Principais Artigos em Destaque Lei Seca Conceitos Tabelas Dicas

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PRINCIPAIS ARTIGOS EM DESTAQUE;


LEI SECA;
CONCEITOS;
TABELAS; DICAS.

@projetopmpb2023
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@projetopmpb2023

O Projeto PMPB 2023 visa auxiliar àqueles que sonham em estar nas fileiras da PMPB.
Acompanhando vários relatos de quem passou anos tentando conseguir a aprovação e de quem
foi reprovado, decidimos elaborar um método de estudo direcionado, para que você não perca
tempo. Sabemos que você talvez tenha pouco tempo de estudo, e queremos que aproveite ele da
melhor forma. Não vamos apenas copiar e colar as leis da internet. Vamos destacar os artigos
mais importantes para o concurso com o símbolo ( ). Além disso, vamos dar dicas, macetes e
resumir alguns pontos para tornar seu entendimento mais fluido.
Vou te contar como eu estudei para o concurso PMPB 2018. Na época que surgiu rumores do
concurso, eu estava no último período da faculdade de engenharia civil. Tinha um TCC para ser
elaborado. Alguns meses antes, eu fiz um concurso pra estágio, porém fiquei com 8º lugar e só 3
foram chamados. Mas aquela prova me fez ter uma base de Direito Constitucional, pois eu nunca
havia visto.
Como eu estava frustrado com a faculdade, decidi estudar pra o certame faltando cerca de 3 meses
para a prova. Minha base de português, informática e constitucional já era boa, porém tive que
aprender o resto do edital do zero. E não é porque eu estudava engenharia que já sabia de
raciocínio lógico. Não tem nada a ver estudar pra concursos com estudar na faculdade. A partir daí,
estudei a banca, analisei a última prova e me empenhei, mesmo com o tempo curto.
Não estudei todos os pontos do edital, pois o tempo era pouco. E aqui vou te mostrar quais são
eles. Caso tenha tempo sobrando, estude o edital todo, dando enfoque nos artigos mais
importantes na reta final. No final deu certo, e hoje sirvo à PMPB. Também fui aprovado
recentemente na PCPB 2022 dentro das vagas e estou aguardando ser chamado.
Espero que você também consiga ser APROVADO!

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TÍTULO IV DA JUSTIÇA MILITAR-------------------------------- 28
CAPÍTULO I DA COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIA ------ 28

Sumário
Seção II Da Competência Geral ---------------------------- 28
Seção III Do Juiz de Direito de Vara Militar------------- 28
Seção IV Do Cartório de Vara Militar -------------------- 28
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ------------------------- 5 Seção V Dos Atos Judiciais ---------------------------------- 28
CAPÍTULO II DOS CONSELHOS DA JUSTIÇA MILITAR - 28
DIREITO PENAL MILITAR --------------------------------------------- 9
Seção I Das Disposições Gerais ---------------------------- 28
ESTATUTO PMPB (LEI 3.909/77)------------------------------------ 9 Seção II Da Composição ------------------------------------- 28
Da hierarquia e da Disciplina -------------------------------- 9 Seção III Da Competênci ------------------------------------- 29
Do valor policial militar -------------------------------------- 11 Seção IV Da Escolha e Convocação dos Conselhos --- 29
Da ética policial militar -------------------------------------- 11 CAPÍTULO III DA EXECUÇÃO DA PENA ------------------- 29
Dos deveres policiais militares ----------------------------- 12
NOÇÕES DE DIREITO PENAL -------------------------------------- 30
Do comando e da subordinação--------------------------- 12
PARTE GERAL------------------------------------------------------- 30
CÓDIGO PENAL MILITAR ------------------------------------------- 13
Lei penal no tempo ------------------------------------------- 30
Crimes militares em tempo de paz ----------------------- 13 Lei excepcional ou temporária----------------------------- 31
Violência contra superior------------------------------------ 14 Tempo do crime ----------------------------------------------- 31
Violência contra inferior ------------------------------------- 14 Territorialidade ------------------------------------------------ 31
Abandono de posto ------------------------------------------- 14 Lugar do crime ------------------------------------------------- 31
Embriaguez em serviço -------------------------------------- 14 Extraterritorialidade------------------------------------------ 31
Dormir em serviço --------------------------------------------- 14 Pena cumprida no estrangeiro ---------------------------- 32
DO CRIME ------------------------------------------------------------- 32
LEI PENAL ESTADUAL 87/2008 ----------------------------------- 15
Relação de causalidade ------------------------------------- 32
TÍTULO I-------------------------------------------------------------- 15 Superveniência de causa independente ----------------- 32
DAS DISPOSIÇÕES FUNDAMENTAIS ---------------------------------- 15 Relevância da omissão -------------------------------------- 33
CAPÍTULO I - Das Disposições Gerais --------------------- 15 Crime consumado --------------------------------------------- 33
CAPÍTULO II - Dos Princípios Fundamentais ------------ 15 Tentativa -------------------------------------------------------- 33
CAPÍTULO III - Da Competência---------------------------- 15 Pena de tentativa --------------------------------------------- 34
CAPÍTULO IV - Dos Órgãos de Direção Estratégica --- 17 Desistência voluntária e arrependimento eficaz------ 34
Seção I - Da Constituição e das Atribuições ------------ 17 Arrependimento posterior ---------------------------------- 34
Seção II - Do Comando Geral ------------------------------- 17 Crime impossível ---------------------------------------------- 34
Seção II - Do Subcomando-Geral -------------------------- 18 Crime doloso---------------------------------------------------- 35
Seção IV - Do Estado-Maior Estratégico ---------------- 18 Crime culposo -------------------------------------------------- 35
Seção V - Da Corregedoria ---------------------------------- 19 Agravação pelo resultado----------------------------------- 35
Seção VI - Dos Comandos Regionais --------------------- 19 Erro sobre elementos do tipo ------------------------------ 35
Seção VII - Das Comissões----------------------------------- 20 Descriminantes putativas ----------------------------------- 35
Seção VIII - Da Procuradoria Jurídica -------------------- 20 Erro determinado por terceiro ----------------------------- 35
Seção IX - Das Assessorias ---------------------------------- 20 Erro sobre a pessoa ------------------------------------------- 35
Capítulo V - Dos Órgãos de Direção Setorial ----------- 20 Erro sobre a ilicitude do fato ------------------------------- 35
Seção I - Das Diretorias -------------------------------------- 20 Coação irresistível e obediência hierárquica ----------- 36
Seção VIII - Do Centro de Educação ---------------------- 21 Exclusão de ilicitude ------------------------------------------ 36
CAPÍTULO V - Dos Órgãos de Execução ----------------- 22 Excesso punível ------------------------------------------------ 36
Seção I - Das Unidades Operacionais -------------------- 23 Estado de necessidade --------------------------------------- 36
CAPÍTULO VI - Dos Órgãos Vinculados ------------------ 24 Legítima defesa ------------------------------------------------ 36
CAPÍTULO VII - Dos Órgãos Vinculados ------------------ 25 DA IMPUTABILIDADE PENAL ----------------------------------- 37
TÍTULO III - DO PESSOAL E EFETIVO ------------------------------- 25 Inimputáveis ---------------------------------------------------- 37
CAPÍTULO I - Dos Policiais Militares --------------------- 25 DO CONCURSO DE PESSOAS ----------------------------------- 37
CAPÍTULO VIII - Dos Servidores Civis --------------------- 26 PARTE ESPECIAL --------------------------------------------------- 38
CAPÍTULO IX - Do Efetivo da Polícia Militar ------------ 26 DOS CRIMES -------------------------------------------------------- 38
TÍTULO IV - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS ----------------------------- 26 DOS CRIMES CONTRA A PESSOA ------------------------------ 38
JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL ----------------------------------- 27 DOS CRIMES CONTRA A VIDA ------------------------------ 38
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS----------------- 27 Homicídio simples --------------------------------------------- 38
LEI COMPLEMENTAR 096/10 ---------------------------------- 28 Homicídio qualificado ---------------------------------------- 38

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Homicídio culposo--------------------------------------------- 39 Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido ------- 83
DA RIXA -------------------------------------------------------------- 40 Disparo de arma de fogo ------------------------------------ 84
RIXA --------------------------------------------------------------- 40 Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO ---------------------- 41 --------------------------------------------------------------------- 84
DO FURTO ------------------------------------------------------- 41 Comércio ilegal de arma de fogo ------------------------- 84
Furto qualificado ---------------------------------------------- 41 Tráfico internacional de arma de fogo ------------------ 85
DO ROUBO E DA EXTORSÃO -------------------------------- 42 Disposições Gerais -------------------------------------------- 85
Roubo------------------------------------------------------------- 42 Disposições Finais --------------------------------------------- 87
Extorsão --------------------------------------------------------- 44 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (8.069/90) --------- 88
Extorsão mediante sequestro ------------------------------ 44 Das Disposições Preliminares ------------------------------ 88
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ----- 45 Da Prevenção -------------------------------------------------- 88
Peculato --------------------------------------------------------- 45 Dos Produtos e Serviços ------------------------------------- 90
Peculato culposo ---------------------------------------------- 45 Da Autorização para Viajar--------------------------------- 91
Peculato mediante erro de outrem ----------------------- 45 Da Política de Atendimento -------------------------------- 91
Inserção de dados falsos em sistema de informações45 Das Entidades de Atendimento---------------------------- 92
Modificação ou alteração não autorizada de sistema Da Fiscalização das Entidades ----------------------------- 95
de informações ------------------------------------------------ 45 Das Medidas de Proteção ----------------------------------- 96
Concussão ------------------------------------------------------- 45 Das Medidas Específicas de Proteção ------------------- 96
Corrupção passiva -------------------------------------------- 46 Da Prática de Ato Infracional ------------------------------ 98
Prevaricação ---------------------------------------------------- 46 Dos Direitos Individuais-------------------------------------- 99
Corrupção ativa ------------------------------------------------ 46 Das Medidas Socioeducativas ----------------------------- 99
Da Advertência ----------------------------------------------- 100
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL -------------------- 47
Da Obrigação de Reparar o Dano ----------------------- 100
DO INQUÉRITO POLICIAL ---------------------------------------- 47 Da Prestação de Serviços à Comunidade -------------- 100
DA AÇÃO PENAL --------------------------------------------------- 51 Da Liberdade Assistida-------------------------------------- 100
DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE Do Regime de Semiliberdade ----------------------------- 100
PROVISÓRIA -------------------------------------------------------- 56 Da Internação ------------------------------------------------- 101
Disposições Gerais -------------------------------------------- 56 Da Remissão --------------------------------------------------- 102
Da Prisão em Flagrante-------------------------------------- 59 Do Conselho Tutelar ----------------------------------------- 103
Da Prisão Preventiva ----------------------------------------- 61 Das Atribuições do Conselho ------------------------------ 103
Da Prisão Domiciliar ------------------------------------------ 63 Da Competência ---------------------------------------------- 104
Das Outras Medidas Cautelares --------------------------- 64 Da Escolha dos Conselheiros ------------------------------ 104
Da Liberdade Provisória, com ou sem Fiança ---------- 64 Dos Impedimentos ------------------------------------------- 105
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE ------------------------------------ 68
LEI DE CRIMES HEDIONDOS (8.072/90) ---------------------------- 68
LEI DE TORTURA (9.455/97) ---------------------------------------- 70
LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE (13.869/19) ---------------------- 71
Disposições Gerais -------------------------------------------- 71
DOS SUJEITOS DO CRIME --------------------------------------------- 71
Da Ação Penal -------------------------------------------------- 71
Dos Efeitos da Condenação e das Penas Restritivas de
Direitos ----------------------------------------------------------- 72
Dos Efeitos da Condenação--------------------------------- 72
Das Penas Restritivas de Direitos ------------------------- 72
Das Sanções de Natureza Civil e Administrativa ------ 73
Dos Crimes e das Penas-------------------------------------- 73
Violência Institucional---------------------------------------- 74
ESTATUTO DO DESARMAMENTO (10.826/03) -------------------- 78
Do Sistema Nacional de Armas ---------------------------- 78
DO PORTE ------------------------------------------------------------- 79
DOS CRIMES E DAS PENAS ------------------------------------------- 83
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido --- 83
Omissão de cautela ------------------------------------------- 83

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direito a indenização pelo dano material ou
moral decorrente de sua violação;
Noções de Direito Constitucional

Art. 5º TODOS são iguais perante a lei, DICA:


SEM DISTINÇÃO de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros Exceções da inviolabilidade do domicílio:
residentes no País a inviolabilidade do direito à
Durante o DIA e a NOITE –
Vida, à Liberdade, à Igualdade,
à Segurança e à Propriedade, Consentimento do morador; flagrante delito;
nos termos seguintes: desastre; prestar socorro.
V.I.L.P.S
Apenas durante o DIA – por
determinação judicial.
STF e DOUTRINA MAJORITÁRIA: também
abrange as pessoas jurídicas e os estrangeiros
residentes no Brasil. XI - A CASA é asilo inviolável do indivíduo,
ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de
flagrante delito ou desastre, ou para prestar
I - Homens e mulheres são iguais em direitos e socorro, ou, durante o dia, por determinação
obrigações, nos termos desta Constituição; judicial;

DICA:
***INFORMATIVO 994 DO STF: é
considerado INCONSTITUCIONAL lei que - Segundo a lei de abuso de autoridade,
venha prever requisitos distintos entre homens cumprir mandado de prisão depois das 21h ou
e mulheres para o recebimento de pensão por antes das 5h, configura crime de abuso de
morte. autoridade.

II - Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de ***INFORMATIVO 806 DO STF: a entrada


fazer alguma coisa senão em virtude de lei; forçada em domicílio só será lícita, mesmo em
(Princípio da legalidade)
período noturno, apenas quando amparada de
fundadas razões, justiçadas “a posteriori”, em
que esteja ocorrendo crime em flagrante delito,
- Aspectos Positivos: apenas poderá sob pena de responsabilidade da autoridade
atuar quando a lei autorizar ou determinar; ou agente do ato, além de ser nulo os atos
aplicável também à Administração Pública. praticados.

- Aspectos Negativos: podem fazer tudo o que ***INFORMATIVO 623 do STJ: denúncias
não estiver proibido em lei; aplicável ao anônimas por si só não são fundadas razões
particular. para o ingresso policial na residência do
acusado sem a determinação judicial ou o
- Exceções: estado de defesa previsto no art. consentimento do próprio morador.
136, CF; estado de sítio previsto no art. 137, CF
e medidas provisórias prevista no art. 62, CF. ***INFORMATIVO 606 DO STJ: a mera
intuição de que pode haver tráfico de drogas
IV - É livre a manifestação do pensamento, dentro da residência do morador não autoriza
sendo vedado o anonimato; a entrada do policial sem mandado judicial ou
o seu
XII consentimento.
- é inviolável o sigilo da correspondência e
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada,
das comunicações telegráficas, de dados e das
a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
comunicações telefônicas, salvo, no último
caso
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XV - É livre a locomoção no território XXXIX - Não há crime sem lei anterior que o
nacional em tempo de paz, podendo qualquer defina, nem pena sem prévia cominação legal;
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, (Princípio da reserva legal / Princípio da
permanecer ou dele sair com seus bens; anterioridade penal)
(restringível no estado de sítio, conforme o art.
139, I e II, CF) XLII - A prática do racismo constitui crime
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
***INFORMATIVO 977 DO STF: lei estadual reclusão, nos termos da lei;
pode exigir que servidor more no Município
onde atua, mas não pode exigir que ele peça XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e
autorização todas as vezes em que for sair da insuscetíveis de graça ou anistia a prática da
localidade. tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, o terrorismo e os definidos como crimes
XVI - Todos podem reunir-se pacificamente, hediondos, por eles respondendo os mandantes,
sem armas, em locais abertos ao público, os executores e os que, podendo evitá-los, se
independentemente de autorização, desde que omitirem;
não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas XLIV - constitui crime inafiançável e
exigido prévio aviso à autoridade competente; imprescritível a ação de grupos armados, civis ou
(Mandado de Segurança é o remédio militares, contra a ordem constitucional e o Estado
constitucional cabível em caso de ameaça ou Democrático;
lesão ao direito de reunião)

MACETE:
XVII - É plena a liberdade de associação para
fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 1º Coloque as 3 primeiras letras em ordem
alfabética.
XVIII - A CRIAÇÃO de associações e, na forma
da lei, a de cooperativas independem de 2º GRAVE AS EXPRESSÕES:
autorização, sendo vedada a interferência
estatal em seu funcionamento; RAAÇÃO PROS DOIS PRIMEIROS
3TH PROS DOIS ÚLTIMOS
XIX - As associações só poderão ser
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas IMP INA INS
atividades suspensas por decisão judicial, RA RA 3T
exigindo-se, no primeiro caso
(compulsoriamente dissolvidas), o trânsito em AÇÃO AÇÃO H
julgado; 3T
H
XX - Ninguém poderá ser compelido a
associar-se ou a permanecer associado; Lembre-se: 3TH estão juntos. Os 3T são
equiparados a Hediondos.
XXI - As entidades associativas, quando
Legenda:
expressamente autorizadas, têm legitimidade
para representar seus filiados judicial ou - RACISMO
extrajudicialmente; - AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS
- HEDIONDOS
XXII - É garantido o direito de propriedade; - TERRORISMO
- TORTURA
XXIII - A propriedade atenderá a sua função - TRÁFICO DE ENTORPECENTES
social;

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XLIX - É assegurado aos presos o respeito à § 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do
integridade física e moral; Distrito Federal e dos Territórios o disposto no art.
37, inciso XVI (acumulação de cargo), com
prevalência da atividade militar. (EC nº
***INFORMATIVO 819 DO STF: em caso de 101/2019)
inobservância de seu dever específico de
proteção previsto no art. 5°, inciso XLIX, da Art. 144. A segurança pública, dever do
CF/88, o Estado é responsável pela morte de Estado, direito e responsabilidade de todos, é
detento. exercida para a preservação da ordem pública e
da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
LVI - São inadmissíveis, no processo, as através dos seguintes órgãos: (ROL TAXATIVO)
provas obtidas por meios ilícitos;
I - Polícia federal;
LVII - Ninguém será considerado culpado até
o trânsito em julgado de sentença penal II - Polícia rodoviária federal;
condenatória; (Princípio da presunção de
inocência) III - Polícia ferroviária federal;

IV - Polícias civis;
***INFORMATIVO 958 DO STF: o
cumprimento da pena somente pode ter início V - Polícias militares e corpos de bombeiros
com o esgotamento de todos os recursos. militares.
***INFORMATIVO 960 DO STF: não é possível
a execução provisória da pena mesmo em caso VI - Polícias penais federal, estaduais e
de condenações pelo Tribunal do Júri. distrital. (EC nº 104/2019)

LXIII - O preso será informado de seus direitos, ***INFORMATIVO 983 DO STF: não é
entre os quais o de permanecer calado, sendo- possível que os Estados-membros criem
lhe assegurada a assistência da família e de órgão de segurança pública diverso daqueles
advogado; que estão previstos no art. 144 da CF/88.
***INFORMATIVO 860 DO STF: policiais são
Art. 42 Os membros das Polícias
proibidos de fazer greve.
Militares e Corpos de Bombeiros Militares,
instituições organizadas com base na hierarquia
e disciplina, são militares dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios. § 1º A polícia federal, instituída por lei como
órgão permanente, organizado e mantido pela
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do União e estruturado em carreira, destina-se a:
Distrito Federal e dos Territórios, além do que
vier a ser fixado em lei, as disposições do art. I - Apurar infrações penais contra a ordem política
14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, e social ou em detrimento de bens, serviços e
cabendo a lei estadual específica dispor sobre as interesses da União ou de suas entidades
matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as autárquicas e empresas públicas, assim como
patentes dos oficiais conferidas pelos outras infrações cuja prática tenha repercussão
respectivos governadores. interestadual ou internacional e exija repressão
uniforme, segundo se dispuser em lei (Lei nº
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, 10.446/02);
do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o
que for fixado em lei específica do respectivo II - Prevenir e reprimir o tráfico ilícito de
ente estatal. entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o
descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e

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de outros órgãos públicos nas respectivas áreas § 7º A lei disciplinará a organização e o
de competência; funcionamento dos órgãos responsáveis pela
segurança pública, de maneira a garantir a
III - Exercer as funções de polícia marítima,
eficiência de suas atividades.
aeroportuária e de fronteiras;
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão § 8º Os Municípios poderão constituir guardas
permanente, organizado e mantido pela União municipais destinadas à proteção de seus bens,
e estruturado em carreira, destina-se, na forma serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
da lei, ao patrulhamento ostensivo das
rodovias federais. ***INFORMATIVO 793 DO STF: definiu a tese
de que é constitucional a atribuição às guardas
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão
municipais do exercício do poder de polícia de
permanente, organizado e mantido pela União
trânsito, inclusive para a imposição de sanções
e estruturado em carreira, destina-se, na forma da
administrativas legalmente previstas. Como, por
lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias
exemplo, as multas de trânsito.
federais.
§ 9º A remuneração dos servidores policiais
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por integrantes dos órgãos relacionados neste artigo
delegados de polícia de carreira, incumbem, será fixada na forma do § 4º do art. 39
ressalvada a competência da União, as funções (SUBSÍDIO).
de polícia judiciária e a apuração de infrações
penais, exceto as militares. § 10. A segurança viária, exercida para a
preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do seu patrimônio
nas vias públicas:
***INFORMATIVO 554 DO STJ: policiais civis
aposentados não têm porte de arma. I - Compreende a educação, engenharia e
fiscalização de trânsito, além de outras atividades
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia previstas em lei, que assegurem ao cidadão o
ostensiva e a preservação da ordem pública; direito à mobilidade urbana eficiente; e
aos corpos de bombeiros militares, além das
atribuições definidas em lei, incumbe a execução II - Compete, no âmbito dos Estados, do Distrito
de atividades de defesa civil. Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos
ou entidades executivos e seus agentes de
trânsito, estruturados em Carreira, na forma da
***INFOMATIVO 991 DO STF: é lei.
CONSTITUCIONAL lei estadual que
conceda dois assentos gratuitos a policiais
militares devidamente fardados nos ***INFORMATIVO 987 DO STF: lei distrital
transportes coletivos intermunicipais. não pode conferir porte de arma nem
determinar o exercício de atividades de
§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão segurança pública a agentes e inspetores de
administrador do sistema penal da unidade trânsito.
federativa a que pertencem, cabe a segurança
dos estabelecimentos penais. (EC nº 104/2019)

