501-25C-1 Reparos na Carroceria – Plásticos 501-25C-1

SEÇÃO 501-25C – Reparos na Carroceria – Plásticos

APLICAÇÃO NO VEÍCULO: Focus 2005

ASSUNTO .............................................................................................................................PÁGINA

DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO
Reparos em Plásticos ....................................................................................................501-25C-02
Informações Gerais.....................................................................................................501-25C-02
Identificação do Plástico .............................................................................................501-25C-03
Endireitamento Termoelástico ....................................................................................501-25C-03
Soldagem de Plásticos................................................................................................501-25C-04
Soldagem Recíproca de Plásticos ..............................................................................501-25C-08
Colagem de Plásticos .................................................................................................501-25C-09
Reparos GRP..............................................................................................................501-25C-12
Medidas de Segurança ...............................................................................................501-25C-14

05/2005 – Focus 2005

501-25C-2 Reparos na Carroceria – Plásticos 501-25C-2

DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

Reparos em Plásticos

Informações Gerais Termoplásticos (plastômeros)

Devido às suas variadas construções, o reparo de – O calor causa a mudança de estado dos
peças plásticas envolve vários métodos de reparo: termoplásticos de sólido para termoelástico e então
para termosplástico.
– Endireitamento termoplástico.
– Quando resfriados, eles retornam ao estado sólido.
– Tecnologia de solda de plásticos (PC, PP/EPDM
etc.).
– Tecnologia de colagem de plásticos (todas as Duroplásticos (durômetros)
peças de plástico)
– Os duroplásticos são muito mais duros e mais
– Tecnologia de laminação de plásticos (apenas quebradiços do que os termoplásticos.
peças GRP com resina poliéster).
– Sua resistência permanece bastante inalterada
No trabalho de reparo, as características materiais quando são aquecidos.
dos plásticos são bastante significativas. Podem-se
– Os duroplásticos são destruídos quando o ponto
distinguir dois grupos principais:
crítico de temperatura é excedido.
– Termoplásticos (plastômeros)
– O resfriamento não irá restaurar o estado original.
– Duroplásticos (durômetros)

Plásticos utilizados pela Ford

Abreviatura Descrição

ABS Acrinolitrilo butadieno estireno (polímero)

