O documento discute a evolução da respiração nos Sauropsida. Os Sauropsida desenvolveram a locomoção bípede, diferentemente dos Synapsida. Isso permitiu que os movimentos do tronco auxiliassem na ventilação pulmonar, sem depender de um diafragma. Crocodilos modernos mostram como a locomoção e a hiperventilação ocorriam de forma integrada nos primeiros arcossauros.
O documento discute a evolução da respiração nos Sauropsida. Os Sauropsida desenvolveram a locomoção bípede, diferentemente dos Synapsida. Isso permitiu que os movimentos do tronco auxiliassem na ventilação pulmonar, sem depender de um diafragma. Crocodilos modernos mostram como a locomoção e a hiperventilação ocorriam de forma integrada nos primeiros arcossauros.
O documento discute a evolução da respiração nos Sauropsida. Os Sauropsida desenvolveram a locomoção bípede, diferentemente dos Synapsida. Isso permitiu que os movimentos do tronco auxiliassem na ventilação pulmonar, sem depender de um diafragma. Crocodilos modernos mostram como a locomoção e a hiperventilação ocorriam de forma integrada nos primeiros arcossauros.
CENTRO
DE
CIÊNCIAS
AGRÁRIAS,
AMBIENTAIS
E
BIOLÓGICAS
Os
Dinossauria
e
a
origem
das
Aves,
Evolução
e
dinâmica
do
vôo
Prof.
Marcos
R.
Rossi-‐Santos
Origem
da
aves
Uma
divisão
inicial
dos
Amniota
produziu
duas
linhagens
evolu>vas
que
incluem
a
grande
maioria
dos
vertebrados
viventes:
os
Synapsida
e
os
Sauropsida
Origem
da
aves
Os
Mamíferos
são
Synapsida
enquanto
as
tartarugas,
os
tuatara,
os
lagartos,
as
serpentes,
os
crocodilianos
e
as
aves
são
Sauropsida,
assim
como
todos
os
répteis
ex>ntos
-‐
dinossauros
Padrão
de
fenestras
temporais
Origem
da
aves
Tendências
evolu>vas
paralelas
nos
Sauropsida
e
nas
linhagens
de
Synapsida
ilustram
as
zonas
adapta>vas
que
são
disponíveis
a
amniotas
em
terra.
Ambas
as
linhagens
desenvolveram
predadores
de
movimentos
rápidos
que
perseguem
presas
em
fuga,
bem
como
presas
que
fogem
dos
predadores
correndo
rapidamente,
e
ambas
as
linhagens
incluem
espécies
capazes
de
voar.
Origem
da
aves
Em
ambas
evoluíram
o
cuidado
parental
extenso
e
comportamento
social
complexo.
Ambas
as
linhagens
>veram
membros
que
se
tornaram
endotérmicos,
enquanto
evoluíram
taxas
metabólicas
altas
e
isolamento
térmico
para
reter
calor
metabólico
no
corpo.
Origem
da
aves
Apesar
das
semelhanças
entre
os
Synapsida
e
Sauropsida,
existem
diferenças
no
modo
que
desempenham
o
conjunto
básico
de
funções,
o
que
mostra
que
esses
caracteres
derivados
evoluíram
independentemente.
Altas
taxas
metabólicas,
que
são
essenciais
para
a
corrida
con>nuada
e
o
vôo,
requerem:
-‐
pulmões
que
podem
trocar
gases
em
uma
taxa
alta,
-‐
sistema
circulatório
que
pode
transportar
rapidamente
oxigênio
e
gás
carbônico
entre
tecidos
-‐e
pulmões,
e
sistema
excretor
que
pode
dispor
de
quan>dades
grandes
de
substâncias
nitrogenadas,
ao
mesmo
tempo
em
que
conserva
água.
Origem
da
aves
As
soluções
para
esses
desafios
marcaram
as
diferenças
entre
Synapsida
e
Sauropsida
em
aspectos
gerais
de
reprodução
e
comportamento
social.
