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Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

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2022

XXXX

Violência contra a pessoa idosa no Bairro “10” na cidade de Xai-Xai

Licenciatura em Direito

Monografia Científica, a ser apresentada ao


Departamento de Ciências Sociais e
Filosóficas, como requisito para obtenção do
grau académico de licenciatura em Sociologia
com habilitações em Antropologia.

Supervisor: Mestre Carlos João Baptista Manjate

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

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2021

Introdução

O presente projecto de monografia científica tem por objectivo debruçar sobre o tema:
A Falta de Denúncia do Crime de Violência Doméstica em Moçambique: Caso do
Bairro de T.3 no Município da Matola no período de 2018 a 2020.

A questão da violência contra a mulher é um problema internacional e que não começou


hoje e constitui uma das principais barreiras ao esforço da humanidade, na construção
de um mundo de harmonia, amor, fraternidade e respeito pela igualdade de direitos
entre homens e mulheres, num contexto de famílias estáveis, que sejam de facto, bases
sólidas que promovem e sustentam o desenvolvimento dos países. Como resultado de
uma consciencialização crescente sobre a gravidade do fenómeno da violência contra a
mulher, registam-se já a nível universal, um amplo movimento e diversas medidas e
acções com vista a prevenir e combater este fenómeno, levando as sociedades para uma
convivência de paz , progresso e justiça social.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), (2002:5), a violência é tida no geral


como o uso intencional da força física ou do poder, real ou ameaça, contra si próprio,
contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha
grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de
desenvolvimento ou privação.

Em Moçambique e noutros países da África é frequente ver nos noticiários matéria


ligada à violência domestica, apesar de existir nestes países um quadro constitucional e
legal que veio introduzir vários mecanismos de protecção dos direitos humanos, em
especial de protecção dos direitos das mulheres e crianças uma vez que estas são as
maiores vítimas. Por seu turno, em Moçambique a violência contra a mulher é encarada
como um dos problemas mais graves do país e uma das mais sérias barreiras ao seu
desenvolvimento. Na essência e em termos estruturais, a violência contra a mulher
resulta das desigualdades de poderes entre mulheres e homens nas diferentes faixas
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etárias, nas relações familiares, comunitárias, assim como nos domínios social,
económico, cultural, religioso e político.

A violência contra a mulher são todos os actos perpetrados contra a mulher e que
causem, ou que sejam capazes de causar danos físicos, sexuais, psicológicos e outros,
incluindo a ameaça de tais actos, a imposição de restrições ou a privação arbitrária das
liberdades fundamentais na vida privada e pública (Fórum Mulher, 2007).

Também, temos consciência de que o homem e a mulher são seres onde as emoções,
como o amor, a alegria, a tristeza, o ódio, a raiva são uma constante e misturam-se de tal
forma que muitas vezes se torna difícil definir os sentimentos que nutrem uns pelos
outros. Todo e qualquer acto de violência doméstica não tem apenas consequências
nefastas nas vítimas, pois, o próprio agressor é muitas vezes vítima das suas próprias
acções. Da mesma maneira, os filhos que assistem aos actos e por vezes interferem em
defesa da mãe, sofrem quer física quer psicologicamente, tendo repercussões na sua
vida futura.

Actualmente nos deparamos com várias situações familiares onde a violência doméstica
predomina, estando muitas vezes associada a outras problemáticas, como a instabilidade
profissional, económica, ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, ao ciúme, ao
exercício do poder, à infidelidade conjugal, entre outras.

No entanto e apesar de estatisticamente se associar a violência doméstica a agregados de


estratos sociais mais desfavorecidos, este é um fenómeno transversal a toda e qualquer
pessoa independentemente da idade, sexo, estrato social, convicção política e religiosa.
Um problema tão complexo quanto o da violência doméstica exige, uma aprendizagem
constante, não só dos motivos que levam as pessoas a atitudes agressivas ou
conformistas, como também do conhecimento aprofundado das emoções que estas
(vítimas e agressores) experimentam e da forma como podem aprender a controlá-las.

