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CARTILHA FAMILIAR CLÍNICA AMA

Sejam bem-vindos ao NOVO!


O objetivo desta cartilha é notificar e informar a você, Familiar, como proceder durante e após a internação e
o tratamento de seu ente querido na Clínica AMA, desde como nos contatar, contatar seu familiar, até
informações de urgências e emergências.
É de suma importância que todos os familiares leiam completamente esta cartilha para sanar as dúvidas e
saber como proceder. Após a leitura das informações aqui contidas, caso permaneçam dúvidas, por favor,
não hesite em nos contatar.

SEJA BEM VINDO


A Clínica Ama agradece a VOCÊ e seus Familiares por ter confiado o seu ente querido aos nossos cuidados.
Tenha a plena consciência de ter feito a melhor escolha.
É fundamental destacar que continuaremos trabalhando de maneira incansável, com o firme propósito de
atingirmos o melhor resultado para você e o seu familiar. E contamos com a sua colaboração para que
possamos obter juntos excelentes resultados.
O primeiros passo para você nos ajudar neste momento é ler esta CARTILHA detalhadamente, sem
desconsiderar nenhum tópico. Tudo que está escrito aqui é de enorme importância, e ignorar qualquer ponto
deste material poderia interferir diretamente na eficiência do tratamento.
A nossa parceria está apenas começando! Tenham uma ótima leitura! Que se esclareçam todas as dúvidas.
Sejam muito bem-vindos ao NOVO!

A INTERNAÇÃO
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) a dependência química pode ser considerada uma
doença crônica e de características multifatoriais, ou seja, ela é causada por inúmeros fatores.

Entre eles estão fatores genéticos, ambientais, sociais e psicológicos, que dependem, ainda, da frequência e
quantidades ingeridas da substância em questão.

Não há exatamente uma causa que leve o indivíduo a desenvolver dependência química, apesar de muitos
serem os cientistas e estudiosos que se dedicam ao assunto. Pesquisas na área concluíram que filhos de
alcoólatras, por exemplo, possuem 4x mais chances de desenvolverem o alcoolismo.

Além disso, jovens, mulheres e idosos são mais vulneráveis aos negativos efeitos da bebida, enquanto
homens são mais propensos a desenvolverem o vício por drogas lícitas ou ilícitas (como o fumo, maconha e
cocaína, por exemplo). Por outro lado, existem algumas situações e características que se encaixam como
fatores de risco para desenvolvimento de dependência química. São elas:

 Transtornos psiquiátricos;
 Fácil disponibilidade de substâncias psicoativas;
 Falta de atenção dos pais e/ou família;
 Fatores genéticos.

O consumo de drogas é um problema de saúde pública em todo o mundo. Quem abusa desses compostos
causa danos ao próprio organismo e ao seu convívio com outras pessoas.

Às vezes a situação é tão grave que é necessário recorrer à internação para evitar um mal maior.

TEMPO DE TRATAMENTO
Proposta Terapêutica 6 meses (180 dias), podendo ser estendido de acordo com a evolução do paciente.

Lembre-se: a dependência química é uma doença sem cura e que afeta todos os aspectos da vida do paciente
e de seus familiares. Apesar disso, os tratamentos em clínicas de recuperação podem ser eficientes e a
suspensão do uso da droga é o primeiro passo para o dependente químico iniciar sua reinserção social.

Nesse período, o dependente químico inicia um plano de ação voltado ao tratamento, com o intuito de evitar
recaídas, mudar seu ambiente social e afastar-se de pessoas que também usam drogas e podem contribuir
para que ele volte ao vício.

