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a União Europeia comemora sua nova política regional refugiados batem à sua porta
Confins
Revue francobrésilienne de géographie / Revista francobrasilera de geografia
25 | 2015 :
Número 25
Crónica de campo
Enquanto a União Europeia comemora
sua nova política regional refugiados
batem à sua porta
Pendant que l'Union européenne célèbre sa nouvelle politique régionale, les réfugiés frappent à sa porte
As the European Union celebrates its new regional politicy refugees knock at its door
ALDOMAR A. RÜCKERT
Texto integral
Apoio: FAPERGS e CNPq. Com a colaboração de Eduarda F. Scheibe
1 A União Europeia, oficialmente, não tem uma cidade capital mas Bruxelas na Bélgica é considerada sua
capital de facto com uma longa história como sede de suas instituições no central Distrito Europeu. Trata
se de uma cidade que se assemelha a uma Torre de Babel ultra moderna, uma espécie de encruzilhada do
mundo global, ao mesmo tempo coração e caixa de ressonância do bloco europeu, onde se falam, além do
francês e do holandês, inúmeras línguas de povos oriundos não apenas dos representantes dos vinte e oito
países dos Estados Membros da UE, dos inúmeros corpos diplomáticos na Bélgica, da OTAN, dos corpos
de imprensa, de lobistas e, em grande número, de imigrantes do antigo Império Colonial Belga (Congo
Belga, Ruanda e Burundi), do leste europeu, do norte da África e do Oriente Médio.
2 No mês de outubro a Comissão Europeia comemora, todos os anos, a sua Política de Coesão Territorial,
mais conhecida como política regional, durante a Open Days Week for Cities and Regions. Mais de uma
centena de sessões são destinadas a mostrar os melhores trabalhos e abordagens bem sucedidas em
promover empregos e atrair negócios para o território da União Europeia. Enquanto isto milhares de
refugiados batem às portas da União pedindo asilo e colocando imensa pressão sobre as prioridades a
serem atendidas pela burocracia europeia.
Bruxelas e o momento político da União Europeia
3 O momento político que vive a União Europeia em face de sua vizinhança e de sua Política de Coesão
Territorial é de uma grande instabilidade frente aos problemas urgentes que a estão acometendo. A EU
encontrase em uma encruzilhada das diversas crises: alto desemprego desde 2008, migrações constantes e
chegada de milhares de refugiados principalmente vindos da Síria, Afeganistão, Eritreia, Iraque, etc após
saírem da Turquia. Ao mesmo tempo em que ocorrem protestos pela morte de curdos em Ancara milhares
de sírios, iraquianos, afegãos, eritreus batem às portas dos países europeus pedindo asilo.
4 No dia 5 de Outubro próximo passado o presidente do Conselho Europeu Donald Tusk recebeu o
presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan para tratar de um plano turco para criar uma zona de
segurança no norte da Síria livre dos guerrilheiros do Estado Islâmico, uma zona onde refugiados poderiam
se abrigar dos conflitos. Para Erdogan, um forte opositor de Bashar elAssad, a raiz da crise dos refugiados
está no terrorismo de Estado empregado pelo próprio Assad.
5 Já no sábado dia 10 de Outubro, em Ancara, num atentado durante manifestação do povo Curdo mais de
cem pessoas morreram e centenas ficaram feridas em duas explosões no mais mortal dos ataques na
história da Turquia a um protesto pacífico contra a violência entre o governo turco e o grupo militante
curdo, o PKK Partido dos Trabalhadores do Curdistão. Na tarde do dia seguinte, domingo 11 de Outubro,
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16/11/2015 Enquanto a União Europeia comemora sua nova política regional refugiados batem à sua porta
em Bruxelas, centenas de curdos protestavam na Praça Luxemburgo em frente ao Parlamento Europeu,
acusando o governo de Recep Tayyip Erdogan pelo atentado de Ancara pelas mortes e feridos. Nas faixas os
curdos responsabilizavam Erdogan pela morte dos pacifistas.
