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A Falta de Denúncia do Crime de Violência Doméstica em Moçambique: Caso do


Bairro de T.3 no Município da Matola no período de 2020 a 2021.

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2022
XXXX

A Falta de Denúncia do Crime de Violência Doméstica em Moçambique: Caso do


Bairro de T.3 no Município da Matola no período de 2020 a 2021.

Licenciatura em Direito

Monografia de licenciatura a ser apresentada


ao Departamento de Direito, Faculdade de
Ciências Sociais e Filosofia para efeitos de
avaliação como requisito parcial para a
obtenção do grau académico de licenciatura
em Direito.

Supervisor:

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2022
Introdução

O presente projecto de monografia científica tem por objectivo debruçar sobre o tema: A
Falta de Denúncia do Crime de Violência Doméstica em Moçambique: Caso do Bairro
de T.3 no Município da Matola no período de 2020 a 2021.

A questão da violência contra a mulher é um problema internacional e que não começou hoje
e constitui uma das principais barreiras ao esforço da humanidade, na construção de um
mundo de harmonia, amor, fraternidade e respeito pela igualdade de direitos entre homens e
mulheres, num contexto de famílias estáveis, que sejam de facto, bases sólidas que promovem
e sustentam o desenvolvimento dos países. Como resultado de uma consciencialização
crescente sobre a gravidade do fenómeno da violência contra a mulher, registam-se já a nível
universal, um amplo movimento e diversas medidas e acções com vista a prevenir e combater
este fenómeno, levando as sociedades para uma convivência de paz , progresso e justiça
social.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), (2002:5), a violência é tida no geral como
o uso intencional da força física ou do poder, real ou ameaça, contra si próprio, contra outra
pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de
resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação.

Em Moçambique e noutros países da África é frequente ver nos noticiários matéria ligada à
violência domestica, apesar de existir nestes países um quadro constitucional e legal que veio
introduzir vários mecanismos de protecção dos direitos humanos, em especial de protecção
dos direitos das mulheres e crianças uma vez que estas são as maiores vítimas. Por seu turno,
em Moçambique a violência contra a mulher é encarada como um dos problemas mais graves
do país e uma das mais sérias barreiras ao seu desenvolvimento. Na essência e em termos
estruturais, a violência contra a mulher resulta das desigualdades de poderes entre mulheres e
homens nas diferentes faixas etárias, nas relações familiares, comunitárias, assim como nos
domínios social, económico, cultural, religioso e político.

A violência contra a mulher são todos os actos perpetrados contra a mulher e que causem, ou
que sejam capazes de causar danos físicos, sexuais, psicológicos e outros, incluindo a ameaça

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de tais actos, a imposição de restrições ou a privação arbitrária das liberdades fundamentais na
vida privada e pública (Fórum Mulher, 2007).

Também, temos consciência de que o homem e a mulher são seres onde as emoções, como o
amor, a alegria, a tristeza, o ódio, a raiva são uma constante e misturam-se de tal forma que
muitas vezes se torna difícil definir os sentimentos que nutrem uns pelos outros. Todo e
qualquer acto de violência doméstica não tem apenas consequências nefastas nas vítimas,
pois, o próprio agressor é muitas vezes vítima das suas próprias acções. Da mesma maneira,
os filhos que assistem aos actos e por vezes interferem em defesa da mãe, sofrem quer física
quer psicologicamente, tendo repercussões na sua vida futura.

Actualmente nos deparamos com várias situações familiares onde a violência doméstica
predomina, estando muitas vezes associada a outras problemáticas, como a instabilidade
profissional, económica, ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, ao ciúme, ao exercício
do poder, à infidelidade conjugal, entre outras.

No entanto e apesar de estatisticamente se associar a violência doméstica a agregados de


estratos sociais mais desfavorecidos, este é um fenómeno transversal a toda e qualquer pessoa
independentemente da idade, sexo, estrato social, convicção política e religiosa. Um problema
tão complexo quanto o da violência doméstica exige, uma aprendizagem constante, não só dos
motivos que levam as pessoas a atitudes agressivas ou conformistas, como também do
conhecimento aprofundado das emoções que estas (vítimas e agressores) experimentam e da
forma como podem aprender a controlá-las.

ʽʽA intervenção dos técnicos de saúde e da Polícia deve ter em conta que para se obterem
mudanças no sistema familiar, cada um dos elementos tem que obrigatoriamente proceder a
transformações pessoais (Alarcão, 2002, p. 316).

Neste sentido, exige também dos técnicos uma sensibilidade maior para a complexidade do
problema bem como uma actuação mais humanizada e não tanto institucional. O problema da
violência doméstica sendo actualmente considerado como um crime público, deve ser
assumido como responsabilidade de toda a comunidade e não apenas de alguns serviços
interventores. Os técnicos que efectuam o acompanhamento de pessoas vítimas de violência
doméstica confrontam-se com factos que sendo reais, provocam-lhes diferentes reacções.

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Também estes são pessoas com crenças, valores e ideias de família que muitas vezes sentem
como postos em causa.

Contextualização

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a violência doméstica como um problema


de saúde pública, pois esta tem efeitos não só sobre a integridade física mas também na saúde
mental das vítimas. É habitual abrir o jornal e encontrar artigos que referenciam episódios de
violência doméstica que retratam a dimensão de um problema que assola a sociedade em que
vivemos.