CODEPENDÊNCIA FAMILIAR
Sabemos que a maior parte das atitudes que os familiares tomam são emotivas, embora o principal
passo tenha sido dado no momento em que decidiram proporcionar um tratamento efetivo para seu ente
querido.
Com base em nossas pesquisas, no entanto, constatamos que o grande causador das recaídas dos
pacientes são os próprios familiares, devido a não estarem suficientemente orientados para lidar com o
paciente durante e após o tratamento.
Este problema já começa com o pensamento de que a INTERNAÇÃO é uma punição e não uma solução.
Alguns familiares, ao não recorrerem a uma ajuda profissional, pretendem poupar seus filhos e entes desta
“punição”, mas na verdade estão os poupando da solução.
Não podemos deixar de mencionar que, ainda hoje, a maior dificuldade ao se tratar um paciente em nossa
Clínica continua sendo o vínculo emocional que o familiar tem com ele.
Quando um familiar pergunta como está o paciente que ele ama, nós respondemos e depois perguntamos: E
você, como está?
É natural que o paciente em tratamento esteja muito bem, já o familiar necessita de terapia e
acompanhamento, pois também está diante de uma carga emocional muito grande. Para que possamos desde
já começar esta terapia, indicamos as “reuniões do amor exigente”, no mínimo uma vez por semana.
Na maioria dos casos, este vínculo emocional faz com que o familiar ou responsável não consiga ficar longe
do paciente nos primeiros momentos, por mais doloroso que isso seja. É difícil às vezes compreender que,
por razões clínicas e de adaptação, a primeira visita deve ser feita após (no mínimo) 30 dias. E que se os
telefonemas forem constantes o paciente perderá o foco do tratamento. Por isso, pedimos para o familiar,
após a internação, procurar em caráter de urgência o Grupo do Amor Exigente mais próximo de sua
residência, lembrando que em todos os municípios do Brasil existe um Grupo de Amor Exigente para o
Familiar.
Já houve casos em que o familiar, por ser Codependente ao extremo do paciente, o tira antes de o tratamento
ser concluído, fazendo um Aborto de Tratamento. Este processo é grave, e não pode acontecer em hipótese
alguma, pois temos uma programação psicológica, médica e terapêutica a seguir.
Hoje não dá alta para pacientes que não estejam suficientemente preparados para se manter em abstinência
contemplando a recuperação na sociedade.
Exemplo: Existem desvios de caráter e de comportamentos no paciente, que identificamos já nos primeiros
dias. A partir daí nos planejamos para tratar estes desvios durante os 180 dias a seguir. Aguardamos o
momento oportuno para confrontar o paciente, ou seja: se o familiar abortar o tratamento, o paciente deixa o
hospital com imperfeições que poderão levá-lo a usar drogas ou álcool novamente e em um tempo muito
curto.
Sendo assim, pedimos aos responsáveis e familiares que tenham tranquilidade e busquem informações sobre
a doença da dependência química e alcoólica em grupos de apoio ao familiar.

GRUPOS DE APOIO
Pedimos para o familiar, após a internação, procurar em caráter de urgência um profissional especializado
ou um Grupo de Apoio, nos casos de municípios que não disponibilizam o familiar pode buscar um outro
grupo de Apoio mais próximo de sua residência, lembrando que em todos os municípios do Brasil existe um
Grupo de Apoio ao Familiar do dependente.
Procure em um dos sites abaixo e encontre o grupo mais próximo da sua residência:
Amor Exigente - www.amorexigente.org.br
Al-Anon - www.al-anon.org.br
Nar-Anon - www.naranon.org.br
Pastoral da Sobriedade - www.sobriedade.org.br
Lembrando que o Grupo de Apoio deve ser frequentado por no mínimo 200 dias.

MOTIVAR O PACIENTE
Motivar o paciente é hoje uma tarefa muito difícil, principalmente para o familiar que não tem esta
habilidade. Após anos de estudos dentro do nossa Clínica, chegamos a uma conclusão bastante interessante:
os pacientes que permaneceram em sua grande maioria em tratamento e recuperação foram aqueles que
tiveram a motivação constante dos familiares para que finalizassem o tratamento e se deixassem sob
cuidados durante as reuniões de famílias, junto aos profissionais.
O paciente só levará a frente uma possível desistência do tratamento até onde o familiar permitir. A
responsabilidade do familiar é imprescindível para motivar e deixar bem claro para o paciente que existe sim
uma possibilidade real de o tratamento ser plenamente concluído com sucesso.

