco desenvolvido, definhado, Bilateral, adj., Que apresenta dois lados ou se
decadente, enfraquecido. Par. pass. de refere a dois lados. Simetria bilateral:
atrofiar. Do Gr. ατροφία, atrophía, ἄτροφος ἄ- simetria que se verifica em relação a um
τροφος, á-trofos, mal alimentado, debili-tado, único plano de simetria (e.g., como nos
pelo Lat. atrophîa, falta de alimento. humanos). Do pref. Lat. bi-, duas vezes +
Aturia, Género de moluscos cefalópodes nautilói- laterāle, lateral.
des cenozóicos. De Aturus, nome latino do Biocenose, s.f., O mesmo que comunidade
actual rio l'Adour da Aquitânia, no SW de biótica. Do Gr. βίος bíos, vida + κοινός,
França.
koinós, comum (ou comunidade). ↔
Auriculiforme, adj, Que tem feitio de aurícula ou Necrocenose, Tanatocenose, Orictocenose.
orelha (=auriforme). Do lat. auricula, orelha +
Bioerosão, s.f., Acção de um organismo sobre um
forma.
substrato duro perfurando-o (gerando, e.g.,
Auriforme, adj, Que tem feitio de aurícula ou orelha cavidades ou orifícios), raspando-o (e.g.,
(=auriculiforme). Do lat. auricula, orelha + raspaduras) ou cortando-o (e.g., marcas de
forma. dentadas), ou o resultado dessa acção
Autóctone, adj., Que nasceu na própria terra em (estruturas de bioerosão). Do Gr. ant. βίος,
que habita, aborígene, indígena. Taf., Fóssil biós, vida + Lat. ērōdo, comer, roer, i.e.
autóctone =in situ, em posição de vida, i.e., erodir, desgastar. ↔ Bioturbação.
fóssil de um organismo que viveu, morreu, foi Biofácies, s.f., (Fácies sedimentar) Corpo rochoso
sepultado, fossilizado e encon-trado na sedimentar apresentando características
posição que apresentava em vida. Do Gr. paleontológicas distintivas relacionadas com
αυτόχθων, aftóchthon, indígena, aborígene, o facto de ser ter formado num determinado
nativo. ↔ Subautóctone, Alóctone. ambiente sedimentar no passado. Do Lat.
Axial, adj., Relativo ou coincidente com o eixo. faciēs, aparência, aspecto exterior,
Simetria axial: Simetria em relação a um fisionomia. ↔ Fácies, Litofácies, Sedimen-
eixo de simetria (=simetria radial); Vista tofácies.
axial: em objectos planispiralados, e.g., nos Biostratonomia, s.f., Taf., Disciplina tafonómica
amonóides, perspectiva ou representação, que abarca os fenómenos e processos pós-
coincidente com o eixo de enrolamento. Não produção e ante-enterramento (=Biostrati-
confundir com → ortoclino. Ornamen-tação nomia). Do Gr. βίος, bíos, vida + Lat. stratu,
axial → ornamentação. Do Lat. axis, eixo. estrato, camada + νόμος, nómos, lei. ↔
Etim. fide Infopédia (2003-2014), do Lat. axe, Diagénese-fóssil.
eixo + suf. -al, ou do Fr. axial.
Bioturbação, s.f., Acção de um organismo sobre
um substrato brando moldando-o (gerando,
e.g., pegadas) ou escavando-o (e.g.,
galerias), ou o resultado dessa acção (as
B estruturas de bioturbação). Do Gr. ant. βίος,
biós, vida + Lat. turbātiō, turbação,
perturbação.
Basiónimo, s.m., Tax. Designação científica (no- Bolinus, Género de moluscos gastrópodes meso-
me) sob a qual foi originalmente nomeado cenozóicos. Talvez do Gr. ant. Βολίνα,
um dado táxone (=basónimo). Por exemplo, Bolína, uma ninfa que rejeitou os avanços
o basiónimo de Bolinus brandaris (Linnaeus, amorosos do deus Apolo.
1758), o gastrópode commummente conhe- Bordo, s.m., Borda, beira. Na concha bivalve dos
cido como canilha, é Murex brandaris braquiópodes e dos moluscos bivalves
Linnaeus, 1758. Do Gr. ant. βάσις, básis, corresponde ao perímetro das valvas. Na
base + ὄνομα, ónoma, nome.