As
diferenças
em
como
os
Synapsida
e
Sauropsida
funcionam,
mostram
que
há
mais
de
um
modo
de
um
amniota
ter
sucesso
como
vertebrado
terrestre.
Locomoção
e
respiração
nos
Sauropsida
Sauropsida
encontraram
uma
solução
diferente
para
o
problema
–
evolução
de
bipedalismo,
como
visto
nos
Archossaura
derivados,
como
dinossauros
e
aves.
A
locomoção
bípede
envolve
somente
os
membros
traseiros
sem
o
movimento
do
tronco.
Locomoção
e
respiração
nos
Sauropsida
Os
Sauropsida
basais
eram
animais
quadrúpedes,
entretanto,
moviam-‐se
por
meio
de
ondulações
laterais
do
tronco,
assim
como
os
Synapsida
basais.
Em
vez
de
desenvolver
um
diafragma,
os
Sauropsida
parecem
ter
incorporado
movimentos
pélvicos
e
as
costelas
ventrais
(gastrália
-‐
formados
por
ossos
dérmicos-‐
na
ven>lação
pulmonar)
Locomoção
e
respiração
nos
Sauropsida
Os
crocodilos
atuais
oferecem
um
modelo
para
o
entendimento
dos
mecanismos
respiratórios
u>lizados
pelos
Archosauria
basais.
Os
crocodilianos
movimentam-‐se
com
ondulações
laterais
do
tronco,
mas
a
ven>lação
pulmonar
não
é
limitada
pelos
movimentos
locomotores
-‐
pelo
contrário,
os
jacarés
hiperven>lam
durante
a
locomoção.
Locomoção
e
respiração
nos
Sauropsida
Um
exame
mostra
que
os
jacarés
u>lizam
três
métodos
de
mudança
do
volume
do
tronco
para
movimentar
o
ar
para
dentro
e
para
fora
dos
pulmões:
movimento
das
costelas,
movimento
do
Wgado,
e
rotação
dos
ossos
pubianos.
Respiração
nos
Sauropsida
Ven>lar
os
pulmões
movendo
as
costelas
é
uma
caracterís>ca
primi>va
dos
amniotas,
e
a
traqueia
provavelmente
é,
também,
ancestral.
A
velocidade
e
resistência
dos
primeiros
tetrápodes
basais
minimizaram
a
importância
das
altas
taxas
Respiração
nos
Sauropsida
Respiração
nas
Aves
Respiração
nas
Aves
Os
dinossauros
Os
Theropoda
Saurischia,
as
formas
mais
próximas
das
aves,
também
possuíam
vértebras
pneumá>cas.
Os
Theropoda
basais
-‐
como
os
Sauropoda
-‐
possuíam
cavidades
com
paredes
rela>vamente
espessas
e
diversas
câmaras
internas
grandes,
mas
os
Theropoda
derivados
possuíam
cavidades
como
aquelas
das
aves
atuais,
com
paredes
finas
e
muitas
câmaras
internas.
Tendências
evoluPvas
nos
Sauropsida
para
a
endotermia
A
forma
do
corpo
dos
dromeossauros
(dinossauros
terópodes
derivados
que
são
próximos
à
transição
para
aves)
sugere
que
eram
predadores
de
movimentos
rápidos
e
que
perseguiam
suas
presas.
Os
pulmões
faveolares
são
eficientes
na
troca
de
gases,
e
os
dromeossauros
derivados
provavelmente
>veram
um
sistema
de
sacos
de
ar
e
ven>lação
por
fluxo
de
ar
con[nuo
nos
pulmões.
Tendências
evoluPvas
nos
Sauropsida
para
a
endotermia
Os
dentes
de
dinossauros
carnívoros
nunca
>veram
superWcies
de
oclusão
observadas
nos
mamíferos,
mas
eram
capazes
de
rasgar
e
cortar
a
came.
