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I Perspectiva e Propósito
A mensagem central da Bíblia é o próprio Deus, revelando seu amor à
humanidade. Ela tem o propósito de revelá-lo, bem como Seu caráter e princípios,
além de ensinar o homem, e capacitá-lo para um viver pleno - em sintonia com o
plano divino e com a criação.
A Bíblia foi escrita ao longo de 35 gerações, por aproximadamente 1.500 anos, por
autores diferentes, em lugares diferentes. A Bíblia é muito mais do que um livro de
histórias; é a revelação dada por Deus ao ser humano. Dividida em dois grandes
blocos, a saber: Antigo Testamento e Novo Testamento. Também chamada de
“Palavra”, é a expressão do coração de Deus. Uma ferramenta divina, com o
propósito de convidar o ser humano a ouvi-Lo.
● Aproximadamente 35 gerações;
● Aproximadamente 1.500 anos;
● Aproximadamente 40 autores;
● 3 continentes diferentes (África, Ásia e Europa);
Vamos destacar os autores de acordo com as funções desempenhadas.
Trata-se de pessoas a quem Deus utilizou para enviar sua mensagem.
AUTOR FUNÇÃO
MOISÉS LÍDER, ESTADISTA
AMÓS PASTOR DE OVELHAS
PEDRO PESCADOR
Curso Básico em Teologia Jesus é o Caminho – Módulo 1 – Aula 1 e 2
Diretor: Pr. Enedino Professor: Pr. Vladmir Ramos Gusman
LUCAS MÉDICO
DAVI, SALOMÃO REIS
PAULO RABINO, FILÓSOFO
ESDRAS SACERDOTE
NEEMIAS FUNCIONÁRIO PÚBLICO
II Contexto Histórico
Medite sobre as seguintes citações.
“Sobre o contexto histórico podemos dizer que ela não foi escrita em ordem
cronológica. Embora a autoridade da Bíblia convirja sobre o texto, e não sobre os
eventos que narra, ainda assim é de extrema importância ler a Bíblia à luz do período
que se origina”. ¹
“A história tem um significado teológico; a teologia está baseada em eventos
históricos” 2 Sendo assim a história bíblica “não é um registro objetivo dos eventos
puramente humanos. É um relato comovente dos atos de Deus na história, conforme
opera no mundo para salvar seu povo. Em consequência ela é teológica, profética,
a história da aliança”. ³
III Estilos Literários
Quais os estilos literários que podemos encontrar na Bíblia?
Narrativas
Poesia
“Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de suas mãos”
Salmos 19: 1
“Eu te comparo, minha amada, a uma égua aparelhada para uma das carruagens do
Faraó”. (Cântico dos Cânticos 1:9)
O estilo literário é muito importante para os nossos estudos, pois revela uma
estratégia de leitura. Funcionam como um veículo estratégico, por meio do qual o
autor comunica sua mensagem ao leitor. Assim, entendemos que o estilo literário
também atua como uma ferramenta de revelação. A escolha do gênero sinaliza ao
leitor como receber a mensagem.
IV Evidências
A Bíblia foi escrita em múltiplos lugares, abrangendo diversos contextos
históricos, tais quais desertos, vilarejos, prisões, palácios, montanhas e metrópoles.
Deus fala em todos esses lugares. Esses lugares dão contextos que são muito
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importantes para a melhor interpretação da Palavra. As evidências bíblicas
comprovam a sua preciosidade. Evidências são fragmentos, que nos trazem
respostas essenciais ao nosso conhecimento bíblico. Podemos citar algumas:
● Unidade literária - A bíblia possui um eixo que está em harmonia, apesar de ter
sido escrita em diversos lugares e por diversas pessoas;
● Profecias cumpridas - Existem palavras na bíblia que se cumpriram
precisamente, mesmo não tendo sido vistas por seus profetas;
● Atualidade - Você lê a bíblia no ano passado e Deus falou com você, você lê hoje
e Deus fala com você. A bíblia é atual para os episódios sociais e questões do nosso
dia a dia;
● Efeito transformador - Você pode ler grandes obras, de grandes pensadores,
porém a bíblia possui, além de conhecimento, um efeito renovador. É capaz de
mudar histórias, contexto, pois ela apresenta um conteúdo transformador;
● Preservação no tempo - A bíblia foi preservada e disseminada. Atualmente é o
livro mais lido, traduzido e vendido no mundo. Resistiu a guerras, pestes, fome e
deserto. Apesar de tudo, existe hoje como antigamente.
“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em
sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” (Apocalipse 3:20)
Muitas vezes usamos este texto para várias ocasiões de evangelismo. Mas João tinha
como alvo um povo: a igreja. Precisamos extrair a essência, o contexto, por isso
conservamos essa visão sobre a Bíblia, sobre a Palavra.