PA Poliamida

PC Policarbonato

PP Polipropileno

PP/EPDM Borracha propileno etileno/prolipropileno

PC/PBT Policarbonato/politudadieno tereftalato

PBT/PC Polibutileno tereftalato/poli carbonato

PUR Poliuretano

GF Fibra de vidro reforçada

05/2005 – Focus 2005

501-25C-3 Reparos na Carroceria – Plásticos
Identificação do Plástico
Se um plástico não tiver marcas de identificação, o
tipo pode ser estabelecido por dois
métodos/procedimentos diferentes:
– Inspeção Visual
– Verificação Mecânica
A identificação de um tipo de plástico é necessária
para o processo de solda a fim de determinar a
alocação correta da vareta de solda respectiva.
Inspeção Visual
As inspeções visuais servem principalmente para
identificar materiais PUR e GRP. Os componentes
termoplásticos (por exemplo, pára-choques)
geralmente são pintados e, portanto, são difíceis de
se identificar.
Características de identificação:
– PUR: caso ocorra trinca ou dano similar, poros
de espuma visíveis.
– GRP: estrutura de fibra de vidro identificável na
parte interna.
Verificação Mecânica
– Grau de dureza; quanto maior a tonalidade, mais
duro será o plástico.
– Elasticidade; quanto mais abafada a tonalidade,
maior será a elasticidade do plástico.
NOTA: as verificações mecânicas podem
identificar o grupo de plásticos, mas não o tipo do
plástico.
De acordo com as estatísticas de danos, as barras
do pára-choque de plástico geralmente estão mais
sujeitas a reparos.
NOTA: a espuma PUR não deve ser removida
para fins de reparo se o poliuretano na parte interna
da espuma estiver colado na cobertura externa da
barra do pára-choque. Na existência de danos
graves, como trincas ou fraturas (divisão) no
revestimento externo, não faça qualquer reparo
na área da espuma. A regra nesse caso é: substituir
a peça.
501-25C-3
O revestimento externo das barras do pára-choque de
plástico consiste principalmente de materiais
termoplásticos. Dependendo da extensão do dano e
da acessibilidade, podem ser aplicados os seguintes
procedimentos de reparo:
– Endireitamento termoelástico
– Colagem
– Soldagem
Endireitamento Termoelástico
As barras do pára-choque geralmente têm
deformações que ocorrem na área elástica.
Normalmente essas deformações assumem a forma
de amassamentos, rebaixamentos e dobras. Muitas
dessas deformações (por exemplo, nas barras do pára-
choque) são corrigidas por si só imediatamente ou
após um determinado período de tempo. Essa
autocorreção depende da extensão do dano e da
temperatura. As deformações mais planas na área
elásticas revertem ao seu formato original quando
aquecidas com um ventilador de ar quente.
Deformações elásticas planas
NOTA: a aplicação necessária de calor varia de
acordo com o tipo de plástico. A aplicação de calor
não deve ir além da área elástica. A deformação ao
plástico não pode ser revertida. Nunca use chama
aberta!
– Os amassados e rebaixos planos devem ser
uniformemente aquecidos a aproximadamente
200°C utilizando um ventilador de ar quente, se
possível aplicando calor em ambos os lados de
cada vez. Conquanto que não haja estiramento em
excesso, a deformação reverte à sua forma original.
– Até um certo grau, o "endireitamento" pode ser
suportado usando ferramentas mecânicas tais como
o cabo de um martelo, uma cunha de plástico, etc.
Trincas e dobras
No caso de trincas ou dobras uniformes na área
danificada, as possibilidades de endireitamento
termoelástico são limitadas. Os reparos por cola são
mais adequados a esse tipo de dano.
– Para impedir tração no material, recorte as áreas
rachadas ou retorcidas (utilizando uma serra).
– Aqueça a depressão a aproximadamente 200°C
(uniformemente, na parte externa e interna) e
ajuste à forma original utilizando uma espátula
estreita ou o cabo do martelo.
05/2005 – Focus 2005
501-25C-4 Reparos na Carroceria – Plásticos 501-25C-4

Soldagem de Plásticos
NOTA: não solde o plástico na área de apoio fixo da
espuma.
A soldagem de plástico é o método de reparo mais
adequado para trincas nas barras do pára-choque de
plástico, onde a parte traseira da área danificada não é
adequada aos reparos por colagem. Exemplos: Seção
rebitada, seção encaixada, seções estreitas
arredondadas em áreas reforçadas.

Ferramentas e materiais necessários

– Além das ferramentas disponíveis na oficina (como
raspadores, lixadeiras, etc.) as seguintes
ferramentas são necessárias para a solda de
plásticos:
• Ventilador de ar quente (aproximadamente
1500 W)
• Bicos de solda
• Várias varetas de solda
• Cortador de face com Ø 5,5 mm para
processamento da ranhura de soldagem.
• Raspador (formato de coração).
Pistola para soldagem de plásticos
Item Descrição
1 Pistola para soldagem de plásticos
2 Bico de soldagem rápida
3 Bico de cunha (bico fixo)
4 Cortador de face

Preparação do local do reparo (trinca)

Prepare a trinca para o processo de solda no formato
de um V.

05/2005 – Focus 2005

501-25C-5 Reparos na Carroceria – Plásticos 501-25C-5
Costura de solda na ranhura em V
Item Descrição
1 Peça a ser reparada
2 Aditivo de solda (conformado)

Preparação da costura de solda na ranhura em V:

– Forme a ranhura para solda utilizando um raspador
(cortador de face).
– Mantenha o ângulo da junção em 60° - 70°.
– NOTA: alargar a extremidade da trinca (broca de
3mm) impede mais trincas. Onde o alinhamento da
borda seja irregular, corrija o início da trinca
usando um alicate antes de começar a soldar.
– Por fim, alargue a extremidade da trinca.

Preparação do ventilador de ar quente e

da vareta de solda
Converta o ventilador de ar quente em uma pistola de
solda de plásticos (bico de extensão e bico de
soldagem rápida).
– Ajuste a temperatura da solda (200°C-700°C) de
acordo com os valores indicados.

