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NEEJACP

NÚCLEO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS


E ADULTOS E DECULTURA POPULAR DE IJUÍ
36ª Coordenadoria Regional de Educação – Ijuí/RS
Autorizado em 18 de dezembro de 2002 – Parecer 1480/2002
RUA: 14 DE JULHO Nº 146, CENTRO- IJUÍ- FONE: (55)3332-6464

APOSTILA DA ÁREA DA MATEMÁTICA

ENSINO MÉDIO

ORGANIZADOR: Prof. Getúlio C.B. do Amarante


Introdução
Esta apostila foi elaborada a partir de pesquisas em sites da internet e nos livros da Área da Matemática específicos para EJA e fica
disponível no site da escola para ser acessada. Destina-se exclusivamente para os alunos que se inscrevem no NEEJACP-Núcleo
Estadual de Educação de Jovens e Adultos e de Cultura Popular de Ijuí, para a conclusão dos seus estudos, sendo proibida a sua
reprodução para fins comerciais.
O aluno após realizar sua inscrição escolhe a área do conhecimento que vai começar seus estudos, sendo encaminhado ao
professor responsável pela área, o qual, faz seu registro na chamada e presta todas as orientações sobre os materiais para que o
aluno possa estudar em casa. No Núcleo, o professor fica à disposição do aluno de acordo com a sua carga horária, para possíveis
dúvidas a serem tiradas em relação aos conteúdos de estudo e, quando o aluno sentir que está em condições de fazer a prova, ele
entra em contato com o Núcleo para marcá-la.
Os conceitos/conteúdos trabalhados nesta apostila foram reduzidos e se referem aos conhecimentos Básicos da Matemática do
Ensino Médio, fornecendo uma orientação segura dos temas que serão abordados na avaliação. O tempo para marcar a avaliação
é uma decisão exclusiva do aluno e, caso não seja aprovado, ele pode marcar outra avaliação.
Objetivo
O NEEJACP é um Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos que tem como objetivo a certificação dos alunos no Ensino
Fundamental e Ensino Médio, com a orientação nos estudos visando a sua formação através da realização de exames
classificatórios. É voltado principalmente àqueles que não estudaram no tempo correspondente a sua idade, para que possam
novamente ter a oportunidade de buscar os conhecimentos escolares, sem a necessidade de frequência à escola.
Bibliografia
- https://brasilescola.uol.com.br/ - https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/
- https://www.todamateria.com.br/ - 1ª Edição S. Paulo - Global 2013 (Coleção Viver, Aprender)
- https://www.somatematica.com.br - Ciência, transformação e cotidiano: ciência da natureza e
- https://matematicabasica.net/ matemática - ensino médio – Educação de Jovens e Adultos
- https://blogdoenem.com.br/ - INEP – 2018 – ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio.

Conteúdos/Conceitos
1 - Conjunto dos Números Reais (R) 11.2 - Função do 2º grau 19.1 - Composição do △ retângulo
2 - Potenciação e Radiciação 12 - Função Exponencial 19.2 - Relações trigonométricas no
2.1 - Potenciação 12.1 - Função Crescente ou triângulo retângulo
2.2 - Radiciação Decrescente 20 - Teorema de Tales
3 - Introdução a Álgebra 12.2 - Gráfico da função 21 - Números Irracionais
3.1 - Expressões Algébricas exponencial 21.1 - Nos irracionais e dízimas
3.2 - Cálculo de uma Expressão 13 - Função Logarítmica periódicas
Algébrica 13.1 – Gráfico 21.2 - Classificação dos nos irracionais
4 - Equações 14 - Equação Exponencial 22 - Medias
5 - Regra de Três Simples 15 - Plano Cartesiano 22.1 - Média aritmética simples
6 - Regra de Três Composta 15.1 - Construção do sistema 22.2 - Média aritmética ponderada
7 - Razão e Proporção cartesiano 23 - Analisando Gráfico
7.1 - Razão 15.2 - Localização de um ponto 23.1 - Elementos dos gráficos
7.2 - Proporção no plano cartesiano 23.2 - Tipos de gráficos
8 - Porcentagem 16 - Ângulo 23.3 - Analisando tabelas
8.1 - Razão centesimal 16.1 - Tipos de ângulos 24 - Progressão Aritmética
8.2 - Fator de multiplicação 17 - Geometria Plana e Espacial 24.1 - Fórmula do termo geral
9 - Juros simples 17.1 - Geometria Plana 24.2 - Soma dos termos de uma PA
10 - Juros compostos 17.2 - Geometria Espacial 25 - Progressão Geométrica
11 - Funções 18 - Teorema de Pitágoras 25.1 - Fórmula do termo geral
11.1 - Função do 1º grau 19 - Trigonometria no △ retângulo 25.2 - Soma dos termos de uma PG

1 - Conjunto dos números Reais (R)


Pertencem ao conjunto dos reais os números naturais, inteiros, racionais e irracionais.
Definimos conjunto como sendo um agrupamento de elementos, que, nos conjuntos numéricos, são números.
O conjunto dos reais é representado pela letra maiúscula R e é formado pelos números naturais, inteiros, racionais e irracionais.
Veja a representação numérica de cada um desses conjuntos:
• Conjunto dos números naturais: É representado por todos os nos positivos. O símbolo é o N. Temos: N = {0, 1, 2, 3, 4, ...}
• Conjunto dos números inteiros: Esse conjunto é formado pelos elementos do conjunto dos números naturais e os
números inteiros negativos. Ele é representado pela letra maiúscula Z. Temos: Z = {… -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4...}
• Conjunto dos números racionais: É representado pela letra maiúscula Q. Pertencem a esse conjunto os números
naturais, inteiros, decimais, fracionários e dízima periódica. Temos: Q = {-2, -1,23, -1, 0, + 1, + 2, + 2,5….}
• Conjunto dos números irracionais: Esse conjunto é formado pelos números que são dízimas não periódicas, ou seja,
decimais infinitos que não possuem uma repetição de números após a vírgula. É representado pela letra maiúscula I.
Temos: I = {… - 1, 234537..., 3,34527..., 5,3456...}
Como o conjunto dos números reais possui todos os conjuntos descritos acima, sua representação numérica é:
R = {todos os números estados até aqui}

Veja agora como podemos representar o conjunto dos reais


por meio de diagramas. A relação estabelecida na imagem a
seguir é de inclusão, isto é, um conjunto está contido em
outro conjunto.

2 - Potenciação e Radiciação

A potenciação expressa um número na forma de potência. Quando um mesmo número é multiplicado diversas vezes, podemos
fazer a substituição por uma base (número que se repete) elevada a um expoente (número de repetições). Por outro lado, a
radiciação é a operação oposta da potenciação. Ao elevar um nº ao expoente e extrairmos a sua raiz, voltamos ao número inicial.

2.1 - Potenciação
É a operação utilizada para escrever de forma resumida números muito grandes, onde é feita a multiplicação de n fatores iguais que
se repetem. Representação: an (a = fator que se repete e n = número de fatores).
2
Exemplos: (a) 24 = 2 . 2 . 2 . 2 = 16 (b)  1  =  1 . 1  = 1 (c) (1,5)3 = (1,5) . (1,5) . (1,5) = 3,375
    
 2  2 2 4
o 1
(d) 5 = 1 (e) 8 = 8 (f) 2 − 2 = 1 = 1 . 1 = 1
2
2 2 2 4
2.2 - Radiciação
É a operação matemática inversa à potenciação. Enquanto a potenciação é uma multiplicação na qual todos os fatores são iguais,
a radiciação procura descobrir que fatores são esses, dando o resultado dessa multiplicação.
Exemplos de raiz quadrada:
(a) Dada a potência: 42 = 4· 4 = 16. Então, dizemos que a raiz quadrada (raiz com índice 2) de 16 é igual a 4, ou seja: 16 = 4
2
(b) Dada a potência: 9 = 9. 9 = 81. Então, dizemos que a raiz quadrada (raiz com índice 2) de 81 é igual a 9, ou seja: 81 = 9

Quando o índice da raiz, n, é omitido; então é assumido como índice daquela raiz o valor 2, ou
seja, n = 2. Conforme se espera; toda a raiz deve ter um resultado real x, onde a
correspondência entre estes é expressa abaixo.

Exemplos de raiz cúbica:


(a) Dada a potência: 23 = 2 . 2. 2 = 8. Então, dizemos que a raiz cúbica (raiz de índice 3) de 8 é igual a 2, ou seja: 3
8 =2
3
(b) Dada a potência: 3 = 3 . 3. 3 = 27. Então, dizemos que a raiz cúbica (raiz de índice 3) de 27 é igual a 3, ou seja: 3
27 = 3

3 - Introdução à Álgebra

Álgebra é o ramo da Matemática que generaliza a aritmética. Isso significa que os conceitos e operações provenientes da aritmética
(adição, subtração, multiplicação, divisão etc.) serão testados e sua eficácia será comprovada para todos os números pertencentes
a determinados conjuntos numéricos.
A operação “adição”, por exemplo, realmente funciona em todos os números pertencentes ao conjunto dos números naturais? Ou
existe algum número natural muito grande, próximo ao infinito, que se comporta de maneira diferente dos demais ao ser somado?
A resposta para essa pergunta é dada pela álgebra: Primeiramente, é definido o conjunto dos números naturais e a operação soma;
depois, é comprovado que a operação soma funciona para qualquer número natural.
Nos estudos de álgebra, letras são utilizadas para representar números. Essas letras tanto podem representar números
desconhecidos quanto um número qualquer pertencente a um conjunto numérico. Se x é um número par, por exemplo, então x
pode ser 2, 4, 6, 8, 10,... Dessa maneira, x é um número qualquer pertencente ao conjunto dos números pares e fica evidente o tipo
de número que x é: um múltiplo de 2.

3.1 - Expressões algébricas

Na Matemática, expressão é a uma sequência de operações matemáticas realizadas com alguns números. Por exemplo: 2 + 3 – 7 é
uma expressão numérica. Quando essa expressão envolve números desconhecidos (incógnitas), ela é chamada de expressão
algébrica. Uma expressão algébrica que possui apenas um termo é chamada de monômio. Qualquer expressão algébrica que seja
resultado de soma ou subtração entre dois monômios é chamada de polinômio, assim, as expressões algébricas, monômios e
polinômios são elementos pertencentes à álgebra, pois são constituídos a partir de operações realizadas com números
desconhecidos. Lembre-se de que um número desconhecido pode representar qualquer número de um conjunto numérico.

As expressões matemáticas que apresentam números, letras e operações são usadas com frequência em fórmulas e equações. As
letras que aparecem em uma expressão algébrica são chamadas de variáveis e representam um valor desconhecido. Os números
escritos na frente das letras são chamados de coeficientes e deverão ser multiplicadas pelos valores atribuídos as letras.

Exemplos: a) x + 5 b) b2 – 4ac c) 3 m + 1 mn 2 + 1 n
5 6 2
3.2 - Cálculo de uma Expressão Algébrica

O valor de uma expressão algébrica depende do valor que será atribuído às letras. Para calcular o valor de uma expressão algébrica
devemos substituir os valores das letras e efetuar as operações indicadas. Lembrando que entre o coeficiente e a letras, a operação
é de multiplicação. (entre um número e uma letra ou entre letras não é necessário colocar o sinal de multiplicação)

Exemplos:
O perímetro de uma figura plana é a soma dos seus lados. Obedecendo as características de cada figura e substituindo as letras
com os valores indicados, encontre os perímetros abaixo:

(a) (b) (c) (d) π =3,14


h = 2,5 cm c=4 cm a=5 cm L = 3 cm r = 3 cm

b = 4 cm b = 3 cm L=3 cm C = 2πr
P = 2b + 2h P=a+b+c P = 4L ou L + L + L + L C = 2. (3,14) . 3
P= 2.4 + 2. (2,5) = 13 cm P=5+3+4 P = 4 . 3 = 12 cm C = 18,84 cm
P = 12 cm
4 - Equações

Equações são expressões algébricas que possuem uma igualdade. Dessa forma, equação é um conteúdo da Matemática que
relaciona números a incógnita por intermédio de uma igualdade. A presença da incógnita é o que classifica a equação como
expressão algébrica. A presença da igualdade permite encontrar a solução de uma equação, isto é, o valor numérico da incógnita.

