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Aula 09

Curso: Tecnologia e Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal p/


MAPA

Professores: Nicolle Plugge, Aline Meloni

389.531.962-72 - Antônio Cezario Alves Neto


Tecnologia e Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal:
Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA
Prof. Aline Meloni e Profª. Nicolle Fridlund Plugge
Aula 09

AULA 09: BEM ESTAR ANIMAL E ABATE


HUMANITÁRIO – DEFINIÇÕES, EVOLUÇÃO,
CONCEITOS GERAIS, APLICAÇÃO E LEGISLAÇÃO

SUMÁRIO PÁGINA
1. Introdução 2
2. Desenvolvimento 3
2.1. A importância ética e econômica do Bem-Estar Animal 3
2.2. Legislação 4
2.3. Conceitos e definições 6

o
2.4. Evolução 8

em
2.5. Bem-Estar Animal 14

D
2.6. Abate humanitário 16

er
2.7. Implicação com a qualidade da carne 33
3. Questões
ov 37
4. Gabarito 40
em

5. Questões comentadas 40
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6. Conclusão 42
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1. Introdução

Olá alunos! Bem vindos! Tudo bem?


Ótima notícia: estamos chegando ao final do nosso curso!

Nesta nossa ÚLTIMA AULA aprenderemos sobre as definições,


evolução, conceitos gerais, aplicação e legislação que regulamentam o
Bem-Estar Animal e o Abate Humanitário.

o
Teremos um panorama geral da importância ética e

em
econômica do atendimento aos preceitos de Bem-

D
Estar Animal, aprenderemos sobre e a evolução da

er
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normatização e a legislação que está em vigor
em

atualmente no Brasil, quais os conceitos e definições


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utilizados e as implicações de um manejo incorreto


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na qualidade final da carne e no rendimento da


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carcaça.
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Após explanação teórica sobre o conteúdo, teremos questões que


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já caíram em concursos anteriores, ou questões inventadas referentes ao


assunto, as questões comentadas e os gabaritos finais.
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O tema “Bem Estar Animal” é extremamente complexo e


multidisciplinar. Abrange todas as etapas de vida do animal, seu
comportamento e interação com o meio e com o homem. Nesta
aula iremos enfocar apenas o que a legislação brasileira nos traz,
que pode ser cobrada no concurso, devido à extensão do assunto
e a nossa variedade de espécies animais envolvidas!

Então vamos iniciar nossas atividades?

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2. Desenvolvimento

2.1. A IMPORTÂNCIA ÉTICA E ECONÔMICA DO BEM-ESTAR


ANIMAL

Há algum tempo a preocupação com “Bem-Estar Animal” tem se


destacado entre os consumidores de todo o mundo, que passaram a
exigir condutas adequadas com os animais utilizados na produção de

o
em
alimentos. É crescente a preocupação com a forma como são criados,

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transportados e abatidos, pressionando as agroindústrias ao desafio de

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respeitar a capacidade de sentir dos animais (senciência). ov
Desta forma, o preço não é mais o único fator determinante na
em

escolha do consumidor, que também procura certificações e garantias de


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que os produtos que consomem atendem as exigências do ponto de vista


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humanitário. As novas variáveis são consideradas em todo o processo


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produtivo da cadeia, desde a produção até o momento do abate.


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Aliados às preocupações dos consumidores, temos ainda as


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necessidades de atendimento às exigências internacionais e os prejuízos


PD

financeiros decorrentes de um manejo incorreto com os animais. Estas


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demandas evidenciam o impacto positivo das práticas corretas de bem-


estar e de abate humanitário para as indústrias de produtos de origem
animal, tornando-se objeto de muitos estudos não só pelos organismos de
defesa dos direitos dos animais, como também pela iniciativa privada,
com o objetivo de melhorar seus rendimentos e a qualidade dos produtos
elaborados.

O conhecimento do comportamento animal e o uso de estratégias


de manejo racional podem assegurar o bem-estar animal e gerar ganhos
diretos e indiretos na produtividade e na qualidade do produto final. Por
outro lado, o manejo inadequado além de causar estresse e

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sofrimento desnecessário, afeta diretamente a qualidade da carne


em fatores como cor, pH, consistência e tempo de prateleira, além
de reduzir significativamente o rendimento de carcaça, devido à
incidência de hematomas e contusões.

Outros cuidados como dieta, condições higiênicas e instalações


adequadas, assim como saúde animal, entre outros, também devem ser
observados e praticados pelo produtor rural. No manejo pré abate,
principalmente, os cuidados precisam ser intensificados, pois nesse
período os animais são expostos a ambientes adversos, como transporte

o
em
e grupos de categorias diferentes.

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Bom desempenho, saúde, produtividade, lucratividade, direito à

er
vida e à liberdade. São várias as definições para termo Bem-Estar Animal
ov
em

(BEA). O mais aceito no ambiente técnico e científico, no entanto, é o do


médico veterinário e professor inglês Donald Broom segundo o qual “o
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bem-estar de um indivíduo é seu estado em relação às suas


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tentativas de se adaptar ao seu ambiente”.


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www.agricultura.gov.br http://www.wspa-international.org
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2.2. LEGISLAÇÃO
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RIISPOA: Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de


Origem Animal. (Aprovado pelo Decreto nº 30.691, de 1952).

Decreto nº 24.645 de julho 1934: Estabelece Medidas de Proteção


Animal.

Instrução Normativa n° 03 de 2000: Aprova o Regulamento Técnico


de Métodos de Insensibilização para o Abate Humanitário de Animais de
Açougue.

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Instrução Normativa nº 64, de 18 de dezembro de 2008: Aprova o


Regulamento Técnico para os Sistemas Orgânicos de Produção Animal e
Vegetal.

Instrução Normativa nº 56, de 6 de novembro de 2008:


Estabelece os procedimentos gerais de Recomendações de Boas Práticas
de Bem-Estar para Animais de Produção e de Interesse Econômico
(Rebem), abrangendo os sistemas de produção e o transporte.

Lei Nº 11.794, de 8 de outubro de 2008: Estabelece procedimentos


para o uso científico de animais.

o
em
Decreto nº 6.899, de 15 de julho de 2009: Define a composição do

D
Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea),

er
ov
estabelece as normas para o seu funcionamento e de sua Secretaria-
em

Executiva, cria o Cadastro das Instituições de Uso Científico de Animais


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(Ciuca).
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Portaria n° 524, de 21 de junho de 2011: Institui a Comissão Técnica


m

Permanente de Bem-Estar Animal – CTBEA, do Ministério da Agricultura,


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Pecuária e Abastecimento, com o objetivo de coordenar ações em bem-


W

estar dos animais de produção e de interesse econômico nos diversos elos


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PD

da cadeia pecuária.
e

Directiva 2007/43/CE: Relativa ao estabelecimento de regras mínimas


W

para a proteção dos frangos de carne.

Regulamento (CE) nº 1099/2001: Relativo à proteção dos animais no


momento da oocisão.

AGORA QUE JÁ SABEMOS ALGUMAS DAS


LEGISLAÇÕES QUE SÃO IMPORTANTES, VAMOS
PARTIR PARA O CONTEÚDO DA AULA DE HOJE!

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2.3. CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Para fins de atendimento da IN 3/2000, considera-se:

Procedimentos de abate humanitário: conjunto de diretrizes técnicas


e científicas que garantam o bem-estar dos animais desde a recepção até
a operação de sangria.
Animais de açougue: são os mamíferos (bovídeos, equídeos, suínos,
ovinos, caprinos e coelhos) e aves domésticas, bem como os animais
silvestres criados em cativeiro, sacrificados em estabelecimentos sob

o
em
inspeção veterinária.

D
Recepção e encaminhamento ao abate: é o recebimento e toda a

er
movimentação dos animais que antecedem o abate. ov
em

Manejo: é o conjunto de operações de movimentação que deve ser


R

realizada com o mínimo de excitação e desconforto , proibindo-se


k

qualquer ato ou uso de instrumentos agressivos a integridade física dos


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animais ou provoque reações de aflição.


er

Contenção: é a aplicação de um determinado meio físico a um animal,


at
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ou de qualquer processo destinado a limitar os seus movimentos, para


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uma insensibilização eficaz.


PD

Atordoamento ou Insensibilização: é o processo aplicado ao animal,


e
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para proporcionar rapidamente um estado de insensibilidade, mantendo


as funções vitais até a sangria.
Sensibilidade: é o termo usado para expressar as reações indicativas da
capacidade de responder a estímulos externos.
Abate: é a morte de um animal por sangria.
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Para fins de atendimento da IN 56/2008, considera-se:

Animais de produção: todo aquele cuja finalidade da criação seja a


obtenção de carne, leite, ovos, lã, pele, couro e mel ou qualquer outro
produto com finalidade comercial.
Animais de interesse econômico: todo aquele considerado animal de
produção ou aqueles cuja finalidade seja esportiva e que gere divisas,
renda e empregos, mesmo que sejam também considerados como
animais de produção.
Sistema de produção: todas as ações e processos ocorridos no âmbito

o
em
do estabelecimento produtor, desde o nascimento dos animais até o seu

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transporte.

er
Transporte: toda atividade compreendida entre o embarque dos animais,
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em

seu deslocamento e o desembarque no destino final.


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_____
k

Abate Humanitário: conjunto de procedimentos que garantem o bem-


ar
m

estar dos animais desde o embarque na propriedade rural até o manejo


er

no frigorífico. Obs. Este conceito é mais amplo, e engloba que o


at
W

abate humanitário inicia já no carregamento dos animais na


F

propriedade, não se restringindo somente às operações no


PD

frigorífico.
e
W

Cinco Liberdades: livres de fome, sede e desnutrição; livres de


desconforto; livres de dor, injúria e doença; livres para expressar um
comportamento normal, livres de medo e estresse negativo*.
*O estresse negativo também pode ser chamado de “diestresse”, que
significa o estresse intenso, no qual o animal não consegue se adaptar,
tornando-se causa de sofrimento.