78
82
GLOSSÁRIO
concha univalve dos cefalópodes amonóides Canal, s.m., Conducto, etc. Biol., Designação de
e nautilóides, corresponde ao perímetro da certos ductos animais ou vegetais. Nos
concha, em → vista axial. Bordo da gastrópodes, Canal exalante: o mesmo que
charneira: nos bivalves, zona externa dorsal → C. anal. C. inalante: o mesmo que → C.
da valva adjacente à → charneira; nos sifonal. C. sifonal: extenção abapical
braquiópodes, zona externa posterior da (anterior) do peristoma, localizada na
valva adjacente à → charneira. Etim. fide continuação da columela, semitubular (em
Infopédia (203-2014), do Fran. bord, meia-cana) ou, menos frequentemente,
amurada de barco, talvez via Fr. bord. tubular, que aloja o sifão inalante em vida do
gastrópode. C. anal: extensão ou sulco
Brachiopoda, Filo de animais invertebrados. Do
adapical (posterior) do peristoma que aloja o
Gr. βραχίονας, vrachíonas, braço + πούς,
sifão exalante do gastrópode. Do Lat.
pous, pé, perna. Talvez, tb., do Lat. do latim
canalis, fosso, tubo, cano, aqueduto, canal,
brāchĭum, braço, antebraço.
leito.
Bráquia, s.m., Plur. de bráquio. Pal., Braços. Nos
Calimene, Género de trilobites polimera. Do Gr.
braquiópodes, estruturas do corpo mole
ant. καλὸς, kalós, kali, belo, bonito + ? Gr.
associadas à valva → braquial que supor-
mene, lua, crescente.
tam o → lofóforo. Do Lat. brāchĭum, ĭī,
braço, antebraço. Caprinula, Género de moluscos bivalves
mesozóicos. Do Lat. caprea, capra, cabra,
Braquial, adj., Pal., Relativo aos braços ou aos caprīna, de cabra + dim. f. -ula.
bráquia. Valva braquial: nos braquiópodes,
valva à qual estão associadas os bráquia Carapaça, s.f., Invólucro externo endurecido da
(=valva dorsal). Do Lat. brāchĭāle, bracelete, maior parte dos invertebrados (Rocha, 1971).
pulseira. ↔ Peduncular. Fide Infopédia (2014), do Cast. carapacho,
pelo Fr. carapace.
Braquídeo, 1) adj., Em forma de braço; 2) s.m., Nos
braquiópodes, suporte mineralizado dos Carcharodon, Género de tubarões cenozóicos. Do
bráquia, os braços que por sua vez, Gr. ant. κάρχαρος, kárkaros, grosseiro?,
suportam o → lofóforo. O braquídeo pode serrilhado?, etc. + δόντι, donti, dente. Pron.
apresentar formas variadas e, quando “carcárodon”.
presente, encontra-se fixado à valva braqui- Cardium, Género de moluscos bivalves
al. Do Gr. βραχίονας, vrachíonas, braço, via cenozóicos. Do Lat. cor, cordis, coração ou
Lat. brāchĭum, idem + suf. -εἶδος, -eîdos, - do Gr. καρδιά, kardiá, coração.
ειδής, -eidḗs, -οειδής, -oeidḗs (de εἶδος, Carena, s.f., Angulosidade saliente. Anat., nervura
eîdos), semelhan-te a, com aspecto de. longitudinal um órgão. Nos bivalves, angulo-
sidade desenvolvendo-se ao longo da valva,
com início no umbo e fim no extremo
posterior da valva, separando o flanco da
valva do → escudete. Nos amonóides
C planispiralados, crista longitudinal (espiral)
contínua e distinta, contida no plano de
simetria bilateral da concha, na zona ventral
Calamitales, Ordem de plantas artrófitas
(Rocha, 1971). O mesmo que quilha. Do Lat.
paleozóicas. De → Calamites + suf. -ales, carīna, via It. carena.
terminação comum do nome das ordens em
Paleobotânica. Carnívoro, adj., Tipo trófico de organismos
heterotróficos. Organismo, terrestre ou
Calamites, Género(-forma) de plantas artrófitas aquático, que se alimenta de animais que
paleozóicas (e de caules). Do Gr. ant. captura. Os carnívoros são consumidores
κάλαμος, kálamos, cana + Neolat. suf. -ites,
secundários e de nível superior, alimentan-
terminação usual do nome de objectos
do-se de consumidores primários e de níveis
geológicos e paleontológicos.