§ 6º As polícias militares e os corpos de


bombeiros militares, forças auxiliares e
reserva do Exército subordinam-se, juntamente
com as polícias civis e as polícias penais
estaduais e distrital, aos Governadores dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. (EC
nº 104/2019)

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Direito Penal Militar


Círculo de oficiais e praças

Estatuto PMPB (Lei 3.909/77) Círculo de oficiais (postos)

Da hierarquia e da Disciplina
Art. 12 - A hierarquia e a disciplina MACETE:
são a base institucional da Polícia Militar. A POSTO = OFICIAL
autoridade e a responsabilidade crescem com
o grau hierárquico. “OFICIAL DO POSTO”
Obs.: As imagens das divisas é só
Parágrafo 1º - A hierarquia policial-militar é a
curiosidade, ok? Não precisa decorar.
ordenação dá autoridade em níveis diferentes,
dentro da estrutura da Polícia Militar. A
ordenação se faz por postos ou graduações.
Dentro de um mesmo posto ou de uma mesma OFICIAIS SUPERIORES
graduação se faz pela antiguidade no posto ou
na graduação. O respeito à hierarquia é Coronel PM
consubstanciado no espírito de acatamento à
sequência de autoridade. Tenente Coronel PM

Major PM
Parágrafo 2º - Disciplina é a rigorosa
observância e o acatamento integral das Leis,
INTERMEDIÁRIOS
regulamentos, normas e disposições que
fundamentam o organismo policial militar e Capitão PM
coordenam seu funcionamento regular e
harmônico, traduzindo-o pelo perfeito SUBALTERNOS
cumprimento do dever por parte de todos e de
Primeiro Tenente PM
cada um dos componentes desse organismo.
Segundo Tenente PM
Parágrafo 3º - A disciplina e o respeito à
hierarquia devem ser mantidos em todas as PRAÇA ESPECIAL
circunstâncias da vida, entre policiais militares
da ativa, da reserva remunerada e reformados. Aspirante-a-Oficial PM
OBS.: Antes de serem aspirantes, os Alunos-
Art. 13 – Círculos hierárquicos são oficiais PM são Cadetes por 3 anos. Esses
âmbitos de convivência entre os policiais militares Alunos-Oficiais são superiores aos Subtenentes e
da mesma categoria e têm a finalidade de demais praças.
desenvolver a espírito de camaradagem em
ambiente de estima confiança, sem prejuízo de Círculo das praças (graduações)
respeito mútuo.
Art. 14 – Os círculos hierárquicos e a
escala hierárquica na Polícia Militar são fixados no MACETE:
Quadro e parágrafos seguintes:
PRAÇAS = GRADUAÇÕES (2 A’S) ou só
prestar atenção na primeira sílaba, pois se
parecem: GRA-PRA

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a) entre policiais militares do mesmo quadro
pela posição nas respectivas escalas
Subtenentes PM numéricas ou registros de que trata o art. 17;
b) nos demais casos, pela antiguidade no posto
Primeiro Sargento PM ou na graduação anterior; se, ainda assim,
subsistir a igualdade de antiguidade, recorrer-se-á
sucessivamente, aos graus hierárquicos
Segundo Sargento PM
anteriores, à data de inclusão e a data de
nascimento para definir a precedência e, neste
Terceiro Sargento PM último caso, o mais velho será considerado mais
antigo; e
Cabo PM c) entre os alunos de um mesmo órgão de
formação de policiais militares, de acordo com o
Soldado PM regulamento do respectivo órgão, se não
estiverem especificadamente enquadrados
Parágrafo 1º - Posto é o grau hierárquico do nas letras "a" e "b".
Oficial conferido por ato do Governador do
Parágrafo 3º - Em igualdade de posto ou
Estado da Paraíba.
graduação, os policiais militares da ativa tem
precedência sobre os da inatividade.
Parágrafo 2º - Graduação é o grau
hierárquico da praça conferido por ato do Parágrafo 4º - Em igualdade de posto ou
Comandante-Geral da Polícia Militar graduação, a precedência entre os policiais
militares de carreira na ativa e os da reserva
Parágrafo 3º - Os Aspirantes-a-Oficial e os remunerada que estiverem convocados, é definida
Alunos Oficiais PM são denominados Praças pelo tempo de efetivo serviço no posto ou
Especiais. graduação.
Parágrafo 4º - Os graus hierárquicos inicial e
Art. 16 - A precedência entre as
final dos diversos Quadros e Qualificações são
Praças Especiais e as demais praças é assim
fixados, separadamente, para cada caso, em Lei
regulada:
de Fixação de Efetivos.
I - Os Aspirantes-a-oficial PM são
Parágrafo 5º - Sempre que o policial militar da
hierarquicamente superiores às demais
reserva remunerada ou reformado fizer uso do
praças;
posto ou graduação, deverá fazê-lo mencionando
essa situação. II - Os Alunos-Oficiais PM são
hierarquicamente superiores aos Subtenentes
Art. 15 - A precedência entre policiais PM.
militares da ativa do mesmo grau hierárquico é
assegurada pela antiguidade no posto ou na Art. 17 - A Policia Militar manterá um
graduação, salvo nos casos de precedência registro de todos os dados referentes a seu
funcional estabelecida em lei ou regulamento. pessoal da ativa e da reserva remunerada, dentro
das respectivas escalas numéricas, segundo as
Parágrafo 1º - A antiguidade de cada posto ou instruções baixadas pelo Comandante-Geral da
graduação é contada a partir da data da Corporação.
assinatura do ato da respectiva promoção,
nomeação, declaração ou inclusão, salvo Art. 18. Os Alunos-Oficiais PM são
quando estiver taxativamente fixada outra declarados Aspirantes-a-Oficial PM pelo
data. Comandante-Geral da Corporação.
Parágrafo 2º - No caso de ser igual à antiguidade
referida no parágrafo anterior, a antiguidade é
estabelecida:
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Art. 19 - Cargo policial militar é aquele I - Amar a verdade e a responsabilidade como


que só pode ser e exercido por policial militar fundamento da dignidade pessoal;
serviço ativo. II - Em Exercer com autoridade, eficiência e
Parágrafo 1º - O cargo policial-militar a que probidade as funções que lhe couberem em
se refere este artigo é o que se encontra decorrência do cargo;
especificado nos Quadros da Organização ou III - Respeitar a dignidade da pessoa humana;
previsto, caracterizado ou definido como tal em
outras disposições legais. IV - Cumprir e fazer cumprir as leis, os
regulamentos, as instruções e as ordens das
Parágrafo 2º - A cada cargo policial militar autoridades competentes;
corresponde um conjunto de atribuições, deveres
e responsabilidades que se constituem em V - Ser justo e imparcial no julgamento dos atos
obrigações do respectivo titular. e na apreciação do mérito dos subordinados;

Do valor policial militar VI - Zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual,


físico e também pelos dos subordinados, tendo em
vista o cumprimento da missão comum;
Art. 26 - São manifestações essenciais VII - Empregar todas as suas energias em
do valor policial-militar: benefício do serviço;
I - O sentimento de servir à comunidade VIII - Praticar a camaradagem e desenvolver
estadual, traduzido pela vontade inabalável de permanentemente o espírito de cooperação;
cumprir o dever policial militar e pelo integral
devotamento à manutenção da ordem pública, IX - Ser discreto em suas atitudes, maneiras e em
mesmo como risco da própria vida; sua linguagem escrita e falada;
X - Abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado,
II - A fé na elevada missão da Policia Militar; de matéria sigilosa relativa à Segurança Nacional;

III - O civismo e o culto das tradições XI - Acatar as autoridades civis;


históricas;
XII - Cumprir seus deveres de cidadão;
IV - O espírito de corpo, orgulho do policial XIII - Proceder de maneira ilibada na vida pública
militar pela organização policial-militar onde serve; e na particular;

V - O amor à profissão policial-militar e o XIV - Observar as normas de boa educação;


entusiasmo com que é exercida; e
XV - Garantir assistência moral e material a seu
lar e conduzir-se como chefe de família modelar;
VI – O aprimoramento técnico-profissional.
XVI - Conduzir-se mesmo fora do serviço ou na
Da ética policial militar
inatividade, de modo que não sejam prejudicados
os princípios da disciplina, do respeito e do decoro
Obs.: Leia algumas vezes todo esse artigo
policial militar;
e incisos sem se preocupar em decorar. É
geralmente fácil identificar uma assertiva XVII - Abster-se de fazer uso do posto ou da
antiética. graduação para obter facilidades pessoais de
qualquer natureza ou para encaminhar negócios
particulares ou de terceiros;
Art. 27. O sentimento do dever, o pundonor
XVIII - Abster-se o policial-militar na inatividade
policial e o decoro da classe impõem, a cada um
do uso das designações hierárquicas quando:
dos integrantes da Polícia Militar, conduta moral e
profissional irrepreensíveis. Com a observância a) em atividades político-partidárias
dos seguintes preceitos da ética policial militar:
b) em atividades comerciais;
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c) em atividades industriais; I - A dedicação integral ao serviço policial
d) para discutir ou provocar discussões pela militar e a fidelidade à instituição a que pertence
imprensa a respeito de assuntos políticos ou mesmo com sacrifício da própria vida;
policiais militares, excetuando-se os de natureza
exclusivamente técnica, se devidamente II - O culto aos Símbolos Nacionais;
autorizado; e
III - A probidade e a lealdade em todas as
XIX - Zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de circunstâncias;
cada um dos seus integrantes, obedecendo e
fazendo obedecer aos preceitos da ética policial- IV - A disciplina e o respeito à hierarquia;
militar.
V - O rigoroso cumprimento das obrigações
Art. 28 - Ao policial-militar da ativa, e ordens;
ressalvado o disposto nos parágrafos 2º e 3º, é
vedado comerciar ou tomar parte na VI - A obrigação de tratar o subordinado
administração ou gerência de sociedade ou dignamente e com urbanidade.
dela ser sócio ou participar, exceto como
Do comando e da subordinação
acionista ou quotista, em sociedade anônima
ou por quotas de responsabilidade limitada.
Parágrafo 1º - Os policiais militares na Art. 33 - Comando é a soma de
reserva remunerada, quando convocados, ficam autoridade, de deveres e responsabilidades de
proibidos de tratar, nas organizações policiais que o policial militar é investido legalmente,
militares e nas repartições públicas civis, dos quando conduz homens ou dirige uma
interesses de organizações ou empresas privadas organização policial militar. O comando está
de qualquer natureza. vinculado ao grau hierárquico e constitui uma
prerrogativa IMPESSOAL, em cujo exercício o
Parágrafo 2º - Os policiais militares da policial militar se define e se caracteriza como
ativa podem exercer diretamente a gestão de chefe.
seus bens, desde que não infrinjam o disposto
no presente artigo. Parágrafo Único - Aplica-se à Direção e à Chefia
de Organização Policial Militar, no que couber, o
Parágrafo 3º - No intuito de desenvolver a estabelecido para o Comando.
prática profissional dos integrantes do Quadra de
Saúde, é-lhe permitido o exercício da atividade Art. 34 - A subordinação não afeta, de
técnico-profissional no meio civil, desde que modo algum, a dignidade pessoal do policial
tal prática não prejudique o serviço. militar e decorre, exclusivamente da estrutura
hierárquica da Policia Militar.
Art. 29 - O Comandante-Geral da
Polícia Militar poderá determinar aos policiais Art. 35 - O Oficial é preparado, ao longo da
militares da ativa que, no interesse da carreira para o exercício do Comando, da Chefia e
salvaguarda da dignidade dos mesmos, informem da Direção das Organizações Policiais Militares.
sobre a origem e a natureza de seus bens,
sempre que houver razões que recomendem Art. 36 - Os Subtenentes e Sargentos
tal medida. auxiliam e completam as atividades dos
oficiais, quer no adestramento e no emprego dos
meios, quer na instrução e na administração;
Dos deveres policiais militares poderão ser empregados na execução de
atividades de policiamento ostensivo peculiares a
Art. 30 - Os deveres policiais militares Policia Militar.
emanam de vínculos relacionais que ligam o
policial militar à comunidade estadual e a sua Parágrafo Único - No exercício das atividades
segurança, e compreendem, essencialmente: mencionadas neste artigo e no comando de
elementos subordinados, os Subtenentes e
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Sargentos deverão impor-se pela lealdade, d) por militar durante o período de
pelo exemplo e pela capacidade profissional e manobras ou exercício, contra militar da
técnica, incumbindo-lhes assegurar a reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou
observância minuciosa e ininterrupta das ordens, civil;
das regras de serviço e das normas operativas e) por militar em situação de atividade, ou
pelas praças que lhes estiverem diretamente assemelhado, contra o patrimônio sob a
subordinadas e a manutenção da coesão e do administração militar, ou a ordem
moral das mesmas praças em todas as administrativa militar;
circunstanciais.
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou
Art. 37 - Os Cabos e Soldados; são reformado, ou por civil, contra as instituições
essencialmente, os elementos de execução. militares, considerando-se como tais não só os
compreendidos no inciso I, como os do inciso II,
Art. 38 - Às Praças Especiais cabe a nos seguintes casos:
rigorosa observância das prescrições dos a) contra o patrimônio sob a administração
regulamentos que lhes são pertinentes, militar, ou contra a ordem administrativa
exigindo-lhes inteira dedicação ao estudo e ao militar;
aprendizado técnico-profissional b) em lugar sujeito à administração militar
Art. 39 - Cabe ao policial-militar a contra militar em situação de atividade ou
responsabilidade integral pelas decisões que assemelhado, ou contra funcionário de
tomar, pelas ordens que emitir e pelos atos que Ministério militar ou da Justiça Militar, no
praticar. exercício de função inerente ao seu cargo;
c) contra militar em formatura, ou durante o
Código Penal Militar período de prontidão, vigilância, observação,
exploração, exercício, acampamento,
acantonamento ou manobras;
Crimes militares em tempo de paz d) ainda que fora do lugar sujeito à
administração militar, contra militar em
função de natureza militar, ou no
Art. 9º Consideram-se crimes militares, desempenho de serviço de vigilância,
em tempo de paz: garantia e preservação da ordem pública,
I - Os crimes de que trata este Código, quando administrativa ou judiciária, quando
definidos de modo diverso na lei penal comum, ou legalmente requisitado para aquele fim, ou
nela não previstos, qualquer que seja o agente, em obediência a determinação legal
salvo disposição especial; superior.
§ 1º Os crimes de que trata este artigo, quando
II – Os crimes previstos neste Código e os dolosos contra a vida e cometidos por militares
previstos na legislação penal, quando praticados: contra civil, serão da competência do Tribunal
a) por militar em situação de atividade ou do Júri.
assemelhado, contra militar na mesma § 2º Os crimes de que trata este artigo, quando
situação ou assemelhado; dolosos contra a vida e cometidos por militares
b) por militar em situação de atividade ou das Forças Armadas contra civil, serão da
assemelhado, em lugar sujeito à competência da Justiça Militar da União, se
administração militar, contra militar da praticados no contexto:
reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou
civil; I – Do cumprimento de atribuições que lhes forem
c) por militar em serviço ou atuando em estabelecidas pelo Presidente da República ou
razão da função, em comissão de natureza pelo Ministro de Estado da Defesa;
militar, ou em formatura, ainda que fora do
II – De ação que envolva a segurança de
lugar sujeito à administração militar contra
instituição militar ou de missão militar, mesmo que
militar da reserva, ou reformado, ou civil;
não beligerante; ou
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III – De atividade de natureza militar, de operação designado, ou o serviço que lhe cumpria, antes de
de paz, de garantia da lei e da ordem ou de terminá-lo:
atribuição subsidiária, realizadas em
conformidade com o disposto no art. 142 da Pena - detenção, de três meses a um ano.
Constituição Federal e na forma dos seguintes
diplomas legais: Embriaguez em serviço
a) Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Art. 202. Embriagar-se o militar, quando
Código Brasileiro de Aeronáutica; em serviço, ou apresentar-se embriagado para
b) Lei Complementar no 97, de 9 de junho de prestá-lo:
1999;
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
c) Decreto-Lei no 1.002, de 21 de outubro de 1969
- Código de Processo Penal Militar; e Dormir em serviço
d) Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código
Art. 203. Dormir o militar, quando em
Eleitoral. serviço, como oficial de quarto ou de ronda, ou em
Violência contra superior situação equivalente, ou, não sendo oficial, em
serviço de sentinela, vigia, plantão às máquinas,
ao leme, de ronda ou em qualquer serviço de
Art. 157. Praticar violência contra natureza semelhante:
superior:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Pena - detenção, de três meses a dois anos.

Formas qualificadas:
DICA:
§ 1º Se o superior é comandante da unidade a
que pertence o agente, ou oficial general: Todos os crimes tem penas de detenção,
3 meses a 1 ano.
Pena - reclusão, de três a nove anos.
Exceções:
§ 2º Se a violência é praticada com arma, a
pena é aumentada de um terço. Embriaguez: Detenção, 6 meses a 2 anos.
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal, Se for comandante da unidade ou general:
aplica-se, além da pena da violência, a do reclusão, 3 a 9 anos.
crime contra a pessoa.
Se resultar morte de qualquer superior: 12 a
§ 4º Se da violência resulta morte:
30 anos.
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 5º Se o crime ocorre em serviço, a pena é Obs.: A Lei complementar 87/2008, a Justiça
Militar Estadual (art. 125, CF, §3º, §4º, §5º) e
aumentada da sexta parte.
a Lei complementar 096/10 foram assuntos
Violência contra inferior incluídos no edital 2018. Na última prova só
caiu uma questão desses três assuntos.
Art. 175. Praticar violência contra inferior:
Incluímos aqui para o material ficar completo
e destacamos alguns parágrafos passíveis
Pena - detenção, de três meses a um ano.
de questão.
Abandono de posto Pela extensão do conteúdo a seguir,
recomenda-se estudá-las quando finalizar os
Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, pontos mais importantes do edital.
o posto ou lugar de serviço que lhe tenha sido
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Lei penal estadual 87/2008 I - planejar, organizar, dirigir, supervisionar,
coordenar e controlar as ações de polícia
ostensiva e de preservação da ordem pública, que
TÍTULO I devem ser desenvolvidas prioritariamente para
Das Disposições Fundamentais assegurar a incolumidade das pessoas e do
patrimônio, o cumprimento da lei e o exercício dos
Poderes constituídos;
CAPÍTULO I - Das Disposições Gerais
Il - executar, com exclusividade, ressalvadas as
Art. 1º A Polícia Militar do Estado da missões peculiares às Forças Armadas, o
Paraíba - PMPB é instituição permanente, força policiamento ostensivo fardado para prevenção e
auxiliar e reserva do Exército, organizada com repressão dos ilícitos penais e infrações definidas
base na hierarquia e na disciplina militares, órgão em lei, bem como as ações necessárias ao pronto
da administração direta do Estado, com dotação restabelecimento da ordem pública;
orçamentária própria e autonomia administrativa,
vinculada à Secretaria de Estado da Segurança e III - atender à convocação do Governo Federal em
da Defesa Social - SEDS, nos termos da caso de guerra externa ou para prevenir ou
legislação estadual vigente. reprimir grave subversão da ordem ou ameaça de
sua irrupção, subordinando-se ao Comando do
Art. 2º A Polícia Militar do Estado da Exército, em suas atribuições específicas de
Paraíba é parte do Sistema de Defesa Social do Polícia Militar e como participante da defesa
Estado, atuando de forma integrada com os territorial, para emprego;
órgãos do respectivo Sistema, em parceria com a
comunidade e as instituições públicas e privadas, IV - atuar de maneira preventiva ou dissuasiva em
de maneira a garantir a eficiência de suas locais ou áreas específicas em que se presuma
atividades, cabendo-lhe, com exclusividade, a ser possível e/ou ocorra perturbação da ordem
polícia ostensiva, a preservação da ordem pública pública;
e a incolumidade das pessoas e do patrimônio.
V - atuar de maneira repressiva em caso de
CAPÍTULO II - Dos Princípios perturbação da ordem, precedendo eventual
Fundamentais emprego das Forças Armadas;

VI - exercer a polícia ostensiva e a fiscalização de


Art. 3º São princípios basilares a trânsito nas rodovias estaduais, além de outras
serem observados pela Polícia Militar do ações destinadas ao cumprimento da legislação
Estado da Paraíba: de trânsito, e nas vias urbanas e rurais, quando
assim se dispuser;
I - a hierarquia;
II - a disciplina; VII - exercer a polícia administrativa do meio
III - a legalidade; ambiente, nos termos de sua competência, na
IV - a impessoalidade; constatação de infrações ambientais, na
V - a moralidade; apuração, autuação, perícia e outras ações legais
VI - a publicidade; pertinentes, quando assim se dispuser,
VII - a eficiência; conjuntamente com os demais órgãos ambientais,
VIII - a promoção, o respeito e a garantia à colaborando na fiscalização das florestas, rios,
dignidade e aos direitos humanos; estuários e em tudo que for relacionado com a
IX - o profissionalismo; fiscalização do meio ambiente;
X - a probidade;
XI - a ética. VIII - participar, quando convocada ou mobilizada
pela União, do planejamento e das ações
CAPÍTULO III - Da Competência destinadas à garantia dos Poderes
constitucionais, da lei e da ordem, e à defesa
territorial;
Art. 4º Compete à Polícia Militar do
Estado da Paraíba, dentre outras atribuições
previstas em lei:
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IX - proceder, nos termos da lei, à apuração das XX - gerenciar as situações de crise que envolva
infrações penais de competência da polícia reféns;
judiciária militar;
XXI - apoiar, quando requisitada, o Poder
X - planejar e realizar ações de inteligência Judiciário e o Ministério Público Estadual, no
destinadas à prevenção criminal e ao exercício da cumprimento de suas decisões;
polícia ostensiva e da preservação da ordem
pública, observados os direitos e garantias XXII - realizar, em situações especiais, o
individuais; policiamento velado para garantir a eficiência das
ações de polícia ostensiva e de preservação da
XI - realizar internamente correições e inspeções, ordem pública.
em caráter permanente ou extraordinário;
XXIII - atuar na fiscalização e controle dos serviços
XII - autorizar, mediante prévio conhecimento, a de vigilância particular no Estado, vedando-se o
realização de reuniões ou eventos de caráter uso e o emprego de uniformes, viaturas,
público ou privado, em locais que envolvam equipamentos e apetrechos que possam se
grande concentração de pessoas, para fins de confundir com os por ela adotados;
planejamento e execução das ações de polícia
ostensiva e de preservação da ordem pública; XXIV - lavrar, subsidiariamente, o Termo
Circunstanciado de Ocorrência - TCO;
XII - emitir, com exclusividade, pareceres e
relatórios técnicos relativos à polícia ostensiva, à XXV - executar as atividades da Casa Militar do
preservação da ordem pública e às situações de Governador;
crise;
XXVI - assessorar as Presidências dos Poderes
XIV - fiscalizar o cumprimento dos dispositivos Legislativo e Judiciário, à Prefeitura da Capital, ao
legais e normativos pertinentes à polícia ostensiva Tribunal de Contas do Estado, à Procuradoria
e à preservação da ordem pública, aplicando as Geral de Justiça, à Justiça Militar Estadual e às
sanções previstas na legislação específica; Secretarias da Segurança e da Defesa Social e da
Cidadania e Administração Penitenciária, nos
XV - realizar pesquisas técnico-científicas, termos definidos na legislação peculiar;
estatísticas e exames técnicos relacionados às
atividades de polícia ostensiva, de preservação da XXVII - desempenhar outras atribuições previstas
ordem pública, de polícia judiciária militar e outras em lei.
pertinentes;
§ 1º Os integrantes da Polícia Militar do Estado da
XVI - acessar os bancos de dados existentes nos Paraíba no desempenho de atividade policial
órgãos do Sistema de Defesa Social do Estado da militar no âmbito de suas responsabilidades são
Paraíba e, quando assim se dispuser, da União, considerados autoridades policiais.
relativos à identificação civil e criminal, de armas,
veículos, objetos e outros, observado o disposto § 2º Para o desempenho das funções a que se
no inciso X do art. 5º da Constituição Federal; refere o inciso IX deste artigo, a Polícia Militar
requisitará exames periciais e adotará
XVII - realizar a segurança interna do Estado; providências cautelares destinadas a colher e
resguardar indícios ou provas da ocorrência de
XVIII - proteger os patrimônios histórico, artístico, infrações penais no âmbito de suas atribuições,
turística e cultural; sem prejuízo da competência dos demais órgãos
policiais.
XIX - realizar o policiamento assistencial de
proteção às crianças, aos adolescentes e aos §3º As atividades previstas no inciso XXVI deste
idosos, o patrulhamento aéreo e fluvial, a guarda Artigo são consideradas como em serviço de
externa de estabelecimentos penais e as missões natureza policial militar, e o efetivo empregado
de segurança de dignitários em conformidade com fará parte da Ajudância Geral.
a lei;

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Art. 5º A Polícia Militar será estruturada em Seção II - Do Comando Geral
órgãos de direção estratégica, de direção setorial,
de execução e vinculados.
Art. 10. O Comando Geral é constituído de:
Art. 6º Os órgãos de direção estratégica
realizam o comando e a administração da I- Comandante-Geral;
Corporação, executando as seguintes atribuições: II - Gabinete do Comandante-Geral;
I - planejar institucionalmente a organização da III - Grupamento de Ações Táticas Especiais
Corporação; - GATE.