QUEBRA DE TRATAMENTO
Quando um familiar não está conseguindo ser firme consigo mesmo e com o paciente, independentemente
do argumento, ele poderá colocá-lo em risco.
A situação é a seguinte: o paciente usa drogas por vários anos e o familiar deseja que ele para de usar e
mude o estilo de vida em poucos dias. Ele nos procura e nós o aconselhamos para deixar o paciente conosco
para que seja feito um Projeto Terapêutico Completo, porém o Familiar precisa ter muita paciência e se
deixar ser orientado por Nossos Especialistas. Durante este período o paciente com certeza irá evoluir, mas
aí o familiar (que estava desacostumado de ver o paciente aparentando saúde e bem-estar), chega à
conclusão de que o paciente já está bom e pode ganhar alta. Este é um erro muito grave.
Vamos analisar os fatos: o familiar procura a Clínica solicitando um resultado positivo no tratamento de seu
ente; antes do término o familiar decide tirar o paciente sem consultar a equipe. Consequentemente, o
paciente volta a fazer uso de drogas e o familiar dirá que a Clinica é que não é boa.
Houve alguns casos isolados desse tipo em nossa história, porém deixamos bem claro que não nos
responsabilizamos por tratamento onde existe quebra.
Os argumentos mais usados pelos familiares que não conseguem lidar com o tratamento e a distância
do paciente são:

1. "Temos uma viagem e não podemos prorrogá-la";


2. "A filha ou filho pequeno não aguenta mais de saudades do pai";
3. "O paciente tem que ir a um casamento ou evento importante";
4. "O paciente tem que assinar alguns documentos urgentes";
5. "Eu vou tirar, mas se ele voltar a usar eu retorno com ele";
6. "Vou dar mais uma chance a ele, eu disse que é a última";
7. "Apenas alguns dias a menos ou a mais não vão fazer diferença";
8. "Ele está me pedindo o tempo todo para ir embora, eu darei mais uma oportunidade";
9. "Aqui em casa estão faltando várias coisas e ele é quem cuida dessa área e sustenta a casa";
10. "A esposa está com muitas saudades";
11. "O hospital é muito rígido, inclusive com os familiares, tem regra pra tudo, assim não da";
12. "Não estamos mais conseguindo pagar as despesas dele e o hospital não é barato";
13. "Por mim ele ficava internado, mas a... (mãe, esposa, filha, pai ou outro membro da família) é que não
quer";
14. "Vamos nos mudar de cidade, aí não tem o que fazer";
15. "Temos um membro da família muito doente e ele precisa ir para lá; essa pessoa pergunta por ele";
16. "Não vai adiantar ele ficar internado, 10 dias a mais ou 30 dias não vão fazer diferença";
17. "Agora ele sabe que eu tenho coragem de internar, e se ele voltar a usar eu já o interno novamente";
18. "Todos aqui em casa ira dar a maior força para ele, estamos juntos e unidos, ele não vai voltar a usar";

Como é possível perceber, em nossas pesquisas focadas na recaída do paciente, o familiar tem a maior
parcela de contribuição. É algo que já começou lá atrás, quando ele retirou o paciente da Clínica sem alta
médica.
O que estamos aqui alertando é que o familiar pode e deve tomar algumas medidas que irão evitar vários
transtornos para ele mesmo e o paciente num futuro próximo. Alguns exemplos:
 Se o familiar for mudar a data de tratamento, mude para mais e nunca para menos;
 Que faça uma reunião com a equipe antes de tomar qualquer decisão isolada;
 Pergunte para a equipe se o seu parente está realmente preparado para simplesmente abandonar um
tratamento tão sério.
 Quando estes critérios não são seguidos rigorosamente, estamos mostrando para o paciente que
somos fracos e não cumprimos com a nossa palavra.
O momento em que o paciente volta a ter uma boa aparência e recupera peso é, sem dúvidas, algo que
merece ser comemorado. Mostra que ele está reagindo bem ao tratamento e colhendo os resultados. Mas não
devemos esquecer que esta é apenas uma etapa intermediária em todo o processo, e não o fim dela. Não se
pode tirar conclusões precipitadas a partir da aparência daquela pessoa e adiantar um diagnóstico, como se
ela já estivesse preparada para receber alta.
Quando você não entende que a alta do paciente é o momento mais importante para ele, você está mais uma
vez errando.
O paciente espera encontrar um pai forte, uma mãe forte e uma esposa/companheira mais forte ainda. Que
saibam colocar limites para ele, que saibam o momento de dizer não. Mas quando acontece o contrário e ele
encontra um familiar frágil, que não tem pulso firme, sem dúvida alguma o mesmo irá voltar ao uso das
drogas. É perfeitamente possível ser amoroso e ainda assim ter pulso firme. Não é um equilíbrio fácil para
todos, mas é preciso alcançá-lo.
É válido ressaltar que este texto foi escrito a partir de uma longa vivência e aprendizado na área, a partir de
experiências com centenas e centenas de pessoas. Estamos aqui para conscientizar a todos que estamos
diante de uma doença fatal, que poderá matar o seu ente a qualquer momento se não for combatida da
maneira correta.

