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DOI: http://dx.doi.org/10.23925/2176-901X.

2021v24iEspecial29p157-176
157

Aspectos nutricionais e psicológicos de


idosos em situação de vulnerabilidade:
Um estudo de revisão sistemática

Nutritional and psychological aspects of elderly people


in vulnerable situations: A systematic review study

Aspectos nutricionales y psicológicos de las personas


mayores en situaciones vulnerables: un estudio de
revisión sistemática

Carolina Martins da Silva Morais


Devania Aparecida Santos
Evany Bettine de Almeida
Thais Bento Lima da Silva

RESUMO: O presente estudo buscou apresentar, mediante revisão sistemática da


literatura, os estudos disponíveis sobre os aspectos nutricionais e psicológicos de idosos
em situação de vulnerabilidade. A pesquisa foi operacionalizada mediante a busca
eletrônica de artigos indexados nas bases de dados Google Acadêmico e SciELO
selecionados entre os anos de 2016 a 2020. Idosos do sexo feminino, que moram
sozinhos, com baixa escolaridade, sob o risco de desnutrição e de etnia negra, fazem parte
dos grupos mais vulneráveis; a vulnerabilidade é multifatorial; e a incapacidade funcional
pode afetar de forma importante o estado nutricional e psicológico do idoso. Levantamos
a reflexão sobre a importância do olhar multiprofissional e integral para prevenir quadros
de vulnerabilidade e fragilidade do idoso.
Palavras-chave: Vulnerabilidade; Idosos; Nutrição; Emoções.

Morais, C. M. da S., Santos, D. A., Almeida, E. B., & Lima da Silva, T. B. (2021). Aspectos nutricionais e
psicológicos de idosos em situação de vulnerabilidade: Um estudo de revisão sistemática. Revista Kairós-
Gerontologia, 24(Especial 29, “Interdisciplinaridade: um modelo de trabalho em Gerontologia”, 157-176.
ISSNprint 1516-2567. ISSNe 2176-901X. São Paulo (SP), Brasil: FACHS/NEPE/PUC-SP
158 Carolina Martins da Silva Morais, Devania Aparecida Santos, Evany Bettine de Almeida, & Thais Bento Lima da Silva

ABSTRACT: This study aimed to present, through a systematic review of the literature,
the available studies on the nutritional and psychological aspects of elderly people in
vulnerable situations. The research was operated through the electronic search of
articles indexed in the Google academic and Scielo databases selected between the years
2016 to 2020. Elderly women, living alone, with low education, under risk of malnutrition
and black ethnicity are among the most vulnerable groups, vulnerability is multifactorial
and functional disability can significantly affect the nutritional and psychological state
of the elderly. We reflect on the importance of a multiprofessional and integral approach
to prevent vulnerability and fragility of the elderly.
Keywords: Vulnerability; Elderly; Nutrition; Emotions.

RESUMEN: El objetivo de este estudio fue presentar a través de una revisión sistemática
de la literatura los estudios disponibles sobre los aspectos nutricionales y psicológicos
de las personas mayores en situaciones vulnerables. La búsqueda se realizó mediante la
búsqueda electrónica de artículos indexados en las bases de datos académicas y de Scielo
de Google seleccionadas entre los años 2016 y 2020. Las mujeres de edad que viven
solas, con baja escolaridad, bajo riesgo de malnutrición y de pertenecer a la etnia negra
se encuentran entre los grupos más vulnerables, la vulnerabilidad es multifactorial y la
discapacidad funcional puede afectar significativamente al estado nutricional y
psicológico de los ancianos. Planteamos la reflexión sobre la importancia de la mirada
multiprofesional e integral para prevenir situaciones de vulnerabilidad y fragilidad de
los ancianos.
Palabras clave: Vulnerabilidad; Ancianos; Nutrición; Emociones.

Introdução

O envelhecimento populacional no Brasil e no mundo, segundo o Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tende em 2050 a ultrapassar o grupo das
crianças, transformando o país em um dos países mais envelhecidos do mundo.
Entretanto, sabe-se que, para muitos idosos, esse contexto demográfico acontece em meio
a condições de vida desfavoráveis (Oliveira, 2019).

Morais, C. M. da S., Santos, D. A., Almeida, E. B., & Lima da Silva, T. B. (2021). Aspectos nutricionais e
psicológicos de idosos em situação de vulnerabilidade: Um estudo de revisão sistemática. Revista Kairós-
Gerontologia, 24(Especial 29, “Interdisciplinaridade: um modelo de trabalho em Gerontologia”, 157-176.
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Segundo Maia (2011), o termo vulnerabilidade deriva do latim vulnerable = ferir;