As
aves
não
possuem
dentes
e
processam
o
alimento
com
a
moela
muscular
que
pode
exercer
grande
pressão.
Muitas
aves
propositadamente
engolem
pedras
que
ficam
no
interior
da
moela
e
ajudam
a
triturar
as
par[culas
de
alimento,
Alguns
dinossauros
também
possuíam
pedras
em
suas
moelas
Tendências
evoluPvas
nos
Sauropsida
para
a
endotermia
O
estado
dos
turbinais
nos
dinossauros
é
menos
claro
que
nos
Therapsida.
Aves
viventes
possuem
turbinados
que
são
menos
eficientes
do
que
os
dos
mamíferos
na
reciclagem
de
água
e
calor,
frequentemente
eles
permanecem
car>laginosos
e
não
possuem
contatos
ósseos
com
as
passagens
nasais
que
podem
ser
vistas
nos
fósseis.
Tendências
evoluPvas
nos
Sauropsida
para
a
endotermia
Varreduras
com
tomografia
computadorizada
(TC)
de
crânios
fossilizados
de
dinossauros
Terópodes
e
aves
primi>vas,
sugerem
que
as
passagens
nasais
eram
estreitas,
e
outros
caracteres
do
crânio
corroboram
essa
interpretação.
Assim,
os
Sauropsida
pré-‐aves
e
aves
basais
provavelmente
não
possuíam
turbinais.
Tendências
evoluPvas
nos
Sauropsida
para
a
endotermia
A
ausência
de
endotermia
nesses
Sauropsida
seria
surpreendente.
Não
somente
a
forma
de
seu
corpo
sugere
que
seriam
similares,
em
sua
ecologia
e
comportamento,
às
aves
não
voadoras,
tal
como
a
avestruz,
mas
a
descoberta
de
dromeossauros
com
penas
no
final
da
década
de
1990,
mostra
que
o
isolamento
evoluiu
antes
do
vôo
Tendências
evoluPvas
nos
Sauropsida
para
a
endotermia
Esses
fósseis
foram
encontrados
num
sí>o
na
Província
de
Liaoning
no
nordeste
da
China
que
produziu
materiais
espetaculares
do
início
do
Cretáceo
(Stokstad,
2001).
Caudipteryx,
o
primeiro
dos
dinossauros
com
penas
a
ser
descoberto,
e
o
Protoarchaeopteryx
>veram
penas
de
cobertura
como
as
penas
que
dão
isolamento
a
aves
atuais,
e
penas
com
vexilo
como
as
penas
de
vôo
das
aves
atuais
-‐
embora
esses
dromeossauros
>vessem
braços
rela>vamente
curtos
e
nenhum
podia
voar.
Tendências
evoluPvas
nos
Sauropsida
para
a
endotermia
Tendências
evoluPvas
nos
Sauropsida
para
a
endotermia
Tendências
evoluPvas
nos
Sauropsida
para
a
endotermia
Mais
importante
do
que
as
diferenças
em
si
são
as
conseqüências
de
algumas
diferenças
em
termos
das
zonas
adapta>vas
ocupadas
por
Synapsida
e
Sauropsida.
Os
Sauropsida
especializaram-‐se
em
a>vidades
diurnas,
com
excelente
visão
colorida
e
extenso
uso
da
cor,
padrão
e
movimento
em
apresentações
sociais.
Os
Synapsida
podem
ter
passado
através
de
um
extenso
estágio
noturno,
durante
o
qual
a
visão
colorida
foi
limitada
e
o
olfato
e
a
audição
foram
os
sen>dos
mais
importantes.
Evolução
da
aves
e
do
voo
A
descoberta
mais
dramá>ca
no
estudo
da
evolução
das
aves
ocorreu
com
o
registro,
no
início
de
1996,
de
dinossauros
não
aves
com
penas
(Padian
et
al.
2001).
