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CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

“SENAI / VOLKSWAGEN”

Felipe Garcia Silva


Gustavo Barbosa Zanelato
Isaac Vono Rodrigues
Heloísa Daniela Almeida da Silva
Luis Filipe da Silva
Maria Eduarda Ferreira Flores

PROCESSOS MANUAIS E AUTOMATIZADO DE FABRICAÇÃO DE


COMPRIMIDO

SÃO BERNARDO DO CAMPO


2022
Felipe Garcia Silva
Gustavo Barbosa Zanelato
Isaac Vono Rodrigues
Heloísa Daniela Almeida da Silva
Luis Filipe da Silva
Maria Eduarda Ferreira Flores

PROCESSOS MANUAIS E AUTOMATIZADO DE FABRICAÇÃO DE


COMPRIMIDO

Trabalho de Projeto Final de Curso


apresentado na disciplina de Integração de
Sistemas Automatizados do Centro de
Formação Profissional “SENAI / Volkswagen”.
Orientador: Mestre William Aparecido Celestino
Lopes.

SÃO BERNARDO DO CAMPO


2022
AGRADECIMENTOS

Aos mestres e colegas de curso, que contribuíram para a realização deste


trabalho com muita dedicação e conhecimento.
Agradecimentos especiais ao William Aparecido Celestino Lopes, pelo auxílio
em toda a elaboração e condução do trabalho.
A toda equipe do Centro de Formação Profissional “SENAI / Volkswagen”.
RESUMO

Este trabalho tem como objetivo apresentar o processo de fabricação


industrial de comprimidos farmacêuticos.
No processo, é possível observar a interação do trabalho manual com o
trabalho automatizado, sendo a logística feita de forma automatizada, um processo
de fabricação com um alto nível de automação, mas que conta com diversos
profissionais para que seja realizada a verificação em cada etapa do processo. Esse
modelo de trabalho, é importante para verificarmos que a integração é possível de
ser realizada e de uma maneira eficiente.
Dentro da indústria farmacêutica, uma interação segura dos produtos com os
operadores por meio de equipamentos e máquinas se faz de extrema importância,
tendo em vista que o contato dos mesmos com algum produto químico pode levar a
uma contaminação dos funcionários e do medicamento, prejudicando a saúde de
todos, inclusive a do cliente. Por tanto, neste trabalho, será reforçado aspectos como
a qualidade e segurança ao longo de todo o processo, visando o bem-estar de todos
e o crescimento da empresa.

Palavras-chave: Comprimido. Remédio. Integração. Automação. Automática.


Fabricação.
ABSTRACT

This work aims to present the Industrial Manufacturing Process of


Pharmaceutical Pills.
In the process, it is possible to observe the interaction of manual work with
automated work, with logistics being done in an automated way, a manufacturing
process with a high level of automation, but which has several professionals to carry
out the verification at each stage. of the process. This working model is important for
us to verify that the integration is possible to be carried out and in an efficient way.
Within the pharmaceutical industry, a safe interaction of products with
operators through equipment and machines is extremely important, considering that
their contact with a chemical product can lead to contamination of employees and the
medication, harming the everyone's health, including that of the client. Therefore, in
this work, aspects such as quality and safety will be reinforced throughout the
process, aiming at the well-being of all and the company's growth.

Keywords: Pill. Medicine. Integration. Automation. Automatic. Monufacturing.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Teste laboratorial.


Figura 2 - Peneira Russell Compect Airlock.
Figura 3 - Pesagem precisa de medicamentos.
Figura 4 - Máquinas misturadoras e emulsificadores.
Figura 5 - Máquinas de compressão.
Figura 6 - Máquina pneumática Vacuum Forming.
Figura 7 - Máquina de contagem e enchimento de comprimidos.
Tabela 1 - Folha de Instrução Operacional.
Tabela 2 - Folha de Manutenção.
Tabela 3 – Folha de Qualidade.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Anvisa Agência Nacional de Vigilância Sanitária


h Horas
3D Tridimensional
IHM Interface Homem-máquina
MRP Material Requiriment Planning
LISTA DE SÍMBOLOS