O bem-estar do animal é o resultado do somatório de cada


liberdade mensurada, para avaliar de forma abrangente todos os
fatores que interferem na sua qualidade de vida.

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2.4. EVOLUÇÃO

Os primeiros princípios sobre “Bem-Estar Animal” começaram a ser


estudados em 1965 pelo Comitê Brambell, formado por pesquisadores do
Reino Unido. Esse Comitê iniciou estudos mais aprofundados sobre os
conceitos e definições deste tema em resposta à pressão da população,
indignada com os maus-tratos aos quais os animais eram submetidos em
sistemas de confinamento, relatados no livro “Animal Machines”
(Máquinas Animais), publicado pela jornalista inglesa Ruth Harrison em

o
1964.

em
O relatório Brambell delineou as dificuldades de se avaliar o “Bem-

D
er
Estar Animal” devido à falta de parâmetros claros e consensuais, mas
ov
iniciou o desenvolvimento do conceito das chamadas “Cinco Liberdades”,
em

posteriormente aprimorado, e que tem sido adotado mundialmente até os


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dias de hoje. Em 1967 foi estabelecida a “Comissão de Bem-Estar de


k
ar

Animais de Produção” (Farm Animal Welfare Advisory Committee –


m

FAWAC), que deu origem, em 1979, ao “Conselho de Bem-Estar dos


er
at

Animais de Produção” (FAWC).


W

As “Cinco Liberdades” constituem a referência mínima para várias


F
PD

legislações e compreendem que os animais devem se apresentar:


e
W

1. Livres de fome, sede e desnutrição;


2. Livres de desconforto;
3. Livres de dor, injúria e doença;
4. Livres para expressar um comportamento normal;
5. Livres de medo e estresse negativo (diestresse).

A pressão social e a necessidade de padronizar a legislação nos


diversos países contribuíram para que a Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE) constituísse, em 2001, um grupo de trabalho com
a missão de elaborar as Normas Internacionais de Bem-Estar Animal. As
normas aprovadas por unanimidade, em maio de 2005, passaram a fazer

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parte do Código Zoossanitário Internacional, e regulamentaram diversas


áreas de atuação, como o transporte de animais por via marítima,
terrestre, aérea, o manejo pré-abate e abate para consumo humano, o
sacrifício de animais para controle de doenças, o controle populacional de
cães de rua, uso de animais em pesquisas e educação e o bem-estar nas
criações e diferentes sistemas de produção (http://www.oie.int/animal-
welfare/animal-welfare-key-themes).

As recomendações da OIE abordam a necessidade de assegurar


que os animais de produção não sofram durante o período de pré-abate e

o
em
abate, envolvendo os seguintes itens:

D
Os animais devem ser transportados apenas se estiverem em boas

er
condições físicas; ov
em

Os manejadores devem compreender o comportamento dos


animais;
R
k

Animais machucados ou sem condições de se mover devem ser


ar
m

abatidos de forma humanitária imediatamente;


er

Não é permitido o uso de objetos que possam causar dor ou


at
W

injúrias aos animais;


F

Animais conscientes não podem ser arrastados ou forçados a


PD

se mover caso não estejam em boas condições físicas;


e
W

No transporte, os veículos deverão estar em bom estado de


conservação e com adequação da densidade;
A contenção dos animais não deve provocar pressão e barulhos
excessivos;
O abate deverá ser realizado de forma humanitária com
equipamentos adequados para cada espécie;
Equipamento de emergência para insensibilização deve estar
disponível para uso em caso de falha do primeiro método.

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A Organização Mundial de Saúde Animal foi criada em janeiro de


1924 para combater as enfermidades dos animais. A entidade define as
diretrizes e reúne especialistas para dirimir eventuais dúvidas sobre a
legitimidade de medidas sanitárias adotadas pelos países membros. A OIE
também é responsável por resolver as questões envolvendo o comércio
de produtos de origem animal, animais vivos e material de multiplicação
animal. A Organização Mundial do Comércio (OMC) reconhece as normas
elaboradas pela OIE, sendo referência mundial para sanidade animal e
zoonoses.

o
Os objetivos da OIE são:

em
Garantir a transparência sobre o status sanitário dos países

D
er
membros;
ov
Coletar, analisar e disseminar informação científica veterinária;
em

Encorajar a solidariedade internacional no controle de enfermidades


R

animais;
k
ar

Salvaguardar o comércio mundial, publicando os padrões sanitários


m
er

para o comércio internacional de animais e produtos de origem


at

animal;
W

Promover os serviços veterinários dos países membros; e


F
PD

Fornecer garantias para alimentos de origem animal e promover o


e

bem estar animal, por meio de abordagem científica.


W

A OIE elabora os documentos normativos em que se definem as regras


que devem observar os países membros para se proteger contra as
enfermidades, sem por ele instaurar barreiras sanitárias injustificadas.
Os principais documentos normativos são o Código Sanitário para
os Animais Terrestres, o Manual de Normas para as Provas de
Diagnóstico e Vacinas para Animais Terrestres, o Código Sanitário
para os Animais Aquáticos e o Manual de Provas de Diagnóstico
para Animais Aquáticos.

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Com a inclusão das normas de Bem-Estar no Código Zoossanitário


Internacional, houve a necessidade da elaboração de legislações
compatíveis com as recomendadas pela OIE por parte dos seus países
membros signatários, dentre eles o Brasil.

Então vamos aprender um pouquinho sobre a


evolução da normatização aqui no nosso país:

No Brasil, as primeiras medidas de proteção animal foram

o
em
definidas pelo Decreto nº 24.645 de julho de 1934, na época de

D
Getúlio Vargas. Esta lei trouxe as definições para maus-tratos e as

er
punições a quem a infringisse. ov
em

O RIISPOA, Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária dos


R

Produtos de Origem Animal, aprovado em 1952, definiu o


k

estabelecimento de abate como responsável pelo Bem-Estar Animal no


ar
m

seu artigo 109:


er
at
W

“Art. 109 - A administração dos estabelecimentos fica obrigada a tomar


F
PD

as medidas mais adequadas, no sentido de serem evitados maus tratos


aos animais, pelos quais é responsável desde o momento do seu
e
W

desembarque.
Parágrafo único - É proibido, no desembarque ou movimentação de
animais, o uso de instrumentos pontiagudos ou de quaisquer outros que
possam lesar o couro ou a musculatura”.

Dentro das normas específicas de cada espécie de abate também


foram surgindo itens contemplando os preceitos de Bem-Estar Animal,
avaliados principalmente no momento da chegada dos animais no
abatedouro, até o momento da sangria, conforme vimos nas aulas

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passadas, dentro dos fluxogramas operacionais e dos procedimentos de


Inspeção ante-mortem. (Estão lembrados?)

Alguns anos mais tarde, frente à necessidade de definição de


regras mais específicas para o abate humanitário, a Instrução
Normativa nº 3, em 2000, aprovou o “Regulamento Técnico de Métodos
de Insensibilização para o Abate Humanitário dos Animais de Açougue”.
Esta normativa teve como objetivo “estabelecer, padronizar e modernizar
os métodos humanitários de insensibilização dos animais para o abate,
assim como o manejo nas instalações dos estabelecimentos”. A

o
em
publicação foi uma evolução nas normas referentes ao abate humanitário

D
no nosso país, porém atualmente ainda está muito atrás tecnicamente da

er
legislação em vigor em outros países, como por exemplo, na União
ov
Europeia.
em
R

A partir de 2005, com a definição dos Elementos de Inspeção a


k

serem verificados pelo SIF nos indústrias de produtos de origem animal,


ar
m

incorporou-se para os estabelecimentos de abate, a verificação “in loco” e


er

“documental” da aplicação do Bem-Estar Animal definido em Programa de


at
W

Autocontrole implantado e executado pela indústria. Este Programa


F

obrigatoriamente atende a legislação nacional, e, quando aplicável, a


PD

internacional, de acordo com o destino dos produtos.


e
W

Paralelamente, em março de 2008 a Portaria nº 185 instituiu a


Comissão Técnica Permanente do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA) para estudos específicos sobre Bem-Estar Animal.
Esta Portaria foi recentemente revogada pela Portaria nº 524/2011,
um pouco mais completa, a qual instituiu a Comissão Técnica Permanente
de Bem Estar Animal – CTBEA com o objetivo de coordenar ações em
bem estar dos animais de produção e de interesse econômico nos
diversos elos da cadeia pecuária, e, em especial:

Propor normas e recomendações técnicas de boas práticas para


bem estar animal;

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Estimular e promover eventos relacionados ao tema objeto da


Comissão;
Fomentar a capacitação dos diversos atores envolvidos nas cadeias
pecuárias;
Articular com entidades representativas do setor pecuário e de
pesquisa;
Propor a publicação e divulgação de material técnico e informativo
sobre bem estar animal; e
Incentivar e propor a celebração de acordos, convênios e termos de

o
cooperação com entidades públicas e privadas para fomento de

em
ações ligadas ao bem estar animal.