A
ocorrência
de
dinossauros
não
aves
emplumados
sugere
que
as
penas
eram
presentes
em
muitas
linhagens
de
dinossauros
não
aves.
É
possível
que
alguns
dos
dinossauros
emplumados
do
Cretáceo
Inferior
eram
aves
secundariamente
não-‐voadoras
(Paul
2002)
Evolução
da
aves
e
do
voo
As
penas
apareceram
sem
dúvida
antes
do
vôo:
não
até
chegarmos
ao
Archaeopteryx,
que
declaramos
um
animal
com
membros
peitorais
grandes
recobertos
por
penas
o
suficiente
para
voar.
Também
não
há
indícios
que
as
penas
apareceram
para
fornecer
isolamento
para
reter
o
calor
metabólico,
porque
a
ausência
de
ossos
turbinados
na
passagem
nasal,
tanto
dos
dinossauros
não
aves
como
das
aves
primi>vas,
sugere
que
esses
animais
não
eram
endotérmicos
Evolução
da
aves
e
do
voo
Os
dinossauros
não
aves
podem
ter
usado
as
penas
em
combinação
com
posturas
do
corpo
para
gerar
movimentos
relacionados
a
interações
sociais,
assim
como
as
aves
atuais
fazem,
e
esta
hipótese
pode
explicar
a
origem
das
penas.
Em
um
úl>mo
estágio,
as
penas
bem
desenvolvidas,
como
aquelas
do
membro
peitoral
do
Caudipteryx,
podem
ter
sido
usadas
para
cobrir
os
ovos
no
ninho,
protegendo-‐os
do
sol
durante
o
dia
e
guardando
calor
no
ninho
durante
a
noite.
Evolução
da
aves
e
do
voo
Os
dinossauros
não
aves
podem
ter
usado
as
penas
em
combinação
com
posturas
do
corpo
para
gerar
movimentos
relacionados
a
interações
sociais,
assim
como
as
aves
atuais
fazem,
e
esta
hipótese
pode
explicar
a
origem
das
penas.
Em
um
úl>mo
estágio,
as
penas
bem
desenvolvidas,
como
aquelas
do
membro
peitoral
do
Caudipteryx,
podem
ter
sido
usadas
para
cobrir
os
ovos
no
ninho,
protegendo-‐os
do
sol
durante
o
dia
e
guardando
calor
no
ninho
durante
a
noite.
Evolução
da
aves
e
do
voo
Duas
hipóteses
coexistem
por
um
século
-‐
a
teoria
arbórea
("das-‐árvores-‐para-‐baixo")
e
a
teoria
terrestre
("do-‐
chão-‐para-‐cima”)
Archaeopteryx
e
as
Outras
Aves
Archaeopteryx
é
a
ave
mais
primi>va
que
se
conhece,
sendo
as
aves
(Aviale)
definidas
como
Archaeopteryx
mais
as
aves
atuais
(Neornithes),
e
todas
descendem
do
ancestral
comum
mais
recente.
Em
adição
a
uma
provável
cobertura
de
penas
de
contorno,
Archaeopteryx
>nha
as
penas
da
asa
diferenciadas
em
uma
série
distal
de
rêmiges
primárias,
nos
ossos
da
mão,
e
uma
série
interior
de
rêmiges
secundárias
ao
longo
do
antebraço
Esse
arranjo
das
penas
de
voo
é,
essencialmente,
o
mesmo
observado
nas
aves
atuais.
Archaeopteryx
e
as
Outras
Aves
Além
disso,
as
penas
de
vôo
nas
asas
de
Archaeopteryx
têm
vexilos
assimétricos,
como
aqueles
das
aves
voadoras,
sugerindo
que
elas
foram
modeladas
pelas
forças
aerodinâmicas
associadas
ao
voo
ba>do.
As
rectrizes
(penas
da
cauda)
de
Archaeopteryx
eram
arranjadas
em
15
pares,
ao
longo
dos
lados
da
6a
até
a
20a
vértebra
caudal.
