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MÓDULO 4

RECUPERAÇÃO, MANEJO
E CONSERVAÇÃO
DO SOLO
MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Abertura do Módulo 4
Estamos chegando ao final do nosso curso!

Neste último módulo, você vai estudar conteúdos para que enfim seja ca-
paz de julgar como os processos erosivos podem ser controlados, se por
isolamento, estabilização ou recuperação ou, então, se podem ser evitados
e contidos com o uso de práticas conservacionistas, como construção de
terraços e de barraginhas, cultivo de plantas de cobertura, uso do sistema de
plantio direto ou realização da Integração Lavoura Pecuária Floresta.

Além disso, traremos material para que você saiba analisar se um solo está
se recuperando ou não, fazendo um diagnóstico rápido de sua estrutura.

Avance para a Aula 1 sobre plano de recuperação dos solos degradados!

BONS ESTUDOS!

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 128


AULA 1

PLANO DE RECUPERAÇÃO
DOS SOLOS DEGRADADOS
MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Considerações iniciais
O controle dos solos degradados deve ser feito quando a erosão estiver
ainda em formação. Assim que a identificação do processo erosivo for feita,
deve-se optar pelo isolamento, pela estabilização ou pela recuperação. Na
sequência, você vai conhecer cada um desses processos.

processo
Erosão laminar, sulcos e voçorocas.
erosivo

CONTROLE DA EROSÃO POR ISOLAMENTO


Essa técnica de controle consiste em isolar os fatores que aceleram a
intensificação das erosões em sulcos, em seu estágio mais avançado ou
em voçorocas.

Você se lembra qual é o fator que mais influencia a formação da erosão? Se


você pensou na chuva, é isso mesmo! Mas todos sabemos que a chuva é um
fenômeno natural, sobre o qual não podemos interferir, é impossível fazer
com que não chova no local erodido. No entanto, podemos interferir na for-
ma como as enxurradas escoarão pelo terreno.

Aplicando a técnica!
Uma maneira de modificar o curso das enxurradas é construindo
terraços e bacias de contenção, conhecidas também como barra-
ginhas. Outra forma de isolamento, específica para as voçorocas, é
a construção de cercas de arame no entorno para evitar a entrada
de animas, pois assim as técnicas de recuperação e de estabilização
serão mais efetivas.

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MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

A construção de barraginhas será assunto abordado com mais detalhes na


próxima aula.

CONTROLE DA EROSÃO POR RECUPERAÇÃO


A recuperação do local degradado consiste em torná-lo como era antes do
dano causado. Em áreas que tenham alto potencial agrícola, quando exis-
tem sulcos ou voçorocas, a raspagem do solo ou o enchimento da erosão
com terra são opções bastante viáveis.

Em pequenos sulcos, pode-se fazer


raspagem de terra no seu entorno
para tornar o terreno uniforme,
mas é preciso tomar cuidado para
que o horizonte A, que é uma ca-
mada superficial cuja espessura
varia com o tipo de solo, não seja
degradado por esse processo.

Quando existe uma voçoroca, é


possível inserir solo para tampá-la
totalmente, realizando seu en-
chimento e, nesse caso, deve-se
atentar aos horizontes do solo
para que o horizonte B seja cober-
to com horizonte B, e o horizonte
A seja coberto com horizonte A.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 131


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

No caso do enchimento da voçoroca, é necessário identificar os horizontes


A e B para que sejam mantidas as características originais do solo. Esse tipo
de controle é indicado quando a área acometida pela erosão é altamente
produtiva. O esquema a seguir ilustra o processo de recuperação das voçoro-
cas. Veja!

Etapa 1 - espessura do horizonte A Etapa 3 - raspagem do horizonte B

Etapa 2 - raspagem do horizonte A Etapa 4 - reposição do horizonte A

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MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

CONTROLE DA EROSÃO POR ESTABILIZAÇÃO

Rafael @rafael Pesquisar em PapoAgro

Olá, @rodolfo! Tudo certo por aí? Rodolfo, eu tenho um


grande problema em uma parte da minha propriedade. Com
o passar do tempo, abriu-se uma erosão e agora eu consta- Sugestões
tei que se trata de uma voçoroca. Acredita?
Rafael
Eu chamei um técnico do Senar e ele me disse que é impos- @rafael
Seguin...
sível recuperar esse local e deixá-lo como era antes, mas ele
me orientou a aplicar alguma medida de estabilização.
Quero estudar com calma e analisar qual é a melhor estraté- Madalena Seguin...
gia! Consegue me ajudar nessa, @rodolfo? @madalena

Lucas
Rodolfo @rodolfo @lucas
Seguin...

Oi, meu caro @rafael! Por aqui tudo certo, e você?


Poxa, que pena que o processo erosivo por aí já está avan-
çado, mas fique tranquilo que eu vou ajudá-lo a entender
melhor essas formas de estabilização. Eu mesmo gravei Principais discussões
um podcast para o meu canal que trata sobre isso.
#Hojeediadeplantar

#HeyAgroboy

Veja, a seguir, o conteúdo na íntegra do podcast compartilhado pelo Rodolfo


na rede Papo Agro.

Olá, seja bem-vindo ao Rodolfocast!

Aqui, você terá muita informação sobre solos.