Quando se analisa a história familiar de pessoas que vivem situações de violência, há


normalmente episódios semelhantes, que nos fazem pensar num processo “hereditário”. A
verdade é que o indivíduo sentindo-se vítima da sociedade em geral, com baixa auto-estima,
vai procurar exercer poder sobre os mais fracos, tentando criar uma identidade que lhe
permita saber quem é e o que fazer.

Espera-se que com a presente pesquisa, se possa ter uma visão clara sobre: A falta de
denúncia do crime de Violência Doméstica em Moçambique: Caso do Bairro de T.3 no
Município da Matola: e que o estudo seja de grande ajuda no nosso contexto moçambicano.

Justificativa

Para compreendermos o fenómeno Vítimas de Violência Domestica: Caso do Bairro de T.3


no Município da Matola, Província de Maputo, precisamos ter em conta os seguintes
aspectos:

Todo o casal é composto por três elementos: eu, tu e nós. Cada elemento, o eu e o tu, que
formam o casal possui sentimentos, desejos, valores, atitudes, comportamentos individuais,
correspondentes às características físicas, cognitivas, emocionais e morais. O nós corresponde
ao projecto conjunto do casal, às suas histórias familiares, à comunidade e sociedade
envolventes. Assim, considerando todos estes factores o casal tem que procurar a sua
identidade, partilhando e negociando posições, na procura de um modelo comunicacional
favorável a uma relação positiva.

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É nesta procura de equilíbrio que muitas vezes o casal assume duas posições a de dominador e
a de dominado. Nalguns casais, o elemento dominado apresenta-se com um modelo de
vinculação insegura, ansiosa e de dependência, enquanto o dominador se apresenta como
prestador de cuidados e detentor do poder, não sendo viável a oscilação de
complementaridade, pois ambos desde sempre assumiram estes papéis. Noutros casais,
dominador e dominado, foram ao longo da sua vida, em diferentes contextos, desenvolvendo
o papel de vitimador e vitima e enquanto casal desenvolvem este estilo comunicacional,
gerando situações de violência que perpetuam a relação.

É importante não esquecer que o poder da vítima é muito grande e, normalmente, é aquele
que ela sabe ter. Razão pela qual dele não quer desfazer-se prefere viver no conformismo.

Problematização

Com a emancipação da mulher e a sua colocação em patamares profissionais idênticos ao do


homem, a família moderna confronta-se com a necessidade de resolver conflitos onde os
interesses da família e os interesses individuais colidem. Podemos dizer que a igualdade
sexual não é apenas um princípio fundamental da democracia. Também é relevante para a
felicidade e para a realização das pessoas.

A realização profissional quer da mulher quer do homem torna-se numa competição, onde a
família e os seus interesses colectivos, de afectividade, de partilha e privacidade são motivo
de conflitos. A igualdade de género não é só defendida em espaço profissional como também
em espaço familiar. A divisão de tarefas domésticas coloca todos os elementos do núcleo
familiar em igualdade de circunstâncias, no entanto, ainda é à mulher que se atribui essa
responsabilidade e se espera a concretização dessas tarefas.

Com as transformações sociais que as famílias têm sofrido, com problemas ligados à
igualdade de direitos também se traduz na participação do pai em situações que dizem
respeito aos filhos e que anteriormente apenas eram tidas como competência da mãe,
nomeadamente, o acompanhamento ao médico, na escola, nos estudos, nas fraldas, biberões,
as noites em claro. São mudanças que obrigam o casal a uma reorganização pelo crescimento
da família e que por vezes é foco de tensão e de conflitos.

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Por isso, que se levanta a seguinte questão de pesquisa: Quais são os motivos que fazem
com que haja fraca denúncia do crime de Violência Doméstica: Caso do Bairro de T.3
no Município da Matola?

Objectivos

Objectivo Geral

 Analisar as causas da falta de denúncia do crime de violência doméstica em no Bairro


de T.3 Município da Matola no período de 2020 a 2021.Objectivos Específicos

Objectivos específicos

 Descrever numa perspectiva teórica o fenómeno de Violência Doméstica


 Reflectir sobre as causas que influenciam a falta de denúncia por parte das Vítimas de
Violência Doméstica
 Explicar as Consequências de Violência Doméstica para as comunidades.