Archaeopteryx
e
as
Outras
Aves
muitas
evidências
sugerem
que
Archaeopteryx
era
capaz
de
voar:
as
proporções
do
seu
esqueleto
eram
semelhantes
às
de
algumas
aves
atuais
que
voam;
o
número
de
rêmiges
primárias
e
secundárias
era
idên>co
ao
das
aves
atuais;
a
assimetria
de
suas
rêmiges
é
como
aquela
observada
nas
aves
voadoras
amais;
e
a
fúrcula
era
grande.
Archaeopteryx
e
as
Outras
Aves
O
sé>mo
espécime
de
Archaeopteryx
revela
uma
caracterís>ca,
não
visível
nos
fósseis
conhecidos
anteriormente
–
um
esterno
retangular
que
era
associado,
provavelmente,
a
fortes
músculos
de
voo.
Archaeopteryx
e
as
Outras
Aves
Ao
contrário
dos
ancestrais
proto-‐ave
das
aves,
Archaeopteryx
>nha
asas
suficientemente
grandes
para
contribuir
na
aceleração
quando
corria.
Provavelmente,
Archaeopteryx
decolava
correndo
e
batendo
as
asas,
como
fazem
muitas
aves
grandes
atualmente.
Uma
vez
que
o
animal
>vesse
decolado,
os
cálculos
de
sua
capacidade
metabólica
sugerem
que
Archaeopteryx
podia
voar
no
mínimo
1,5
quilômetros
a
uma
velocidade
de
40
quilômetros
por
hora
(Ruben
1991,1993).
Archaeopteryx
e
as
Outras
Aves
Um
animal
que
podia
decolar
do
solo
e
voar
rapidamente,
por
várias
centenas
de
metros,
seria
capaz
de
escapar
de
predadores
ou
voar
para
as
árvores.
Muitas
aves
atuais,
incluindo
predadores
cursores,
tais
como
Geococcyx
californianus
("roadrunner")
da
América
do
Norte
e
o
serpentário
africano,
u>lizam
o
voo
exatamente
dessa
maneira.
Archaeopteryx
e
as
Outras
Aves
Assim,
Archaeopteryx
pode
ser
interpretado,
plausivelmente,
como
um
predador
cursor-‐terrícola,
que
podia
saltar
no
ar
para
capturar
insetos
voadores,
e
voar
rapidamente
para
escapar
de
seus
próprios
predadores.
Archaeopteryx,
provavelmente,
não
podia
pousar
em
árvores,
pois
ele
reteve
a
estrutura
primi>va
do
pé,
que
não
permi>a
se
agarrar
a
um
galho.
Parece
provável
que
Archaeopteryx
aterrissava
correndo,
como
fazem
as
galinhas,
as
codornas
e
os
faisões.
Fonte:
Pough
et
al.
(2008)
Aves
PrimiPvas
Enan>ornithes
-‐
("aves
opostas",
por
causa
dos
metatarsos
serem
fusionados
de
forma
dis>nta
daqueles
das
aves
modernas),
foi
descoberto,
inicialmente,
na
Argen>na
e
hoje
é
conhecido
de
seis
con>nentes
surgiu
entre
141
e
70
milhões
de
anos
atrás.
A
irradiação
dos
enan>orni[neos,
que
inclui
a
maioria
das
aves
conhecidas
do
Cretáceo,
é
uma
linhagem
separada
daquela
das
aves
modernas.
Aves
PrimiPvas
A
maioria
dos
Enan>ornithes
era
de
tamanho
pequeno
a
médio
e
viviam
em
árvores,
mas
alguns
>nham
pernas
longas
e
foram,
provavelmente,
aves
paludícolas,
e
outros
>nham
garras
potentes
como
as
dos
gaviões
atuais.
Aves
PrimiPvas
Sinornis
>nha
uma
coluna
vertebral
com
apenas
11
vértebras
dorsais,
comparadas
às
14
de
Archaeopteryx.