Hoje, eu vou comentar um pouco sobre alguns métodos de estabilização,


mais especificamente, sobre vegetação e paliçadas, então, venha comigo!

O plantio de vegetação é feito quando a área erodida não tem mais utilidade
para atividades agrícolas...

...e quando as voçorocas não são muito fundas e têm pouca declividade.

Uma vez identificada, essa área pode ser destinada para reserva legal da pro-
priedade, onde devem ser plantadas espécies nativas e de crescimento rápido.

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MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Mas você deve estar se questionando: afinal, como é feito o plantio dessas mudas?

Ele precisa ser perpendicular ao declive da voçoroca, pois, à medida que fo-
rem se desenvolvendo, trabalham como barreiras e diminuem a velocidade
da água que escoa.

Outra sugestão são as paliçadas, barreiras físicas que podem ser construídas
com materiais disponíveis na propriedade, deixando o custo mais baixo.

Essas barreiras evitam a passagem de sedimentos pelas enxurradas da chu-


va e diminuem a velocidade de escoamento.

Essas dicas podem ajudar você no manejo e na conservação do solo.

Até mais!

Para complementar o assunto, veja a seguir como a paliçada deve ser feita.

Aqui encerramos a primeira aula do módulo. Esperamos que os conceitos


trazidos tenham ficado claros e que você siga com tranquilidade em seus estu-
dos! Avance para a Aula 2 e estude sobre o manejo e a conservação do solo!

BOA LEITURA!

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 134


AULA 2

MANEJO E
CONSERVAÇÃO DO SOLO
MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Introdução às práticas conservacionistas


Você já soube que a incidência de erosão hídrica diminui a capacidade pro-
dutiva da terra porque a mobilização do solo provoca a perda de partículas
minerais, fertilizantes, defensivos agrícolas, matéria orgânica e microrganis-
mos, além de desestruturar as camadas de solo atingidas pela erosão. Ou
seja, é um evento que carrega consigo todas as características necessárias
para o cultivo das terras.

Pensando nisso, uma boa maneira de evitar que um processo erosivo aconteça, seja em
lâminas, sulcos ou voçorocas, é introduzir alguma prática conservacionista em sua pro-
priedade, que são técnicas que têm como objetivo manter o solo conservado por meio de
intervenções mecânicas, com uso de estruturas artificiais, ou vegetativas, usando estru-
turas naturais, como plantas, por exemplo.

Veremos a seguir algumas práticas conservacionistas!

TERRACEAMENTO
O terraceamento é uma prática mecânica de conservação do solo em que
são feitos cortes ou canais e aterros, também conhecido por camalhão, so-
bre a superfície do terreno com a finalidade de reduzir o escoamento super-
ficial da água no solo. Esses cortes e aterros são feitos de forma transversal
ao declive do terreno, conforme demostrado na imagem:

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Os terraços, quando construídos de maneira correta, diminuem a erosão, au-


xiliam na retenção de água e atuam na melhora da fertilidade do solo. Entre-
tanto, quando mal construídos ou feitos em solos não terraceáveis, podem
se romper e levar à destruição dos outros terraços morro abaixo, gerando
altos prejuízos para a propriedade.

não Aqueles com muitas pedras, rasos, subsolo compac-


terraceáveis tado e relevos muito declivosos

Existem diferentes tipos de terraços, mas voltaremos nossa atenção para


aqueles que são de fácil construção e apresentam bons resultados: os ter-
raços em nível.

Para definir onde será a localização dos terraços em nível e o distanciamento


entre eles, deve-se considerar alguns aspectos importantes. Então, vamos

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 137


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

analisar alguns passos essenciais para essa definição. Clique nas setas e
acompanhe os cinco passos.

Primeiro passo

Definição da textura do solo

Primeiro é preciso definir qual é a


textura do solo, se mais argiloso ou
mais arenoso. Lembre-se de que é
possível identificar a textura pelo
método de sensação tátil. Feito isso,
segue-se para o segundo passo.

Segundo passo

Definição da declividade do terreno

Nessa etapa, insere-se um pique-


te na parte mais alta do terreno
e outro a 30 metros no sentido
terreno abaixo. Enche-se a man-
gueira de água, leva-se uma ponta
ao primeiro piquete e a outra ao
segundo; então, mede-se as dife-
renças de nível da água na man-
gueira com a trena.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 138


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Supondo que no piquete de cima


a altura da água foi de 0,5 metros
e, no de baixo 2,0 metros, então a
diferença de nível é de 1,5 metros.
Para calcular a declividade do terre-
no, multiplica-se o valor da diferen-
ça por 100 e divide-se por 30 (valor
da distância entre os piquetes). No
nosso exemplo, a declividade do
terreno foi de 5%.

Terceiro passo

Definição da distância entre


os terraços

Calculada a declividade, é preciso


consultar na tabela qual será o
espaçamento entre os terraços.
No nosso exemplo, a declividade
foi de 5%.

Sendo assim, o distanciamento


entre os terraços poderá ser de
19,20 metros (para solo arenoso)
ou 21,95 metros (em solo argiloso).

Os piquetes devem ser fincados con-


forme haja mudança na declividade.