e vulnerabilis = que causa lesão. Ao longo do século XX, o termo foi amplamente usado
em resoluções, leis, e tentativas para designar grupos ou indivíduos, jurídica ou
politicamente fragilizados, que necessitavam ter seus direitos preservados e respeitadas a
integridade moral, a autonomia e a dignidade humana.
Diante da vulnerabilidade que combina fatores como: o limitado acesso a
informações; recursos materiais; enfrentamento de barreiras culturais, baixo nível de
escolaridade; limitado acesso a serviços públicos de saúde e a situação socioeconômica
desfavorável, como os acentua Junqueira Pereira (2019), discorreremos sobre eles com
foco nos aspectos nutricionais e psicológicos.
De acordo com as teorias psicológicas do envelhecimento, o termo emoção deriva
do latim emovere, que significa “pôr em movimento”. Não apenas em relação ao corpo,
mas no sentido figurado, referindo algo que se move no interior da vida psíquica.
Aristóteles, o clássico filósofo grego (384-322 a.C.), situava que emoção é toda a afeição
da alma que se faz acompanhar por elementos prazerosos ou dolorosos, que nos ajudam
em situações boas ou ruins, e qual a importância que ela terá em nossa vida.
Segundo Baltes e Smith (2004), o efeito dos eventos não normativos é
potencializado pela experiência de descontrole que geralmente eles acarretam. Os
potenciais estressores dos eventos incontroláveis tendem a ser maiores para os idosos, na
medida que, na velhice, ocorre a diminuição de recursos e aumentam as possibilidades de
convivência com eventos negativos. Aos efeitos da velhice, podem somar-se os da
pobreza, desnutrição, baixo nível educacional, ser do gênero feminino, pertencer a grupos
excluídos por critérios raciais e discriminação por idade. Como descreveram sobre a
proposição (teoria SOC), são dois os objetivos da seleção: a otimização e a compensação,
o que vai descrever o desenvolvimento em geral e estabelecer como os indivíduos podem
efetivamente manejar as mudanças em condições biológicas, psicológicas e em restrições
para seus níveis e trajetórias de desenvolvimento. A plasticidade comportamental é sua
inspiração central, pois interessa saber como indivíduos de todas as idades alocam seus
recursos internos e externos a essas três funções no sentido de maximizar ganhos e perdas.
A teoria SOC pode ser incorporada por diferentes perspectivas teóricas, incluindo a
comportamental (Baltes, & Smith, 2004), a cognitiva, a de ação (Heckhausen et al., 1989)
e a social-cognitiva (Bandura et al., 1999).

Morais, C. M. da S., Santos, D. A., Almeida, E. B., & Lima da Silva, T. B. (2021). Aspectos nutricionais e
psicológicos de idosos em situação de vulnerabilidade: Um estudo de revisão sistemática. Revista Kairós-
Gerontologia, 24(Especial 29, “Interdisciplinaridade: um modelo de trabalho em Gerontologia”, 157-176.
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Em relação aos aspectos nutricionais sob a perspectiva da vulnerabilidade,


sabemos que a sarcopenia é uma constante preocupação, Segundo Pereira et al. (2016),
esta condição é caracterizada pela perda de massa e funcionalidade muscular e está
associada a uma série de disfunções e doenças sistêmicas que acometem os idosos, sendo
este um dos parâmetros utilizados para a definição da síndrome de fragilidade do idoso,
pois causa maior risco a quedas, gera incapacidade, dependência e hospitalização
recorrente. As restrições funcionais podem incapacitar o processo de compras e de
preparo das refeições, comprometendo a segurança alimentar e nutricional de um idoso
que, a esse processo precisa adaptar-se, passando a depender de outras pessoas para a
aquisição e o preparo de alimentos, ou elegendo, para a compra, alimentos
industrializados e de fácil preparo.
A nutrição adequada também é fator de correlação com a depressão; de acordo
com a Organização Mundial de Saúde (2002), 300 milhões de pessoas, de todas as faixas
etárias, são afetadas mundialmente pela depressão, sendo esta considerada um problema
crítico de saúde pública mundial. A redução do apetite, baixo peso, e risco para
desnutrição são fatores de interferência na depressão, bem como a deficiência de vitamina
B12 que gera diminuição da serotonina, noradrenalina e dopamina (Didoné et al., 2020).
De acordo com Pereira et al. (2016), em estudo sobre o estado nutricional de
idosos no Brasil, com 20.114 idosos, em metodologia transversal de base populacional,
participantes da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), 2008/2009, do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acima de 60 anos, verificou-se que o
problema dos óbitos por desnutrição em idosos traz à tona problemas sociais relacionados
à desigualdade de acesso à alimentação em quantidade e qualidade satisfatórias, e ao
papel das políticas públicas efetivas. E que, quanto maior a renda, escolaridade,
condições de moradia e maior acesso aos bens e serviços, melhor são as escolhas
dietéticas e o padrão alimentar ao longo da vida.
Diante dos dados recuperados da literatura, buscamos, por meio deste trabalho,
avaliar e comparar os estudos disponíveis sobre a vulnerabilidade relativamente aos
aspectos nutricionais e psicológicos de idosos.