O
tronco
curto
e
a
cauda
deslocavam
o
centro
de
massa
próximo
aos
membros
dianteiros,
como
nas
aves
atuais,
em
vez
de
próximo
aos
membros
traseiros
como
nos
arcossauros
cursores
terrestres.
Sinornis
–
Cretáceo
Inferior
–
Depósitos
lacustres
da
China
Fonte:
Pough
et
al.
(2008)
Aves
PrimiPvas
Muitos
dos
caracteres
derivados
dos
Enan>ornithes
estão
associados
com
o
voo.
Por
exemplo,
o
punho
podia
curvar-‐se
fortemente
para
trás,
como
nas
aves
modernas,
de
tal
forma
que
a
asa
podia
ser
dobrada
contra
o
corpo.
O
esterno
>nha
quilha
desenvolvida.
A
álula
(um
penacho
de
penas
sobre
o
primeiro
dígito
da
asa
de
uma
ave
que
aumenta
a
capacidade
de
manobra
em
voo
de
baixa
velocidade)
é
vista
pela
primeira
vez
em
um
enan>orni[neo
de
Las
Hoyas,
Eoavulavis
("ave
recém-‐
nascida
com
álula").
Aves
PrimiPvas
Representantes
da
linhagem
que
inclui
as
aves
modernas
(Omithurae)
também
são
conhecidos
do
Cretáceo.
Os
Ichthyornithiformes
eram
aves
voadoras
com
uma
quilha
bem
desenvolvida
no
esterno
e
cauda
e
dorso
curtos,
mas
possuíam
dentes.
Várias
espécies
de
Ichthyomis
foram
de
terminadas
com
base,
principalmente,
nas
diferenças
de
tamanho.
Em
geral,
os
Ichthyornithiformes
eram
do
tamanho
de
gaivotas
e
trinta-‐réis
e
devem
ter
>do
hábitos
semelhantes.
Aves
PrimiPvas
Outro
grupo
de
aves
do
Cretáceo
Superior,
que
está
na
linhagem
das
aves
modernas,
os
Hesperomithiformes,
eram
aves
que
não
voavam,
nadadoras
e
mergulhadoras
de
pés-‐
propulsores.
Enaliornis,
um
fóssil
da
Inglaterra,
estabelece
a
presença
dos
Hesperomithiformes
no
Cretáceo
Inferior
e
foram
um
gmpo
bem
diversificado
no
Cretáceo
Superior.
Os
Hesperomithiformes
eram
de
tamanho
médio
a
grande,
e
especializados
para
o
mergulho
através
de
pés-‐propulsores
Hesperornithiformes
–
(a)
Hesperonis
(b)
crânio
de
Fonte:
Pough
et
al.
(2008)
Parahesperonis
A
Evolução
das
Ordens
e
Famílias
Derivadas
de
Aves
As
aves
modernas
(os
Neornithes)
diversificaram-‐se
durante
a
úl>ma
parte
do
Cretáceo,
subs>tuindo
os
Enan>ornithes
como
as
formas
de
aves
predominantes.
A
principal
irradiação
das
famílias
de
aves
ocorreu
durante
a
Era
Cenozóica.
O
Eoceno
foi
o
Período
de
maior
diversificação
das
aves.
Naquele
Período
originaram-‐se
mais
famílias
atuais
do
que
em
qualquer
outro.
A
maioria
dessas
famílias
consiste
de
aves
aquá>cas
adicionais
e
não-‐Passeriformes
habitantes
de
florestas.
A
Evolução
das
Ordens
e
Famílias
Derivadas
de
Aves
Mioceno
-‐
segunda
irradiação
poucas
famílias
adicionais
de
aves
aquá>cas
(mas,
principalmente)
pássaros
terrícolas
que
eram
adaptados
a
ambientes
mais
secos
e
menos
florestados.