II- acionar, por meio de diretrizes e ordens, os Art. 11. O Comandante-Geral é


órgãos de direção setorial e os de execução, para responsável pelo comando e administração da
suprir as necessidades de pessoal e de material Corporação, e seu cargo será ocupado por um
no cumprimento de suas missões; Coronel da Ativa do Quadro de Oficiais
Combatentes - QOC da Polícia Militar, escolhido
pelo Governador do Estado, e terá precedência
III - coordenar, controlar e fiscalizar a atuação dos
funcional e hierárquica sobre os demais, quando
órgãos de direção setorial e de execução.
este não for o oficial mais antigo da Corporação.
Art. 7º Os órgãos de direção setorial
§1º A nomeação para o provimento do cargo em
atendem às necessidades de pessoal e logística
comissão de Comandante-Geral da Polícia Militar,
de toda a Corporação, realizam a atividade meio e
símbolo CDS-1, previsto na Estrutura
atuam em cumprimento às diretrizes e ordens dos
Organizacional da Administração Direta do Poder
órgãos de direção estratégica.
Executivo do Estado da Paraíba, será feita por ato
do Governador do Estado.
Art. 8º Os órgãos de execução são
constituídos pelas Organizações Policiais Militares
§2º O Comandante-Geral tem honras,
- OPM que se destinam à atividade-fim, focando o
prerrogativas, direitos e obrigações de Secretário
cumprimento da missão e dos objetivos
de Estado.
institucionais, executando as ordens e diretrizes
emanadas dos órgãos de direção estratégica e
apoiados em suas necessidades de pessoal e Art. 12. Compete ao Comandante-Geral:
logística pelos órgãos de direção setorial.
I - o comando, a gestão, o emprego, a supervisão
e a coordenação geral das atividades da
CAPÍTULO IV - Dos Órgãos de Direção
Corporação;
Estratégica
Seção I - Da Constituição e das II - presidir as Comissões de Promoção de Oficiais
Atribuições e de Julgamento do Mérito Policial Militar;

Art. 9º Os órgãos de direção estratégica III - encaminhar ao órgão competente o projeto de


compreendem: orçamento anual referente à Polícia Militar e
participar, no que couber, da elaboração do plano
I - Comando Geral; plurianual;
II - Subcomando Geral;
III - Estado-Maior Estratégico; IV - celebrar convênios e contratos de interesse da
IV - Corregedoria; Polícia Militar com entidades de direito público ou
V - Ouvidoria; privado, nos termos da lei;
VI - Comandos Regionais;
VII - Comissões; V - nomear e exonerar militares estaduais no
VIII - Procuradoria Jurídica; exercício das funções de direção, comando e
IX - Assessorias. assessoramento, nos limites estabelecidos na
legislação vigente;

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VI - autorizar militares estaduais e servidores civis Seção II - Do Subcomando-Geral
da Corporação a se afastarem do Estado e do
país; Art. 15. O Subcomando-Geral é constituído
de:
VII - ordenar o emprego de verbas orçamentárias,
de créditos abertos ou de outros recursos em favor I - Subcomandante-Geral;
da Polícia Militar do Estado da Paraíba. II - Gabinete do Subcomandante-Geral;
III - Ajudância-Geral.
VIII - incluir, nomear, licenciar e excluir Praças e
Praças especiais, obedecidos os requisitos legais; § 1º O Subcomandante Geral, cargo em comissão
símbolo CDS-2, previsto na Estrutura
IX - promover Praças e declarar Aspirantes-a- Organizacional da Administração Direta do Poder
Oficial; Executivo do Estado da Paraíba, é exercido por
um Coronel da Ativa do QOC, escolhido e
XI - conceder férias, licenças ou afastamentos de nomeado pelo Governador do Estado.
qualquer natureza;
§ 2º O Subcomandante-Geral é o responsável pela
XI - decidir sobre a instauração e a solução dos garantia da disciplina da Corporação e Presidente
procedimentos e processos administrativos da Comissão de Promoção de Praças, além de
disciplinares, aplicando as penalidades previstas prestar assessoramento ao Comandante-Geral na
nas normas disciplinares da Corporação; coordenação do funcionamento da Instituição,
sendo seu eventual substituto.
XII - expedir os atos administrativos necessários à
gestão Institucional. §3º O Gabinete do Subcomandante-Goeral tem a
seu cargo as funções administrativas do
Parágrafo único. O Comandante-Geral poderá Subcomando-Geral.
delegar competência para a expedição de atos
administrativos. Art. 16. A Ajudância Geral tem a seu cargo
as funções administrativas, de segurança e de
Art. 13. O Gabinete do Comandante-Geral, controle do efetivo do Quartel do Comando Geral,
definido como Estado-Maior Pessoal, é constituído bem como a administração do Presídio e do
de: Museu da Polícia Militar.

I - Assistência de Gabinete; Parágrafo único. A Ajudância Geral é constituída


II - Ajudância de Ordens. de:

Parágrafo único. O Estado-Maior Pessoal, Órgão I - Gabinete do Ajudante-Geral;


de Apoio, tem a seu cargo as funções II - Gabinete do Ajudante-Geral Adjunta;
administrativas de Gabinete do Comandante- III - Museu da Polícia Militar;
Geral, sendo composto pela Assistência ao IV - Presídio da Polícia Militar
Gabinete, gerenciada por um Coronel do QOC, e V- Secretaria - AG/1;
a Ajudância de Ordens, com cargos a serem VI - Arquivo Geral - AG/2;
exercidos por Oficiais Intermediários do QOC. VII - Companhia de Comando e Serviços - CCSv.

Art. 14. O GATE é o comando de pronto- Seção IV - Do Estado-Maior Estratégico


emprego do Comandante-Geral, com um
efetivo mínimo de uma Companhia, Art. 17. O Estado-Maior Estratégico é o
especialmente treinado para missões órgão que tem a competência de assessorar o
especiais e gerenciamento de crises, o qual Comandante-Geral no planejamento e gestão
poderá ser empregado também em outras estratégica para o desenvolvimento e
missões do policiamento ostensivo geral. cumprimento das missões institucionais, tendo a
Coordenação Geral de um Coronel do QOC da
ativa.

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Parágrafo único. O Estado-Maior Estratégico será a) de atendimento e triagem - OUV/1;
assim organizado: b) de estatística e avaliação -- OUV/2;
c) de apoio administrativo - OUV/3.
I - Gabinete do Coordenador Geral;
II - Gabinete do Coordenador Geral Adjunto; Seção VI - Dos Comandos Regionais
III - Coordenadorias:
a) de Integração Comunitária e Direitos Humanos Art. 20. Os Comandos Regionais têm por
- EM/1; finalidade planejar, coordenar, controlar e
b) de Inteligência - EM/2; supervisionar, na Região Metropolitana de João
c) de Planejamento e Elaboração de Projetos Pessoa e do Interior, as atividades realizadas
EM/3; pelos Órgãos de Execução, no que concerne à
d) de Combate e Resistência às Drogas e à eficiência nas missões de policiamento ostensivo,
Violência - EM/4; de acordo com as necessidades de preservação
f) de Comunicação Social e Marketing - EM/5; da ordem pública.
g) de Gerenciamento de Crises - EM/6;
h) de Estatística e Avaliação - EM/7;
Parágrafo único. Os Comandos Regionais são:
i) de Tecnologia da Informação - EM/8.
I - Comando do Policiamento da Região
Seção V - Da Corregedoria Metropolitana da Capital - CPRM;

Art. 18. A Corregedoria da Polícia Militar II - Comando do Policiamento Regional I - CPR


tem a finalidade de correição das infrações penais 1;
militares e do regime ético disciplinar, apurando,
acompanhando, fiscalizando e orientando os III - Comando do Policiamento Regional II - CPR
serviços da Corporação, em articulação com as
II.
Corregedorias Setoriais.
Art. 21. O Comando do Policiamento da
Parágrafo único. A Corregedoria é constituída de: Região Metropolitana da Capital, com sede em
João Pessoa, é o órgão responsável pelo emprego
I - Gabinete do Corregedor; e atuação da Corporação na Região Metropolitana
II - Gabinete do Subcorregedor; da Grande João Pessoa e adjacências, de acordo
III - Divisões: com as diretrizes emanadas do Comando Geral, e
a) de investigação de infrações penais militares – será integrado pelos 1º, 5º e 7º Batalhões de
CORG/1 Polícia Militar.
b) de apuração de transgressões disciplinares -
CORG/2 Art. 22. O Comando do Policiamento
c) de análise procedimental - CORG/3; Regional I, com sede na cidade de Campina
d) de estatística e avaliação - CORG/4; Grande, é o órgão responsável pelo emprego e
e) de apoio administrativo - CORG/5. atuação da Corporação nas regiões do Estado
polarizadas pelos municípios de Campina Grande
Art. 19. A Ouvidoria da Polícia Militar tem e Guarabira, de acordo com as diretrizes
por finalidade receber e registrar denúncias, emanadas do Comando-Geral, e será integrado
reclamações e representações de atos pelos 2º, 4º, 8º, 9º, 10º e 11º Batalhões de Polícia
desabonadores praticados por integrantes da
Militar.
Corporação ou críticas à prestação de serviço
institucional, bem como de encaminhar e
Art. 23. O Comando do Policiamento
acompanhar a solução das mesmas, funcionando
Regional II, com sede na cidade de Patos, é o
em estreita articulação com as Ouvidorias
órgão responsável pelo emprego e atuação da
Setoriais.
Corporação nas regiões do estado polarizadas
pelos municípios de Patos e Cajazeiras, de acordo
Parágrafo Único. A Ouvidoria é constituída de: com as diretrizes emanadas do Comando- Geral,
e será integrado pelos 3º, 6º, 12º, 13º e 14º
I - Gabinete do Ouvidor; Batalhões de Polícia Militar.
Il - Gabinete do Subouvidor;
III - Divisões:

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Art. 24. Os Comandos do Policiamento da IV - Seção de Apoio Administrativo.
Região Metropolitana e Regionais têm a seguinte
organização: § 1º Compete à Procuradoria Jurídica:

I- Gabinete do Comandante; I - o estudo das questões jurídicas afetas à


II - Gabinete do Subcomandante; Corporação;
III - Estado Maior:
a) Seção de Gestão de Pessoas - PM/1; II - acompanhar, em juízo ou fora dele, por
b) Seção de Inteligência - PM/2; determinação do Comandante-Geral, os
c) Seção de Planejamento e Operações - PM/3; procedimentos do interesse da Polícia Militar;
d) Seção de Estatística e Avaliação - PM/ 4.
IV - Tesoureiro; III - o exame da legalidade dos atos e normas que
V - Setor de Apoio Administrativo. forem submetidos à apreciação;

Parágrafo único. O Subcomandante é o chefe do IV - demais atribuições que venham a ser


Estado Maior dos Comandos Regionais. previstas em regulamentos.

Seção VII - Das Comissões § 2º O cargo de Procurador Jurídico da Polícia


Militar, símbolo CAD-2, previsto na estrutura
Art. 25. As Comissões destinam-se à organizacional da Administração Direta do Poder
execução de estudos e trabalhos de Executivo, será exercido por Advogado do quadro
assessoramento direto ao Comandante-Geral e de servidores civis do Estado, nomeado por Ato do
terão caráter permanente ou temporário. Governador do Estado, mediante proposta do
Comandante-Geral.
§ 1º As Comissões de caráter permanente são:
Seção IX - Das Assessorias
a) A Comissão de Promoção de Oficiais - CPO,
presidida pelo Comandante-Geral, e a Comissão Art. 27. As Assessorias constituídas
de Promoção de Praças - CPP, presidida pelo eventualmente para determinados estudos que
Subcomandante Geral, cujas composições e escapam às atribuições normais específicas dos
competências serão fixadas por regulamentos, órgãos de direção estratégica e setorial,
aprovados por Decretos do Chefe do Poder destinadas a dar flexibilidade à estrutura de
Executivo; Comando da Corporação, serão integradas por
servidores do
b) A Comissão de Julgamento do Mérito - CJM e a
Comissão Permanente de Licitação - CPL, cujas Estado, postos à disposição da Corporação, por
composições e competências serão fixadas em ato do Governador do Estado ou do Secretário de
regulamentos, aprovados por Portarias do Estado da Administração.
Comandante-Geral.
Capítulo V - Dos Órgãos de Direção
§ 2º As Comissões de caráter temporário têm
Setorial
objetivos e fins específicos previstos em lei,
decreto e regulamentos ou serão criadas a critério
do Comandante-Geral. Art. 28. Os órgãos de direção setorial
compreendem:
Seção VIII - Da Procuradoria Jurídica
I - Diretorias;
II - Centro de Educação.
Art. 26. A Procuradoria Jurídica é o órgão
que presta assessoramento jurídico-administrativo
direto ao Comandante-Geral, tendo a seguinte Seção I - Das Diretorias
composição:
Art. 29. As Diretorias estruturadas sob
I - Gabinete do Procurador Jurídico; forma de sistema destinam-se às atividades de
II - Seção de Estudos e Pareceres; administração financeira, gestão de pessoas,
III- Seção de Projetos Normativos; logística, saúde e assistência social.
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Parágrafo único. A Corporação terá as seguintes Parágrafo Único. A Diretoria de Apoio Logístico é
Diretorias: constituída de:

I - de Finanças - DF; I - Gabinete do Diretor;


II - de Gestão de Pessoas - DGP; II - Gabinete do Vice-Diretor;
III - de Apoio Logístico - DAL; III - Centro de Suprimento Logístico - CSL;
IV - de Saúde e Assistência Social - DSAS. IV - Divisões:
a) de Engenharia e Construção - DAL/]
Art. 30. A Diretoria de Finanças é o órgão b) de Motomecanizarão - DAL/2;
que tem como finalidade a administração c) de Patrimônio - DAL/3;
financeira, contábil, orçamentária e de auditagem, d) de Compras e Registros - DAL/4;
bem como coordenar, supervisionar, auxiliar e e) de Cadastramento de Armas dos policiais
controlar as atividades financeiras dos órgãos da militares
Corporação. f) de Apoio Administrativo - DAL/6.

Parágrafo único. A Diretoria de Finanças é Art. 33. A Diretoria de Saúde e Assistência


constituída de: Social é o órgão que tem como finalidade planejar,
coordenar, fiscalizar, controlar e executar todas as
| - Diretor; atividades de saúde, assistência social e
II - Vice-Diretor; veterinária, além do trato das questões referentes
III - Divisões: ao estado sanitário do pessoal da Corporação e
a) de Administração Financeira - DF/1; seus dependentes, devidamente articulada com
b) de Contabilidade - DF/2; os Núcleos Setoriais de Saúde.
c) de Auditoria e Controle Interno- DF/3;
d) de Implantação - DF/4; Parágrafo Único. A Diretoria de Saúde e
f) de Orçamento -DF/5; Assistência Social é constituída de:
g) de Apoio Administrativo - DF/6.
I - Gabinete do Diretor;
Art. 31. A Diretoria de Gestão de Pessoas II - Gabinete do Vice-Diretor;
é o órgão que tem como finalidade o III - Junta Médica Especial - JME;
planejamento, execução, controle e fiscalização IV - Divisões:
das atividades relacionadas com pessoal, a) Médica - DSAS/1;
legislação e assistência religiosa. b) Veterinária - DSAS/2;
c) Odontológica - DSAS/3;
Parágrafo único. A Diretoria de Gestão de d) Farmacêutica - DSAS/4;
Pessoas é e) Enfermagem - DSAS/5;
f) Nutrição - DSAS/6;
I - Gabinete do Diretor; g) de Apoio Administrativo - DSAS/7.
II - Gabinete do Vice-Diretor; V - Unidades Executivas:
III - Núcleo de Recrutamento e Seleção - NRS; a) Hospital da Polícia Militar General Edson
IV - Capelania; Ramalho - HPM;
V- Divisões: b) Policlínica - POLI;
a) de Inativos e Civis - DGP/1; c) Centro de Assistência Social - CASO;
b) de Identificação, Cadastro e Monitoramento - d) Centro de Assistência Psicológica - CAPS.
c) de Análise e Legislação - DGP/3;
d) de Aplicação e Movimentação - DGP/4 Seção VIII - Do Centro de Educação
e) de Justiça e Disciplina - DGP/5;
f) de Apoio Administrativo - DGP/6. Art. 34. O Centro de Educação, instituição
que compreende o ensino em todos os níveis
Art. 32. A Diretoria de Apoio Logístico é o previstos na legislação federal e estadual, é o
órgão de direção setorial do Sistema Logístico, órgão que tem como finalidade a gestão da política
incumbindo-se do planejamento, coordenação, educacional da Corporação por meio do
fiscalização e controle das atividades de planejamento, supervisão, coordenação,
suprimento e manutenção da logística e do fiscalização, controle e execução das atividades
patrimônio da Corporação. de ensino, treinamento e pesquisa, relacionadas

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com a qualificação profissional de servidores f) Aprovisionamento;
militares ou civis de outros entes públicos ou g) Almoxarifado;
privados, observadas as modalidades presencial, h) Corregedoria Setorial;
semipresencial ou à distância. i) Ouvidoria Setorial;
j) Companhia de Comando e Serviços;
§ 1º O Centro de Educação é constituído de: k) Música.

I - Gabinete do Diretor; §2º O Conselho Educacional poderá instituir


II - Gabinete do Vice-Diretor; Departamentos, em áreas específicas de
III - Conselho Educacional; conhecimentos, para atender às pesquisas
IV - Conselho de Conduta Escolar e Ética: educacionais, face às novas competências
V - Coordenadoria de Ensino, Treinamento e exigidas pelas mutações sociais.
Pesquisa - CETP, compreendendo:
§ 3º O ensino tecnológico poderá ser desenvolvido
a) Divisão de Ensino Superior - DESU; em qualquer dos níveis de ensino previstos na
b) Divisão de Formação Técnica de Nível Médio - Legislação Federal.
DIFO;
c) Divisão de Educação Básica - DIEB; CAPÍTULO V - Dos Órgãos de Execução
d) Divisão de Tecnologias Educacionais - DITE.

VI - Coordenadoria de Educação Física e Art. 35. Os órgãos de execução da


Desportos - COEF, compreendendo: Polícia Militar constituem as Organizações
Policiais Militares que executam a atividade fim
a) Divisão de Educação Física - DEF; da Corporação, com atribuição de realizar os
b) Divisão de Avaliação e Pesquisa - DAP; seguintes tipos policiamento ou missões
c) Divisão de Desportos - DID; policiais militares:

VII - Núcleo Setorial de Saúde - NSS; I - policiamento ostensivo geral em seus


VIII - Órgãos Executivos do Ensino: processos a pé, montado, motorizado, aéreo,
a) Centro de Pós-Graduação e Pesquisa - CEPE; em embarcação e em bicicleta, nas zonas
b) Academia de Polícia Militar do Cabo Branco - urbanas e rurais;
APMCB;
c) Centro de Formação e Aperfeiçoamento de
Praças - CFAP; II - policiamento de guarda, que tem a seu
d) Colégios da Polícia Militar - CPM (unidades de cargo à segurança externa dos
João Pessoa, Campina Grande, Patos, Guarabira estabelecimentos prisionais, das sedes dos
e Cajazeiras); poderes estaduais e, em particular, de
e) Núcleo de Programas de Extensão e estabelecimentos públicos;
Treinamento - NuPEx;
f) Núcleo de Estudos de Trânsito - NET; III - policiamento de trânsito urbano e/ ou
g) Núcleos de Formação e Aprimoramento rodoviário;
Profissional - NuFAP.

