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e seja amigo da natureza
A PAULUS oferece livros para todas as pessoas interessadas em cuidar do mundo
onde vivem. Da infância até a idade adulta, aprenda e propague a importância de se
ter atitudes ecologicamente corretas. Conra alguns de nossos títulos nesta área.
Amigos do planeta A caverna e o forno Fazendo as pazes com a Terra: qual o futuro da
Meio ambiente e educação ambiental Rubem Alves espécie e do planeta?
Vilmar S. Demamam Berna Jérome Bindé (org.)
Este livro apresenta, para “pequenos e grandes”,
Eeste livro estimula a multiplicação de ações concretas uma metáfora losóco-poética que traz questões Organizada em duas partes, a obra examina temas
para a melhoria do meio ambiente na comunidade, importantes como: o planeta Terra, a ecologia, o centrais da questão ecológica mundial, desde os
valioso exercício de cidadania. aquecimento global, economia, política, racionalidade, modelos de crescimento e desenvolvimento até
ciência, progresso, status social... questões de consumo supéruo.
Chico, homem da oresta A criação e a ação humana Histórias que se escondem na oresta
Lúcia Fidalgo Princípios de ética e educação ambiental para uma Fernanda Zulzke Galli
Ilustrações de Demóstenes Vargas nova geração de seres humanos Ilustrações de Rogério Coelho
Vilmar S. Demamam Berna
Chico Mendes foi um defensor da oresta e, por causa Ilustrações de Cecília Iwashita As férias vividas no interior serão uma grande aventura
de sua luta, foi assassinado. Mas a sua batalha ainda para Cauã no meio a natureza aprendendo sobre a
continua para que o mundo todo não venha a sofrer O autor mescla neste livro o texto bíblico da criação importância de se preservá-la para o bem de todos.
mais com o descompromisso com a natureza. em paralelo a um texto ecológico sobre o atual estado
das coisas que Deus criou.
Política e missão: A fé é compromisso — Pe. O clima está esquentando. Eu e você temos a ver
Valdecir Luiz Cordeiro – p. 3 com isso — Vilmar Sidnei Demamam Berna – p. 20
A proposta da Campanha da Fraternidade 2011 — Duas cosmologias em conflito — Leonardo Boff
Pe. José Adalberto Vanzella – p. 6 – p. 26
A ecologia numa perspectiva bíblica: Pautas para Economizar energia e preservar o planeta —
uma espiritualidade ecológica — Celso Loraschi – Fernanda Zulzke Galli – p. 28
PAULUS: 29 livrarias distribuídas por todo o Brasil.
p. 12
Roteiros homiléticos — Celso Loraschi – p. 31
Vendas: (11) 3789.4000
SAC: (11) 3789.4119 / sac@paulus.com.br
A religião ganhou um peso surpreendente Daí a diferença entre agir em nome da religião
nas eleições de 2010, principalmente na dispu- e agir em nome da fé. A religião está mais no
ta presidencial. E isso tudo na República que nível institucional, ao passo que a fé, embora
nasceu sob a égide do positivismo e na qual seja vivida numa comunidade que se organiza
o caráter laico do Estado é assumido como como instituição religiosa, está mais no nível do
uma espécie de cláusula pétrea e sinônimo de sentido que cada fiel dá à própria vida e que se
modernidade. compromete a imprimir no mundo em que vive.
Por que então a religião, num dado mo- Por isso, um canto diz acertadamente que “a fé
mento, durante algumas semanas, passou a ser é compromisso que é preciso repartir...”.
“central” no debate público? Por que alguns Portanto, no campo da ação político-parti-
setores da Igreja Católica, que nunca quiseram dária, o fiel pode agir em nome de sua fé sem
se envolver com “coisas terrenas”, de uma hora instrumentalizar a instituição religiosa a que
para a outra fizeram sua irrupção na militância pertence, pois a fé está no nível das convicções
política? Cabe perguntar se a religião – e com ela que o sujeito livremente assume e pode defender
a Igreja – não foi artificialmente arrastada para com criatividade e habilidade política no debate
o cenário eleitoral por interesses inconfessados e democrático. Já a ação da instituição religiosa,
não necessariamente ligados a um compromisso ou em seu nome, é mais delicada nesse campo.
de transformação da realidade num mundo mais Além de esbarrar em limites estabelecidos por
humano, como exige a fé cristã. lei, pode mais facilmente ser instrumentalizada
em prol de interesses alheios à própria fé.