ʽʽA intervenção dos técnicos de saúde e da Polícia deve ter em conta que para se
obterem mudanças no sistema familiar, cada um dos elementos tem que
obrigatoriamente proceder a transformações pessoais (Alarcão, 2002, p. 316).

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Neste sentido, exige também dos técnicos uma sensibilidade maior para a complexidade
do problema bem como uma actuação mais humanizada e não tanto institucional. O
problema da violência doméstica sendo actualmente considerado como um crime
público, deve ser assumido como responsabilidade de toda a comunidade e não apenas
de alguns serviços interventores. Os técnicos que efectuam o acompanhamento de
pessoas vítimas de violência doméstica confrontam-se com factos que sendo reais,
provocam-lhes diferentes reacções. Também estes são pessoas com crenças, valores e
ideias de família que muitas vezes sentem como postos em causa.

Contextualização

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a violência doméstica como um


problema de saúde pública, pois esta tem efeitos não só sobre a integridade física mas
também na saúde mental das vítimas. É habitual abrir o jornal e encontrar artigos que
referenciam episódios de violência doméstica que retratam a dimensão de um problema
que assola a sociedade em que vivemos.

Quando se analisa a história familiar de pessoas que vivem situações de violência, há


normalmente episódios semelhantes, que nos fazem pensar num processo “hereditário”.
A verdade é que o indivíduo sentindo-se vítima da sociedade em geral, com baixa auto-
estima, vai procurar exercer poder sobre os mais fracos, tentando criar uma identidade
que lhe permita saber quem é e o que fazer.

Espera-se que com a presente pesquisa, se possa ter uma visão clara sobre: A falta de
denúncia do crime de Violência Doméstica em Moçambique: Caso do Bairro de
T.3 no Município da Matola: e que o estudo seja de grande ajuda no nosso contexto
moçambicano.

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Justificativa

Para compreendermos o fenómeno Vítimas de Violência Domestica: Caso do Bairro de


T.3 no Município da Matola, Província de Maputo, precisamos ter em conta os
seguintes aspectos:

Todo o casal é composto por três elementos: eu, tu e nós. Cada elemento, o eu e o tu,
que formam o casal possui sentimentos, desejos, valores, atitudes, comportamentos
individuais, correspondentes às características físicas, cognitivas, emocionais e morais.
O nós corresponde ao projecto conjunto do casal, às suas histórias familiares, à
comunidade e sociedade envolventes. Assim, considerando todos estes factores o casal
tem que procurar a sua identidade, partilhando e negociando posições, na procura de um
modelo comunicacional favorável a uma relação positiva.

É nesta procura de equilíbrio que muitas vezes o casal assume duas posições a de
dominador e a de dominado. Nalguns casais, o elemento dominado apresenta-se com
um modelo de vinculação insegura, ansiosa e de dependência, enquanto o dominador se
apresenta como prestador de cuidados e detentor do poder, não sendo viável a oscilação
de complementaridade, pois ambos desde sempre assumiram estes papéis. Noutros
casais, dominador e dominado, foram ao longo da sua vida, em diferentes contextos,
desenvolvendo o papel de vitimador e vitima e enquanto casal desenvolvem este estilo
comunicacional, gerando situações de violência que perpetuam a relação.

É importante não esquecer que o poder da vítima é muito grande e, normalmente, é


aquele que ela sabe ter. Razão pela qual dele não quer desfazer-se prefere viver no
conformismo.

Problematização

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Com a emancipação da mulher e a sua colocação em patamares profissionais idênticos
ao do homem, a família moderna confronta-se com a necessidade de resolver conflitos
onde os interesses da família e os interesses individuais colidem. Podemos dizer que a
igualdade sexual não é apenas um princípio fundamental da democracia. Também é
relevante para a felicidade e para a realização das pessoas.

