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PROPOSTA DE REDAÇÃO

AS MEDIDAS DE COMBATE ÀS
DROGAS EM QUESTÃO NO BRASIL

Prof.ª Geisa Souza


Anomia social
Estado de desintegração social em que
regras gerais não são mais respeitadas,
devido a falta de instituições reguladoras
do comportamento. Como
consequência, tem-se o aumentos das
taxas de suicídio e de crimes.

Sociólogo
Émile Durkheim
Dados

https://drogasquantocustaproibir.com.br/
https://br.ifunny.co
1 ARGUMENTOS

Ineficaz encarceramento em massa


➢Não distingue usuário e traficante;
➢Deixa uma interpretação vaga para o estado;
Lei de Drogas 2006
➢Intensifica a letalidade do Estado;
➢Institucionaliza a desigualdade e o preconceito.

https://drogasquantocustaproibir.com.br
Exemplo de Portugal
Portugal passou por uma epidemia de heroína no final dos anos 1990, que
deixava um óbito por dia em todas as classes. O problema se tornou tão
grave que o governo reuniu um grupo de especialistas (psicólogos,
psiquiatras, epidemiologistas, enfermeiros, juristas) que pudesse
compreendê-lo a fundo e traçar um plano de solução. A diferença foi a
mudança de sensibilidade em relação aos viciados: deixaram de ser
tratados como criminosos.

▪ O consumo de heroína e cocaína, duas das mais problemáticas, passou


de afetar 1% da população portuguesa para 0,3%;
▪ as contaminações por HIV entre os consumidores caíram pela metade
(na população total, passaram de 104 novos casos por milhão ao ano em
1999 para 4,2 em 2015);
▪ A população carcerária por motivos relacionados às drogas caiu de 75% a
45%, segundo dados da Agência Piaget para o Desenvolvimento (Apdes).
2 ARGUMENTOS

Problema social
▪ Os usuários, sem condições financeiras, se submetem ao crime para alimentar o vício.
Esse cenário é responsável por alimentar a criminalidade e a violência;
▪ A falta de acesso a trabalho, educação e bens culturais marginaliza os indivíduos e os
torna vulneráveis ao sistema do tráfico.

➢Problemas familiares, financeiros e laborais;

Fatores que influenciam ➢Influência de amigos e conhecidos;


o uso de entorpecentes ➢Fragilidade emocional;
➢Institucionaliza a desigualdade e o preconceito.
Livro – Falcão: meninos do tráfico

Este livro é um contundente relato pessoal de Celso


Athayde e MV Bill dos bastidores da produção de um
documentário explosivo sobre o universo dos meninos
que trabalham no tráfico de drogas em diversas partes
do país.
Narrado em primeira pessoa, o livro revela as
dramáticas experiências que Celso e Bill vivenciaram
antes e durante a realização do documentário Falcão,
projeto que iniciaram em 1998 e terminaram em 2006.
Os autores também discutem temas polêmicos como
racismo, segurança pública, repressão policial e a
importância do Hip Hop para a juventude que vive nas
favelas.
Falcão: meninos do tráfico

"Dos 17 meninos entrevistados, 16


morreram ao longo da produção do
documentário. O objetivo da produção foi
mostrar o lado humano destes jovens.
Suas razões, suas angústias, suas
loucuras, seus sonhos, suas maldades e
contradições."

MV Bill
3 ARGUMENTOS

Política de repressão
▪ A chamada “guerra às drogas” institucionalizou as práticas de encarceramento e de
genocídio da população negra e probre;

▪ O sistema enriquece o narcotráfico e as pessoas que se corrompem para não fiscalizar a


comercialização;

▪ A abordagem truculenta e a criminalização são práticas que fracassaram ao longo dos anos;
▪ Rio de Janeiro e de São Paulo gastaram, juntos, em um único ano R$ 5,2 bilhões para
prender e processar, preferencialmente, jovens negros por crimes não-violentos
relacionados a drogas – Dados – “Drogas: quanto custa proibir“.
O valor de mais de R$ 1 bilhão gasto com a atual medida de
combate às drogas, no Rio de Janeiro poderia, alternativamente

▪ Manter o funcionamento de 81 Unidades de Pronto


Atendimento (UPAs) em favelas e periferias;

▪ Beneficiar 145 mil famílias, ao longo de um ano, num


programa de renda básica equivalente ao auxílio
emergencial pago durante a pandemia;

▪ Comprar 36 milhões de doses da vacina Astrazeneca,


suficientes para vacinar 18 milhões de pessoas contra a
Covid-19.

Dados da pesquisa “Drogas: quanto custa proibir”


4 ARGUMENTOS

Combate ao tráfico
O crime organizado combina inovações tecnológicas para se especializar em suas atividades
criminosas, além de membros especialistas em diversas áreas, como em informática e em
transações comerciais. Isso possibilita sua contínua expansão;

As fronteiras, por estarem em regiões isoladas, muitas vezes, são negligenciadas pelos
governos. Dessa forma, o crime organizado tem bastante espaço para atuar e se desenvolver;

As regiões fronteiriças são mais carentes e propiciam maior cooptação de pessoas ao crime;

Combate ao tráfico internacional precisa de aprimoramento no que tange


à capacidade de investigação da Polícia Federal. É de suma importância, também, a aquisição
de equipamentos de alta tecnologia para estudos que auxiliem o trabalho de combate.
4 Documentário
PCC: poder secreto
O Primeiro Comando da Capital detém a
hegemonia do crime em São Paulo, mas
também marca presença em âmbito
internacional. O segredo do poder do
PCC revela-se na sua estrutura: uma
maçonaria do crime, implacável em seus
ideais.
INTERVENÇÕES
ESCOLAS
Prevenção da entrada no mundo das drogas e do crime;
Ressocialização de pessoas marginalizadas, dependentes químicos e ex-presidiários.

MINISTÉRIO DA SAÚDE
Reabilitação complexa, com programas de saúde e de atendimento psicossocial.

GOVERNO
Política e prática pública de integração de pessoas;
Empregos estáveis e microcrédito para negócios.

POLÍCIA FEDERAL
Controle e fiscalização das fronteiras;
Combate aos grupos criminosos por meio de inteligência e tecnologia, com operações de
desmonte das organizações.

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