superiores. Os organismos carnívoros são →
Calceola, Género de tetracoraliários paleozóicos. macrófagos. Do Lat. carnis, carne + vorāre,
Do Lat. calceŏlus, dim. calceus, sapato, i.e., devorar, engolir, comer com sofre-guidão. ↔
sapatinho, chinelo. Macrófago, Detritívoro, Parasita, Herbívoro,
Calciata, Classe de braquiópodes. Do Lat. calx, Suspensívoro, Necrófago.
calcis, pequena pedra, pedra cal, cal, Cavícola, adj., Que vive enterrado em substrato
calcário, etc. + suf. ata. móvel. Um modo de vida, → endobentónico
cavícola. Do Lat. cavea, cavus, cavidade,
83
78
GLOSSÁRIO
84
78
GLOSSÁRIO
78
85
GLOSSÁRIO
78
86
GLOSSÁRIO
78
87
GLOSSÁRIO
78
88
GLOSSÁRIO
vado num contexto geológico. Desta defini- cunhado por Lineu, do Lat. genĕre, nasci-
ção decorre que é possível individualizar dois mento, raça, origem. ↔ Reino, Filo, Classe,
tipos (ou subcategorias conceptuais) de Ordem, Família, Espécie.
fóssil: ↔ Somatofóssil e Icnofóssil. Do Lat. Género-forma, s.m., (Pal.) Nomes genéricos
fossìle-, tirado da terra. formais (i.e., cumprindo as regras da
Fóssil, adj., 2 gén., Extraído de contextos nomenclatura biológica) atribuídos a partes
geológicos, fig., que está conservado; que já isoladas de plantas fossilizadas. E.g.
não está em uso, que já não está activo; fig. Lepidodendron, género-forma de caules de
pej., retrógrado. Arriba fóssil: Arriba litoral plantas lepiododendrales. Annularia, géne-
que já não se encontra activa, que já não se ro-forma de folhagem de plantas calami-
encontra sujeita à acção erosiva do mar. tales. = Género-órgão.
Combustível fóssil: combustível com Género-órgão, s.m., (Pal.) → Género-forma.
origem geológica, e.g., petróleo e carvão
mineral. → Fóssil, s.m. Globoso, adj., Em forma de globo, sub-esférico.
Concha globosa: nos gastrópodes, concha
Fusiforme, adj., 2 gén., Que tem forma de fuso, i.e., em forma de globo, como em alguns
de peça cilíndrica de madeira que vai espécimes de Natica. Do Lat. globus, globo,
afilando até às extremidades onde termina bola, esfera.
em ponta aguçada, utilizado para fiar à roca.
Concha fusiforme: nos gastrópodes, Glossário, s.m., Dicionário de termos técnicos. Do
concha em forma de fuso, como em Fusinus. Gr. ant. γλῶσσα, glôssa, língua.
Do Lat. fusu + forme. Glossopteris, Género-forma de folhagem de
plantas vasculares pteridófilas. Do Gr. ant.
γλῶσσα, glôssa, língua + πτέρυξ, ptéruks,
asa, penas, voo, algo que pareça uma asa,
πτερόν, pterón, asa, pena. πτέρη. Talvez tb.
G do Gr. φτέρη, πτέρη, ftéri, ptéri, feto.
Goniatites, Género de moluscos amonódes
paleozóicos. Do Gr. ant. γωνία, gōnía,
Gancho, s.m., Peça curva, aguçada numa das ângulo, canto + suf. -ites.
pontas que serve para suspender algo. Nas
conchas dos bivalves e dos braquiópodes, Goniatitida, Ordem de moluscos amonóides
zona inicial da concha, na região interna do paleozóicos. De Goniatites, do Gr. ant.
→ umbo, mais afilada e encurvada. Etim. γωνία, gōnía, ângulo, canto + suf. -ida,
fide Infopédia (2003-2014), do céltico terminação comum dos nomes das ordens.
ganskio, ramo, galho? Graptolithina, Classe de invertebrados
hemicordados paleozóicos. Do Gr. ant.
Gastrochaenolites, Icnogénero de estruturas de γράφω, graphó, escrever, γραπτός, graptós,
→ bioerosão. De Gastro-chaena, género de escrito + lithes, corruptela do Gr. λίθος, líthos,
moluscos bivalves → litófagos + lites, pedra + suf. -ina.
corruptela do Gr. λίθος, líthos, pedra.
Graptoloidea, Ordem de invertebrados
Genal, adj., 2 gén., Relativo às faces, facial. hemicordados paleozóicos. Do Gr. ant.