A realização profissional quer da mulher quer do homem torna-se numa competição,


onde a família e os seus interesses colectivos, de afectividade, de partilha e privacidade
são motivo de conflitos. A igualdade de género não é só defendida em espaço
profissional como também em espaço familiar. A divisão de tarefas domésticas coloca
todos os elementos do núcleo familiar em igualdade de circunstâncias, no entanto, ainda
é à mulher que se atribui essa responsabilidade e se espera a concretização dessas
tarefas.

Com as transformações sociais que as famílias têm sofrido, com problemas ligados à
igualdade de direitos também se traduz na participação do pai em situações que dizem
respeito aos filhos e que anteriormente apenas eram tidas como competência da mãe,
nomeadamente, o acompanhamento ao médico, na escola, nos estudos, nas fraldas,
biberões, as noites em claro. São mudanças que obrigam o casal a uma reorganização
pelo crescimento da família e que por vezes é foco de tensão e de conflitos.

Por isso, que se levanta a seguinte questão de pesquisa: Quais são os motivos que
fazem com que haja fraca denúncia do crime de Violência Doméstica: Caso do
Bairro de T.3 no Município da Matola?

Objectivos

Objectivo Geral

 Analisar as causas de Recrudescimento do fenómeno de Violência Domestica


em Moçambique

Objectivos Específicos

 Descrever numa perspectiva teórica o fenómeno Violência Doméstica

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 Reflectir sobre as causas que influenciam a falta de denúncia por parte das
Vítimas de Violência Doméstica
 Explicar as Consequências de Violência Doméstica para as comunidades.

Revisão de Literatura

Conceito e formas de violência


Para existir violência tem que existir um vitimador, uma vítima e o exercício de poder
através do uso da força como nos refere Alarcão. O uso da força poderá revestir formas
como a força física, a força psicológica, a económica e política, sendo sempre, utilizada
como um método de resolução de conflitos interpessoais.
Apresenta-nos também a distinção entre comportamento violento e comportamento
agressivo, sendo que no primeiro o vitimador não tem como intenção magoar a vítima e
no comportamento agressivo o objectivo é fazer mal à outra pessoa. Pessoas com
comportamento violento pretendem que, através do uso da força, o outro se submeta à
sua pessoa, seja quem ele quer, se vergue ao seu poder. Goleman refere-nos que hoje
assistimos a um crescendo de notícias de violência “que retratam um aumento da
inépcia emocional, do desespero, da inquietação das nossas famílias, nas nossas
comunidades, nas nossas vidas colectivas” (1997, p. 18-19).
As crianças têm hoje por companhia a televisão, os jogos interactivos, mais do que uma
família protectora, têm uma família que abandona, negligencia ou maltrata, porque
também o casal assim se relaciona entre eles. “É uma doença emocional que se espalha
e que pode ser lida nos números que mostram um aumento das depressões por todo o
mundo, e nas provas de uma crescente onda de agressão.
Maus tratos emocionais, dispara de passagem (do interior de automóveis) e estress pós-
traumático são expressões que entraram para o nosso léxico comum ao longo da última
década. Decorrente de diferentes estudos científicos, Goleman refere-nos que as
posições éticas que tomamos ao longo da vida são decorrentes da capacidade emocional
que está subjacente.
Mas a violência pode-se traduzir de formas variadas, por exemplo, na Ásia, o número de
mulheres é consideravelmente inferior ao dos homens, isto porque, são mortas através