D
er
ov
Ainda em 2008, a Instrução Normativa nº 56/2008
em

estabeleceu os “Procedimentos Gerais de Recomendações de Boas


R

Práticas de Bem-Estar para Animais de Produção e de Interesse


k
ar

Econômico – REBEM, abrangendo os sistemas de produção e o


m
er

transporte”.
at
W
F
PD

As demais legislações referentes aos


sistemas de produção, ao uso de
e
W

animais com fins científicos e para experimentação e o abate para


prevenção de doenças não serão abordadas na aula por não
fazerem parte do conteúdo deste curso. Nosso foco é o Bem-Estar
Animal e Abate Humanitário no contexto da Inspeção Industrial e
Sanitária. Porém estas normas estão disponíveis facilmente na
internet pelos sites de busca. Ainda, podem ser encontrados em:
http://sistemasweb.agricultura.gov.br/sislegis/action/detalhaAto.do?method=abreLegi
slacaoFederal&chave=50674&tipoLegis=A

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2.5. BEM ESTAR ANIMAL

O sistema intensivo de produção de animais teve início após a


Segunda Guerra Mundial, quando houve grande escassez de alimentos na
Europa e o modelo de produção industrial em larga escala atingiu todos
os setores da economia, inclusive o pecuário. Este sistema priorizava a
maximização da produtividade, deixando de lado a condição de animal
senciente, capaz de sofrer e sentir, frente ao interesse econômico de
produzir mais com menores custos e maiores lucros.

o
A questão do Bem-Estar Animal tornou-se uma reivindicação

em
mundial diante das denúncias dos maus-tratos aos animais, tanto por

D
er
parte de escritores como por parte das organizações de proteção animal.
ov
Em 2008, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) adotou a
em

seguinte definição de Bem Estar Animal:


R
k
ar

“Bem-Estar Animal significa como um animal está lidando com as


m
er

condições em que vive. Um animal é considerado em bom estado de bem


at

estar se (com comprovação científica) estiver saudável, confortável, bem


W

nutrido, seguro, capaz de expressar seu comportamento inato/natural, e


F
PD

se não estiver sofrendo com dores, medo e angústias. Bem-Estar Animal


e

requer prevenção contra doenças e tratamento veterinário, abrigo


W

adequado, gerenciamento, nutrição, manejo cuidadoso e abate


humanitário. Bem-Estar Animal diz respeito ao estado do animal; o
tratamento que um animal recebe inclui outras relações como cuidados
veterinários, criação e tratamento humanitário”.

Com base em evidências científicas, reconheceu-se que os animais


são seres capazes de sofrer ou expressar satisfação e felicidade, que não
podem ser submetidos ao sofrimento desnecessário. Para isto, o bem-
estar deve estar presente em todas as etapas de sua vida, garantindo o
manejo adequado durante toda a criação, até o momento do abate. É

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nesse conceito que entra o atendimento às “Cinco Liberdades”, já vistas


anteriormente.
Como já vimos, em 2008 o MAPA publicou a IN 56, que
estabeleceu os procedimentos gerais de Recomendações de Boas Práticas
de Bem-Estar para Animais de Produção e de Interesse Econômico, no
contexto de abranger, além dos procedimentos previstos no abatedouro
pela IN 3/2000, também os sistemas de produção e o transporte dos
animais, observando os seguintes princípios:

Proceder ao manejo cuidadoso e responsável nas várias etapas da

o
em
vida do animal, desde o nascimento, criação e transporte;

D
Possuir conhecimentos básicos de comportamento animal a fim

er
de proceder ao adequado manejo; ov
Proporcionar dieta satisfatória, apropriada e segura, adequada
em

às diferentes fases da vida do animal;


R
k

Assegurar que as instalações sejam projetadas apropriadamente


ar

os sistemas de produção das diferentes espécies de forma a


m
er

garantir a proteção, a possibilidade de descanso e o bem-estar


at

animal;
W
F

Manejar e transportar os animais de forma adequada para


PD

reduzir o estresse e evitar contusões e o sofrimento desnecessário;


e

Manter o ambiente de criação em condições higiênicas.


W

Esta legislação ainda é muito sucinta e genérica, não


descrevendo particularidades por espécie animal envolvida. Sabe-
se que a diferença comportamental entre os animais de abate é de
fundamental importância no manejo adequado para seu bem-
estar. Porém, mesmo com suas limitações, deve ser atendida na
íntegra pelos envolvidos, constituindo uma ferramenta importante
para a fiscalização.

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2.6. ABATE HUMANITÁRIO

O abate humanitário pode ser definido como o conjunto de


procedimentos que garantem o bem-estar dos animais desde o
embarque na propriedade rural até o manejo no frigorífico. O
principal objetivo é a redução do sofrimento, dor ou injúrias
desnecessárias aos animais que serão destinados ao abate.
Para tanto, há de se considerar as etapas do manejo pré-abate, o
carregamento, transporte, descarregamento, o alojamento dos animais

o
nas instalações do abatedouro, as condições a que são tratados nos

em
momentos que antecedem o abate, a forma de condução, o método de

D
er
insensibilização a qual foram submetidos e a sangria efetiva antes de
ov
qualquer outra operação posterior.
em

O excesso de agressividade e erros de manejo pré-abate provocam


R

o estresse negativo nos animais, comprometendo seu bem-estar e a


k
ar

qualidade da carne obtida, o que pode ser evidenciado através de


m
er

contusões, fraturas, hematomas, arranhões e outras machucaduras,


at

hipertermia, ou ainda por alterações nas características sensoriais de cor,


W

consistência, aspecto e capacidade de retenção de água devido ao


F
PD

metabolismo do glicogênio muscular. (Veremos este tópico mais


e

detalhadamente no item 2.7).


W

As etapas de carregamento, transporte e descarregamento


provocam uma situação de desconforto ao animal pela mudança de
ambiente, pela interação com outros animais e com o homem, pelas
alterações climáticas de umidade e temperatura, pela movimentação dos
veículos, etc. Quando os animais são expostos a novo grupo social, a um
ambiente diferente e ao contato com pessoas estranhas, o estresse
psicológico aumenta e, aliado ao estresse físico causado pelo desgaste
durante o embarque, tempo de transporte e desembarque, torna-se um
ponto crítico para a manutenção do bem-estar e da qualidade da
carne.

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Uma das formas de se mensurar a qualidade do manejo e do


transporte é através da avaliação da extensão das contusões e fraturas
nos animais. Considerando que as áreas afetadas são retiradas e
condenadas, há repercussão direta no rendimento da carcaça, gerando
perdas econômicas e indícios de falhas no atendimento ao Bem-Estar
Animal. Ainda, a maior influência do transporte na qualidade da carne
relaciona-se com o estresse físico e esgotamento do glicogênio muscular.
A depleção dos níveis de glicogênio no músculo leva à queda anômala do
pH post-mortem e o aparecimento da carne DFD. (Já vimos isso nas

o
aulas passadas!)

em
Segundo as recomendações da OIE, padrões de atuação devem ser

D
er
estabelecidos pelas indústrias para se avaliar as condições dos animais.
ov
Temos como exemplo a definição de uma graduação numérica para
em

mensurar a porcentagem de animais conduzidos com um dispositivo


R

elétrico e a porcentagem de animais que escorregam ou caem durante as


k
ar

conduções.
m
er

Cada frigorífico deve ter um plano (programa) dedicado ao Bem-


at

Estar Animal, com o objetivo de manter um bom nível de bem-estar em


W

todos os estágios do manejo dos animais até o abate. O plano deve


F
PD

conter procedimentos de operação padrão baseados em indicadores


e

relevantes e deve incluir ações corretivas para riscos específicos ao bem-


W

estar animal, atendendo a legislação nacional e, no caso de produtos


destinados à exportação, atender também as exigências específicas dos
países importadores. As ameaças ao Bem-Estar Animal devem ser
pesquisadas imediatamente e solucionadas. Além de mensurações
baseadas em recursos, mensurações baseadas em respostas devem ser
usadas para monitorar o Bem-Estar Animal (baseadas nos animais, como
% com lesões, anormalidade comportamental, taxa de mortalidade, etc.).
Os procedimentos para o abate humanitário da legislação brasileira
estão descritos ainda de forma ainda tímida na IN 3/2000, que traz
informações quanto ao (s):

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Requisitos aplicáveis aos estabelecimentos de abate;


Contenção e métodos de insensibilização;
Sangria dos animais;
Monitoramento do programa pelo estabelecimento;
Verificação do processo pela Inspeção Federal;
Aprovação de novos métodos de insensibilização para o abate
humanitário;
Outras disposições.

o
em
Vamos ver agora passo a passo o que a IN

D
er
3/2000 traz, comentando os itens
ov
individualmente:
em
R

3. Requisitos aplicáveis aos estabelecimentos de abate


k
ar
m
er

3.1. A construção, instalações e os equipamentos dos estabelecimentos


at

de abate, bem como o seu funcionamento devem poupar aos animais


W

qualquer excitação, dor ou sofrimento;


F
PD

3.2. Os estabelecimentos de abate devem dispor de instalações e


e
W

equipamentos apropriados ao desembarque dos animais dos meios de


transporte;

ESTES ITENS DESCREVEM QUE AS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DOS ESTABELECIMENTOS DE


ABATE NÃO PODEM SER CAUSADORES DE INJÚRIAS AOS ANIMAIS.
EXEMPLO: CERCAS QUEBRADAS E PONTIAGUDAS, PISOS LISOS E COM MANUTENÇÃO
INADEQUADA, RAMPA DE DESCARREGAMENTO MUITO INCLINADA E SEM PISO
ANTIDERRAPANTE, LOCAIS DE DESCANSO SEM ESPAÇAMENTO/BEBEDOUROS MÍNIMOS
NECESSÁRIOS AO NÚMERO DE ANIMAIS, SEM COBERTURA OU PROTEÇÃO AS INTEMPÉRIES, ETC.
AS INSTALAÇÕES DEVEM ESTAR ADEQUADAS, NÃO APRESENTANDO BORDAS SALIENTES E
CORTANTES E COM ÁREAS DE DESCANSO PROTEGIDAS DAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS ADVERSAS E
COM VENTILAÇÃO ADEQUADA.
DURANTE O TEMPO DE ESPERA, OS ANIMAIS NECESSITAM ESTAR EM AMBIENTES CALMOS E COM
ACESSO A ÁGUA PARA QUE SE RECUPEREM DO DESGASTE E DA DESIDRATAÇÃO GERADOS
DURANTE O TRANSPORTE.