1. Religião e política. Risco
de instrumentalização da instituição
2. Um caso que faz pensar
Pode ser bom distinguir religião e fé. A reli-
gião está ligada a um poder de organizar ritos, O posicionamento do Regional Sul 1 (Estado
espaços e símbolos. Responde a anseios huma- de São Paulo) da Conferência Nacional dos Bispos
nos profundos, atua na religação ou compreen- do Brasil (CNBB), nas últimas eleições, parece ter
são no campo do sentido da existência humana, potencializado o uso da religião no debate eleitoral.
mas não tem por si mesma um conteúdo que A Comissão em Defesa da Vida elaborou e divul-
lhe confira especificidade. Por outro lado, a fé gou um panfleto, apoiado depois pela Presidência
cristã é a experiência humana de confiança na do regional, no qual apresentava argumentos que
palavra de Deus, que exige conversão. A fé é
confiança na pessoa de Jesus Cristo. É a Palavra
acolhida na comunidade cristã e que confere * Presbítero da Arquidiocese de Porto Velho. Foi assessor
uma especificidade à experiência religiosa. Pode e articulador do 12º Intereclesial das Comunidades
Eclesiais de Base – 2009. Cursa o doutorado em Teologia
preencher de conteúdo a religião. Por isso, a Sistemática na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia
religião é cristã tão somente quando nela se (Faje), em Belo Horizonte, onde também fez seu mestrado,
na mesma área.
vive a fé cristã. E-mail: valdecir@netcourrier.com
Conclusão
as gerações futuras.
8 Trocar experiências
Notas:
1132 págs.
1. Para mais informações sobre esse assunto, cf. <http:// Teologia do Novo Testamento
www.terrazul.m2014.net/spip.php?article231>. Udo Schnelle
2. Dados do World Almanac. Nesse livro, Udo Schnelle oferece ao leitor uma
3. Com o Projeto Rumo ao Novo Milênio e o destaque signicativa contribuição a uma disciplina que
dado à exigência da evangelização inculturada do servi- carecia da ampliação do seu escopo mediante a
ço, houve a experiência da Campanha da Fraternidade apropriação das questões atuais, especialmente
Ecumênica, no ano 2000, promovida pelo Conselho Na- a respeito do Jesus Histórico e das novas
cional das Igrejas Cristãs (Conic). O sucesso dessa cam- contribuições da pesquisa sobre Paulo e sobre a
panha possibilitou a realização de Campanhas da Frater- mação
ação da literatura
formação te atu a ccristã
stã p t a
primitiva.
nidade Ecumênicas a cada cinco anos pelo Conic, mas
estas devem ser autorizadas pela Assembleia Geral da
CNBB para serem realizadas dessa forma, uma vez que a
CNBB é detentora legal da Campanha da Fraternidade.
Há um clamor generalizado que emerge da vida. Nela também encontraremos textos que
realidade desafiante enfrentada pela humanida- legitimam a opressão. Depende do lugar social
de: o planeta Terra está gravemente doente. O de onde eles emergiram e dos interesses de seus
problema ecológico é muito sério. Até os “donos autores. Depende, também, do lugar social e dos
do mundo” estão preocupados. O aquecimento interesses dos intérpretes de hoje. Neste breve
global já produz efeitos maléficos sobre a natu- artigo, perpassando pelas principais etapas da
reza. Poderá trazer, a curto prazo, consequências história de Israel, pretendemos ressaltar alguns
ainda mais catastróficas do que as que o mundo textos que nos ajudam a perscrutar caminhos de
hoje já experimenta: degradação do meio am- espiritualidade ecológica.