Exemplos: 1) 2x + 4 = 0 2) 4x – 4 = 19 – 8x 3) 2x2 + 8x – 9 = 0

5 – Regra de Três Simples


Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro valores dos quais conhecemos três deles.
Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já conhecidos.

Passos utilizados:
1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo na mesma linha as grandezas de
espécies diferentes em correspondência;
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais;
3º) Montar a proporção e resolver a equação.
Exemplos
1) Com uma área de absorção de raios solares de 1,2m2, uma lancha com motor movido a energia solar consegue produzir 400
watts por hora de energia. Aumentando-se essa área para 1,5m2, qual será a energia produzida?
Solução: montando a tabela: Identificação do tipo de relação:
Área (m2) Energia (Wh)
1,2 400
1,5 x

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna). Observe que, aumentando a área de absorção,
a energia solar aumenta. Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas
são diretamente proporcionais.
Assim, colocamos outra seta no mesmo sentido (para baixo)
na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a
equação temos:
Logo, a energia produzida será de 500 watts por hora.

2) Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de são contrárias (aumentando - diminui), podemos afirmar que
400Km/h, faz um determinado percurso em 3 horas. Em as grandezas são inversamente proporcionais.
quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade Assim, colocamos outra seta no sentido contrário (para cima)
na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação,
utilizada fosse de 480km/h?
temos:
Solução: montando a tabela:
Velocidade (Km/h) Tempo (h)
400 3
480 x

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e
contém o x (2ª coluna). Observe que, aumentando a 30 minutos.
velocidade, o tempo do percurso diminui. Como as palavras

3) Uma equipe de operários, trabalhando 8 horas por dia, são contrárias (diminuindo - aumenta), podemos afirmar
realizou determinada obra em 20 dias. Se o número de horas que as grandezas são inversamente proporcionais.
de serviço for reduzido para 5 horas por dia, em que prazo Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
essa equipe fará o mesmo trabalho?
Horas por dia Prazo para término (dias)
8 20
5 x
Observe que, diminuindo o número de horas trabalhadas por
dia, o prazo para término aumenta. Como as palavras

6 - Regra de três composta.

É utilizada em problemas com mais de duas grandezas, direta ou inversamente proporcionais.

Exemplos resolvidos.

1) Em 8 h, 20 caminhões descarregam 160m3 de areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão necessários para descarregar 125m3?
Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as grandezas de espécies
diferentes que se correspondem:

Horas Caminhões Volume Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que
8 20 160 contém o x (2ª coluna).
5 x 125
Identificação dos tipos de relação:

A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde está o x. Observe que, aumentando o número de horas de trabalho,
podemos diminuir o número de caminhões. Portanto a relação é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna).
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número de caminhões. Portanto, a relação é diretamente proporcional (seta
para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão que contém o termo x com o produto das outras razões de acordo com o sentido
das setas.

Montando a proporção e resolvendo a equação, temos:

Logo, serão necessários 25 caminhões.

2) Numa fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20 carrinhos em 5 dias. Quantos serão montados por 4 homens em 16 dias?
Solução: montando a tabela:
Homens Carrinhos Dias proporcional (não precisamos inverter a razão). Aumentando
o número de dias, a produção de carrinhos aumenta.
8 20 5
Portanto a relação também é diretamente proporcional (não
4 x 16 precisamos inverter a razão). Devemos igualar a razão que
Observe que, aumentando o número de homens, a produção contém o termo x com o produto das outras razões.
de carrinhos aumenta. Portanto a relação é diretamente
Montando a proporção e resolvendo a equação, temos:
20 8 5 , temos: 20 .4.16 Logo, serão montados 32 carrinhos.
= = x= = 32
x 4 16 8.5

3) Dois pedreiros levam 9 dias para construir um muro com concordantes para as grandezas diretamente proporcionais
2m de altura. Trabalhando 3 pedreiros e aumentando a altura com a incógnita e discordantes para as inversamente
para 4m, qual será o tempo necessário para completar esse proporcionais, como mostrado abaixo:
muro?
Solução: Inicialmente colocamos uma seta para baixo na
coluna que contém o x. Depois se colocam as flechas
Montando a proporção e resolvendo a equação, temos: 9 = 2 = 3 os termos foram invertidos (seta contrária). x = 9.8 = 12
x 4 2 6
Logo, para completar o muro serão necessários 12 dias.

Exercícios complementares

1) Três torneiras enchem uma piscina em 10h. Quantas horas levarão 10 torneiras para encher 2 piscinas? Resposta: 6 horas.
2) Uma equipe composta de 15 homens extrai, em 30 dias, 3,6 toneladas de carvão. Se for aumentada para 20 homens, em quantos
dias conseguirão extrair 5,6 toneladas de carvão? Resposta: 35 dias.
3) Vinte operários, trabalhando 8 horas por dia, gastam 18 dias para construir um muro de 300m. Quanto tempo levará uma turma
de 16 operários, trabalhando 9 horas por dia, para construir um muro de 225m? Resposta: 15 dias.
4) Um caminhoneiro entrega uma carga em um mês, viajando 8 horas por dia, a uma velocidade média de 50 km/h. Quantas horas
por dia ele deveria viajar para entregar essa carga em 20 dias, a uma velocidade média de 60 km/h? Resposta: 10 horas por dia.
5) Com uma certa quantidade de fio, uma fábrica produz 5400m de tecido com 90cm de largura em 50 minutos. Quantos metros de
tecido, com 1 metro e 20 centímetros de largura, seriam produzidos em 25 minutos? Resposta: 2025 metros.

7 - Razão e Proporção
7.1 - Razão
Vamos considerar um carro de corrida com 4m de comprimento e um kart com 2m de comprimento. Para compararmos as medidas
dos carros, basta dividir o comprimento de um deles pelo outro. Assim: 4 : 2 = 2(o tamanho do carro de corrida é duas vezes o
tamanho do kart). Podemos afirmar também que o kart tem a metade (1/2) do comprimento do carro de corrida. Então, a
comparação entre dois nos racionais, através de uma divisão, chama-se razão. A razão 1/2 pode também ser representada por 1:2 e
significa que cada metro do kart corresponde a 2m do carro de corrida.

Denominamos de Razão entre dois números a e b, com b diferente de zero, o


a
quociente ou a : b. Chamamos: a = numerador e b = denominador.
b

A palavra razão vem do latim, ratio e significa "divisão". São diversas as situações em que utilizamos o conceito de razão.
Exemplos:
- Dos 1200 inscritos num concurso, passaram 240 candidatos. Razão dos candidatos aprovados nesse concurso:
240 / 1200 ou 240 = 1 (de cada 5 candidatos inscritos, 1 foi aprovado).
1200 5
- Dos 1200 inscritos num concurso, a razão entre os aprovados e reprovados foi de1/4. Significa que para cada grupo de 5
candidatos 1 foi aprovado e quatro foram reprovados.
- Para cada 100 convidados, 75 eram mulheres. Razão entre o número de mulheres e o número de convidados:
75 3 (de cada 4 convidados, 3 eram mulheres).
=
100 4
Observações:
1) A razão entre dois números racionais pode ser apresentada de três formas. Razão entre 1 e 4: Temos: 1: 4 ou 1/4 ou 0,25. O
número representado na forma ¼, chamamos de forma fracionária e o número representado na forma 0,25 chamamos de forma
decimal. Quando multiplicamos qualquer número por 100, temos a forma percentual, no caso, 0,25 x 100 = 25% .
2) A razão entre dois nos racionais pode ser expressa com sinal negativo, desde que seus termos tenham sinais contrários.
Exemplos: A razão entre 1 e - 8 é -1/8 . (Sempre devemos fazer a regra dos sinais na divisão)

7.2 - Proporção

Roger e Claudinho passeiam com seus cachorros. Roger pesa 120 kg, e seu cão, 40 kg. Claudinho, por sua vez, pesa 48 kg, e seu
cão, 16 kg. Observe a razão entre o peso dos dois rapazes: 120kg = 5 . Agora, a razão entre o peso dos cachorros: 40kg = 5
48kg 2 16kg 2
Verificamos que as duas razões são iguais. Nesse caso, podemos afirmar que a igualdade é uma proporção. Assim:
Proporção é uma igualdade entre duas razões.
Outros exemplos:
1. Numa fábrica trabalham 12 homens e 16 mulheres. A razão entre os homens e as mulheres é de três quartos. Podemos afirmar
que em cada grupo de 7 trabalhadores, 3 são homens e 4 são mulheres. A proporção fica: 12 h = 3 (h= homens e m= mulheres).
16 m 4
2. Numa sala tem 24 alunos. Se a razão entre os meninos e as meninas é de um terço, podemos afirmar que 6 alunos são meninos
e 18 são meninas. Portanto, 6 = 1 , ou seja, para cada grupo de 4 alunos desta sala de aula, 1 é menino e quatro são meninas.
18 3
Propriedade fundamental das proporções

Observe as seguintes proporções: 3 = 30 , produto dos meios: 4.30 = 120 e produto dos extremos: 3.40 = 120 e 4 = 20 , produto
4 40 9 45
dos meios: 9.20 = 180 e produto dos extremos: 4.45 = 180. De modo geral, temos que: a = c ↔ a . d = b . c
b d
Daí, podemos enunciar a propriedade fundamental das proporções:

Em toda a proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos.

Aplicações da propriedade fundamental

Determinação do termo desconhecido de uma proporção (b) Determine o valor de x na proporção: x − 3 = 4


2x + 1 5
Exemplos: Solução:
(a) Determine o valor de x na proporção: 5 = 15 5 . (x-3) = 4 . (2x+1) (aplicando a propriedade
8 x fundamental)
Solução: 5x - 15 = 8x + 4
5 . x = 8 . 15 (aplicando a propriedade fundamental) 5x - 8x = 4 + 15
5 . x = 120 -3x = 19
x = 24 Logo, o valor de x é 24. 3x = -19 e x = -19 / 3 Logo, o valor de x é – 19/3.

Exemplos: (problemas envolvendo proporções)

(a) Numa salina, de cada metro cúbico (m3) de água salgada, são retirados 40 dm3 de sal. Para obtermos 2 m3 de sal, quantos metros
cúbicos de água salgada são necessários?
Solução: A quantidade de sal retirada é proporcional ao volume de água salgada. Indicamos por x a quantidade de água salgada a
3
ser determinada e armamos a proporção: 1m = quantidade de água salgada / quantidade de sal
1m3
=
x . Lembrar
3
40 dm 40 dm3 2m3
que 40dm3 = 0,04m3. 1m3 x , aplicando a propriedade fundamental, temos: 1 . 2 = 0,04 x e 0,04x =2 onde: x = 50 m3.
=
0,04 m3 2 m3
Resposta: são necessários 50 m3 de água salgada.
(b) Em uma reunião, na qual estavam presentes 40 pessoas, a razão do número de pessoas calçando tênis para o número de pessoas
que não calçavam tênis era 3/5. Nessa reunião, o número de pessoas que não calçavam tênis superou o número de pessoas que
calçavam tênis, em: Resposta: 10 pessoas.
(c) Os 50 funcionários de uma empresa participaram de uma eleição interna para decidir quem deveria ser o representante dos
funcionários para participar das reuniões com os diretores da empresa. Otávio foi eleito para ser esse representante com 78% dos
votos dos 50 funcionários. Dessa forma, é correto afirmar que: Resposta: 39 funcionários votaram em Otávio.
(d) Duas torneiras são utilizadas para encher um tanque vazio. Sabendo que sozinhas elas levam 10 horas e 15 horas, respectivamente,
para enchê-lo. Quanto tempo as duas torneiras juntas levam para encher o tanque?
Solução: 1ª torneira: 1 → tan que 2ª torneira: 1 → tan que , as duas torneiras juntas: 1 + 1 = 3 + 2 = 5 ou 1 , ou
10 → horas 15 → horas 10 15 30 30 6
seja, encherão 5 tanques em 30 horas ou 1 tanque em 6 horas.