Revisão de Literatura

Conceito e formas de violência


Para existir violência tem que existir um vitimador, uma vítima e o exercício de poder através
do uso da força como nos refere Alarcão. O uso da força poderá revestir formas como a força
física, a força psicológica, a económica e política, sendo sempre, utilizada como um método
de resolução de conflitos interpessoais.
Apresenta-nos também a distinção entre comportamento violento e comportamento agressivo,
sendo que no primeiro o vitimador não tem como intenção magoar a vítima e no
comportamento agressivo o objectivo é fazer mal à outra pessoa. Pessoas com comportamento
violento pretendem que, através do uso da força, o outro se submeta à sua pessoa, seja quem
ele quer, se vergue ao seu poder. Goleman refere-nos que hoje assistimos a um crescendo de
notícias de violência “que retratam um aumento da inépcia emocional, do desespero, da
inquietação das nossas famílias, nas nossas comunidades, nas nossas vidas colectivas” (1997,
p. 18-19).
As crianças têm hoje por companhia a televisão, os jogos interactivos, mais do que uma
família protectora, têm uma família que abandona, negligencia ou maltrata, porque também o
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casal assim se relaciona entre eles. “É uma doença emocional que se espalha e que pode ser
lida nos números que mostram um aumento das depressões por todo o mundo, e nas provas de
uma crescente onda de agressão.
Maus tratos emocionais, dispara de passagem (do interior de automóveis) e estress pós-
traumático são expressões que entraram para o nosso léxico comum ao longo da última
década. Decorrente de diferentes estudos científicos, Goleman refere-nos que as posições
éticas que tomamos ao longo da vida são decorrentes da capacidade emocional que está
subjacente.
Mas a violência pode-se traduzir de formas variadas, por exemplo, na Ásia, o número de
mulheres é consideravelmente inferior ao dos homens, isto porque, são mortas através do
aborto selectivo, discriminação de tratamento em matéria de saúde, alimentação e higiene e
pela sobre mortalidade feminina na infância.
Esta situação ocorre pelo reduzido número de filhos e pela preferência por filhos homens que
prevalece em alguns países asiáticos. Ter uma filha é, como diz o ditado chinês, “cultivar o
campo de outrem”, ou como dizem os indianos “é regar o jardim do vizinho” (Attané, 2007,
p. 40).
Na China, a rapariga vive e é sustentada pelos pais até ao dia do casamento, altura em que vai
viver para casa do marido e trabalha para a família do seu marido, deixa, inclusive, de ter
obrigações para com os seus pais.
Na Palestina, as mulheres são consecutivamente violadas pelos maridos, cunhados, sogros e
irmãos, não apresentando queixa, por um lado, porque muitas dependem economicamente
desses elementos e por outro lado porque arriscam a própria vida (Le Bars, 2007, pp. 72-76).
Estas situações que muitas vezes terminam em tentativas ou mesmo homicídios, são
decorrentes de costumes sociais em vigor na maior parte das sociedades e comunidades
patriarcais, isto é, no âmbito de sistemas em que a mulher não é mais do que um objecto
pertencente aos homens. No Irão, em 2004 uma criança de 13 anos de idade foi condenada à
morte por lapidação, o crime cometido foi adultério com o seu irmão de 15 anos. Esta pena
por lapidação funciona como controle social e sexual nas mulheres por parte de quem exerce
o poder, os homens.
Na Índia, são “as leis pessoais” que definem o que fazer em situações de divórcio,
casamentos, pensões de alimentos, adopção, heranças e tudo quanto diz respeito à família.
“Na ausência de refutação, a lei parte do princípio de que a religião de uma pessoa é a da
família e da comunidade em que nasceu.” E assim, se tomam decisões, normalmente contra a

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mulher, mesmo quando ela é a própria vítima da situação em julgado, mas em defesa da honra
da família (Khan, 2007, p. 120).
No México, uma série de homicídios a jovens entre os 13 e 22 anos que iniciaram em 1993,
deram origem ao termo “feminicidio”, antes de serem mortas, estas jovens eram raptadas,
maltratadas e violadas. Este fenómeno poderá estar na origem de uma máfia que comemora os
resultados favoráveis do tráfico de droga matando mulheres.
Em 1993, a Declaração sobre a Eliminação da Violência contra as Mulheres veio definir a
violência sexista como: “A expressão “violência contra as mulheres” designa todos os actos
de violência dirigidos contra o sexo feminino e que causem ou possam causar às mulheres
danos ou sofrimentos físicos, sexuais ou psicológicos, inclusivamente a ameaça de tais actos,
a coacção ou privação arbitrária de liberdade, na vida pública como na vida privada.”
Uma definição tão abrangente quanto é possível englobar maus-tratos infligidos no mundo,
como sejam, as violações dos direitos das mulheres em contexto de guerra, a escravidão
sexual e gravidez forçada, os maus tratos físicos, sexuais e psicológicos em família, as
mutilações sexuais, o assédio sexual e o tráfico de mulheres.
Em Junho do mesmo ano na Conferência Mundial sobre os Direitos do Homem que teve lugar
em Viena, veio ajudar a definir o conjunto dos maus tratos que ocorrem no mundo,
nomeadamente “(...) as violações dos direitos das mulheres em situações de conflito armado,
inclusive a violação sistemática, a escravidão sexual e a gravidez forçadas; os maus tratos
físicos, sexuais e psicológicos praticados no seio da família, inclusivamente os que se
encontram ligados ao dote e à violação conjugal; as mutilações sexuais, o assédio sexual, a
exploração e o tráfico de mulheres.” (Treiner, 2007, p. 12).
Em Janeiro de 2005 as Nações Unidas tornaram púbico os “Objectivos de Desenvolvimento
do Milénio”, onde consta que mulheres e crianças têm que estar protegidas da violência para
poderem ter uma vida produtiva.