Morais, C. M. da S., Santos, D. A., Almeida, E. B., & Lima da Silva, T. B. (2021). Aspectos nutricionais e
psicológicos de idosos em situação de vulnerabilidade: Um estudo de revisão sistemática. Revista Kairós-
Gerontologia, 24(Especial 29, “Interdisciplinaridade: um modelo de trabalho em Gerontologia”, 157-176.
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Objetivo

Realizar uma revisão da literatura dos estudos disponíveis sobre os aspectos


nutricionais e psicológicos de idosos em situação de vulnerabilidade.

Métodos

Este estudo é do tipo revisão sistemática, conduzido no período de agosto de 2020


a novembro de 2020. A pesquisa foi operacionalizada mediante a busca eletrônica de
pesquisas indexadas nas bases de dados do Google acadêmico e da SciELO. Para a
revisão, utilizaram-se os descritores (palavras-chave) seguintes: Vulnerabilidade; Idosos;
Nutrição e Emoções, e seus correspondentes em inglês, publicados entre os anos de 2016
a 2020. O processo de inclusão dos artigos foi realizado a partir de uma leitura prévia de
resumos que seguiram os critérios de análise: I) Base de dados científica: Google
acadêmico e SciELO; II) Período de publicação: foram selecionados artigos dos anos
2016 a 2020.
Foram excluídos estudos de modalidade de pesquisa: relatos de experiência, teses
de doutorado, artigos de revistas e publicações fora do período de pesquisa previamente
selecionado. Buscou-se, através da pesquisa, verificar a incidência de artigos sobre o
tema abordado e revisá-los sistematicamente, a fim de levantar informações e estudos
sobre os aspectos nutricionais e psicológicos de idosos em situação de vulnerabilidade.

Resultados

O declínio da vitalidade, comumente conhecido como fragilidade, tem como


melhor marcador a capacidade funcional, esta medida em função das atividades de vida
diárias. A saúde do idoso pode ser definida como sendo a capacidade individual de
satisfação das necessidades biopsicossociais, independentemente da idade, ou da
presença ou não de doenças (Moraes, 2017).
A interdisciplinaridade é fundamental no processo de produção e aplicação de
conhecimento de um gerontólogo, pois favorece a compreensão integral de um indivíduo,
construindo o processo do saber com base na valorização do conjunto de saberes

Morais, C. M. da S., Santos, D. A., Almeida, E. B., & Lima da Silva, T. B. (2021). Aspectos nutricionais e
psicológicos de idosos em situação de vulnerabilidade: Um estudo de revisão sistemática. Revista Kairós-
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multiprofissionais (Da Motta et al., 2008). Os estudos apresentados salientam a


importância do suporte familiar e de uma rede de apoio para a manutenção do bem-estar
e qualidade de vida de um idoso frágil.
Resultaram, na busca ora realizada, 46 artigos, decorrentes do levantamento nas
bases de dados, dos quais 27 foram selecionados para leitura completa. Dessa análise,
foram excluídos 13 artigos.
A baixa escolaridade é considerada um fenômeno muito atestado entre os idosos,
e diversos estudos realizados mostraram que a baixa escolaridade é considerada um fator
bastante influenciador no acometimento dos sintomas ansiogênicos e depressivos e
possíveis transtornos (Maximiliano, & Fermoseli, 2017).
São as abordagens inter e multidisciplinares que podem superar as problemáticas,
para o êxito nas pesquisas na prevenção de doenças e promoção de saúde, conforme
Yngve et al. (1999). A Gerontologia vem contemplar, com suas áreas multidisciplinares,
esse eixo, e trabalhar com foco em diversos aspectos como a prevenção de saúde em
redes, políticas públicas e entretenimento, trabalho, lazer. Segundo o Estatuto do Idoso,
o idoso deve gozar de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral, assegurando-lhe por lei, ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, para a prevenção da saúde, física e mental e o
aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e
dignidade (Ministério da Saúde, 2003). Ao corroborar a lei, a Gerontologia estuda o
envelhecimento nos aspectos biológicos, psicológicos e sociais e outros, e o profissional
de Gerontologia propõe intervenções: na prevenção, na ambientação, reabilitação e
cuidados paliativos, podendo ser com a atuação de multiprofissionais visando a integrar
o atendimento adequado e à manutenção saudável de um idoso (Sociedade Brasileira de
Geriatria e Gerontologia, n.d.).

Vulnerabilidade: Cenário nutricional do idoso

A vulnerabilidade social possui múltiplas dimensões e afeta de modos distintos o


indivíduo, sendo a alta vulnerabilidade reflexo da vulnerabilidade social do indivíduo que
tem dificultado acesso e exercício de seus direitos sociais, causando maior risco de
adoecimento, prejuízo à vida e ao bem-estar (Araújo Júnior et al., 2019).