- Subtração
+ Soma
* Multiplicação
/ Divisão
= Igual
% Porcentagem
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................10
1.1 Objetivo geral........................................................................................................10
1.2 Objetivos específicos............................................................................................10
2 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................11
2.1 Fluxo das atividades..............................................................................................11
2.1.1 Apresentação do produto...................................................................................11
2.1.2 Sequência de atividades....................................................................................11
2.1.3 Tempos e métodos.............................................................................................12
2.1.4 Recursos físicos e humanos..............................................................................13
2.2 Instruções do sistema automatizado....................................................................19
2.2.1 Instruções de operação......................................................................................19
2.2.2 Instruções de manutenção.................................................................................20
2.2.3 Instruções de controle da qualidade..................................................................20
.....................................................................................................................................21
2.3 Implementação da célula flexível..........................................................................22
2.3.1 Lista de componentes, materiais utilizados e funções......................................22
2.3.2 Produção de uma peça na impressora 3D........................................................24
2.4 Cronograma de implementação em um intervalo de 6 meses.............................25
2.4.1 Responsáveis pelas implementações................................................................25
2.4.2 Observações do processo.................................................................................25
2.4.3 Quantidade de peças produzidas neste intervalo de tempo (6 meses)............26
2.5 Comparação Smart Factory e Big Data................................................................27
3 CONCLUSÃO...........................................................................................................28
REFERÊNCIAS...........................................................................................................29
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1 INTRODUÇÃO

Durante o desenvolvimento histórico da humanidade, se fez necessário a


adaptação de certas atividades realizadas anteriormente de forma manual, a fim de
se adequar a novas eras repletas de tecnologia e de novas demandas, para
atividades semiautomáticas ou automáticas, devido às vantagens que as mesmas
ofereciam, por exemplo, melhor ergonomia nas atividades, trabalhos de extrema
precisão, melhor qualidade dos produtos, entre outros.

1.1 Objetivo geral

O presente trabalho pretende justificar que o uso da mão de obra colaborativa


de robôs e pessoas é a melhor opção, tendo em vista que essa é uma situação
recorrente em algumas empresas, especialmente dentro da indústria farmacêutica,
que utiliza tal mão de obra na produção de comprimidos e outros medicamentos
diversos.

1.2 Objetivos específicos

A comprovação do funcionamento de uma interação qualitativa de pessoa e


robôs que visam a qualidade dos produtos farmacêuticos e a segurança dos
funcionários, assim como a dos clientes, é o propósito deste trabalho, para que
dessa forma novas atividades possam ser realizadas com a mesma interação.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Fluxo das atividades

2.1.1 Apresentação do produto

O produto a ser utilizado como base para este trabalho é o comprimido. 


Comprimidos, popularmente conhecidos como remédios, são a forma sólida
de um composto medicamentoso em pó, encontrados em formatos, cores e
tamanhos diferentes dependendo de sua composição e finalidade. Dentro do
processo também se incluem as cartelas onde são colocados cada comprimido
separadamente, a caixa e a bula para identificação.

2.1.2 Sequência de atividades

Antes de iniciar a produção do comprimido, precisa-se garantir que cada


processo concorda com a legislação e ainda garantir que os funcionários que
manipulem ou entrem em contato com o desenvolvimento sigam as regras para
evitar contaminação do produto, assim como o ambiente de produção corresponda
com o estipulado pela Anvisa.
O fluxo de produção segue uma lógica para ser realizada dentro de um curto
período, a fim de evitar a alteração de algum dos remédios e garantir um controle de
qualidade no resultado. O processo a ser apresentado a seguir especifica o método
de obtenção da compressão direta dos comprimidos.
1. O primeiro passo se dá no requerimento da matéria-prima. Os fornecedores
são escolhidos cuidadosamente, pois devem estar dentro das normas
regulatórias da Anvisa, além de estar dentro dos parâmetros estipulados pelo
laboratório responsável. Após o conteúdo passar por testes de qualidade e
ser aprovado, é encaminhado para o armazenamento para então começar a
produção.
2. A tamisação é uma etapa de preparação importante, pois é nela onde o pó
dos comprimidos é levado para realizar uma peneiração muito precisa,
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realizada em peneiras muito finas. Essa etapa tem o objetivo de garantir uma
tenuidade para as partículas medicamentosas.
3. O material em pó é então encaminhado para a manipulação, onde cada tipo
de componente irá passar por uma pesagem em balanças extremamente
precisas, pois é um processo delicado com uma margem de erro quase nula.
Em cada etapa, os materiais manipulados são colocados em recipientes e
devidamente identificados para facilitar o rastreamento e ainda organizar o
processo. 
4. Após a pesagem e separação, os insumos são levados para um processo de
mistura em um reator, com as quantidades de cada um dos materiais
indicados para cada tipo de remédio, pois é necessário conter todos os
princípios ativos para o tratamento. 
5. O pó então é transportado por tubos a vácuo para a etapa de compressão do
medicamento, a compressão será realizada por meio de dois punções que
irão pressionar a dose de pó para cada comprimido. O pó deve ser
posicionado dentro da câmara e então submetido a pressão dos punções.
6. A próxima etapa é de encapsulamento. O encapsulamento corresponde ao
enchimento de cápsulas com a sua matéria, depois a embalagem que
corresponde a colocação, dos agora comprimidos, nos blisters. Então são
colocados em suas respectivas caixas de identificação juntamente às bulas. 
7. Após a montagem das caixas de remédios, estas são levadas a quarentena,
onde irá ocorrer uma série de verificações e testes para comprovar a
qualidade do produto, além de verificar com periodicidade, levados a
distribuição.
8. Enfim, os lotes de medicamentos são liberados para os mercados, contanto
que todos os testes de qualidade estejam em ordem.