biente, diminuição acelerada das fontes de água
Espiritualidade significa viver segundo a
potável, desertificação, degelo das calotas pola-
dinâmica profunda da vida. Ela revela um
res com a decorrente elevação do nível do mar,
lado exterior como conjunto de relações que
cobrindo as áreas litorâneas, grande incidência
concernem ao outro como homem-mulher, a
de furacões e de queimadas, extinção de milhares
sociedade e a natureza, produzindo solidarie-
de espécies de animais, escassez de alimento,
dade, respeito às diferenças, reciprocidade
proliferação de doenças, migrações forçadas...
e sentido de complementação a partir dos
Enfim, o desequilíbrio dos ecossistemas pode
outros (Boff, 1993, p. 138).
comprometer, de forma irreversível, todas as
formas de vida sobre a terra.
2. A natureza solidária
1. Por uma espiritualidade ecológica A Bíblia testemunha que, em meio às situa
Diante da grave situação em que se encontra ções de crise, o povo redescobre o rosto de Deus,
a humanidade, tomamos consciência da res- investiga seu projeto e experimenta sua presença
ponsabilidade comum que os povos precisam amorosa, dedicando-lhe confiança na busca de
assumir para salvar a nossa casa comum. Inde- soluções criativas para os seus problemas. É o
pendentemente de raças, culturas ou tradições que constatamos já na origem do povo de Isra-
religiosas, o momento é de união para a busca el. O clamor dos escravizados do Egito chegou
de soluções criativas em vista da garantia de vida até Deus. Um novo espírito, a partir da ação
para a humanidade, também para as gerações subversiva de duas parteiras (Ex 1,15-22), ali-
que virão. mentou a resistência e a organização das pessoas
oprimidas. Nelas explode a utopia da terra sem
A Bíblia não trata diretamente da ecologia.
males, que as leva a superar o medo, confrontar-
Outros contextos determinaram seus textos.
se com os interesses do faraó e iniciar o movi-
No entanto, a palavra de Deus contida na
Bíblia ilumina e interpela o ser humano em
seu contexto histórico, independentemente
* Professor de Evangelhos Sinóticos e Atos dos Apóstolos no
da época em que vive. Ela oferece princípios Instituto Teológico de Santa Catarina (Itesc), Florianópolis.
orientadores para a defesa e a promoção da E-mail: loraschi@itesc.org.br
Hoje, são milhares as iniciativas de defesa SCHWANTES, Milton. Sofrimento e esperança no exílio. São
Leopoldo: Sinodal; São Paulo: Paulinas, 1987.
e promoção do direito e da dignidade de toda
VIEIRA, Tarcísio Pedro. O nosso Deus – um Deus ecológico:
a criação. Em dores de parto, gememos – o ser por uma compreensão ético-teológica da ecologia. São
humano e a natureza –, na expectativa da reden- Paulo: Paulus, 1999.
Estamos diante de uma verdadeira emergên- É urgente substituir a matriz energética petro-
cia planetária. A crise climática não é um assunto química por outras mais limpas, que não agravem
político. É um desafio moral e espiritual para o efeito estufa, e investir em tecnologias e conhe-
toda a humanidade. cimentos que compensem as emissões que não
conseguimos evitar. Se não pelo planeta e pelos ou-
(Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos, tros seres da natureza, por nós próprios, segundo
um dos vencedores do Prêmio Nobel da Paz de 2007) alertou James Lovelok: “Não é a terra que é frágil.
Nós é que somos frágeis. A natureza tem resistido a
Quando uma pessoa está com febre, é fun- catástrofes muito piores do que as que produzimos.
damental tomar logo dois tipos de atitudes: uma Nada do que fazemos destruirá a natureza. Mas
emergencial, para abaixar a febre, e outra para podemos facilmente nos destruir”.