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do aborto selectivo, discriminação de tratamento em matéria de saúde, alimentação e
higiene e pela sobre mortalidade feminina na infância.
Esta situação ocorre pelo reduzido número de filhos e pela preferência por filhos
homens que prevalece em alguns países asiáticos. Ter uma filha é, como diz o ditado
chinês, “cultivar o campo de outrem”, ou como dizem os indianos “é regar o jardim do
vizinho” (Attané, 2007, p. 40).
Na China, a rapariga vive e é sustentada pelos pais até ao dia do casamento, altura em
que vai viver para casa do marido e trabalha para a família do seu marido, deixa,
inclusive, de ter obrigações para com os seus pais.
Na Palestina, as mulheres são consecutivamente violadas pelos maridos, cunhados,
sogros e irmãos, não apresentando queixa, por um lado, porque muitas dependem
economicamente desses elementos e por outro lado porque arriscam a própria vida (Le
Bars, 2007, pp. 72-76).
Estas situações que muitas vezes terminam em tentativas ou mesmo homicídios, são
decorrentes de costumes sociais em vigor na maior parte das sociedades e comunidades
patriarcais, isto é, no âmbito de sistemas em que a mulher não é mais do que um objecto
pertencente aos homens. No Irão, em 2004 uma criança de 13 anos de idade foi
condenada à morte por lapidação, o crime cometido foi adultério com o seu irmão de 15
anos. Esta pena por lapidação funciona como controle social e sexual nas mulheres por
parte de quem exerce o poder, os homens.
Na Índia, são “as leis pessoais” que definem o que fazer em situações de divórcio,
casamentos, pensões de alimentos, adopção, heranças e tudo quanto diz respeito à
família. “Na ausência de refutação, a lei parte do princípio de que a religião de uma
pessoa é a da família e da comunidade em que nasceu.” E assim, se tomam decisões,
normalmente contra a mulher, mesmo quando ela é a própria vítima da situação em
julgado, mas em defesa da honra da família (Khan, 2007, p. 120).
No México, uma série de homicídios a jovens entre os 13 e 22 anos que iniciaram em
1993, deram origem ao termo “feminicidio”, antes de serem mortas, estas jovens eram
raptadas, maltratadas e violadas. Este fenómeno poderá estar na origem de uma máfia
que comemora os resultados favoráveis do tráfico de droga matando mulheres.
Em 1993, a Declaração sobre a Eliminação da Violência contra as Mulheres veio definir
a violência sexista como: “A expressão “violência contra as mulheres” designa todos os
actos de violência dirigidos contra o sexo feminino e que causem ou possam causar às
mulheres danos ou sofrimentos físicos, sexuais ou psicológicos, inclusivamente a

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ameaça de tais actos, a coacção ou privação arbitrária de liberdade, na vida pública
como na vida privada.”
Uma definição tão abrangente quanto é possível englobar maus-tratos infligidos no
mundo, como sejam, as violações dos direitos das mulheres em contexto de guerra, a
escravidão sexual e gravidez forçada, os maus tratos físicos, sexuais e psicológicos em
família, as mutilações sexuais, o assédio sexual e o tráfico de mulheres.
Em Junho do mesmo ano na Conferência Mundial sobre os Direitos do Homem que
teve lugar em Viena, veio ajudar a definir o conjunto dos maus tratos que ocorrem no
mundo, nomeadamente “(...) as violações dos direitos das mulheres em situações de
conflito armado, inclusive a violação sistemática, a escravidão sexual e a gravidez
forçadas; os maus tratos físicos, sexuais e psicológicos praticados no seio da família,
inclusivamente os que se encontram ligados ao dote e à violação conjugal; as mutilações
sexuais, o assédio sexual, a exploração e o tráfico de mulheres.” (Treiner, 2007, p. 12).
Em Janeiro de 2005 as Nações Unidas tornaram púbico os “Objectivos de
Desenvolvimento do Milénio”, onde consta que mulheres e crianças têm que estar
protegidas da violência para poderem ter uma vida produtiva.