Ângulo genal: nas trilobites, angulosidade γράφω, graphó, escrever, γραπτός, graptós,
do cefalão formada pela junção do seu bordo escrito + suf. -εἶδος, -eîdos, -ειδής, -eidḗs, -
lateral com o posterior. Ponta genal: nas οειδής, -oeidḗs (de εἶδος, eîdos), seme-
trilobites, elemento alongado ou espinho lhante a, com aspecto ou forma de.
localizado no ângulo genal do cefalão. Do
Lat. gena(s), bochechas, faces + -al. Gryphaea, Género de bivalves mesozóicos. Do Gr.
ant. γρύφων, grýphōn, grifo, ser mitológico
Glabela, s.f., Saliência do osso frontal localizada com cabeça e asas de águia e corpo de leão.
entre as duas saliências supraciliares, ou Talvez tb. do Gr. ant. γρυπός, grypós,
seja, correspondente ao espaço entre as encurvado, adunco.
sobrancelhas (em Anatomia humana). Em
trilobites, lobo central, mais ou menos
proeminente, do cefalão. Do Lat. glabella,
diminutivo de glabra, sem pêlos.
Género, s.m., Categoria taxonómica, da hiereaquia
lineana, correspondendo ao degrau
imediatamente abaixo de Família e
imediatamente acima de Espécie. Termo
78
89
GLOSSÁRIO
78
90
GLOSSÁRIO
Infaunal, adj., Organismo que faz parte da → abertura até ao extremo abapical do lábio
infauna. O mesmo que → endobentónico. columelar (em conchas holostomadas) ou
↔ Epifaunal. até ao extremo adapical do canal sifonal (em
conchas sifonostomadas). O mesmo que
in loco, No lugar, no próprio lugar (≠ → in situ). lábio externo. Labro cortante: labro com
Taf., Diz-se dos fósseis que estão inseridos bordo muito fino, como o gume de uma faca.
ou foram recolhidos na camada geológica de Labro crenulado: labro ostentando a face
origem, i.e., que estão geologicamente interna ornada por uma série de incisões,
contextualizados, que não estão → rolados. indentações ou pequenos dentes cónicos.
Do Lat. in loco, no local. ↔ ex loco. Labro marginado: lábio externo com
Inquivalve, adj., Que apresenta → valvas margem espessada, fortalecida. Do Lat.
desiguais ou assimétricas, segundo plano de labrum, lábio.
simetria, normalmente coincidente com o Lepidodendrales, Ordem de plantas licófitas
plano de → comissura. Do Lat. pref. in, paleozóicas. De → Lepidodendron + suf. -
partícula de negação + pref. aequi-, igual + ales, terminação comum do nome das
valva. ↔ Equivalve. ordens em Paleobotânica.
in situ, No sítio, no próprio sítio. (≠ → in loco). Taf., Lepidodendron, Género(-forma) de plantas
Fóssil in situ: fóssil em → posição de vida, licófitas paleozóicas (e de caules). Do Gr.
i.e., fóssil de um organismo que viveu, λεπίς, λεπίδος, lepís, lepidós, escama (de
morreu, foi sepultado, fossilizado e encon- peixe) + Gr. ant. δένδρον, déndron, árvore.
trado na posição que apresentava em vida. Levógiro, adj., O mesmo que → sinistrógiro. Do
Do Lat. in situ, no local. Lat. laevum, lado esquerdo + gyrāre, fazer
Isognomon, Género de bivalves meso-cenozóicos. girar em volta.
Do Gr. ant. ἴσος, ísos, igual, equivalente + Ligamento, s.m., O que une, o que liga peças
γνώμων, gnomon, juízo, recta razão, etc., distintas. Nos bivalves, estrutura complexa,
aqui, esquadro, esquadria. não-calcificada, resistente e elástica, cons-
tituída por material lamelar proteico de cor
escura e material fibroso, que assegura a
união das valvas e também a sua abertura
91
78
GLOSSÁRIO
líthos, pedra + φάγος, phágos, que come, paleontólogo irlandês Frederick McCoy
glutão. ↔ Xilófago, Cavícola. (1817–1899).
Lonchopteris, Género-forma de folhagem de Macro- pref., Elemento da formação das palavras
plantas vasculares pteridófilas. Do Gr. λόγχη, que exprime a ideia de grande. Como em
lónchi, lança, + Do Gr. ant. πτέρυξ, ptéruks, Macroscópico ou macroforaminífero. Do Gr.
asa, penas, voo, algo que pareça uma asa, ant. μακρός, makrós, grande.
πτερόν, pterón, asa, pena. πτέρη. Talvez tb. Macrocephalites, Género de moluscos
do Gr. φτέρη, πτέρη, ftéri, ptéri, feto. cefalópodes amonóides mesozóicos. Do Gr.