Bibliografia sugerida:
DILLARD, Raymond B. Introdução ao Antigo Testamento (Raymond B. Dillard,
Tremper Longman III. Tradução: Sueli da Silva Saraiva. São Paulo: Vida Nova, 2006)
PINTO, Carlos Osvaldo. Foco no Antigo Testamento (Ed. Hagnos)
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I Noção Geral
Para estudar a Bíblia, é necessária uma noção geral do que está nela, para
melhor entender o que Deus quer nos dizer em Sua Palavra. Vamos, durante todo o
curso, nos aprofundar melhor em cada motivo a ser alcançado, com buscas a captar
com maior e melhor clareza tudo que os textos têm para nos instruir. Sendo assim,
o que faremos aqui é traçar um mapa para ter uma dimensão do Antigo Testamento,
que é o primeiro tomo da Bíblia, possuindo trinta e nove (39) livros, os quais foram
escritos em hebraico (com alguns fragmentos em aramaico) e divididos nestas
categorias:
CATEGORIA NÚMERO DE LIVROS
Livros da Lei – Pentateuco Cinco (5) livros
Livros Históricos Doze (12) livros
Livros Poéticos Cinco (5) livros
Livros Proféticos Dezessete (17) livros
II Pentateuco
É o grupo dos cinco primeiros livros da Bíblia, chamado Livros da Lei,
respectivamente: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Foram
escritos por Moisés e são conhecidos na bíblia judaica como ‘’Torá’’. A lei ensina os
princípios de Deus e coloca luz sobre o povo para viver em sociedade; de imensa
importância, concedia ordem e sentido às relações humanas, com seu próximo e
com seu Deus.
IV Livros Históricos
Relatam os eventos na história do povo hebreu, destacando suas conquistas,
fracassos e o início da monarquia. Nesse livro, podemos perceber a ação de Deus
junto ao povo judeu. A narrativa histórica hebraica é marcadamente diferente de
outros povos, a preocupação dos hebreus era sempre falar da aliança com Deus,
destacando-a por meio de linguagem concreta e do uso de imagens específicas à
sua cultura.
V Livros Proféticos
Com o foco nas mensagens, estão divididos em duas partes: Profetas Maiores
e Profetas Menores, esse nome se deve ao volume, e não a importância, dos profetas
em si. Pensar nos livros proféticos é como pensar em uma coletânea de sermões.
Mesmo havendo cinco livros na categoria dos profetas maiores, esses foram escritos
por apenas quatro autores. Jeremias escreveu dois livros, um homônimo e o
chamado “Lamentações de Jeremias”.
Dica: Em sua Bíblia de estudo, observe que, normalmente na primeira página de
cada livro, consta uma série de informações, como contexto e intenção do autor,
que podem auxiliar no entendimento do Livro Sagrado. Enriqueça o seu
conhecimento com essa prática.
VI Datação
Saber que as datas são aproximadas e não exatas, ajuda-nos a compreender
melhor esses livros. Há discordância entre os estudiosos e suas linhas teológicas,
mas verificamos dois padrões de datação distintos:
Lunissolar
Era o sistema de datação mais antigo, no qual a lua e o sol definem o
calendário, sendo que os doze ciclos lunares somam 354 dias. Nesse sistema era
estabelecida uma relação entre um acontecimento e outro, como, por exemplo, uma
guerra, uma enchente, ou um determinado rei. Tal método é chamado de cronologia
relativa. A datação da cronologia Assíria é usada como referência para entendermos,
aproximarmos ou traduzirmos as datas para o padrão da datação atual. Um dos
exemplos desse padrão de cronologia relativa se encontra no livro de Reis.
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“Quatrocentos e oitenta anos depois que os israelitas saíram do Egito, no quarto ano
do reinado de Salomão em Israel, no mês de zive, o segundo mês, ele começou a
construir o templo do Senhor.” (1 Reis 6: 1)
Juliano
É o segundo sistema de datação, criado por Júlio César, baseia-se num ano
de 365 dias divididos em 12 meses de 28 a 31 dias.
Lembre-se: a datação ortodoxa cristã tem o nascimento de Cristo como referência,
sendo assim, as datas das escrituras antes do nascimento de Cristo aparecerão de
forma decrescente. Veja o exemplo nas tabelas abaixo:
Não existe um método para datar com precisão. Quando falamos sobre a
queda, dilúvio e Babel, trata-se de eventos muito antigos que estão fora do
calendário-padrão atual. O Pentateuco é o local, na Bíblia, onde encontramos essas
narrativas.
PATRIARCAS
ESCRAVIDÃO NO EGITO
ESCRAVIDÃO NO EGITO
ÊXODO
ÊXODO
REINO
JUÍZES
UNIDO
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Bibliografia sugerida:
DOCKERY, David S. Manual Bíblico Vida Nova (Editor Geral: David S. Dockery.
Tradução: Lucy Yamakami)
FUCHS, Hans Udo. ROBINSON, Malkomes. (São Paulo: Edições Vida Nova, 2001)
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