2 – Conceito de violência doméstica


Definir o conceito de violência doméstica não é pacífico, ou a violência doméstica tem
que ser analisada considerando o contexto social, económico, político e até religioso em
que se insere. A definição mais genérica de uso de força, seja física, psicológica,
económica ou política tornou este assunto numa preocupação social.
A violência doméstica é definida como abrangendo situações de violência física e
sexual, tais como empurrões, beliscões, cuspidelas, pontapés, espancamentos, murros
estrangulamentos, queimaduras, agressões com objectos, esfaqueamentos, uso de água a
ferver, ácido e fogo. Um pequeno incidente pode aumentar de frequência e intensidade
podendo levar à própria morte (SILVA, 2002, p.298).
Mas pode também ser usada para definir a violência psicológica e mental,
nomeadamente agressões verbais repetidas, perseguições, clausura e privação de
recursos físicos, financeiros e pessoais e o contacto com os amigos e familiares.
Num sentido mais abrangente, a violência doméstica engloba não só uma violação em
que a vítima e o agressor já tiveram um relacionamento, mas também o abuso de

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crianças, violência entre irmãos e meios-irmãos, abuso ou negligência de idosos por
parte dos filhos.
Vários fenómenos sociais contribuíram para o surgimento do conceito. De todos
destacamos as alterações dos papéis sociais das mulheres com a entrada em força no
mundo do trabalho, a opção de casar mais tarde e de escolher o número de filhos a
conceber.
Para Gonçalves (2004, p. 2) a diferencia violência conjugal de violência doméstica. Para
violência conjugal considera actos agressivos graves, que são infligidos
conscientemente, por um elemento do casal ao outro elemento, podendo traduzir-se em
agressões físicas, psicológicas, sociais ou económicos, podendo culminar no homicídio.
Quanto à violência doméstica, violência familiar ou maus tratos familiares, refere-a
como decorrendo das dinâmicas familiares, podendo afectar outros elementos da família
restrita ou alargada e ocorrer no período pré-matrimonial ou de união de facto ou em
fase de ruptura.
O termo violência doméstica identifica o local do acto “dentro de uma relação marital
ou de coabitação íntima, em casa. O termo violência (…) é usado porque não é uma
questão de argumentos menores, “disputas” mas é intencional, hostil, com actos
agressivos, físicos ou psicológicos.”
O mau trato infantil, a violência conjugal e o mau trato ao idoso, são consideradas para
Alarcão (2002, pp. 299-305) como violência familiar de abuso crónico, temporário ou
permanente.

Lei sobre a violação domestica praticada contra a mulher no Âmbito da lei n°29/2009

Ciclo de violência: consiste em sequência repetitiva de etapas que se caracterizam


pela acumulação de tensão, explosão de violência, verbal, moral ou física, repetindo-se
o ciclo de renovada acumulação de tensão, e consequentemente a explosão de
violência com maior intensidade e frequência, podendo muitas vezes terminar com a
morte de uma das partes

Violência: é qualquer conduta que configure retenção subtracção e destruição parcial


de objectos, documentos pessoais, instrumentos de trabalho, bens, valores e direitos
recursos económicos incluindo os destinados a satisfazerem as suas necessidades. A
violência também pode ser física psicológica, moral e sexual

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 Violência Física: qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal,
nomeadamente, bofetadas, puxar, esmurrar, empurrar, pontapé, agredir com
armas e objectos, etc.
 Violência psicológica: qualquer conduta que cause dano emocional e
diminuição do auto-estima ou que prejudique e perturbe o pleno o
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas acções ,
comportamento, crenças e decisões, mediante ameaças, constrangimentos,
humilhação , manipulação, isolamento coercivo, vigilância constante,
perseguição, contumaz, insultos, chantagem, ridicularização e exploração, ou
qualquer meio que lhe cause prejuízo a saúde psicológico e autodeterminação.
 Violência moral: qualquer conduta que configure calunia, injúria ou difamação.
 Violência sexual: qualquer conduta que constrange a participar, manter ou a
participar das relações sexuais não desejada mediante intimidações ameaças,
coacções ou uso de forca; que a induza a comercializar ou utilizar de qualquer
modo a sua sexualidade, que a imprensa de usar a qualquer método
contraceptivo ou que o force ao matrimónio, á gravidez, ao abordo mediante
coacção, chantagem suborna ou manipulação; ou que limite ou anule os seus
direitos sexuais e reprodutivo.