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Para Barbosa e Fernandes (2020), a vulnerabilidade da pessoa idosa se apresenta


por meio de aspectos individuais e sociais, apresentando, como principais características
físicas e individuais, a capacidade de enfrentamento reduzida, comorbidades,
comprometimento cognitivo e declínio da capacidade funcional. No âmbito social,
evidenciam-se tais aspectos segundo a etnia da pessoa, e se reside em áreas de risco.
Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, podem-
se observar mudanças no perfil epidemiológico da população, com o predomínio das
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e, apesar de a obesidade consolidar-se como
agravo nutricional associado à alta incidência de DCNT na população idosa, a
desnutrição apresenta-se fortemente associada ao aumento da incapacidade funcional,
aumento no número de internações, redução da qualidade de vida, maior susceptibilidade
às infecções e, consequentemente, aumento da mortalidade (Pereira et al., 2016).
São apresentados como indicadores de desnutrição: a carência na alimentação,
acompanhada de várias condições inadequadas para a saúde humana, e a baixa renda
salarial de grande parte da população brasileira. Grupos de idosos com renda alta
(atributos próprios de países desenvolvidos) possuem pequenos casos de doenças da
pobreza (desnutrição e diarreia), diferentemente de grupos de idosos mais pobres, em que
são mais presentes as doenças como desnutrição, diarreias, doenças infecciosas e
parasitárias (Paixão et al., 2020).
Estudo transversal e quantitativo realizado com 48 idosos em um Centro de
Referência de Assistência Social em um município do interior paulista, a fragilidade se
mostrou mais prevalente em mulheres, comparadas aos homens, visto as mulheres
receberem influência das condições de vida marcadas por diferenças de gêneros, como o
desempenho de atividades domésticas, pouca independência econômica e restrição da
vida social, e também apresentam maior perda fisiológica da massa muscular com o
avanço da idade, o que as torna mais propensas ao desenvolvimento de sarcopenia.
Quando relacionado à raça/etnia não branca, os idosos da raça negra tiveram quatro vezes
mais chances de apresentar fragilidade, apresentando a questão racial como um fator
condicionante aos estados de saúde (Araújo Júnior et al., 2019).
Em outro estudo sobre a prevalência de sarcopenia em idosos institucionalizados,
apesar dos resultados se mostrarem com maior incidência em mulheres,

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independentemente do sexo, idosos com idade acima de 70 anos apresentaram maior


índice para sarcopenia (Campos et al., 2020).
As medidas antropométricas apresentam-se como a ferramenta mais utilizada para
a avaliação do estado nutricional do idoso, destacando-se o índice de massa corporal
(IMC). Apesar de ser uma ferramenta limitada, não se averiguando a distribuição de
massa magra e gorda no corpo de um indivíduo, possibilita a classificação em graus de
nutrição, sendo um método não invasivo, de baixo custo, fácil e de rápida execução, e
permite boa correlação com indicadores de morbimortalidade (Pereira et al., 2016).
A sarcopenia acomete com maior frequência a população idosa e é definida como
a redução da massa muscular, associada com baixa força muscular e baixo desempenho
físico e, quando coincide com o excesso de gordura corporal, é definida como obesidade
sarcopênica. Segundo Santos et al. (2017), em estudo transversal sobre obesidade,
sarcopenia ou obesidade sarcopênica e relação com a mobilidade reduzida em idosos com
80 anos ou mais, avaliou-se que a sarcopenia estaria associada com mobilidade reduzida,
aumentando as chances de um idoso de 80 anos ou mais apresentar mobilidade reduzida
3,44 vezes, independentemente do sexo e da presença de doenças osteoarticulares. Em
contraponto, pode-se notar, segundo o estudo, que, apesar de uma maior quantidade de
massa gorda ou alta proporção de gordura corporal poder aumentar a sobrecarga corporal
e limitar os movimentos, impondo estresse adicional nas articulações e nos músculos,
acentuando o risco de deficiência, nesse estudo a obesidade não foi um fator limitador da
mobilidade.

Políticas Públicas e a importância à preservação da qualidade de vida nutricional do


idoso

No Brasil a maior parte dos cuidados dos idosos são assumidos pelos respectivos
familiares, e as questões relacionadas à fragilidade do idoso em geral estão condicionadas
à pobreza, à baixa escolaridade e à limitada rede de apoio, formada principalmente por
familiares mais próximos. Observando-se esse cenário, nota-se que esses idosos
assistidos pelos familiares se tornam dependentes fisicamente, por não poderem mais
desenvolver tarefas cotidianas, como alimentar-se, banhar-se e, até mesmo se deslocarem