2 – Conceito de violência doméstica


Definir o conceito de violência doméstica não é pacífico, ou a violência doméstica tem que
ser analisada considerando o contexto social, económico, político e até religioso em que se
insere. A definição mais genérica de uso de força, seja física, psicológica, económica ou
política tornou este assunto numa preocupação social.
A violência doméstica é definida como abrangendo situações de violência física e sexual, tais
como empurrões, beliscões, cuspidelas, pontapés, espancamentos, murros estrangulamentos,

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queimaduras, agressões com objectos, esfaqueamentos, uso de água a ferver, ácido e fogo.
Um pequeno incidente pode aumentar de frequência e intensidade podendo levar à própria
morte (SILVA, 2002, p.298).
Mas pode também ser usada para definir a violência psicológica e mental, nomeadamente
agressões verbais repetidas, perseguições, clausura e privação de recursos físicos, financeiros
e pessoais e o contacto com os amigos e familiares.
Num sentido mais abrangente, a violência doméstica engloba não só uma violação em que a
vítima e o agressor já tiveram um relacionamento, mas também o abuso de crianças, violência
entre irmãos e meios-irmãos, abuso ou negligência de idosos por parte dos filhos.
Vários fenómenos sociais contribuíram para o surgimento do conceito. De todos destacamos
as alterações dos papéis sociais das mulheres com a entrada em força no mundo do trabalho, a
opção de casar mais tarde e de escolher o número de filhos a conceber.
Para Gonçalves (2004, p. 2) a diferencia violência conjugal de violência doméstica. Para
violência conjugal considera actos agressivos graves, que são infligidos conscientemente, por
um elemento do casal ao outro elemento, podendo traduzir-se em agressões físicas,
psicológicas, sociais ou económicos, podendo culminar no homicídio. Quanto à violência
doméstica, violência familiar ou maus tratos familiares, refere-a como decorrendo das
dinâmicas familiares, podendo afectar outros elementos da família restrita ou alargada e
ocorrer no período pré-matrimonial ou de união de facto ou em fase de ruptura.
O termo violência doméstica identifica o local do acto “dentro de uma relação marital ou de
coabitação íntima, em casa. O termo violência (…) é usado porque não é uma questão de
argumentos menores, “disputas” mas é intencional, hostil, com actos agressivos, físicos ou
psicológicos.”
O mau trato infantil, a violência conjugal e o mau trato ao idoso, são consideradas para
Alarcão (2002, pp. 299-305) como violência familiar de abuso crónico, temporário ou
permanente.

Enquadramento legal da violência doméstica e lei n°29/2009

A Lei Sobre a Violência Doméstica Praticada Contra a Mulher, Lei nº 29/2009, de 29 de


Setembro, surge na senda do compromisso assumido pelo Estado moçambicano no concerto
das nações, ao ratificar, dentre vários instrumentos internacionais, a Convenção sobre a
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação da Mulher, através da Resolução nº 4/93,
de 2 de Junho; o Protocolo Opcional à Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de
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Discriminação contra as Mulheres, pela Resolução nº 3/2008, de 30 de Maio, bem assim
como o Protocolo à Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos relativo aos Direitos
da Mulher em África, através da Resolução nº 28/2005, de 30 de Maio1.

De acordo com a, Lei nº 29/2009 a Violência: é qualquer conduta que configure retenção
subtracção e destruição parcial de objectos, documentos pessoais, instrumentos de trabalho,
bens, valores e direitos recursos. Pelo que o ciclo de violência: consiste em sequência
repetitiva de etapas que se caracterizam pela acumulação de tensão, explosão de violência,
verbal, moral ou física, repetindo-se o ciclo de renovada acumulação de tensão, e
consequentemente a explosão de violência com maior intensidade e frequência, podendo
muitas vezes terminar com a morte de uma das partes

económicos incluindo os destinados a satisfazerem as suas necessidades. A violência também


pode ser física psicológica, moral e sexual. Como se pode observar abaixo, entende-se que a:

 Violência Física: qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal,


nomeadamente, bofetadas, puxar, esmurrar, empurrar, pontapé, agredir com armas e
objectos, etc.
 Violência psicológica: qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição do
auto-estima ou que prejudique e perturbe o pleno o desenvolvimento ou que vise
degradar ou controlar suas acções, comportamento, crenças e decisões, mediante
ameaças, constrangimentos, humilhação, manipulação, isolamento coercivo, vigilância
constante, perseguição, contumaz, insultos, chantagem, ridicularização e exploração,
ou qualquer meio que lhe cause prejuízo a saúde psicológico e autodeterminação.
 Violência moral: qualquer conduta que configure calunia, injúria ou difamação.
 Violência sexual: qualquer conduta que constrange a participar, manter ou a participar
das relações sexuais não desejada mediante intimidações ameaças, coacções ou uso de
forca; que a induza a comercializar ou utilizar de qualquer modo a sua sexualidade,
que a imprensa de usar a qualquer método contraceptivo ou que o force ao
matrimónio, á gravidez, ao abordo mediante coacção, chantagem suborna ou
manipulação; ou que limite ou anule os seus direitos sexuais e reprodutivo.

Violência contra Mulheres


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Aplicação da lei de violência doméstica em Moçambique: constrangimentos institucionais e
culturais A experiência dos Tribunais | WLSA Moçambique
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A violência contra a mulher é entendida como sendo todos os actos perpetrados contra a
mulher que lhe cause danos físicos, sexuais psicológicos, económicos, incluindo a ameaça de
tais actos, ou imposição de restrições ou privação arbitrária das liberdades fundamentais na
vida privada e pública.