Violência contra Mulheres

São todos os actos perpetrados contra a mulher que lhe cause danos físicos , sexuais
psicológicos, económicos, incluindo a ameaça de tais actos, ou imposição de restrições
ou privação arbitrária das liberdades fundamentais na vida privada e publica.

A lei 29/2009 Foi determinado pela Assembleia da República nos termos da alínea c)
numero 1 do artigo 183 em conjugue no numero 1 do artigo 179, a determinar a
legislação concernente a Violação domestica praticada contra mulher, com o objectivo
de prevenir, sancionar os infractores, e prestar as mulher vitimas de violação
domestica a necessária protecção, garantir e introduzir as medidas que forneçam aos
órgãos do Estado os instrumentos necessários para a eliminação da violência
domestica. O seu objecto é a violência praticada contra mulher nas relações familiares

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domesticas que não resulte em sua morte. Ela visa em proteger a integridade física,
moral, psicológica, patrimonial e sexual da mulher, contra qualquer forma de violência
exercida pelo seu conjugue, ex-cônjuge, parceiro, ex-parceiro, namorado, ex-
namorado, e familiares

Agentes de infracção

O artigo 5 da lei 29/2009 apresenta os agentes de infracção da violência domestica


de que a violência domestica pode ser praticada:

a) Pelo homem com quem esta esteve unida por casamento;


b) Pelo homem com quem viveu ou vive de facto;
c) Pelo homem com quem tem ou teve relações amorosas;
d) Por qualquer pessoa unida com ela pelo laco de famílias.

Patente no artigo 6 da mesma lei, quanto ao requerimento do Ministério Publico


ou da Vitima, o Juiz pode decretar as seguintes medidas:

a) Aprender as armas encontrada na posse do agressor;


b) Suspensão do poder parental, tutela do agressor e curadoria no âmbito das
relações domesticas;
c) Proibição do agressor de celebrar contratos bens móveis e imóveis comuns,
salvo com a expressa autorização judicial;
d) Restituição de bens subtraído agressor a vítima, como fiel depositário
e) Prestação de caução económica mediante depósito judicial por perda e danos
de materiais decorrentes durante a prática da violação domestica
f) Garantir o regresso seguro da mulher que foi obrigada a abandonar a casa;
g) Estabelecer uma pensão provisória que corresponda a capacidade económica
do agressor e as necessidades dos alimentos;
h) Proibir o agressor de retirar os bens móveis comum para outro local.

Penas

Quanto aos crimes previstos na nesta lei apresentada assim diz o artigo 7 “aplicam-
se as penas constantes, e subsidiariamente, a lei penal geral”.

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O artigo 8 é apresentado a pena de “prestação de trabalho a favor da comunidade”
que “consiste na prestação de serviços ao Estado, a outras pessoas do direito
publico ou entidades privadas cujos fins o tribunal considere o interesse da
comunidade” e é tido como crime de desobediência previsto no código penal,
segundo o artigo 9 todo aquele condenado a prestação de serviço a favor da
comunidade :

 Que colocar se intencionalmente em condições de não poder trabalhar;


 Recusar-se sem justa causa a prestar o trabalho ou infringir grosseiramente
os deveres decorrentes da pena a que foi condenada.

E a execução penal também pode ser, provisoriamente, suspensa por motivo


grave de saúde, familiar ou profissional devidamente justificada. No que consta
no n°2 do artigo 10 não pode o período de suspensão exceder a 12 meses. No
artigo 11 n°2 as penas aplicadas aos crimes de violência domestica contra as
mulheres são elevadas de um, terço nos seus limites máximos e mínimos. Mas
de acordo com artigo 12 ela pode ser considerada atenuante nas seguintes
circunstâncias:

 ter havido actos demonstrativos de arrependimento;


 ter decorrido um período do tempo até 2 anos sobre a pratica do facto,
mantendo a pessoa agressora boa conduta.