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MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Quarto passo

Terracemanto e o piquete em
curva de nível

Para demarcar as curvas em ní-


vel, pega-se a mangueira e, a uma
distância e 30 metros da primeira
estaca, deve-se encontrar o ponto
de mesmo nível. Ao encontrá-lo,
coloca-se a estaca. Esse processo
deve ser repetido até varrer todo
o terreno.

Quinto passo

Construção do terraço com tra-


tor de arado

Você precisará regular o arado de


discos de forma que o primeiro
disco corte próximo de 10 cm de
solo e o terceiro disco corte, apro-
ximadamente, 30 cm. a disposição
do arado deve ser inclinada, com
a parte de trás mais para baixo do
que a parte da frente.

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MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Para a construção dos terraços,


deve-se cortar o terreno jogando a
terra da parte de cima para a par-
te de baixo até o fim das curvas de
nível. Depois, é preciso voltar cor-
tando a terra, jogando a terra que
está embaixo para cima, para que
o terraço fique entre 1,5 e 2 me-
tros de largura e a altura do meio
alcance mais que 0,7 metros. De 6
a 10 passadas de arado chega-se a
essas dimensões.

BARRAGINHAS
A barraginha, também conhecida como bacia de infiltração, bacia de con-
tenção, bacia de retenção ou bolsão de água, é um pequeno reservatório
que possui formato de bacia, construída para coletar a água das enxurradas,
evitando erosões. Clique e conheça dois tipos de funcionamento:

OBSTÁCULOS RESERVATÓRIOS
Onde os sedimentos carregados pelas en- Por onde a água infiltra, recarregando a
xurradas se depositam, evitando contamina- água subterrânea.
ção dos rios e das partes baixas do terreno.

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MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Lucas @lucas Pesquisar em PapoAgro

Olá, @rodolfo!
Tudo certo por aí? Eu quero aproveitar que estamos Sugestões
no período chuvoso para construir algumas barragi-
nhas na minha propriedade. Você tem algum material
Rafael
que possa me ajudar com essa tarefa, por favor? @rafael
Seguin...

Valeu, @rodolfo!
Madalena Seguin...
@madalena
Rodolfo @rodolfo
Lucas
Oi, @lucas eu estou bem. E você, como vai? @lucas
Seguin...

Recentemente, eu gravei um podcast para o meu


canal sobrecomo construir barraginhas.
Principais discussões
Eu vou compartilhar aqui com você!
#Hojeediadeplantar

#HeyAgroboy

Veja, a seguir, o conteúdo na íntegra do podcast compartilhado pelo Rodolfo


na rede Papo Agro.

Olá, seja bem-vindo ao Rodolfocast!


O tema de hoje é construção de barraginhas.
Para iniciar, quero destacar a vocês que a construção das barraginhas é sim-
ples e de baixo custo, porque, geralmente, uma retroescavadeira faz o servi-
ço em duas horas. Rápido, né?
Elas podem ter de três a quinze metros de diâmetro e profundidade entre
zero vírgula oito e dois metros. As rampas devem ser suaves, hein!
O diâmetro e a profundidade das barraginhas nos solos argilosos precisam
ser maiores do que em solos arenosos.
Isso porque a permeabilidade da água em solos argilosos é mais lenta do
que em solos arenosos, e assim é possível assegurar que, durante a chuva,
não ocorra o rompimento ou o transbordamento da água.
Ah, e veja bem! Quanto mais intensa for a chuva, maior deverá ser a barraginha,
claro que respeitando os limites de dimensões máximas que acabei de comentar.

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MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Certo, mas quando essas barraginhas devem ser construídas?


No período chuvoso ou até três meses depois da chuva, para que o solo ain-
da esteja úmido, facilitando a construção.
Elas não podem ser feitas em áreas de APP, dentro de voçorocas ou grotas e
barrancos profundos.
Além disso, é preferível que elas sejam feitas nos locais sujeitos a enxurra-
das, geralmente próximo a estradas de acesso às fazendas ou no final de
sistemas de terraceamentos.
E agora eu fico por aqui! Espero que essas dicas possam ajudar você a colo-
car a mão na massa!

Até mais!

PLANTAS DE COBERTURA
Também conhecidas por adubação verde, melhoram a fertilidade do solo.
As plantas de cobertura têm a finalidade de cobrir o solo antes e depois da
colheita. Elas protegem o solo do impacto das gotas de chuva e fornecem o
crescimento de raízes, favorecendo a infiltração de água. Veja alguns exem-
plos de plantas de cobertura.

Antes e depois do cultivo do mi-


lho, que é uma planta carente de
nitrogênio, recomenda-se o plan-
tio de leguminosas, pois além de
proteger o solo da erosão, elas
são fixadoras de nitrogênio.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 143


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

O tremoço, ervilhacas, ervilha


forrageira, feijão-de-porco, guan-
du-anão, aveia-preta e nabo forra-
geiro são alguns tipos de legumi-
nosas fixadoras de nitrogênio.

Outra opção é quando se deseja


melhorar a matéria orgânica do solo
e, para isso, é recomendado cultivar
plantas fixadoras de carbono.

O milheto, a braquiária, o tremoço


e o nabo forrageiro são alguns tipos
de plantas fixadoras de carbono.