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sozinhos, situação que pode gerar impasses e angústias frente à dificuldade familiar de
prover-lhes um cuidado integral (Schuck, & Antoni, 2018).
A preocupação governamental com o idoso é relativamente recente, A Lei n.º
8.842, Política Nacional do Idoso (PNI), de janeiro de 1994, tem por objetivos principais
a promoção de autonomia e a participação ativa e efetiva dos idosos na sociedade, e
incorpora uma série de decretos que visam a assegurar os direitos sociais dos idosos, e
engloba ações dos diferentes setores sociais, que devem envolver-se na elaboração e
implementação de políticas públicas voltadas a esse segmento, constituindo, portanto,
uma Política intersetorial, o que torna a sociedade, o Estado e a família corresponsáveis
pelo cumprimento desses preceitos (Schuck, & Antoni, 2018).
O estudo de Bierhals et al. (2016) aponta que a incapacidade funcional acarretada
pelo envelhecimento pode afetar de forma importante o estado nutricional da pessoa
idosa, assim como os padrões das refeições e a ingestão de nutrientes na velhice, visto a
dificuldade de o idoso adquirir e preparar alimentos e a dependência para alimentar-se;
além disso, a vulnerabilidade compromete o estado de saúde geral do idoso, aumentando
a suscetibilidade a quedas e fraturas, obrigando a hospitalização, os cuidados
institucionalizados, levando-o à morte.
A Cartilha de Alimentação Saudável da Pessoa Idosa, um manual para os
profissionais de saúde do (Brasil, 2009), é um dos poucos materiais norteadores de
alimentação voltada à pessoa idosa, material este que contempla parte fragmentar da
política pública.
Em estudo sobre a integração de políticas públicas nacionais e programas
municipais, em que se apresentam elementos que contribuem para a garantia do Direito
Humano à Alimentação Adequada (DHAA) de idosos em Terapia Nutricional Enteral em
domicílio, observou-se que existem princípios, diretrizes e ações convergentes na Política
Nacional do Idoso (PNI), Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI) e da
Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), mas que se apresentaram pouco
incluídos nos programas. Foram identificados apenas sete municípios que apresentaram
programas com vistas à organização do cuidado em pessoas com necessidades especiais
de alimentação (NEA), documentados em cinco protocolos e dois decretos. A ocorrência
das palavras-chave idoso e direito foi verificada em três dos documentos, mas a relação
entre elas não foi encontrada.

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O Sistema de Indicadores para Acompanhamento de Políticas de Saúde do Idoso


(Romero et al., 2018) foi lançado, em 2011, pelo Laboratório de Informação em Saúde
do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, na
parceria com a Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa do Ministério da Saúde,
transformando o Sistema em um produto compartilhado entre Fiocruz e Ministério da
Saúde. Compreende um sistema de consulta de indicadores pela internet, em nível
federal, estadual e municipal, sobre a saúde do idoso, sendo sua finalidade oferecer uma
ferramenta para a gestão do SUS, que permite ao mesmo tempo conhecer a situação de
saúde da população idosa e estabelecer processos contínuos de acompanhamento
(Romero et al., 2018).

Quais os problemas psicológicos apresentados nos idosos em situação de


vulnerabilidade?

Em pesquisa realizada por Cabral et al. (2019), observou-se que os transtornos


depressivos constituem um grupo de entidades distintas ou síndromes independentes
manifestas pelo humor deprimido. Nos idosos, esses transtornos comumente são
atribuídos às perdas das funções físicas e mentais que acompanham o processo de
envelhecimento, sendo importante o diagnóstico precoce, como maneira de se evitar a
progressão da depressão para estágios mais avançados que, concomitantemente à
presença de vulnerabilidade, leva a piores condições de saúde.
Podemos destacar, por meio de outros estudos já realizados, diversos problemas
psicológicos, tais como: Ansiedade, Ciclotimia, Distimia, Ideação suicida, Transtornos
do Humor, Humor depressivo duradouro, Alzheimer, Confusão mental e Desorientação.
Algumas pesquisas indicam que ainda são poucas as literaturas sobre as ILPIs e a
reabilitação de adultos e idosos (Machado et al., 2017), como ainda são pouco frequentes,
no Brasil, os programas de Psicologia Positiva, que se proponham ao desenvolvimento
de forças/virtudes de uma pessoa, assim como ensaios controlados que possam avaliar a
eficácia de seus resultados. Conforme ainda asseguram Romero et al. (2018), a depressão
é uma enfermidade subdiagnosticada e subtratada, principalmente quando acometida na
velhice.

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Segundo Silva, Turra e Chariglione (2018), do ponto de vista biológico, o