Muitas
das
famílias
de
aves
já
>nham
evoluído
no
final
do
Mioceno,
muitos
gêneros
e
algumas
espécies,
ainda
existentes,
estavam
presentes
no
Plioceno.
A
Evolução
das
Ordens
e
Famílias
Derivadas
de
Aves
-‐
Comunidades
ecológicas
complexas
na
metade
da
Era
Cenozóica.
São
animais
móveis,
capazes
de
ultrapassar
barreiras
que
limitam
o
deslocamento
de
animais
terrestres,
muitas
ordens
de
aves
têm
uma
ampla
distribuição
geográfica
mundial
Filogenia
das
Aves
atuais
As
relações
filogené>cas
entre
as
aves
atuais
são
pouco
conhecidas
e
são
objetos
de
con[nuas
controvérsias.
Diferentes
pontos
de
vista,
sobre
estas
relações
e
as
dificuldades
inerentes
ao
estudo
delas,
podem
ser
encontrados
nas
revisões
feitas
por
Cracras
(1986),
Olson
(1985),
Sibley
et
al.
(1988),
Raikow
(1985a),
Houde
(1986,
1987),
Sibley
e
Ahlquist
(1990)
e
Norell
e
Clarke
(2000).
Uma
hipótese
corrente
é
apresentada
na
Figura
16-‐28.
uijnijniujn
Filogenia
das
Aves
atuais
Uma
das
principais
controvérsias
na
filogenia
das
aves
centraliza-‐se
nas
relações
de
um
grupo
de
aves
que
não
voam,
conhecidas
como
ra>tas.
As
ra>tas
atuais
incluem
avestruzes
(Struthioniformes,
África),
emas
(Rheiformes,
América
do
Sul),
emus
e
casuares
(Casuriiformes,
Austrália)
e
kiwis
(Dinornithiformes,
Nova
Zelândia).
Filogenia
das
Aves
atuais
Essas
massas
con>nentais
faziam
parte
do
supercon>nente
do
Sul,
a
Gondwana,
e
sugeriu-‐se
que
as
ra>tas
originaram-‐se
de
um
único
ancestral
que
não
voava
e
que
era,
amplamente,
distribuído
na
Gondwana.
Por
esta
hipótese
as
ra>tas
formariam
um
grupo
monofilé>co
e
sua
distribuição
geográfica
atual
reflete
o
fracionamento
da
Gondwana
no
Mesozóico
Superior
e
no
Cenozóico
Inferior.
Filogenia
das
Aves
atuais
Uma
hipótese
alterna>va
propõe
que
as
similaridades
das
ra>tas
viventes
são
caracteres
ancestrais
encontrados
em
muitas
linhagens
de
aves.
As
ra>tas
e
um
outro
grupo
de
aves,
os
>namídeos
(macucos,
inambus)
das
Américas
Central
e
do
Sul,
compar>lham
a
estrutura
paleognata
do
palato.
Filogenia
das
Aves
atuais
Esse
palato
é
caracterizado
pelos
pré-‐vômeres
que
estendem-‐se
caudalmente
para
se
ar>cularem
com
os
pala>nos
e
pterigóides,
e
os
grandes
processos
basipterigóides
que
se
ar>culam
com
os
pterigóides.
O
palato
paleognato
é
dis>nto
do
palato
neognato,
caracterís>co
de
outras
aves.
Os
caracteres
palatais
paleognatos
são
vistos
em
aves
com
dentes,
tais
como
Hesperornis
e
na
ave
primi>va
sem
dentes
do
Cretáceo,
Gobipteryx.
Esses
caracteres
também
estão
presentes
nos
estágios
iniciais
do
desenvolvimento
embrionário
das
aves
neognatas.
Filogenia
das
Aves
atuais
Assim,
a
condição
paleognata
dos
ra>tas
e
>namídeos
pode
ter
evoluído
independentemente
por
neotenia
a
par>r
de
uma
forma
neognata.
Essa
possibilidade
significa
que
as
aves
paleognatas
não
formam,
necessariamente,
uma
linhagem
monofilé>ca.