Lá vem dica boa…


As plantas de cobertura são uma boa opção para solos que pas-
saram por um processo de erosão laminar, em que boa parte do
horizonte rico em matéria orgânica foi carregado pela água. Nesse
caso, as plantas atuarão adicionando matéria orgânica e amenizan-
do o impacto das gotas de chuva no solo.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 144


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

SISTEMA DE PLANTIO DIRETO (SPD)


Nesse tipo de técnica conserva-
cionista, o solo não é revolvido
e está sempre coberto devido
à rotação de culturas. Os restos
vegetais da cultura anterior são
deixados no solo, onde secam e
formam a palhada, que o prote-
gem das gotas de chuva, reduzindo
perdas pela erosão. Foto: Tony Oliveira. Sistema CNA/Senar

Por não ter o revolvimento do solo, o plantio das sementes é feito em cima
da palha, por plantadeiras que abrem linhas de semeadura onde as semen-
tes são inseridas. Nesse caso, as plantas daninhas são controladas com
herbicidas e não por revolvimento. Por todos esses motivos, o sistema de
plantio direto (SPD) é um método bastante utilizado no controle da erosão,
sendo essa a sua principal função.

Um exemplo de SPD é na produ-


ção de brássicas, como brócolis,
couve-flor, repolho e nabo, em
que, antes do plantio, são semea-
das plantas de cobertura fixadoras
de carbono e nitrogênio que, de-
pois de crescidas, são dessecadas
ou roçadas, mas mantidas sobre
o solo. Após a formação da pa-
lhada, é feito, então, o plantio das
hortaliças brássicas.

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MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Aplicando a técnica!
O SPD pode ser adotado por pequenos, médios e grandes produto-
res. É aconselhado que ele seja feito primeiro em áreas menores,
de 10 a 50 hectares, para a adaptação à técnica, e depois englobar,
gradativamente, mais terras da propriedade.

Os pequenos produtores também têm espaço no SPD, podendo usar trato-


res de baixa potência ou máquinas de tração animal. Clique nos números e
veja o que é preciso para implantar o SPD:

1 Assistência técnica: agrônomos, técnicos agrícolas, entre outros.

Dividir as parcelas da propriedade que não tenham proble-


2 mas com erosão, compactação, excesso de pedras, ou seja,
que permitam a passagem de máquinas agrícolas e classe.

Máquinas semeadoras e pulverizadoras, adaptadas à realida-


3
de de cada situação.

Plantar espécies vegetais que produzam boa cobertura do


4 solo e bastante palha, por exemplo, azevém, milheto, trigo,
aveia e cevada.

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MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

5 Fazer a programação da rotação de culturas.

Importante ressaltar que antes de implantar o SPD é preciso resolver os


problemas de erosão do solo, por exemplo, a construção de terraços, bar-
raginhas ou plantio de plantas de cobertura, pois o SPD evitará a ocorrência
de erosão, e não fará a sua contenção, caso ela já exista.

INTEGRAÇÃO LAVOURA PECUÁRIA


FLORESTA (ILPF)
No plantio direto, conforme você acabou de estudar, as plantas de cobertura
podem ser cultivadas e formar a palhada ou, ainda, podem ser usadas para
pastejo de gado e outros animais, além de poderem ser associadas ao cultivo
de árvores.

Dessa forma, o SPD não é somente um sistema de cultivo direcionado para


a lavoura, mas também pode ser integrado com a pecuária e a floresta,
sistema que é denominado:

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MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Rosa @rosa Pesquisar em PapoAgro

Olá, @rodolfo! Como vai?

Eu tenho um trabalho para desenvolver sobre o


sistema ILPF, mas estou com dificuldade de encontrar Sugestões
um material bom e que explique como podem ser
as integrações dos componentes. Você teria alguma Rafael Seguin...
@rafael
indicação para mim, @rodolfo? Valeu!

Madalena Seguin...
@madalena
Rodolfo @rodolfo
Oi, @rosa! Eu estou bem e você? Lucas Seguin...
@lucas
Eu tenho um vídeo aqui que apresenta como podem
ser feitas essas integrações. Ele trata sobre ILP, IPF,
ILF e ILPF. E então, você sabe identificar cada uma
dessas siglas? Dá para ter uma ideia sobre as rela- Principais discussões
ções, não é mesmo? #Hojeediadeplantar
Até mais! #HeyAgroboy

Veja, a seguir, o conteúdo na íntegra do vídeo compartilhado pelo Rodolfo na


rede Papo Agro.
Introdução às práticas conservacionistas
Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF)
Olá! Você sabe o que é um Sistema de Integração Lavoura Pecuária Floresta?
Para um sistema ser configurado como Integração Lavoura Pecuária Floresta,
ou ILPF, a mesma área deve ser usada para a rotação de culturas, cultivo si-
multâneo ou para o plantio de uma cultura seguida de outra.
Além disso, deve haver a integração de, no mínimo, dois dos componentes do
sistema ILPF, como veremos a seguir.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 148


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

ILP é o sistema mais adotado atualmente e baseia-se no cultivo integrado da


lavoura com a pecuária.

Geralmente, é feito o consórcio entre uma cultura agrícola, como milho ou


soja, e uma forrageira, como uma pastagem de alfafa ou capim-elefante.