descobrir e resolver o problema que a está causan-
do. Sabemos que medidas para abaixar a febre são 1. A força das evidências
necessárias e urgentes, mas paliativas. Para resolver Um dos maiores vilões do agravamento do
o problema de verdade, só indo à sua origem. aquecimento global é a emissão de dióxido de
Com o nosso planeta não parece ser diferente. carbono. O excesso dele na atmosfera é resul-
Como um organismo vivo, ele está com febre. E o tado da queima de combustíveis fósseis (como
problema não está no cobertor de gases de efeito petróleo, gás natural e carvão mineral) e de
estufa que o envolve, situado lá há milênios; além desmatamentos e queimadas (as chamadas mu-
disso, o planeta sempre conseguiu autorregular sua danças drásticas no uso do solo, um ecossistema
temperatura. O problema está no aumento exage- que absorve o CO2). Segundo a Organização
rado desse cobertor! Quando estamos com frio, um Meteorológica Mundial (OMM), organismo
cobertor é agradável para ajudar a aquecer, mas da Organização das Nações Unidas (ONU), em
se, em vez de um, usamos vários cobertores, o que 2006, o mundo bateu novo recorde de concen-
era agradável se torna desagradável. tração de dióxido de carbono na atmosfera.
Com a opção das sociedades humanas, Outro vilão, encontrado em menor quantida-
principalmente após a invenção das máquinas, de, é o metano, liberado pela produção e transpor-
pela geração de energia mediante a queima de te de petróleo e gás e por processos digestivos de
madeira e de combustíveis fósseis, o cobertor de
gases de efeito estufa sobre o planeta aumentou
consideravelmente, e o resultado é um aqueci- * Ecologista, vive em Niterói (RJ), numa comunidade de
pescadores artesanais. É escritor, com mais de 20 livros
mento global como nunca visto antes em toda publicados (www.escritorvilmarberna.com.br). Por sua
a história humana. As consequências disso já luta constante pela formação da cidadania ambiental
planetária, foi reconhecido pela ONU, em 1999, no Japão,
são sentidas por todos os cantos do planeta, com o Prêmio Global 500 para o Meio Ambiente. Entre
com mudanças climáticas severas, derretimento outros prêmios, recebeu também, em 2003, o Prêmio Verde
das Américas. É fundador e colaborador da Revista do
das calotas polares e o decorrente aumento dos Meio Ambiente (distribuída gratuitamente) e do Portal do
oceanos, atingindo a todos, ricos e pobres. Meio Ambiente: www.portaldomeioambiente.org.br.
Via Lucis
Via sacra e ressurreição
Pe. Leomar Antônio Brustolin
Este livro é um válido diálogo que os autores mantêm com a Via Crucis de
Jesus. Via Lucis é uma meditação orante sobre os mistérios gloriosos do
Senhor, na qual são rezados os eventos compreendidos entre a Ressurreição e o
Pentecostes, dispostos em Quinze Estações.
á i as
0 págin
Celebrar a Páscoa
Darlei Zanon
40
Este livro exalta a vitória da vida sobre a morte a partir do
relato do calvário de Jesus e de passagens bíblicas. Belas
fotos acompanham os textos.
32 páginas
O prêmio Nobel de Economia Joseph Sti- bal. Com os gases já acumulados, em 2035,
glitz disse recentemente: “O legado da crise chegaremos fatalmente a um aumento de dois
econômico-financeira será um grande debate graus Celsius, e, se nada for feito, segundo
de ideias sobre o futuro da Terra”. Concordo algumas previsões, no final do século, serão
plenamente com ele. Vejo que o grande debate quatro ou cinco graus, o que tornará a vida,
se dará em torno das duas cosmologias em tal como a conhecemos hoje, praticamente
conflito no cenário da história. Por cosmologia impossível.
entendemos a visão do mundo – cosmovisão O predomínio dos interesses econômicos,
– que subjaz às ideias, às práticas, aos hábitos especialmente os especulativos, capazes de re-
e aos sonhos de uma sociedade. Cada cultura duzir países inteiros à mais brutal miséria, e o
possui sua respectiva cosmologia. Mediante consumismo trivializaram nossa percepção do
ela, procura-se explicar a origem, a evolução e perigo que vivemos e conspiram contra qualquer
o propósito do universo, a definição do lugar mudança de rumo.