2.1.3 Tempos e métodos

Com base na sequência de atividades descritas no tópico acima, o tempo de


produção em cada etapa será descrito.

1. Requerimento de matéria-prima, testes e tempo de armazenamento;


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Tempo: 3 dias a partir do requerimento.

2. Processo de tamisação (peneira);

Tempo: 2 horas/lote.

3. Manipulação e pesagem;

Tempo: 3 horas/lote.

4.  Processo de mistura;

Tempo: 1 hora/lote.

5.  Etapa de compressão;

Tempo: 2 horas/lote.

6.  Encapsulamento e montagem de caixas de remédios;

Tempo: 300 caixinhas/minuto; 7.200/dia.

Caixas fechadas completas 72/lote em 2 horas.

7. Liberação dos lotes.

Tempo: Entre 30 minutos e 1 hora.

O processo de fabricação de um loteamento de remédios corresponde há 11


horas e 30 minutos, considerando que o tempo utilizado da 6 operação é de duas
horas por lote. O tempo de requerimento da matéria-prima também não entra na
conta, pois este pode variar dependendo do tipo e da logística usada.

2.1.4 Recursos físicos e humanos

O processo de fabricação é quase inteiramente automatizado, pois é feito por


máquinas esterilizadas e extremamente precisas. Apesar desta automação, em
todas as etapas, um farmacêutico responsável pelo processo está presente, para
supervisionar e garantir o bom funcionamento das máquinas.

1. Requerimento de matéria-prima, testes e tempo de armazenamento;


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Processo realizado por humanos (com auxílio de equipamentos de medição,


por exemplo), em laboratórios especializados, por diversos testes bioquímicos. As
coletas são feitas para inspeção e análise, e caso tudo esteja dentro da
conformidade, a matéria-prima é liberada para fabricação. 

Figura 1 – Teste laboratorial.

Fonte: Página do Medical Expo.

2. Processo de tamisação (peneira);


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Figura 2 - Peneira Russell Compact Airlock.

Fonte: Página da Direct Industry.

Processo feito através de uma peneira para remover as partículas


contaminantes da matéria prima. Feito por máquinas para garantir a precisão e
saúde do operador farmacêutico. Porém, a configuração da máquina e a colocação,
assim como a retirada do produto tamisado é feita por operadores devidamente
protegidos, para não se contaminarem, e não contaminarem o produto.

3. Manipulação e pesagem;

Figura 3 – Pesagem precisa de medicamentos.

Fonte: Página da Kn Waagen.

O sistema de manipulação e pesagem dos componentes são supervisionados


pelo responsável do laboratório, por tanto, é um trabalho feito manualmente.

4.  Processo de mistura;

O processo de mistura é realizado através de máquinas misturadoras e


emulsificadores. Porém, sua configuração e acompanhamento do processo é feito
por um operador especializado.
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Figura 4 – Máquinas misturadoras e emulsificadores.

Fonte: Página da Soluções Industriais.