Após a colheita do milho ou da soja,


a forrageira é semeada e a pasta-
gem formada é usada para a ali-
mentação do gado, que é utilizado
na produção de leite ou de carne.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 149


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

O IPF é o cultivo integrado da pecuária com a floresta, onde existe o cultivo de


pastagem para o gado conciliado ao plantio de árvores que, além de auxilia-
rem na infiltração da água no solo, são usadas para a produção madeireira.

Já o ILF é o cultivo Integrado da Lavoura com a Floresta, em que as árvores são


plantadas em faixas com amplo espaçamento para que entre elas seja realizado o
plantio direto com plantas de cobertura e, posteriormente, as espécies agrícolas.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 150


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

E, por fim, temos o ILPF, que é o cultivo Integrado da Lavoura com a Pecuária e
com a Floresta. É mais difícil conduzir os três componentes em conjunto.

Por exemplo: realização do plantio de soja como espécie agrícola e, posteriormen-


te, o plantio da aveia ou outra planta de cobertura que servirá de pastagem para o
gado. Tudo isso junto com o plantio de eucaliptos para a produção de madeira.

Bom, essas são as possibilidades de Integração Lavoura Pecuária Floresta.


Até logo!

Chegamos ao fim de mais uma aula. Siga em frente para atingir o objetivo do mó-
dulo e, depois, do curso! Avance para a Aula 3 e saiba como avaliar e monitorar
a qualidade do manejo do solo!

BOA LEITURA!

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 151


AULA 3

AVALIAÇÃO E
MONITORAMENTO DA
QUALIDADE DO MANEJO
E DO SOLO
MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Considerações iniciais
Existem diversas técnicas de conservação e preparo do solo. Cada uma delas
será utilizada de acordo com uma finalidade específica. Sendo assim, é possí-
vel adotar medidas para:

Evitar Melhoria da Aumento de matéria


erosões fertilidade orgânica

Aeração Descompactação

Portanto, uma maneira de avaliar


se uma determinada técnica con-
servacionista está funcionando é
observar a situação da estrutura
do solo bem como dos constituin-
tes que formam os agregados. Veja
a seguir:

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 153


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

DIAGNÓSTICO RÁPIDO DA ESTRUTURA


DO SOLO (DRES)
Esse é um método simples e rápido para a qualificação da estrutura da ca-
mada superficial do solo, desenvolvido pela Embrapa e pela Universidade
Estadual de Londrina.
Já tivemos muitas discussões esclarecedoras sobre esse tema no Papo Agro.
Inclusive, o Lucas e o Rodolfo conversaram sobre isso não faz muito tempo.

Lucas @lucas Pesquisar em PapoAgro

Olá, @rodolfo! Tudo bem!?


Já participei de algumas palestras que falam sobre o Sugestões
método de Diagnóstico Rápido da Estrutura do solo, o
Rafael
DRES, mas sinto que ainda preciso me informar mais @rafael
Seguin...

sobre esse assunto. Você pode me ajudar, @rodolfo?!


Um abraço! Madalena Seguin...
@madalena
Rodolfo @rodolfo
Lucas
Oi, @lucas! Tudo bem, e por aí? @lucas
Seguin...

Que coincidência! Há alguns dias preparei um mate-


rial muito legal sobre esse assunto. Fizemos um vídeo
muito esclarecedor! Principais discussões
Até logo! #Hojeediadeplantar

#HeyAgroboy

Veja, a seguir, o conteúdo na íntegra do vídeo compartilhado pelo Rodolfo na


rede Papo Agro.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 154


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Avaliação da qualidade do manejo e do solo


Diagnóstico Rápido da Estrutura do solo (DRES)

Olá! Vamos falar sobre o Diagnóstico Rápido de Estrutura do Solo ou DRES.


Para começar, é preciso coletar as amostras de solo, evitando os períodos de
muita estiagem ou de muita chuva.
Também é preciso estabelecer uma época do ano para fazer a comparação de
amostras posteriores de áreas e condições parecidas.

É importante que as áreas homogêneas para a coleta das amostras sejam


reparadas de acordo com o relevo, tipo de preparo e manejo do solo e, caso
exista, estágio de desenvolvimento da cultura.

Com um enxadão e uma pá, abra uma


cova de trinta centímetros de profun-
didade, quarenta de comprimento e
trinta de largura, removendo todo o
solo da trincheira, de modo que o lado
mais comprido fique preservado, sem
sofrer atrito pelo enxadão.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 155


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Depois, no lado mais comprido da cova, retire um bloco de terra com espessu-
ra de dez centímetros, com a ajuda de uma pá, e mais ou menos vinte e cinco
centímetros de comprimento por vinte de largura.

Coloque o bloco de solo em uma bandeja para que você possa manuseá-lo.

Sem aplicar muita força ou pressão, tente destorroar o solo, isolando os agre-
gados para as laterais da bandeja, sem misturar a amostra, para que possam
ser separadas as camadas de solo que possuem características semelhantes.

Assim é possível fazer o Diagnóstico Rápido de Estrutura do Solo.


Até a próxima!

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 156


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Uma amostra pode ter até três camadas para que sejam atribuídas as notas de
qualidade estrutural do solo, que variam de 1 a 6, sendo 1 a nota de pior quali-
dade e 6 a nota de melhor qualidade.