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3.3. Os animais devem ser descarregados o mais rapidamente possível


após a chegada; se for inevitável uma espera, os animais devem ser
protegidos contra condições climáticas extremas e beneficiar-se de uma
ventilação adequada;

ESTE ITEM DESCREVE QUE OS ANIMAIS DEVEM SER DESCARREGADOS DOS VEÍCULOS DE
TRANSPORTE O MAIS RAPIDAMENTE POSSÍVEL, SENDO CONDUZIDOS ÀS ÁREAS DE DESCANSO
NO ESTABELECIMENTO (POCILGAS, CURRAIS, APRISCOS, ETC.), PARA EVITAR A CONDIÇÃO
ESTRESSANTE DE PERMANECER DENTRO DOS CAMINHÕES. CASO NÃO SEJA POSSÍVEL O
DESCARREGAMENTO IMEDIATO, O LOCAL DE PERMANÊNCIA DOS VEÍCULOS DEVE SER
ADEQUADO (PROTEGIDO DE SOL, VENTO, CHUVA, ETC.).

o
NO CASO DE AVES QUE PERMANECEM NOS CAMINHÕES ATÉ O MOMENTO DO ABATE, O LOCAL

em
DE DESCANSO PARA OS VEÍCULOS DEVE SER O MAIS ADEQUADO POSSÍVEL, COBERTO,
PROTEGIDO DA INCIDÊNCIA DE SOL, VENTOS E CHUVA, COM VENTILADORES E NEBULIZADORES

D
AJUSTADOS PARA MINIMIZAR O ESTRESSE TÉRMICO DOS ANIMAIS DENTRO DAS GAIOLAS DE

er
TRANSPORTE. DEVIDO A ESTA CONDIÇÃO OPERACIONAL, O IDEAL É QUE AS AVES SEJAM
ov
ENVIADAS O QUANTO ANTES PARA O ABATE, DESDE QUE O TEMPO DE JEJUM MÍNIMO TENHA
SIDO RESPEITADO.
em

SEGUNDO AS RECOMENDAÇÕES DA OIE, O TEMPO DE JORNADA DOS ANIMAIS DA PROPRIEDADE


R

ATÉ O FRIGORÍFICO DEVE SER O MÍNIMO POSSÍVEL, PORÉM AINDA NÃO HÁ UM TEMPO
k

MÁXIMO DE TRANSPORTE ESTIPULADO.


ar
m
er
at

3.4. Os animais que corram o risco de se ferirem mutuamente devido à


W

sua espécie, sexo, idade ou origem devem ser mantidos em locais


F
PD

adequados e separados;
e
W

JÁ VIMOS ESTE ITEM NAS AULAS ANTERIORES. ANIMAIS DE CATEGORIAS DIFERENTES DEVEM
SER MANTIDOS EM INSTALAÇÕES SEPARADAS PARA EVITAR ESTRESSE DESNECESÁRIO E LESÕES
DECORRENTES DE BRIGAS E AGRESSÕES.

3.5. Os animais acidentados ou em estado de sofrimento durante o


transporte ou à chegada no estabelecimento de abate devem ser
submetidos à matança de emergência. Para tal, os animais não devem
ser arrastados e sim transportados para o local do abate de emergência
por meio apropriado, meio este que não acarrete qualquer sofrimento
inútil;

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ESTE ITEM TAMBÉM JÁ VIMOS NAS AULAS ANTERIORES, E FAZ PARTE DOS PROCEDIMENTOS DE
INSPEÇÃO ANTE-MORTEM. ANIMAIS QUE APRESENTEM DOENÇAS, CONTUSÕES
GENERALIZADAS, FRATURAS, INCAPACIDADE DE LOCOMOÇÃO, HEMORRAGIAS, DECÚBITO
FORÇADO, AGONIZANTES, ETC. DEVEM SER SUBMETIDOS À MATANÇA DE EMERGÊNCIA,
CONFORME ARTIGO 130 DO RIISPOA.
IMPORTANTE FRISAR QUE OS ANIMAIS QUE SE ENCONTRAM NESTAS SITUAÇÕES MUITAS VEZES
NÃO CONSEGUEM SE LOCOMOVER SOZINHOS. NESTES CASOS, O ESTABELECIMENTO DEVE
DISPOR DE CARRINHOS OU OUTROS MEIOS QUE FACILITEM A CONDUÇÃO ATÉ O LOCAL DE
ABATE DE EMERGÊNCIA, SENDO PROIBIDO ARRASTÁ-LOS OU UTILIZAR QUALQUER OUTRO
MÉTODO QUE CAUSE DOR/SOFRIMENTO.

o
3.6. A recepção deve assegurar que os animais não sejam acuados,

em
excitados ou maltratados;

D
er
3.7. Não será permitido espancar os animais ou agredi-los, erguê-los
ov
em

pelas patas, chifres, pelos, orelhas ou cauda, ocasionando dores ou


R

sofrimento;
k
ar

3.8. Os animais devem ser movimentados com cuidado. Os bretes e


m
er

corredores por onde os animais são encaminhados devem ser concebidos


at

de modo a reduzir ao mínimo os riscos de ferimentos e estresse. Os


W

instrumentos destinados a conduzir os animais devem ser utilizados


F
PD

apenas para esse fim e unicamente por instantes. Os dispositivos


e

produtores de descargas elétricas apenas poderão ser utilizados, em


W

caráter excepcional, nos animais que se recusem mover, desde que essas
descargas não durem mais de dois segundos e haja espaço suficiente
para que os animais avancem. As descargas elétricas, com voltagem
estabelecidas nas normas técnicas que regulam o abate de diferentes
espécies, quando utilizadas serão aplicadas somente nos membros;

A CONDUÇÃO DOS ANIMAIS É UMA SITUAÇÃO CRÍTICA. ALGUNS ESTABELECIMENTOS USAM


BASTÕES ELÉTRICOS PARA CONDUÇÃO PRINCIPALMENTE NA CHEGADA AO BOX DE
INSENSILIZAÇÃO OU NO EQUIPAMENTO DE CONTENÇÃO, QUANDO OS ANIMAIS SE RECUSAM A
SE LOCOMOVER. PORÉM O USO DEVE SER LIMITADO, COM DESCARGAS ELÉTRICAS PEQUENAS E
APLICADAS SOMENTE NOS MEMBROS, POR CURTO PERÍODO DE TEMPO. O TREINAMENTO DOS
FUNCIONÁRIOS É FUNDAMENTAL PARA ESTA ETAPA E O MANEJO TRANQUILO, UTILIZANDO
BANDEIRAS OU OUTROS INSTRUMENTOS MENOS AGRESSIVOS, É SEMPRE PREFERÍVEL.

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A FORMA DE CONDUÇÃO DOS ANIMAIS, SEJA NA APANHA (AVES) NO CARREGAMENTO,


DESCARREGAMENTO, DENTRO DAS INSTALAÇÕES OU AINDA NO MOMENTO DE SEREM LEVADOS
PARA A INSENSIBILIZAÇÃO, DEVE SER CUIDADOSA E COM RESPEITO. PARA ISSO HÁ DE SE
CONSIDERAR O COMPORTAMENTO DE CADA ESPÉCIE (PARA ESCOLHA DO MELHOR MÉTODO DE
CONDUÇÃO) E A SUA BIOLOGIA (CAMPO DE VISÃO, FORMA COMO INTERAGE COM O HOMEM E
COM O MEIO ONDE ESTÁ).
A INTERAÇÃO INADEQUADA DO HOMEM COM OS ANIMAIS PODE AUMENTAR O ESTRESSE
PSICOLÓGICO E FÍSICO, AFETANDO O BEM-ESTAR DOS ANIMAIS DURANTE O EMBARQUE, O
DESEMBARQUE E A CONDUÇÃO NO FRIGORÍFICO, TENDO COMO CONSEQUÊNCIA ANIMAIS
ASSUSTADOS, CANSADOS, MACHUCADOS E COM TEMPERATURA ELEVADA, GERANDO PREJUÍZOS
AO BEM ESTAR E À QUALIDADE DA CARNE.
ASSIM, HÁ NECESSIDADE DO TREINAMENTO DE TODAS AS PESSOAS ENVOLVIDAS, DENTRE ELES:
MOTORISTAS, FUNCIONÁRIOS DAS FAZENDAS/ GRANJAS E FRIGORÍFICOS, ASSIM COMO DOS
VETERINÁRIOS RESPONSÁVEIS, QUE ESTÃO ENVOLVIDOS DIRETAMENTE NA FORMA DE
ORGANIZAR O MANEJO E MELHORAR O BEM-ESTAR DOS ANIMAIS.

o
ESTUDOS DEMONSTRAM QUE UMA DAS FORMAS DE SE AVALIAR AS CONDIÇÕES DE BEM-ESTAR

em
NOS BOVINOS É ATRAVÉS DA % DE QUEDAS/DESLIZAMENTOS E VOCALIZAÇÕES DURANTE A

D
CONDUÇÃO.

er
ov
em

3.9. Os animais mantidos nos currais, pocilgas ou apriscos devem ter livre
R

acesso à água limpa e abundante e, se mantidos por mais de 24 (vinte e


k
ar

quatro) horas, devem ser alimentados em quantidades moderadas e a


m
er

intervalos adequados.
at
W

A ÁGUA DISPONÍVEL NAS INSTALAÇÕES DE DESCANSO DEVE SER LIMPA E ABUNDANTE,


F

SUFICIENTE AO NÚMERO DE ANIMAIS PRESENTES NO LOCAL. A LEGISLAÇÃO PREVÊ QUE EM


PD

CASO DE PERMANÊNCIA POR MAIS DE 24 HORAS OS ANIMAIS DEVEM SER ALIMENTADOS.


NESTES CASOS TERÃO QUE NOVAMENTE CUMPRIR O TEMPO MÍNIMO DE JEJUM ESTIPULADO
e

PARA PODEREM SER DESTINADOS AO ABATE, PARA EVITAR CONTAMINAÇÕES DURANTE O


W

PROCESSO DE EVISCERAÇÃO.
PARA AVES, COMO NÃO HÁ POSSIBLIDADE DE ALIMENTAÇÃO E FORNECIMENTO DE ÁGUA NO
INTERIOR DAS GAIOLAS TRANSPORTADORAS, PRECONIZA-SE QUE SEJAM ENCAMINHADAS AO
ABATE O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL, CONFORME JÁ FALADO ANTERIORMENTE.

