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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

CAMPUS METROPOLITANO – UNIDADE UNIVERSIDADE ESEFFEGO


EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE – PROF. GLYSON

PEREZ, Luis Enrique

Resenha do documentário “Cortina de fumaça”

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

As práticas sociais da humanidade, através de suas regras de cultura se misturam com


interesses de poder e domínio; as legislações nos países desfragmentados, oprimidos e
colonizados continuam com a finalidade de laboratório improvisados de produção de
imprevistos. Dessa maneira, as leis generais que regem a natureza na ação biológico, físico e
químico são na maioria das decisões legislativas ignoradas e colocadas em análises. A
sociedade idealizada a partir da sociologia e suas vertentes colocam em destaque as matrizes
epistemológicas etnocêntricas que evidenciam anomalias. Certamente o debate do pensamento
como um sistema cognitivo estudado pela neurociência continua silenciada nas elites políticas,
e, no meu parecer, estamos com uma consciência refletiva que ignora a psicologia e o
instrumento autoanálises em prol do comportamento humano. Toda a complexidade converge
no comportamento humano e seus interesses. Como se aprende o “novo” comportamento
humano? Quem estimula uma ação humana fora dos padrões estabelecidos pelo sistema? Por
que o sistema legislativo favorece legislações de interesses de grupos específicos?
Com tudo, meu posicionamento como um outro, juntamente na ignorância da dinâmica
social/cultural de meu mundo, é de refletir não somente no outro e sim no Outro silenciado pelo
sistema, que espera a boa vontade de legisladores em debater procedimentos com a finalidade
de alimentar as esperanças de vida e diminuir a dor.

DADOS TÉCNICOS
O título do documentário “Cortina de Fumaça” apresentado ao público no ano de
2010, entendo que o nome do documentário faz referência ao bloqueio dos elementos que
originam uma fumaça.
Diretor: Rodrigo Mac Niven, autor e diretor nacionalidade brasileira; O diretor e
roteirista se transformou em um dos mais contundentes realizadores de sua geração. Seus
filmes, que tratam de questões globais a partir de realidades locais, transformaram a vida
de muitas pessoas, viajaram o mundo por festivais de cinema, ganharam reconhecimento e
continuam sendo exibidos na televisão e em eventos pelo Brasil, gerando muitas discussões e
deixando um legado importante para o mundo. Todos os seus filmes podem ser vistos
gratuitamente no Youtube. (https://www.rodrigomacniven.com/bio).
O diretor recebeu a Medalha Pedro Ernesto, “Cortina de Fumaça” foi exibido no
Festival Internacional e Cinema do Rio 2010. Segundo o site de sua autoria alega que é um
dos 11 docs capazes de mudar nossas visões de mundo e influencia os movimentos pela
reforma da política de drogas no Brasil.
INTRODUÇÃO

O filme apresenta uma comparação entre países desenvolvidos confrontados com países
em desenvolvimento, com o tema cannabis; identifico o assunto dentro do comportamento da
legislação de diferentes países. O objetivo específico identificado é confrontar diferentes
legislações; os objetivos gerais estabelecem discutir procedimentos interventores no tratamento
de doenças crônicas e comorbidades que afetam o ser humano; apresentar relatos de intelectuais
relacionados com as manipulações da informação do narcotráfico, também, o documentário
apresenta um recorte histórico da utilização do cannabis. O filme identifica as consequências
apresentadas nos tratamentos de doenças. Assim, é demostrado os movimentos socias
organizados, confrontando com o sistema de proibição do cannabis.

RESENHA

Destaco alguns entrevistados que merecem um análises, na apresentação realizada com


Antônio Escohotado, espanhol, vivo, com 76 anos, filósofo, jurista e escritor. Na pesquisa que
realizei contém um foco no direito, na filosofia e na sociologia. Antônio apresenta argumentos
antiprohibicionista, os argumentos são validados por uma singular investigação sobre drogas
com o livro “História General de las Drogas” junto a uma relação de drogas proibidas através
de acontecimentos históricos. Segundo Antônio as drogas brindam á condição humana mais
controle, mais capacidade de enfrentar desafios da vida. A vida inserida na irreversibilidade, na
probabilidade das coisas e na coerência desenvolve um cotidiano fora de equilíbrio, segundo
Ilya Prigogine. (https://es.wikipedia.org/wiki/Ilya_Prigogine;
https://es.wikipedia.org/wiki/Antonio_Escohotado#Historia_general_de_las_drogas, acesso
25/05/2021)
Por outro lado, no transcorrer do documentário é apresentado uma tabela de dados com
estimativas curiosas, as categorias com uma singularidade de dano física, dano social,
dependência aguda, cronica, dependência física e dependência psicológica; um dos argumentos
é acrescentado através deste rank de drogas.
Dessa maneira, no desenvolvimento do documentário um conhecimento histórico
chamo minha atenção “A primeira reunião sobre drogas aconteceu em 1912 para discutir a
questão do ópio. Mas foi após a criação da ONU, em 1945, que três convenções sob seu
comando determinaram a linha de controle internacional vigente até hoje. O diretor Mac Niven
declarar dados históricos e os confronta com declarações do ex-agente detetive do governo dos
Estados Unidos de Norte América, Jack A. Cole; ele narra um analises das tendencia políticas
que surgiam naquele país com as políticas publicas de “Guerra as Drogas”. Interesses
políticos/económicos confrontados com a proibição e perseguição de pessoas. Escreveu vários
artigos relacionados as políticas de drogas. (https://en.wikipedia.org/wiki/Jack_A._Cole,
acesso 26/05/2021).
Já no contexto histórico/social do Brasil, o documentário traz as declarações do jurista
e professor Wálter Fanganiello Maierovitch ex-secretário nacional antidrogas da Presidência da
República, os estudos realizados por Wálter foca no crime organizado, estrutura, movimento,
analises conjuntural e outros. Publica um livro intitulado “Máfia, Poder e Antimáfia”
relacionando o poder do Estado, da política e da economia em meio a atuação da máfia italiana
e como esse modelo bem-sucedido de “negocio” serviu de guia às organizações pré-mafiosas
de América Latina, como a facçõ Primeiro Comando da Capital (PCC) e as milícias.