A lei 29/2009 foi determinada pela Assembleia da República nos termos da alínea c) numero
1 do artigo 183 em conjugue no número 1 do artigo 179, a determinar a legislação
concernente a Violação domestica praticada contra mulher, com o objectivo de prevenir,
sancionar os infractores, e prestar as mulher vitimas de violação domestica a necessária
protecção, garantir e introduzir as medidas que forneçam aos órgãos do Estado os
instrumentos necessários para a eliminação da violência domestica. O seu objecto é a
violência praticada contra mulher nas relações familiares domésticas que não resulte em sua
morte. Ela visa em proteger a integridade física, moral, psicológica, patrimonial e sexual da
mulher, contra qualquer forma de violência exercida pelo seu conjugue, ex-cônjuge, parceiro,
ex-parceiro, namorado, ex-namorado, e familiares

Agentes de infracção

O artigo 5 da lei 29/2009 apresenta os agentes de infracção da violência doméstica de que a


violência doméstica pode ser praticada:

a) Pelo homem com quem esta esteve unida por casamento;


b) Pelo homem com quem viveu ou vive de facto;
c) Pelo homem com quem tem ou teve relações amorosas;
d) Por qualquer pessoa unida com ela pelo laço de famílias.

Patente no artigo 6 da mesma lei, quanto ao requerimento do Ministério Publico ou da


Vitima, o Juiz pode decretar as seguintes medidas:

a) Aprender as armas encontrada na posse do agressor;


b) Suspensão do poder parental, tutela do agressor e curadoria no âmbito das relações
domésticas;
c) Proibição do agressor de celebrar contratos bens móveis e imóveis comuns, salvo com
a expressa autorização judicial;
d) Restituição de bens subtraído agressor a vítima, como fiel depositário

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e) Prestação de caução económica mediante depósito judicial por perda e danos de
materiais decorrentes durante a prática da violação domestica;
f) Garantir o regresso seguro da mulher que foi obrigada a abandonar a casa;
g) Estabelecer uma pensão provisória que corresponda a capacidade económica do
agressor e as necessidades dos alimentos;
h) Proibir o agressor de retirar os bens móveis comum para outro local.

Os crimes

Reconhecendo a necessidade de um especial tratamento penal da violência praticada contra a


mulher1 nas relações domésticas e familiares, da qual não resulte a morte da vítima, dadas as
especificidades que o fenómeno comporta, o Estado moçambicano, ao instituir a Lei nº
29/2009, de 29 de Setembro, tipificou as diferentes formas de violência no capítulo III, tendo
consagrado os seguintes tipos:
 Violência física simples;
 Violência física grave;
 Violência psicológicas;
 Violência moral;
 Violência social;
 Cópula não consentida e com transmissão de doença;
 Violência patrimonial.

Em função da gravidade das especificidades de cada tipo legar de violência terá uma pena a
medida.

Das penas

Quanto aos crimes previstos nesta lei apresentada assim diz o artigo 7 “aplicam-se as penas
constantes, e subsidiariamente, a lei penal geral”.

No artigo 8 é apresentada a pena de “prestação de trabalho a favor da comunidade” que


“consiste na prestação de serviços ao Estado, a outras pessoas do direito publico ou entidades
privadas cujos fins o tribunal considere do interesse da comunidade” e é tido como crime de
desobediência previsto no código penal, segundo o artigo 9 todo aquele condenado a
prestação de serviço a favor da comunidade :
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 Que colocar se intencionalmente em condições de não poder trabalhar;
 Recusar-se sem justa causa a prestar o trabalho ou infringir grosseiramente os
deveres decorrentes da pena a que foi condenada.

E a execução penal também pode ser, provisoriamente, suspensa por motivo grave de saúde,
familiar ou profissional devidamente justificada.

No n°2 do artigo 10 não pode o período de suspensão exceder a 12 meses. No artigo 11 n°2 as
penas aplicadas aos crimes de violência doméstica contra as mulheres são elevadas de um
terço nos seus limites máximos e mínimos. Mas de acordo com artigo 12 ela pode ser
considerada atenuante nas seguintes circunstâncias:

 Ter havido actos demonstrativos de arrependimento;


 Ter decorrido um período do tempo até 2 anos sobre a prática do facto,
mantendo a pessoa agressora boa conduta.

Procedimentos

No capitulo 4 da lei em causa é tratado os procedimentos a serem feita nos: atendimentos;


denúncia; auto de denúncia; audiência de discussão; julgamento; notificação; comparência;
representação; acusação; provas; leitura da sentença; forma de processo; recurso (assuntos
tratados dos artigos 21 a 32 da lei em causa).

CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Neste capítulo são apresentados todas opções metodológicas para a concepção da pesquisa,
desde a abordagem do problema; classificação quanto à natureza, aos objectivos e
procedimentos técnicos; método de abordagem e procedimentos; o instrumento de recolha de
dados; a população e amostra. Ademais, foram descritas as razões que determinaram cada
escolha.

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3.1 Quanto a abordagem do problema
Quanto à forma de abordagem do problema a pesquisa é caracterizada como sendo
quantitativa.

Quanto à abordagem a presente pesquisa é qualitativa, por sua vez, a pesquisa qualitativa tem
por objectivo procurar compreender de forma detalhada as características de um fenómeno
social, isto é, o como e porquê do seu acontecimento na perspectiva dos participantes (GIL,
2002: 35). Neste contexto, colheu-se as percepções dos trabalhadores suspensos e gestores
dos Recursos Humanos no que tange a observância da legalidade.

Quanto a natureza
Quanto à natureza classifica-se como pesquisa pura, quanto aos objectivos é descritiva e
explicativa. De acordo com GERHARDT & SILVEIRA (2009: 35) a pesquisa pura objectiva
aprofundar conhecimentos contribuindo, desta feita o campo científico sem, necessariamente
ser dirigida à solução de problemas específicos.