Foto 1. “Erdogan é o responsável do massacre de Ancara”
Foto: Aldomar A. Rückert, 2015
Foto 2. “Sejam 400 deputados, seja massacre. Erdogan assassino”
Foto: Aldomar A. Rückert, 2015
Foto 3. Os protestos dos curdos na Praça Luxemburgo em frente ao Parlamento Europeu
Foto: Aldomar A. Rückert, 2015
A 13ª semana aberta das cidades e regiões nos
prédios imponentes e securitizados da eu
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16/11/2015 Enquanto a União Europeia comemora sua nova política regional refugiados batem à sua porta
6 Enquanto o cenário geopolítico em que está inserida a União Europeia é complexo e não se pode prever
exatamente todos os seus desdobramentos, em seu território interior o Espaço Schengen, aparentemente,
as ações da Política de Coesão Territorial que visam apoiar os EstadosMembros a administrar seus
territórios atraem os olhares dos gestores públicos e dos lobistas que visam atrair recursos europeus para os
territórios nacionais.
Foto 4. Fila de espera para adentrar as sessões da Open Days Week no European Economic and Social
Committee
Foto: Eduarda F. Scheibe, 2015
7 Em clima de festividade, já no dia 12 de Outubro, logo após o atentado em Ancara, quase 6.000 pessoas
falando dezenas de línguas diferentes começavam a ocupar as dependências dos prédios arrojados e
securitizados da União Europeia no Distrito Europeu de Bruxelas. Tinha início a Open Days Week, reunião
anual dos representantes das 274 unidades regionais nos 28 Estados Membros para expor os trabalhos
práticos e os resultados da política regional europeia denominada, genericamente, de Política de Coesão
Territorial. Uma delegação do governo brasileiro costuma se fazer presente para celebrar a cooperação com
os técnicos da União Europeia a fim de implementar no Brasil metodologias de desenvolvimento regional
europeu na Política Nacional de Desenvolvimento Regional. Durante a semana as best practices são
premiadas em uma concorrida sessão de prêmios. Mas, em Bruxelas é impossível não se ouvir, ao mesmo
tempo, os ecos da crise europeia face aos eventos dramáticos do desemprego com a crise que se aprofundou
a partir de 2008 e da crise humanitária dos refugiados.
As mudanças recentes na política de coesão
territorial
8 A Política Regional da União Europeia vinha, desde 1970, dando suporte às regiões em desequilíbrio –
através de critérios de convergência para regiões com menos de 75% do PIB médio europeu. Entretanto,
desde a Estratégia de Lisboa (2000) e da atual Estratégica Europa 2020 as diretrizes voltadas ao
desenvolvimento regional estão centradas sobre a inovação tecnológica, o aumento da competitividade das
regiões, o crescimento da economia e uma verdadeira obsessão com a criação de empregos, principalmente
para jovens no contexto da crise e do desemprego principalmente em países como os PIIGS (Portugal,
Irlanda, Itália, Grécia e Espanha).
9 A crise econômica internacional, que iniciou nos Estados Unidos em 2008, teve seu impacto efetivo na
União Europeia a partir de 2011, levando ao aumento das taxas de desemprego, quedas consideráveis nas
taxas de crescimento e um sentimento de pessimismo quanto à efetividade da integração regional. Além
disto, a Comissão Europeia passou a aplicar condicionalidades econômicas isto é a comprovação do
equilíbrio das contas públicas e a boa aplicação dos fundos europeus como condição para a concessão de
novos investimentos o que tem tido um efeito de reduzir a capacidade dos Estados Membros obter apoios
dos fundos estruturais.
10 Destaca a imprensa em Bruxelas, como o jornal New Europe, que a disciplina fiscal dos Estados
Membros vinha sendo a principal preocupação nos últimos anos. Agora, no entanto, a principal ameaça
para a coesão europeia vem de um perigo ainda não muito bem avaliado: “as ondas de refugiados e
migrantes são a ameaça real da própria existência da União Europeia”. (p. 2). Efetivamente, Ramón Siso,
vicepresidente do Parlamento Europeu, concorda que os desafios atuais que exigem respostas são a
geração de empregos e a crise dos refugiados.
11 No plano interno para os principais expoentes da atual política de coesão territorial reformada para a
geração de empregos o foco principal reside no apoio às pequenas e médias empresas (PIMES) e na
inovação tecnológica. Para Corina Cretu, atual Comissária da Política Regional é necessário simplificar o
uso dos fundos europeus (453,18 bilhões de Euros para o período 20142020) e incentivar as best practices.