Propriedades das proporções


2ª propriedade
1ª propriedade
Em uma proporção, a diferença dos dois primeiros termos
Em uma proporção, a soma dos dois primeiros termos está
está para o 2º (ou 1º) termo, assim como a diferença dos
para o 2º (ou 1º) termo, assim como a soma dos dois últimos
dois últimos está para o 4º (ou 3º).
está para o 4º (ou 3º).
a c a−c a c
a c a+c a c = = = =
= = = = b d b−d b d
b d b+d b d
Exemplo:
(a) Num grupamento militar tem 238 integrantes de diversas patentes. Sabe-se que a razão entre os integrantes masculinos e
femininos é de 4 /3 (quatro terços). Podemos concluir que o número de homens e de mulheres nesta corporação é de:
Solução: H + M = 238
H 4 H M , temos: H + M H , sendo H + M = 238, fizemos: 238 H , calculando H, conforme já
= , então: = = =
M 3 4 3 4+3 4 7 4
demonstrado, temos: H = 238 x4 = 136 são homens. Para as mulheres, temos: 238 – 136 = 102 mulheres.
7
8 - Porcentagem

É frequente o uso de expressões que refletem acréscimos ou reduções em preços, números ou quantidades, sempre tomando por
base 100 unidades. Veja alguns exemplos:
(a) A gasolina teve um aumento de 15%. Significa que em cada R$100 houve um acréscimo de R$15,00.
(b) O cliente recebeu um desconto de 10% em todas as mercadorias. Significa que em cada R$100 o desconto foi de R$10,00.
(c) Dos jogadores que jogam no Grêmio, 90% são craques. Significa que a cada 100 jogadores do Grêmio, 90 são craques.

8.1 - Razão centesimal Podemos representar uma razão centesimal de outras formas:
Toda a razão que tem para consequente (denominador) o
número 100 denomina-se razão centesimal.
Alguns exemplos: 7 16 125
, ,
100 100 100

Já estudamos que, quando multiplicamos um número por 100, ele passa para a forma percentual. As expressões 7%, 16% e 125%
são chamadas taxas centesimais ou taxas percentuais.
Considere o seguinte problema: João vendeu 50% dos seus 50 cavalos. Quantos cavalos ele vendeu? Para solucionar esse problema,
devemos aplicar a taxa percentual (50%) sobre o total de cavalos.
Logo, ele vendeu 25 cavalos, que representa a porcentagem procurada.
Portanto, chegamos à seguinte definição:
Porcentagem é o valor obtido ao aplicarmos uma taxa percentual a um determinado valor.

Exemplos
(a) Calcular 10% de 300. Solução: 10% de 300 = 10 .300 = 30 (b) Calcular 25% de 200. Solução: 25% de 20= 25 = 200 = 50
100 100
Exercícios:
1) Um jogador de futebol, ao longo de um campeonato, Portanto, o jogador fez 6 gols de falta.
cobrou 75 faltas, transformando em gols 8% dessas faltas.
Quantos gols de faltas esse jogador fez?

2) Se eu comprei uma ação de um clube por R$250,00 e a revendi por R$300,00, qual a taxa percentual de lucro obtida?
Solução: O lucro foi de R$ 50,00, portanto: x% de 250 = 50, ou seja: x .250 = 50 , temos: x = 5000 /250 = 20 (lucro de 20%)
100
8.2 - Fator de Multiplicação

Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um determinado valor, podemos calcular o novo valor apenas multiplicando esse valor
por 1,10, que é o fator de multiplicação. Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim por diante. Veja outros exemplos
na tabela ao lado:

Exemplos:
Aumentando 10% no valor de R$10,00, temos o seguinte cálculo: 10 * 1,10 = R$ 11,00.
No caso de haver um decréscimo, teremos o fator de Multiplicação = 1 - taxa de desconto (na forma decimal)
Veja exemplos na tabela ao lado:
Desconto Fator de Multiplicação
Acréscimo ou Lucro Fator de Multiplicação
10% 1,10 10% 0,90
15% 1,15 25% 0,75
20% 1,20 34% 0,66
47% 1,47 60% 0,40
67% 1,67 90% 0,10

Exemplo:
Descontando 10% no valor de R$ 10,00. Temos: 10 * 0,90 = R$ 9,00

9 – Juros simples

Fórmula: J=Cin

O regime de juros o percentual de juros incide apenas sobre o valor principal. Sobre os juros gerados a cada período não incidirão
novos juros. Valor principal ou simplesmente capital é o valor inicial emprestado ou aplicado, antes de somarmos os juros. Assim,
temos: J = juros, C = capital ou principal, i = taxa unitária ou centesimal ou seja: i/100 e n = tempo ou número de períodos.

Exemplo: Temos uma dívida de R$ 1.000,00 que deve ser paga com juros de 8% a.m. pelo regime de juros simples e devemos pagá-
la em 2 meses. Os juros que pagarei serão: J = 1000 x 0.08 x 2 = 160
Ao somarmos os juros ao valor principal, temos o montante.
Montante = Capital + Juros M=C+J
Montante = Capital + (Capital x Taxa de juros x Número de períodos) M=C.(1+(i.n))

Exemplo:
Calcule o montante resultante da aplicação de R$70.000,00 à Observe que expressamos a taxa i e o período n na mesma
taxa de 10,5% a.a. durante 145 dias. unidade de tempo, ou seja, anos. Daí ter dividido 145 dias por
Solução: M = P(1 + i.n) 360, para obter o valor equivalente em anos, já que um ano
M = 70000 [1 + (10,5/100).(145/360)] = R$72.960,42 comercial possui 360 dias.

Exercícios sobre juros simples:


1) Calcular os juros simples de R$ 1.200,00 a 13 % a.t. por 4 meses e 15 dias.
Se a taxa é 13% (ou seja, 0,13) ao trimestre, vamos dividi-la por 6 para encontrar a taxa a cada 15 dias (visto que um trimestre tem
6 períodos de 15 dias). Então: 0.13 / 6 = 0.02167
Logo, para 4 meses e 15 dias, a taxa é 0.02167 x 9 = 0.195. Portanto: J = 1200 x 0.195 =234 Resposta: R$ 234,00
2) Calcular os juros simples produzidos por R$ 40.000,00, aplicados à taxa de 36% a.a., durante 125 dias. Resposta: R$ 5.000,00
3) Qual o capital que aplicado a juros simples de 1,2% a.m. rende R$ 3.500,00 de juros em 75 dias? Resposta: R$ 116.666,67
4) Se a taxa de uma aplicação é de 150% ao ano, quantos meses serão necessários para dobrar um capital aplicado através de
capitalização simples? Resposta: n = 2/3 ano = 8 meses

10 - Juros compostos
O regime de juros compostos é o mais comum no sistema financeiro, portanto, o mais útil para cálculos de problemas do dia a dia.
Os juros gerados a cada período são incorporados ao principal para o cálculo dos juros do período seguinte. Chamamos de
capitalização o momento em que os juros são incorporados ao capital. Após três meses de capitalização, temos:
1º mês: M =C.(1 + i)
2º mês: o capital é igual ao montante do mês anterior: M = C.(1 + i).(1 + i)
3º mês: o capital é igual ao montante do mês anterior: M = C.(1 + i).(1 + i).(1 + i)
Simplificando, obtemos a fórmula: M = C . (1 + i)n
Importante: a taxa i tem que ser expressa na mesma medida de tempo de n, ou seja, taxa de juros ao mês para n meses.
Para calcularmos apenas os juros, basta diminuir o principal do montante ao final do período: J = M - C

Exemplos:
1. Calcule o montante de um capital de R$ 6.000,00, aplicado a juros compostos durante meio ano, à taxa de 3,5% ao mês.
Solução: C = R$ 6.000,00 Usando a fórmula M=C.(1+i)n, obtemos:
n = meio ano = 6 meses M = 6.000(1+0,035)6
i = 3,5 % a.m. = 0,035 M = 6.000(1,035)6
M=? M = 7.375,53 Portanto, o montante é: R$ 7.375,53.

2. Calcule os juros que o capital de R$ 10.000,00 formou numa operação de juros compostos com taxa de 2% am durante 3 meses.
(passar a taxa de 2% para forma centesimal: 2/100=0,02).
Solução: M = C . (1 + i)n M= 10.000.(1+0,02)3 M = 10.000. (1,02)3 M = 10.000(1,061208) M= 10.612,08
J=M–C J = 10.612,08 – 10.000,00 J = 612,08
Observação: Será permitido o uso de calculadora, menos a calculadora do celular.

11 - Funções

A definição formal de função é a seguinte: função é uma regra que relaciona cada elemento de um conjunto a um único elemento
de um segundo conjunto. Essa regra é matematicamente representada por uma expressão algébrica que possui uma igualdade,
mas que relaciona incógnita a incógnita. Esta é a diferença entre função e equação: a equação relaciona uma incógnita a um
número fixo; na função, a incógnita representa todo um conjunto numérico. Por esse motivo, dentro de funções, as incógnitas são
chamadas de variáveis, já que elas podem assumir qualquer valor dentro do conjunto que representam. Como envolve expressões
algébricas, função é também um conteúdo pertencente à Álgebra, uma vez que as letras representam qualquer número
pertencente a um conjunto de números qualquer.

11 .1 - Função do 1º grau

Definição
Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função f de IR em IR dada por uma lei da forma f(x) = ax + b,
onde a e b são números reais dados e a 0. Na função f(x) = ax + b, o número a é chamado de coeficiente de x e o número b é
chamado termo constante. Veja alguns exemplos de funções polinomiais do 1º grau:
(a) f(x) = 5x - 3, onde a = 5 e b = - 3 (b) f(x) = -2x - 7, onde a = -2 e b = - 7 (c) f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0

Gráfico
O gráfico de uma função polinomial do 1º grau, y = ax + b, com a 0, é uma reta oblíqua aos eixos Ox e Oy. Por exemplo, vamos
construir o gráfico da função y = 3x - 1:
Como o gráfico é uma reta, basta obter dois de seus pontos e ligá-los com o auxílio de uma régua:
(a) Para x = 0, temos y = 3 · 0 - 1 = -1; portanto, um ponto é (0 , -1).
(b) Para y = 0, temos 0 = 3x - 1; portanto, x = 1 e, portanto:  1 ,0  . Marcamos os pontos (0, 1) e  1 ,0  no plano cartesiano
3 3  3 
e ligamos os dois pontos com uma reta.
x y
0 -1
1/3 0

Já vimos que o gráfico da função afim y = ax + b é uma reta. O coeficiente de x, a, é chamado coeficiente angular da reta e, como
veremos adiante, está ligado à inclinação da reta em relação ao eixo Ox. O termo constante, b, é chamado coeficiente linear da reta.
Para x = 0, temos y = a · 0 + b = b. Assim, o coeficiente linear é a ordenada do ponto em que a reta corta o eixo Oy.

