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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
DADOS TÉCNICOS
O título do documentário “Cortina de Fumaça” apresentado ao público no ano de
2010, entendo que o nome do documentário faz referência ao bloqueio dos elementos que
originam uma fumaça.
Diretor: Rodrigo Mac Niven, autor e diretor nacionalidade brasileira; O diretor e
roteirista se transformou em um dos mais contundentes realizadores de sua geração. Seus
filmes, que tratam de questões globais a partir de realidades locais, transformaram a vida
de muitas pessoas, viajaram o mundo por festivais de cinema, ganharam reconhecimento e
continuam sendo exibidos na televisão e em eventos pelo Brasil, gerando muitas discussões e
deixando um legado importante para o mundo. Todos os seus filmes podem ser vistos
gratuitamente no Youtube. (https://www.rodrigomacniven.com/bio).
O diretor recebeu a Medalha Pedro Ernesto, “Cortina de Fumaça” foi exibido no
Festival Internacional e Cinema do Rio 2010. Segundo o site de sua autoria alega que é um
dos 11 docs capazes de mudar nossas visões de mundo e influencia os movimentos pela
reforma da política de drogas no Brasil.
INTRODUÇÃO
O filme apresenta uma comparação entre países desenvolvidos confrontados com países
em desenvolvimento, com o tema cannabis; identifico o assunto dentro do comportamento da
legislação de diferentes países. O objetivo específico identificado é confrontar diferentes
legislações; os objetivos gerais estabelecem discutir procedimentos interventores no tratamento
de doenças crônicas e comorbidades que afetam o ser humano; apresentar relatos de intelectuais
relacionados com as manipulações da informação do narcotráfico, também, o documentário
apresenta um recorte histórico da utilização do cannabis. O filme identifica as consequências
apresentadas nos tratamentos de doenças. Assim, é demostrado os movimentos socias
organizados, confrontando com o sistema de proibição do cannabis.
RESENHA
Além disso, o documentário traz dados de convenções de 1961, 1971 e 1988 com a
intencionalidade de someter substancias proibidas a um regime internacional de interdição. Um
instrumento fundamentado na repressão violenta pretende combater as organizações de
traficantes. Um “mundo livre das drogas” é a meta e uma guerra é declarada. O contexto das
guerras e a produção de tecnologia são discursos válidos na política tradicional conservadora,
o lobby político como atividade legal entre legisladores e interesses dos implicados nas decisões
dos poderes públicos. Dentro do contexto do programa “mundo livre das drogas” as drogas são
substancias psicoativas que alteram a consciência e a percepção. Curioso saber que os maiores
patrocinadores são os EUA tempos depois comandada pela ONU com foca na punição a quem
as produzisse, vendesse ou consumisse. Fiore, MaurícioO lugar do Estado na questão das
drogas: o paradigma proibicionista e as alternativas. Novos estudos CEBRAP [online]. 2012,
n. 92 [Acessado 26 Maio 2021] , pp. 9-21. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0101-
33002012000100002>. Epub 08 Maio 2012. ISSN 1980-5403. https://doi.org/10.1590/S0101-
33002012000100002.
Todavia, o documentário traz o advogado Cristiano Maronna, ele apresenta um
depoimento argumentativo da situação preventiva e estratégica debatidas nas políticas de
seguridade do Brasil, ele afirma que se poderia adotar estratégias com a finalidade de diminuir
a violência no Brasil e em especial no Rio de Janeiro. Ele argumenta que países como Portugal,
Espanha, Uruguai, Holanda e Canada, além de diversos estados dos Estados Unidos, já
tornaram suas legislações sobre o consumo de drogas mais flexíveis. Ele aclara, em 2018, a
ONU aprovou um texto que propõe uma abordagem para controle de drogas baseada em
políticas que foquem nas pessoas, na saúde e nos direitos humanos e exortou os países a
mudarem suas leis para promover alternativas à punição. (Descriminalização do consumo de
drogas no STF | Grupo Prerrogativas). Ir contra as políticas tradicionais no combate as drogas
é enfrentar o poder político, económico, cultural e religioso entre outros. Cristiano, defende a
posse de drogas para o consumo pessoal. Ele enfrenta as doutrinas estabelecidas na guerra
contra as drogas.
Por último, minha atenção fica com o destaque de Milton Friedman, um liberal da
universidade de Chicago, prêmio Nobel de Economia e diz: As drogas são uma tragedia para
os viciados, mas criminalizados o uso transforma essa tragedia num desastre para a sociedade,
para os usuários e para os não usuários igualmente. Nossa experiencia com a proibição das
drogas é uma repetição de nossa experiencia com a proibição das bebidas alcoólicas. Friedman
propôs a substituição do sistema de bem-estar EUA existente com um imposto de renda
negativo, um sistema de imposto progressivo em que os pobres receberiam um salário básico
do governo. (Milton Friedman – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org), acesso,
26/05/2021)