processo de envelhecimento é caracterizado essencialmente pela queda das funções
orgânicas. Isso significa que, segundo os autores, envelhecer é um processo natural,
progressivo, e irreversível, com alterações fisiológicas e bioquímicas associadas à idade,
e que se manifestam por mudanças corporais externas, como: perda do tônus muscular,
rugas, branqueamento dos cabelos; e internas, como alterações no metabolismo e
funcionamento de órgãos vitais. Mudanças estas que poderão causar problemas no
funcionamento do organismo, fazendo com que o indivíduo diminua sua capacidade de
adaptação ao meio ambiente, tornando-o, portanto, mais vulnerável às doenças. Tais
alterações são ditas como normais, ou seja, fazem parte do processo de senescência,
embora não se deixe de considerar que envelhecer não significa, necessariamente,
adoecer. Conforme verificado na pesquisa e conceituado por Veras et al. (2014), trata-se
de uma funcionalidade que diz respeito à capacidade de realização de atividades e tarefas
da vida diária e cotidiana, de forma eficaz e independente. Contudo, a falta de
manutenção dessa capacidade acaba expondo o idoso à vulnerabilidade de doenças que
levam à dependência de um idoso aos outros, para adaptação social neste ciclo de vida
(Silva, Turra, & Chariglione, 2018).
Assim, com a diminuição dessa capacidade de autonomia e independência, fica
evidenciado que, na velhice, serão necessários maiores cuidados em todos os sentidos,
sendo certo que, muitas vezes, será preciso ao idoso diminuir seus afazeres diários ou até
mesmo extingui-los por completo.
Segundo alguns autores, o processo de aposentadoria influencia muito na saúde
física e emocional do idoso. Um destes, Fontes, como citado em Barcley (2004), A
American Psychological Association apresenta um guia de orientação sobre as práticas
psicológicas com idosos, acentuando a necessidade de que os psicólogos sejam
encorajados a desenvolver competências para avaliar tal acometimento e acompanhar os
idosos em situações de crise ou de estresse, de tal forma a promover sua adaptação à nova
condição, particularmente durante a convivência com doenças crônicas e incapacidade.
É importante ressaltar que este material bibliográfico visa a destacar as mudanças
correlacionadas ao envelhecimento biológico, caracterizado por perdas sensoriais e
psicomotoras (atenção, controle motor, capacidade de lidar com situações de complexas),
memória aparência, física, composição corporal, níveis hormonais, sistema

Morais, C. M. da S., Santos, D. A., Almeida, E. B., & Lima da Silva, T. B. (2021). Aspectos nutricionais e
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Gerontologia, 24(Especial 29, “Interdisciplinaridade: um modelo de trabalho em Gerontologia”, 157-176.
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imunológicos, além de aumento da suscetibilidade à doença, com impactos sobre a saúde.


Segundo Neri (2011), o paradigma do curso de vida ancora-se no processo de
construção social do desenvolvimento adulto quanto ao papel dos processos sociais na
construção do self e na natureza interpessoal da vida humana, ideias estas que tiveram
forte impacto no delineamento do paradigma de desenvolvimento ao longo da vida (life
span), que se desenvolve na mesma época, como uma síntese das ideias até então
predominantes , envolvendo conceitos organicistas, do cursos de vida e dialéticos. Life-
span significa a duração da vida, e diz respeito ao desenvolvimento humano como um
processo que se dá desde o nascimento até a morte. Trata-se de um paradigma que vai se
delineando gradativamente há cerca de mais de um século, e que vem substituir o
paradigma de ciclos de vida, até então dominante na Psicologia do Desenvolvimento.
Conforme Gatz (1998), a vulnerabilidade psicológica diminui ao longo da vida
podendo ser interpretada como um aumento da capacidade de adaptação dos mais velhos,
mesmo em fase das adversidades e perdas, que caracterizam a última fase do curso de
vida. Essa diminuição da vulnerabilidade psicológica associa-se à capacidade de regular
as emoções, que vem sendo apontada como um dos componentes centrais da resiliência
(Kessler, 2009).
São muitos os benefícios que podem ser alcançados por meio da identificação e
do fortalecimento das forças do caráter de um paciente em qualquer fase do curso da
vida.
Na velhice, especialmente, é possível propor, tomando como base o modelo de
seleção, otimização e compensação de Baltes (1997). Este considera que as intervenções
positivas, a educação para o caráter mais especificamente, podem atuar na dinâmica entre
perdas decorrentes do próprio processo de envelhecimento, e os ganhos que podem advir
dessas estratégias. Estas, segundo Bannink (2012) são forças, habilidades e recursos
pessoais, os aspectos mais importantes a serem trabalhados; a autora ressalta a
contribuição das práticas educacionais na promoção de mudanças, desde que sejam
orientadas para a estimulação, o incentivo e a capacitação das pessoas. Segundo Ferrari,
(2002, o enfrentamento da velhice pode ter, em geral, dois modelos: um negativo, em que
o sujeito se sente num período da vida vazio, devido ao afastamento dos ciclos de
convivência social, sem valor e inútil, pois compreende que sua capacidade produtiva
está inteiramente associada ao trabalho, e que cessa com a chegada da aposentadoria.

Morais, C. M. da S., Santos, D. A., Almeida, E. B., & Lima da Silva, T. B. (2021). Aspectos nutricionais e
psicológicos de idosos em situação de vulnerabilidade: Um estudo de revisão sistemática. Revista Kairós-
Gerontologia, 24(Especial 29, “Interdisciplinaridade: um modelo de trabalho em Gerontologia”, 157-176.
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Conforme estudo de Skinner et al. (1985), a ansiedade está correlacionada às


limitações apresentadas na velhice, transformando um idoso ativo em passivo em suas
atividades diárias, tendo como consequência as sensações supracitadas. No entanto, faz-
se necessário salientar que essa psicopatologia pode se manifestar em qualquer fase da
vida.
Muñoz Sánchez e Bertolozzi (2007) afirmam que a baixa escolaridade é
considerada um fenômeno muito visto em idosos, e diversos estudos realizados
mostraram que a baixa escolaridade é considerada um fator bastante influenciador no
acometimento dos sintomas antigênicos e depressivos e possíveis transtornos, como os
descritos acima (Almeida et al., 2015; Minghelli, et al., 2013; Pardal, 2011).
No estudo realizado por Laidlaw e McAlpine (2008), estes descreveram que deve
ser levada em consideração a incorporação de informações relevantes advindas da área
da Gerontologia, que possam contribuir para a aliança terapêutica empática e consistente
com um idoso. Um envelhecimento bem-sucedido é, conforme o ratifica Caldas (2006),
dependente da capacidade de adaptação às mudanças físicas, emocionais e sociais.