Quanto aos objectivos

No que As pesquisas descritivas têm como objectivo primordial a descrição das características
de determinada população ou fenómeno ou, então, o estabelecimento de relações entre
variáveis e a explicativa foca-se nas causas que determinam os procedimentos ou
comportamentos de pessoas ou fenómenos (GIL, 2008: 28).
Em relação aos procedimentos técnicos, trata-se de uma pesquisa de campo na medida em que
a revisão da literatura feita serviu de base para a interpretação de uma realidade concreta que
neste caso, tratou-se analisar as causas da falta de denúncia de casos de violência doméstica.

Técnica e instrumentos de recolha de dados


Do ponto de vista operacional, foi adoptado como técnica de recolha de dados o inquérito por
entrevista.

Para a presente pesquisa usou-se como técnica de recolha de dados a entrevista que ditou a
utilização do guião de entrevista com questões abertas e fechadas, e um guião de análise
documental (vide nos anexos).

Técnicas de análise e processamento de dados

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O método de análise e processamento de dados e a posterior interpretação dos mesmos para o
presente projecto será análise de conteúdo, na modalidade do método lógico semântico,
passando pelas seguintes fases: (i) Pré-exploração do material ou de leituras flutuantes do
corpus das entrevistas, (ii) A selecção das unidades de análise (ou unidades de significados),
(iii) O processo de categorização e subcategorização, e (iv) Interpretação (Bardin, 1977;
Campos, 2004).

O estudo podia ter sido suspenso ou interrompido no caso de ocorrência das seguintes
situações:

 Se o entrevistador demonstrasse alguma indisponibilidade;

 No caso de não haver colaboração por parte dos entrevistados;

 Não observação das normas patentes no regulamento interno do local do estudo e do


previsto no presente projecto.

 Em caso de algum fenómeno extremo.

Os resultados do presente estudo serão divulgados na Universidade Pedagógica de Maputo e


serão compartilhados com as estruturas do Bairro T3 e a respectiva esquadra concretamente
no Gabinete de Atendimento a Mulheres e Crianças Vítimas de Violência Doméstica, em
forma de monografia de licenciatura, estará disponível uma cópia na biblioteca da UP e na
internet para estudantes e outros interessados.

Tendo em conta as questões abertas, em que os participantes apresentaram as suas opiniões,


para a sua descrição no capítulo sobre análise dos resultados as mesmas (opiniões) são
apresentadas sob forma de códigos, de modo a manter o sigilo e o anonimato dos informantes
em cumprimento dos procedimentos éticos.
Os códigos são apresentados através da combinação de letras do alfabeto e algarismos, a
primeira letra “P” significa participante, a segunda que varia de “C, CQ a SB” que significam
cidadão, chefe do Quarteirão e Secretário do Bairro prospectivamente e, por fim os algarismos
identificam cada participante, pelo que variam de 1 a 23, que corresponde à amostra da
pesquisa.

População e amostragem
Nesta secção será descrita a população e amostra que fez parte da presente pesquisa

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População e amostra
Para GIL (1999: 41) “população ou universo é o conjunto de valores de uma variável sobre a
qual pretendemos tirar conclusões”.
A população para a presente pesquisa é constituída por cidadão residentes e que, por alguma
razão tiveram os seus contratos suspensos no período compreendido entre 2017-2020.
GIL (1999: 100) define amostra como “um subconjunto do universo ou população, por meio
do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população”.

A pesquisa definiu o número de amostra segundo a saturação teórica. O fechamento amostra


por saturação teórica é a suspensão de inclusão de novos participantes quando os dados
obtidos passam a apresentar uma certa redundância ou repetição, não sendo considerado
relevante persistir na colecta de dados (Fontanella, Ricas, & Turato, 2008). Neste contexto,
foram entrevistados 20 elementos dentre eles 15 cidadãos, 4 chefes do quarteirão e 1
secretário do Bairro.

Para o presente estudo o tipo de amostragem é não probabilística e sim por conveniência. Pois
foram seleccionados para fazer parte da amostra os elementos da população de estudo
(indivíduos) que estiverem disponíveis durante o processo de recolha de dados. Para o
presente estudo foram usados como técnicas de recolha de dados, a entrevista semi-
estruturada e a análise documental, pois o estudo é qualitativo e pretendia colher opiniões e
sentimentos dos funcionários e verificar a prática de procedimentos seus enquadramentos na
legalidade. A entrevista foi aplicada aos cidadãos, chefes dos quarteirões e chefe do Gabinete
de atendimento de mulheres e crianças vítimas de violência Doméstica.

A análise documental foi feita ao livro de registo de ocorrências de modo a verificar o tipo de
denúncias, denunciantes e o tipo de violência que ocorre.

Tabela 1: distribuição dos participantes da pesquisa.

Tipo
Quantidade
Cidadãos 15
Chefe do quarteirao 04
Secretario do Bairro 01
1. Fonte: produzida pela autora da pesquisa.

15
Apresentação e análise dos resultados

16
Bibliografia da monografia

Referencias bibliográficas consultadas na internet

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limitações de amostras por conveniência, julgamentos e quotas. FECAP, Vol. 2, nr.3,
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eaesp.fgv.br/sites/gvpesquisa.fgv.br/files/arquivos/veludo_-
_amostragem_nao_probabilistica_adequacao_de_situacoes_para_uso_e_limitacoes_de_amo
stras_por_conveniencia.pdf consultado em 09 de Julho de 2020.