Crime

“O crime da violência domestica é publico com as especificidades


resultantes da presente lei”(Artigo 21 da lei 29/2009).São considerados
crimes escritas crime são considerados crimes de violência domesticas no
âmbito da lei em causa as seguintes:

 Violência física simples;


 Violência física grave;
 Violência psicológicas;
 Violência moral;
 Violência social;

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 Cópula não consentida e com transmissão de doença;
 Violência patrimonial;

Procedimentos

No capitulo 4 da lei em causa é tratado os procedimentos a serem feita


nos: atendimentos; denúncia; auto de denúncia; audiência de discussão;
julgamento; notificação; comparência; representação; acusação; provas;
leitura da sentença; forma de processo; recurso (assuntos tratados dos
artigos 21 a 32 da lei em causa)

Disposições Finais

“ As disposições da presente lei aplicam se ao homem em igualdade de


circunstâncias e com as necessárias adaptações …e ter sempre em conta
a salvaguarda da família”(Artigos 31 e 32)

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CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Neste capítulo são apresentados todas opções metodológicas para a concepção da


pesquisa, desde a abordagem do problema; classificação quanto à natureza, aos
objectivos e procedimentos técnicos; método de abordagem e procedimentos; o
instrumento de recolha de dados; a população e amostra. Ademais, foram descritas as
razões que determinaram cada escolha.

3.1 Quanto a abordagem do problema


Quanto à forma de abordagem do problema a pesquisa é caracterizada como sendo
quantitativa.

Quanto à abordagem a presente pesquisa é qualitativa, por sua vez, a pesquisa


qualitativa tem por objectivo procurar compreender de forma detalhada as
características de um fenómeno social, isto é, o como e porquê do seu acontecimento na
perspectiva dos participantes (GIL, 2002: 35). Neste contexto, colheu-se as percepções
dos trabalhadores suspensos e gestores dos Recursos Humanos no que tange a
observância da legalidade.

Quanto a natureza
Quanto à natureza classifica-se como pesquisa pura, quanto aos objectivos é descritiva e
explicativa. De acordo com GERHARDT & SILVEIRA (2009: 35) a pesquisa pura
objectiva aprofundar conhecimentos contribuindo, desta feita o campo científico sem,
necessariamente ser dirigida à solução de problemas específicos.

Quanto aos objectivos

No que As pesquisas descritivas têm como objectivo primordial a descrição das


características de determinada população ou fenómeno ou, então, o estabelecimento de
relações entre variáveis e a explicativa foca-se nas causas que determinam os
procedimentos ou comportamentos de pessoas ou fenómenos (GIL, 2008: 28).

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Em relação aos procedimentos técnicos, trata-se de uma pesquisa de campo na medida
em que a revisão da literatura feita serviu de base para a interpretação de uma realidade
concreta que neste caso, tratou-se analisar as causas da falta de denúncia de casos de
violência doméstica.

3.4. Técnica e instrumentos de recolha de dados


Do ponto de vista operacional, foi adoptado como técnica de recolha de dados o
inquérito por entrevista.

Para a presente pesquisa usou-se como técnica de recolha de dados a entrevista que
ditou a utilização do guião de entrevista com questões abertas e fechadas, e um guião de
análise documental (vide nos anexos).

Técnicas de análise e processamento de dados

O método de análise e processamento de dados e a posterior interpretação dos mesmos


para o presente projecto será análise de conteúdo, na modalidade do método lógico
semântico, passando pelas seguintes fases: (i) Pré-exploração do material ou de leituras
flutuantes do corpus das entrevistas, (ii) A selecção das unidades de análise (ou
unidades de significados), (iii) O processo de categorização e subcategorização, e (iv)
Interpretação (Bardin, 1977; Campos, 2004).