Temperatura da
Ajuste do controle do potenciômetro
Termoplástico solda em °C
para pistola de solda de plásticos
(valor de guia)
Bico de
Bico em cunha soldagem rápida
5,7mm
ABS 350 4,5 5,3
PP 300 3,8 4,5
PP/EPDM 300 3,8 4,5
PBT/PC 300 3,8 4,5
PA 400 5,1 5,6
PC 350 4,5 5,3
PC/PBTP 350 4,5 5,3

05/2005 – Focus 2005

501-25C-6 Reparos na Carroceria – Plásticos 501-25C-6

Temperatura da solda
Dois fatores determinam a temperatura da solda:
– Material plástico
– Espessura da vareta de solda
– Solde apenas plásticos PBT/PC utilizando uma
vareta de solda PP.
– Os plásticos reforçados com fibra de vidro não
podem ser soldados.
– As peças plásticas com coloração azul no Ford Ka
não podem ser pintadas e, portanto, não são
adequadas para reparos de plástico.
Parte traseira da pistola de solda de plásticos
Item Descrição
1 Abertura de tomada de ar
2 Unidade de controle de temperatura
3 Interruptor basculante
4 Interruptor de volume de ar

– As temperaturas fornecidas são temperaturas do ar

para a pistola de solda de plásticos. A temperatura
do material é muito menor.
– Observe as instruções do fabricante ao ajustar a
temperatura.
– Pré-aqueça o equipamento de solda à temperatura
da solda pré-selecionada durante 3-4 minutos.
– Incline a frente da vareta de solda a fim de garantir
o preenchimento gradual no início da ranhura da
trinca.

Aplicação de solda
Os seguintes requisitos devem ser satisfeitos para
soldar plásticos:
– Ajuste correto de temperatura.
– Velocidade uniforme de aplicação da solda.
– Pressão uniforme de operação.
Empurre a vareta de solda inclinada através da
câmara de pré-aquecimento aquecida do bico de
soldagem rápida até que a ponta da vareta projete-se
pela parte inferior.

05/2005 – Focus 2005

501-25C-7 Reparos na Carroceria – Plásticos 501-25C-7

Alinhamento do bico de soldagem rápida

A parte inferior do bico de soldagem rápida deve
ficar paralela à superfície de reparo na direção do
comprimento. O alinhamento paralelo na direção do
comprimento é obtido com o equipamento de solda
na inclinação apropriada.

Posição da pistola de soldagem de plásticos

– Mova a pistola de soldagem de plásticos de forma
que a vareta de solda fique exatamente
perpendicular à ranhura de soldagem.
– O procedimento de soldagem pode ser iniciado
quando a vareta e o plástico a ser soldado
estiverem em um estado plástico.

Costura de solda
Item Descrição
1 Cordão de solda
2 Altura da costura de solda
3 Base da costura de solda

NOTA: a conexão ideal é obtida quando um cordão

pequeno e uniforme de solda tiver se formado ao
longo da borda da costura. É essencial soldar através
da costura da ranhura. Verifique a costura de solda
pela parte traseira e solde novamente se necessário.
A pressão de operação ao soldar é exercida apenas
através da vareta de solda.
Erros de soldagem
Deformação:
– A área do reparo foi superaquecida.
– Tensão presente no material ao soldar as peças.
– Material plástico muito fino.

05/2005 – Focus 2005

501-25C-8 Reparos na Carroceria – Plásticos 501-25C-8

União soldada deficiente:

– Temperatura da solda muito baixa.
– Velocidade muito rápida de aplicação da solda.
– Soldagem de materiais diferentes.
A costura de solda afunda:
– Ranhura de solda muito larga
– Temperatura da solda muito alta.

Retrabalho da costura de solda

– Após esfriar, a parte elevada da costura de solda
pode ser lixada com uma lixadeira e folha de lixa,
granulação P80.
– O desbastamento da superfície é então realizado
com uma lixadeira orbital e folha de lixa,
granulação P120 - P220.
– Limpe a superfície desbastada com um líquido de
limpeza de plásticos.
– Aplique uma camada fina de iniciador de plástico
na superfície de reparo.

Soldagem Recíproca de Plásticos

A soldagem recíproca é o método preferido para
danos por trinca em área de difícil acesso.
– Na soldagem recíproca a vareta de solda é movida
livremente.
– A preparação da ranhura da trinca é a mesma.

