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RESENHA: ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. In “Pinturas e esculturas” 5ª Ed .

SÃO
PAULO :Editora Companhia das Letras, 1992. Pg. 301 a 315.

O Cubismo

Monyke Daniella Schaurich Marques1

O Cubismo surgiu a partir das obras do artista Cézanne, pois para ele a pintura deveria

tratar as formas da natureza como se fossem cones, esferas e cilindros, a pintura não

podia desvincular-se da natureza, nem copia - lá de fato apenas transformando. O

‘fenômeno’ Rousseau e o estudo da arte negra.

Movimento criado em 1908, é a primeira pesquisa analítica sobre a estrutura funcional da

obra de arte, cubistas passaram a representar os objetos com todas as suas partes num

mesmo plano. É como se eles estivessem abertos e apresentassem todos os seus lados

no plano frontal em relação ao espectador. Na verdade, essa atitude de decompor os

objetos não tinha nenhum compromisso de fidelidade com a aparência real das coisas.

Rousseau em seus estudos sobre a tabula rasa mostra as técnicas tradicionais de

representação e reconduziu a pintura ao grau zero, ele critica o culto sobre a pintura que

os impressionistas adotavam e renega o exotismo e o mitologismo oceânico de Gauguin

enquanto condições da imaginação.

O cubismo se divide em duas grandes fases. Até 1912, no chamado cubismo analítico,

observa-se uma preocupação predominante com as pesquisas estruturais, por

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Graduanda do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Assis Gurgacz
decomposição dos objetos e do estilhaçamento dos planos, e forte tendência ao

monocromatismo. Entre 1912 e 1913, as cores se acentuam. No momento do cubismo

sintético, elementos heterogêneos - recortes de jornais, pedaços madeira, cartas de

baralho, caracteres tipográficos que são agregados à superfície das telas, dando origem às

famosas colagens, muito utilizadas.

O cubismo pode ser considerado uma das principais fontes da arte abstrata e suas

pesquisas encontram adeptos no mundo todo.

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