O PACIENTE JÁ ESTÁ BOM!


Este é um engano comum, que leva o paciente a voltar ao uso de drogas/álcool. A expressão “Ele já está
bom!” é muito usada por familiares de primeira viagem, aqueles que nunca passaram por um tratamento
junto com o seu ente querido. Estes familiares, inocentemente, pensam que o tratamento é simples e que, se
o paciente está conversando normalmente, com boa aparência e prometendo que não vai mais usar
drogas/álcool, ele já está bom, curado. Infelizmente nem sempre uma coisa tem a ver com a outra. No
entanto, nós entendemos que os familiares, sem dúvida alguma, agem movidos pelos sentimentos em relação
ao paciente e o que ele aparenta.
Todos nós gostaríamos que os resultados no tratamento da dependência química ou alcóolica aparecessem
de maneira simples e rápida, mas não podemos ignorar o fato que o tratamento e a recuperação são muito
complexos, e que o familiar precisa ter paciência para esperar o resultado e aguardar a evolução do paciente,
que só vem com o tempo.

DESISTÊNCIA DO TRATAMENTO
Existem casos em que o familiar desiste do tratamento. Lembramos a todos que não é o paciente quem
desiste do tratamento, e sim o familiar, que não está preparado para lidar com situações adversas que exigem
um tratamento intensivo ou até mesmo uma internação.
Geralmente este familiar que desiste do tratamento não quer passar por desconfortos com o paciente ou
não está conseguindo dizer “não” a ele. Este pensamento, misturado com a atitude de desistência, sem
dúvida alguma acarretará em uma recaída no quadro evolutivo.
O nosso hospital não acompanha os familiares que desistem do tratamento, pois deixamos bem claro que a
responsabilidade pelo resultado passa a ser do familiar que desistiu. Neste caso, orientamos aos familiares
que busquem ajuda nos Grupos de Apoio do seu município, para aprenderem a lidar com as imposições da
doença ente e com os altos e baixos que existem em um tratamento.
Nos casos de Desistência de tratamento (alta a pedido) não dá direito a Receituários Psicotrópicos e/ou
Clínicos.
O que o familiar deve aprender a dizer para a Doença e ao ser questionado pelo paciente:

1. "Não concordarei com a sua saída até que os profissionais concordem e lhe deem alta."
2. "Não vou visitá-lo enquanto você não estiver indo bem nas suas atividades dentro do hospital."
3. "Preciso que você aprenda a lidar com os seus problemas, procure os profissionais do hospital."
4. "A partir do dia em que você ficou internado comecei a mudar a minha postura em relação aos seus
comportamentos."
5. "Não aceito mais as suas imposições em hipótese alguma."
6. "Vou aproveitar a sua estadia aí para reassumir o meu papel de ... (esposa, pai, filho, irmão, entre
outros)."
7. "Quero que você entenda que nada mais será apenas da sua maneira; você deve considerar outros
pontos de vista também."
8. "Tudo que você começou nos últimos anos não concluiu, veja se conclui ao menos o seu tratamento
com sucesso."
9. "Você conseguiu sobreviver consumindo drogas em um mundo ruim, agora você precisa viver sem
consumir drogas em um mundo bom."
10. "Se você continuar me pedindo para sair do tratamento não irei mais te ligar ou te visitar, vamos parar
com este assunto e focar no tratamento."
11. "Quando eu for visitar você, preciso deixar algumas coisas bem claro e te lembrar dos dias ruins que
me fez passar durante os seus dias de usuário."
12. “Não aceito mais atitudes como as de antes.”