Operação de soldagem
– A pistola de soldagem de plásticos é equipada
apenas com o bico de extensão.
– A vareta de solda e a ranhura da trinca são levados
ao estado plástico por meio de movimentos
verticais reciprocativos.
– A vareta de solda é pressionada na ranhura da
trinca verticalmente em estado plástico.
Soldagem reciprocativa
Item Descrição
1 Vareta de solda
2 Pistola para soldagem de plásticos
3 Ranhura de soldagem
4 Direção da soldagem

05/2005 – Focus 2005

501-25C-9 Reparos na Carroceria – Plásticos 501-25C-9

Os seguintes requisitos devem ser satisfeitos para

soldagem reciprocativa:
– Aquecimento igual da vareta de solda e da ranhura
de soldagem.
– Velocidade uniforme de aplicação da solda.
– Posicionamento vertical e pressão uniforme na
vareta de solda.
Todas as outras etapas estão descritas no capítulo
Soldagem de Plásticos – Retrabalho da Costura de
Solda.

Colagem de Plásticos
Informações gerais
A tecnologia de colagem apresenta algumas
vantagens sobre a tecnologia de soldagem:
– No grupo de termoelásticos, todos os materiais
auxiliares semi-rígidos (como barras do pára-
choque, grades dianteiras, etc.) podem ser
reparados sem identificação.
– Um adesivo de dois componentes com base de
poliuretano deve ser utilizado para todas as peças
termoplásticas.
– Tiras de reforço podem ser fixadas nas ranhuras
das trincas (trincas até no máximo 100mm) e
fraturas a fim de garantir as propriedades tensivas
originais.

Ferramentas e equipamentos necessários

Ferramentas e equipamentos da oficina podem ser
utilizados para realizar reparos de colagem nas peças
termoplásticas. Lixadeiras e fita de lixa podem ser
utilizadas para lixar riscos e trincas. Lixadeiras
orbitais com extratores são utilizadas para lixamento
fino. Um aquecedor infravermelho garante secagem
rápida e efetiva.
Jogo para reparo de plásticos
– Líquido de limpeza de plásticos
– Iniciador de plástico
– Jogo de reparo de adesivo
• Três cartuchos duplos
• Três tubos de emulsão
– Tiras metálicas de reforço
– Fibra de reforço

05/2005 – Focus 2005

501-25C-10 Reparos na Carroceria – Plásticos 501-25C-10

Ferramentas e equipamentos auxiliares

Item Descrição
1 Lixadeira com controle de velocidade
2 Lixadeira orbital
3 Limitador de plástico
4 Raspador
5 Espátula de pintura
6 Alicate

Preparação do local do reparo (trinca)

Antes de reparar, limpe os dois lados das peças de
plástico com ar sob pressão e seque em seguida.
– Limpe a superfície de reparo com um líquido de
limpeza de plásticos.

Lixamento da trinca
Item Descrição
1 Preparação da trinca
2 Preparação da trinca

– Utilizando uma lixadeira orbital, lixe as trincas até

que fiquem planas. Folha de lixa, granulação
P80 - P120.
– Lixa fina com lixadeira orbital: Papel de lixa,
granulação P120.
– NOTA: use luvas de proteção para a limpeza.
Limpe profundamente o local do reparo usando
líquido de limpeza para plásticos e toalhas de
papel.
– Pulverize iniciador de plástico uniformemente
sobre o local do reparo.