Lofóforo, s.m., Órgão comum e característico dos ant. μακρός, makrós, grande + κεφαλή,
animais celomados lofoforados, i.e., dos kephalḗ, cabeça + Neolat. suf. -ites,
Phoronida, Bryozoa e Brachiopoda. O lofó- terminação usual do nome de objectos
foro consiste numa coroa de finos tentácu-los geológicos e paleontológicos.
ciliados e é empregue na captura de alimento Macrófago, adj., Organismo que se alimenta de
(organismos suspensívoros) e nas trocas partículas nutritivas macroscópicas que
gasosas com o exterior. Do gr. λοφίο, lofío, capta, quer do substrato, quer da coluna de
crista, pluma + φορέω, phoreō, que porta, água, perseguindo-as, seleccionando-as e
que suporta. capturando-as activamente. ↔ Micrófago.
Lumachela, s.f., Rocha biogénica carbonatada Do Gr. ant. μακρός, makrós, grande + φάγος,
constituída em mais de 50% por fósseis de phágos, que come, glutão.
conchas de moluscos, braquiópodes, crinói- Mamelão, s.m., Emeniência arredondada da
des ou outros invertebrados com esqueleto morfologia externa dos estromatoporóides.
carbonatado. É frequentemente utilizado, na Do Fr. mamelon, eminência ou cume
prática geológica portuguesa, para designar arredondado, outeiro.
acumulações de fósseis de conchas de
moluscos em contextos terrígenos, com Manticoceras, Género de moluscos cefalópodes
matriz detrítica, em oposição à expressão amonídes paleozóicos. Do Lat. mantica,
“calcário conquífero”, designando rocha sacola, alforge + κέρας, kéras, corno.
biogénica constituída em mais de 50% por Mariopteris, Género-forma de plantas vasculares
fósseis de conchas, mas em contexto pteridófilas. Etimol. ? + Do Gr. ant. πτέρυξ,
carbonatado, com matriz calcária. Do It. ptéruks, asa, penas, voo, algo que pareça
lumachella. uma asa, πτερόν, pterón, asa, pena. πτέρη.
Lúnula, s.f., Dim. de Lua, pequena Lua. Nos Talvez tb. do Gr. φτέρη, πτέρη, ftéri, ptéri,
bivalves venerídeos, pequena área das feto.
valvas situada do lado anterior do umbo, sob Mega- pref., Elemento da formação das palavras
o gancho, em forma de crescente, quando que exprime a ideia de grande, enorme. No
vista isoladamente, ou cordiforme, quando as Sistema Internacional de unidades, com
valvas se encontram articuladas. Do Lat. símbolo M, exprime a ideia de um milhão de
luna, lua. vezes maior (×106) que a unidade por ele
Lycophyta, Divisão de plantas vasculares afetada. Ma, milhão de anos. Do Gr. μέγας,
(=Lycopsida). Do Gr. λύκος, lúkos, lýkos, megás, grande.
lobo + + φυτό, fytó, planta. Megacardita, Género de moluscos bivalves ceno-
Lycopsida, Divisão de plantas vasculares zóicos extintos. Do Gr. μέγας, megás, grande
(=Lycophyta). Do Gr. λύκος, lúkos, lýkos, e tb. poderoso, maravilhoso + cardita, nome
lobo + Gr. ant. ὄψις, ópsis, vista, aspecto. de género de bivalves.
Lytoceras, Género de moluscos cefalópo-des Megatherium, Megatério. Género de mamíferos
amonóides mesozóicos. Do Gr. λίθος, líthos, cenozóicos, de preguiças terrestres, sul-
pedra + κέρας, kéras, corno. americanos extintos. Do Gr. μέγας, megás,
grande e tb. poderoso, maravilhoso + θηρίον,
animal selvagem, besta, fera.
Mesozóico, s.m., Nome de Era ou de Eratema na
tabela Geocronológica / Cronostratigráfica.
M Vide Glossário Etimológico dos Nomes das Unidades da Tabela
Cronostratigráfica.