12 A opção estratégica da política de coesão territorial tem sido a aposta na Smart Specialization – um
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16/11/2015 Enquanto a União Europeia comemora sua nova política regional refugiados batem à sua porta
lema que procura combinar palavraschave como “economia inteligente, sustentável e inclusiva” visando
alcançar objetivos até 2020 como “emprego, inovação, educação, inclusão social e mudanças climáticas”
através de “estratégias de especialização inteligente e processos de descoberta de empreendedorismos”.
Para os principais assessores da atual política regional, como Phillip Mccann da Universidade de
Groningen (Países Baixos), Roberta Capello do Instituto Politécnico de Milão e Slavo Radosevicc da
University College London a Smart Specialization não se destina a indústrias, especificamente, mas para o
desenvolvimento territorial unindo instituições de vários Estados Membros, cidades e regiões, diferentes
áreas do conhecimento e construindose plataformas de conhecimento de gerenciamento de estratégias de
pesquisa e inovação.
O espetáculo das premiações: as Regio stars
2015
13 As best practices são premiadas, anualmente, em uma concorrida e descontraída sessão de prêmios, a
Regio Stars no Bozar Center for Fine Arts de Bruxelas. As premiações deste ano de 2015 foram para
Portugal, Espanha, Itália, Dinamarca e Suécia. Talvez, não por acaso, dos cinco países vencedores, três
dentre eles estão entre os países onde estão os mais graves problemas de desemprego, sobretudo de jovens:
Portugal, Espanha e Itália. Estes países tem tido dificuldades para tomar recursos dos fundos da União
Europeia tendo em vista a incapacidade dos governos nacionais cumprirem com as cláusulas das
condicionalidades econômicas para a obtenção de novos fundos europeus: tratase do condicionante de que
o déficit público dos países não ultrapasse 3% do PIB, inviabilizando novos projetos – sendo que todos os
países PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha) apresentaram problemas com a dívida pública.
14 Para o ano de 2015 inscreveramse 143 projetos concorrentes, sendo dezessete finalistas e quatro
premiados que foram caracterizados por Corina Cretu como projetos exemplares em apoio a Pequenas e
Médias Empresas, eficiência energética, inclusão social e desenvolvimento urbano. Na Dinamarca foi
premiada na categoria Crescimento Inteligente uma incubadora de jogos eletrônicos localizada em Grenaa
com criação de vinte e duas empresas no oeste da Suécia (Västsverige) e na região da Jutlândia Central
(Dinamarca). Na Categoria Crescimento Sustentável foi premiado o projeto Programa de Construção
Sustentável na Andaluzia (PICSA) – investimentos na renovação de energia em prédios e reabilitação de
áreas urbanas. Observese que no sul da Espanha a Comunidad Autônoma da Andaluzia é a região com
maior desemprego na Espanha com fraco tecido industrial e baixa capacidade competitiva da estrutura
produtiva, estando a construção civil em crise desde e 2008. Na categoria Crescimento Inclusivo, no, na
região de Puglia (sul da Itália) foi contemplado o projeto Direito à Escola, uma abordagem de educação e
serviço social destinado a reduzir o abandono precoce da escola por jovens até 15 anos tendo atingido mais
de 50.000 estudantes e 10.000 famíias. Na categoria Cidade Destaque foi premiada a experiência de duas
cidades gêmeas transfronteiriças (denominadas de Cidades Europeias) Chaves no norte de Portugal e
Verín na Comunidade Autônoma da Galícia (Espanha). As municipalidades uniramse para ofereces
serviços e facilidades, incluindo eventos culturais conjuntos, comércio, esportes, lazer e atividades
turísticas juntamente com a promoção do empreendedorismo.
Refugiados batem ás portas da UE
15 Enquanto as festividades das premiações das Best Practices aconteciam no Bozar Center milhares de
refugiados sírios continuavam a bater às portas da União Europeia. Segundo dados da FRONTEX (Agência
Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos EstadosMembros da União
Europeia) mais de 710.000 imigrantes entraram na UE nos primeiros nove meses de 2015 sendo as ilhas
gregas do Mar Egeu as regiões mais afetadas. O Parlamento Europeu em Sessão sobre Migrações,
promovida pela parlamentar grega Eliza Vozemberg com o apoio do Grupo do Partido Popular Europeu do
Parlamento – EPP Group passou a atribuir um papel ativo às regiões e cidades no problema das migrações
e refugiados, principalmente no caso do acolhimento dos milhares de refugiados que partem dos
acampamentos da Turquia. Como coorganizadores estiveram as regiões que tem mais recebido
diretamente os refugiados, isto é as regiões Sul e Norte do Mar Egeu na Grécia e as regiões da Sicília e
Calábria no sul da Itália.