05/2005 – Focus 2005

501-25C-11 Reparos na Carroceria – Plásticos
Preparação do local do reparo (trinca)
– Utilizando uma lixadeira ou fita de lixa, desbaste
a trinca até que fique plana. Superfície de
lixamento 40-60mm de largura.
– Desbaste novamente com uma lixadeira orbital.
Papel de lixa: granulação P120.
– Alargue a extremidade da trinca (Ø 3 mm) para
impedir mais trinca.
– Desbaste o lado de baixo ao longo da trinca.
– Limpe o local do reparo em ambos os lados
usando líquido para limpeza de plástico e
toalhas de papel.
– Pulverize iniciador de plástico uniformemente
sobre o local do reparo.
Preparação para colagem
– O adesivo de dois componentes é aplicado ao
local de reparo limpo de preparado utilizando
uma pistola de mão.
– O acionamento da alavanca da pistola empurra a
resina e os componentes de endurecimento do
cartucho duplo para dentro do tubo de emulsão
fixado.
Colagem de trincas
Mesmo as depressões leves como trincas requerem
preparação. A superfície da área de reparo também
deve ser processada para fornecer preparação
suficiente para o adesivo. Evita também o
afundamento subseqüente da área de reparo.
– Após a limpeza e preparação, preencha a
cavidade da trinca com bastante adesivo.
– Mergulhe a ponta do tubo de emulsão no
adesivo durante a aplicação do material para
impedir a entrada de ar.
– Espalhe e alise o adesivo com um limitador de
plástico.
– Ajuste usando um aquecedor infravermelho ou
em estufa de secagem.
501-25C-11
Colagem de trinca com reforço
O local do reparo é reforçado a fim de aumentar a
resistência à torção no caso de danos por trinca e
fratura sobre uma área grande. Para tanto, materiais
de reforço adequados (tiras de metal, fibras de
reforço) são afixados no lado de baixo:
– Cubra a parte da frente da trinca com uma folha de
PE e com fita adesiva.
– Pela parte de baixo, preencha a ranhura da trinca
desbastada com adesivo plástico.
– Uma tira larga de fibra de reforço é fixada sobre a
ranhura da trinca no cordão do adesivo.
– As extremidades da trinca são reforçadas mediante
a fixação de uma tira metálica que é fixada à peça
de plástico utilizando um alicate.
– Em seguida, nivele o material de reforço sobre
toda a superfície.
– Seque usando um aquecedor infravermelho ou em
estufa de secagem.
– A folha de PE impede o transbordamento do
adesivo pela parte da frente da trinca.
– Quando o adesivo estiver seco, remova a folha
de PE.
– Espalhe o adesivo sobre o local do reparo na parte
da frente.
– Ajuste usando um aquecedor infravermelho ou em
estufa de secagem.
– Resfrie o adesivo à temperatura ambiente a fim de
impedir que seja puxado para fora durante o
lixamento e evitar o desgaste da folha de lixa.
Lixamento
– NOTA: no caso de lixamento a seco, use uma
unidade de extração e uma máscara de proteção
contra poeira. Lixe o adesivo saliente utilizando
uma lixadeira orbital. Folha de lixa: granulação
P120 - P220.
– Retrabalhe manualmente as áreas deformadas e
curvas.
– Use um bloco abrasivo para desbastar as
superfícies pintadas.
– Limpe profundamente a peça de plástico com
líquido para limpeza de plásticos e toalhas de
papel.
– NOTA: seque muito bem o iniciador de plástico
(superfície da manta).
– Pulverize iniciador de plástico para a aplicação
subseqüente da camada fina de preenchimento 2K
nas áreas de reparo e nas áreas lixadas.
05/2005 – Focus 2005
501-25C-12 Reparos na Carroceria – Plásticos 501-25C-12