Zero ou raiz da função do 1º grau


Chama-se zero ou raiz da função polinomial do 1º grau f(x) = ax + b, a 0, o número real x tal que f(x) = 0. Temos:
f(x) = 0  ax + b = 0  x = − b . Vejamos alguns exemplos:
a
1. Obtenção do zero da função f(x) = 2x – 5 Veja: f(x) = 0  2x - 5 = 0  x=
5
2
2. Cálculo da raiz da função g(x) = 3x + 6: Veja: g(x) = 0  3x + 6 = 0  x = -2

3. Cálculo da abscissa do ponto em que o gráfico de h(x) = -2x + 10 corta o eixo das abscissas:
O ponto em que o gráfico corta o eixo dos x é aquele em que h(x) = 0; então: h(x) = 0  -2x + 10 = 0  x=5
- a função do 1º grau f(x) = ax + b é crescente quando o coeficiente de x é positivo (a > 0);
- a função do 1º grau f(x) = ax + b é decrescente quando o coeficiente de x é negativo (a < 0);

Exercícios:
1. Determine os zeros das funções a seguir:
(a) y = 5x + 2 Solução: Façamos y = 0, então: 5x + 2 = 0, o número 2 mudará de lado e o sinal também será mudado.
5x = – 2, o nº 5 mudará de lado e realizará uma divisão. x = – 2 / 5, é o zero da função y = 5x + 2.

(b) y = – 2x Solução: Façamos y = 0, então: – 2x = 0, o nº – 2 mudará de lado e realizará uma divisão. Mas como o zero
dividido por qualquer número resulta em zero, temos: x = 0 que é o zero da função y = – 2x.

2. Hoje muito se fala na produção de álcool combustível, em Quantidade de álcool Quantidade a pagar
virtude de vários aspectos, em especial a preservação do meio (em litros) (em reais)
ambiente. Em um determinado mês do ano, o litro do álcool
custava R$ 0,98. Tomando como base esse dado, complete a 1 0,98
tabela e estabeleça uma função que expresse a relação 15
matemática que indica a relação entre y (quantidade a pagar) 22
e x (quantidade de álcool).

3. A agência de proteção ambiental de um país detectou que certa companhia jogava ácido sulfúrico em um de seus rios mais
importantes. Sendo assim, multou em R$ 125.000,00 e mais R$ 1 000,00 por dia até que a empresa se ajustasse às normas federais
que regulamentam os índices de poluição. Expresse o total da multa como função do número x de dias em que a companhia
continuou violando as normas federais.

4. Etec (2008) Uma operadora de telefonia celular possui um plano básico do tipo pós-pago cuja tarifa é composta de uma
mensalidade fixa de R$ 35,00 e mais R$ 0,89 por minuto utilizado. Qual será o gasto mensal, caso sejam utilizados 210 minutos?
(a) R$ 35,00 (b) R$ 186,90 (c) R$ 221,90 (d) R$ 256,90

11.2 - Função do 2º grau ou função quadrática

Definição

Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, qualquer função f de IR em IR dada por uma lei da forma:
f(x) = ax2 + bx + c, onde a, b e c são números reais e a 0. Vejamos alguns exemplos de funções quadráticas:
• 2
f(x) = 3x - 4x + 1, onde a = 3, b = - 4 e c = 1
• f(x) = x2 -1, onde a = 1, b = 0 e c = -1
• f(x) = 2x2 + 3x + 5, onde a = 2, b = 3 e c = 5
• f(x) = - x2 + 8x, onde a = -1, b = 8 e c = 0
• f(x) = -4x2, onde a = - 4, b = 0 e c = 0

Gráfico

O gráfico de uma função polinomial do 2º grau, y = ax2 + bx + c, com a 0, é uma curva chamada parábola.
Por exemplo, vamos construir o gráfico da função y = x2 + x:
Primeiro atribuímos a x alguns valores, depois calculamos o valor correspondente de y e, em seguida, ligamos os pontos assim
obtidos.
x y - 1/2 - 1/4
-3 6 0 0
-2 2 1 2
-1 0 2 6

Observação: y = ax2 + bx + c, notaremos sempre que:


Ao construir o gráfico de uma função quadrática Se a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima;
Se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo;

Zeros ou raízes da função do 2º grau


Chamam-se zeros ou raízes da função polinomial do 2º grau fórmula de Bháskara f(x) = 0  ax2 + bx + c = 0.
f(x) = ax2 + bx + c , a 0, os nos reais x tais que f(x) = 0. Então − b  b 2 − 4.a.c
as raízes da função f(x) = ax2 + bx + c que é a solução da x=
2.a
equação do 2º grau ax2 + bx + c = 0, as quais são dadas pela

Observação:
A quantidade de raízes reais de uma função quadrática depende do valor obtido para o radicando  = b 2 − 4ac , chamado
discriminante, a saber:
• Quando  é positivo, há duas raízes reais e distintas;
• Quando  é zero, há só uma raiz real (para ser mais preciso, há duas raízes iguais);
• Quando  é negativo, não há raiz real.

Coordenadas do vértice da parábola


Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto de mínimo V; quando a < 0, a parábola tem concavidade
voltada para baixo e um ponto de máximo V. Em qualquer caso as coordenadas do vértice são: −b −
V = , 
 2a 4a 
Veja os gráficos:

Exercícios:
1. O faturamento em reais obtido pela empresa BGI com a venda de sucos é dado por: R(x) = – 0,1x2 + 500x, onde x é o número de
unidades fabricadas por mês. Qual o faturamento da BGI quando 1000 unidades de suco são produzidas?
Resposta: x = 1000, substituindo na função, temos que R(x) = 400.000,00

2. Determine as raízes e as coordenadas do vértice da função definida pela equação y = x2 – 2x – 8 e faça um esboço do gráfico.
3. (PUC-MG) O lucro de uma loja pela venda diária de x peças é dado por L(x) = 100 (10 – x) (x – 4). O lucro máximo, por dia, é
obtido com a venda de: Resposta: letra (a)
(a) 7 peças. (b) 10 peças. (c) 14 peças. (d) 50 peças.
4. (Etec-2008) Um goleiro chuta a bola, que está parada em seu campo, em direção ao campo do adversário. A bola descreve a
trajetória de uma parábola, dada pela função h(t) = –t2 + 10t, sendo t o tempo em segundos e h(t) a altura atingida pela bola em
metros. Após quanto tempo a bola tocará novamente o campo? Resposta: letra (d)
a) 13s b) 12s c) 11s d) 10s

12 - Função Exponencial
Função Exponencial é aquela que a variável está no expoente, cuja base é sempre maior que zero e diferente de um. Essas
restrições são necessárias, pois 1 elevado a qualquer número resulta em 1. Assim, em vez de exponencial, estaríamos diante de
uma função constante. Além disso, a base não pode ser negativa, nem igual a zero, pois para alguns expoentes a função não estaria
definida. Por exemplo, a base igual a - 3 e o expoente igual a 1/2. Como no conjunto dos números reais não existe raiz quadrada
de número negativo, não existiria imagem da função para esse valor.
Exemplos: (a) f(x) = 4x (b) f(x) = (0,1)x (c) f(x) = (⅔)x Os números 4, 0,1 e ⅔ são as bases, enquanto x é o expoente.

12.1 - Gráfico da função exponencial


O gráfico desta função passa pelo ponto (0,1), pois todo número elevado a zero é igual a 1. Além disso, a curva exponencial não
toca no eixo x. Na função exponencial a base é sempre maior que zero, portanto, a função terá sempre imagem positiva. Assim
sendo, não apresenta pontos nos quadrantes III e IV (imagem negativa). Abaixo representamos o gráfico da função exponencial.
12.2 - Função Crescente ou Decrescente

A função exponencial pode ser crescente ou decrescente.


Será crescente quando a base for maior que 1. Por exemplo,
a função y = 2x é uma função crescente. Para constatar que
essa função é crescente, atribuímos valores para x no
expoente da função e encontramos a sua imagem. Os valores
encontrados estão na tabela.

Na tabela, notamos que quando aumentamos o valor de x, a


sua imagem também aumenta. Ao lado, representamos o
gráfico desta função.

Por sua vez, as funções cujas bases são valores maiores que
zero e menores que 1 são decrescentes. Por exemplo,
f(x)=(1/2)x é uma função decrescente. Calculamos a imagem
de alguns valores de x e o resultado encontra-se
na tabela ao lado..

Notamos que para esta função, enquanto os valores de x


aumentam, os valores das respectivas imagens diminuem.
Desta forma, constatamos que a função f(x) = (1/2)x é uma
função decrescente. Com os valores encontrados na tabela,
traçamos o gráfico dessa função. Note que quanto maior o x,
mais perto do zero a curva exponencial fica.

13 - Função Logarítmica

A função logarítmica é a inversa da função exponencial, sendo definida como f(x) = log x, com x real positivo e a ≠ 1. Sendo o
logaritmo de um nº definido como o expoente ao qual se deve elevar à base a para obter o nº x, ou seja, logax=y ⇔ ay = x.
Uma relação importante é que o gráfico de duas funções inversas são simétricos em relação a bissetriz dos quadrantes I e III. Desta
maneira, conhecendo o gráfico da função exponencial de mesma base, por simetria podemos construir o gráfico da função
logarítmica. No gráfico, observamos que a função exponencial cresce rapidamente, a função logarítmica cresce lentamente.
13.1 - Gráfico

Exercícios

1. Um grupo de biólogos está estudando o desenvolvimento de uma determinada colônia de bactérias e descobriu que sob
condições ideais, o número de bactérias pode ser encontrado através da expressão N(t) = 2000 . 20,5t, sendo t em horas.
Considerando essas condições, quanto tempo após o início da observação, o número de bactérias será igual a 8192000?

Solução
Na situação proposta, conhecemos o número de bactérias, ou seja, sabemos que N(t) = 8192000 e queremos descobrir o valor de
t. Então, basta substituir esse valor na expressão dada: Para resolver essa equação, vamos escrever o número 4096 em fatores
primos, pois se tivermos a mesma base, podemos igualar os expoentes. Portanto, fatorando o número, temos:
Logo, a cultura terá 8 192 000 bactérias após 1 dia (24 h) do início da observação.

2. O sindicato de trabalhadores de uma empresa sugere que o piso salarial da classe seja de R$ 1 800,00, propondo um aumento
percentual fixo por cada ano dedicado ao trabalho. A expressão que corresponde à proposta salarial (s), em função do tempo de
serviço (t), em anos, é s(t) = 1.800 . (1,03)t. De acordo com a proposta do sindicato, o salário de um profissional dessa empresa
com 2 anos de tempo de serviço será, em reais: a) 7.416,00 b) 3.819,24 c) 3.709,62 d) 1.909,62.
Solução:
A expressão para o cálculo do salário em função do tempo proposta pelo sindicato corresponde a uma função exponencial. Para
encontrar o valor do salário na situação indicada, vamos calcular o valor de s, quando t = 2, conforme indicado abaixo:
s(2) = 1800. (1,03)2 = 1800 . 1,0609 = 1.909,62 Alternativa (d) 1.909,62

Exemplos:

1) Considere a função y = x2, em que x é qualquer número real.


Nessa função, a variável x pode assumir qualquer valor dentro do conjunto dos números reais. Como a regra que liga os números
representados por x aos números representados por y é uma operação matemática básica, então, y também representa números
reais. O único detalhe a respeito disso é que y não pode representar um número real negativo nessa função, uma vez que y é
resultado de uma potência de expoente 2, que sempre terá resultado positivo.

2) Considere a função y = 2x, em que x é um número natural.


Nessa função, a variável x pode assumir qualquer valor dentro do conjunto dos números naturais. Esses números são os inteiros
positivos, portanto, os valores que y pode assumir são os números naturais múltiplos de 2. Dessa maneira, y é um representante
do conjunto dos números pares.

Da álgebra clássica à álgebra abstrata

Os conceitos relacionados até aqui compõem a álgebra clássica. Essa parte da álgebra está mais ligada aos conjuntos dos números
naturais, inteiros, racionais, irracionais, reais e complexos e é estudada tanto no ensino fundamental quanto no ensino superior.
A outra parcela da álgebra, conhecida como abstrata, estuda essas mesmas estruturas, mas para conjuntos quaisquer.
Dessa forma, dado um conjunto qualquer, com elementos quaisquer (números ou não), é possível definir uma operação “adição”,
uma operação “multiplicação” e verificar a existência ou não das propriedades dessas operações, bem como a validade
de “equações”, “funções”, “polinômios” etc.
Exercícios:

1. Expresse, usando a linguagem algébrica:


(a) O dobro da idade de João. (b) A idade de meu avô é o triplo da minha idade.
(c) Soma de um número com 314 é igual a 4 765. (d) A soma de dois números desconhecidos.
(e) O número de meninas numa turma de 46 alunos,
dos quais 25 são meninos.