3.10. Nas espécies que apresentarem acentuada natureza gregária, não


deve haver reagrupamento ou mistura de lotes animais de diferentes
origens, evitando assim que corram o risco de ferirem-se mutuamente.

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4. Contenção
4.1. Os animais devem ser imediatamente conduzidos ao equipamento de
insensibilização, logo após a contenção que deverá ser feita conforme o
disposto na regulamentação de abate de cada espécie animal;

4.2. Os animais não serão colocados no recinto de insensibilização se o


responsável pela operação não puder proceder essa ação imediatamente
após a introdução do animal no recinto.

o
A FORMA DE CONTENÇÃO DOS ANIMAIS PARA A INSENSIBILIZAÇÃO VAI DEPENDER DOS

em
EQUIPAMENTOS DISPONÍVEIS NO ESTABELECIMENTO E DA ESPÉCIE ANIMAL ENVOLVIDA. A
PORTARIA 711/1995 RECOMENDA QUE, PARA ABATES ACIMA DE 120 SUÍNOS/HORA, A

D
INDÚSTRIA DEVE TER UM EQUIPAMENTO DE CONTENÇÃO EM FORMA DE DUPLA ESTEIRA

er
(RESTRAINER) PARA RACIONALIZAR OS TRABALHOS DE CONTENÇÃO E INSENSIBILIZAÇÃO DO
ov
SUÍNO E DIMINUIR A POSSIBILIDADE DE CONTUSÕES. PARA BOVINOS, A CONTENÇÃO DEVE SER
FEITA EM BOX INDIVIDUAL QUE PERMITA O POSICIONAMENTO ADEQUADO DO ANIMAL DE
em

FORMA QUE O DISPARO SEJA REALIZADO NO LOCAL CORRETO PARA PROMOVER A


R

INSENSIBILIZAÇÃO. ALGUNS MODELOS DE BOX POSSUEM UM APOIO MECÂNICO PARA A


CABEÇA, FACILITANDO A PRECISÃO DO PROCEDIMENTO.
k
ar

A CONTENÇÃO DEVE SER RÁPIDA E PELO TEMPO MÍNIMO NECESSÁRIO PARA PROMOVER A
m

INSENSIBILIZAÇÃO E IMEDIATA PERDA DE CONSCIÊNCIA DO ANIMAL.


er
at
W

5. Os métodos de insensibilização para o


F
PD

abate humanitário dos animais classificam-se


e

em:
W

MÉTODO MAIS
5.1. Método mecânico EFICIENTE UTILIZADO
EM BOVINOS
5.1.1. Percussivo Penetrativo: Pistola com dardo cativo

5.1.1.1. A pistola deve ser posicionada de modo a assegurar que o dardo


penetre no córtex cerebral, através da região frontal.

5.1.1.2 Os animais não serão colocados no recinto de insensibilização se o


operador responsável pelo atordoamento não puder proceder a essa ação
imediatamente após a introdução do animal nesse recinto; não se deve
proceder a imobilização da cabeça do animal até que o magarefe possa
efetuar a insensibilização.

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5.1.2. Percussivo não penetrativo

5.1.2.1. Este processo só é permitido se for utilizada a pistola que


provoque um golpe no crânio. O equipamento deve ser posicionado na
cabeça, nas regiões indicadas pelo fabricante e mencionadas em 5.1.1.1;

5.2. Método elétrico


5.2.1. Método elétrico eletronarcose USADO EM SUÍNOS E AVES

5.2.1.1. Os eletrodos devem ser colocados de modo a permitir que a


corrente elétrica atravesse o cérebro. Os eletrodos devem ter um firme

o
em
contato com a pele e, caso necessário, devem ser adotadas medidas que

D
garantam um bom contato dos mesmos com a pele, tais como molhar a

er
região e eliminar o excesso de pelos; ov
em

5.2.1.2. O equipamento deverá possuir um dispositivo de segurança que


R

o controle, a fim de garantir a indução e a manutenção dos animais em


k
ar

estado de inconsciência até a operação de sangria;


m
er

5.2.1.3. O equipamento deverá dispor de um dispositivo sonoro ou visual


at

que indique o período de tempo de sua aplicação;


W
F

5.2.1.4. O equipamento deverá dispor de um dispositivo de segurança,


PD

posicionado de modo visível, indicando a tensão e a intensidade da


e

corrente, para o seu controle, a fim de garantir a indução e a manutenção


W

dos animais em estado de inconsciência;

5.2.1.5. O equipamento deverá dispor de sensores para verificação da


resistência, a corrente elétrica que o corpo do animal oferece, a fim de
garantir que a voltagem e a amperagem empregadas na insensibilização
sejam proporcionais ao porte do animal, evitando lesões e sofrimento
inútil.

5.2.1.6. Caso seja utilizado equipamento de imersão de aves em grupo,


deve ser mantida uma tensão suficiente para produzir uma intensidade de
corrente eficaz para garantir a insensibilização das aves;

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IMPORTANTE A REGULAGEM DOS PADRÕES DE VOLTAGEM, AMPERAGEM E FREQUÊNCIA À


ESPÉCIE, TAMANHO E PESO DAS AVES E À EXTENSÃO DO TANQUE, PARA PROMOVER UMA
CORRETA INSENSIBILIZAÇÃO DE TODO O GRUPO.

5.2.1.7. Medidas apropriadas devem ser tomadas a fim de assegurar uma


passagem satisfatória da corrente elétrica, mediante um bom contato,
conseguido, molhando-se as patas das aves e os ganchos de suspensão.

ALGUNS ESTABELECIMENTOS UTILIZAM BICOS DE ÁGUA PARA MOLHAR AS PERNAS DAS AVES E A
COLOCAÇÃO DE SAL (NaCl a 0,1%) NA ÁGUA DA CUBA DE CHOQUE PARA MELHORAR A

o
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA E A EFICIÊNCIA DA INSENSIBILIZAÇÃO.

em
OUTROS FATORES IMPORTANTES: PROFUNDIDADE DA IMERSÃO (IDEAL QUE A IMERSÃO DAS
AVES SEJA FEITA ATÉ A BASE DAS ASAS), DUAS PERNAS EM CONTATO COM OS GANCHOS,

D
ELETRODOS BEM DISTRIBUÍDOS, DIMINUIÇÃO DA RESISTÊNCIA E PARÂMETROS AJUSTADOS DE

er
VOLTAGEM E CORRENTE. ov
em

5.3. Método da exposição à atmosfera controlada


R
k

5.3.1. A atmosfera com dióxido de carbono ou com mistura de dióxido de


ar
m

carbono e gases do ar onde os animais são expostos para insensibilização


er

deve ser controlada para induzir e manter os animais em estado de


at
W

inconsciência até a sangria, sem submetê-los a lesões e sofrimento físico;


F
PD

5.3.2. Os equipamentos onde os animais são expostos à atmosfera


controlada devem ser concebidos, construídos e mantidos de forma a
e
W

conter o animal adequadamente, eliminando a possibilidade de


compressão sobre o corpo do animal, de forma que não provoque lesões
e sofrimento físico;

5.3.3. O equipamento deve dispor de aparelhos para medir a


concentração de gás no ponto de exposição máxima. Esses aparelhos
devem emitir um sinal de alerta, visível e/ou audível pelo operador, caso
a concentração de dióxido de carbono esteja fora dos limites
recomendáveis pelo fabricante;

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5.3.4. A concentração de dióxido de carbono, em seu nível máximo, em


volume, deve ser de, pelo menos, 70% para suínos e 30% para aves.

INDEPENDENTE DO MÉTODO DE INSENSIBILIZAÇÃO UTILIZADO, ESTE DEVE SER SUFICIENTE PARA


PROMOVER UM ATORDOAMENTO INSTANTÂNEO E EFETIVO, POSSIBILITANDO QUE OS ANIMAIS
PERMANEÇAM INSENSÍVEIS À DOR ATÉ A PERDA COMPLETA DA ATIVIDADE CEREBRAL E À
MORTE DECORRENTE DA SANGRIA.
A INCONSCIÊNCIA DEVE PERMANECER ATÉ O FINAL DA SANGRIA, QUE DEVE SER O MAIS
COMPLETA POSSÍVEL, DIMINUINDO AO MÁXIMO O SOFRIMENTO DO ANIMAL NA EMINÊNCIA DA
MORTE.
ANTES DO ABATE, DEVE-SE GARANTIR QUE TODOS OS ANIMAIS ESTEJAM INSENSIBILIZADOS
CORRETAMENTE, PARA QUE A MORTE SE DÊ ENQUANTO ESTÃO INCONSCIENTES
(ANESTESIADOS), EVITANDO O SOFRIMENTO NO MOMENTO DA SANGRIA.

o
MÉTODOS INACEITÁVEIS, SEGUNDO A OIE: ELETROIMOBILIZAÇÃO OU IMOBILIZAÇÃO POR

em
LESÃO, INCLUINDO A SECÇÃO DA MEDULA. INSENSIBILIZAÇÃO ELÉTRICA COM UMA APLICAÇÃO
ÚNICA DE MEMBRO A MEMBRO. DANO CEREBRAL POR PERFURAÇÃO ATRAVÉS DA ÓRBITA

D
OCULAR OU CRÂNIO ANTES DA INSENSIBILIZAÇÃO.

er
ov
em

NO BRASIL, O MÉTODO MAIS UTILIZADO PARA ABATE DE BOVINOS É A PISTOLA DE IMPACTO.