IX - Seções de: IV - policiamento ambiental;


a) Gestão de Pessoas - P/1;
b) Inteligência - P/2; | V - policiamentos especiais de choque e/ou
c) Planejamento e Operações - P/3;
d) Administração - P/4;
e) Comunicação Social - P/5. VI - policiamento suplementado pelo uso de
cães;
X - Setores de:
a) Motomecanização; VII - policiamento velado.
b) Comunicações;
c) Tecnologia da Informação; Parágrafo único. Com o desenvolvimento do
d) Armamento e Munições; Estado e conseguinte aumento das necessidades
e) Tesouraria; de segurança, poderão ser implementados outros
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tipos, processos ou modalidades de policiamento. XVI - Batalhão de Operações Especiais - BOPE,
João Pessoa; Campina Grande, Patos; Guarabira; com sede em João Pessoa;
João Pessoa; Cajazeiras; Santa Rita; Itabaiana;
Picuí; Campina Grande; Monteiro; XVII - Batalhão de Polícia de Trânsito Urbano e
Rodoviário - BPTran, com sede em João
Seção I - Das Unidades Operacionais Pessoa;

XVII - Regimento de Polícia Montada - RPMont,


Art. 36. São Unidades Operacionais -
com sede em João Pessoa;
UOp:
XIX = Comando de Operações Aéreas - COA,
I- 1º Batalhão de Polícia Militar, com sede em
com sede em João Pessoa.
João Pessoa;
Art. 37. São Sub-Unidades Operacionais -
II - 2º Batalhão de Polícia Militar, com sede em
SubUOp:
Campina Grande;
I - Companhia de Polícia Militar - Cia PM;
III - 3º Batalhão de Polícia Militar, com sede em
II -- Companhia de Polícia de Guarda - CPGd;
Patos; III - Companhia de Polícia Rodoviária - CPRv;
IV - Companhia de Polícia Tática e Motorizada -
IV- 4º Batalhão de Polícia Militar, com sede em CPTMtz;
Guarabira; V - Companhia de Polícia de Trânsito - CPTran;
VI - Companhia de Polícia de Choque - CPChoq;
V-- 5º Batalhão de Polícia Militar, com sede em VII - Companhia de Polícia Rural - CPR;
João Pessoa; VIII - Companhia de Polícia Ambiental - CPAmb;
IX - Companhia de Polícia de Apoio ao Turista -
VI - 6º Batalhão de Polícia Militar, com sede em CPAT
Cajazeiras; X - Esquadrão de Polícia Montada - EPMont.

VII - 7º Batalhão de Polícia Militar, com sede em Art. 38. Denominam-se Pelotões
Santa Rita; Operacionais - PelOps:

VIII - 8º Batalhão de Polícia Militar, com sede I- Pelotão de Polícia Militar - Pel PM;
em Itabaiana; II - Pelotão de Polícia de Guarda - PPGd;
III - Pelotão de Polícia Rodoviária - PPRv;
IX - 9º Batalhão de Polícia Militar, com sede em IV - Pelotão de Polícia Tática e Motorizada -
Picuí; PPTMtz;
V - Pelotão de Polícia de Trânsito - PPTran;
X - 10º Batalhão de Polícia Militar, com sede em VI - Pelotão de Polícia de Choque - PPChoq;
Campina Grande; VII - Pelotão de Polícia Rural - PPR;
VIII - Pelotão de Polícia de Apoio ao Turista -- PAT;
XI - 11º Batalhão de Polícia Militar, com sede IX - Pelotão de Polícia Ambiental - PPAmb;
em Monteiro; X - Pelotão de Polícia Montada - PPMont.

XI - 12º Batalhão de Polícia Militar, com sede Art. 39. As Áreas de Responsabilidade
em Catolé do Rocha; Territorial dos Batalhões de Polícia Militar ou
congêneres e as subáreas das Subunidades dos
Batalhões de Polícia Militar ou congêneres serão
XIII - 13º Batalhão de Polícia Militar, com sede
estabelecidas por Ato do Comandante-Geral,
em Itaporanga;
mediante estudos do Estado- Maior Estratégico e
dos Comandos Regionais.
XIV - 14º Batalhão de Polícia Militar, com sede
em Sousa;
Art. 40. As Unidades Operacionais de
Polícia Militar, com efetivos previstos em Quadros
XV - Batalhão de Polícia Ambiental -- BPAmb, de Organização - QO atuarão de acordo com as
com sede em João Pessoa;
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necessidades de suas áreas de responsabilidade realizará as missões especiais do Comando Geral,
e missões, sendo constituídas de: e terá a mesma estrutura orgânica de um Batalhão
de Polícia Militar, acrescido de suas Subunidades
I - Gabinete do Comandante; Especiais.
II - Gabinete do Subcomandante;
III - Gabinete do Ajudante secretário; Art. 44. O Comando de Operações Aéreas
IV - Seções de: - COA, com atuação em todo o Estado e
a) Gestão de Pessoas - P/1; subordinação direta ao Comandante- Geral, é
b) Inteligência - P/2; responsável pelo comando, planejamento,
c) Planejamento e operações - P/3; coordenação, operacionalização, fiscalização,
d) Administração - P/4; treinamento, segurança, manutenção e controle
e) Comunicação Social - P/5. das atividades aéreas, além de apoio às
V - Setores de: atividades de defesa civil, tendo a seguinte
a) Motomecanização; estrutura:
b) Comunicações;
c) Educação Física e Desportos; I- Gabinete do Comandante;
d) Tecnologia da Informação;
e) Armamento e Munições; II - Gabinete do Subcomandante;
f) Núcleo Setorial de Saúde - NSS;
g) Tesouraria; III - Seções de:
h) Aprovisionamento;
i) Almoxarifado; a) Gestão Administrativa - SGA;
j) Corregedoria Setorial; b) Segurança de Vôo - SSV;
k) Ouvidoria Setorial; c) Operações de Vôo - SOV;
m) Coordenação do Policiamento; d) Instrução e Treinamento - SIT;
n) Música. e) Suprimentos e Manutenção - SSM;
VI - Companhias PM; f) Apoio Administrativo - SAA.
VII - Pelotões PM e de Comando e Serviços;
VII - Grupo PM - GPM. Art. 45. O Regimento de Polícia Montada -
RPMont e os Batalhões de Polícia de Trânsito
Art. 41. As Subunidades Operacionais de Urbano e Rodoviário - BPTran e de Polícia
Polícia Militar, com efetivos previstos em Quadros Ambiental - BPAmb, com atuação em todo o
de Organização - QO atuarão de acordo com as Estado, subordinam-se aos Comandos Regionais,
necessidades de suas subáreas de realizando as missões especiais e tendo a mesma
responsabilidade e missões, sendo constituídas estrutura orgânica de um Batalhão de Polícia
de: Militar, acrescidos de suas Subunidades
Especiais.
I - Gabinete do Comandante;
II - Gabinete do Subcomandante;
CAPÍTULO VI - Dos Órgãos Vinculados
III - Seção de Gestão de Pessoas e Operações;
IV - Tesoureiro e Aprovisionador;
V - Setores de: Art. 46. Órgãos Vinculados são entes
a) Armamento e Munição; públicos que possuam, em suas estruturas
b) Coordenação do Policiamento. orgânicas, a previsão legal de emprego de
VI - Pelotões PM - Pel PM; policiais militares, observados os limites
VII - Grupo PM - GPM. quantitativos e a respectiva competência.

Art. 42. Cada Grupo PM é responsável pela § 1º São Órgãos Vinculados:


manutenção da ordem pública nos Municípios e
Distritos do interior, denominado de I - Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa
destacamento, com efetivo variável de acordo com Social;
o seu subsetor de responsabilidade e missões.
Art. 44. O Comando de Operações Aéreas - COA,
Art. 43. O Batalhão de Operações com atuação em todo o Estado e subordinação
Especiais - BOPE, com atuação em todo o Estado direta ao Comandante- Geral, é responsável pelo
e subordinação direta ao Comandante-Geral, comando, planejamento, coordenação,
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operacionalização, fiscalização, treinamento, destinado ao exercício das funções de regente ou
segurança, manutenção e controle das atividades maestro de banda de música;
aéreas, além de apoio às atividades de defesa
civil, tendo a seguinte estrutura: V - Quadro de Oficiais de Administração - QOA,
constituído por pessoal oriundo das graduações
I- Gabinete do Comandante; de Subtenente ou 1º Sargento, possuidores do
Curso de Habilitação de Oficiais - CHO ou
II - Gabinete do Subcomandante; equivalente, destinado ao exercício de funções
administrativas na Corporação.
III - Seções de:
a) Gestão Administrativa - SGA; TÍTULO III - Do Pessoal e Efetivo
b) Segurança de Voo - SSV;
c) Operações de Voo - SOV;
d) Instrução e Treinamento - SIT; Art. 47. O pessoal da Polícia Militar será
e) Suprimentos e Manutenção - SSM; composto por policiais militares e servidores civis.
f) Apoio Administrativo - SAA.

Art. 45. O Regimento de Polícia Montada -


RPMont e os Batalhões de Polícia de Trânsito CAPÍTULO I - Dos Policiais Militares
Urbano e Rodoviário - BPTran e de Polícia
Ambiental - BPAmb, com atuação em todo o
Estado, subordinam-se aos Comandos Regionais, Art. 48. Os policiais militares encontrar-se-
realizando as missões especiais e tendo a mesma ão em uma das seguintes situações:
estrutura orgânica de um Batalhão de Polícia
Militar, acrescidos de suas Subunidades I - na ativa;
Especiais. II - na inatividade, compreendendo os policiais
militares:
CAPÍTULO VII - Dos Órgãos Vinculados
a) da reserva remunerada;
Art. 46. Órgãos Vinculados são entes b) reformados.
públicos que possuam, em suas estruturas
orgânicas, a previsão legal de emprego de §1º Os Quadros de Oficiais são:
policiais militares, observados os limites
quantitativos e a respectiva competência. I - Quadros de Oficiais Combatentes - QOC,
constituído de oficiais possuidores do Curso de
§ 1º São Órgãos Vinculados: Formação de Oficiais PM ou equivalente;

I - Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa II - Quadro de Oficiais de Saúde - QOS, constituído


Social; de oficiais médicos, odontólogos, farmacêuticos,
veterinários, fisioterapeutas, nutricionistas e
outras especialidades;
II - Quadros de Oficiais Combatentes - QOC,
constituído de oficiais possuidores do Curso de
Formação de Oficiais PM ou equivalente; III - Quadro de Oficiais Músicos - QOM, constituído
por pessoal oriundo das graduações de
Subtenente ou 1º Sargento, possuidores do Curso
III - Quadro de Oficiais de Saúde - QOS,
de Habilitação de Oficiais - CHO ou equivalente,
constituído de oficiais médicos, odontólogos,
na respectiva especialidade, destinado ao
farmacêuticos, veterinários, fisioterapeutas,
exercício das funções de regente ou maestro de
nutricionistas e outras especialidades;
banda de música;
IV - Quadro de Oficiais Músicos - QOM,
IV - Quadro de Oficiais de Administração - QOA,
constituído por pessoal oriundo das graduações
constituído por pessoal oriundo das graduações
de Subtenente ou 1º Sargento, possuidores do
de Subtenente ou 1º Sargento, possuidores do
Curso de Habilitação de Oficiais - CHO ou
Curso de Habilitação de Oficiais - CHO ou
equivalente, na respectiva especialidade,

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equivalente, destinado ao exercício de funções TÍTULO IV - Das Disposições Finais
administrativas na Corporação.
Art. 52. Os órgãos da Corporação poderão,
§ 2º As Qualificações de Praças são: excepcionalmente e por necessidade do serviço,
ser comandados, dirigidos ou chefiados por
I - Qualificação de Praças Combatentes - QPC, oficiais ou praças de grau hierárquico
constituído por praças com o Curso de Formação imediatamente inferior ou superior ao previsto
de Combatentes; nesta Lei Complementar.

II - Qualificação de Praças Músicos - QPM, Parágrafo único. Quando efetivada a situação em


composto por praças com o Curso de Formação que o titular da função possua grau hierárquico
de Especialização em Música; inferior ao previsto no Quadro de Organização,
fará jus à remuneração imediatamente superior.
III - Qualificação de Praças para o apoio à Saúde
- QPS, compostos por praças auxiliares de saúde. Art. 53. A estrutura organizacional e O
funcionamento da Polícia Militar, prevista nesta Lei
Art. 49. As Praças Especiais são: Complementar, será efetivada progressivamente,
por meio de atos do Poder Executivo, até
I - Aspirante-a-Oficial PM; dezembro de 2010.
II - Cadete PM.
Art. 54. As missões, o detalhamento, as
CAPÍTULO VIII - Dos Servidores Civis responsabilidades, as áreas e as competências
dos órgãos de direção estratégica, setorial, e de
execução, bem como as atribuições dos
Art. 50. Os servidores civis da Polícia
comandantes, diretores e chefes serão
Militar serão profissionais de nível superior ou
estabelecidas em regulamento, a ser editado em
técnico nas áreas de educação, psicologia,
180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de
administração, ciências jurídicas, contabilidade,
publicação desta Lei.
engenharia, civil, tecnologia da informação,
espiritualidade, fonoaudiologia, biblioteconomia,
sociologia, assistência social, comunicação social, Art. 55. Os recursos necessários à
estatística e outras determinadas pela dinâmica execução da presente Lei Complementar correrão
social, os quais constituirão o Corpo de Servidores à conta do Tesouro Estadual, consignados no
Civis da Polícia Militar - CSCPM, em caráter orçamento do Estado, ficando o Poder Executivo
permanente ou temporário, conforme Anexo II. autorizado a proceder ao escalonamento na
liberação dos recursos pertinentes, à medida que
os órgãos forem ativados, e as vagas previstas
Parágrafo único. Os servidores civis da Polícia
forem devidamente preenchidas.
Militar serão disciplinados pelo Regime Jurídico
dos Servidores Públicos Civis do Estado da
Paraíba, com remuneração prevista em lei, e seu Art. 56. Aos membros das Comissões de
ingresso processar-se-á através de concurso Promoção de Oficiais e de Praças, da Junta
público, mediante proposta do Comandante-Geral Médica Especial e dos Conselhos de Justiça
ao Chefe do Poder Executivo. Militar Estadual, devido por comparecimento a
reuniões ou audiências, previamente convocadas
por autoridade competente, na retribuição de até
CAPÍTULO IX - Do Efetivo da Polícia 08 (oito) reuniões ou audiências mensais, fica
Militar concedido “Jeton” nas seguintes condições:

Art. 51. O efetivo da Polícia Militar da I - Para presidente, de R$ 120,00 (cento e vinte
Paraíba será de 17.933 (dezessete mil novecentos reais), por reunião;
e trinta e três) militares estaduais, sendo 1.362
(um mil e trezentos e sessenta e dois) oficiais e II - Para membros, de R$ 80,00 (oitenta reais), por
16.571 (dezesseis mil quinhentos e setenta e uma) reunião ou audiência.
praças e 54 (cinquenta e quatro) servidores civis,
conforme o Anexo II.

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Art. 57. Os incisos I, IV e V do Artigo 90 e III - ter, no máximo, 48 anos de idade, no ato da
os artigos 105 e 110 da Lei nº 3.909, de 14 de julho matrícula;
de 1977, passam a ter a seguinte redação:
VII - Classificado no comportamento
Art. 90. “EXCEPCIONAL” e não possuir punição por
prática de transgressão que afete o sentimento do
I - atingir as seguintes idades limites: dever, a honra pessoal, o pundonor policial-militar
ou o decoro da classe, não canceladas pelo
a) Para os oficiais: entendimento estabelecido no Art. 64 do Decreto
nº 8.962, de 11 de março de 1981;
1. Coronel: 60 anos;
2. Tenente-Coronel e Major: 58 anos; Art. 59. Esta Lei Complementar entra em vigor na
3. Capitão, 1º e 2º Tenentes: 56 anos; data de sua publicação.

b) Para praças: Art. 60. Revogam-se as disposições em contrário.

1. Subtenente: 60 anos; JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL


2. 1º e 2º Sargentos: 58 anos;
3. 3º Sargento, Cabo e Soldado: 56 anos.
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS
IV - ser diplomado em cargo eletivo, na forma da
alínea "b", parágrafo único, do Artigo 51,
percebendo a remuneração a que fizer jus, em Cons. Federal Art. 125. Os Estados organizarão
função do seu tempo de serviço; sua Justiça, observados os princípios
estabelecidos nesta Constituição.
V - quando, na condição de suplente de cargo
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta
eletivo, vir assumir o mandato, percebendo a
remuneração a que fizer jus, em função do seu do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual,
tempo de serviço. constituída, em primeiro grau, pelos juízes de
direito e pelos Conselhos de Justiça e, em
Art. 105. O oficial da ativa empossado em cargo segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou
público permanente, estranho à sua carreira, por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que
inclusive na função de Magistério, será o efetivo militar seja superior a vinte mil
imediatamente, por meio de demissão "ex-officio”, integrantes.
transferido para a reserva, onde ingressará com o
posto que possuía na ativa, não podendo § 4º Compete à Justiça Militar estadual processar
acumular quaisquer proventos de inatividade com e julgar os militares dos Estados, nos crimes
a remuneração do cargo público permanente. militares definidos em lei e as ações judiciais
contra atos disciplinares militares, ressalvada a
Art. 110. O Aspirante-a-Oficial PM e as demais competência do júri quando a vítima for civil,
praças empossadas em cargo público permanente cabendo ao tribunal competente decidir sobre a
estranho à sua carreira, inclusive na função de perda do posto e da patente dos oficiais e da
magistério, serão imediatamente licenciados "ex- graduação das praças.
officio", sem remuneração, e terão sua situação
militar definida pela Lei do Serviço Militar.”. § 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar
processar e julgar, singularmente, os crimes
Art. 58. Os incisos II, III e VII do Artigo 12 militares cometidos contra civis e as ações
da Lei nº 4.025, de 30 de novembro de 1978, judiciais contra atos disciplinares militares,
passam a ter a seguinte redação: cabendo ao Conselho de Justiça, sob a
presidência de juiz de direito, processar e julgar os
Art. 12 demais crimes militares.

II - Possuir escolaridade, no mínimo,


correspondente ao Ensino Médio;

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LEI COMPLEMENTAR 096/10 Seção IV Do Cartório de Vara Militar

TÍTULO IV DA JUSTIÇA MILITAR Art. 191. O cartório de vara Militar terá seus
cargos preenchidos por membros da Polícia Militar
e/ou do Corpo de Bombeiros do Estado,
CAPÍTULO I DA COMPOSIÇÃO E habilitados para o exercício da função, sem
COMPETÊNCIA prejuízo da participação de servidores da justiça
comum, quando necessário.
Seção II Da Competência Geral § 1º O cartório será chefiado por um militar
graduado (primeiro sargento ou subtenente) ou
Art. 188. Compete à Justiça Militar por um oficial até a patente de capitão, requisitado
processar e julgar os militares do Estado, nos mediante indicação do juiz competente ao
crimes militares definidos em lei, e as ações comandante-geral da Polícia Militar, através de ato
judiciais contra atos disciplinares militares, do presidente do Tribunal de Justiça.
ressalvada a competência do Tribunal do Júri § 2º O militar a serviço de vara militar tem
quando a vítima for civil, cabendo ao Tribunal de fé de ofício quando da prática dos atos inerentes
Justiça decidir sobre a perda do posto e da patente às respectivas funções, que correspondem à
dos oficiais e da graduação das praças. função de analista judiciário, de técnico judiciário,
de movimentador e de oficial de justiça.
Seção III Do Juiz de Direito de Vara Militar
Art. 189. O cargo de juiz de direito de Vara Seção V Dos Atos Judiciais
Militar será provido por juiz de direito de terceira
entrância, observadas as normas estabelecidas Art. 192. As audiências e sessões de
para o provimento dos demais cargos de carreira julgamento da Justiça Militar são realizadas na
da magistratura estadual. sede da comarca, salvo os casos especiais por
Art. 190. Compete ao juiz de direito de Vara Militar: justa causa ou força maior, fundamentados pelo
juiz de direito titular da Vara Militar.
I – processar e julgar, singularmente, os crimes
militares cometidos contra civis e as ações CAPÍTULO II DOS CONSELHOS DA
judiciais contra atos disciplinares; JUSTIÇA MILITAR
Seção I Das Disposições Gerais
II – presidir os conselhos de Justiça Militar e
relatar, com voto inicial e direto, os processos
respectivos; Art. 193. Integram a Justiça Militar do
Estado, observada a separação institucional entre
III – exercer o poder de polícia durante a
a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, os
realização de audiências e sessões de
seguintes Conselhos de Justiça:
julgamento;
I – Conselhos Especiais;
IV – expedir todos os atos necessários ao
II – Conselhos Permanentes ou Trimestrais.
cumprimento das suas decisões e das decisões
dos conselhos da Justiça Militar; Seção II Da Composição
V – exercer o ofício da execução penal em todas
as unidades militares estaduais, onde haja preso Art. 194. Os Conselhos Especiais são
militar ou civil sob sua guarda provisória ou compostos por quatro juízes militares, todos
definitiva; oficiais de postos não inferiores ao do acusado.
VI – cumprir carta precatória relativa à matéria de § 1º Havendo mais de um acusado no processo, o
sua competência de posto mais elevado servirá de referência à
composição do conselho.