2. Determine o valor numérico das expressões algébricas:


a) x + 4 para x = 4 b) p – 4 para p = 4 c) 2k – 3 para k = 1 d) 4 – y para y = 0

3. Determine o valor da expressão algébrica 2x4 + 4x - 5, com x = 3. Resposta; 169

4. Na expressão algébrica x 2 + 2 xy + y 2 considera os seguintes valores: x = –2 e y = 4. Resposta; 2/5


x 2 + xy − 3 x − 3 y
5. Resolva as equações: a) x – 5 = 8 b) 3x + 6 = 12 c) 2 = 7y – 5 d) 5c + 2 = 3 – 9

14 - Equação Exponencial

Para ser considerada equação, uma expressão precisa ter Para resolver uma equação deve-se encontrar o valor
pelo menos uma incógnita, que é um número desconhecido numérico das incógnitas que aparecem nela.
representado por uma letra, e uma relação de igualdade. Exercícios resolvidos: (a) 3x = 27 escrevemos 27 na base 3,
Dessa maneira, as equações exponenciais são aquelas que que fica 33, temos: 3x = 33 Se duas potências de mesma base
possuem pelos menos uma incógnita no expoente e bases são iguais, os expoentes dessas potências também são. Logo,
positivas diferentes de 1. simplificamos a base 3 e operamos com os expoentes: x = 3

Exemplos de equações exponenciais: (a) 4x + 2


+ 16x = 8 (b) 8x =64 escrevemos 0 nº 8 e o 64 na base 2, fica: 23 e 26.
Temos: 23x = 26. Simplificando as bases, fica: 3x =6 e x = 6/3 e
(b) 16x + 42x = 32 (c) 9x = 3
x=2

15 - Plano Cartesiano
O plano cartesiano é um sistema criado pelo
matemático René Descartes. O sistema é constituído de dois
eixos, x e y, sendo perpendiculares entre si, ou seja, os eixos
se cruzam formando um ângulo reto (ângulo que mede 90°).
O eixo x é chamado de eixo das abscissas e o eixo y é
chamado de eixo das ordenadas. Os dois eixos x e y dividem o
plano cartesiano em 4 (quatro) quadrantes. Um ponto no
plano cartesiano é a associação de um valor do eixo x e outro
Quadrantes do plano cartesiano
do eixo y, esse ponto é chamado de par ordenado (x, y)

15.1 -Construção do sistema de coordenadas cartesianas


Para construir um plano cartesiano devemos traçar duas retas
perpendiculares entre si.

A reta horizontal deve ser identificada como a reta x, chamada


de eixo x ou eixo das abscissas. A reta vertical deve ser
identificada como a reta y, chamada de eixo y ou eixo das
ordenadas. Além disso, o ponto onde as retas se cruzam é o
ponto de origem, o par ordenado (0, 0). Antes da origem, os
eixos devem ser numerados com números negativos e depois
da origem com números positivos. Veja com fica:
Construção do sistema de coordenadas cartesianas

15.2 - Localizando um ponto no Plano Cartesiano


A localização de um ponto no plano cartesiano, formado pelo 1. Localizar o valor para x no eixo das abcissas;
par ordenado (x, y), deve ser feita da seguinte maneira: 2. Localizar o valor para y no eixo das ordenadas;
3. O ponto é onde o par ordenado (x, y) se encontra.

Exemplo:
Localizar no plano cartesiano os pontos formados pelos
pares ordenados (2, 5), (-1, 3), (-2, -2) e (-5, 4):

Localizando um ponto no Plano Cartesiano

16 - Ângulos

Ângulos são duas semirretas que têm a mesma origem, no vértice, e são medidos em grau (º) ou em radiano (rad), de acordo com
o Sistema Internacional.

16.1 - Tipos de Ângulos:


Conforme as suas medidas, os ângulos são classificados em agudo, reto, obtuso e raso.

Agudo Obtuso
O ângulo agudo mede menos do que 90o (< 90o) O ângulo obtuso mede mais do que 900 e menos que 1800

Reto
O ângulo reto mede o mesmo que 90o (= 90o).

Raso
O ângulo raso também é conhecido como de meia volta, mede o mesmo que 180o (= 180º). A 180o B

Ângulos Complementares
Ângulos complementares são aqueles que juntos medem 90º.
Ângulos Suplementares

Temos: 300+ 60º = 90º significa dizer que os ângulos


se complementam mutuamente, o ângulo de 30º 135º + 45º = 180º Isso quer dizer que o ângulo de 135º é o
complementa o ângulo de 60º e vice-versa. suplemento do ângulo que mede 45º. Ao mesmo tempo, o
ângulo de 45º é o suplemento do ângulo que mede 135º.
17 - Geometria Plana e Espacial

17.1 – Geometria Plana


A Geometria plana é a área da matemática que estuda as figuras planas, ou seja, aquelas que possuem comprimento e largura,
sendo figuras bidimensionais (duas dimensões). O que as difere das figuras geométricas espaciais é que estas apresentam três
dimensões e incluem, portanto, o conceito de volume.
Antes de apresentar as fórmulas das áreas das figuras planas, devemos atentar para cada uma delas:

Triângulo: polígono formado por três lados. São classificados de acordo com as medidas dos lados, bem como seus ângulos:

Quanto a medida dos lados:


• Triângulo Equilátero: apresenta lados e ângulos internos iguais (60°);
• Triângulo Isósceles: apresenta dois lados e dois ângulos internos congruentes;
• Triângulo Escaleno: apresenta todos os lados e ângulos internos diferentes.
Quanto a medida dos ângulos:
• Triângulo Retângulo: possui um ângulo interno de 90°;
• Triângulo Obtusângulo: possui dois ângulos agudos internos menores que 90°, e um ângulo obtuso interno, maior que 90°;
• Triângulo Acutângulo: possui três ângulos internos menores que 90°.
Quadrado: quadrilátero regular formado por quatro lados congruentes (mesma medida). Ele é formado por quatro ângulos
internos de 90°, os quais são chamados de ângulos retos.

Retângulo: quadrilátero formado por quatro lados, dois deles na vertical e dois na horizontal. Da mesma forma que o quadrado,
ele apresenta quatro ângulos internos de 90° (retos).

Círculo: Figura plana também chamada de disco. Apresenta uma forma circular. O raio do círculo representa a medida entre o
ponto central da figura e uma das extremidades.
Já o diâmetro equivale duas vezes o raio, posto que representa o segmento de reta que passa pelo centro do círculo, dividindo-o
em duas partes iguais.

Trapézio: quadrilátero notável com dois lados e bases paralelas, donde uma é maior e outra menor. A soma de seus ângulos
internos totaliza 360°. São classificados em:
- Trapézio Retângulo: apresenta dois ângulos de 90º (ângulos retos);
- Trapézio Isósceles: também chamado de trapézio simétrico donde os lados não paralelos possuem a mesma medida;
- Trapézio Escaleno: todos os lados apresentam medidas diferentes.

Losango: quadrilátero equilátero formado por quatro lados iguais. Apresenta dois lados e ângulos opostos congruentes e paralelos,
com duas diagonais que se cruzam perpendicularmente. Ele possui dois ângulos agudos (menores que 90º) e dois ângulos obtusos
(maiores que 90º).

Principais Figuras Planas e a fórmula das áreas (A)


Triângulo Quadrado Retângulo Círculo Trapézio Losango

A=b.h/2 A = L2 A = b.h 𝐴 = 𝜋𝑟 2 A = (B + b)h /2 A= D . d /


2
b= base L = lado b = base Pi = 𝜋 = 3,14... B= base maior D= diagonal maior
h= altura h = altura r = raio b= base menor d= diagonal menor
h = altura
Atenção!
Vale lembrar que a área e o perímetro são dois conceitos utilizados na geometria plana, no entanto, apresentam diferenças.
• Área: tamanho da superfície da figura. O valor da área será dado sempre em cm2, m2 ou km2.
• Perímetro: soma de todos os lados da figura. O valor do perímetro será dado sempre em cm, m ou km.

Exercícios Resolvidos
1. (PUC RIO-2008) Um festival foi realizado num campo de 240 m por 45 m. Sabendo que por cada 2 m 2 havia, em média, 7
pessoas, quantas pessoas havia no festival?
(a) 42.007 (b) 41.932 (c) 37.800 (d) 24.045

Resposta:
Para saber o nº de pessoas que estavam no festival, primeiro vamos encontrar a área, sendo que o local tem forma de retângulo:
A=b.h
A = 240 . 45 Logo, multiplica-se a medida da área pela quantidade de
A = 10 800 m2 pessoas em casa m2.
Assim, se em cada 2 m2 havia, em média, 7 pessoas, 10.800 . 3,5 = 37.800 Alternativa (c)
sabemos que em 1m2havia cerca de 3,5 pessoas.
2. (UFSC-2011) Um ciclista costuma dar 30 voltas completas por dia no quarteirão quadrado onde mora, cuja área é de 102400
m2. Então, a distância que ele pedala por dia é de: (a) 19200 m (b) 9600 m (c) 38400 m (d) 10240 m
quadrado. Assim, se para calcularmos a área do quadrado
Resposta:
utilizamos a fórmula:
Se a área do quarteirão é de 102400 m2, podemos descobrir
A = L2
o valor de seu lado uma vez que sabemos que ele é
102400 = L2
√102400 = L os lados. Se o quadrado tem 4 lados, podemos multiplicar o
L = 320 m valor por 4:
P = 320 . 4
P = 1280 m
Agora que já sabemos a medida de cada lado do quarteirão, Desse modo, se o ciclista percorre 30 voltas completas por
podemos descobrir seu perímetro, ou seja, a soma de todos dia, ele percorre 30 vezes o valor do perímetro:
30.1280m = 38 400 m Alternativa (c)

3. Determine quantos m2 de grama são necessários para preencher uma praça circular com raio de 20 metros.
A = 3,14 * 20²
A = 3,14 * 400
A = 1256 m² A = π * r²

4. Determine a área da região em destaque representada pela figura a seguir. Considere que a região maior possui raio de 10
metros, e a região menor, raio de 3 metros.
Área da região com raio de 10 metros: A = π * r² Área da região com raio de 3m Área da região em destaque:
A = 3,14 * 10² A = 3,34 * 3² A = 314 – 28,26
A = 3,14 * 100 A = 3,14 * 9 A = 285,74 m²
A = 314 m² A = 28,26 m²

5. Deseja–se ladrilhar uma área no formato circular de 12 metros de diâmetro. Ao realizar o orçamento da obra, o pedreiro aumenta
em 10% a quantidade de metros quadrados de ladrilhos, afirmando algumas perdas na construção. Determine quantos metros
quadrados de ladrilhos devem ser comprados.
Solução: Como o diâmetro é igual a 12, o raio equivale a 6 m, Temos: A = π * r² A = 3,14 * 6² A = 3,14 * 36 A = 113,04 m²
Calculando 10%, temos: 10% = 10/100 . 113,04 = 11,30 Total de ladrilhos a serem comprados: 113,04 + 11,30 = 124,34 m²

Área do Cubo
A área do cubo corresponde a medida da superfície dessa figura geométrica espacial. Lembre-se que o cubo é um poliedro, mais
precisamente um hexaedro regular. Isso porque ele possui 6 faces quadrangulares. Também é considerado um prisma de base
quadrada ou um paralelepípedo retângulo. Todas as
faces e arestas dessa figura são congruentes e
perpendiculares. O cubo possui 12 arestas (segmentos
de retas) e 8 vértices (pontos).