16 O Governador Regional da Região Sul do Mar Egeu (EGEAN), Giorgios Hatzimarkos informou que
vinham recebendo refugiados em 60 ilhas. Disse sentirse desconfortável quando todos vinham falando em
solidariedade quando ele e seu governo regional vinha cumprindo com o seu dever enquanto a Europa não
vinha sendo muito rápida. “Passei tempo com os refugiados, com a polícia, com os técnicos... crianças são
abandonadas nos campos... crianças mortas; procuramos pelos pais.... não é fácil controlar...sabemos... há
muitos detalhes; ... não podemos esquecer que o Iluminismo nasceu na Europa e precisamos protegêlo
(sic).” Já Giorgios Patoulis, Prefeito de Maroussi, presidente da União Central das Municipalidades da
Grécia afirmou que “os fluxos vem da Turquia por traficantes ligados a políticos. A UE deveria ter um
tratado com a Turquia. A Grécia não vai suportar no mar Egeu ser a porta da EU. A EU precisa atuar.
Haverão mais fluxos se não houver paz”.
17 As manifestações de representantes da UE para o problema dos refugiados, de presidentes e
representantes das regiões da Sicilia, Calabria, Sul e Norte do Mar Egeu e da União Central das
Municipalidades (Grécia), Catalunha e Valencia (Espanha), Prefeitura Municipal de Viena e parlamentares
da Itália, Alemanha, Holanda foram unânimes em enviar mensagens às autoridades pedindo mais
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16/11/2015 Enquanto a União Europeia comemora sua nova política regional refugiados batem à sua porta
recursos para o atendimento aos refugiados entendendo que imigração, além da questão humanitária, pode
ser uma força impulsionadora no desenvolvimento dos países que venham a acolhelos sendo necessários
procedimentos mais eficientes para as integrações, empregos e benefícios dos novos países. Martha Cygan,
diretora encarregada dos Assuntos Estratégicos da Diretoria de Migrações e Assuntos Internos da UE frisou
que a Agenda da Imigração é uma das prioridades da Comissão Europeia que incluiu a adoção de dois
esquemas emergenciais para realocar 160.000 pessoas em estado de proteção internacional pelos Estados
Membros mais afetados. A primeira realocação aconteceu da Itália para a Suécia no dia 9 de Outubro e a
segunda está em curso.
A Turquia de Erdogan vai conter os refugiados
fora da fortaleza europeia ?
18 A visita de Erdogan a Bruxelas no dia 5 de Outubro começa a dar os seus primeiros resultados práticos. A
Turquia agora passou a ser vista como um parceiro estratégico necessário para conter os refugiados em seu
território impedindoos de caminharem para o território do Espaço Schengen. Os chefes de Estado e de
governo decidiram no dia 15 de outubro no Conselho Europeu em Bruxelas (no dia do encerramento do
Semana Open Days), acelerar as discussões com a Turquia que já conta com dois milhões de refugiados
sírios.
19 Para os mais críticos das decisões do Conselho Europeu esta negociação demonstra o caráter conservador
das políticas da EU ao estender o tapete vermelho para persuadir Erdogan para selar as suas fronteiras
externas e parar o fluxo de refugiados da Síria e demais países através da rota dos Balkans. Além de uma já
aventada ajuda financeira de 3 bilhões de Euros à Turquia para prevenir que refugiados, principalmente
sírios, saiam de seu território em busca dos países europeus, os dirigentes europeus vem retomando a
proposta de aceitar a Turquia como membro pleno da União provocando assim não apenas grande mal
estar entre os parlamentares europeus como críticas dos defensores dos direitos humanos tendo em vista as
práticas autoritárias do regime de Ancara principalmente em relação aos curdos e a ocupação de parte da
ilha de Chipre que é um membro da União Europeia.