A MARRETA E O CORTE DA MEDULA (CHOUPEAMENTO) SÃO PROIBIDOS NO NOSSO PAÍS,
R

PORÉM SABE-SE QUE EM ESTABELECIMENTOS CLANDESTINOS E PEQUENOS MATADOUROS


k

CONTINUAM SENDO UTILIZADOS DE FORMA IRREGULAR.


ar
m
er
at

6. Sangria dos animais


W
F

6.1. A operação de sangria deve ser iniciada logo após a insensibilização


PD

do animal, de modo a provocar um rápido, profuso e mais completo


e

possível escoamento do sangue, antes que o animal recupere a


W

sensibilidade;

6.2. A operação de sangria é realizada pela seção dos grandes vasos do


pescoço, no máximo 1 minuto após a insensibilização;

O IDEAL É QUE A SANGRIA OCORRA O QUANTO ANTES, IMEDIATAMENTE APÓS A


INSENSIBILIZAÇÃO.
EMBORA ESTE REGULAMENTO TÉCNICO DEFINA O TEMPO MÁXIMO DE 1 MINUTO, NÃO
ESQUEÇAM QUE PARA AVES E SUÍNOS TEMOS OUTRAS DEFINIÇÕES, CONFORME VISTO NAS
AULAS ANTERIORES:
AVES (PORTARIA Nº210/1998 ITEM 4.2.1): MÁXIMO 12 SEGUNDOS.
SUÍNOS (PORTARIA Nº 711/1995 ITEM 3.5): MÁXIMO 30 SEGUNDOS.

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6.3. Após a seção dos grandes vasos do pescoço, não serão permitidas,
na calha de sangria, operações que envolvam mutilações, até que o
sangue escoe ao máximo possível, tolerando-se a estimulação elétrica
com o objetivo de acelerar as modificações post-mortem;

6.4. Na sangria automatizada (aves), torna-se necessária a supervisão de


um operador, visando proceder manualmente o processo, em caso de
falha do equipamento, impedindo que o animal alcance a escaldagem sem
a devida morte pela sangria.

o
em
ESTE MONITORAMENTO É MUITO IMPORTANTE. EM HIPÓTESE NENHUMA SE TOLERA O INÍCIO
DAS OPERAÇÕES DE ESFOLA (BOVINOS) OU ESCALDAGEM (AVES E SUÍNOS) SEM QUE TENHA

D
OCORRIDO A MORTE EFETIVA DO ANIMAL.

er
O TEMPO MÍNIMO ESTABELECIDO PARA A SANGRIA É DE 3 MINUTOS, CONFORME JÁ VIMOS NAS
AULAS PASSADAS. ov
NOS CASOS DE ESTABELECIMENTOS QUE POSSUAM SANGRIA AUTOMATIZADA (DISCOS DE
em

CORTE), FAZ-SE NECESSÁRIO UM FUNCIONÁRIO APÓS PARA EFETUAR O REPASSE, OU SEJA,


REALIZAR A SANGRIA NOS ANIMAIS QUE NÃO TENHAM SIDO SANGRADOS AUTOMATICAMENTE
R

PELO EQUIPAMENTO (LOTES DESUNIFORMES, ANIMAIS QUE ERGUEM A CABEÇA, ETC.).


k
ar
m
er

7. Requisitos para a aprovação dos métodos de insensibilização


at

para o abate humanitário


W
F

7.1. Métodos de insensibilização consagrados


PD

7.1.1. Os procedimentos de insensibilização já de pleno uso dos


e
W

estabelecimentos referidos neste regulamento, estão dispensados de


aprovação; no entanto, no prazo de 60 (sessenta dias) após apublicação
deste regulamento, os estabelecimentos devem apresentar ao Serviço de
Inspeção Federal local, a descrição detalhada dos procedimentos
adotados, em conformidade com os itens a seguir deste Regulamento
Técnico, sem prejuízo de, mais tarde, vir a ser incluída nos programas
estabelecidos pela Portaria nº 046, de 10.02.98, publicada no D.O.U. em
16.03.98, que instituem o Sistema de Análise de Perigo e Pontos Críticos
de Controle - APPCC:

7.1.2. Especificações do método de insensibilização

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A descrição do método de insensibilização referido no item 7.1. deve


contemplar, no mínimo, os seguintes aspectos:

7.1.2.1. Razão social do estabelecimento;

7.1.2.2. Endereço do estabelecimento;

7.1.2.3. Número de registro do estabelecimento no Departamento de


Inspeção de Produtos de Origem Animal DIPOA;

7.1.2.4. Espécie animal;

7.1.2.5. Método de insensibilização;

o
em
7.1.2.6. Equipamentos utilizados;

D
7.1.2.7. Princípio da ação;

er
ov
7.1.2.8. Especificações do equipamento de insensibilização, enfatizando
em

sobretudo os seguintes aspectos: energia cinética necessária à


R

insensibilização, concentração de CO2, tensão, corrente, duração da


k
ar

insensibilidade, dependendo do método utilizado;


m
er

7.1.2.9. Forma de emprego do equipamento, indicando a região do corpo


at
W

do animal e tempo;
F
PD

7.1.2.10. O fabricante do equipamento de insensibilização deve fornecer


treinamento com instalações apropriadas e pessoal capacitado para :
e
W

7.1.2.10.1. Operadores de insensibilizador: manuseio correto torna mais


seguro para o operador e evita o sofrimento inútil para o animal.

7.1.2.10.2. Responsáveis pela manutenção: manutenção correta evita


acidentes e quebras constantes do equipamento.

7.1.2.11. Limites críticos;


No abate em escala, é inevitável que ocorram variações biológicas
relacionadas com o início, tempo de duração da insensibilidade e defeitos
da sangria. Esta é razão pela qual, as especificações do processo de
insensibilização devem incluir também os limites críticos baseados em

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observações práticas, com a finalidade de monitorar e acompanhar o


andamento do processo;

7.1.2.12. Tempos máximos do intervalo compreendido entre:


contenção/início da insensibilização e insensibilização/operação de
sangria;

7.1.2.13. Tipo e frequência da inspeção do equipamento de


insensibilização;

7.1.2.14. Responsável técnico do estabelecimento;

o
em
7.2. Controle do método de insensibilização e da operação de sangria
Os estabelecimentos de abate devem incluir, no detalhamento dos seus

D
er
procedimentos apresentados ao Serviço de Inspeção Federal local, um
ov
Programa de Controle do Processo direcionado aos seguintes aspectos:
em

7.2.1. Fatores relacionados com o equipamento de insensibilização são


R
k

fatores que descritos possibilitarão ações de manutenção preventiva e


ar
m

corretiva, visando a eficácia do equipamento ao longo de sua vida útil.


er

Mesmo quando o equipamento é adequadamente instalado e submetido a


at
W

uma manutenção periódica, o seu desempenho pode ser insuficiente em


F

termos de abate humanitário, se este não for operado corretamente.


PD

Assim, o Programa de Controle do Processo deve prever:


e
W

7.2.1.1. Sistema de contenção dos animais submetidos à insensibilização;

7.2.1.2. Possibilidade de ajuste do equipamento de contenção para cada


situação, em função de variações de peso e tamanho dos animais de uma
mesma espécie;

7.2.2. Fator que interfere na insensibilização através dos métodos


mecânicos;

7.2.2.1. Limpeza e lubrificação diária da pistola;

7.2.2.2. Energia Cinética (de impacto), suficiente para


insensibilizar o animal.

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7.2.3. Fatores que interferem na insensibilização através do método


elétrico
7.2.3.1. Corrente e tensão aplicadas, proporcionais ao porte de
cada animal;
7.2.3.2. Tempo de aplicação da corrente;
7.2.3.3. Checagem do circuito elétrico;
7.2.3.4. Condições físicas dos eletrodos;
7.2.3.5. Limpeza dos eletrodos;
7.2.4. Fatores que interferem na insensibilização relacionados com a

o
atmosfera controlada

em
7.2.4.1. Controle da concentração do dióxido de carbono e dos

D
er
gases do ar, quando também utilizados, no seu ponto máximo de
ov
concentração;
em

7.2.4.2. Tamanho e peso dos animais de uma mesma espécie;


R

7.2.4.3. Tempo de permanência do animal no equipamento;


k
ar

7.2.4.4. Intervalo de tempo entre a saída do equipamento de


m
er

insensibilização até a sangria.


at

7.3. Fatores relacionados com a operação de sangria


W

7.3.1. Descrição da operação de sangria;


F
PD

7.3.2. Limites críticos.


e

8. Monitoramento do programa
W

Cabe ao estabelecimento, realizar, pelo menos uma vez ao dia, o


monitoramento do processo de insensibilização e sangria.

A EMPRESA DEVE DESENVOLVER, IMPLANTAR E EXECUTAR UM PROGRAMA DE AUTOCONTROLE


QUE CONTEMPLE AS AÇÕES DESENVOLVIDAS PARA ASSEGURAR O CUMPRIMENTO DO BEM
ESTAR ANIMAL, INCLUINDO MONITORAMENTO, VERIFICAÇÃO, AÇÃO CORRETIVA NO CASO DE
DESVIOS E MEDIDAS PREVENTIVAS, DESCREVENDO OS PADRÕES A SEREM ATENDIDOS DE
ACORDO COM A LEGISLAÇÃO VIGENTE E EXIGÊNCIAS DE MERCADOS ESPECÍFICOS.
VOCÊS PODEM SABER MAIS SOBRE ESTE PROGRAMA NO CURSO PROGRAMA“ DE
AUTOCONTROLE BPF PPHO E APPCC PARA MAPA OFERTADO TAMBÉM PELO E“TRATÉGIA
CONCUR“O“

Este monitoramento será realizado, no mínimo, através da checagem dos


seguintes aspectos:

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8.1. velocidade do fluxo do abate, fluxo mínimo de corrente e tensão para


animais de mesma espécie, de acordo com o tamanho e peso;
8.2. posição dos eletrodos no caso de insensibilização elétrica;
8.3.contrações musculares, tônicas e clônicas após a
insensibilização;
8.4. intervalos de tempo entre a contenção e o início da insensibilização e
entre a insensibilização e a sangria.
8.5. da seção das artérias carótidas e/ou do tronco bicarótico;
8.6. do cérebro, para identificar o efeito da ação mecânica.

