Análise do “mito” como percepção de mundo e delimitação da conduta humana, cultos
e homenagens aos deuses é algo essencial. Onde o mito não é rodeado de crenças e costumes não será levado em conta nesta análise. Entender cultos estravagantes como atos orgiásticos em excesso faz com que captemos que a essência dessas extravagâncias, reconhecendo-as como fenômenos humanos, fenômenos da cultura e criação do espírito – e não como bestialidades ou infantilidade. Não podemos isolá-los e negá-los apenas colocando-os como casos isolados de “selvageria” destinando-os ao total desaparecimento após as tribos mais antigas se “civilizarem”. Apenas com um olhar histórico-religioso pode se enxergar essas condutas como fenômenos culturais, perdendo seu caráter aberrante ou monstruoso de jogo infantil ou de ato puramente instintivo.