5.  Etapa de compressão;

A compressão é realizada através de máquinas especializadas. E assim


como outras operações na fabricação de medicamentos ela é acompanhada por um
operador, que também faz a sua configuração.
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Figura 5 – Máquinas de compressão.


Fonte: Página da Toot Sale.

 6. Encapsulamento e montagem de caixas de remédios;

Os blister, embalagem do remédio, são fabricados em uma máquina


pneumática chamada “Vacuum forming”. Esta vai modelar o polímero usado como
matéria prima através de um processo combinado da pneumática, e atuação manual
do operador, pois este deverá colocar e retirar o material na máquina. 
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Figura 6 – Máquina pneumática Vacuum Forming.

Fonte: Página da Flock Color.

O envase propriamente dito é realizado através de uma máquina de


contagem e enchimento de comprimidos.

Figura 7 – Máquina de contagem e enchimento de comprimidos.

Fonte: Página da Toot Sale.


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Esta é uma máquina extremamente precisa, pois deve colocar a quantidade


exata da mistura feita em casa um dos comprimidos, além de não desperdiçar o
produto usado.
Durante todo o processo, desde a separação dos princípios ativos até colocar
nas caixas, o produto é transportado por uma rede de ar comprimido.

2.2 Instruções do sistema automatizado

2.2.1 Instruções de operação

As instruções de operação de um sistema automatizado têm uma grande


importância que visa a qualidade do produto e a segurança durante o processo de
fabricação. Nela consta o passo a passo da operação a ser realizada para ser feita
da melhor forma e da maneira mais segura possível.
Na tabela a seguir notam-se elementos como o número da operação, o nome
da operação, o nome do operador responsável, tempo total da duração da operação,
o objetivo da atividade, componentes envolvidos, materiais necessários, a descrição
da atividade, enumeração das etapas, descrição de cada etapa (inserção de
imagens opcional), tempo que cada etapa leva, equipamentos e/ou máquinas que
estarão no processo, observações, equipamentos de segurança individual
necessários, alerta de segurança, data e a assinatura do responsável.
Nos exemplos de folhas de instrução que irão aparecer, todos irão tratar da
operação de tamisação, descrita neste trabalho no tópico de fluxo das atividades
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anteriormente, porém, dentro de uma situação hipotética para preencher as lacunas


da tabela.

Tabela 1 – Folha de Instrução Operacional.


Fonte: Autores.

2.2.2 Instruções de manutenção

As instruções de manutenção de um sistema automatizado são fundamentais


para garantir que os defeitos e falhas no processo sejam de efeitos mínimos ou
nulos, além de economizar gastos com a substituição de peças ou maquinários, e
assegurar a vida dos operadores do processo. Especialmente, quando se trata da
indústria farmacêutica que há o perigo do operador entrar em contato com o produto,
se arriscando a contaminar a si mesmo e ao produto que futuramente chegará ao
cliente.
Considerando esses aspectos, a folha de instruções de manutenção deste
trabalho possui tópicos como o nome da máquina ou equipamento, número da
revisão, a modalidade da manutenção, ou seja, se será uma manutenção preventiva,
preditiva ou corretiva, os itens a serem verificados, a conformidade, ocorrência (se
houver), a frequência com que será feita a manutenção, a data que ocorreu essa
verificação, qual a condição de funcionamento da máquina ou do equipamento em
que foi feita essa manutenção, se ela estava parada, parcialmente em
funcionamento ou norma, observação, nome do responsável pela manutenção e sua
assinatura.
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Tabela 2 – Folha de Manutenção.


Fonte: Autores.

2.2.3 Instruções de controle da qualidade

As folhas de instrução para o controle da qualidade e para a validação do


processo e do produto envolvendo o sistema automatizado abrangem itens que
pretendem verificar o processo e o produto a fim de assegurar a qualidade deles.
Essa folha é importante, no sentido de demonstrar ao cliente a credibilidade e
seriedade da sua empresa, na indústria farmacêutica, além da padronização e
qualidade do processo, a folha de verificação é muito importante no quesito
segurança e saúde dos clientes, sendo essa a questão de maior importância nesse
setor.
A folha de qualidade a seguir apresenta itens como o produto a ser avaliado,
quais itens serão avaliados, quais ferramentas para realizar essa verificação, se
estão dentro da conformidade ou não, qual a resolução de não estiverem conformes,
o responsável pela verificação e sua assinatura.