20 A recente retomada da proposta para acolher a Turquia na União Europeia no difícil cenário para tentar
deter o fluxo de refugiados aponta para o fato que o território da União Europeia começa a dar sinais de que
está em vias de mudanças como: i) o surgimento de um vasto cinturão do desemprego na região do
Mediterrâneo (principalmente nos países PIIGS – Portugal, Itália, Grécia e Espanha); ii) recebimento de
enormes contingentes de refugiados e imigrantes ilegais em suas fronteiras; iii) o provável aumento de seu
território com a provável futura incorporação da Turquia à União enquanto outros seis países da região dos
Balcans esperam sua vez de adentrar este território europeu: Albania, BosniaHerzegonia, Kosovo (mesmo
que muitos países membros da EU não reconheçam sua proclamada independência da Servia); Macedonia,
Monenegro e Sérvia.
21 A visita de Angela Merkel a Erdogan em Istambul no dia 18 de Outubro próximo passado causou
perplexidades na Alemanha e na Turquia. A esquerda e a oposição verde alemãs acusaram Merkel de
interferir nas eleições legislativas que ocorreriam no dia 01 de Novembro próximo passado – data em que o
partido de Erdogan, o Justiça e Desenvolvimento saiuse majoritário em meio a atos truculentos da polícia
turca contra a imprensa de oposição. Já na própria Turquia mais de cem acadêmicos turcos enviaram uma
carta aberta a Merkel declarandose perplexos com sua visita logo após o mais violento ataque a civis na
história turca.
22 Bruxelas e alguns EstadosMembros estão inquietos e temerosos quanto às opções que terão que fazer
para manter os refugiados da guerra da Síria fora do Espaço Schengen. Continuar recebendo milhares de
refugiados a título de ajuda humanitária encontra seus próprios limites em seus territórios nacionais onde
vicejam as mais diversas xenofobias e aversões a imigrantes. Quando o drama do desemprego continua a
assolar as economias europeias e não há política regional eficiente o suficiente para retomar a economia o
novo impasse do drama dos refugiados ofuscou o brilho da Semana Open Days.
23 Uma síntese foi expressa por uma voz da Finlândia no dia da abertura dos festejos: “...que tipo de diálogo
vamos ter com o resto do mundo? Os migrantes estão vindo para a Europa, vamos dividir valores? Tivemos
e estabilidade por anos mas vamos ter daqui em diante? Será que teremos que fugir dos nossos lares?”
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Índice das ilustrações
Título Foto 1. “Erdogan é o responsável do massacre de Ancara”
Créditos Foto: Aldomar A. Rückert, 2015
URL http://confins.revues.org/docannexe/image/10596/img1.jpg
Ficheiro image/jpeg, 104k
Título Foto 2. “Sejam 400 deputados, seja massacre. Erdogan assassino”
Créditos Foto: Aldomar A. Rückert, 2015
URL http://confins.revues.org/docannexe/image/10596/img2.jpg
Ficheiro image/jpeg, 108k
Título Foto 3. Os protestos dos curdos na Praça Luxemburgo em frente ao Parlamento Europeu
Créditos Foto: Aldomar A. Rückert, 2015
URL http://confins.revues.org/docannexe/image/10596/img3.jpg
Ficheiro image/jpeg, 216k
Foto 4. Fila de espera para adentrar as sessões da Open Days Week no European
Título
Economic and Social Committee
Créditos Foto: Eduarda F. Scheibe, 2015
URL http://confins.revues.org/docannexe/image/10596/img4.jpg
Ficheiro image/jpeg, 136k
Para citar este artigo
Referência eletrónica
Aldomar A. Rückert, « Enquanto a União Europeia comemora sua nova política regional refugiados batem à sua
porta », Confins [Online], 25 | 2015, posto online no dia 13 Novembro 2015, consultado o 16 Novembro 2015. URL :
http://confins.revues.org/10596
Autor
Aldomar A. Rückert
Professor Doutor do programa de pósgraduação em Geografia e em Planejamento Urbano e Regional da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Pesquisador CNPq, aldomar.ruckert@gmail.com
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https://confins.revues.org/10596 6/7
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Direitos de autor
© Confins
https://confins.revues.org/10596 7/7