78
92
GLOSSÁRIO
78
93
GLOSSÁRIO
94
78
GLOSSÁRIO
orthós, direito, rectilíneo, em ângulo recto, Parasita, adj., Organismo membro de uma relação
etc. + κλίνω, klínō, dobrar, inclinar, etc. simbiótica, o simbionte, que beneficia (e.g.,
Ósculo, s.m., Nos Porifera, abertura excretória recebe nutrientes) da relação com o hospe-
superior do esponjocelo. Do Lat. oscùlum, deiro, em detrimento do último. Do Gr.
boquinha, beijo. παράσιτος, parasitós, aquele que come à
mesa de outro, comensal, parasita, de παρά-
Oxicónico, adj., Forma de concha de , pará, cerca de, etc. + σῖτος, sítos, trigo,
Ammonoidea. Forma discoidal com o bordo farinha, alimento.
ventral afilado, agudo, como em Amaltheus.
Do Gr. ὀξύς, oxús, afiado, afilado + κώνος, Parkinsonia, Género de moluscos cefalópodes
kónos, cone. amonóides mesozóicos. Género nomeado
em honra do médico e paleontólogo inglês
James Parkinson (1755 –1824). A "doença
de Parkinson" foi originalmente descrita por
James Parkinson.
P Patella, Género de moluscos gastrópodes ceno-
zóicos com concha em forma de em forma de
"chapéu chinês". Nome vulgar: lapa. Do Lat.
Palecyora, Género de moluscos bivalves patella, prato pequeno.
cenozóicos. Do Gr. πέλεκυς, pelekys, Pateliforme, adj., Que tem concha com forma
machado, tal como em Pelecypoda sinóni- similar à da dos gastrópodes do género
mo taxonómico de Bivalvia. Patella, i.e., em forma de "chapéu chinês".
Paleoicnologia, s.f., Disciplina paleontológica que Pecten, Género de moluscos bivalves cenozóicos.
estuda os → icnofósseis. Do Gr. ant. Do Lat. pecten, pente.
παλαιός, παλεός palaiós, paleós, antigo,
velho + ίχνος, íchnos, traço, vestígio + λόγος, Peduncular, adj., Relativo ao → pedúnculo. Valva
logos, “ciência”. peduncular: nos braquiópodes, valva à qual
estão associadas as estruturas do pedúnculo
Paleontologia, s.f., Ciência natural que estuda a (=valva ventral). Do Lat. pede, pé. + suf. dim.
vida do passado da Terra e o seu
-únculo. ↔ Braquial.
desenvolvimento ao longo do tempo
geológico, bem como os processos de Pedúnculo, s.m., Pé, haste. Nos invertebrados,
integração da informação biológica do estrutura alongada do corpo mole que serve
passado no registo geológico (i.e., a de fixação, de suporte ou de ligação a outras
formação dos fósseis). Do Gr. ant. παλαιός, estruturas anatómicas. Fide Infopédia (2003-
παλεός palaiós, paleós, antigo, velho + 2014), do Lat. pede, pé. + suf. dim. -únculo.
όντος, ontos, ser + λόγος, logos, “ciência”. Pelágico, adj., Em biologia, que vive na coluna de
Paleozóico, s.m., Nome de Era ou de Eratema na água dos oceanos. Modo de vida de
tabela Geocronológica / Cronostratigráfica. organismos aquáticos. ↔ Nectónico,
Vide Glossário Etimológico dos Nomes das Unidades da Tabela Planctónico, Bentónico. Em oceanografia,
Cronostratigráfica. Domínio pelágico: Zona do oceano,
Palial, adj., Relativo ao pálio ou manto. Linha abrangendo toda a coluna de água, desde
palial: nos bivalves, marca linear na face pouco acima do fundo até à superfície, por
interna de algumas valvas, paralela ao bordo oposição ao domínio bentónico. Em
ventral da concha, marcando a fronteira Geologia, o termo pelágico refere-se tb. à
ventral da adesão dos lobos matélicos do região dos fundos oceânicos para além da
molusco. A linha palial estende-se desde a plataforma continental e aos sedimentos que
cicatriz do músculo aductor anterior até à do nela se depositam. Do Gr. πέλαγος, pélagos,
posterior. Em alguns casos excepcionais, mar alto, mar largo + suf. -ico. ↔ Nerítico,
pode apresentar-se sob a forma de um Demersal.
alinha-mento de cicatrizes musculares Peri- pref., Elemento da formação das palavras que
discretas. O mesmo que linha do manto. Do exprime a ideia de em torno. Como em
Lat. pallĭu, manto, toga. periscópio ou periferia. Do Gr. ant. περί, perí,
Paquidonte, adj., Tipo de charneira de bivalves. Do em torno.