NUTRIÇÃO
As refeições são produzidas obedecendo rigoroso padrão de qualidade e são acompanhadas diariamente por
nutricionista. O cardápio é diversificado e nutricionalmente equilibrado. A Clínica AMA possui cozinha
Industrial e equipe capacitada.

São oferecidas 4 refeições diárias: Café da Manhã, almoço, lanche e Jantar.

Por conta de determinação da VIGILÂNCIA SANITÁRIA, fica PROIBIDA a entrada de alimentos


através dos familiares.

Então, oferecemos a opção de compra na lanchonete com salgados, refrigerantes, biscoitos e uma
diversidade de produtos.

EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
A equipe multiprofissional é composta por um conjunto de profissionais de diversas áreas, que atuam de
forma coordenada e com comunicação efetiva, com o objetivo de promover a qualidade de vida do paciente.
Assim, a equipe multiprofissional é constituída por:

 Psiquiatras  Nutricionista
 Médicos Clínicos  Farmacêutica
 Enfermeiros  Coordenadores
 Técnicos de Enfermagem  Terapeutas
 Psicólogos  Monitores.

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Sem uma análise completa e detalhada do paciente, não podemos afirmar primariamente qual medicamento
ele fará uso.
Trabalhamos cuidadosamente com a intervenção medicamentosa, sendo todos os casos analisados
individualmente. Depois de localizadas as suas verdadeiras causas e necessidades, é decidido finalmente o
momento de serem receitados pelos nossos psiquiatras.
Assim, o resultado esperado pelos familiares e profissionais da Clínica poderá ser alcançado. Esta é uma
etapa em que o familiar não pode, de maneira alguma, deixar que os pontos de vista pessoais afetem o
processo. Ao familiar cabe entender que se trata de uma área muito bem planejada e conduzida pelo médico-
psiquiatra.
Caso o paciente receba alta com a necessidade de continuar tomando medicamentos, assim deve ser feito.
Lembre-se, cada fase do tratamento é de vital importância.
Geralmente a volta ao uso de drogas por parte do paciente acontece quando o familiar opta por não seguir
mais as orientações dos profissionais, acreditando que o paciente já esteja bem. Porém, devemos ressaltar
que uma das causas que possibilitaram a melhora do paciente foi o rigoroso tratamento medicamentoso ao
qual ele foi submetido. Há as exceções entre os pacientes que, de fato, recebem alta sem prescrição médica,
porém são a minoria.
Devemos lembrar aos familiares o custeio dos medicamentos variam de acordo com o convênio do paciente
(seja plano de saúde ou particular). Entre em contato com o setor administrativo que vão direcionar os
familiares quanto à compra dos medicamentos.
É comum os familiares, tomados pela emoção, desejarem que o paciente receba alta do hospital e
imediatamente finalizem o processo de medicamentos. Este pensamento não pode existir por parte do
familiar, já que estamos falando de casos individuais que variam de paciente para paciente. Voltamos a
alertar que existem vários casos em que a retirada dos medicamentos acarreta a recaída do paciente.
- As demandas clínicas e psiquiátricas dos internos serão avaliadas pelo Corpo Médico da Clinica, já
que dispomos de equipe médica qualificada para tal finalidade, sendo encaminhados em caso de
urgência e emergência.

DEPARTAMENTO DE OBSERVAÇÃO
O Departamento de observação, que atua na conscientização do paciente, relacionou diversos motivos para
que o paciente fique sob cuidado especial. Alguns deles estão relacionados abaixo:

1. Sintomas claros de abstinência;


2. Paciente debilitado fisicamente;
3. Paciente em fase de delírio;
4. Paciente totalmente dependente do setor de Enfermagem;
5. Paciente em quadro de depressão aguda;
6. Paciente recém-chegado no hospital;
7. Nenhuma participação em atividades;
8. Subgrupo negativo dentro do hospital;
9. Comportamentos negativos que vão contra uma normalidade;
10. O descumprimento do Regime de Normas e Regras Internas; Entre outros motivos;

Caso a equipe decida que o adiamento da visita é uma medida necessária em determinado momento, para o
bem do paciente, ela tem toda a autonomia de informar aos familiares e pedir a compreensão de todos.