“O livro mostra as táticas do crime organizado, descreve seus métodos e sua


história, avalia os métodos de combate a essas organizações, mas não se nega a
reconhecer alguns fracassos nesse processo, assim como a insistência, durante
alguns anos, em praticamente ignorar um adversário moderno e extremamente
aberto para explorar todas as possibilidades da globalização”
(http://editoraunesp.com.br/blog/walter-maierovitch-lanca-relato-envolvente-
sobre-a-mafia-e-seus-desdobramentos, acesso 26/05/2021)

Além disso, o documentário traz dados de convenções de 1961, 1971 e 1988 com a
intencionalidade de someter substancias proibidas a um regime internacional de interdição. Um
instrumento fundamentado na repressão violenta pretende combater as organizações de
traficantes. Um “mundo livre das drogas” é a meta e uma guerra é declarada. O contexto das
guerras e a produção de tecnologia são discursos válidos na política tradicional conservadora,
o lobby político como atividade legal entre legisladores e interesses dos implicados nas decisões
dos poderes públicos. Dentro do contexto do programa “mundo livre das drogas” as drogas são
substancias psicoativas que alteram a consciência e a percepção. Curioso saber que os maiores
patrocinadores são os EUA tempos depois comandada pela ONU com foca na punição a quem
as produzisse, vendesse ou consumisse. Fiore, MaurícioO lugar do Estado na questão das
drogas: o paradigma proibicionista e as alternativas. Novos estudos CEBRAP [online]. 2012,
n. 92 [Acessado 26 Maio 2021] , pp. 9-21. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0101-
33002012000100002>. Epub 08 Maio 2012. ISSN 1980-5403. https://doi.org/10.1590/S0101-
33002012000100002.
Todavia, o documentário traz o advogado Cristiano Maronna, ele apresenta um
depoimento argumentativo da situação preventiva e estratégica debatidas nas políticas de
seguridade do Brasil, ele afirma que se poderia adotar estratégias com a finalidade de diminuir
a violência no Brasil e em especial no Rio de Janeiro. Ele argumenta que países como Portugal,
Espanha, Uruguai, Holanda e Canada, além de diversos estados dos Estados Unidos, já
tornaram suas legislações sobre o consumo de drogas mais flexíveis. Ele aclara, em 2018, a
ONU aprovou um texto que propõe uma abordagem para controle de drogas baseada em
políticas que foquem nas pessoas, na saúde e nos direitos humanos e exortou os países a
mudarem suas leis para promover alternativas à punição. (Descriminalização do consumo de
drogas no STF | Grupo Prerrogativas). Ir contra as políticas tradicionais no combate as drogas
é enfrentar o poder político, económico, cultural e religioso entre outros. Cristiano, defende a
posse de drogas para o consumo pessoal. Ele enfrenta as doutrinas estabelecidas na guerra
contra as drogas.
Por último, minha atenção fica com o destaque de Milton Friedman, um liberal da
universidade de Chicago, prêmio Nobel de Economia e diz: As drogas são uma tragedia para
os viciados, mas criminalizados o uso transforma essa tragedia num desastre para a sociedade,
para os usuários e para os não usuários igualmente. Nossa experiencia com a proibição das
drogas é uma repetição de nossa experiencia com a proibição das bebidas alcoólicas. Friedman
propôs a substituição do sistema de bem-estar EUA existente com um imposto de renda
negativo, um sistema de imposto progressivo em que os pobres receberiam um salário básico
do governo. (Milton Friedman – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org), acesso,
26/05/2021)

Enfim, o filme Identifica as consequências apresentadas nos tratamentos de dores,


ansiedade, pessoas em tratamento contra o câncer, falta de apetite, esclerose múltipla e outras.
Assim, é demostrado uns movimentos socias organizado confrontando com o sistema de
proibição. Nas feras organizadas pela sociedade cível que defende a liberação do canabidiol
(CBD) apresentam olhos, sabonetes, bebidas, cremas, roupas. (Cannabis Sativa: conheça
doenças que podem ser tratadas com uso terapêutico | UNINASSAU)

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