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§ 2º Sendo o acusado do posto mais elevado na dias vinte e vinte e cinco do último mês de cada
corporação policial ou do corpo de bombeiro trimestre, ressalvado motivo de força maior para
militar, o conselho especial será composto por sua não ocorrência.
oficiais da respectiva corporação militar, que
§ 2º O resultado dos sorteios será informado
sejam da ativa, do mesmo posto do acusado e
aos comandantes-gerais da Polícia Militar e do
mais antigos que ele; não havendo na ativa oficiais
Corpo de Bombeiros para que providenciem a
mais antigos que o acusado, serão sorteados e
publicação em boletins gerais e ordenem o
convocados oficiais da reserva remunerada.
comparecimento dos juízes não togados à hora
§ 3º Sendo o acusado do posto mais elevado da marcada na sede do Juízo Militar, ficando à sua
corporação, e nela não existindo oficial, ativo ou disposição enquanto durarem as convocações.
inativo, mais antigo que ele, o conselho especial
§ 3º Os sorteios para a composição dos
será composto por oficiais que atendam ao
Conselhos Especiais ocorrerão sempre que se
requisito da hierarquia, embora pertencentes à
iniciar processo criminal contra oficial, mantendo-
outra instituição militar estadual.
se sua constituição até a sessão de julgamento, se
§ 4º Não havendo, em qualquer das corporações, alguma causa intercorrente não justificar o
no posto mais elevado, oficial, ativo ou inativo, arquivamento antecipado da ação penal.
mais antigo que o acusado, será este julgado pelo
§ 4º O sorteio para a composição dos
Tribunal de Justiça.
Conselhos Permanentes da Justiça Militar dará
§ 5º Quando, em um mesmo processo, os preferência a oficiais aquartelados na Capital.
acusados forem oficiais e praças, responderão
§ 5º Caso a relação dos oficiais da ativa,
todos perante o conselho especial.
prevista no caput deste artigo, não seja enviada ao
Art. 195. Os Conselhos Permanentes juiz competente, no prazo legal, os sorteios para
serão compostos pelo mesmo número de oficiais composição dos Conselhos da Justiça Militar
previsto para os Conselhos Especiais, devendo serão realizados com base na relação enviada no
ser integrados por, no mínimo, um oficial superior. trimestre anterior, sem prejuízo da apuração de
responsabilidades.
Seção III Da Competência
CAPÍTULO III DA EXECUÇÃO DA PENA
Art. 196. Compete aos Conselhos de
Justiça Militar processar e julgar os crimes
militares não compreendidos na competência Art. 198. O regime carcerário aplicável ao
monocrática de juiz de vara militar. condenado pelo juiz de direito titular de Vara
Militar é o seguinte:
Parágrafo único. Aos Conselhos Especiais
compete o julgamento de oficiais, enquanto aos I – no caso de pena privativa da liberdade
Conselhos Permanentes ou Trimestrais compete por até dois anos, o regime será regulamentado
o julgamento das praças em geral. nas decisões que proferirem o juiz monocrático e
os conselhos da Justiça Militar, sendo o
Seção IV Da Escolha e Convocação dos condenado recolhido à prisão militar;
Conselhos
II – ultrapassado o limite da pena de dois
anos e havendo o condenado perdido a condição
Art. 197. Os comandantes-gerais da Polícia de militar, será ele transferido para prisão da
Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado jurisdição comum, deslocando-se a competência
remeterão, trimestralmente, ao juiz de direito da quanto à execução da pena para o respectivo
Vara Militar relação nominal dos oficiais da ativa juízo, ao qual serão remetidos os autos do
em condições de servir nos conselhos, com processo.
indicação dos seus endereços residenciais, a fim
de serem realizados os sorteios respectivos.
§ 1º Os sorteios para a composição dos
Conselhos Permanentes realizar-se-ão entre os
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Noções de Direito Penal em julgado. Isso não impede a prisão
provisória. Em caso de dúvida, o réu será
PARTE GERAL absolvido.
• Princípio da Lesividade/ofensividade: o
Direto Penal somente atua quando há
Princípios: lesão ou ameaça de lesão aos bens
jurídicos tutelados. Não se pune
• Princípio da legalidade: o infrator só
sentimentos, pensamento, autolesão,
poderá ser punido se houver uma norma
crime impossível e os atos preparatórios.
incriminadora, uma lei que diga que a
conduta dele seja crime.
• Princípio da anterioridade: Não há crime
sem lei anterior que o defina. Antes da Dica:
prática já deve existir uma norma que
descreva que aquela conduta seja crime. Crime de dano: ocorre efetiva lesão ao bem
• Princípio da irretroatividade da Lei jurídico. Ex.: homicídio.
Penal: A lei não retroagirá, salvo para Crime de perigo: coloca em risco o bem
beneficiar o réu. Existem exceções, como jurídico. Ex.: abandono de incapaz
o crime permanente e continuado, bem Crime de perigo abstrato: o risco de lesão
como as leis penais temporárias ou é presumido. Ex.: dirigir embriagado
excepcionais. Crime de perigo concreto: o risco concreto
Ex.: Mario pichava o muro e um dia foi deve ser demonstrado. Ex.: Crime de maus
editada uma lei que tipifica a pichação tratos.
como crime. Mario não pode ser
condenado, porque praticou a conduta
antes da edição dessa lei. • Princípio da culpabilidade: o agente só
Ex.: Pedro cometeu homicídio contra João será punido se houver a responsabilidade
com o uso de arma de fogo em janeiro de e participação no delito. A pena será
2022, e em janeiro de 2023 foi editada uma aplicada na medida de sua culpabilidade.
lei dizendo que, pra esse tipo de crime, vai • Princípio da proporcionalidade: a
ser estabelecida uma pena mais grave. aplicação da pena deverá ser proporcional
Pedro não será atingido, pois a lei não com a gravidade do fato típico.
retroage, salvo para BENEFICIAR o réu. • Princípio da insignificância: o Direito
• Princípio da intranscedência, deve se ocupar em tutelar os bens que
pessoalidade ou personalidade: a possuem relevância para a sociedade.
sanção penal não pode ultrapassar a Questões insignificantes não serão
pessoa do condenado e jamais pode ser protegidas pelo Direito Penal. O delito,
estendida a terceiros, ainda que em caso então, torna-se ATÍPICO e insignificante.
de morte do criminoso. Atente-se que, no Portanto, a bagatela própria exclui a
âmbito civil, a reparação do dano sofrido tipicidade material.
pela vítima se entende aos bens deixados
pelo condenado falecido. Lei penal no tempo
• Princípio da individualização da pena: a
dosimetria da pena deve ser justa e
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que
individualizada, de modo que o aplicador
lei posterior deixa de considerar crime,
do direito analise o caso concreto antes de
cessando em virtude dela a execução e os
aplicar a pena. Desse modo, evita-se a
efeitos penais da sentença condenatória.
padronização da pena.
• Princípio da presunção de inocência ou
Parágrafo único - A LEI POSTERIOR, que de
da não culpabilidade: o acusado somente
qualquer modo favorecer o agente, aplica-se
poderá ser considerado culpado após a
aos fatos anteriores, ainda que decididos por
sentença penal condenatória transitada
sentença condenatória transitada em julgado.
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§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se
Regra: Aplica-se a lei vigente ao tempo da como extensão do território nacional as
realização do fato criminoso. embarcações e aeronaves brasileiras, de
natureza pública ou a serviço do governo
Regra: A lei penal não retroage, salvo brasileiro onde quer que se encontrem, bem
(exceção) para beneficiar o réu. como as aeronaves e as embarcações brasileiras,
mercantes ou de propriedade privada, que se
Retroatividade: aplica-se aos fatos passados.
achem, respectivamente, no espaço aéreo
Ultra-atividade: aplica-se mesmo após correspondente ou em alto-mar.
revogação ou cessação de efeitos.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos
crimes praticados a bordo de aeronaves ou
embarcações estrangeiras de propriedade
Lei excepcional ou temporária privada, achando-se aquelas em pouso no
território nacional ou em voo no espaço aéreo
Art. 3º - A lei excepcional ou
correspondente, e estas em porto ou mar
temporária, embora decorrido o período de sua
territorial do Brasil.
duração ou cessadas as circunstâncias que a
determinaram, aplica-se ao fato praticado
Lugar do crime
durante sua vigência. (ULTRA-ATIVIDADE)

Tempo do crime Art. 6º - Considera-se praticado o crime


no LUGAR em que ocorreu a AÇÃO ou
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no OMISSÃO, no todo ou em parte, bem como onde
momento da ação ou omissão, ainda que outro se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
seja o momento do resultado.

MACETE:
Dica:
Lugar do crime – Teoria da Ubiquidade
Leis temporárias: vigoram durante um
período (ex.: copa do mundo) Tempo do crime – Teoria da Atividade

Leis excepcionais: vigoram durante uma L.U.T.A


situação (ex.: estado de sítio).
Quem cometer crime durante a vigência Extraterritorialidade
dessas leis, responderá pelo fato, a não ser
que uma lei abolitiva revogue expressamente Art. 7º - FICAM SUJEITOS à LEI
a criminalização prevista. BRASILEIRA, embora cometidos no
estrangeiro:

I - Os crimes: (Extraterritorialidade
Súmula Nº 711 DO STF: A lei penal mais incondicionada)
grave aplica-se ao crime CONTINUADO e
ao crime PERMANENTE, se a sua vigência a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da
é anterior à cessação da continuidade ou República;
da permanência.
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União,
Territorialidade do Distrito Federal, de Estado, de Território, de
Município, de empresa pública, sociedade de
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem economia mista, autarquia ou fundação instituída
prejuízo de convenções, tratados e regras de pelo Poder Público;
direito internacional, ao crime cometido no
território nacional. (Princípio da c) contra a administração pública, por quem está
territorialidade temperada ou mitigada) a seu serviço;
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d) de genocídio, quando o agente for brasileiro crime, quando diversas, ou nela é computada,
ou domiciliado no Brasil; quando idênticas.

II -Os crimes: (EXTRATERRITORIALIDADE Do crime


CONDICIONADA)

a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se


Relação de causalidade
obrigou a reprimir;
Art. 13 - O resultado, de que depende a
b) praticados por brasileiro (nato ou existência do crime, somente é imputável a
naturalizado); quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação
ou omissão sem a qual o resultado não teria
ocorrido.
c) praticados em aeronaves ou embarcações
brasileiras, mercantes ou de propriedade
privada, quando em território estrangeiro e aí não Superveniência de causa independente
sejam julgados.
§ 1º - A superveniência de causa relativamente
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é PUNIDO independente exclui a imputação quando, POR
segundo a lei brasileira, ainda que absolvido SI SÓ, PRODUZIU OS RESULTADOS; os fatos
ou condenado no estrangeiro. anteriores, entretanto, imputam-se a quem os
praticou.
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei
brasileira depende do concurso das seguintes
condições: (ou seja, é cumulativa)

a) entrar o agente no território nacional;

b) ser o fato punível também no país em que foi


praticado; (Princípio da dupla tipicidade)

c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais


a lei brasileira autoriza a extradição;

d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro


ou não ter aí cumprido a pena;

e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro


ou, por outro motivo, não estar extinta a
punibilidade, segundo a lei mais favorável

§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime


cometido por estrangeiro contra brasileiro fora
do Brasil, se, reunidas as condições previstas
no parágrafo anterior: (Extraterritorialidade
hipercondicionada)

a) não foi pedida ou foi negada a extradição;

b) houve requisição do Ministro da Justiça.

Pena cumprida no estrangeiro

Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro


atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo

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Relevância da omissão

§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando


Concausas
o omitente devia e podia agir para evitar o
Concausa absolutamente independente resultado. O dever de agir incumbe a quem:
preexistente: morte por ingestão de veneno
(concausa), antes de receber um ferimento a) tenha por lei obrigação de Cuidado,
causado com intenção de matar (conduta). O Proteção ou Vigilância;
ferimento nada contribuiu para o resultado morte. P. V. C
O agente responderá por tentativa de
homicídio.
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade
Concausa absolutamente independente de impedir o resultado;
concomitante (ocorre junto à conduta): A e B
atiram contra C. Fica provado que o tiro de B c) com seu comportamento anterior, criou o
atingiu o coração e matou. O tiro de A atingiu o risco da ocorrência do resultado.
braço. O tiro de A nada contribuiu para o resultado
morte. Responderá por tentativa de homicídio.
Concausa absolutamente independentes Crime omissivo
superveniente (ocorre após a conduta): morte
por soterramento, em virtude de desabamento de Próprio: quando o agente tem o Dever de Agir,
prédio, depois de receber um ferimento causado mas deixa de fazer (descumpre uma norma).
com intenção de matar. O ferimento nada Ex.: omissão de socorro.
contribuiu para o resultado morte. Responderá Impróprio (comissivo por omissão): o agente
por tentativa de homicídio tem o dever de agir, mas da sua omissão resulta
Concausa relativamente independente uma conduta comissiva (como se ele tivesse
preexistente: pessoa portadora de hemofilia causado o resultado). Ex.: pai que deixa de
recebe um ferimento com intenção de matar. O socorrer o filho na piscina responde por
ferimento foi indispensável para o resultado morte, homicídio.
mas foi facilitado pela hemofilia. Responderá por
homicídio.
Concausa relativamente independente Art. 14 - Diz-se o crime:
concomitante: morte por ataque cardíaco no
instante em que recebe um ferimento com Crime consumado
intenção de matar. A conduta foi indispensável
para o resultado morte, pois contribuiu para o
I - CONSUMADO, quando nele se reúnem
susto da vítima e o consequente ataque cardíaco.
todos os elementos de sua definição legal;
Responde por homicídio.

Concausa relativamente independente Tentativa


superveniente: morte em decorrência de
acidente de carro a caminho de hospital, depois II - TENTADO, quando, iniciada a execução,
de receber um ferimento com intenção de matar. não se consuma por circunstâncias alheias à
O ferimento foi indispensável para o resultado vontade do agente.
morte, pois sem ele, a vítima não estaria no carro
a caminho do hospital. Mas o acidente, por si só,
resultou na morte. Responderá por tentativa de
homicídio.
Obs.: se o resultado morte estiver na linha natural
da conduta do agente (omissão no atendimento
médico), o agente responderá por homicídio.
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Pena de tentativa Arrependimento posterior

Parágrafo único - Salvo disposição em Art. 16 - Nos crimes cometidos sem


contrário, PUNE-SE a tentativa com a pena violência ou grave ameaça à pessoa, reparado
correspondente ao crime consumado, o dano ou restituída a coisa, até o recebimento
diminuída de um a dois terços. da denúncia ou da queixa, por ATO
VOLUNTÁRIO do agente, a pena será reduzida
de um a dois terços.

MACETE:
Resumo:
Infrações Penais que não admitem
tentativa: Arrependimento posterior:
Contravenções Penais - O crime já foi cometido, e vai responder por
Culposos (salvo, culpa imprópria) ele, então só pode reduzir a pena. Ex.: furto
- O crime precisa ser sem violência ou grave
Habituais ameaça.
- A reparação do dano ou a restituição da coisa
Omissivos próprios
deve ser até o RECEBIMENTO da
Unissubsistentes denúncia/queixa.
- Pena reduzida de 1/3 a 2/3
Preterdolosos
Atentado ou de Empreendimento
***INFORMATIVO 973 DO STF: aplica-se o
C.C.H.O.U.P.A
arrependimento posterior para o agente que fez
o ressarcimento da dívida principal antes do
Desistência voluntária e arrependimento
recebimento da denúncia, mas somente pagou
eficaz depois os juros e a correção monetária.
***INFORMATIVO 590 DO STJ: Não se aplica
Art. 15 - O agente que, o arrependimento posterior em homicídio
VOLUNTARIAMENTE, desiste de prosseguir na culposo na direção de veículo.
execução (Desistência Voluntária) ou impede
que o resultado se produza (Arrependimento
Eficaz), SÓ RESPONDE pelos atos já
praticados. Crime impossível

Resumo: Art. 17 - Não se pune a tentativa quando,


por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta
Arrependimento eficaz: pode deixar consumar,
impropriedade do objeto, é impossível
mas não quer e impede. Responde por atos já
consumar-se o crime.
praticados.
Desistência voluntária: consegue continuar, ***SÚMULA Nº 145 DO STF: “Não há crime
mas não quer. É a interrupção da execução do quando a preparação do flagrante pela polícia
crime por vontade do agente, que desiste. torna impossível a sua consumação”.
Responde pelos atos já praticados. ***SÚMULA Nº 567 DO STJ: “Sistema de
vigilância realizado por monitoramento
eletrônico ou por existência de segurança no
interior de estabelecimento comercial, por si só,
não torna impossível a configuração do crime
de furto.”

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Art. 18 - Diz-se o crime: Erro sobre elementos do tipo

Crime doloso Art. 20 - O erro sobre elemento


constitutivo do tipo legal de crime exclui o
I - DOLOSO, quando o agente quis o dolo, mas permite a punição por crime
resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; culposo, se previsto em lei.

Crime culposo Descriminantes putativas

§ 1º - É isento de pena quem, por erro


II - CULPOSO, quando o agente deu causa ao
plenamente justificado pelas circunstâncias,
resultado por imprudência, negligência ou
supõe situação de fato que, se existisse,
imperícia.
tornaria a ação legítima. Não há isenção de
pena quando o erro deriva de culpa e o fato é
Parágrafo único - Salvo os casos
punível como crime culposo.
expressos em lei, ninguém pode ser punido por
fato previsto como crime, senão quando o pratica
dolosamente. Erro determinado por terceiro

§ 2º - Responde pelo crime o terceiro que


determina o erro.
Dica
Erro sobre a pessoa
Dolo direto: o agente quer praticar a conduta
e quer o resultado.
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a
Dolo eventual ou indireto: o agente não quer qual o crime é praticado não isenta de pena. Não
diretamente o resultado, mas o aceite como se consideram, neste caso, as condições ou
possível ou provável. qualidades da vítima, senão as da pessoa
contra quem o agente queria praticar o crime.
Culpa consciente: o agente prevê o resultado, Ex.: Iria matar o atual da ex esposa, mas matou o
mas acredita que ele não vá acontecer. irmão dela. Vai responder como se tivesse matado
o atual.
Culpa inconsciente: o agente não prevê o
resultado, que é previsível. Erro sobre a ilicitude do fato
Obs.: No dolo eventual e culpa consciente, o
agente prevê o resultado em ambos. No dolo Art. 21 - O desconhecimento da lei é
eventual, o agente aceita o risco e na culpa inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se
consciente, o agente acredita que ele não inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá
ocorrerá. diminuí-la de um sexto a um terço.

Imprudência: falta de cuidado Parágrafo único - Considera-se evitável o


erro se o agente atua ou se omite sem a
Negligência: não praticar ato que deveria
consciência da ilicitude do fato, quando lhe era
Imperícia: falta de técnica/habilidade/perícia. possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa
consciência.

Agravação pelo resultado

Art. 19 - Pelo resultado que agrava


especialmente a pena, só responde o agente
que o houver causado ao menos culposamente.

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Coação irresistível e obediência hierárquico, só é punível o autor da coação ou
hierárquica da ordem.

Exclusão de ilicitude
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação
(moral) irresistível ou em estrita obediência a
ordem, não manifestamente ilegal, de superior Art. 23 - Não há crime quando o agente
pratica o fato:

I - Em estado de necessidade;
Resumo:
Coação Moral: exclui a culpabilidade II - Em legítima defesa;

Coação Física: exclui a tipicidade III - Em estrito cumprimento de dever legal ou


no exercício regular de direito.
Elementos da culpabilidade:
- Potencial consciência da ilicitude Excesso punível
- Exigibilidade de conduta diversa
Parágrafo único - O agente, em
- Imputabilidade qualquer das hipóteses deste artigo,
responderá pelo excesso doloso ou
Excludentes de culpabilidade culposo.
Obediência hierárquica: estrita obediência à
ordem hierárquica, não manifestamente ilegal. Estado de necessidade
Ausência de exigibilidade de conduta diversa,
não há culpabilidade. Art. 24 - Considera-se em estado de
Ex.: policial, que por ordem manifestamente necessidade quem pratica o fato para salvar de
ilegal da autoridade, prive de liberdade perigo atual (Não abrange iminente), que não
alguém, vítima de prisão ilegal. Só é punível o provocou por sua vontade, nem podia de outro
autor da coação modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável
Coação moral irresistível: imposição de um exigir-se.
comportamento, mediante uma grave ameaça.
Ausência de exigibilidade de conduta diversa, § 1º - Não pode alegar estado de
não há culpabilidade. necessidade quem tinha o dever legal de
Ex.: mãe coagida a subtrair uma bolsa pelo enfrentar o perigo.
indivíduo, que ameaça o seu filho de morte.
Há vontade, mas não livremente formada pelo § 2º - Embora seja razoável exigir-se o
agente. Só é punível o autor da coação. sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser
reduzida de um a dois terços.
Inimputabilidade
Incapacidade de entender o caráter ilícito do Legítima defesa
fato. Se há ausência de imputabilidade, não há
culpabilidade. Art. 25 - Entende-se em legítima defesa
quem, usando moderadamente dos meios
- Menor de 18 anos necessários, repele injusta agressão, atual ou
- Embriaguez completa proveniente de caso iminente, a direito seu ou de outrem.
fortuito ou força maior (embriaguez acidental)
Parágrafo único. Observados os
- Doença mental ou desenvolvimento mental requisitos previstos no caput deste artigo,
incompleto ou retardado considera-se também em legítima defesa o
agente de segurança pública que repele agressão

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ou risco de agressão a vítima mantida refém Art. 28 - Não excluem a imputabilidade
durante a prática de crimes penal:

DA IMPUTABILIDADE PENAL Emoção e paixão


Inimputáveis
I - A emoção ou a paixão;
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por
doença mental ou desenvolvimento mental Embriaguez
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação
ou da omissão, inteiramente incapaz de II - A embriaguez, voluntária ou culposa, pelo
entender o caráter ilícito do fato ou de álcool ou substância de efeitos análogos.
determinar-se de acordo com esse
entendimento. § 1º - É isento de pena o agente que, por
embriaguez completa, proveniente de caso
Redução de pena fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação
ou da omissão, inteiramente incapaz de
Parágrafo único - A pena pode ser entender o caráter ilícito do fato ou de
reduzida de um a dois terços, se o agente, em determinar-se de acordo com esse
virtude de perturbação de saúde mental ou por entendimento.
desenvolvimento mental incompleto ou
retardado não era inteiramente capaz de § 2º - A pena pode ser reduzida de um a
entender o caráter ilícito do fato ou de dois terços, se o agente, por embriaguez,
determinar-se de acordo com esse proveniente de caso fortuito ou força maior, não
entendimento. possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a
plena capacidade de entender o caráter ilícito
Menores de dezoito anos do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos
são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos Resumo:
às normas estabelecidas na legislação especial.
(Conforme o Estatuto da Criança e do Não exclui a imputabilidade penal:
Adolescente - ECA)
Emoção ou paixão
***SÚMULA Nº 74 DO STJ: “Para efeitos ➔ Embriaguez
penais, o reconhecimento da menoridade do
réu requer prova por documento hábil.” Voluntária (dolosa ou culposa): imputável
Preordenada: imputável + agravante
Acidental completa (caso fortuito ou força
maior): inimputável
Resumo: Acidental parcial (caso fortuito ou força maior):
imputável com redução de pena
Menoridade penal
Patológica: deve ser verdadeiramente
Menor de 18 anos: inimputável doentia para ser inimputável. Não pode ser
apenas embriaguez habitual.
➔ Doença mental e desenvolvimento
mental incompleto ou retardado
- Deve possuir a doença
DO CONCURSO DE PESSOAS

- Se for inteiramente capaz de entender o fato: Art. 29 - Quem, de qualquer modo,


isenta de pena concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.
- Se for parcialmente capaz de entender o fato:
reduz de 1/3 a 2/3

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§ 1º - Se a participação for de menor seguida a injusta provocação da vítima, o juiz
importância, a pena pode ser diminuída de um pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
sexto a um terço.