EVASÃO DO HOSPITAL
Este é um caso extremo, quando um paciente literalmente foge da clínica. O termo “evasão” é o mais
utilizado, porém, quando um paciente deixa a Clínica a partir de um método que não é o tradicional nós
chamamos de “desistência conturbada”.
Este tipo de situação é muito raro de ocorrer, no entanto, devemos nos prevenir e informar como é o
procedimento adotado.
Primeiro: Quando um paciente deixa as dependências do hospital em um procedimento conturbado, logo em
seguida o familiar é comunicado;
Segundo: O familiar deve manter a calma neste momento e aguardar um telefonema do paciente;
Terceiro: O familiar deve concordar com tudo o que o paciente disser no telefone;
Quarto: O familiar pergunta onde ele está, em alguns casos a equipe se desloca para o local;
Quinto: Caso o paciente chegue em casa, devemos ir buscá-lo novamente;
Sexto: A nossa maior orientação é que em hipótese alguma se desista do tratamento do paciente.

LIGAÇÃO
 A Primeira ligação será depois de pelo menos 20 dias de internação.
 O tempo máximo do telefonema é de dez (10) minutos por paciente.
 Somente é permitido 2 (duas) ligações por o paciente, nestes casos, 5 (cinco) minutos para cada
telefonema
 Todas as ligações para os familiares serão feitas por telefone ou pelo whatsapp, por isso solicitamos
ao familiar que informe para a nossa Administração qual o número que está disponível para receber
ligações.
 Gostaríamos de informar a todos os familiares/responsáveis que o telefonema só será
autorizado nas datas previstas (Sábados ou domingos).
 Ligação de Aniversário / Data comemorativa: há um interesse natural do familiar em fazer contato
telefônico para comemorar com seu ente querido, Caso o dia do telefonema caia nestas datas, os
mesmos serão feitos normalmente. Caso não caia, pedimos o entendimento de todos para que não
entrem em contato nestas datas, pois nós também estaremos em confraternização com os pacientes.
 Em casos de urgências e emergências: entraremos em contato a partir de um dos números que
constarem no Contrato do Responsável.
 Na semana em que o paciente recebe visita NÃO HAVERÁ LIGAÇÃO.
Pedimos para todos os familiares que respeitem os horários, dias e números estabelecidos pela Clínica, tendo
a confiança no trabalho de uma empresa que é referência no tratamento da reabilitação humana.
Orientações durante as ligações:
 motivem seus entes queridos a completar o programa de tratamento.
 Pergunte sobre o que ele está aprendendo nas palestras
 É sugerido aos familiares transmitir notícias ruins por telefone ou fazer comentários negativos
que possam abalar o paciente. Caso haja más notícias, comunique a equipe para que em conjunto
com a família, possamos decidirmos a melhor maneira de transmiti-la ao paciente.
 A ligação deve ser para motivar o paciente;
 Não se deve comentar com o paciente o dia que ele receberá visita, pois a mesma pode ser mudada
ou cancelada a qualquer momento se houver alteração na dinâmica do tratamento do paciente em
questão.
 Caso o familiar esteja ciente da alta ou pretende vir até o hospital retirar o paciente por motivos
diversos, pedimos a colaboração para não comentar com o paciente antes da data. O familiar deve
primeiro solicitar orientação dos profissionais do hospital antes de tomar qualquer medida.

VISITAS AO PACIENTE
Neste texto deixamos bem claro para todos os familiares que a Primeira Visita é permitida a partir de 30
dias, dependendo muito da evolução do tratamento do paciente. Ou seja, ela não tem que acontecer
necessariamente aos 30 dias e sim após os 30 dias com agendamento prévio.
SEM AGENDAMENTO NÃO HÁ VISITA
Todas as visitas deverão ser agendadas mediante contato prévio por telefone com o coordenador
responsável, sendo vetada toda e qualquer espécie de visita sem agendamento prévio.
É muito importante que o responsável e os familiares cheguem no horário agendado da Visita e respeitem
o horário pré-determinado para o fim da mesma.
O horário para a Visita familiar é às 09h às 12h ou 14h às 17h
Caso haja atraso na chegada do familiar para a visita, não haverá ajuste no horário do término da
visita. Ex.: a família chegou às 11:30h, a visita será encerrada às 12h, mantendo o horário pré-estabelecido.