(Além
do
mais)
a
descoberta
de
aves
relacionadas
com
as
avestruzes,
nos
depósitos
do
Paleoceno
e
do
Eoceno,
na
América
do
Norte
e
na
Europa,
põe
em
dúvida
a
hipótese
de
que
a
distribuição
atual
das
ra>tas
seja
o
resultado
de
eventos
associados
com
o
fracionamento
da
Gondwana
(Houde
1986).
Filogenia
e
Comportamento
A
relação
filogené>ca
entre
os
Crocodylia
e
as
Aves
permite-‐nos
fazer
inferências
sobre
alguns
aspectos
da
biologia
dos
dinossauros.
Os
caracteres
que
são
compar>lhados
pelos
Crocodylia
e
pelas
Aves,
provavelmente,
são
ancestrais
para
os
dinossauros.
Comportamento
social,
vocalização
e
cuidado
parental
representam
a
regra
entre
os
Crocodylia
e
as
Aves
e
evidências
crescentes
sugerem
que
os
dinossauros
também
apresentavam
comportamento
social
elaborado
e
vocalização
e,
pelo
menos
algumas
espécies,
cuidavam
dos
jovens.
Comportamento
Comportamento
social,
vocalização
e
cuidado
parental
representam
a
regra
entre
os
Crocodylia
e
as
Aves
REVISANDO
-‐
Especializações
das
aves
O
vôo
é
a
caracterís>ca
principal
das
aves.
Ao
nível
estrutural,
os
requisitos
mecânicos
do
voo
moldam
muitos
aspectos
da
anatomia
das
aves.
Sob
os
aspectos
do
comportamento
e
da
ecologia
o
voo
provê
opções
para
as
aves
que
os
animais
terrestres
não
têm.
A
habilidade
das
aves
realizarem
deslocamentos
a
grandes
distâncias
é
observada
nas
migrações.
Até
pequenas
espécies
como
beija-‐flores
viajam
milhares
de
quilômetros
entre
seus
territórios
de
verão
e
inverno.
As
aves
u>lizam
uma
variedade
de
métodos
de
navegação
em
seus
deslocamentos,
incluindo
orientação
pelo
Sol
e
estrelas
e
provavelmente
u>lizando
uma
percepção
magné>ca.
Especializações
das
aves
Os
movimentos
das
asas
são
u>lizados
durante
a
natação
para
impulsionar
as
aves
aquá>cas,
tais
como
os
pingüins
enquanto
outros
(patos
são
os
exemplos
mais
familiares)
usam
seus
pés
para
nadar.
Nem
todas
as
aves
voam
-‐
aves
são
derivadas
dos
dromeossauros
terrestres
e
algumas
espécies
de
aves
(como
as
avestruzes,
emus
e
kiwi,
assim
como
muitas
linhagens
de
aves
predadoras
ex>ntas)
são
secundariamente
não
voadoras.
Muitas
espécies
(dos
tetrazes
e
outros
galináceos
a
predadores
como
os
"roadrunners"
e
abetarda)
gastam
muito
de
seu
tempo
no
solo
e
voam
apenas
por
curtas
distâncias
para
escapar
de
predadores.
Especializações
das
aves
Uma
segunda
caracterís>ca
das
aves
é
a
diuturnidade;
a
maioria
das
espécies
é
a>va
apenas
durante
o
dia.
Somando-‐se
a
isso
a
maioria
das
aves
tem
excelente
visão
e
as
cores
têm
um
significado
importante
em
suas
vidas.
Porque
os
seres
humanos
também
são
diurnos
e
orientam-‐se
visualmente,
as
aves
tem
sido
subme>das
a
estudos
ecológicos
e
comportamentais
e
importantes
áreas
da
biologia
moderna
têm
se
fundamentado
nos
estudos
das
aves
cujos
dados
podem
ser
generalizados
para
outros
vertebrados.