Fórmulas: Em relação a área do cubo, é possível calcular a área total, a área da base e a área lateral.

Área Total (At) corresponde a soma das áreas dos polígonos que formam a figura, ou seja, é a soma das áreas das bases e a área
lateral. Para calcular a área total do cubo, utiliza-se a seguinte fórmula: At = 6a2 Sendo: A t= área total e a = medida da aresta

Área da Base (Ab) está relacionada com as duas bases quadradas congruentes que ele possui. Utiliza-se a seguinte fórmula:
Ab = a2 Sendo: Ab: área da base e a: medida da aresta

Área Lateral (Al) corresponde a soma das áreas dos quatro quadrados que formam esse poliedro regular.
Utiliza-se a seguinte fórmula: Al = 4a2 Sendo: Al: área lateral e a: medida da aresta

Obs: as arestas do cubo também são chamadas de lados. As diagonais dessa figura são segmentos de reta entre dois vértices,
sendo calculada pela fórmula: d = a√3.

Exercícios Resolvidos
1. Um cubo possui lados de medida de 5 cm. Calcule:
(a) área lateral: Al = 4.a2 Al = 4.(5)2 Al = 4 . 25 Al = 100 cm2
(b) área da base: Ab = a2 Ab = 52 Ab = 25 cm2
(c) área total: At = 6.a2 At = 6.(5)2 At = 6.25 At = 150 cm2
Área da Esfera

A área da esfera corresponde a medida da superfície dessa


figura geométrica espacial. Lembre-se que a esfera é uma
figura sólida e simétrica tridimensional.

Fórmula: Para calcular a área da superfície esférica, utiliza-se a fórmula: Ae = 4.π.r2


Onde: Ae: área da esfera π (Pi): constante de valor 3,14 r: raio
Obs: o raio da esfera corresponde a distância entre o centro da figura e sua extremidade.
Exercícios Resolvidos
1. Calcule a área das superfícies esféricas:
(a) esfera de raio = 7 cm Solução: Ae = 4.π.r2 Ae = 4.π.7 Ae = 4.π.49 Ae = 196π cm2

(b) esfera de diâmetro de 12 cm. Solução: Antes de tudo, devemos lembrar que o diâmetro equivale duas vezes a medida do
raio (d = 2r). Portanto, o raio dessa esfera mede 6 cm. Fórmula: Ae = 4.π.r2 Ae = 4.π.62 Ae = 4.π.36 Ae = 144π cm2

(c) esfera de volume 288π cm3 Solução: Para realizar esse exercício devemos lembrar a fórmula do volume da esfera:
3 3 3
Ve = 4.π.r /3 288π cm = 4.π.r /3 (corta-se o π dos dois lados) 288 . 3 = 4.r3 864 = 4.r3 864/4 = r3
216 = r3 → r = 3√216 → r = 6 cm → Agora, descoberta a medida do raio, vamos calcular a área da superfície esférica:
Ae = 4.π.r2 Ae = 4.π.62 Ae = 4.π.36 Ae = 144π cm2
2. (UNITAU) Aumentando em 10% o raio de uma esfera a sua superfície aumentará:
(a) 21 %. (b) 11 %. (c) 31 %. (d) 24 %. Alternativa (a): 21 %

17.2 - Geometria Espacial


Volumes:

Volume do Paralelepípedo, do Cubo, do Cone e do Cilindro (reto)


O cálculo do volume de cada sólido possui suas particularidades, assim como ocorre no cálculo do volume do Paralelepípedo, do
Cubo e do Cone.
Quando falamos sobre volume de um sólido, estamos nos referindo à capacidade desse sólido. Veremos a seguir como calcular o
volume do paralelepípedo, do cubo e do cone circular reto. Vale a pena ressaltar que, ao calcular o volume de um sólido, é
necessário que todas as suas medidas possuam a mesma notação. Por exemplo, se uma das medidas está em centímetros e a
outra é dada em metros, é necessário transformar uma delas para torná-la igual às demais.

Um paralelepípedo retangular é um sólido de seis lados que dados desse sólido, como a largura e o comprimento do
possui faces retangulares planas e paralelas. Tente imaginar retângulo da base, bem como a altura ou profundidade.
o paralelepípedo abaixo como uma piscina. Se nós
queremos saber a capacidade dele, é o mesmo que dizer
que queremos descobrir quanta água cabe nele. Para
chegarmos a uma resposta, precisaremos analisar alguns
Para calcular o volume desse paralelepípedo, devemos multiplicar as medidas identificadas por a, b e c. Portanto, para calcular o
volume do paralelepípedo, temos a seguinte fórmula: V = a . b . c

Se considerarmos um paralelepípedo em que a largura da base meça 10 m, o comprimento da base, 5 m, e a altura do


paralelepípedo meça 8 m, teremos o seguinte volume: V = (10 m) . (5 m) . (8 m) V = 400 m3

Temos um tipo especial de paralelepípedo retângulo, o


cubo — um sólido com seis faces quadradas e com os
mesmos comprimentos de lado. Temos abaixo um cubo
cujas arestas medem a.

Para calcular o volume do cubo, vamos multiplicar as arestas, de modo que faremos a terceira potência dessa aresta:
V = a . a . a ou seja: V = a3

Se dissermos, por exemplo, que a aresta desse cubo mede 3 m, o volume dele será: V = (3m)3 V = 27 m3
Outro sólido que analisaremos é o cone circular reto. Esse geratriz g. A geratriz de um cone é o segmento de reta que
sólido tem por características uma base circular de raio r, liga o topo da altura às extremidades da base. Na figura
uma altura h, que forma um ângulo reto com a base, e uma seguir, conseguimos ver com mais facilidade cada uma
dessas estruturas:
Para calcular o volume do cone circular reto, devemos
multiplicar a altura por π e pelo quadrado do raio, bem como
dividir o resultado por 3. A formula para calcularmos a área
do cone circular reto é: V = ⅓ π.r2.h

Seja um cone cuja base tem raio 2 m e a altura mede 8 m e considerando π = 3,14. Calculemos o volume desse cone:
V = ⅓ π.r2.h V = 1/3 . 3,14 . 22 . 8 V = 3,14 . 4 . 8 / 3 V = 100,48 / 3 V ≈ 33,49 m3 (volume aproximado)

Suponha agora que temos um cone circular reto em que a g2 = h2 + r2


geratriz mede 5 m e a altura, 4 m. Para calcularmos o r 2 = g 2 – h2
volume desse sólido, precisamos encontrar a medida do r2 = 52 – 42 r2 = 25 – 16
raio, para tanto, utilizaremos o Teorema de Pitágoras: r2 = 9 r=3m

Agora que temos o valor do raio, podemos calcular o volume do cone utilizando a fórmula:
V = ⅓ π.r2.h V = 1/3. 3,14 . 32 . 4 V = 3,14 . 9 . 4/3 V = 113,04/3 V = 37,68 m3
Portanto, o volume desse cone circular reto é 37, 68 m3.

Cilindro reto

O cilindro ou cilindro circular é um sólido geométrico


alongado e arredondado que possui o mesmo diâmetro ao Componentes do Cilindro
longo de todo o comprimento. Essa figura geométrica, que
faz parte dos estudos de geometria espacial, apresenta dois
círculos com raios de medidas equivalentes os quais estão
situados em planos paralelos. Nos cilindros circulares retos,
a geratriz (altura) está perpendicular ao plano da base.
• Raio: distância entre o centro do cilindro e a extremidade.
• Base: plano que contém a diretriz e no caso dos cilindros são duas bases (superior e inferior).
• Geratriz: corresponde à altura (h=g) do cilindro.
• Diretriz: corresponde à curva do plano da base.
Fórmulas do Cilindro reto
Segue abaixo as fórmulas para calcular as áreas e o volume do cilindro:

Áreas do Cilindro
Área da Base: Para calcular a área da base do cilindro, utiliza-se a seguinte fórmula: Ab= π.r2
Sendo: Ab: área da base π (Pi): 3,14 (aproximadamente) r: raio

Área Lateral: Para calcular a área lateral do cilindro, ou seja, a medida da superfície lateral utiliza-se a fórmula: Al= 2 π.r.h
Sendo: Al: área lateral π (Pi): 3,14 r: raio h: altura

Área Total: Para calcular a área total do cilindro, ou seja, a medida total da superfície da figura, soma-se 2 vezes a área da base à
área lateral, a saber: At= 2.Ab+Al ou At = 2(π.r2) + 2(π.r.h)
Sendo: At: área total Ab: área da base Al: área lateral π (Pi): 3,14 r: raio h: altura

Volume do Cilindro
O volume do cilindro é calculado a partir do produto da área da base pela altura (geratriz): V = Ab.h ou V = π.r2.h
Sendo: V: volume Ab: área da base π (Pi): 3,14 r: raio h: altura

Exercício Resolvido:
Uma lata em forma de cilindro equilátero tem altura de 10 cm. Calcule a área lateral, a área total e o volume desse cilindro.

Resolução: Lembre-se que se a altura é 10 cm do cilindro equilátero (lados iguais), o valor do raio será a metade, ou seja, 5 cm.
Assim, a altura equivale a 2 vezes o raio (h=2r). Para resolver o problema acima, utilize as fórmulas.
Área Lateral: Al= 2π.r.h Al= 2π.r.2r Al= 4π.r2 Al= 4π.52 Al=4π.25 Al=100 π.cm2

Área Total: Lembre-se que a área total corresponde a área lateral + 2 vezes a área da base (At=Al+2Ab).
Logo: At=4π.r2+2π.r2 At=6π.r2 At=6π.(52) At=150 π.r2

Volume: V = π.r2.h V= π.r2.2r V=2π.r3 V=2π.(53) V=2 π.(125) V=250 π.cm3

Respostas: Al=100 π.cm2, At=150 π.r2 e V=250 π.c

Volume da esfera
É o espaço interno dessa figura geométrica, sendo calculado
a partir da fórmula V = 4. πr³/3. No cálculo é levando em
consideração o raio e o nº pi, este nº é representado por uma
letra do alfabeto grego=π, sendo uma constante numérica
com valor aproximado de 3,14. O raio é o segmento de reta
que vai do centro da figura até qualquer ponto da
circunferência.

1º Exemplo resolvido: Dada uma esfera qualquer com raio 5 cm, qual o seu volume?
V = 4.π.r²/3 V = (4. 3,14. 5³) /3 V = (12,56. 125) /3 V = 1570/ 3 V = 523,33 cm³

2º Exemplo resolvido: Sabendo que o volume de uma esfera é aproximadamente 33,49 cm3, podemos concluir que seu diâmetro
mede: V = 4.π.r²/3 33,49 = 4(3,14).r3/3 100,47= 12,56r3 r3= 7,999... = 8 e 3
8 = 2 . Portanto, se o raio mede 2 cm,
então o diâmetro mede 4 cm.

18 - Teorema de Pitágoras

O Teorema de Pitágoras diz que a soma dos quadrados dos catetos é igual a hipotenusa ao quadrado. Isso pode ser traduzido em
uma fórmula: a² = b² + c². Onde: a representa a hipotenusa; b e c: representam os catetos oposto e adjacente.

Exemplo:
Considere um triângulo com as seguintes medidas: Hipotenusa= 5 cm, Cateto Adjacente= 4 cm e Cateto Oposto= 3 cm. Aplicando o
Teorema de Pitágoras, a soma dos quadrados dos catetos tem que ser igual hipotenusa ao quadrado, assim: a² = b² + c².
Então: 5² = 3² + 4² ⇒ 25 = 9 + 16 ⇒ 25 = 25
Podemos ver isso na imagem abaixo onde temos 9 quadrados
no cateto oposto e 16 no cateto adjacente, somando os
quadrados dos catetos, chegamos a soma dos quadrados que
estão na hipotenusa.
Pitágoras provou que a área dos quadrados construídos sobre
os lados de um triângulo retângulo referente aos catetos,
equivale a área do quadrado construído ao lado da
hipotenusa. Conhecido como Teorema de Pitágoras.