Tabela 3 – Folha de Qualidade.


Fonte: Autores.
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2.3 Implementação da célula flexível

2.3.1 Lista de componentes, materiais utilizados e funções

MRP é a sigla em inglês para Material Requiriment Planning, que pode ser
traduzida como Planejamento de Necessidade de Materiais, realizando o
atendimento para o mercado consumidor. Trata-se de um dos pilares na área
produtiva baseado na quantia de insumos obrigatórios para o seu fornecimento.
Considerando esse contexto, a precisão nessa quantia que os fornecedores
possuem é uma questão imprescindível para evitar os seguintes aspectos:
 O desperdício de materiais;
 A interrupção da linha de produção;
 A imobilização do capital em excesso;
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 O desabastecimento da área de fabricação;


 A incidência de atrasos na entrega de mercadorias.

Seu principal intuito é realizar uma economia de toda a produção e a cadeia


de suprimentos, permitindo que o atendimento dos clientes seja o mais rápido
possível. Por tanto, se faz necessário considerar as seguintes etapas:

 Estimar a demanda indicando a quantidade de pedidos a ser recebidos,


descrevendo quais serão produzidos e sua quantidade;
 Identificação dos componentes necessários para produzir cada item, os
respectivos fornecedores e o prazo de entrega, tudo feito pelo sistema;
 A área de compras se responsabiliza pela mercadoria comprada evitando
excesso de material que ficaria armazenado para uso posteriormente;
 A linha de produção utiliza as matérias-primas durante a produção e criando
os produtos que serão estocados;
 Conforme os pedidos dos clientes ocorre a expedição e o planejamento
logístico, distribui os lotes para envio.

Baseado no conceito do MRP, a seguir nota-se uma lista das máquinas, dos
materiais utilizados e suas funções dentro do processo produtivo de comprimidos.

 Máquina 1 - Peneira Russell Compect Airlock.


Materiais a serem utilizados: ligas de aço, que compõem grande parte da
estrutura do componente e o carbono, utilizado em algumas partes de menores,
localizadas no interior da peneira.
 Máquina 2 - Máquinas misturadoras e emulsificadores.
Materiais a serem utilizados: o ferro, utilizado na parte da infraestrutura
devido a sua maior solidez, suportando determinadas pressões que outros materiais
não conseguiriam; ligas de aço, utilizadas em componentes mais específicos onde
não há necessidade de se utilizar o ferro; e o carbono, utilizado em partes internas
onde há necessidade de aplicação da sua tenacidade.
 Máquina 3 - Máquinas de compressão.
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Materiais a serem utilizados: polímeros, utilizados em partes externas das


estruturas laterais, assim como na estrutura que fica separada da máquina principal
localizado o IHM; ligas de aço são utilizadas na parte da infraestrutura da máquina; o
carbono, utilizado na parte interior onde ocorre a compressão devido aos
componentes que precisam da dureza que esse material oferece; e o vidro, também
utilizado no IHM, localizado no exterior a fim de ficar visível para o operador.
 Máquina 4 - Máquina pneumática Vacuum Forming.
Materiais a serem utilizados: polímeros, utilizados na área de controle da
máquina e em seus botões, assim como na parte externa da estrutura em alguns
detalhes; ligas de aço são utilizadas na estrutura externa da máquina de forma
generalizada; o vidro localizado na parte externa como proteção também torna
possível a visualização do que ocorre na máquina; e o carbono, utilizado
internamente onde ocorre o processo, necessário por ser um material de maior
tenacidade e dureza em relação ao aço.
 Máquina 5 - Máquina de contagem e enchimento de comprimidos.
Materiais a serem utilizados: o ferro é utilizado na parte externa da
infraestrutura da máquina como suporte para todos os outros componentes e
materiais; os polímeros são utilizados em botões e na sessão onde está localizado o
IHM; o vidro é utilizado ao redor da máquina principal para possibilitar a visualização
e também proteção do operador; e o aço carbono, utilizado na parte acoplada
externamente à máquina com o IHM, assim como em alguns detalhes da máquina
principal.