Aplicação do preenchimento de dois Ferramentas e equipamentos auxiliares

componentes necessários
Para evitar porosidade nas bordas e alisar as áreas – Serra (serra para carroceria) para separar as trincas.
irregulares, é aconselhável aplicar o preenchimento
– Lixadeira axial, lixadeira ou fita de lixa para
2K (MS, HS) com um aditivo elastificador:
desbastar os locais de reparo.
– Após a secagem, resfria o preenchimento 2K à
temperatura ambiente e desbaste utilizando uma – Lixadeira orbital para desbastar e lixar a superfície
lixadeira orbital e folha de lixa fina. a ser reparada.
– Retrabalhe manualmente as áreas deformadas e – Bloco abrasivo de mão para desbastar superfícies
curvas (úmidas) utilizando uma folha de lixa pequenas.
fina.
– Verifique o contorno do local do reparo e
retrabalhe, caso esteja irregular. Lixamento do local de reparo
– Aplique a pintura de acordo com as instruções – Desbaste a borda do furo, no formato V e alise,
do fabricante. utilizando uma lixadeira – folha de lixa, granulação
P80 - P120.
Reparos GRP – Remova as camadas de preenchimento e de
pintura.
Informações gerais
– Caso haja formação de trincas, é necessário
O material GRP é duro e quebradiço em suas desbastá-las na base da trinca em 3mm. Isso
propriedades tensivas. Devido a essas propriedades elimina qualquer tensão.
do material, trincas e fraturas geralmente resultam
no caso de danos severos. A estabilidade e – O cuidadoso desbaste e alisamento é importante
segurança das peças GRP é prejudicada caso o para a adesão subseqüente do material de reparo.
reforço de fibra de vidro venha a trincar. O mesmo – NOTA: a superfície deve ser lixada de novo
deve ser substituído no caso de danos severos que manualmente.
afetem a estrutura da peça. Danos menores (como
abrasão, trincas de até 80mm, furos com – Desbastar com uma lixadeira gera calor que causa
aproximadamente 60mm de diâmetro, etc.) podem uma alteração na estrutura da superfície da resina.
ser reparados a um padrão visual e tecnicamente Isso resulta na redução das propriedades adesivas.
perfeito, conquanto que o dano não ocorra em
áreas muito utilizadas ou de difícil acesso. Para
garantir reparos excelentes, observe os seguintes
pontos:
– A temperatura ambiente deve ser pelo menos
15°C e o ar deve estar o mais seco possível.
– NOTA: impressões digitais deixam uma
película que impede uma junção apropriada.
Limpe e seque cuidadosamente o local do
reparo.
– Antes de realizar o reparo, é necessário secar a
peça GRP a ser reparada utilizando um
aquecedor infravermelho ou em uma estufa de
secagem.
– No caso de trincas e fraturas grandes, a
resistência da película externa pode ser
restabelecida mediante o apoio com um material
de reforço.

05/2005 – Focus 2005

501-25C-13 Reparos na Carroceria – Plásticos 501-25C-13

Material de reparo GRP

Componentes de reparo GRP

Item Descrição
1 Resina de poliéster
2 Endurecedor
3 Mantas de fibra de vidro
4 Tesouras
5 Escova

Aplique resina de poliéster

– A resina de poliéster é misturada com endurecedor
e uma camada fina é aplicada ao local de reparo
limpo com uma escova.

Insira a manta de fibra de vidro

– Corte a manta de fibra de vidro no tamanho correto
e insira na resina de poliéster aplicada.
– Aplique mais resina de poliéster sobre a manta de
fibra de vidro e adicione uma segunda ou terceira
manta se necessário.
– NOTA: Embeba completamente a manta de fibra
de vidro na resina de poliéster. Nenhum ar deve
ficar retido na área do reparo.
– Aplique resina de poliéster utilizando uma escova.
– Deixe a resina de poliéster secar a temperatura
ambiente.
– Apóie trincas e fraturas grandes com material de
reforço para restaurar a resistência da película
externa.

Aplique limitador
– A depressão na parte da frente é preenchida com
limitador de fibra de poliéster para se obter uma
superfície uniforme e plana.
– Repita o procedimento, se necessário.

05/2005 – Focus 2005

501-25C-14 Reparos na Carroceria – Plásticos 501-25C-14

Aplique limitador
Item Descrição
1 Peça GRP que está sendo reparada
2 Limitador de fibra de poliéster
3 Inserto de fibra de vidro

Aplicação final do limitador

– Recrie os contornos da superfície aplicando
limitador ou preenchimento de poliéster.

Desbastamento com a lixadeira orbital

– Desbaste o material de poliéster saliente utilizando
uma lixadeira orbital. Folha de lixa, granulação
P120 - P220.
– A superfície de reparo pode ser pintada após lixar.

Medidas de Segurança
– A resina de poliéster, adesivo, solventes e diluentes
são inflamáveis e devem ser mantidos afastados do
fogo ou chama aberta.
– As operações de serrar e desbastar somente devem
ser realizadas em locais equipados com sistemas de
extração.
– Se nenhum local com sistemas de extração estiver
disponível, use somente ferramentas com sistemas
de extração.
– Equipamento de proteção como luvas, óculos tipo
aviador, aventais e máscaras de respiração são
essenciais.
Para obter mais informações, consulte as Seções
501-25A / 501-25B / 501-25C / 501-25D / 501-25E /
501-25F / 501-25G. É importante observar também
todos os regulamentos aplicáveis, leis de proteção
contra acidentes, fichas de informação, avisos de
segurança e instruções para processamento de
adesivos contendo isocianato, resina de poliéster,
adesivos, solventes e diluentes.

05/2005 – Focus 2005