Exercícios Resolvidos
1. Calcule a medida da hipotenusa para o triângulo retângulo ABC, com ângulo reto em B, sendo que os catetos AB e BC, tem
medidas de 6 cm e 8 cm, respectivamente.
A Aplicando o Teorema de Pitágoras, temos:
6 cm x (AC)² = (AB)² + (BC)²
(AC)² = (6 cm)² +(8 cm)2
B C x² = 36 cm² + 64 cm², com x > 0 ⇔ x² = 100
8 cm x = 100 = 10 cm

2. Calcule a medida do cateto AB do triângulo retângulo ABC, com ângulo reto em B, sabendo que a hipotenusa AC tem medida 10
cm, e o cateto BC mede 5 cm.
A (AC)² = (BC)² + (AB)² ⇔ Cálculo do quadrado da hipotenusa AC e do cateto BC:
x 10 cm (10)² = 5² + x²
100 = 25 + ⇔
B 5 cm C x² = 100 – 25
x² = 75 cm ou x = 5 3 cm
Outros exercícios:
1. Um avião percorreu a distância de 5000 metros na posição inclinada, em relação ao solo, percorre 3 000 metros. Determine a
altura do avião. Solução: 50002 = x2 + 30002
5000 m 25000000 = x2 + 9000000
x 25000000 – 9000000 = x2
16000000 = x2
3000 m x = 16000000 x = 4000 metros

2. Do topo de uma torre, três cabos de aço estão ligados à


superfície por meio de ganchos, dando sustentabilidade à
torre. Sabendo que a medida de cada cabo é de 30 metros e
que a distância dos ganchos até à base da torre é de 15
metros, determine a medida de sua altura. Solução:

3. Uma escada de 12 metros de comprimento está apoiada sob um muro. A base da escada está distante do muro cerca de 8
metros. Determine a altura do muro . Solução:
122 = x2 + 82 x = 80
12m x 144 = x2 + 64 x=4 5
2
x = 144 – 64 x = 4. 2,236 x = 8,94 metros de altura
8m
4. Calcule a metragem de arame utilizado para cercar um terreno triangular com as medidas perpendiculares de 60 e 80 metros,
considerando que a cerca de arame terá 4 fios.
Solução: x x2 = 602 + 802 x = 10000 O perímetro da região triangular é dado pela
60 m x2 = 6400 + 3600 x = 100 soma: 100 + 80 + 60 = 240 metros. Então a
80 m x2 = 10000 quantidade de arame é: 240 . 4 = 960 metros.

19 - Trigonometria no Triângulo Retângulo


É o estudo sobre os triângulos que possuem um ângulo interno de 90°, chamado de ângulo reto. Lembre-se que a trigonometria
é a ciência responsável pelas relações estabelecidas entre os triângulos. Eles são figuras geométricas planas compostas de três
lados e três ângulos internos. O triângulo chamado equilátero possui os lados com medidas iguais. O triângulo isósceles possui
dois lados com medidas iguais. Já o escaleno tem os três lados com medidas diferentes.
No tocante aos ângulos dos triângulos, os ângulos internos maiores que 90° são chamados de obtusângulos. Já os ângulos internos
menores que 90° são denominados de acutângulos. Além disso, a soma dos ângulos internos será sempre 180°.

19.1 - Composição do Triângulo Retângulo

O triângulo retângulo é formado pela Hipotenusa pelos Catetos. Os catetos são os lados do
triângulo que formam o ângulo reto e são classificados em cateto adjacente e cateto oposto. A
hipotenusa: é o lado oposto ao ângulo reto, sendo considerado o maior lado do triângulo
retângulo.
Segundo o Teorema de Pitágoras, a soma dos quadrados dos catetos de um triângulo retângulo é igual ao quadrado de sua
hipotenusa: h2 = ca2 + co2. Temos: h = hipotenusa, ca = cateto adjacente e co = cateto oposto.

19.2 - Relações Trigonométricas do Triângulo Retângulo


As razões trigonométricas são as relações existentes entre os lados de um triângulo retângulo. As principais são o seno, o cosseno
e a tangente. Temos:
(cateto)oposto (cateto)adjacente (cateto)oposto
Seno = Cosseno = Tangente =
hipotenuza hipotenuza (cateto)adjacente
Lê-se: cateto oposto sobre Lê-se: cateto adjacente sobre Lê-se: cateto oposto sobre o
a hipotenusa a hipotenusa. cateto adjacente

Exercícios com resposta:


1. (UFPI) Um avião decola, percorrendo uma trajetória retilínea, formando com o solo um ângulo de 30° (suponha que a região
sobrevoada pelo avião seja plana). Depois de percorrer 1.000 metros, a altura atingida pelo avião, em metros, é:
Solução:
Interpretando a situação descrita no problema, temos a
seguinte imagem que ilustra a situação em que a altura
atingida pelo avião é dada por x:
x 1 x 1000
sen30 o =  =  2 x = 1000  x =  x = 500 m. Portanto, a altura foi de 500 metros.
1000 2 1000 2

2. (CEFET-MG - adaptado) Uma escada que mede 6m está apoiada em uma parede. Sabendo-se que ela forma com o solo um
ângulo α e que cos α = √5/3, então a distância de seu ponto de apoio no solo até a parede, em metros, é:
Solução:
Podemos ilustrar a situação descrita pelo enunciado do
problema com a figura ao lado e utilizando a fórmula do
cosseno, temos:

5 x 5 x 6. 5
cos a =  cos a =  =  3x = 6. 5  x =  x = 2 5m.
3 6 3 6 3
Portanto, a distância do ponto de apoio até a parede é de aproximadamente 2 5metros .

3. Para entender melhor a questão, é adequado tentar


visualizar a situação do exercício. No desenho abaixo, o
segmento de reta amarelo representa um raio solar que é o
responsável por originar a sombra da árvore.

Há um ângulo de 45° com o solo, e o comprimento da sombra é a base do triângulo. Pela tabela trigonométrica dos ângulos
notáveis, verificamos que a tangente de 45° é 1. Utilizando a fórmula da tangente, temos:
h
tg 45 o =  h = 15 .tg 45 o  h = 15 .1  h = 15 m. Portanto, a altura dessa árvore é de 15 metros.
15

20 - Teorema de Tales
O Teorema de Tales é uma teoria aplicada na geometria acerca do conceito relacionado entre retas paralelas e transversais. O
teorema foi desenvolvido pelo filósofo, astrônomo e matemático grego Tales de Mileto (624 a.C.- 558 a.C.) e, por isso, recebe esse
nome. O experimento de Tales foi realizado através da observação de uma sombra da pirâmide. A partir disso, ele conseguiu
calcular a altura da pirâmide Quéops, no Egito, com base na sombra que ela projetava. Considerado o “Pai da Geometria
Descritiva”, Tales contribuiu para o avanço dos estudos de razão e proporção, que até os dias de hoje são utilizados para calcular
distâncias.
O enunciado do Teorema de Tales é expresso pela
sentença:
“a interseção entre duas retas paralelas e transversais
formam segmentos proporcionais”.

Enunciado
Para compreender melhor o Teorema de Tales, veja a figura abaixo: Nesta figura, as retas transversais u e v interceptam as retas
paralelas r, s e t. Os pontos pertencentes a reta são: A, B e C, e na reta v, os pontos M, N e O.

De acordo com o Teorema de Tales: AB = DE Lê-se: AB está


BC EF
para BC, assim como DE está para EF.

20.1 - Teorema de Tales nos Triângulos


O Teorema de Tales também é aplicado em situações que envolvem triângulos. Veja um exemplo em que se aplica o teorema.
De acordo com semelhança de triângulos podemos afirmar
que: o triângulo ABC é semelhante ao triângulo ABC é
semelhante ao triângulo AED. É representado da seguinte
forma: Δ ABC ~ Δ AED
Exercícios Resolvidos
(a) Determine o valor de nas figuras abaixo:
Solução: 15 = 20
5 x
15x = 100
x = 100/15
x = 6,66

(b)
Solução: 4 x + 1 = 16
x+2 18
18(4x + 1) = 16(x + 2)
72x + 18 = 16x + 32
56x = 14
x = 14/56 e x = 0,25

21 - Números Irracionais
Os Números Irracionais são números decimais, infinitos e não periódicos e não podem ser representados por meio de frações
irredutíveis. Interessante notar que a descoberta dos números irracionais foi considerada um marco nos estudos da geometria.
Isso porque preencheu lacunas, como por exemplo, a medida da diagonal de um quadrado de lado igual a 1. Como a diagonal
divide o quadrado em dois triângulos retângulos, podemos calcular essa medida usando o Teorema de Pitágoras.

Com vimos, a medida da diagonal desse quadrado será √2. O problema é que o resultado desta raiz é um número decimal infinito
e não periódico. Por mais que tentamos encontrar um valor exato, só conseguimos aproximações deste valor. Considerando 12
casas decimais essa raiz pode ser escrita como: √2 = 1,414213562373....
Outros exemplos de irracionais:
(a) √3 = 1,732050807568.... (b) √5 = 2,236067977499... (c) √7 = 2,645751311064...

21.1 - Números Irracionais e Dízimas Periódicas


Diferente dos números irracionais, as dízimas periódicas são números racionais. Apesar de apresentarem uma representação
decimal infinita, podem ser representados por meio de frações. A parte decimal que compõe uma dízima periódica apresenta um
período, ou seja, possui sempre a mesma sequência de repetição.
Por exemplo, o número 0,3333... pode ser escrito na forma de fração irredutível, pois: 0,3333 ... = 1/3
Portanto, as dízimas periódicas não são números irracionais.

21.2 - Classificação dos Números Irracionais

Os números irracionais podem ser algébricos ou transcendentes. Será algébrico quando satisfaz uma equação algébrica de
coeficientes inteiros, se não for algébrico, então será transcendente. Por exemplo, a raiz quadrada de 2 (√2) pode ser escrita como
sendo x2 - 2 = 0, então é irracional algébrico. O número pi (π) é o mais famoso dos números irracionais transcendentes. Seu valor
é π = 3,14159265358979323846… e representa a proporção da medida da circunferência e do seu diâmetro. Outro exemplo de
irracional transcendente é o número de Neper, representado por e, sendo aproximadamente igual a 2,718281.
Podemos ainda citar o número de ouro, representado por Phi (ϕ). Seu valor é ϕ = 1,618033...
O nº de ouro é encontrado a partir da razão áurea ou divina proporção, sendo encontrada em muitos elementos da natureza.
Além disso, esta razão está presente nas pinturas, esculturas e construções.

22 - Média

A Média Aritmética de um conjunto de dados é obtida somando todos os valores e dividindo o valor encontrado pelo número de
dados desse conjunto. É muito utilizada em estatística como uma medida de tendência central. Pode ser simples, onde todos os
valores possuem a mesma importância, ou ponderada, quando considera pesos diferentes aos dados.
22.1 - Média Aritmética Simples

Esse tipo de média funciona de forma mais adequada quando os valores são relativamente uniformes. Por ser sensível aos dados,
nem sempre fornece os resultados mais adequados. Isso porque todos os dados possuem a mesma importância (peso).
Fórmula: M S = x1 + x 2 + x3 + ... + x n (Ms = média aritmética simples, x1, x2, x3, ..., xn: valores dos dados e n=nº de dados).
n
Exemplo:
Sabendo que as notas de um aluno foram: 8,2; 7,8; 10,0;
9,5; 6,7, qual a média que ele obteve no curso?