2.3.2 Produção de uma peça na impressora 3D

A peça que a ser produzida tridimensionalmente na impressora seria todos os


botões utilizados nas máquinas que estão processo de produção de comprimidos.
Devido à maioria das máquinas possuírem muitos componentes que possuem a
necessidade de serem de materiais específicos, conclui-se que os botões são peças
pequenas de baixa complexidade e que não possuem muitas restrições de
materiais, eles seriam as peças ideias para serem produzidas em 3D, dessa forma,
reduzindo o tempo de implementação.
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2.4 Cronograma de implementação em um intervalo de 6 meses

2.4.1 Responsáveis pelas implementações

No ramo farmacêutico, as indústrias que trabalham com a manipulação e


fabricação de remédios, contam com diversos processos e etapas, como foi usado
de exemplo, a fabricação de comprimidos exige uma mão de obra qualificada, capaz
de manusear máquinas como a blister, e também serem excelentes analistas de
qualidade do comprimido, são necessários profissionais farmacêuticos, para que em
todas as fases da produção seja mantida a qualidade e o mais importante, estar
dentro das normas de saúde estabelecida pela ANVISA (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária) assim tendo como resultados a fabricação dos comprimidos
sendo acompanhados por profissionais da área.
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2.4.2 Observações do processo

Para haver fluidez no processo de fabricação do comprimido, é possível


observar os seguintes pontos:
 Requerimento de matéria-prima, testes e tempo de armazenamento: ter
em vista que é importante prezar a organização dos documentos para serem
feitos os pedidos de matéria-prima referente a produção do mês;
 Tempo processo de tamisação (Processo de peneira): para o processo de
peneirar, é importante destacar a atenção necessária para a separação dos
grânulos, o profissional responsável pela fiscalização deve garantir a maior
semelhança possível entre a diferença dos grânulos para serem enviados
diretamente ao processo de manipulação e pesagem;
 Manipulação e pesagem: o processo de manipulação é necessário extrema
precisão e organização, o pó encaminhado do processo de tamisação é
pesado em balanças extremamente precisas, e separado em recipientes
identificados para facilitar o rastreamento do produto, sendo assim é
importante os profissionais estarem sempre atentos para que a taxa de erro
seja praticamente nula;
 Processo de mistura: para o processo de mistura, os insumos são trazidos,
separados e pesados, para serem levados a um reator, sendo necessário a
atenção na hora da adição de ativos para a composição da pílula;
 Etapa de compressão: depois do processo de mistura, o composto ainda
não possui forma, então são encaminhados diretamente para a compressão,
onde passam por um processo de conformação por punção, o pó é
comprimido para tomar finalmente a forma de uma pílula;
 Encapsulamento e encaixe juntamente da bula: agora os comprimidos são
encaminhados para serem encapsulados e armazenados em suas caixas,
juntamente da bula da medicação, importante se atentar a falhas na caixa e
no próprio encapsulamento;
 Liberação dos lotes: após serem formadas as caixas de remédio, são
separados em lotes, e assim distribuídos para os respectivos locais de
armazenamento.
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2.4.3 Quantidade de peças produzidas neste intervalo de tempo (6 meses).

Tendo o previsto que 1 turno faz 72 lotes/2h – 72*4 = 288 lotes/turno


totalizando 288*3 = 864 lotes/dia.
36 caixas por lote e em cada caixa 32 caixas de remédio = 9216 caixas de
remédio por lote.
(32*36) *24 = 27648 caixas/dia.
Rendimento: 864 lotes/dia * 0.98% de fator de eficiência, gerando um
aproveitamento de 846,72 lotes/dia.
O rendimento esperado em um período de 6 meses (01/06/2022 a
01/12/2022).
São 184 Dias, sendo úteis apenas 128, excluindo finais de semana e feriados,
teremos um rendimento previsto com o fator de eficiência de 98% de 108.380,16
lotes em um período de 6 meses.
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2.5 Comparação Smart Factory e Big Data