o
8.7. outras técnicas para avaliação do método de abate poderão ser

em
incorporadas, desde que se enquadrem nos métodos estabelecidos em

D
er
legislação específica.
ov
em
R

O MONITORAMENTO DA EFICÁCIA DA INSENSIBILIZAÇÃO DEVE SER REALIZADO AVALIANDO


TAMBÉM AS CONDIÇÕES DO ANIMAL APÓS O PROCEDIMENTO.
k
ar

MONITORAR O ANIMAL É FUNDAMENTAL PARA AVALIAR A INSENSIBILIZAÇÃO!!!


m
er

UM ANIMAL BEM INSENSIBILIZADO APRESENTARÁ:


at

AUSÊNCIA DE RESPIRAÇÃO RÍTMICA


W

AUSÊNCIA DE VOCALIZAÇÃO
OLHOS ABERTOS, FIXOS E VIDRADOS (SEM PISCAR ESPONTÂNEO)
F

OLHAR VAZIO
PD

AUSÊNCIA DE REFLEXO DOS OLHOS QUANDO A PÁLPEBRA E CÓRNEA SÃO TOCADAS


AUSÊNCIA DE REFLEXO DE DOR
e
W

PODEM OCORRER CHUTES INVOLUNTÁRIOS QUE CESSAM GRADUALMENTE


FASE TÔNICA (ENRIJECIMENTO DOS MEMBROS) SEGUIDA DE FASE CLÔNICA
(MOVIMENTOS DE PEDALAGEM)

AVES BEM INSENSIBILIZADAS:


INÍCIO DA FASE TÔNICA (PESCOÇO ARQUEADO), ASAS FECHADAS AO CORPO, TREMOR
INVOLUNTÁRIO CONSTANTE NO CORPO E ASAS, OLHOS ABERTOS E PERNAS ESTENDIDAS
AUSÊNCIA DE RESPIRAÇÃO RÍTMICA (OBSERVADA PELA AUSÊNCIA DE CONTRAÇÃO DOS
MÚSCULOS ABDOMINAIS PRÓXIMOS À CLOACA)
FASE CLÔNICA (MOVIMENTO DAS PERNAS E MOVIMENTOS DESCOORDENADOS DAS
ASAS)
AUSÊNCIA DE REFLEXOS OCULARES E DA TERCEIRA PÁLPEBRA (MEMBRANA NICTITANTE)

SINAIS DE FALHA NA INSENSIBILIZAÇÃO DE AVES:


TEN“ÃO NO PE“COÇO EM FORMATO DE “ MOVIMENTO COORDENADO DAS ASAS,
RESPIRAÇÃO RÍTMICA E TENTATIVA DE ENDIREITAMENTO NA NÓREA.

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9. Verificação do processo a ser efetuada pela Inspeção Federal


junto ao estabelecimento
O Serviço de Inspeção Federal junto ao estabelecimento é responsável
pela fiscalização do cumprimento deste Regulamento Técnico, devendo
proceder à verificação do processo de insensibilização e sangria,
mediante:
9.1. observação, em caráter aleatório, das operações de insensibilização e
sangria e inspeção dos equipamentos respectivos;
9.2. revisão dos registros de monitoramento levados a efeito pelo

o
estabelecimento;

em
9.3. comparação do resultado das observações e da inspeção efetuadas

D
er
com os registros correspondentes ao monitoramento realizado pelo
ov
Controle de Qualidade do estabelecimento.
em
R

A INSPEÇÃO FEDERAL VERIFICA O CUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO E DO PROGRAMA DE


k

AUTOCONTROLE DESENVOLVIDO PELA INDÚSTRIA ATRAVÉS DO ELEMENTO DE INSPEÇÃO 18


ar

BEM ESTAR ANIMAL, REALIZANDO VERIFICAÇÕE“ IN LOCO DA“ ETAPA“ DE


m

TRANSPORTE/RECEPÇÃO/DESCARGA, DESCANSO, CONDUÇÃO/MANUSEIO,


er

PENDURA/CONTENÇÃO, INSENSIBILIZAÇÃO, SANGRIA E ESCALDAGEM (QUANDO APLICÁVEL A


at

ESPÉCIE), ALÉM DE VERIFICAÇÕES DOCUMENTAIS DOS REGISTROS GERADOS PELA EMPRESA.


W

NÃO CONFORMIDADES EVIDENCIADAS PELA INSPEÇÃO FEDERAL GERAM AÇÕES FISCAIS E A


INDÚSTRIA DEVE REALIZAR AÇÕES CORRETIVAS DE ACORDO COM O CASO.
F
PD
e

10. Aprovação de outros métodos de insensibilização


W

Admite-se a adoção de outros métodos de insensibilização. Torna-se


necessário, para tanto, que a parte interessada adote os seguintes
procedimentos:
10.1. Requerer ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem
Animal DIPOA da Secretária de Defesa Agropecuária, do Ministério da
Agricultura e do Abastecimento, a aprovação do método. Anexar ao
requerimento literatura especializada ou trabalho técnico-científico,
avalizado por instituição de pesquisa, pública ou privada, registrada e/ou
certificada pelo órgão competente.

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11. Disposições gerais e transitórias


11.1. No abate de coelhos permitir-se-á a insensibilização através de
pequeno golpe no crânio, efetuado com eficácia, de modo a resultar
num estado de inconsciência imediata, até o desenvolvimento de um
sistema de abate humanitário baseado em princípios científicos,
devidamente comprovados por intermédio de literatura especializada.
11.2. A insensibilização dos animais silvestres, criados em cativeiro,
deverá ser disciplinada por ocasião da emissão dos Regulamentos
Técnicos que regerão os abates dos mesmos.

o
11.3. É facultado o sacrifício de animais de acordo com preceitos

em
religiosos, desde que sejam destinados ao consumo por

D
er
comunidade religiosa que os requeira ou ao comércio
ov
internacional com países que façam essa exigência, sempre
em

atendidos os métodos de contenção dos animais.


R
k
ar
m
er
at
W
F
PD
e

ESTE ITEM REFERE-SE AO CASO DOS ABATES HALAL E KO“HER KA“HER , REALIZADO PARA
W

ATENDIMENTO AOS PRINCÍPIOS RELIGIOSOS DOS MUÇULMANOS (ISLAMISMO) E JUDEUS


(JUDAISMO), RESPECTIVAMENTE. NESTES CASOS, PERMITE-SE A DEGOLA CRUENTA, SEM
INSENSIBILIZAÇÃO PRÉVIA.
O ABATE RELIGIOSO É ALVO DE MUITAS CRÍTICAS E GERA MUITA DISCUSSÃO QUANDO SE FOCA A
QUESTÃO DO BEM-ESTAR ANIMAL.
A FALTA DE INSENSIBILIZAÇÃO PREVIAMENTE À SANGRIA É NEGATIVA DO PONTO DE VISTA DO
BEM-ESTAR ANIMAL, DA QUALIDADE DA CARCAÇA E TAMBÉM DA SEGURANÇA DO TRABALHO. OS
ANIMAIS SE DEBATEM ATÉ A MORTE E COM ISTO PODEM SE MACHUCAR E CAUSAR RISCO AOS
OPERADORES QUE ESTÃO NO LOCAL. AS LESÕES PRINCIPALMENTE EM MEMBROS DIMINUEM O
RENDIMENTO DA CARCAÇA DEVIDO ÀS CONDENAÇÕES POR CONTUSÕES/FRATURAS.
PORÉM, CONSIDERANDO A ALTERNATIVA DADA PELA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA, ESTES MÉTODOS
CONTINUAM SENDO UTILIZADOS QUANDO A INDÚSTRIA PRODUZ PARA MERCADOS ESPECÍFICOS
QUE POSSUEM ESTAS EXIGÊNCIAS.
COMO O MERCADO ÁRABE É UM IMPORTANTE COMPRADOR DOS PRODUTOS DE AVES DO BRASIL,
VÁRIO“ E“TABELECIMENTO“ EXECUTAM O ABATE HALAL NO NO““O PAÍ“

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2.7. IMPLICAÇÃO COM A QUALIDADE DA CARNE

Antes de falarmos da importância do atendimento ao Bem-Estar


Animal e Abate Humanitário para a qualidade da carne, vamos primeiro
entender de maneira simplificada os processos que ocorrem no interior da
musculatura do animal vivo e após a sua morte:

o
em
D
er
ov
em
R
k
ar
m
er
at
W
F
PD
e
W

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Como vocês podem observar nas figuras acima, após a morte do


animal iniciam os fenômenos post-mortem e ocorre a queda gradativa do
pH no interior do músculo. Esta queda está diretamente ligada à produção
e acúmulo de ácido lático decorrente da quebra do glicogênio muscular
para produção de energia. Como o músculo encontra-se em anaerobiose
(ausência de oxigênio) pelo colapso circulatório e morte do animal, a
degradação do glicogênio resulta na produção de ácido lático, o qual se
acumula nas células musculares levando à diminuição do pH, etapa esta
fundamental para a qualidade final da carne.

o
O processo de conversão do músculo em carne, com diferentes

em
graus de degradação enzimática e desnaturação de proteínas, pode

D
er
resultar em marcantes variações nas propriedades e características do
ov
produto, influindo na capacidade de retenção de água (pelo pH), na
em

cor e na consistência da carne, atributos fundamentais tanto na


R

percepção do consumidor, quanto na elaboração de produtos


k
ar

processados/industrializados.
m
er

Quando o animal é submetido a condições de estresse pré-abate, o


at

rigor mortis pode ser instalado de maneira atípica, gerando grandes


W

prejuízos de qualidade. Nestes casos, a reserva de glicogênio dos


F
PD

músculos dos animais pode ser parcial ou totalmente esgotada, levando


e

ao estabelecimento do rigor mortis já na primeira hora após o abate,


W

mesmo antes de a carcaça ser resfriada. Este fenômeno ocorre devido a


reserva energética não ser suficiente para sustentar o metabolismo
anaeróbio e produzir ácido lático na quantidade e tempo suficientes para
diminuir o pH muscular de forma desejável, para em torno de 5,5 na 24a
hora post mortem. A carne resultante desse processo terá pH elevado,
normalmente acima de 6,0, proporcionando às proteínas musculares uma
alta capacidade de retenção de água, tornando-a escura, firme e
com vida de prateleira mais curta (carne DFD).