Gr. ant. παχύς, pachýs, gordo, espesso Periprocto, s.m., Nos equinóides, região da
(elemento de formação de palavras que carapaça do ouriço-do-mar que rodeia o
exprime a ideia de espesso, grosso) + δόντι, ânus, incluindo as peças carbonatadas que a
donti, dente. ↔ Taxodonte, Disodonte, compõem. Gr. ant. περί, perí, em torno +
Heterodonte, Esquisodonte. πρωκτός, proktós, anus.
95
78
GLOSSÁRIO
96
78
GLOSSÁRIO
Pteridophylla, Grupo informal, artificial, de plantas bico, focinho de animal + suf. dim. -ella. Pron.
com elementos foliares afins dos dos fetos, “rincónela”.
incluindo as plantas Pteropsida e as Pteri- Rolado, adj., Que rodou, que rebolou. Taf., Diz-se,
dospermophyta. Do Gr. ant. πτέρυξ, ptéruks, informalmente, dos fósseis que são encon-
asa, penas, voo, algo que pareça uma asa, trados descontextualizados, ex loco, fora da
πτερόν, pterón, asa, pena. Talvez tb. do Gr. sua camada geológica original. Do Fr. rouler,
φτέρη, πτέρη, ftéri, ptéri, feto. rolar.
Pteridospermophyta, Divisão de plantas Rugosa, Subclasse de cnidários paleozóicos
vasculares pteridófilas paleo-mesozóicas. (=Tetracorallia). Do Lat. rugosus, rugoso,
Do Gr. ant. πτέρυξ, ptéruks, asa, penas, voo, engelhado.
algo que pareça uma asa, πτερόν, pterón,
asa, pena + σπέρμα, spérma, semente.
Talvez tb. do Gr. φτέρη, πτέρη, ftéri, ptéri,
feto.
S
97
78
GLOSSÁRIO
Sifonostomado, adj., Que apresenta a abertura (a ατος, soma, -atos, corpo + Lat. fossìle-, tirado
boca) afectada por canal sifonal. Abertura da terra. ↔ Icnofóssil, Subfóssil.
sifonostomada: nos gastrópodes, abertura sp., spec., abrev., Do Lat. species, espécie. sp.
da concha que se apresenta interrompida na exclu., species excludendae, espécie
base por canal sifonal. Do Gr. ant. σίφων, passível de ser excluída; sp. exclu., species
sífon, tubo para aspirar água, cano + στόμα, exclusae, espécie excluída; sp. incertae
stóma, boca. sedis, espécie com atribuição sistemática
Sigillaria, Género(-forma) de plantas licófitas incerta; sp. indet., species indeterminata,
paleozóicas (e de caules). Do Lat. sigillum, Espécie indeterminada; sp. non satis notae,
dim. de signum, pl. sigilla, sinete, selo. espécie insuficientemente estudada.
Simetria, s.f., Harmonia ou comensurabilidade de Sphenophyllales, Ordem de plantas artrófitas
tamanho, forma, proporção e posição entre paleozóicas. De → Sphenophyllum + suf. -
as partes de um todo em relação a um ponto ales, terminação comum do nome das
central, eixo ou plano(s) (de simetria). Eixo ordens em Paleobotânica.
de simetria: Eixo imaginário em relação ao
Sphenophyllum, Género(-forma) de plantas
qual se verifica a simetria; Plano de
artrófitas paleozóicas (e de folhagem). Do Gr.
simetria: plano imaginário em relação ao
σφήνα, sféna, cunha + φύλλο, fíllo, folha.
qual se verifica a simetria; Simetria
bilateral: → lateral; Simetria radial: → Sphenopsida, Divisão de plantas vasculares
radial. Do Gr. ant. συμμετρία, summetría, (=Arthrophita). Do Gr. ant. σφήνα, sféna,
simetria, comensurabilidade, pelo Lat. cunha + ὄψις, ópsis, vista, aspecto.
symmetrĭa. Sphenopteris, Género-forma de folhagem de
Sinistrógiro, adj., Que gira para a esquerda. Diz- platas pteridófilas. Do Gr. ant. σφήνα, sféna,
se das conchas com → enrolamento cunha + Do Gr. ant. πτέρυξ, ptéruks, asa,
esquerdo, em sentido contrário ao dos penas, voo, algo que pareça uma asa,
ponteiros do relógio quando a concha é vista πτερόν, pterón, asa, pena. πτέρη. Talvez tb.
do lado apical. Nas conchas sinistrógiras, em do Gr. φτέρη, πτέρη, ftéri, ptéri, feto.
vista apertural (e com o ápice dirigido Spinosaurus, Espinossáurio, Espinossauro.
