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As ciências sociais, como parte das ciências humanas, sempre tem gerado debates em
torno de várias questões por muitos pensadores e acadêmicos. Como em todas as áreas do
conhecimento, há pensadores e acadêmicos que defendem um conceito baseado em concepções
e observações pessoais tomando como base teórica a bibliografia que antecede o objeto de
estudo, da mesma forma, há aqueles que se opõem a esse conceito com a mesma metodologia:
convicções pessoais e referências bibliográficas. Do exposto, poder-se-ia resumir que toda
história relacionada a um evento ou comportamento social estudado terá sempre duas versões:
os que a apoiam e os que se opõem, um exemplo claro desse histórico foram os pesquisadores
Herskovits e Frazier cujas investigações se basearam no mesmo lugar com os mesmos
indivíduos, mas com resultados e opiniões diferentes (SANSONE, 2012).
Assim, durante o século XIX, o Brasil e os Estados Unidos passaram a ser foco de
atenção tanto para pesquisadores quanto para nacionais de cada país, além dos internacionais,
devido às relações Inter étnicas por parte de seus habitantes. Dentro das investigações das
ciências humanas, sem dúvida, a que gerou mais bibliografia foi relacionada a conceitos como
etnia e raça, esses termos foram discutidos ao longo dos anos por estudiosos nacionais e
internacionais, citando como exemplo alguns: Fredrik Barth, Thales de Azevedo, Nina
Rodrigues, Donald Pierson, Ruth Landes, Livio Sansone, entre outros.
Teoria da etnicidade é uma disciplina muito complexa, pois visa mostrar e fazer um
compêndio de diversos autores que geraram bibliografia referente à questão da etnia, tudo com
o objetivo de construir e construir argumentos relacionados aos termos de nação, etnicidade, e
cultura em cada uma das salas de aula. Não há cronologia exata porque os autores convergem
com colegas no mesmo contexto histórico-temporal como fora, no caso de autores estrangeiros,
por exemplo.
Teoria da etnia forneceu bibliografia importante para o projeto com os seguintes textos:
Dicionário Crítica das Ciências Sociais do País de Fala Portuguesa - Livio Sansone
A partir desses textos revisados nas salas de aula da etnia, aspectos relacionados ao
projeto de pesquisa serão extraídos e utilizados como argumentos na defesa dos mesmos. Um
desses aspectos é a visão que um estrangeiro tem sobre o Brasil especificamente sobre os
fenótipos de sua população, todos com o objetivo de produzir uma produção pictórica baseada
em pesquisas que contenham elementos de erotismo utilizando o corpo negro masculino como
principal referência em contraste. ao modelo feminino branco estabelecido como patrono em
todo o academicismo pictórico brasileiro.
Um dos fenômenos observados que particularmente tem sido repetida em todas as salas
de aula recebido até o momento é o fato de que sempre vem uma discussão relacionada com o
racismo, em geral o gatilho é sempre uma palavra ou termo usado em sala de aula, seja por
parte do professor ou por um aluno em particular, este fenômeno se repete principalmente por
estudantes que se auto-identificam como negros e / ou fazem parte do movimento negro, notei
particularmente que há um padrão para o orgulho do "movimento ou cultura negra" tentando
restringir suas crenças e opiniões como algo que deve ser dado apenas aos auto identificados
como negros, como se fosse um conhecimento apenas para alguns "eleitos". Este evento foi
manifestado durante a apresentação do meu projeto de pesquisa, principalmente na parte
prática, onde eu pretendo representar forma erotizada o corpo negro masculino, os comentários
que surgiram em relação à fala foram em geral de oposição afirmando que eu como artista não
tinha o direito de fazer tais representações, agora me pergunto: não é essa censura para a livre
expressão do artista? Até que ponto o artista é livre para representar sua inspiração e visão do
que o rodeia? Será que vai acontecer a mesma censura com Michelangelo em sua famosa obra
da Capela Sistina, onde seus nus foram literalmente cobertos? Muitas pessoas reclamam do
racismo, mas na maioria das vezes não identificam quando cometem o mesmo tipo de ações
para aqueles que consideram "diferentes" como no caso dos estrangeiros.
REFERENCIAS
SALVADOR
2018