Partindo do pressuposto de que a fábrica opera praticamente sob o


funcionamento de máquinas, o conceito de Smart Factory se emprega de forma
coesa em todas as operações. É possível contar com impressões 3D para
embalagens do comprimido, com sensorização durante o processo de compressão,
sendo eles no peso do produto ou na força da prensa, ocasionando um aumento no
padrão de qualidade dos insumos produzidos.
Tendo como base está ‘Smart Factory’, é possível realizar o monitoramento
em tempo real de todos os processos tal qual o controle remoto deles. A análise é
feita através de toda sensorização e tratamento de dados enviados a um
computador “Mestre” pela Nuvem, onde filtra e realiza o gerenciamento dos padrões
de produção estabelecendo limites ante os dados introduzidos pelo operador
recebidos pela ‘cloud’ da fábrica. As máquinas, conectadas entre si pela sua internet
própria, enviam dados em tempo real para um sistema supervisório que, calcula o
fluxo de produção e se adéqua através da análise destes mesmos dados coletados.
Com este controle, a rastreabilidade do produto é realizada de forma mais assertiva
e exata, podendo contar com o controle de várias partes do processo indo até o pós-
venda.
Esses estudos podem indicar algum mau funcionamento causando defeito no
produto ou alguma perca de fluxo produtivo através de gráficos gerados por esta
vistoria.
Os materiais coletados das máquinas, geram dados enviados para uma base,
onde são tratados e analisados, gerando informações relevantes a gerência, tais
quais, imprescindíveis para a ascensão do seu processo.
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3 CONCLUSÃO

Pode se concluir com o estudo realizado que, apesar da constante evolução


da automação, e a grande demanda de equipamentos automatizados, ainda persiste
a existência de processos que máquinas ainda não executam, como, por exemplo, a
verificação dos grânulos de medicamento, feito por um engenheiro químico
responsável pela etapa do processo.
Por tanto, para o pleno funcionamento de qualquer produção, tendo como
base a análise efetuada na fabricação de comprimidos, e de todo o processo
logístico necessário para que os medicamentos sejam devidamente produzidos e
enviados para as farmácias, existe a participação de uma mão de obra humana
especializada que desempenha um papel muito importante de acompanhar todos os
passos da fabricação.
O trabalho de operadores de máquinas e engenheiros químicos, juntamente
das etapas de produção extremamente automatizadas, geram uma facilidade para
que os medicamentos possam ser produzidos de maneira mais rápida, de maior
qualidade e com mais segurança, e serem enviados para as unidades farmacêuticas
com uma taxa de aproveitamento de comprimidos de 98%, tudo isso com o auxílio
do conceito Smart Factory, que se compreende pelo mapeamento de todo o
processo de fabricação desde a aquisição de matériaprima até a liberação dos lotes
de medicamentos.
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REFERÊNCIAS

ZEBINIL, DANIELE; ABRIL BRANDED CONTENT; Disponível em:


<https://www.sanoficonecta.com.br/artigos/como-um-remedio-e-produzido>

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<https://www.saintytec.com/tablet-manufacturing-guide/>

BECKER, GUILHERME; TECNOLOGIA DE COMPRIMIDOS REVESTIDOS E


DRÁGEAS; Disponível em <https://pt.slideshare.net/guilhermekunzler/tecnologia-de-
comprimidos-revestidos-e-drgeas>

GONÇALVES, TALITA; OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS; Disponível em


<https://pt.slideshare.net/TalitaGonalves1/aula-3-operaes-farmacuticas>

RUSSEL; TAMISAÇÃO PNEUMÁTICA DE PÓ FARMECÊUTICO; Disponível em


<https://www.russellfinex.com/br/videos-de-testes/peneiramento-pneumatico-de-po-
farmaceutico/>

ESPAÇO FARMACÊUTICO; “VOCÊ SABE COMO É O PROCESSO DE


PRODUÇÃO DE COMPRIMIDOS SOLIDOS?”; Disponível em
<https://www.espacofarmaceutico.com.br/blog/2017/12/26/voce-sabe-como-e-o-
processo-de-producao-de-medicamentos-solidos>

VARELLA, DRAUZIO; COMO É FEITO UM MEDICAMENTO?; Disponível em


<https://www.youtube.com/watch?v=DRYvpKRFx2A>

“TODO SEU”; QUAIS SÃO AS ETAPAS DE PRODUÇÃO DOS REMÉDIOS?;


Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=GFTyGzsEeOA>

MEDLEY; A CIÊNCIA POR TRAZ DA FABRICAÇÃO DOS REMÉDIOS: Disponível


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TOTVS; MRP, O QUE É, ETAPAS E EXEMPLOS; Disponível em


<https://www.totvs.com/blog/gestao-industrial/mrp/>

JENKINS, ABBY; MRP; Disponível em


<https://www.netsuite.com/portal/resource/articles/inventory-management/material-
requirements-planning-mrp.shtml>

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