O estudo podia ter sido suspenso ou interrompido no caso de ocorrência das seguintes
situações:

 Se o entrevistador demonstrasse alguma indisponibilidade;

 No caso de não haver colaboração por parte dos entrevistados;

 Não observação das normas patentes no regulamento interno do local do estudo


e do previsto no presente projecto.

 Em caso de algum fenómeno extremo.

Os resultados do presente estudo serão divulgados na Universidade Pedagógica de


Maputo e serão compartilhados com as estruturas do Bairro T3 e a respectiva esquadra
concretamente no Gabinete de Atendimento a Mulheres e Crianças Vítimas de
Violência Doméstica, em forma de monografia de licenciatura, estará disponível uma
cópia na biblioteca da UP e na internet para estudantes e outros interessados.

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Tendo em conta as questões abertas, em que os participantes apresentaram as suas
opiniões, para a sua descrição no capítulo sobre análise dos resultados as mesmas
(opiniões) são apresentadas sob forma de códigos, de modo a manter o sigilo e o
anonimato dos informantes em cumprimento dos procedimentos éticos.
Os códigos são apresentados através da combinação de letras do alfabeto e algarismos, a
primeira letra “P” significa participante, a segunda que varia de “C, CQ a SB” que
significam cidadão, chefe do Quarteirão e Secretário do Bairro prospectivamente e, por
fim os algarismos identificam cada participante, pelo que variam de 1 a 23, que
corresponde à amostra da pesquisa.

3.5. População e amostragem


Nesta secção será descrita a população e amostra que fez parte da presente pesquisa

1.3 População e amostra


Para GIL (1999: 41) “população ou universo é o conjunto de valores de uma variável
sobre a qual pretendemos tirar conclusões”.
A população para a presente pesquisa é constituída por cidadão residentes e que, por
alguma razão tiveram os seus contratos suspensos no período compreendido entre 2017-
2020.
GIL (1999: 100) define amostra como “um subconjunto do universo ou população, por
meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo ou
população”.

A pesquisa definiu o número de amostra segundo a saturação teórica. O fechamento


amostra por saturação teórica é a suspensão de inclusão de novos participantes quando
os dados obtidos passam a apresentar uma certa redundância ou repetição, não sendo
considerado relevante persistir na colecta de dados (Fontanella, Ricas, & Turato, 2008).
Neste contexto, foram entrevistados xxx elementos dentre eles, XX cidadãos, XXX
chefes do quarteirão e 1 secretário do Bairro.

Para o presente estudo o tipo de amostragem é não probabilística e sim por


conveniência. Pois foram seleccionados para fazer parte da amostra os elementos da
população de estudo (indivíduos) que estiverem disponíveis durante o processo de
recolha de dados. Para o presente estudo foram usados como técnicas de recolha de
dados, a entrevista semi-estruturada e a análise documental, pois o estudo é qualitativo e
pretendia colher opiniões e sentimentos dos funcionários e verificar a prática de

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procedimentos seus enquadramentos na legalidade. A entrevista foi aplicada aos
cidadãos, chefes dos quarteirões e chefe do Gabinete de atendimento de mulheres e
crianças vítimas de violência Doméstica.

A análise documental foi feita ao livro de registo de ocorrências de modo a verificar o


tipo de denúncias, denunciantes e o tipo de violência que ocorre.

Tabela 1: distribuição dos participantes da pesquisa.

Tipo
Quantidade
Cidadãos 15
Chefe do quarteirao 02
Secretario do Bairro 01
1. Fonte: produzida pela autora da pesquisa.

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Bibliografia

Código Penal Lei n. 24/2019 de Dezembro.


Compilação de legislação sobre
menores e violência domestica/ 3 edição revista e ampliada, autor: DAFMVV-
Comando Geral da PRM.
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