§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar


- VALOR MORAL: motivo nobre de
de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a
pena deste; essa pena será aumentada até caráter INDIVIDUAL.
metade, na hipótese de ter sido previsível o - VALOR SOCIAL: motivo sobre de caráter
resultado mais grave. COLETIVO.

Circunstâncias incomunicáveis

Art. 30 – NÃO SE COMUNICAM as


Homicídio qualificado (Todo
circunstâncias e as condições de caráter
homicídio qualificado é crime hediondo)
pessoal, salvo quando elementares do crime.

Casos de impunibilidade § 2° Se o homicídio é cometido:

Art. 31 - O ajuste, a determinação ou I - Mediante paga ou promessa de recompensa,


instigação e o auxílio, salvo disposição ou por outro motivo torpe;
expressa em contrário, não são puníveis, se o
crime não chega, pelo menos, a ser tentado II - Por motivo fútil;

PARTE ESPECIAL III - Com emprego de veneno, fogo, explosivo,


asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou
DOS CRIMES cruel, ou de que possa resultar perigo comum;

IV - À traição, de emboscada, ou mediante


dissimulação ou outro recurso que dificulte ou
Obs.: Como o edital especificou os crimes,
todos os crimes são importantes. Caso tivesse torne impossível a defesa do ofendido;
colocado apenas o título, indicaríamos os que
mais caem. Estude bem cada um deles e suas V - Para assegurar a execução, a ocultação, a
nuances e revise bastante. Não decore as impunidade ou vantagem de outro crime:
penas! Apenas leia. Com o tempo, você vai
lembrar naturalmente algumas. Pena - reclusão, de doze a trinta anos

DOS CRIMES CONTRA A PESSOA Feminicídio (também é uma qualificadora


de homicídio)
DOS CRIMES CONTRA A VIDA VI - Contra a mulher por razões da condição de
sexo feminino:
Homicídio simples
VII – Contra autoridade ou agente
descrito nos arts.142 (Exército, Marinha e
Art. 121. Matar alguém: Aeronáutica) e 144 da Constituição Federal
(PF, PRF, PFF, PC, PM e BM), integrantes do
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. sistema prisional e da Força Nacional de
Segurança Pública, no exercício da função ou
Caso de diminuição de pena (HOMICÍDIO em decorrência dela, ou contra seu cônjuge,
PRIVILEGIADO) companheiro ou parente consanguíneo até
terceiro grau, em razão dessa condição:
§ 1º Se o agente COMETE o crime impelido por
motivo de relevante valor social ou moral, ou
sob o domínio de violenta emoção, logo em

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VIII - Com emprego de arma de fogo de uso
restrito ou proibido: Resumo:
Sendo culposo, aumenta de 1/3, se:
IX - Contra menor de 14 (quatorze) anos:
- Resulta de inobservância de regra técnica de
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. profissão, arte ou ofício
- O agente deixa de prestar socorro, não
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição
procura diminuir as consequências do seu ato
de sexo feminino quando o crime envolve:
ou foge pra evitar a prisão
I - Violência doméstica e familiar; Sendo doloso, aumenta de 1/3, se:

II - Menosprezo ou discriminação à condição de Praticado contra menor de 14 ou maior de 60


mulher.

§ 2º-B. A pena do homicídio contra menor de 14 § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o


(quatorze) anos é aumentada de: juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as
consequências de a infração atingirem o
I - 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é próprio agente de forma tão grave que a sanção
pessoa com deficiência ou com doença que penal se torne desnecessária. (Perdão
implique o aumento de sua Judicial)
vulnerabilidade;
§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a
II - 2/3 (dois terços) se o autor é ascendente, metade se o crime for praticado por milícia
padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, privada, sob o pretexto de prestação de
companheiro, tutor, curador, preceptor ou serviço de segurança, ou por grupo de
empregador da vítima ou por qualquer outro extermínio.
título tiver autoridade sobre ela.
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de
1/3 (um terço) até a metade se o crime for
praticado:
Homicídio culposo
I - Durante a gestação ou nos 3 (três) meses
§ 3º Se o homicídio é CULPOSO: posteriores ao parto;

Pena - detenção, de um a três anos. II - Contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos,


com deficiência ou com doenças
Aumento de pena degenerativas que acarretem condição
limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada
de 1/3 (um terço), se o crime resulta de III - Na presença física ou virtual de
inobservância de regra técnica de profissão, descendente ou de ascendente da vítima;
arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro à vítima, não procura IV – Em descumprimento das medidas
diminuir as consequências do seu ato, ou foge protetivas de urgência previstas nos incisos
para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de
homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um 7 de agosto de 2006.
terço) se o crime é praticado contra pessoa
menor de 14 (quatorze) ou maior de 60
(sessenta) anos.

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Crime é praticado contra


1/3 pessoa:
RESUMO DE HOMICÍDIOS Homicídio - Menor de 14 (quatorze); ou
Doloso - Maior de 60 (sessenta) anos.
Homicídio Simples:
Matar alguém
Pena – Reclusão de 6 a 20 anos
Homicídio Qualificado: Crime for praticado por:
- Mediante paga ou promessa de recompensa, - milícia privada, sob o
ou por outro motivo torpe; 1/3 até 1/2 pretexto de prestação de
- Por motivo fútil; serviço de segurança; ou
- Com emprego de veneno, fogo, explosivo, - grupo de extermínio
asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, - contra pessoa menor de 14
ou de que possa resultar perigo comum; (catorze) anos, maior de 60
- À traição, de emboscada, ou mediante (sessenta) anos, com
dissimulação ou outro recurso que dificulte ou deficiência ou portadora de
torne impossível a defesa do ofendido; doenças degenerativas que
- Para assegurar a execução, a ocultação, a acarretem condição limitante
impunidade ou vantagem de outro crime; ou de vulnerabilidade física ou
- Contra a mulher por razões da condição de 1/3 até 1/2 mental;
sexo feminino; Feminicídio - na presença física ou virtual
- Contra autoridade ou agente descrito no art. de descendente ou de
142 (PF. PRF. PFF, PC, PP. PM E CBM) da ascendente da vítima;
Constituição Federal, integrantes do sistema - em descumprimento das
prisional e da Força Nacional de Segurança medidas protetivas de
Pública, no exercício da função ou em urgência previstas nos incisos
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, I, II e III do caput do art. 22 da
companheiro ou parente consanguíneo até Lei nº 11.340, de 7 de agosto
terceiro grau, em razão dessa condição. de 2006.
- Emprego de arma de fogo de uso restrito ou
proibido: Perdão Judicial:
Pena – Reclusão de 12 a 30 anos Homicídio Culposo - juiz pode deixar de aplicar
Homicídio Culposo: a pena, se as consequências de a infração
Se o homicídio é culposo atingirem o próprio agente de forma tão grave
Pena – Detenção de 1 a 3 anos que a sanção penal se torne desnecessária.
Causa de Diminuição:
- Motivo de relevante valor
1/6 a 1/3 moral ou social;
Homicídio - Sob o domínio de violenta
Privilegiado emoção, logo em seguida a
injusta provocação da vítima.
Causas de Aumento: DA RIXA
- Crime resulta de
inobservância de regra técnica
de profissão, arte ou ofício; RIXA
1/3 - Agente deixa de prestar
Homicídio imediato socorro à vítima; Art. 137 - Participar de rixa, salvo para
Culposo - Agente não procura diminuir separar os contendores:
as consequências do seu ato;
ou Pena - detenção, de quinze dias a dois meses,
- Agente foge para evitar prisão ou multa.
em flagrante.
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão
corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato

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da participação na rixa, a pena de detenção, de explosivo ou de artefato análogo que cause
seis meses a dois anos. perigo comum.

DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO § 4º-B. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8


(oito) anos, e multa, se o furto mediante fraude
é cometido por meio de dispositivo eletrônico
DO FURTO ou informático, conectado ou não à rede de
computadores, com ou sem a violação de
mecanismo de segurança ou a utilização de
Art. 155 - Subtrair, para si ou para
programa malicioso, ou por qualquer outro
outrem, coisa alheia móvel:
meio fraudulento análogo.
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 4º-C. A pena prevista no § 4º-B deste artigo,
considerada a relevância do resultado
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime gravoso:
é praticado durante o repouso noturno.
I – Aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois
OBS: A ÚNICA AUMENTATIVA DO FURTO É terços), se o crime é praticado mediante a
O REPOUSO NOTURNO! utilização de servidor mantido fora do território
nacional;
- Incide durante a noite. Vítima pode estar
dormindo ou não II – Aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se
- Aplica-se também em casa desabitada o crime é praticado contra idoso ou vulnerável.

§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de § 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos,


pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode se a subtração for de veículo automotor que
substituir a pena de reclusão pela de detenção, venha a ser transportado para outro Estado ou
diminuí-la de um a dois terços, OU aplicar para o exterior.
somente a pena de multa.
§ 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco)
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a anos se a subtração for de semovente
energia elétrica ou qualquer outra que tenha domesticável de produção, ainda que abatido
valor econômico. ou dividido em partes no local da
subtração.
Furto qualificado
§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10
(dez) anos e multa, se a subtração for de
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito
substâncias explosivas ou de acessórios que,
anos, e multa, se o crime for cometido:
conjunta ou isoladamente, possibilitem sua
fabricação, montagem ou emprego.
I - Com destruição ou rompimento de obstáculo
à subtração da coisa; (Qualificadora objetiva)
Furto de coisa comum
II - Com abuso de confiança, ou mediante
Art. 156 - Subtrair o condômino, coerdeiro
fraude, escalada ou destreza; (Qualificador
ou sócio, para si ou para outrem, a quem
Subjetiva)
legitimamente a detém, a coisa comum:
III - Com emprego de chave falsa;
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou
(Qualificadora Objetiva)
multa.
IV - Mediante concurso de duas ou mais
§ 1º - Somente se procede mediante
pessoas. (Qualificadora Objetiva)
representação.
§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10
§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum
(dez) anos e multa, se houver emprego de
fungível, cujo valor não excede a quota a que

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tem direito o agente. (CAUSA DE EXCLUSÃO DE VII - Se a violência ou grave ameaça é exercida
ILICITUDE) com emprego de arma branca;

§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois


DO ROUBO E DA EXTORSÃO terços):

I – Se a violência ou ameaça é exercida com


Roubo emprego de arma de fogo;

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para


si ou para outrem, mediante grave ameaça ou SÚMULAS:
violência a pessoa (Violência Própria), ou
depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido Só portar é insuficiente, deve-se usar a arma
à impossibilidade de resistência (Violência para aplicar a majorante.
imprópria):
- Arma de brinquedo: não aumenta.
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
- Arma sem munição: não aumenta.

***SÚMULA Nº DO STJ: “Consuma-se o crime - Arma totalmente quebrada: não aumenta.


de roubo com a inversão da posse do bem
- Arma relativamente quebrada: aumenta.
mediante emprego de violência ou grave
ameaça, ainda que por breve tempo e em
seguida à perseguição imediata ao agente e
recuperação da coisa roubada, sendo II – Se há destruição ou rompimento de
prescindível a posse mansa e pacífica ou obstáculo mediante o emprego de explosivo ou
desvigiada.” de artefato análogo que cause perigo
comum.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo
depois de subtraída a coisa, emprega violência § 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é
contra pessoa ou grave ameaça, a fim de exercida com emprego de arma de fogo de uso
assegurar a impunidade do crime ou a restrito ou proibido, aplica-se em dobro a pena
detenção da coisa para si ou para terceiro. prevista no caput deste artigo.
§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) § 3º Se da violência resulta:
até metade:
I – Lesão corporal grave, a pena é de reclusão
II - Se há o concurso de duas ou mais pessoas; de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e multa;
III - Se a vítima está em serviço de transporte II – Morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a
de valores e o agente conhece tal 30 (trinta) anos, e multa.
circunstância.

IV - Se a subtração for de veículo automotor que


venha a ser transportado para outro Estado ou ***SÚMULA Nº 610 DO STF: “Há crime de
para o exterior; latrocínio quando o homicídio se consuma,
ainda que não se realize o agente a
V - Se o agente mantém a vítima em seu poder, subtração de bens da vítima.”
restringindo sua liberdade.

VI – Se a subtração for de substâncias


explosivas ou de acessórios que, conjunta ou
isoladamente, possibilitem sua fabricação,
montagem ou emprego.

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RESUMO DE FURTO RESUMO DE ROUBO:

Furto Simples: Roubo Próprio:


- Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para
móvel outrem, mediante grave ameaça ou violência a
Pena – Reclusão de 1 a 4 anos e multa. pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer
Furto Qualificado: meio, reduzido à impossibilidade de resistência.
- Destruição ou rompimento de obstáculo à Pena – Reclusão de 4 a 10 e multa.
subtração da coisa; - abuso de confiança, fraude, Roubo Impróprio ou Por Equiparação:
escalada ou destreza; - Na mesma pena incorre quem, logo depois de
subtraída a coisa, emprega violência contra
- Emprego de chave falsa; - concurso de duas ou pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a
mais pessoas. impunidade do crime ou a detenção da coisa
Pena - Reclusão de 2 a 8 anos e multa para si ou para terceiro.
- Subtração for de semovente domesticável de Roubo Majorado:
produção, ainda que abatido ou dividido em - Concurso de duas ou mais
partes no local da subtração pessoas;
Pena - Reclusão de 2 a 5 anos - Vítima está em serviço de
- Subtração for de veículo automotor que venha a transporte de valores e o agente
ser transportado para outro Estado ou para o conhece tal circunstância;
exterior - Subtração for de veículo
Pena - Reclusão de 3 a 8 anos automotor que venha a ser
- Emprego de explosivo ou de artefato análogo transportado para outro Estado ou
que cause perigo comum para o exterior;
- Subtração for de substâncias explosivas ou de - Agente mantém a vítima em seu
acessórios que, conjunta ou isoladamente, 1/3 até 1/2 poder, restringindo sua liberdade;
possibilitem sua fabricação, montagem ou - Subtração for de substâncias
emprego. explosivas ou de acessórios que,
Pena - Reclusão de 4 a 10 anos e multa. conjunta ou isoladamente,
possibilitem sua fabricação,
Furto Privilegiado: montagem ou emprego;
> REQUISITOS: - Violência ou grave ameaça é
- Agente primário; e exercida com emprego de arma
- Pequeno valor a coisa furtada. branca.
*Furto Qualificado-privilegiado: qualificadora - Violência ou ameaça é exercida
objetiva (Súmula nº 511, STJ). com emprego de arma de fogo;
> BENEFÍCIOS: - Destruição ou rompimento de
- Substituição da pena de Reclusão p/ de 2/3 obstáculo mediante o emprego de
Detenção; explosivo ou de artefato análogo
- Diminuição da pena de 1/3 a 2/3; ou que cause perigo comum.
- Aplicação somente de pena de multa.
Causa de Aumento: - Se a violência ou grave ameaça
Dobro é exercida com emprego de arma
- Praticado durante o
de fogo de uso restrito ou proibido.
1/3 repouso noturno
Roubo Qualificado:
Equiparação a Coisa Móvel: - Resulta lesão corporal grave
- Energia elétrica; ou Pena - Reclusão 7 a 18 anos e multa
Qualquer outra que tenha valor econômico. - Resulta morte (latrocínio)
Pena – Reclusão 20 a 30 anos e multa

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previstas no art. 159, §§ 2o e 3o,
respectivamente. (SEQUESTRO RELÂMPAGO)
MACETE:
Dica
Subtração consumada + Morte tentada =
ROUBO: - agente busca vantagem imediata;
Latrocínio Tentado Extorsão mediante sequestro
- colaboração da vítima é dispensável;
- o objeto
Subtração é coisa+ alheia
tentada Mortemóvel.
tentada =
Latrocínio Tentado Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de
EXTORSÃO: - agente busca vantagem
obter, para si ou para outrem, qualquer
mediata(futura).
Subtração consumada + Morte consumada = vantagem, como condição ou preço do
- colaboração da vítima é
Latrocínio Consumado resgate:
indispensável
Subtração tentada + éMorte
- o objeto consumada
a vantagem =
indevida Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
Latrocínio Consumado
(coisa alheia móvel ou imóvel)
STJ: O crime se consuma independentemente § 1o Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e
quatro) horas, se o sequestrado é menor de 18
da obtenção de vantagem
(dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se
o crime for cometido por bando ou quadrilha.

Extorsão ➢ Dura mais que 24 horas


➢ Sequestrado < 18 anos
Art. 158 - CONTRANGER alguém, ➢ Sequestrado > 60 anos
mediante violência ou grave ameaça, e com o ➢ Cometido por bando ou quadrilha
intuito de obter para si ou para outrem indevida
vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça Pena - reclusão, de doze a vinte anos.
ou deixar de fazer alguma coisa:
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. natureza grave.

§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro
pessoas, ou com emprego de arma, aumenta- anos.
se a pena de um terço até metade.
§ 3º - Se resulta a morte:
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante
violência o disposto no § 3º do artigo anterior. Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.

Art. 157 (...) § 3º Se da violência Sequestro Extorsão mediante


resulta: Relâmpago sequestro

I – Lesão corporal grave, a pena é de Colaboração da Colaboração da


reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, vítima é vítima é dispensável
E multa; indispensável
II – Morte, a pena é de reclusão de 20 Não depende de Depende de terceiro
(vinte) a 30 (trinta) anos, E terceiro
multa. Não é hediondo É hediondo

§ 3o Se o crime é cometido mediante a restrição


da liberdade da vítima, e essa condição é § 4º - Se o crime for cometido em concurso, o
necessária para a obtenção da vantagem concorrente que o denunciar à autoridade,
econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a facilitando a libertação do sequestrado, terá
12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão sua pena reduzida de um a dois terços.
corporal grave ou morte, aplicam-se as penas

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DOS CRIMES CONTRA A Peculato mediante erro de outrem
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou
Peculato qualquer utilidade que, no exercício do cargo,
recebeu por erro de outrem (Peculato
estelionato):
Art. 312 - Apropriar-se (Peculato
Apropriação) o funcionário público de dinheiro,
valor ou qualquer outro bem móvel, público ou Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
particular, de que tem a posse em razão do
cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou Inserção de dados falsos em sistema de
alheio (Peculato Próprio): informações

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o
funcionário AUTORIZADO, a inserção de
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o dados falsos, alterar ou excluir indevidamente
funcionário público, embora não tendo a posse dados corretos nos sistemas informatizados ou
do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou bancos de dados da Administração Pública com o
concorre para que seja subtraído (Peculato fim de obter vantagem indevida para si ou para
Furto), em proveito próprio ou alheio, valendo- outrem ou para causar dano:
se de facilidade que lhe proporciona a qualidade
de funcionário (Peculato Impróprio). Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
multa.
Peculato culposo
Modificação ou alteração não autorizada
§ 2º - Se o funcionário concorre de sistema de informações
culposamente para o crime de outrem:
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o
Pena - detenção, de três meses a um ano. funcionário, sistema de informações ou
programa de informática sem autorização ou
solicitação de autoridade competente:

Único crime contra a administração Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois)


pública praticado por funcionário público que é anos, e multa.
CULPOSO.
Parágrafo único. As penas são aumentadas de
um terço até a metade se da modificação ou
alteração resulta dano para a Administração
Pública ou para o administrado.
MACETE DE PECULATO CULPOSO:
- ANTES da sentença transitada em julgado Concussão
= Extinção da Punibilidade.
- APÓS a sentença transitada em Julgado = Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem,
Diminuição pela metade da pena Imposta. direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela,
§ 3º - No caso do parágrafo anterior vantagem INDEVIDA:
(Peculato Culposo), a REPARAÇÃO DO DANO,
se precede à sentença irrecorrível, extingue a Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
punibilidade; se lhe é posterior, reduz de multa.
metade a pena imposta.

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Corrupção passiva Parágrafo único - A pena é aumentada de um
terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o
funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou pratica infringindo dever funcional.
para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função ou antes de assumi-la, mas em Como diferenciar se é concussão, corrupção
razão dela, vantagem indevida, ou aceitar ativa ou corrupção passiva? Atente-se para o
promessa de tal vantagem: verbo.
Concussão (o Exigir
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e funcionário é quem
multa. pratica)
Corrupção passiva (o Solicitar ou receber
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, funcionário é quem
em consequência da vantagem ou promessa, o pratica.
funcionário RETARDA ou DEIXA DE PRATICAR
Corrupção ativa (o Oferecer ou
qualquer ato de ofício ou o PRATICA
particular é quem prometer
infringindo dever funcional.
pratica)
§ 2º - Se o funcionário PRATICA, DEIXA DE
PRATICAR ou RETARDA ato de ofício, com
infração de dever funcional, cedendo a pedido
ou influência de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou


multa.

Prevaricação

Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar,


indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo
contra disposição expressa de lei, para
satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e


multa.

Art. 319-A. Deixar o Diretor de


Penitenciária e/ou agente público, de cumprir
seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho
telefônico, de rádio ou similar, que permita a
comunicação com outros presos ou com o
ambiente externo:

Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano

Corrupção ativa

Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem


indevida a funcionário público, para determiná-
lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e


multa.