Discussão

Dentro do tema de estudo proposto sobre os aspectos nutricionais e psicológicos


de idosos em situação de vulnerabilidade, destacamos a importância de um olhar integral
e multiprofissional a eles, como ferramenta de prevenção a quadros recorrentes de
vulnerabilidade e de fragilidade.
O presente estudo permitiu observar que é escasso o número de pesquisas com
propostas de intervenções e ações que dialoguem com as políticas públicas, e se fazem
necessários trabalhos como o aqui proposto, para que possamos despertar reflexões
positivas sobre um olhar integral ao idoso. Com base nisso, objetivou-se realizar a
presente revisão da literatura de estudos disponíveis sobre os aspectos nutricionais e
psicológicos de idosos em situação de vulnerabilidade.
Foi identificado neste estudo que a vulnerabilidade é multifatorial em diversos
aspectos, nutricionais e psicológicos, que interferem na qualidade de vida do idoso e de
todos, infelizmente acarretando danos muitas vezes irreversíveis.

Morais, C. M. da S., Santos, D. A., Almeida, E. B., & Lima da Silva, T. B. (2021). Aspectos nutricionais e
psicológicos de idosos em situação de vulnerabilidade: Um estudo de revisão sistemática. Revista Kairós-
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Tanto na sua saúde física como na emocional, um idoso que, ao longo da vida,
tem a oportunidade de ter uma alimentação saudável com todos os nutrientes e proteínas
necessárias, e variada, e sem escassez, com certeza, terá uma resposta melhor na sua vida,
mesmo que, ao longo dos anos, tenha algumas doenças pré-existentes. A alimentação é
fonte importante para o restabelecimento, a manutenção de energia e o controle de muitas
doenças, ou até mesmo seu aparecimento. A alimentação também é de suma importância
em processos psicológicos. Alguns estudos estão sendo realizados a respeito da falta de
vitaminas, falta esta que interfere especialmente no emocional de uma pessoa. Eles vêm
sendo incrementados principalmente em razão da pandemia, dado que, em decorrência
do isolamento, muitos idosos tiveram as questões nutricionais prejudicadas com
alimentação empobrecida, pela falta de opções nutricionais como a ingestão de frutas,
verduras, legumes frescos e, por muitas vezes, não terem com quem contar para suas
necessidades.
A falta de vitaminas C, D, e vitaminas do complexo B, entre outras, interfere na
qualidade de vida, e traz prejuízos aos idosos em diversos aspectos, acarretando a
depressão, a ansiedade. Em todas as faixas etárias, e em diferentes classes sociais, passou-
se a um alto consumo de produtos industrializados, os fast food, com baixo valor
nutricional e com altos índices de mudanças na qualidade da alimentação, seja por causa
de agrotóxicos ou por terem sido geneticamente modificados. Mudanças estas na
qualidade dos alimentos que atuam de modo negativo a que se possa usufruir de uma vida
saudável.
Por sua vez, a Psicologia pode/deve assumir um papel importante no
acompanhamento nutricional, na avaliação e acompanhamento em casos de cirurgia
bariátrica, e na dificuldade do idoso em emagrecer ou ter controle da alimentação
inadequada, como alimentos processados, excesso de sal, alguns laticínios, ou mesmo no
caso de idosos com doenças celíacas ou de alergias alimentares, gastrointestinais e que
têm dificuldade em manter uma dieta saudável.
O fator limitante no presente estudo foi a baixa quantidade de estudos voltados
não só para o perfil de idosos, mas também relacionados a vulnerabilidades destes,
fazendo com que a percepção, mediante a pesquisa sistemática, possua poucos artigos
atualizados, interferindo, assim, na identificação dos resultados reais acerca do tema.

Morais, C. M. da S., Santos, D. A., Almeida, E. B., & Lima da Silva, T. B. (2021). Aspectos nutricionais e
psicológicos de idosos em situação de vulnerabilidade: Um estudo de revisão sistemática. Revista Kairós-
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Após a pesquisa, verificamos que existe um vasto campo para novas pesquisas,
trabalhos que qualifiquem nutricionalmente os idosos, bem como a possibilidade de
acesso a uma alimentação de qualidade desde a infância, e ao longo da vida. Fatores que
nos trazem esta reflexão: é preciso investimento e incentivo à pesquisa e ampla
divulgação de ações de educação nutricional, de valorização da saúde mental, em todas
as idades e abordagens multiprofissionais, bem como estudos mais assertivos e
frequentes, principalmente com indivíduos de baixa renda ou em situação de abandono.