Para atribuir as notas, você deve analisar o tamanho dos agregados e a dis-
tribuição das raízes de cada camada. O esquema seguinte pode ajudá-lo a
atribuir as notas:

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 157


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Não ficou muito claro?! Calma! As imagens seguintes podem auxiliar a definir
o que seriam essas feições de degradação e conservação, respectivamente:

Degradação

Conservação

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 158


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Lá vem dica boa…


Importante!

A nota final da amostra será a média das notas atribuídas às cama-


das, e o mesmo acontece para a quantidade de amostras coletadas
para uma determinada gleba, devendo-se fazer a média das notas
das amostras.

Então, de acordo com a nota final, é possível analisar em quais condições o


solo se encontra e as recomendações de melhoria do manejo. Veja a seguir
um esquema das notas finais para a qualidade estrutural. Clique nas estre-
las para ver um plano de ação:

Deve-se manter o sistema de manejo atual.

Aconselhável utilizar plantas com alta cobertura e inci-


dência de raízes, por exemplo, as gramíneas, tais como:
milho, sorgo, milheto, trigo, aveia, cevada, triticale, aze-
vém, capim-elefante etc.).

Talvez seja necessário diversificar a rotação de cultu-


ras ou realizar o consórcio das plantas de cobertura,
por exemplo, utilizando aveia-preta mais azevém.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 159


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Aconselha-se cultivo diversificado de culturas e plan-


tas com boa cobertura e aporte de raízes, por exem-
plo, as gramíneas. Reduzir ou eliminar o uso de máqui-
nas pesadas.

Recomenda-se fazer um diagnóstico da área para anali-


sar as condições físicas e químicas do local. Recuperar o
solo por meio de plantas com alta cobertura e que enraí-
zem bem e diversificar as espécies. Evitar ou não realizar
o preparo do solo por mecanização. 

Realizar análises químicas e físicas do solo e reade-


quar práticas mecânicas de conservação (terracea-
mento, bacias de contenção, sistema de plantio direto
com rotação de culturas diversificadas). Deve-se repen-
sar o sistema de produção utilizado na propriedade.

AVALIANDO O HORIZONTE A
O horizonte A é a camada superficial do solo, por meio da qual é possível
avaliar a sua compactação.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 160


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Normalmente, entre os primeiros


50 centímetros do solo, com o au-
xílio de uma faca, é possível sentir a
dureza dele. Solos compactados são
duros e firmes, apresentam resis-
tência a objetos pontiagudos.

Além disso, quando compactados, esses horizontes possuem torrões difíceis de


desfazer, com formato quadrado ou em placas, com presença de poucas raízes.

É um indicativo de que o manejo do solo precisa ser corrigido ou, caso já exista um
sistema em andamento, fazer sempre o monitoramento por meio do DRES.

AVALIANDO A MATÉRIA ORGÂNICA

Madalena @madalena Pesquisar em PapoAgro


Olá, @rodolfo! Tudo certo?

Há alguns dias estudamos sobre a avaliação de matéria or-


gânica do solo e o pessoal da minha sala comentou que você Sugestões
postou um conteúdo muito legal sobre isso no Rodolfocast.
Você pode me passar, por favor?! Rafael Seguin...
@rafael
Um abraço, @rodolfo!
Madalena Seguin...
@madalena
Rodolfo @rodolfo
Olá, @madalena, tudo bem? Poxa, muito legal! O nosso mate- Lucas Seguin...
rial está se propagando até entre o pessoal do curso Técnico @lucas
em Agronegócio.

Participei de uma roda de conversa com professores e alunos


de uma faculdade, em um programa dedicado à rádio da facul- Principais discussões
dade. Então, fiz um recorte do momento que comentei sobre
a avaliação da matéria orgânica. Espero que seja de grande #Hojeediadeplantar
ajuda. #HeyAgroboy
Até a próxima!

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 161


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Veja, a seguir, o conteúdo na íntegra do Rodolfocast.

Muito obrigado pelo convite! Fico feliz por participar deste encontro aqui na rádio
para apresentar algumas dicas da avaliação da matéria orgânica.
Começo a minha fala, dizendo que a matéria orgânica pode ser avaliada pela cor.
Na grande maioria das vezes, varia do marrom ao preto.
O gradiente de tons escuros e claros observado nos solos indica a maior presen-
ça de matéria orgânica. Visualizamos essas cores, na superfície, onde ocorrem as
reações de decomposição do material vegetal e animal.
Mas por que monitorar a cor dos solos é importante?
Porque permite avaliar a recuperação dos teores de matéria orgânica.

E uma reflexão interessante: como incrementar matéria orgânica no solo?

É simples! Pelo plantio de plantas de cobertura, que funcionam como adu-


bação verde, ou pela manutenção da palha e das raízes de vegetação morta,
que são degradadas pelos organismos vivos do solo.

Muito obrigado pelo convite. Foi um grande prazer!

AVALIANDO A ATIVIDADE BIOLÓGICA


A atividade de fungos, bactérias e minhocas pode ser avaliada por meio de
sinais deixados no solo, tais como a estrutura livre dos agregados (agregados
menores) nas camadas superficiais do solo, coprólitos (excretas dos organis-
mos maiores) e presença de minhocas e fungos. Veja esses detalhes na ima-
gem a seguir:

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 162


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Fungos micorrízicos em agregados

Coprólitos

Presença de minhocas

Não se esqueça de que a presença de organismos é sinônimo de solo com


alto teor de matéria orgânica!