SILVEIRA, D. & Córdova, F. A pesquisa científica. In T. E. Gerhardt & D. T. Silveira (Eds.),


Métodos de Pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009, pp. 31-42. [online]
Disponível na internet via: http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad005.pdf
consultado em 11 de Dezembro de 2016.

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ras_por_conveniencia.pdf consultado em 09 de Julho de 2020.

LEGISLAÇÃO

Lei n. 25/2019 de 25 de Dezembro/ código de processo penal.

Lei n. 19/2019 de 22 de Outubro lei de prevenção e combate as uniões prematuras.

Lei nº 29/2009, de 29 de Setembro. Outras Vozes, Maputo, vol. 6, nº 41, p. 24-29, 2013.

Código Penal Lei n. 24/2019 de Dezembro.

Compilação de legislação sobre menores e violência domestica/ 3 edição revista e ampliada,


autor: DAFMVV-Comando Geral da PRM.

Lei n. 03/2014 de 05 de Fevereiro, Lei de prevenção e protecção dos direitos da pessoa idosa.

MANUIS

Afrontamento. 2004.
17
ALARCÃO, M. (des) Equilíbrios familiares. Coimbra: Quarteto. 2002.
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CÁRTER, B. M, Mónica & Colaboradores As Mudanças no Ciclo de
COSTA, M. E. & DUARTE, C. Violência familiar. Porto: Âmbar. 2000.
DE OLIVEIRA, T. M. V. Amostragem não Probabilística: adequação de situações para uso
e limitações de amostras por conveniência, julgamentos e quotas. FECAP, Vol. 2, nr.3.

DIAS, I.. Violência na Família. Uma abordagem Sociológica. Porto:


Direcção Geral de Saúde. 2003.
ESTEVES, A. J. A família numa sociedade em mudança. Revista
Estratégias de Combate à Violência Doméstica. Manual de recursos, Lisboa:
FELIX, J. Mulheres Maltratadas Pelo Cônjuge ou Companheiro: Vítimas de Crime. In
Espaço S: Revista de Educação Social 0, 37-45. 1998.
FERNANDEZ, M. & R., J.C. Ciudad Juárez, Capital do feminicidio. In O Livro Negro da
Condição das Mulheres, ( pp. 130-141) Braga: Tilgráfica, SA. 2007.
FILLIOZAT, I. No coração das Emoções das Crianças. Cascais:
FLANDRIN, J. L. Famílias: parentesco, casa e sexualidade na sociedade antiga. Lisboa,
Estampa. 1992

GIL, A. C. Como elaborar projectos de pesquisa. 4ª Edição. São Paulo: Editora Atlas. 2002.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª Edição. São Paulo: Editora Atlas
S.A.1999.

LAKATOS, E. M; & MARCONI, M. A. Fundamentos de Metodologia Cientifica. 5ª Edição.


São Paulo: Atlas. 2003.

LAKATOS, E. M; & MARCONI, M. A. Metodologia Científica. 2ª Edição. São Paulo:


Atlas.1991.

LAKATOS, E. M; & MARCONI, M. A. Metodologia Científica. 3ª Edição. São Paulo:


Atlas.1995.

Pergaminho. 1999.
Sociologia, 1, 79-100. 1991.
Vida Familiar. Uma estrutura para a terapia familiar. Porto Alegre. 1995.

18
APÊNDICES

19
APÊNDICE 1: GUIÃO DE ENTREVISTA PARA OS MUNÍCIPES DO BAIRRO T3

A presente entrevista enquadra-se na realização da pesquisa intitulada: a falta de denúncia do


crime de violência doméstica em Moçambique: caso do bairro T3 município da Matola no
período de 2020-2021.

Assim, pretende-se colher a sua opinião para melhor compreensão sobre o fenómeno em
estudo ao nível do Bairro T3.

Importa destacar que as informações colhidas, através desta entrevista, destinam-se a questões
meramente académicas (monografia para a conclusão do curso de licenciatura em Direito na
Universidade Pedagógica de Maputo) e serão tratadas na estrita garantia dos princípios éticos
da pesquisa (sigilo e anonimato dos participantes).
I. Perfil social do munícipe (A)
1.1.Faixa etária (assinale com X no quadradinho correspondente)
18 - 28 29 - 39 40 - 50 51 - 61 62 - 72 > 72

1.2.Sexo (assinale com X no quadradinho correspondente)


Masculino
Feminino 1.3.Quais são as suas habilitações literárias? (assinale com x no
espaço correspondente as suas habilitações)
Nenhu Menos ou = 10 12 Básico Médi Bachar Licenciad Mestrad Doutorad
m 7ª ª ª o el o o o

1.4. Qual é a sua religião

Nenhuma Cristã Islâmica Indú Outra (qual)

1.5. Qual o seu grupo étnico______________________________________

II- Sobre o conhecimento de violência doméstica

2.1. O que entende por violência doméstica?

2.2. Aqui no Bairro de T3 ocorrem casos de violência domestica ou não?

2.3. Na sua opinião o que causa a violência doméstica?

20
2.4. Das situações que tem conhecimento, descreva como ocorreram?