Conclusão

É necessário mais investimento em políticas públicas que garantam e assegurem


os direitos dos idosos, bem como tornar as políticas públicas existentes mais acessíveis e
efetivas. Observa-se também a importância de uma rede de apoio familiar e social no
cotidiano do idoso. Conclui-se que idosos do sexo feminino, que moram sozinhos, com
baixa escolaridade, com risco de desnutrição, ou de etnia negra, fazem parte dos grupos
mais vulneráveis.
Aspectos emocionais também afetam a rotina de vida dos idosos, principalmente
em caso de viuvez, ou de separação dos filhos, ou por morarem sozinhos. Muitos idosos
relatam que já não cozinham mais, ou comem o que conseguem fazer, muitos deles pela
falta de disponibilidade de alimentos, ou pela depressão que não lhes deixa ter mais ânimo
para cozinhar, ou mesmo por problemas físicos, como dores ou outras morbidades, que
afetam a qualidade de exercer funções como a de preparar alimentos saudáveis. Por outro
lado, outros estudos mostram que alguns idosos conseguem manter sua resiliência,
exercendo bem esse papel de cuidar bem da própria alimentação, ou de assumirem, muitas
vezes, a autonomia de uma casa ou também, por questões financeiras e de aposentadoria,
a responsabilidade da casa, filhos, netos e agregados.
Acreditamos que a educação seja uma proposta de ações fundamentais para tornar
o processo de envelhecimento mais natural, humano e bem-sucedido. Ações que
trabalhem com naturalidade o envelhecimento nas escolas, que promovam ações de
alimentação saudável e escolhas assertivas, ações que incentivem a saúde mental de
idosos e cuidadores, na sua maior parte familiares. Deixamos como sugestão, para estudos
futuros, pesquisas sobre a temática e sobre a efetividade de ações educativas para a

Morais, C. M. da S., Santos, D. A., Almeida, E. B., & Lima da Silva, T. B. (2021). Aspectos nutricionais e
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diminuição da vulnerabilidade. Dos idosos, alguns estudos mais aprofundados com a


utilização de dispositivos mais sofisticados como o rastreio cognitivo e nutricional de
idosos. Além disso, uma avaliação geriátrica ampla, em grupos multidisciplinares, com
avaliações cognitivas e da saúde mental e nutricional dos idosos .

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Silva, M., Turra, V., & Chariglione, I. (2018). Idoso, depressão e aposentadoria: Uma
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Veras, R. P., Caldas, C. P., da Motta, L. B., de Lima, K. C., Siqueira, R. C., Rodrigues,
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10.1590/rsp.v48i2.81164.

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Carolina Martins da Silva Morais – Graduada em Nutrição, Centro Universitário


Adventista de São Paulo.
E-mail: carolinamorais.nutricion@gmail.com

Morais, C. M. da S., Santos, D. A., Almeida, E. B., & Lima da Silva, T. B. (2021). Aspectos nutricionais e
psicológicos de idosos em situação de vulnerabilidade: Um estudo de revisão sistemática. Revista Kairós-
Gerontologia, 24(Especial 29, “Interdisciplinaridade: um modelo de trabalho em Gerontologia”, 157-176.
ISSNprint 1516-2567. ISSNe 2176-901X. São Paulo (SP), Brasil: FACHS/NEPE/PUC-SP
176 Carolina Martins da Silva Morais, Devania Aparecida Santos, Evany Bettine de Almeida, & Thais Bento Lima da Silva

Devania Aparecida Santos - Graduada em Psicologia, Universidade Guarulhos


(UNG).
E-mail: daspsicologia20@gmail.com

Evany Bettine de Almeida – Gerontóloga, Escola de Artes, Ciências e Humanidades da


Universidade de São Paulo (EACH-USP). Docente da Universidade da Terceira Idade
USP 60+, Mestre em Filosofia e Doutoranda em Ciências pela mesma universidade.
Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de
Serviço Social (FAPSS).
E-mail: eva.bettine@gmail.com

Thais Bento Lima da Silva - Docente do Curso de Bacharelado em Gerontologia Escola


de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP).
Pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento, do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Coordenadora do
Curso de Pós-Graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social
(FAPSS).
E-mail: gerontologathais@gmail.com

Morais, C. M. da S., Santos, D. A., Almeida, E. B., & Lima da Silva, T. B. (2021). Aspectos nutricionais e
psicológicos de idosos em situação de vulnerabilidade: Um estudo de revisão sistemática. Revista Kairós-
Gerontologia, 24(Especial 29, “Interdisciplinaridade: um modelo de trabalho em Gerontologia”, 157-176.
ISSNprint 1516-2567. ISSNe 2176-901X. São Paulo (SP), Brasil: FACHS/NEPE/PUC-SP

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