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 163


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

AVALIANDO O SISTEMA RADICULAR


A existência de raízes, por si só, não significa que o solo está bem estrutura-
do. É preciso analisar sua distribuição e formato.

A presença de raízes pivotantes (aquelas que possuem uma raiz principal) sem deforma-
ção, distribuição homogênea pelo solo e crescimento e desenvolvimento por entre os agre-
gados do solo indicam que o solo está conservado ou em recuperação.

A seguir, veja alguns exemplos de raízes indicadoras de conservação ou recu-


peração da estrutura do solo:

Raízes pivotantes sem deforma-


ções que comprometam o cresci-
mento vertical.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 164


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Raízes bem distribuídas em pro-


fundidade, com redução gradual
na abundância no perfil.

Raízes crescendo através dos


agregados.

Em contrapartida, presença de raízes pivotantes tortas, achatadas e concen-


tradas apenas em uma camada, por exemplo, são evidências de que o solo
está degradado:

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 165


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Raízes pivotantes tortas e/ou com


crescimento interrompido.

Raízes achatadas e concentradas


nas fissuras.

Raízes de milho concentradas na


camada superficial do solo.

AVALIANDO A COMPACTAÇÃO DO SOLO


A compactação do solo pode ser constatada, como vimos, pela presença de
grânulos maiores que 7 centímetros e dureza ao toque com objetos pon-
tiagudos no perfil superficial do solo.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 166


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Além disso, a presença de água


empoçada e falhas de plantas no
decorrer da plantação, com cores
diferentes do normal, são indícios
de que naquele local está ocorrendo
a compactação.

Encerramento do módulo
Neste módulo, você aprendeu algumas técnicas de controle da erosão. O con-
trole por isolamento consiste em modificar o caminho da água da enxurrada
que pode ser barrado ou destinado para outro local por meio dos terraços e
das barraginhas, por exemplo.

A recuperação da erosão consiste em deixar o solo com as mesmas caracterís-


ticas de antes da degradação, e ela pode ser feita com a raspagem do solo.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 167


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Já a estabilização é realizada na
existência de voçorocas, cujo lugar
pode ser revitalizado com plantio de
vegetação nativa e destinada à área
de reserva legal da propriedade.

A estabilização das voçorocas também pode ser feita pela construção de paliçadas, estru-
turas de baixo custo e de fácil construção.

Vimos também sobre algumas práticas que evitam o aparecimento das ero-
sões, mantendo o solo conservado e sadio, entre as quais podemos citar:
• o cultivo de plantas de cobertura;

• a utilização de sistemas de integração entre lavoura, pecuária e floresta que estão associados
ao sistema de plantio direto.

Além disso, é possível analisar pelo


DRES como se encontram as carac-
terísticas do solo, que indicam con-
servação ou degradação por meio
do sistema radicular, da atividade
biológica, do tamanho dos agrega-
dos e pela matéria orgânica.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 168


MÓDULO 4

ATIVIDADE DE
APRENDIZAGEM
MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Antes de avançar e testar seus conhecimentos com as atividades, é impor-


tante rever os principais assuntos abordados, não é mesmo?

No AVA, você pode acompanhar a revisão em um vídeo, não deixe de assistir!

As respostas devem ser enviadas obrigatoriamente por lá. Dessa forma, você
terá um feedback confirmando se você respondeu corretamente ou se deverá
tentar novamente. Depois da segunda tentativa, a resposta correta será apre-
sentada.

Se você estiver conectado à internet e quiser ir direto para a página do Portal


EAD do Senar, clique no ícone ao lado.

Olá! Você se lembra como ocorre a recuperação, a conservação e a avaliação


do solo?

O controle dos solos degradados


deve ser feito quando a erosão ain-
da está em formação. Nesse está-
gio, opta-se pelo isolamento, pela
estabilização ou recuperação.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 170


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Isolamento: isolam-se os fatores


que aceleram a intensificação das
erosões em sulcos ou em voçorocas.
Modifica-se o curso das enxurradas
pela construção de barraginhas.

Estabilização: ocorre quando o processo erosivo está em um nível em que é im-


possível recuperar o local como ele era antes de o processo erosivo acontecer.

Os métodos são: plantio de vegetação e paliçadas.

Recuperação: torna o local degradado como era antes da degradação. Quan-


do existem sulcos ou voçorocas em áreas de alto potencial agrícola, são op-
ções a raspagem do solo ou o enchimento da erosão com terra.

Etapa 1 - espessura do horizonte A Etapa 3 - raspagem do horizonte B

Etapa 4 - reposição do horizonte A


Etapa 2 - raspagem do horizonte A Etapa 4 - reposição do horizonte A

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 171


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

As práticas conservacionistas são


técnicas para manter o solo conser-
vado por meio de intervenções me-
cânicas (como o terraceamento e as
barraginhas) ou vegetativas (como
o Sistema de Plantio Direto).

No terraceamento, são feitos cortes ou canais e aterros ou camalhões sobre


a superfície do terreno com a finalidade de reduzir o escoamento superficial
da água no solo.