Orientamos aos familiares que venham vestidos adequadamente. As mulheres com roupas muito curtas,
miniblusas, baby looks e trajes do tipo não terão o acesso permitido, por se tratar de um ambiente de
tratamento terapêutico e para evitarmos transtornos com os demais pacientes.
Apenas familiares ou outras pessoas previamente autorizadas, somando 4 (quatro) pessoas, poderão
participar da visita com o paciente. Outras pessoas sem aviso prévio não serão permitidas a entrada na
clínica.

REINSERÇÃO FAMILIAR / RESSOCIALIZAÇÃO


Lembrando que o familiar pode optar por não fazer a ressocialização.
A Reinserção Social somente será cogitada após 135 dias (4 meses e meio) de tratamento.

DURANTE A RESSOCIALIZAÇÃO
É totalmente comum o familiar se perguntar o que se deve fazer durante esta fase, como deve se comportar,
o que é indicado ou não, o que falar, como agir.
A recomendação geral é que o familiar continue mantendo a mesma postura firme que aprendeu nos grupos
de apoio e com a equipe da Clínica, relatar todos os acontecimentos por escrito e levar para a Clínica no dia
da volta do paciente. Durante este processo é positivo:

1. Não permitir que o paciente saia sozinho em hipótese alguma;


2. Não permitir que o paciente dirija veículo, devido a estar fazendo uso de medicamentos;
3. Não dar dinheiro para o paciente nesta fase do tratamento;
4. Não permitir que o paciente chegue após as 23 horas em sua residência em hipótese alguma;
5. Não deixar de tomar os medicamentos ministrados pelo médico; para saber mais leia o artigo
Medicamentos;
6. Não deixar em momento algum o paciente conversar sobre a hipótese de não voltar ao tratamento. Leia
mais no artigo O Paciente já está bom!
7. O familiar deve ligar para o Coordenador do Hospital para informar como está se desenvolvendo este
processo.
8. O familiar não pode deixar de trazer o paciente na data combinada.
9. Não prometer dar presentes e não dar presentes, bem como carro entre outros presentes de valor, pois
ainda não é o momento.
10. O paciente, durante o processo de reinserção familiar, terá que dar continuidade ao treinamento em seu
décimo passo.
11. O paciente deve trazer seus exercícios e tarefas concluídas.

DESPESAS e DEMANDAS ADMINISTRATIVAS


Mensalidade / diária: Saber quanto custa um tratamento para dependentes químicos é, sem dúvida alguma,
uma das maiores dúvidas para quem possui esse problema.

A Clínica Ama dispõe de parceria com diversos planos de saúde, mas caso não o tenha, fale conosco para
um melhor esclarecimento sobre os valores do tratamento.

Enxoval: Sabemos que muitas vezes o dependente químico, no ato de sua internação, está em situação
precária, onde já perdeu tudo, inclusive muitos bens pessoais e/ou os que restaram não estão em condições
de uso, bem como, muitas vezes, a urgência da internação é tal que não há tempo suficiente para separar
todos os bens necessários para o uso durante o tratamento, por exemplo: quantidade de roupas, produtos de
Higiene etc.. Consulte o setor administrativo e será disponibilizada a lista do enxoval com material
individual.

KIT Narcóticos Anônimos (N.A.): Os princípios do Narcóticos Anônimos servem de pilares para os
membros necessitados buscarem apoio. São como pequenos lembretes em oração para que se mantenham no
caminho da libertação de seus vícios . Dispomos de 3 livros N.A. + caderno + canetas + pasta para auxiliar o
interno na caminhada rumo a recuperação.

Translado: caso haja a necessidade de encaminhamento do paciente para realização de alguma


peculiaridade fora da clínica, os valores serão repassados antecipadamente pelo setor administrativo.

Lanchonete: o pagamento é feito de maneira pré-paga, onde é depositado um valor na conta da clínica, e o
paciente vai dando baixa nos valores mediante o consumo (com controle), caso ao final do tratamento ainda
tenha crédito, o valor será restituído à família.

Solicitação de documentos: o prazo para entrega de documentos solicitados formalmente é de até 15 dias
úteis.

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