III. Sobre as causas da falta de denúncia a falta de denúncia da violência doméstica no


Bairro T3

3.1. Na sua opinião porque é que há falta de denúncias perante casos de violência doméstica?

3.2. Normalmente quem apresenta a denúncia quando ocorre violência domestica, as vítimas
ou outras pessoas?

3.3. Se são outras pessoas, que grau de parentesco tem com as vítimas?

IV. Sobre as consequências da falta de denúncia da violência domestica

4.1. Quais são as consequências da violência domestica?

4.2. Quais são as consequências da falta de denúncia dos casos de violência domestica?

Agradeço pela sua colaboração.

21
APÊNDICE 1: GUIÃO DE ENTREVISTA PARA O GABINETE DE ATENDIMENTO
A MULHERES E CRIANÇAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

A presente entrevista enquadra-se na realização da pesquisa intitulada: a falta de denúncia do


crime de violência doméstica em Moçambique: caso do bairro T3 município da Matola no
período de 2020-2021.

Assim, pretende-se colher a sua opinião para melhor compreensão sobre o fenómeno em
estudo ao nível do Bairro T3.

Importa destacar que as informações colhidas, através desta entrevista, destinam-se a questões
meramente académicas (monografia para a conclusão do curso de licenciatura em Direito na
Universidade Pedagógica de Maputo) e serão tratadas na estrita garantia dos princípios éticos
da pesquisa (sigilo e anonimato dos participantes).
II. Perfil social profissional
1.1.Ano de expediência na Polícia _____
1.1.Ano de expediência nano atendimento aos casos de violência doméstica_____

1.2.Sexo (assinale com X no quadradinho correspondente)


Masculino
Feminino 1.3.Quais são as suas habilitações literárias? (assinale com x no
espaço correspondente as suas habilitações)
Nenhum Menou ou = 7ª 10ª 12ª Básico Médio Bacharel Licenciado Mestrado Doutorado

II- Sobre o conhecimento de violência doméstica

2.1. Como é que a população entende o fenómeno de violência doméstica?

2.2. Aqui no Bairro de T3 ocorrem casos de violência domestica ou não?

2.3. Pela sua experiência o que causa a violência doméstica?

2.4. Pode nos contar dois casos que tenha atendido?

22
III. Sobre as causas da falta de denúncia a falta de denúncia da violência doméstica no
Bairro T3

3.1. Com base em sua experiência no atendimento porque é que há falta de denúncias perante
casos de violência doméstica?

3.2. Quando ocorrem estes casos quem apresenta a denúncia as vítimas ou outras pessoas?

3.3. Se são outras pessoas, que grau de parentesco tem com as vítimas?

3.4. O que é que a Polícia tem feito para corrigir a situação?

IV. Sobre as consequências da falta de denúncia da violência domestica

4.1. Quais são as consequências da violência domestica?

4.2. Que consequências gera a falta de denúncia dos casos de violência domestica?

Agradeço pela sua colaboração.

23
APÊNDICE 1: GUIÃO DE ENTREVISTA PARA CHEFES DO QUARTEIRÃO E
SECRETÁRIO DO BAIRRO DE T3

A presente entrevista enquadra-se na realização da pesquisa intitulada: A falta de denúncia do


crime de violência doméstica em Moçambique: caso do bairro T3 Município da Matola no
período de 2020-2021.

Assim, pretende-se colher a sua opinião para melhor compreensão sobre o fenómeno em
estudo ao nível do Bairro T3.

Importa destacar que as informações colhidas, através desta entrevista, destinam-se a questões
meramente académicas (monografia para a conclusão do curso de licenciatura em Direito na
Universidade Pedagógica de Maputo) e serão tratadas na estrita garantia dos princípios éticos
da pesquisa (sigilo e anonimato dos participantes).

III. Perfil social da estrutura só Bairro


1.1.Faixa etária (assinale com X no quadradinho correspondente)
18 - 28 29 - 39 40 - 50 51 - 61 62 - 72 > 72

1.2.Sexo (assinale com X no quadradinho correspondente)


Masculino
Feminino 1.3.Quais são as suas habilitações literárias? (assinale com x no
espaço correspondente as suas habilitações)
Nenh Menou ou = 7ª 10 12 Básico Médio Bachare Licenciad Mestrad Doutora
um ª ª l o o do

1.6. Qual é a sua religião

Nenhuma Cristã Islâmica Indú Outra (qual)

1.7. Qual o seu grupo étnico______________________________________

24
II- Sobre o conhecimento de violência doméstica

2.1. O que entende por violência doméstica?

2.2. Aqui no Bairro de T3 ocorrem casos de violência domestica ou não?

2.3. Na sua opinião o que causa a violência doméstica?

2.4. Das situações que tem conhecimento, descreva como ocorreram?

2.5. O que é que a estrutura do Bairro tem feito para prevenir a violência doméstica?

2.6. O que é que a estrutura do Bairro tem feito para encorajar a denúncia destes casos?

III. Sobre as causas da falta de denúncia a falta de denúncia da violência doméstica no


Bairro T3

3.1. Na sua opinião porque é que há falta de denúncias perante casos de violência doméstica?

3.2. Normalmente quem apresenta a denúncia quando ocorre violência domestica, as vítimas
ou outras pessoas?

3.3. Se são outras pessoas, que grau de parentesco tem com as vítimas?

IV. Sobre as consequências da falta de denúncia da violência domestica

4.1. Quais são as consequências da violência domestica?

4.2. Quais são as consequências da falta de denúncia dos casos de violência domestica?

Agradeço pela sua colaboração.

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