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Nascido em 23 de agosto de 1912 - Recife, PE, quinto filho de quatorze irmãos, foi para o
Rio de Janeiro com 7 anos de idade, pois seus pais buscavam melhores condições de vida.
Sempre gostou de ler, aos 12 anos, leu Dostoiévski, Crime e Castigo, que influenciou sua
escrita. Sua primeira redação impressionou seus professores pois falava sobre um adultério
em que o homem vê um vulto saindo pela janela do quarto e sua mulher nua na cama, e
acaba por matá-la com facadas, se ajoelhando em frente ao corpo dela e pedindo perdão
pelo que foi feito.
Aos 13 anos, começou a trabalhar com seu pai, Mario Rodrigues, como repórter policial no
jornal da família, “A manhã”.
Aos 17, presencia o assassinato de um de seus irmãos devido a um adultério de seu pai.
Uma amante planeja matar o pai de Nelson, mas por não encontrá-lo, acaba matando o
irmão dele, Roberto Rodrigues.
A morte de Roberto afeta muito Mario Rodrigues, que se entrega a bebida e morre durante
a Revolução de 1930. Após a morte dele, o jornal da família acaba fechando, fazendo com
que passem por dificuldades. Um dos irmãos dele consegue um emprego no jornal O Globo
e pede que empreguem seus outros dois irmãos e na redação do jornal, Nelson recebe o
apelido de Filósofo por seu visual desleixado, que na verdade vinha de problemas
financeiros, e por isso, usava sempre as mesmas roupas surradas.
Em 1940, casa com Elza Bretanha, que engravida no mesmo ano e que dá a luz a Joffre,
primeiro filho do casal, em 1941. O casal teve outro filho, Nelsinho, em 1945.
Em 1941, escreveu sua primeira peça, "Uma mulher sem pecado”, que só foi encenada em
1942.
Ele descobre uma paixão por futebol e começa a escrever crônicas sobre o tema. Nelson
era flamenguista.
Criou o pseudônimo Myrna, como uma amiga de Suzana Flag, para quem as mulheres
escreviam cartas pedindo conselhos.
Criou também “A vida como ela é”, um folhetim que tem público majoritariamente masculino,
criticando novamente a classe média carioca.
Se separa de Elza em 1963 para se relacionar com Lúcia Cruz Lima, com quem tem uma
filha chamada Daniela. Posteriormente se separa dela, se relaciona com Helena Maria e em
1977, volta a se relacionar com Elza.
Foi censurado diversas vezes, por abordar temas polêmicos e por sua linguagem
expressionista. Álbum de família foi a terceira peça escrita e a primeira a sofrer censura
federal. Foi encenada pela primeira vez em 1967.
Anjo negro foi censurada por racismo com o protagonista, Ismael. A comissão do Teatro
Municipal queria que Ismael fosse interpretado por um branco pintado com graxa, porém
Nelson queria que fosse interpretado por uma pessoa preta. Apesar disso, essa peça
garantiu melhores condições de vida para Nelson já que foi muito assistida e discutida.
Se inspirava na classe média carioca. Falava sobre traição, incesto, etc de forma
escancarada, entregando a “familia tradicional brasileira”.
Características da peça:
Sofrimento pelos desejos reprimidos, a degradação moral quase como um fim em si
mesmo, a paixão pela alma espiritual, a ambição desenfreada e a corrupção sem limites.
Seres humanos que utilizam fachadas para cobrir sua falta de ética.
Ameaça atômica da Guerra Fria que cria o pensamento de que tudo é permitido.
Ao final, apesar das situações difíceis que sabe que vai enfrentar, Edgard tem sua redenção
pelo amor.