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Quanto ao número de fármacos utilizados foi visto que 87,6% da amostra utiliza

até três medicamentos, enquanto 12,4% utilizam mais de três medicamentos.


Entende-se que a quantidade de medicamentos utilizados corresponde a
dificuldade de manutenção do controle pressórico e em uso adequado da
terapêutica, logo a amostra é composta por uma população com boa
responsividade e resposta a terapêutica (BARROSO et al, 2021).

Gráfico 10

Fonte: CCVP 2, 2023.

Foi visto que as comorbidades mais associadas foram Diabetes Mellitus


(61,2%), Dislipidemia (57,6%) e Obesidade (36,5%), o que corresponde aos
achados em literatura, tendo em vista que a HAS encontra-se constantemente
associada a outros distúrbios metabólicos, com potencial de gerar alterações
funcionais e estruturais em diversos órgãos alvos (BARROSO et al, 2021).

Gráfico 11
Fonte: CCVP 2, 2023.
Conforme achados, foi identificado que 77,8% dos pacientes analisados são
sedentários, 9,1% realizavam atividades físicas 1 a 2 vezes na semana e
13,1% realizavam atividades física. Umas das principais medidas
modificadoras não farmacológicas da HAS é a realização de atividades físicas,
logo entende-se que os pacientes sedentários se encontram em maior risco de
complicações, descompensação e evolução da HAS. Desse modo, torna-se
importante a busca de medidas intervencionistas que estimulem a prática de
atividades por esses pacientes. (AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2018;
BARROSO, 2021)

Gráfico 12

Fonte: CCVP 2, 2023.


Na análise do tipo de atividade física realizada foi visto que 76,9% realizavam
caminhadas de 30 minutos ao dia, 15,4% praticavam algum tipo de esporte e
7,7% realizavam musculação. Diante das atividades, nota-se a maior
frequência das caminhadas, que é um dos exercícios aeróbicos sugeridos nas
diretrizes por 30 minutos de 5 a 7 dias por semana, nesse sentido, é uma boa
proposta a ser estimuladas aos não praticantes e para que haja continuidade
(BARROSO et al, 2021).

Gráfico 13

Fonte: CCVP 2, 2023.


Quanto ao consumo de bebidas alcoólicas foi visto que 37,9% dos participantes
fazem consumo de bebidas, enquanto 62,1% não a consome. Esse é um
hábito toxico ao corpo humano, conforme a Diretriz Brasileira de HAS (2021) o
etilismo é responsável por 10-30% dos casos de HAS e os consumidores
encontram-se mais sujeitos a complicações e descontrole dos níveis
pressóricos. Nesse sentido, é importante seriam necessários mais estudos
para avaliar a quantidade de bebidas ingeridas para avaliar os riscos e ofertar
intervenções.

Gráfico 14
Fonte: CCVP 2, 2023.
Quanto ao uso de tabaco foi identificado que 91,7% dos pacientes não faziam
uso, enquanto apenas 8,3% fazia uso. Segundo de Sousa (2015) os efeitos do
tabagismo são complexos, sendo que os tabagistas possuem pior prognóstico
cardiovascular. Dessa forma, hipertensos tabagistas tem maior risco de
mortalidade cardiovascular, portanto precisam de orientação contínua e
estimulo de combater o consumo.

Gráfico 15

Fonte: CCVP 2, 2023.


Quanto ao histórico familiar, foi possível identificar que 57,1% tinha
antecedentes familiares de HAS, 20,9% possui de diabetes mellitus, 12,1% de
infarto agudo do miocárdio (IAM) e menos de 10% relatava histórico de
Acidente Vascular Encefálico (AVE) e neoplasias. A HAS é considerada uma
doença multifatorial com importante componente genético, logo existe uma
predisposição em seu aparecimento em indivíduos com antecedentes
familiares de HAS, como foi possível perceber nos resultados encontrados
(BARROSO et al., 2021; MARQUES et al, 2020).

Gráfico 16

Fonte: CCVP 2, 2023.


Foi possível observar que 28,6% dos pacientes tinham como complicação da
HAS a retinopatia hipetensiva e a doença renal crônica, 21,4% evoluíram com
insuficiência cardíaca, 14,3% com IAM e 7,1% com AVE. As complicações
ocorrem principalmente pela má adesão terapêutica e pela dificuldade de
manutenção dos controles pressóricos, sendo as encontradas durante estudo
aquelas com maior prevalência (AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2018)

Gráfico 17
Fonte: CCVP 2, 2023.
Observou-se que 84% dos pacientes dispunham de apoio familiar, enquanto
16% não tinha apoio da família. Nota-se que os pacientes possuem um
importante apoio familiar, o que conforme Lopes e Marcon (2009) é um forte
estimulo para adesão terapêutica e modificação do estilo de vida, sendo uma
importante estratégia para o enfrentamento da doença.

Gráfico 17

Fonte: CCVP 2, 2023.


Nota-se que 37,4% encontram-se em sobrepeso, 34,3% obesidade grau I,
6,2% em obesidade grau II , 3% obesidade grau e %abaixo do peso, apenas
16,2% da amostra encontrava-se eutrofico. Nesse sentido, sabe-se que o
aumento do IMC aumenta a chances de não haver controle dos níveis
pressóricos quando comparados ao IMC normal. Desse modo, estima-se que a
perda ponderal deve ser uma medida adotada por esses pacientes para que
haja uma redução média da PA (TOLEDO et al, 2020).

Gráfico 18

Fonte: CCVP 2, 2023.

Referencia:
DE SOUSA, Márcio Gonçalves. Tabagismo e Hipertensão arterial: como o
tabaco eleva a pressão. Rev. bras. hipertens . v.22, n.3, 2015
MARQUES, Aline Pinto et al. Fatores associados à hipertensão arterial: uma
revisão sistemática. Rev. Ciênc. Saúde coletiva. v.25, n.6, 2020
LOPES, Mislaine Casagrande de Lima; MARCON, Sonia Silva. A hipertensão
arterial e a família: a necessidade do cuidado familiar. Rev. esc. enferm. USP.
v.43, n.2, 2009. 
TOLEDO, Juan Carlos Yugar et al. Posicionamento Brasileiro sobre hipertensão
arterial – 2020. Arq. Bras. Cardiol. v.114, n.3, 2020.

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