22.2 - Média Aritmética Ponderada


A média aritmética ponderada é calculada multiplicando cada valor do conjunto de dados pelo seu peso. Depois, encontra-se a
soma desses valores que será dividida pela soma dos pesos.
Fórmula:
p x + p 2 x 2 + ... + p n x n , onde: Mp= Média aritmética ponderada, p1, p2,..., pn: pesos e x1, x2,...,xn: valores dos dados
Mp = 1 1
p1 + p 2 + ... + p n
Exemplo:
Considerando as notas e os respectivos pesos de cada uma delas, indique qual a média que o aluno obteve no curso.

Disciplina Nota Peso


Biologia 8,2 3
Filosofia 10,0 2
Física 9,5 4
Geografia 7,8 2
História 10,0 2
Língua Portuguesa 9,5 3
Matemática 6,7 4

23 - Analisando gráficos
A análise de gráficos é importante para responder questões de diferentes disciplinas. Para facilitar a interpretação dos gráficos,
estudaremos as diferentes possibilidades de formato. Esse conteúdo é muito intuitivo, então daremos maior ênfase aos exercícios,
buscando apresentar a melhor forma de solucionar as questões. Lembrem-se: cada vez mais as provas do vestibular e do Enem
cobram esse assunto tão importante.

23.1 - Elementos dos Gráficos


Alguns elementos importantes que estão incluídos nos gráficos são:
- Título: na maioria dos casos possuem um título que indica a que informação ele se refere.
- Fonte: a maioria dos gráficos contém uma fonte onde as informações foram retiradas juntamente com o ano de publicação.
- Números: o mais importante, pois é deles que precisamos para comparar as informações dadas pelos gráficos. Usados para
representar quantidade ou tempo (mês, ano, período).
- Legendas: ajuda na leitura das informações apresentadas. Na maioria dos casos, as cores destacam diferentes informações.

23.2 - Tipos de Gráficos


Os gráficos podem ser de muitos tipos. Os mais comuns são os de Colunas, de Barras, de Linhas e de Pizza (Setores). Abaixo seguem
alguns exemplos desses modelos:

Gráfico de Colunas
Um dos mais utilizados. O valor de cada coluna é
proporcional à sua altura, onde as categorias são indicadas
no eixo x (eixo horizontal) e os valores para cada categoria,
no eixo y (eixo vertical).
Fonte: W/A

Gráficos de Barras
Apresentam basicamente a mesma função dos gráficos de colunas, com os valores para cada categoria na posição horizontal e as
categorias na posição vertical.

Fonte: fifa.com
Gráfico de Linhas

O gráfico de linha é usado para apresentar uma sequência de valores de um elemento (eixo y) ao longo do tempo (eixo x).

Gráfico de Setores
Popularmente conhecido como “Gráfico de Pizza”, a representação por meio de um Gráfico de Setores é também muito utilizada,
principalmente para a visualização de números percentuais. Em geral, é utilizado para representar partes de um todo. Consiste
num círculo, representando o todo, dividido em setores com cores diferentes, que correspondem às partes de maneira
proporcional.
Exemplo: Suponha que no decorrer do ano de 2015, uma determinada cidade recebeu um número grande de turistas e classificou-
os de acordo com a nacionalidade, conforme mostra a tabela.

De acordo com a tabela o gráfico de setores dos turistas segundo a nacionalidade, destaca as diferenças entre as porcentagens
com setores de diferentes cores. Veja ao lado:

23.3 - Analisando Tabelas

As tabelas são usadas para estruturar informações ou dados. Assim como os gráficos, elas facilitam o entendimento, através de
linhas e colunas que separam as informações e cabe a você relacioná-las. É importante conhecer alguns elementos desse tipo de
representação, pois será fundamental para que a análise seja bem-sucedida.
• Título – indica o assunto, também tem a função de chamar a atenção do leitor.
• Subtítulo – detalha o tema da tabela e contextualiza a situação.
• Cabeçalho – corresponde ao título dos conteúdos das colunas e linhas.
• Corpo – os dados da tabela.
• Fonte – possui a mesma função que nos gráficos e que usualmente aparece no rodapé da tabela.

Tabela simples
Usada para apresentar a relação entre uma
informação e outra (como produto e preço).
É formada por duas colunas e deve ser lida
horizontalmente.

Tabela de dupla entrada


Útil para mostrar dois ou mais tipos de dado
sobre um item. Deve ser lida na vertical e na
horizontal de forma simultânea para que as
linhas e as colunas sejam relacionadas.

Exercícios resolvidos: gráficos e tabelas


1. (Fundação Carlos Chagas). O supervisor de uma agência
bancária obteve dois gráficos que mostravam o número de
atendimentos realizados por funcionários. O Gráfico I mostra
o número de atendimentos realizados pelos funcionários A e
B, durante 2 horas e meia, e o Gráfico II
mostra o nº de atendimentos realizados pelos funcionários
C, D e E, durante 3 horas e meia.

Observando os dois gráficos, o supervisor desses funcionários calculou o número de atendimentos, por hora, que cada um deles
executou. O número de atendimentos, por hora, que o funcionário B realizou a mais que o funcionário C é:
(A) 4. (B) 3. (C) 10. (D) 5.
Solução: - Funcionário B: 25 atendimentos / 2,5 horas = 10 clientes por hora
- Funcionário C: 21 atendimentos / 3,5 horas = 6 clientes por hora
- Diferença: 10 – 6 = 4 Resposta: A
2. (BB – Cesgranrio). Os gráficos abaixo apresentam dados
sobre a produção e a reciclagem de lixo em algumas regiões
do planeta. Baseando-se nos dados apresentados, qual é, em milhões de
toneladas, a diferença entre as quantidades de lixo
recicladas na China e nos EUA em um ano?

(a) 9,08 (b) 10,9 (c) 12,60 (d) 21,68

Solução:
A China produz 300 milhões e recicla 30%, ou seja, recicla 90
milhões. Os EUA produzem 238 milhões e recicla 34%, ou
seja, reciclam 80,92 milhões. China – EUA = 90 – 80,92 = 9,08
milhões de toneladas. Resposta: (a)

3. (Fuvest - 1999) A distribuição das idades dos alunos de uma classe é dada pelo seguinte gráfico:

Qual das alternativas representa melhor


a média de idade dos alunos?

a) 16 anos e 10 meses
b) 17 anos e 1 mês
c) 17 anos e 5 meses
d) 18 anos e 6 meses
Solução: Alternativa (c)
Note que o eixo x do gráfico fornece-nos a idade dos alunos e o eixo y fornece-nos a frequência de cada uma das idades, ou seja,
a quantidade de vezes que a idade aparece. Assim, devemos utilizar a média ponderada para calcular a média das idades.
Sabemos que 17,43333… = 17 + 0,4333… . Para transformar
0,43333… em meses devemos multiplicá-lo por 12, logo:
0,4333 · 12 = 5 meses
Portanto, a média de idade é de 17 anos e 5 meses.

24 - Progressão Aritmética (PA)


É uma sequência de números onde a diferença entre dois termos consecutivos é sempre a mesma. Essa diferença constante é
chamada de razão da P.A. Sendo assim, a partir do segundo elemento da sequência, os números que surgem são resultantes da
soma da constante com o valor do elemento anterior.
As progressões aritméticas podem apresentar um número determinado de termos (P.A. finita) ou um número infinito de termos
(P.A. infinita). Para indicar que uma sequência continua indefinidamente utilizamos reticências, por exemplo:
(a) a sequência (4, 7, 10, 13, 16, ...) é uma P.A. infinita.
(b) a sequência (70, 60, 50, 40, 30, 20, 10) é uma P.A. finita.
Cada termo de uma P.A. é identificado pela posição que ocupa na sequência e para representar cada termo utilizamos uma letra
(normalmente a letra a) seguida de um número que indica sua posição na sequência. Por exemplo, o termo a4 na P.A (2, 4, 6, 8,
10) é o número 8, pois é o número que ocupa a 4ª posição na sequência.

24.1 - Fórmula do termo geral

Temos: an : termo que queremos calcular n: posição do termo que queremos descobrir
a1: primeiro termo da P.A. r: razão

Exemplo: Calcule o 10° termo da P.A.: (26, 31, 36, 41, ...)

Solução: Primeiro, devemos identificar que a1 = 26, r = 31 - 26 = 5 e n = 10 (10º termo). Substituindo esses valores na fórmula
do termo geral, temos:
an = a1 + (n - 1) . r → a10 = 26 + (10-1) . 5
a10 = 26 + 9 .5
a10 = 71 Portanto, o décimo termo da progressão aritmética indicada é igual a 71.

24.2 - Soma dos Termos de uma P.A. Onde,


Para encontrar a soma dos termos de uma P.A. finita, Sn: soma dos n primeiros termos da P.A.
basta utilizar a fórmula: a1: primeiro termo da P.A.
an: ocupa a enésima posição na sequência
n: posição do termo

25 - Progressão Geométrica (PG)


É uma sequência numérica cujo quociente (q) ou razão entre um número e outro (exceto o primeiro) é sempre igual.
Em outras palavras, o número multiplicado pela razão (q) estabelecida na sequência, corresponderá ao próximo número, por
exemplo: PG: (2,4,8,16, 32, 64, 128, 256...). Neste exemplo podemos constatar que na razão ou quociente (q) da PG entre os
números, o número que multiplicado pela razão (q) determina seu consecutivo, é o número 2:
2.2=4 4.2=8 8 . 2 = 16 16 . 2 = 32 32 . 2 = 64 64 . 2 = 128 128 . 2 = 256

25.1 - Fórmula do Termo Geral

Para encontrar qualquer elemento da PG, utiliza-se a expressão: an = a1 . q(n-1)


an: número que queremos obter a1: o primeiro número da sequência
(n-1)
q : razão elevada ao número que queremos obter, menos 1
Assim, para identificar o termo 20 de uma PG de razão q = 2 e número inicial 2, calcula-se: PG: (2,4,8,16, 32, 64, 128, ...)
a20 = 2 . 2(20-1) a20 = 2 . 219 a20 = 1048576
25.2 - Soma dos Termos da PG
Para calcular a soma dos números presentes numa PG, a1 (q n − 1)
utiliza-se a seguinte fórmula: Sn =
q −1

Sn: Soma dos números da PG 1(210 − 1)


a1: primeiro termo da sequência S10 =
q: razão 2 −1
n: quantidade de elementos da PG S10 = 1023
Dessa forma, para calcular a soma dos 10 primeiros termos
da seguinte PG (1,2,4,8,16, 32, ...).

Outros Exercícios:
1. Uma roupa numa loja é anunciada com preço de R$ 82,00 no cartão de crédito, porém, pagando à vista tem um desconto de
20%. Nestas condições, sendo paga à vista qual é o valor deste desconto? Resposta: R$ 16,40

2. Uma empresa tem em caixa a quantia de R$ 15.000,00. Como só vai precisar usar esta importância daqui 30 dias, resolveu aplicar
a juros compostos com taxa de 1% ao mês. No final deste período os juros foram de: Resposta: R$ 150,00

3. Dada a PA (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14) determine a soma dos termos. Resposta: 56

4. A sequência seguinte é uma PG, observe: (2, 6, 18, 54...). Determine o 8º termo dessa progressão. Resposta: a8 = 4374

5. Uma caixa d’água com a base quadrada será construída no terraço de um prédio para abastecer os moradores. Sabendo que a
área da base ficou com 2,25 m2, podemos afirmar que a medida do lado dessa base é: Resposta: 1,5 m2

6. Numa rua os números das casas mudam de pares para ímpares, ou seja, considerando o início desta rua do um lado esquerdo é
par e do lado direito é ímpar. Considerando que a numeração inicia com o número 101, nestas condições, podemos afirmar que a
sexta residência do lado par tem o número: Resposta: 112

7. Ao construir uma casa com formato retangular, medido 6m x 8m, dizemos que ela está no esquadro quando seus quatro
“cantos” tiveram ângulos de: ............................., que chamados de ângulo: ..................... Resposta: 90o e “reto”

8. Um cilindro tem 4 cm de diâmetro da base e 8 cm de altura. Determine o seu volume. Resposta: 100,48 cm3

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