Você está na página 1de 10

LITERATURA Afro-brasileira

 Conceito

 Primeira experiência - “A Manhã”, como repórter policial.

 Em seguida - O GLOBO e depois foi para os Diários Associados

com o pseudônimo Suzana Flag escreveu “Meu destino é pecar”,

“Escravas do amor” e “Núpcias de fogo”.

 Passou pela “Última Hora” - com seu nome real escreveu uma coluna diária, “A

vida como ela é” um misto de crônica e conto.


“Histórias da vida suburbana carioca e que inspiraram muitos das personagens
que zanzariam angustiadas pelos palcos em suas peças.”
Obras de Nelson Rodrigues – Sábato Magali

Psicológicas
 A mulher sem pecado - 1941
 Vestido de noiva - 1943
 Valsa nº 6 - 1951
 Viúva, porém honesta - 1957
 Anti-Nélson Rodrigues - 1974

Míticas
 Álbum de família - 1946
 Anjo negro - 1947
 Senhora dos Afogados 1947
 Doroteia - 1949
Tragédias cariocas
 A falecida - 1953
 Perdoa-me por me traíres - 1957
 Os sete gatinhos - 1958
 Boca de Ouro - 1959
 O beijo no asfalto - 1960
 Bonitinha, mas ordinária - 1962
 Toda nudez será castigada - 1965
 A serpente - 1978

Romances
 Meu destino é pecar - 1944
 Escravas do amor - 1944
 Minha vida - 1944
 Núpcias de fogo - 1948
 A mulher que amou demais - 1949
 O homem proibido - 1959
 A mentira - 1953
 Asfalto Selvagem: Engraçadinha, Seus Pecados e Seus Amores - 1959
 O casamento - 1966
Crônicas

 Memórias de Nélson Rodrigues - 1967


 O óbvio ululante: primeiras confissões - 1968
 A cabra vadia - 1970
 O reacionário: memórias e confissões - 1977
 Fla-Flu...e as multidões despertaram – 1987 197p.
 A cabra vadia - Novas confissões - 1970
 O remador de Ben-Hur - 1957 e 1979 e publicadas em sua maioria no jornal "O
Globo"
 A menina sem estrela - memórias - 1967

Ruy Castro, Sábato Magaldi e José Lino Grünewald (2020) consideram talvez a maior
coisa que Nelson escreveu. E o capítulo 10, em que Nelson conta o drama de Daniela, foi
classificado por Otto Lara Resende como “uma das mais belas páginas da língua portuguesa”.
Contexto de produção de 1941 a 1980 - Ditadura
 Getúlio Vargas – Estado Novo – 1937 – 1945
 Humberto Castello Branco (1964-67)
 Artur da Costa e Silva (1967-69)
 Emílio Médici (1969-74)
 Ernesto Geisel (1974-79)
 João Figueiredo (1979-85)

13 processo 11 peças censuradas


Algumas das obras censuras
 Senhora dos Afogados - foi vetada nacionalmente, e quando liberada, foi
proibida no Estado de São Paulo
 Perdoa-me por me traíres - graças a uma iniciativa da Liga das Senhoras
Católicas.
 Boca de Ouro
 Álbum de família 
 O romance O casamento, (1967) foi proibido pelo ministro da Justiça do
governo Castello Branco, Carlos Medeiros Silva. A acusação era a de “torpeza
das cenas descritas”, “linguagem indecorosa” e por “atentar contra a organização
da família”.
Nelson se auto denominava – reacionário - a favor da ditatura militar até que seu
filho foi preso. Reviu suas convicções.

Segundo Marcello Rollemberg (2020), Nelson Rodrigues


 Incomoda menos, mas continua fustigando – e sendo essencial.
 Antunes Filho o via como “um poeta, um gênio”
 Para muitos de sua época, ele era “obsceno”
 Carlos Lacerda o chamava de “o tarado Nelson Rodrigues”.
 Manuel Bandeira - “o maior poeta dramático que surgiu em nossa literatura”
 O jornalista e escritor Ruy Castro, autor da biografia definitiva de Nelson, ele era
“o anjo pornográfico”
Para Sábato Magaldi
“A maioria dos protagonistas de Nelson suporta uma carga de aniquilação que os aproxima
do herói expressionista”.

Quanto ao trágico em Nelson Rodrigues


Segundo Ronaldo Lima Lins (2006), o destino, nas peças clássicas, acima da vontade dos

homens e dos deuses, arrasta as personagens inelutavelmente aos seus desfechos


trágicos. Já nas peças contemporâneas do século XX, o interior das personagens
sempre as atrai, o que as leva, inexoravelmente, aos seus destinos trágicos.
Mais particularidades
José Lino Grünewald em entrevista sobre Nelson Rodrigues afirma: É também
revolucionário em razão das situações que ele cria. Plínio Marcos põe suas cenas em
uma penitenciária, num prostíbulo. [...]. Nelson joga o que pode se considerar
situações pornográficas, abjetas, fesceninas dentro da casa de família. Se hoje é
chocamte, quanto mais 40 anos atrás.

Nelson responde (1996)


[ ... ]Pena é que o teto da nossa ficção seja a classe média. Se pedirmos ao nosso
romancista uma grã-fina, ele não saberá recriá-la. A rigor, também não entendemos
nada do favelado, do operário, do marginal. [ ... ]
REFERÊNCIAS

BRANDÃO, Anderson Figueredo. O teatro desagradável de Nelson Rodrigues. 2006. 252 f.


Tese (Doutorado em Ciência da Literatura) - Coordenação dos Cursos de Pós-Graduação em
Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006.

D’ONOFRIO, Salvatore. Pequena Enciclopédia da Cultura Ocidental. Rio de


Janeiro, Editora Campus, 2005.

GUINSBURG, J. FARIA João Roberto; LIMA, Mariangela Alves de. Dicionário do


Teatro Brasileiro: temas, formas e conceitos. São Paulo: Perspectiva: Sesc São
Paulo, 2006.

LITERATURA: Nelson Rodrigues. Disponível em: <


https://www.youtube.com/watch?v=W1hbZYEBlGM>. Acesso em: 08 ago. 2021.
MAGALDI, Sábato. Nelson Rodrigues: dramaturgia e encenações. São Paulo:
Perspectiva: Editora da Universidade de São Paulo, 1987.

NELSON RODRIGUES: Polêmico, obsceno e genial. Disponível em: <


http://memoria.oglobo.globo.com/jornalismo/cronistas-e-colunistas/neacutelson-rod
rigues-10958608
>. Acesso em: 08 ago 2021.

RODRIGUES, Nelson. O remador de Ben Hur: confissões culturais. São Paulo:


Companhia das Letras, 1996, p.89

ROLLEMBERG, Marcelo. Nelson rodrigues: o melhor personagem de si mesmo. 2020.


Disponível em: https://jornal.usp.br/cultura/nelson
-rodrigues-o-melhor-personagem-de-si-mesmo/. Acesso: em:
Acesso em: 08 ago. 2021.

OMS, Carolina. Nelson Rodrigues e a Censura Teatral. Revista Anagrama: Revista


Interdisciplinar da Graduação. 2º Ano. 2ª ed. Dez. 2008/Fev. 2009. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/anagrama/article/view/35353/38073. Acesso em: 08
ago. 2021.

Você também pode gostar