verticalmente para cima, i.e. em → posição Género de dinossáurios terópodes cretáci-
convencional), a abertura fica posicionada do cos. Do Lat. spina, espinho, espinha, espigão
lado esquerdo do eixo de enrolamento. O + Gr. ant. σαύρα, saúra, σαῦρος, saûros,
mesmo que levógiro e sinistrorso. Do Lat. lagarto.
sinistra, a mão esquerda, à esquerda + Spirifer, Género de braquiópodes paleozóicos. Do
gyrāre, fazer girar em volta. Lat. spira, espiral, espira, etc. + suf. -fer, de
Sinistrorso, adj., O mesmo que → sinistrógiro. Do Lat. fero, portar, suportar, trazer.
Lat. sinistrorsus, para a esquerda. Spirograptus, Género de graptólitos graptolóides
Siphonia, Género de esponjas mesozóicas. Do Gr. paleozóicos. Do Gr. ant. σπεῖρα, speîra, via
σίφων, sífon, tubo para aspirar água, cano. Lat. spīra, espira + Gr. ant. γράφω, graphó,
escrever, γραπτός, graptós, escrito.
Sistemática, s.f., Em Biologia e Paleontologia,
estudo da diversidade (paleo)biológica e das Stigmaria, Género-forma de rizóforos de plantas
relações entre os diversos táxones; relações licófitas paleozóicas. Do Gr. στίγμα, stígma,
de semelhança, de proximidade, de marca, sinal.
afinidade, de parentesco, etc. A Sistemática Stromatoporoidea, Classe de Porifera. Do Gr. ant.
abrange a Taxonomia, a Classificação e a στρώμα, strōma, cobertura, camada, estrato
Nomeclatura. Do Gr. ant. σύστημα, sístēma, + πόρος, póros, poro, abertura, passagem +
sistema, um todo constituído por várias suf. -εἶδος, -eîdos, -ειδής, -eidḗs, -οειδής, -
partes ou membros, etc. oeidḗs (de εἶδος, eîdos), semelhante a, com
s.l., abrev., Do Lat. sensu lato. Em sentido amplo. aspecto ou forma de.
Somatofóssil, s.f., Fóssil de um resto ou vestígio Strombus, Género de moluscos gastrópodes
somático, i.e., corpóreo (de conchas, dentes, meso-cenozóicos. Do Gr. στρόμβος,
ossos, troncos, carapaças, folhas, etc.) de strómbos, que dá voltas, torvelinho, turbilhão,
organismos pretéritos. Um dos dois tipos objectos em espiral, concha espiralada.
básicos de fósseis: somatofósseis e Sub- pref., Elemento da formação das palavras que
icnofósseis. Termo introduzido em Cachão et exprime a ideia de inferioridade, deficiência,
al. (1999). Equivalente ao termo “body fossil” dependência, aproximação. Como em
dos autores anglo-saxónicos. Do Gr. σώμα, subnutrido (deficiência), subter-râneo
98
78
GLOSSÁRIO
99
78
GLOSSÁRIO
100
78
GLOSSÁRIO
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
X
BENGTSON, P. 1988. Open Nomenclature. Paleontology, 31(1):
223-227.
Xenophora, Género de gastrópodes meso- BONDARENKO, O.B. & MIKHAILOVA, I.A. 1984. Kratkii Opredelitel’
cenozóicos. Do Gr. ξεῖνος, ksénos, estranho, Iskopaemykh Bespozvonotchnykh. Nedra, Moscovo,
estrangeiro + φορέω, phoreō, que porta, que 536pp.
suporta. CACHÃO, M.; SILVA, C.M. DA; SANTOS, V.F. DOS & GALOPIM DE
CARVALHO, A.M. 1999. Paleontological Heritage as a
Xilófago, adj., Que perfura (que "come") madeira Driving Force for Geoconservation: the Portuguese
ou outros materiais lenhosos. Um modo de Experience, in Barettino, D.; Vallejo, M. & Gallego, E.
vida, → endobentónico xilófago. Do Gr. ξύλο, (Eds.), Towards the Balanced Management and
Conservation of the Geological Heritage in the New
xýlo, madeira, pau + φάγος, phágos, glutão, Millenium, Soc. Geol. España, Madrid, pp. 398-401. (III
comilão. ↔ Litófago. International Symposium ProGEO on the Conservation
of the Geological Heritage).
INFOPÉDIA, 2003-2014. Dicionário da Língua Portuguesa. Porto
Editora, disponível em http://www.infopedia.pt/, consul-
tado em 2014-09-10.
78
101