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o
em
D
er
ov
em
R
k
ar
m
er
at
W
F
PD
e
W

Outros prejuízos econômicos associados ao não atendimento do


Bem-Estar Animal e Abate Humanitário ocorrem devido às condenações
realizadas na Inspeção ante e post-mortem. Animais que se apresentem
agonizantes, com fraturas, contusão generalizada, hemorragias, hipo ou
hipertemia, decúbito forçado ou qualquer situação de dor e sofrimento
eminente devem ser abatidos de emergência, e podem ser condenados

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total ou parcialmente a critério da Inspeção Federal. Tanto as carcaças


quanto as partes afetadas que não podem ser destinadas ao consumo
humano acarretam em perdas financeiras à indústria e poderiam ser
evitadas com práticas corretas de manejo.
Portanto, aliado à necessidade de produção em larga escala para
produção de alimentos com lucratividade para o setor, há de se
considerar os fatores impactantes na melhora de rendimento das
indústrias e de que forma as mudanças no tratamento dos animais pode
influenciar e melhorar a qualidade dos produtos, além de propiciar a

o
redução do sofrimento desnecessário e a elaboração de alimentos éticos

em
que atendam às expectativas do consumidor.

D
er
Esta mudança de conceitos e atitudes, além de ser um dever moral
ov
de todos os envolvidos no setor pecuário, se tornará imprescindível para a
em

manutenção da competitividade das indústrias em mercados mais


R

exigentes e para diminuição de perdas decorrentes das tecnopatias, com


k
ar

maior produtividade e qualidade para o consumidor.


m
er
at

_____________________________________________
W
F
PD
e

E aí pessoal? Alguma dúvida?!


W

Esse assunto é bem interessante não?!


Então agora vamos treinar um pouquinho o que aprendemos.
A seguir temos algumas questões que já caíram em concursos
relativos ao nosso assunto de hoje!

BOA SORTE!

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3. Questões

1. (MÉDICO VETERINÁRIO ESPECIALISTA – UNB/CESPE - Adaptada):


A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) é responsável pela
melhoria da sanidade animal no mundo. Sediada em Paris, França,
contava, em abril de 2009, com 174 países-membros. Acerca da OIE,
julgue os itens abaixo (CERTO OU ERRADO):
a) São documentos normativos elaborados pela OIE: o Código

o
em
Sanitário para os Animais Terrestres, o Manual de Provas de Diagnóstico e

D
Vacinas para os Animais Terrestres, o Código Sanitário para os Animais

er
Aquáticos e o Manual de Provas de Diagnóstico para os Animais ov
Aquáticos.
em

b) Melhorar o bem-estar animal usando bases científicas é um dos


R

objetivos da OIE.
k
ar
m
er

2. (MÉDICO VETERINÁRIO – IF/GO - 2013) Os procedimentos de


at

abate humanitário dos animais correspondem ao conjunto de:


W
F
PD

a) Políticas internacionais que garantam o bem-estar dos animais,


e

restritas às operações de abate vinculadas à insensibilização e à sangria.


W

b) Diretrizes técnicas e científicas que garantam o bem estar dos


animais, desde o embarque na propriedade até a operação de sangria.
c) Práticas que determinam a movimentação dos animais por bretes e
corredores rapidamente, para acentuar a excitação, o que facilita a
sangria.
d) Práticas para minimizar a excitação, a dor ou o sofrimento no
momento do transporte dos animais, sem que as fases subsequentes
sejam avaliadas.

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3. (MÉDICO - VETERINÁRIO - PREF. ITAIÇABA/CE – 2012) Devem ser


abatidos de emergência animais:
I. Doentes;
II. Agonizantes;
III. Com fraturas, contusão generalizada;
IV. Hemorragia;
V. Hipo ou hipertemia;
VI. Decúbito forçado;
VII. Sintomas nervosos.

o
em
a) Todas são incorretas;

D
er
b) I, II, III, IV e V são corretas;
ov
c) I, II, III, IV são incorretas;
em

d) Somente VI é incorreta;
R

e) Todas são corretas.


k
ar
m

(MÉDICO VETERINÁRIO – UFRJ/2013) Conhecer o comportamento


er

4.
at

animal e o uso de estratégias de manejo racional é fundamental para


W

assegurar o bem-estar animal e gerar ganhos diretos e indiretos na


F
PD

produtividade e na qualidade do produto final. Por outro lado, condições


e

inadequadas de manejo no abate, além de causar estresse e sofrimento


W

desnecessários aos animais de abate, afetam diretamente a carne,


interferindo nos seguintes parâmetros de qualidade:
a) pH, consistência, validade comercial e diminuição no rendimento de
carcaça.
b) cor, pH, consistência e validade comercial.
c) cor, pH, validade comercial e diminuição no rendimento de carcaça.
d) cor, pH, consistência, validade comercial e diminuição no rendimento
de carcaça.
e) odor, sabor, textura e aumento do rendimento de carcaça, pela não
observância das normas de abate e bem-estar animal.

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5. (MÉDICO VETERINÁRIO – INSTITUTO LUDUS/2012) Sobre o Abate


Humanitário de Animais de Açougue de acordo com o MAPA, por meio de
Instrução Normativa, após ter aprovado o Regulamento Técnico de
Métodos de Insensibilização, é CORRETO afirmar que:
a) No método elétrico não se permite molhar a região de fixação dos
eletrodos para evitar riscos de choque do operador e manter as condições
de higiene local.
b) O método mecânico percussivo penetrativo emprega pistola com dardo
cativo, devendo ser posicionada de modo a assegurar que o dardo

o
penetre no córtex cerebral, através da região frontal.

em
c) Os eletrodos, no método elétrico, devem ser posicionados de modo a

D
er
permitir que a corrente elétrica caminhe no sentido crânio-caudal e
ov
favorecendo o decúbito lateral.
em

d) O método mecânico percussivo não penetrativo é recomendado quando


R

a sangria não é necessária, facilitando o manejo e as condições higiênico-


k
ar

sanitárias.
m
er

e) O método da exposição à atmosfera controlada emprega o nitrogênio


at

ou a mistura de nitrogênio e ar atmosférico, que são injetados dentro de


W

câmaras apropriadas para oferecer conforto ao animal.


F
PD
e
W

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4. Gabarito

QUESTÃO RESPOSTA

1 C/C

2 B

3 E

o
em
4 D

D
5 B

er
ov
em
R
k
ar

5. Questões comentadas
m
er

1. Vamos discutir os dois itens individualmente.


at
W

a) CERTO. Vimos durante a aula que a OIE elabora normas que são
F

reconhecidas pela OMC. Dentre elas, temos o Código Sanitário para os


PD

Animais Terrestres, o Manual de Provas de Diagnóstico e Vacinas para os


e
W

Animais Terrestres, o Código Sanitário para os Animais Aquáticos e o


Manual de Provas de Diagnóstico para os Animais Aquáticos.
b) CERTO. Um dos objetivos da OIE é justamente “promover o bem
estar animal, por meio de abordagem científica”.

2. Resposta letra “b”.


Vimos em aula o conceito de abate humanitário.
Abate Humanitário é conjunto de procedimentos que garantem o bem-
estar dos animais desde o embarque na propriedade rural até o manejo
no frigorífico. Engloba o conjunto de diretrizes técnicas e científicas que

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garantam o bem-estar até a operação de sangria, quando ocorre a efetiva


morte do animal.

3. Resposta letra ”e”.


Conforme o artigo 130 do RIISPOA:
“Art. 130 - Matança de emergência é o sacrifício imediato de animais
apresentando condições que indiquem essa providência.

Parágrafo único - Devem ser abatidos de emergência animais doentes,


agonizantes, com fraturas, contusão generalizada, hemorragia, hipo ou

o
em
hipertemia, decúbito forçado, sintomas nervosos e outros estados, a juízo

D
da Inspeção Federal.”

er
ov
em

4. Resposta letra “d”.


R

O manejo inadequado e estresse excessivo causados aos animais nas


k
ar

etapas pré-abate são responsáveis por perdas econômicas devido


m

alterações na qualidade da carne e condenações na carcaça. As alterações


er
at

de qualidade ocorrem principalmente pelo esgotamento do glicogênio


W

muscular e baixa produção de ácido lático, alterando o pH final e as


F
PD

características sensoriais da carne. O pH permanece alto, a cor fica


escura e a consistência firme/dura), levando a uma menor vida de
e
W

prateleira do produto pelo pH inadequado e pela alta capacidade de


retenção de água. As perdas decorrentes de condenações ocorrem por
contusões, fraturas, hipertermia, hematomas, arranhões e outras
machucaduras, levando a uma diminuição do rendimento de carcaça.

5. Resposta letra “b”.

O item 5.1.1.1 da IN 3/2000 descreve que:


“5.1.1.1. A pistola deve ser posicionada de modo a assegurar que o dardo
penetre no córtex cerebral, através da região frontal”.

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Tecnologia e Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal:
Carne, Leite, Mel, Ovos, Pescado e Derivados para MAPA
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Aula 09

6. Conclusão

BEM PESSOAL, COM ESTA AULA FINALIZAMOS NOSSO CURSO!

Esperamos que tenham gostado e aproveitado bem as 9 aulas que foram


ofertadas a vocês!
Temos certeza que estarão bem preparados para qualquer prova na área
de Inspeção!

o
Estudem com afinco e dedicação!

em
D
BOA SORTE SEMPRE E UM ÓTIMO CONCURSO A TODOS.

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ov
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R
k
ar

“Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o


m

desejo de vencer”.
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Mahatma Gandhi
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F
PD
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ABRAÇOS CARINHOSOS,
W

Professora Nicolle Fridlund Plugge

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