Nas barraginhas são feitos peque-


nos reservatórios em formato de ba-
cia, construídas para coletar a água
das enxurradas, evitando erosões.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 172


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

No Sistema de Plantio Direto ou SPD, o solo não é revolvido e está sempre


coberto devido à rotação de culturas. Os restos vegetais da cultura anterior
são deixados no solo, onde secam, formando a palhada, que protege o solo
das gotas de chuva, reduzindo perdas pela erosão.

O Diagnóstico Rápido da Estrutura


do Solo, o DRES, avalia e monitora a
qualidade do manejo do solo. Nele,
é qualificada a estrutura da cama-
da superficial do solo por meio de
coleta e comparação de amostras.

Agora que você revisou o tema, leia os enunciados da atividade com atenção
e analise a informação presente em cada alternativa.

Trouxemos as perguntas para cá, assim, caso precise, antes de responder no


AVA, você poderá rever o conteúdo estudado.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 173


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

1. Ronaldo, pequeno produtor rural, cultiva a soja em sua propriedade como


cultura anual e, nos períodos de entressafra, semeia braquiária para a produ-
ção da palhada. Depois de um período de chuva intensa, o produtor percebeu
que em um local da propriedade estavam ocorrendo perdas de solo e resolveu
tirar uma foto para enviar para a Emater da sua região investigar.
De acordo com a foto do local, espera-se que os técnicos agrícolas tirem as
seguintes conclusões:

a. O processo de degradação do solo está em estágio avançado, conhecido por


voçoroca, sendo necessário, inicialmente, o controle da erosão por estabilização.

b. O processo de degradação do solo está em estágio inicial, conhecido por erosão


laminar, sendo necessário, inicialmente, o controle da erosão por estabilização.

c. O processo de degradação do solo está em estágio inicial, conhecido por ero-


são laminar, sendo necessário o controle da erosão por isolamento da água.

d. O processo de degradação do solo está em estágio intermediário, conheci-


do por erosão em sulcos, sendo necessário, inicialmente, o controle da ero-
são por recuperação.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 174


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

2. Releia o enunciado da Questão 1. Podemos afirmar que Ronaldo já faz o uso


de uma prática conservacionista do solo. Qual é essa prática? Além disso, o
que pode ser modificado nela para que o processo de degradação seja evita-
do e o solo mantido conservado?

a. A prática que Ronaldo já utiliza é a barraginha. O produtor pode construir


terraços em nível para aumentar a infiltração da água no solo.

b. A prática que Ronaldo já utiliza é o terracemento. O produtor pode cons-


truir bacias de contenção na parte mais baixa do terreno para captar a água
da enxurrada.

c. A prática que Ronaldo já utiliza é o SPD. O produtor pode construir bacias de


contenção na parte mais baixa do terreno para captar a água da enxurrada.

d. A prática que Ronaldo já utiliza é o SPD. O produtor pode construir ba-


cias de contenção na parte mais baixa do terreno e fazer o cultivo consor-
ciado da braquiária.

3. Ainda com relação ao cenário da propriedade de Ronaldo (Questão 1), no


mesmo dia que enviou as fotos do solo erodido para a Emater, Ronaldo fez
um DRES e tirou algumas fotos para comparar com análises futuras. Após
dois anos, depois que Ronaldo construiu as barraginhas e melhorou o SPD,
resolveu fazer outro diagnóstico rápido da estrutura do solo (DRES). Nesse
caso, comparando a foto da primeira análise com esta última, o que ele en-
contraria de diferente na amostra?

a. Raízes tortas e achatadas, com agregados maiores que 7 centímetros com


face lisa, formato quadrado, com indícios de alta atividade biológica.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 175


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

b. Horizonte superficial com cores mais escuras ou amarronzadas, indícios de


atividade biológica no solo (coprólitos) e presença de minhocas e fungos.

c. Horizonte superficial endurecido e compacto, caso fosse feita uma análise


com um objeto pontiagudo.

d. Plantas com crescimento sadio, mas com raízes tortas e agregados maiores
que 7 cm e presença de poças de água pela propriedade.

PARABÉNS!
Você finalizou a análise da atividade de aprendizagem.

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 176


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

ENCERRAMENTO

MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 177


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Muito bem, você chegou ao encerramento do curso e agora tem um conheci-


mento maior sobre a formação do solo, suas características morfológicas,
tipos, conforme o sistema brasileiro de classificação, e as características
que interferem na formação da erosão.

Com todo esse conhecimento fica mais fácil assimilar conceitos relacionados
aos sistemas de preparo do solo para o cultivo, as técnicas de controle da
erosão e as práticas conservacionistas, não é mesmo?

Além disso, este curso apresentou assuntos específicos do solo, e você pôde
conhecer um pouco sobre o planejamento para o cultivo das terras, essen-
cial para prever possíveis custos e investimentos técnicos na propriedade.

Veja, a seguir, como finalizar o curso!

Finalização do curso
Muito bem! Parabéns pela conclusão deste curso. Mas atenção!

Para que seu certificado de conclusão seja disponibilizado, você deverá acessar o AVA e
navegar por todas as telas, realizar as atividades de aprendizagem e, depois de cumprir es-
sas duas etapas, deve responder à pesquisa de satisfação. Assim que terminá-la, o acesso
ao seu certificado será liberado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO 04 | RECUPERAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 178


MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

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