do ser humano dentro dele. Em contraposição, está aparecendo com for-
A nossa cosmologia atual é a da conquista, da ça cada vez maior uma cosmologia alternativa
dominação, da exploração do mundo, com vistas e potencialmente salvadora. Ela já tem mais de
ao progresso e ao crescimento ilimitado. um século de elaboração e alcançou sua melhor
Caracteriza-se por ser mecanicista, de- expressão na Carta da Terra. Ela deriva das
terminista, atomística e reducionista. Por ciências do universo, da Terra e da vida e situa
causa dessa cosmovisão, criaram-se inegáveis nossa realidade dentro da cosmogênese, aquele
benefícios para a vida humana, mas também imenso processo evolutivo que se iniciou no
contradições perversas, como o fato de 20% big bang há cerca de 13,7 bilhões de anos. O
da população mundial controlar e consumir universo está continuamente expandindo-se,
80% de todos os recursos naturais, gerando organizando-se e autocriando-se. Seu estado
um fosso entre ricos e pobres como nunca natural é a evolução e não a estabilidade, é a
antes houve na história. A metade das grandes transformação e a adaptabilidade e não a imu-
florestas já foi destruída, 65% das terras culti- tabilidade e a permanência. Ele relaciona-se
váveis foram perdidas, cerca de 5 mil espécies em redes, e não existe nada fora dessa relação.
de seres vivos desaparecem anualmente e mais Por isso, todos os seres são interdependentes
de mil agentes químicos sintéticos, a maioria e colaboram entre si para evoluir juntos e ga-
dos quais tóxicos, são espalhados pelo solo, rantir o equilíbrio de todos os fatores. Por trás
ar e águas.
Construíram-se armas de destruição em
massa, capazes de eliminar toda vida humana. * Texto difundido pela agência Carta Maior em regime de
copyleft. Conheça a agência: ww.cartamaior.com.br
O efeito final é o desequilíbrio do sistema-
-Terra, que se expressa pelo aquecimento glo- ** Teólogo e escritor.
vida pastoral
Disponível também na internet,
em formato pdf.
www.paulus.com.br
www.paulinos.org.br
1. Refletindo sobre nossos hábitos de consumo Com base na reflexão de Leonardo Boff,
retornamos ao início deste artigo. É voltar ao
Se achamos que evoluímos cada vez mais passado que queremos ao dizer que “nada mais
como humanidade, esquecemo-nos de avaliar é como antigamente”? Ou seria melhor questio-
como utilizamos os recursos naturais imprescin- narmos e reformularmos o nosso modelo de de-
díveis para esses avanços e de que forma e em senvolvimento? As estatísticas do desmatamento
que medida evoluímos. A ideia de que podemos em todo o mundo, o degelo nos polos, os verões
continuar a viver tal como vivemos hoje é insus- e invernos fora de época nos dizem que não se
tentável; se todas as pessoas do mundo consumis- trata de saber se queremos ou não encontrar
sem como as pessoas dos países desenvolvidos alternativas para o modelo de sociedade em que
consomem – na atualidade, cerca de 20% acima hoje vivemos; nós teremos de fazê-lo!
do que o planeta pode suportar –, entraríamos
em colapso. Assim, se os países em desenvolvi- 2. Por que combater o consumo desenfreado
mento estabelecerem como meta tal modelo e de energia?
o atingirem, precisaríamos de três planetas, em
média, para suprir o nível de consumo!1 Qual é O importante é trazer para o dia a dia nova
a questão, então? Que cada qual permaneça em maneira de pensar nossos atos, com destaque
seus índices de desenvolvimento humano sem para a redução do consumo de energia. O
pensar em condições melhores de vida para toda consumo de energia é o principal foco dessa
a população? Ou mudarmos a direção de nossas
ações cotidianas e individuais, a fim de criar a
grande rede restauradora que alinhe seus valores * Pedagoga formada pela PUC-SP,
a uma sociedade mais justa e sustentável? especialista em Gestão Ambiental pelo Senac-SP.
Celso Loraschi*
I. INTRODUÇÃO GERAL
Iniciamos o período da Quaresma com a
disposição renovada de mergulhar em Deus,
deixando-nos iluminar por suas palavras,
questionando-nos sobre nossas atitudes e
I. INTRODUÇÃO GERAL