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Noções de Direito Processual Penal ou de presunção de ser ele o autor da infração,
ou os motivos de impossibilidade de o fazer;

DO INQUÉRITO POLICIAL c) a nomeação das testemunhas, com


indicação de sua profissão e residência.

§ 2o Do despacho que indeferir o


CONCEITO: É um procedimento requerimento de abertura de inquérito caberá
administrativo preliminar, presidido pela recurso para o chefe de Polícia.
autoridade policial (delegado), com o objetivo
de apurar a autoria, materialidade da infração e § 3o Qualquer pessoa do povo que tiver
as circunstâncias da infração, e a sua finalidade conhecimento da existência de infração penal em
é contribuir na formação do convencimento que caiba ação pública poderá, verbalmente ou
(opinião delitiva) do titular da ação penal, que por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e
em regra é o Ministério Público e esta, verificada a procedência das informações,
excepcionalmente a vítima (querelante). mandará instaurar inquérito. (Delatio Criminis
Simples)

Art. 4º A polícia judiciária será exercida § 4o O inquérito, nos crimes em que a


pelas autoridades policiais no território de ação pública depender de representação, não
suas respectivas circunscrições e terá por fim a poderá sem ela ser iniciado. (Delatio criminis
apuração das infrações penais e da sua autoria. postulatória)

Parágrafo único. A competência definida § 5o Nos crimes de ação privada, a


neste artigo não excluirá a de autoridades autoridade policial SOMENTE poderá proceder
administrativas, a quem por lei seja cometida a a inquérito a requerimento de quem tenha
mesma função. qualidade para intentá-la.

***SÚMULA Nº 234 DO STJ: “A participação


de membro do Ministério Público na fase ***INFORMATIVO 659 DO STJ: é ilícita a prova
investigatória criminal não acarreta o seu obtida por meio de revista íntima realizada com
impedimento ou suspeição para o base unicamente em denúncia anônima.
oferecimento da denúncia.”
***INFORMATIVO 819 DO STF: “Não é
possível decretar medida de busca e apreensão
Art. 5o Nos crimes de ação pública o
com base unicamente em “denúncia anônima”.
inquérito policial será iniciado:

I - De ofício;

II - Mediante requisição da autoridade


judiciária ou do Ministério Público, ou a
requerimento do ofendido ou de quem tiver
qualidade para representá-lo.

§ 1o O requerimento a que se refere o no II


conterá SEMPRE QUE POSSÍVEL:

a) a narração do fato, com todas as


circunstâncias;

b) a individualização do indiciado ou seus


sinais característicos e as razões de convicção

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e social, sua condição econômica, sua atitude e
- Ação Pública Incondicionada (art. 5º estado de ânimo antes e depois do crime e durante
caput): de ofício, pela autoridade policial, que ele, e quaisquer outros elementos que
elabora portaria inaugural; por requisição do juiz; contribuírem para a apreciação do seu
por requisição do Ministério Público; por temperamento e caráter.
requerimento do ofendido ou seu
representante legal; ou por auto de prisão em X - Colher informações sobre a existência
flagrante. de filhos, respectivas idades e se possuem
alguma deficiência e o nome e o contato de
- Ação Penal Pública Condicionada a eventual responsável pelos cuidados dos
Representação (Art. 5º, § 4º): por filhos, indicado pela pessoa presa.
representação do ofendido ou seu procurador;
ou por requisição do Ministro da Justiça, Art. 7o Para verificar a possibilidade de
quando cabível. haver a infração sido praticada de determinado
modo, a autoridade policial poderá proceder à
- Ação Penal Privada (Art. 5º, § 5º): por reprodução simulada dos fatos, desde que esta
requerimento do ofendido. não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
(RECONSTITUIÇÃO DO CRIME)
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da
prática da infração penal, a autoridade policial Obs.: O investigado poderá́ ser conduzido
deverá: coercitivamente à reprodução, mas não poderá
ser obrigado a participar.
I - Dirigir-se ao local, providenciando para
que não se alterem o estado e conservação das Art. 8o Havendo prisão em flagrante, será
coisas, até a chegada dos peritos criminais; observado o disposto no Capítulo II do Título IX
deste Livro.
II - Apreender os objetos que tiverem
relação com o fato, após liberados pelos peritos Art. 9o Todas as peças do inquérito policial
criminais; serão, num só processado, reduzidas a escrito
ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela
III - colher todas as provas que servirem autoridade. (Inquérito Policial é ESCRITO)
para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias; Art. 10. O inquérito DEVERÁ terminar
no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido
IV - Ouvir o ofendido; preso em flagrante, ou estiver preso
preventivamente, contado o prazo, nesta
V - Ouvir o indiciado, com observância, no hipótese, a partir do dia em que se executar a
que for aplicável, do disposto no, devendo o ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando
respectivo termo ser assinado por duas estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
Preso Solto
VI - Proceder a reconhecimento de
pessoas e coisas e a acareações; CPP (Regra) 10 dias 30 dias

VII - Determinar, se for caso, que se Lei de drogas 30 (+30) dias 90 (+90) dias
proceda a exame de corpo de delito e a
quaisquer outras perícias; Inquérito 20 dias 40 +(20) dias
militar
VIII - Ordenar a identificação do indiciado
pelo processo datiloscópico, SE POSSÍVEL, e § 1o A autoridade fará minucioso relatório do
fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz
competente.
IX - Averiguar a vida pregressa do
indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar

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§ 2o No relatório PODERÁ a autoridade II - O número do inquérito policial;
indicar testemunhas que não tiverem sido e
inquiridas, mencionando o lugar onde possam
ser encontradas. III - A identificação da unidade de polícia
judiciária responsável pela
§ 3o Quando o fato for de difícil elucidação, investigação.
e o indiciado estiver solto, a autoridade
PODERÁ requerer ao juiz a devolução dos Art. 13-B. Se necessário à PREVENÇÃO e
autos, para ulteriores diligências, que serão à REPRESSÃO dos crimes relacionados ao
realizadas no prazo marcado pelo juiz. tráfico de pessoas, o membro do Ministério
Público ou o delegado de polícia poderão
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem requisitar, mediante autorização judicial, às
como os objetos que interessarem à prova, empresas prestadoras de serviço de
acompanharão os autos do inquérito. telecomunicações e/ou telemática que
disponibilizem imediatamente os meios técnicos
adequados – como sinais, informações e
Art. 12. O inquérito policial outros – que permitam a localização da vítima
acompanhará a denúncia ou queixa, sempre ou dos suspeitos do delito em curso.
que servir de base a uma ou outra.
§ 1o Para os efeitos deste artigo, SINAL
Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade significa posicionamento da estação de
policial: cobertura, setorização e intensidade de
radiofrequência.
I – Fornecer às autoridades judiciárias as
informações necessárias à instrução e § 2o Na hipótese de que trata o caput, o
julgamento dos processos; SINAL:

II - Realizar as diligências requisitadas I - Não permitirá acesso ao conteúdo da


pelo juiz ou pelo Ministério Público; comunicação de qualquer natureza, que
DEPENDERÁ de autorização judicial, conforme
III - Cumprir os mandados de prisão disposto em lei;
expedidos pelas autoridades judiciárias;
II - Deverá ser fornecido pela prestadora de
IV - Representar acerca da prisão telefonia móvel celular por período não
preventiva. superior a 30 (trinta) dias, renovável por uma
única vez, por igual período;
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts.
148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 III - Para períodos superiores àquele de
do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de que trata o inciso II, será necessária a
1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, apresentação de ordem judicial.
de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente), o membro do Ministério Público § 3o Na hipótese prevista neste artigo, o
ou o delegado de polícia poderá requisitar, de inquérito policial DEVERÁ ser instaurado no
quaisquer órgãos do poder público ou de prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas,
empresas da iniciativa privada, dados e contado do registro da respectiva ocorrência
informações cadastrais da vítima ou de policial.
suspeitos.
§ 4o Não havendo manifestação judicial no
Parágrafo único. A requisição, que será prazo de 12 (doze) horas, a autoridade
atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, competente requisitará às empresas
conterá: prestadoras de serviço de telecomunicações
e/ou telemática que disponibilizem
I - O nome da autoridade imediatamente os meios técnicos adequados –
requisitante; como sinais, informações e outros – que permitam
a localização da vítima ou dos suspeitos do
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delito em curso, com imediata comunicação ao hipótese em que poderá ser indicado
juiz. profissional que não integre os quadros
próprios da Administração.
Art. 14. O ofendido, ou seu
representante legal, e o indiciado poderão § 5º Na hipótese de não atuação da
requerer qualquer diligência, que será Defensoria Pública, os custos com o patrocínio
realizada, ou não, a juízo da autoridade. dos interesses dos investigados nos
(Inquérito Policial É DISCRICIONÁRIO) procedimentos de que trata este artigo correrão
por conta do orçamento próprio da instituição
a que este esteja vinculado à época da
Art. 14-A. Nos casos em que servidores
ocorrência dos fatos investigados.
vinculados às instituições dispostas no art.
144 da Constituição Federal figurarem como
investigados em inquéritos policiais, § 6º As disposições constantes deste artigo
inquéritos policiais militares e demais se aplicam aos servidores militares vinculados
procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a às instituições dispostas no art. 142 da
investigação de fatos relacionados ao uso da força Constituição Federal, desde que os fatos
letal praticados no exercício profissional, de forma investigados digam respeito a missões para a
consumada ou tentada, incluindo as situações Garantia da Lei e da Ordem.
dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7
de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á
poderá constituir defensor. nomeado curador pela autoridade policial. Obs.:
Para a maioria da doutrina, o dispositivo foi
§ 1º Para os casos previstos no caput deste (TACITAMENTE REVOGADO pelo Código Civil)
artigo, o investigado deverá ser citado da
instauração do procedimento investigatório, Art. 16. O Ministério Público não
podendo constituir defensor no prazo de até 48 poderá requerer a devolução do inquérito à
(quarenta e oito) horas a contar do autoridade policial, senão para novas
recebimento da citação. diligências, imprescindíveis ao oferecimento
da denúncia.
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º
deste artigo com ausência de nomeação de
Art. 17. A autoridade policial NÃO
defensor pelo investigado, a autoridade
PODERÁ mandar arquivar autos de inquérito.
responsável pela investigação DEVERÁ intimar a
instituição a que estava vinculado o
investigado à época da ocorrência dos fatos, para Art. 18. Depois de ordenado o
que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) arquivamento do inquérito pela autoridade
horas, indique defensor para a representação do judiciária, por falta de base para a denúncia, a
investigado. autoridade policial PODERÁ proceder a novas
pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
§ 3º Havendo necessidade de indicação de
defensor nos termos do § 2º deste artigo, a defesa ***SÚMULA Nº 524 DO STF: “Arquivado o
caberá preferencialmente à Defensoria inquérito policial, por despacho do juiz, a
Pública, e, nos locais em que ela não estiver requerimento do promotor de justiça, não pode a
instalada, a União ou a Unidade da Federação ação penal ser iniciada sem novas provas”.
correspondente à respectiva competência
territorial do procedimento instaurado deverá
***SÚMULA VINCULANTE Nº 14: “É direito do
disponibilizar profissional para acompanhamento
e realização de todos os atos relacionados à defensor, no interesse do representado, ter
defesa administrativa do investigado. acesso amplo aos elementos de prova que,
já documentados em procedimento
§ 4º A indicação do profissional a que se investigatório realizado por órgão com
refere o § 3º deste artigo deverá ser precedida de competência de polícia judiciária, digam
manifestação de que não existe defensor respeito ao exercício do direito de defesa.”
público lotado na área territorial onde tramita o
inquérito e com atribuição para nele atuar,
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Art. 19. Nos crimes em que não couber DA AÇÃO PENAL
ação pública, os autos do inquérito serão
remetidos ao juízo competente, onde aguardarão
Art. 24. Nos crimes de ação pública,
a iniciativa do ofendido ou de seu
esta será promovida por denúncia do Ministério
representante legal, ou serão entregues ao
Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de
requerente, se o pedir, mediante traslado.
requisição do Ministro da Justiça, ou de
representação do ofendido ou de quem tiver
Art. 20. A autoridade assegurará no qualidade para representá-lo.
inquérito o sigilo necessário à elucidação do
fato ou exigido pelo interesse da sociedade. § 1o No caso de morte do ofendido ou
(Inquérito é sigiloso) quando declarado ausente por decisão judicial,
o direito de representação passará ao
Parágrafo único. Nos atestados de CÔNJUNGE, ASCENDENTES,
antecedentes que lhe forem solicitados, a DESCENDENTES ou
autoridade policial NÃO PODERÁ mencionar IRMÃO.
quaisquer anotações referentes a instauração C.A.D.I
de inquérito contra os requerentes.

Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado § 2o Seja qual for o crime, quando


dependerá sempre de despacho nos autos e praticado em detrimento do patrimônio ou
somente será permitida quando o interesse da interesse da União, Estado e Município, a ação
sociedade ou a conveniência da investigação o penal será pública.
exigir.
Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não
excederá de três dias, será decretada por Art. 25. A representação será
despacho fundamentado do Juiz, a requerimento IRRETRATÁVEL, depois de oferecida a
da autoridade policial, ou do órgão do Ministério denúncia.
Público, respeitado, em qualquer hipótese, o
disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Art. 26. A ação penal, nas contravenções,
Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou
27 de abril de 1963). Obs.: Para a maioria da por meio de portaria expedida pela autoridade
doutrina, o dispositivo NÃO FOI judiciária ou policial.
RECEPCIONADO pela CF, tendo em vista que
esta não admite a incomunicabilidade nem mesmo Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá
durante o estado de defesa. provocar a iniciativa do Ministério Público, nos
casos em que caiba a ação pública, fornecendo-
Art. 22. No Distrito Federal e nas lhe, por escrito, informações sobre o fato e a
comarcas em que houver mais de uma autoria e indicando o tempo, o lugar e os
circunscrição policial, a autoridade com elementos de convicção.
exercício em uma delas PODERÁ, nos inquéritos
a que esteja procedendo, ordenar diligências em Art. 28. Ordenado o arquivamento do
circunscrição de outra, independentemente de inquérito policial ou de quaisquer elementos
precatórias ou requisições, e bem assim informativos da mesma natureza, o órgão do
providenciará, até que compareça a autoridade Ministério Público comunicará à vítima, ao
competente, sobre qualquer fato que ocorra em investigado e à autoridade policial e
sua presença, noutra circunscrição. encaminhará os autos para a instância de
revisão ministerial para fins de homologação,
Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do na forma da lei.
inquérito ao juiz competente, a autoridade
policial oficiará ao Instituto de Identificação e § 1º Se a vítima, ou seu representante
Estatística, ou repartição congênere, legal, não concordar com o arquivamento do
mencionando o juízo a que tiverem sido inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta)
distribuídos, e os dados relativos à infração penal dias do recebimento da comunicação, submeter
e à pessoa do indiciado. a matéria à revisão da instância competente do

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órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva aumento e diminuição aplicáveis ao caso
lei orgânica. concreto.

§ 2º Nas ações penais relativas a crimes § 2º O disposto no caput deste artigo NÃO
praticados em detrimento da União, Estados e SE APLICA nas seguintes hipóteses:
Municípios, a revisão do arquivamento do
inquérito policial poderá ser provocada pela I - Se for cabível transação penal de
chefia do órgão a quem couber a sua competência dos Juizados Especiais Criminais,
representação judicial. nos termos da lei;

Art. 28-A. Não sendo caso de II - Se o investigado for reincidente ou se


arquivamento e tendo o investigado houver elementos probatórios que indiquem
confessado formal e circunstancialmente a conduta criminal habitual, reiterada ou
prática de infração penal sem violência ou grave profissional, exceto se insignificantes as
ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) infrações penais pretéritas;
anos, o Ministério Público poderá propor acordo
de não persecução penal, desde que III - Ter sido o agente beneficiado nos 5
necessário e suficiente para reprovação e (cinco) anos anteriores ao cometimento da
prevenção do crime, mediante as seguintes infração, em acordo de não persecução penal,
condições ajustadas cumulativa e transação penal ou suspensão condicional do
alternativamente: processo; e

I - Reparar o dano ou restituir a coisa à IV - Nos crimes praticados no âmbito de


vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo; violência doméstica ou familiar, ou praticados
contra a mulher por razões da condição de
II - Renunciar voluntariamente a bens e sexo feminino, em favor do agressor.
direitos indicados pelo Ministério Público como
instrumentos, produto ou proveito do crime; § 3º O acordo de não persecução penal
será formalizado por escrito e será firmado pelo
III - Prestar serviço à comunidade ou a membro do Ministério Público, pelo
entidades públicas por período correspondente à investigado e por seu defensor.
pena mínima cominada ao delito diminuída de
um a dois terços, em local a ser indicado pelo § 4º Para a homologação do acordo de
juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto- não persecução penal, será realizada audiência
Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código na qual o juiz deverá verificar a sua
Penal); voluntariedade, por meio da oitiva do
investigado na presença do seu defensor, e sua
IV - Pagar prestação pecuniária, a ser legalidade.
estipulada nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código § 5º Se o juiz considerar inadequadas,
Penal), a entidade pública ou de interesse social, insuficientes ou abusivas as condições
a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, dispostas no acordo de não persecução penal,
preferencialmente, como função proteger bens devolverá os autos ao Ministério Público para
jurídicos iguais ou semelhantes aos que seja reformulada a proposta de acordo,
aparentemente lesados pelo delito; ou com concordância do investigado e seu
defensor.
V - Cumprir, por prazo determinado, outra
condição indicada pelo Ministério Público, desde § 6º Homologado judicialmente o acordo
que proporcional e compatível com a infração de não persecução penal, o juiz devolverá os
penal imputada. autos ao Ministério Público para que inicie sua
execução perante o JUÍZO DE EXECUÇÃO
§ 1º Para aferição da pena mínima PENAL.
cominada ao delito a que se refere o caput deste
artigo, serão consideradas as causas de § 7º O juiz poderá recusar homologação à
proposta que não atender aos requisitos legais
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ou quando não for realizada a adequação a que Art. 31. No caso de morte do ofendido ou
se refere o § 5º deste artigo. quando declarado ausente por decisão judicial,
o direito de oferecer queixa ou prosseguir na
§ 8º Recusada a homologação, o juiz ação passará ao CÔNJUNGE, ASCENDENTES,
devolverá os autos ao Ministério Público para a DESCENDENTES ou IRMÃO.
análise da necessidade de complementação das
investigações ou o oferecimento da denúncia. C.A.D.I
§ 9º A vítima será intimada da homologação Obs.: Ainda que não esteja no rol do art. 31 do
do acordo de não persecução penal e de seu CPP, o nosso ordenamento equipara a união
descumprimento. estável ao casamento, nada impedindo que se
aplique a analogia (art. 3º, CPP), permitindo que
§ 10. Descumpridas quaisquer das tenha a companheira do ofendido o direito de
condições estipuladas no acordo de não prosseguir na ação.
persecução penal, o Ministério Público deverá
comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz,
posterior oferecimento de denúncia. a requerimento da parte que comprovar a sua
pobreza, nomeará advogado para promover a
§ 11. O descumprimento do acordo de não ação penal.
persecução penal pelo investigado também
poderá ser utilizado pelo Ministério Público § 1o Considerar-se-á pobre a pessoa que
como justificativa para o eventual não não puder prover às despesas do processo,
oferecimento de suspensão condicional do sem privar-se dos recursos indispensáveis ao
processo. próprio sustento ou da família.

§ 12. A celebração e o cumprimento do § 2o Será prova suficiente de pobreza o


acordo de não persecução penal não constarão atestado da autoridade policial em cuja
de certidão de antecedentes criminais, exceto circunscrição residir o ofendido.
para os fins previstos no inciso III do § 2º deste
artigo. Art. 33. Se o ofendido for MENOR DE 18
anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado
§ 13. Cumprido integralmente o acordo de mental, e não tiver representante legal, ou
não persecução penal, o juízo competente colidirem com os interesses deste com os
decretará a extinção de punibilidade. daquele, o direito de queixa PODERÁ ser
exercido por curador especial, nomeado, de
§ 14. No caso de recusa, por parte do ofício ou a requerimento do Ministério Público,
Ministério Público, em propor o acordo de não pelo juiz competente para o processo penal.
persecução penal, o investigado poderá
requerer a remessa dos autos a órgão Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 e
superior, na forma do art. 28 deste Código. maior de 18 anos, o direito de queixa poderá ser
exercido por ele ou por seu representante legal.
Art. 29. Será admitida ação privada nos
crimes de ação pública, se esta não for Art. 35. REVOGADO.
intentada no prazo legal, CABENDO ao
Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e Art. 36. Se comparecer mais de uma
oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos pessoa com direito de queixa, terá preferência
os termos do processo, fornecer elementos de o cônjuge, e, em seguida, o parente mais
prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso próximo na ordem de enumeração constante
de negligência do querelante, retomar a ação do art. 31 (C.A.D.I), podendo, entretanto,
como parte principal. (AÇÃO PENAL PRIVADA qualquer delas prosseguir na ação, caso o
SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA) querelante desista da instância ou a abandone.

Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha Art. 37. As fundações, associações ou


qualidade para representá-lo caberá intentar a sociedades legalmente constituídas poderão
ação privada. exercer a ação penal, devendo ser
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representadas por quem os respectivos Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que
contratos ou estatutos designarem ou, no conhecerem, os juízes ou tribunais verificarem a
silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios- existência de crime de ação pública, remeterão ao
gerentes. Ministério Público as cópias e os documentos
necessários ao oferecimento da denúncia.
Art. 38. Salvo disposição em contrário,
o ofendido, ou seu representante legal, decairá Art. 41. A denúncia ou queixa CONTERÁ a
no direito de queixa ou de representação, se não exposição do fato criminoso, com todas as
o exercer dentro do prazo de seis meses, suas circunstâncias, a qualificação do
contado do dia em que vier a saber quem é o acusado ou esclarecimentos pelos quais se
autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em possa identificá-lo, a classificação do crime e,
que se esgotar o prazo para o oferecimento da quando necessário, o rol das testemunhas.
denúncia.
Art. 42. O Ministério Público não
Parágrafo único. Verificar-se-á a poderá desistir da ação penal.
decadência do direito de queixa ou
representação, dentro do mesmo prazo, nos Art. 43. REVOGADO
casos dos arts.24, parágrafo único, e 31.
Art. 44. A QUEIXA poderá ser dada por
Art. 39. O direito de representação poderá procurador com poderes especiais, devendo
ser exercido, pessoalmente ou por procurador constar do instrumento do mandato o nome do
com poderes especiais, mediante declaração, querelante e a menção do fato criminoso, salvo
escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do quando tais esclarecimentos dependerem de
Ministério Público, ou à autoridade policial. diligências que devem ser previamente
requeridas no juízo criminal.
§ 1o A representação feita oralmente ou por
escrito, sem assinatura devidamente autenticada Art. 45. A QUEIXA, ainda quando a ação
do ofendido, de seu representante legal ou penal for privativa do ofendido, PODERÁ SER
procurador, será REDUZIDA a termo, perante o ADITADA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO, a quem
juiz ou autoridade policial, presente o órgão do caberá intervir em todos os termos
Ministério Público, quando a este houver sido subsequentes do processo.
dirigida.
Art. 46. O prazo para OFERECIMENTO DA
§ 2o A representação conterá todas as DENÚNCIA, estando o réu preso, será de 5 dias,
informações que possam servir à apuração do contado da data em que o órgão do Ministério
fato e da autoria. Público receber os autos do inquérito policial, e de
15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No
§ 3o Oferecida ou reduzida a termo a último caso, se houver devolução do inquérito à
representação, a autoridade policial procederá autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da
a inquérito, ou, não sendo competente, remetê- data em que o órgão do Ministério Público receber
lo-á à autoridade que o for. novamente os autos.

§ 4o A representação, quando feita ao juiz ou § 1o Quando o Ministério Público dispensar


perante este reduzida a termo, será remetida à o inquérito policial, o prazo para o oferecimento
autoridade policial para que esta proceda a da denúncia contar-se-á da data em que tiver
inquérito. recebido as peças de informações ou a
representação
§ 5o O órgão do Ministério Público
dispensará o inquérito, se com a representação § 2o O prazo para o aditamento da queixa
forem oferecidos elementos que o habilitem a será de 3 dias, CONTADO da data em que o
promover a ação penal, e, neste caso, órgão do Ministério Público receber os autos,
OFERECERÁ A DENÚNCIA no prazo de e, se este não se pronunciar dentro do tríduo,
quinze dias. entender-se-á que não tem o que aditar,
prosseguindo-se nos demais termos do processo.

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Art. 47. Se o Ministério Público julgar Art. 54. Se o querelado for menor de 21 anos,
necessários maiores esclarecimentos e observar-se-á, quanto à aceitação do perdão, o
documentos complementares ou novos disposto no art. 52. (Obs.: Para a maioria da
elementos de convicção, deverá requisitá-los, doutrina, o dispositivo foi TACITAMENTE
diretamente, de quaisquer autoridades ou REVOGADO pelo Código Civil.)
funcionários que devam ou possam fornecê-
los. Art. 55. O perdão poderá ser aceito por
procurador com poderes especiais.
Art. 48. A QUEIXA contra qualquer dos
autores do crime obrigará ao processo de Art. 56. Aplicar-se-á ao perdão
todos, e o Ministério Público velará pela sua extraprocessual expresso o disposto no art. 50.
indivisibilidade.
Art. 57. A renúncia tácita e o perdão
Art. 49. A renúncia ao exercício do tácito ADMITIRÃO todos os meios de prova.
direito de queixa, em relação a um dos autores
do crime, a todos se estenderá. (ATO Art. 58. Concedido o perdão, mediante
UNILATERAL: NÃO NECESSITA ACEITAÇÃO) declaração expressa nos autos, o querelado
será intimado a dizer, dentro de três dias, se o
Art. 50. A renúncia expressa constará de aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser
declaração assinada pelo ofendido, por seu cientificado de que o seu silêncio importará
representante legal ou procurador com aceitação.
poderes especiais. (Obs.: Para a maioria da
doutrina, o dispositivo foi TACITAMENTE
REVOGADO pelo CC) Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz
julgará extinta a punibilidade.
Parágrafo único. A renúncia do
representante legal do menor que houver Art. 59. A aceitação do perdão fora do
completado 18 (dezoito) anos não privará este do processo constará de declaração assinada pelo
direito de queixa, nem a renúncia do último querelado, por seu representante legal ou
excluirá o direito do primeiro. (Obs.: Para a procurador com poderes especiais.
maioria da doutrina, o dispositivo foi
TACITAMENTE REVOGADO pelo Código Civil) Art. 60. Nos casos em que somente se
procede mediante queixa, considerar-se-á
Art. 51. O perdão concedido a um dos perempta a ação penal:
querelados aproveitará a todos, sem que
produza, todavia, efeito em relação ao que o I - Quando, iniciada esta, o querelante
recusar. (ATO BILATERAL: NECESSITA deixar de promover o andamento do processo
ACEITAÇÃO) durante 30 dias seguidos;

Art. 52. Se o querelante for menor de 21 e II - Quando, falecendo o querelante, ou


maior de 18 anos, o direito de perdão poderá ser sobrevindo sua incapacidade, não comparecer
exercido por ele ou por seu representante legal, em juízo, para prosseguir no processo, dentro do
mas o perdão concedido por um, havendo prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das
oposição do outro, não produzirá efeito. (Obs.: pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o
PARA A MAIORIA DA DOUTRINA, O disposto no art. 36;
DISPOSITIVO FOI TACITAMENTE REVOGADO
PELO CÓDIGO CIVIL.) III - Quando o querelante deixar de
comparecer, sem motivo justificado, a qualquer
Art. 53. Se o querelado for mentalmente ato do processo a que deva estar presente, ou
enfermo ou retardado mental e não tiver deixar de formular o pedido de condenação
representante legal, ou colidirem os interesses nas alegações finais;
deste com os do querelado, a aceitação do
perdão caberá ao CURADOR que o juiz Ihe
nomear.

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IV - Quando, sendo o querelante pessoa I - Necessidade para aplicação da lei
jurídica, esta sem extinguir sem deixar penal, para a investigação ou a instrução
sucessor. criminal e, nos casos expressamente previstos,
para evitar a prática de infrações penais;
Art. 61. Em qualquer fase do processo, o
juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, II - Adequação da medida à gravidade do
deverá declará-lo de ofício. crime, circunstâncias do fato e condições
pessoais do indiciado ou acusado.
Parágrafo único. No caso de requerimento
do Ministério Público, do querelante ou do réu, § 1o As medidas cautelares poderão ser
o juiz mandará autuá-lo em apartado, ouvirá a APLICADAS isolada ou cumulativamente.
parte contrária e, se o julgar conveniente,
concederá o prazo de cinco dias para a prova, § 2º As medidas cautelares serão
proferindo a decisão dentro de cinco dias ou decretadas pelo juiz a requerimento das partes
reservando-se para apreciar a matéria na ou, quando no curso da investigação criminal, por
sentença final. representação da autoridade policial ou
mediante requerimento do Ministério Público.
Art. 62. No caso de morte do acusado, o
juiz somente à vista da certidão de óbito, e § 3º Ressalvados os casos de urgência ou
depois de ouvido o Ministério Público, de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao
declarará extinta a punibilidade. receber o pedido de medida cautelar, determinará
a intimação da parte contrária, para se
manifestar no prazo de 5 (cinco) dias,
***SÚMULA Nº 714 DO STF: “É concorrente
acompanhada de cópia do requerimento e das
a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e peças necessárias, permanecendo os autos em
do Ministério Público, condicionada à juízo, e os casos de urgência ou de perigo deverão
representação do ofendido, para a ação penal ser justificados e fundamentados em decisão que
por crime contra a honra de servidor público em contenha elementos do caso concreto que
razão do exercício de suas funções.” justifiquem essa medida excepcional.
***SÚMULA Nº 234 DO STJ: “A participação de
§ 4º No caso de descumprimento de
membro do Ministério Público na fase qualquer das obrigações impostas, o juiz,
investigatória criminal não acarreta o seu mediante requerimento do Ministério Público,
impedimento ou suspeição para o oferecimento de seu assistente ou do querelante, PODERÁ
da denúncia.” substituir a medida, impor outra em
cumulação, ou, em último caso, decretar a
***SÚMULA Nº 444 DO STJ: “É vedada a prisão preventiva, nos termos do parágrafo único
utilização de inquéritos policiais e ações penais do art. 312 deste Código.
em curso para agravar a pena-base.”
***SÚMULA Nº 542 DO STJ: “A ação penal § 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido
das partes, REVOGAR a medida cautelar ou
relativa ao crime de lesão corporal resultante
SUBSTITUÍ-LA quando verificar a falta de motivo
de violência doméstica contra a mulher é
para que subsista, bem como VOLTAR A
pública incondicionada.” DECRETÁ-LA, se sobrevierem razões que a
justifiquem.

§ 6º A prisão preventiva SOMENTE será


DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES determinada quando não for cabível a sua
E DA LIBERDADE PROVISÓRIA substituição por outra medida cautelar,
observado o art. 319 deste Código, e o não
Disposições Gerais cabimento da substituição por outra medida
cautelar deverá ser justificado de forma
Art. 282. As medidas cautelares previstas fundamentada nos elementos presentes do caso
neste Título DEVERÃO ser aplicadas concreto, de forma individualizada.
observando-se a:
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Art. 283. NINGUÉM poderá ser preso imediatamente apresentado ao juiz que tiver
senão em flagrante delito ou por ordem escrita expedido o mandado, para a realização de
e fundamentada da autoridade judiciária audiência de custódia.
competente, em decorrência de prisão cautelar
ou em virtude de condenação criminal ***INFORMATIVO 663 DO STJ: “Não é
transitada em julgado. cabível a realização de audiência de custódia
por meio de videoconferência.”
§ 1o As medidas cautelares previstas neste
Título não se aplicam à infração a que não for Art. 288. Ninguém será recolhido à prisão,
isolada, cumulativa ou alternativamente sem que seja exibido o mandado ao respectivo
cominada pena privativa de liberdade. diretor ou carcereiro, a quem será entregue cópia
assinada pelo executor ou apresentada a guia
expedida pela autoridade competente, devendo
§ 2o A prisão poderá ser efetuada em ser passado recibo da entrega do preso, com
qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as declaração de dia e hora.
restrições relativas à inviolabilidade do
domicílio. Parágrafo único. O recibo poderá ser
passado no próprio exemplar do mandado, se este
Art. 284. Não será permitido o emprego for o documento exibido.
de força, salvo a indispensável no caso de
resistência ou de tentativa de fuga do preso. Art. 289. Quando o acusado estiver no
território nacional, fora da jurisdição do juiz
Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão processante, será deprecada a sua prisão,
fará expedir o respectivo mandado. devendo constar da precatória o inteiro teor do
mandado.
Parágrafo único. O mandado de prisão:
§ 1o Havendo urgência, o juiz poderá
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela requisitar a prisão por qualquer meio de
autoridade; comunicação, do qual deverá constar o motivo da
prisão, bem como o valor da fiança se arbitrada.
b) designará a pessoa, que tiver de ser
presa, por seu nome, alcunha ou sinais § 2o A autoridade a quem se fizer a
característicos; requisição tomará as precauções necessárias
para averiguar a autenticidade da
c) mencionará a infração penal que motivar a comunicação.
prisão;
§ 3o O juiz processante deverá providenciar
d) declarará o valor da fiança arbitrada, a remoção do preso no prazo máximo de 30
quando afiançável a infração; (trinta) dias, contados da efetivação da
medida.
e) será dirigido a quem tiver qualidade para
dar-lhe execução. Art. 289-A. O juiz competente providenciará
o imediato registro do mandado de prisão em
banco de dados mantido pelo Conselho Nacional
Art. 286. O mandado será passado em
de Justiça para essa finalidade.
duplicata, e o executor entregará ao preso, logo
depois da prisão, um dos exemplares com
declaração do dia, hora e lugar da diligência. Da § 1o QUALQUER AGENTE POLICIAL
entrega deverá o preso passar recibo no outro PODERÁ EFETUAR a prisão determinada no
exemplar; se recusar, não souber ou não puder mandado de prisão registrado no Conselho
escrever, o fato será mencionado em declaração, Nacional de Justiça, ainda que fora da
assinada por duas testemunhas. competência territorial do juiz que o
expediu.
Art. 287. Se a infração for inafiançável, a
falta de exibição do mandado NÃO OBSTARÁ § 2o Qualquer agente policial poderá efetuar
a prisão, e o preso, em tal caso, será a prisão decretada, ainda que sem registro no
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Conselho Nacional de Justiça, adotando as Art. 291. A prisão em virtude de mandado
precauções necessárias para averiguar a entender-se-á feita desde que o executor,
autenticidade do mandado e comunicando ao juiz fazendo-se conhecer do réu, Ihe apresente o
que a decretou, devendo este providenciar, em mandado e o intime a acompanhá-lo.
seguida, o registro do mandado na forma
do caput deste artigo. Art. 292. Se houver, ainda que por parte de
terceiros, resistência à prisão em flagrante ou à
§ 3o A prisão será IMEDIATAMENTE determinada por autoridade competente, o
COMUNICADA ao juiz do local de cumprimento executor e as pessoas que o auxiliarem poderão
da medida o qual providenciará a certidão usar dos meios necessários para defender-se ou
extraída do registro do Conselho Nacional de para vencer a resistência, do que tudo se lavrará
Justiça e informará ao juízo que a decretou. auto subscrito também por duas testemunhas.

§ 4o O preso será informado de seus Parágrafo único. É vedado o uso de


direitos, nos termos do inciso LXIII do art. 5o da algemas em mulheres grávidas durante os atos
Constituição Federal e, caso o autuado não médico-hospitalares preparatórios para a
informe o nome de seu advogado, será realização do parto e durante o trabalho de
comunicado à Defensoria Pública. parto, bem como em mulheres durante o período
de puerpério imediato.
§ 5o Havendo dúvidas das autoridades locais
sobre a legitimidade da pessoa do executor ou Art. 293. Se o executor do mandado
sobre a identidade do preso, aplica-se o disposto verificar, com segurança, que o réu entrou ou se
no encontra em alguma casa, o morador será
intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão.
§ 6o O Conselho Nacional de Justiça Se não for obedecido imediatamente, o executor
regulamentará o registro do mandado de prisão a convocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará
que se refere o caput deste artigo. à força na casa, arrombando as portas, se preciso;
sendo noite, o executor, depois da intimação ao
morador, se não for atendido, fará guardar todas
Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, as saídas, tornando a casa incomunicável, e, logo
passar ao território de outro município ou comarca, que amanheça, arrombará as portas e efetuará a
o executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar prisão.
onde o alcançar, apresentando-o
imediatamente à autoridade local, que, depois
Parágrafo único. O morador que se recusar
de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante,
a entregar o réu oculto em sua casa será levado à
providenciará para a remoção do preso.
presença da autoridade, para que se proceda
contra ele como for de direito.
§ 1o - Entender-se-á que o executor vai em
perseguição do réu, quando:
Art. 294. No caso de prisão em flagrante,
observar-se-á o disposto no artigo anterior, no que
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem for aplicável.
interrupção, embora depois o tenha perdido de
vista;
Art. 295. Serão recolhidos a QUARTÉIS ou
a PRISÃO ESPECIAL, à disposição da autoridade
b) sabendo, por indícios ou informações competente, quando sujeitos a prisão antes de
fidedignas, que o réu tenha passado, há pouco condenação definitiva:
tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que
o procure, for no seu encalço.
I - Os ministros de Estado;
§ 2o Quando as autoridades locais tiverem
II - Os governadores ou interventores de
fundadas razões para duvidar da legitimidade da
Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito
pessoa do executor ou da legalidade do mandado
Federal, seus respectivos secretários, os
que apresentar, poderão pôr em custódia o réu,
prefeitos municipais, os vereadores e os chefes
até que fique esclarecida a dúvida.
de Polícia;

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III - Os membros do Parlamento Nacional, Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde
do Conselho de Economia Nacional e das for possível, serão recolhidos à prisão, em
Assembleias Legislativas dos Estados; estabelecimentos militares, de acordo com os
respectivos regulamentos.
IV - Os cidadãos inscritos no "Livro de
Mérito"; Art. 297. Para o cumprimento de mandado
expedido pela autoridade judiciária, a autoridade
V – Os oficiais das Forças Armadas e os policial poderá expedir tantos outros quantos
militares dos Estados, do Distrito Federal e dos necessários às diligências, devendo neles ser
Territórios; fielmente reproduzido o teor do mandado original.

VI - Os magistrados; Art. 298 REVOGADO

VII - Os diplomados por qualquer das Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à
faculdades superiores da República; vista de mandado judicial, por qualquer meio de
comunicação, tomadas pela autoridade, a quem
VIII - Os ministros de confissão religiosa; se fizer a requisição, as precauções necessárias
para averiguar a autenticidade desta.
IX - Os ministros do Tribunal de Contas;
Art. 300. As pessoas presas
X - Os cidadãos que já tiverem exercido provisoriamente ficarão separadas das que já
efetivamente a função de jurado, salvo quando estiverem definitivamente condenadas, nos
excluídos da lista por motivo de incapacidade termos da lei de execução penal.
para o exercício daquela função;

XI - Os delegados de polícia e os guardas- Parágrafo único. O militar preso em


civis dos Estados e Territórios, ativos e flagrante delito, após a lavratura dos
inativos. procedimentos legais, será recolhido a quartel
da instituição a que pertencer, onde ficará preso
§ 1o A prisão especial, prevista neste à disposição das autoridades competentes.
Código ou em outras leis, consiste
exclusivamente no recolhimento em local Da Prisão em Flagrante
distinto da prisão comum.
Art. 301. Qualquer do povo PODERÁ
§ 2o Não havendo estabelecimento (FLAGRATE FACULTATIVO) e as autoridades
específico para o preso especial, este será policiais e seus agentes DEVERÃO
recolhido em cela distinta do mesmo (FLAGRANTE OBRIGATÓRIO) prender quem
estabelecimento. quer que seja encontrado em flagrante delito.

§ 3o A cela especial poderá consistir em


Art. 302. CONSIDERA-SE em
alojamento coletivo, atendidos os requisitos de
FLAGRANTE DELITO quem:
salubridade do ambiente, pela concorrência dos
fatores de aeração, insolação e condicionamento
térmico adequados à existência humana. I - Está cometendo a infração penal;
(FLAGRANTE PRÓPRIO)

§ 4o O preso especial não será II - Acaba de cometê-la; (FLAGRANTE


TRANSPORTADO JUNTAMENTE com o preso PRÓPRIO)
comum.
III - É perseguido, logo após, pela
§ 5o Os demais direitos e deveres do preso autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
especial serão os mesmos do preso pessoa, em situação que faça presumir ser
comum. autor da infração; (FLAGRANTE IMPRÓPRIO)

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IV - É encontrado, logo depois, com enquanto não cessar a permanência. (Ex:
instrumentos, armas, objetos ou papéis que cárcere privado, sequestro)
façam presumir ser ele autor da infração.
(FLAGRANTE PRESUMIDO) Art. 304. Apresentado o preso à
autoridade competente, ouvirá esta o condutor
e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando
Espécies de flagrante a este cópia do termo e recibo de entrega do
preso. Em seguida, procederá à oitiva das
Próprio, Perfeito, Real, Verdadeiro ou testemunhas que o acompanharem e ao
Propriamente Dito: está cometendo a infração interrogatório do acusado sobre a imputação
penal; ou Acaba de cometer a infração penal. que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas
respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade,
Impróprio, Imperfeito, Irreal ou Quase afinal, o auto.
Flagrante (art. 302, III, CPP): é perseguido, logo
após o cometimento da infração penal, em § 1o Resultando das respostas fundada a
situação que faça presumir ser ele o autor da suspeita contra o conduzido, a autoridade
infração penal. mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de
livrar-se solto ou de prestar fiança, e
Facultativo (art. 301, 1ª parte, CPP): qualquer do
prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se
povo tem a faculdade de realizar a prisão em para isso for competente; se não o for, enviará os
flagrante. autos à autoridade que o seja.
Compulsório, obrigatório, coercitivo ou
necessário § 2o A falta de testemunhas da infração
NÃO IMPEDIRÁ o auto de prisão em flagrante;
(art. 301, 2ª parte, CPP): as forças de segurança mas, nesse caso, com o condutor, deverão
têm o dever de realização da prisão em flagrante. assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam
testemunhado a apresentação do preso à
Presumido, Ficto ou Assimilado (art. 302, IV,
autoridade.
CPP): é encontrado, logo depois, com
instrumentos, armas, papéis ou objetos que façam
presumir ser ele o autor da infração penal. § 3o Quando o acusado se recusar a
assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o
Forjado, Javado, Urdido, Maquinado, auto de prisão em flagrante será assinado por
Fabricado: é aquele armado contra o agente. É duas testemunhas, que tenham ouvido sua
ilícito! Pode configurar crime de: Abuso de leitura na presença deste.
Autoridade ou Denunciação Caluniosa, a
depender do caso. § 4o Da lavratura do auto de prisão em
flagrante deverá constar a informação sobre a
Prorrogado, Retardado, Postergado, existência de filhos, respectivas idades e se
Protelado, Diferido, Estratégico, Ação possuem alguma deficiência e o nome e o
Controlada: retardamento da ação policial ou contato de eventual responsável pelos
administrativa para que se concretize no momento cuidados dos filhos, indicado pela pessoa
mais eficaz do ponto de vista da formação de presa.
provas e fornecimento de informações.
Art. 305. Na falta ou no impedimento do
É LÍCITO! É NECESSÁRIO AUTORIZAÇÃO
escrivão, qualquer pessoa designada pela
JUDICIAL? autoridade lavrará o auto, depois de prestado o
Lei de Orcrim – Não (apenas comunicação) compromisso legal.

Lei de Drogas – Sim


Art. 306. A prisão de qualquer pessoa
e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente, ao
Ministério Público e à família do preso ou à
Art. 303. Nas infrações permanentes, pessoa por ele indicada.
entende-se o agente em flagrante delito
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§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas ***INFORMATIVO 994 DO STF: “Depois da


após a realização da prisão, será encaminhado ao Lei nº 13.964/2019 (Pacote Anticrime), não é
juiz competente o auto de prisão em flagrante e, mais possível que o juiz, de ofício, converta a
caso o autuado não informe o nome de seu prisão em flagrante em prisão preventiva.” (É
advogado, cópia integral para a Defensoria
indispensável requerimento).
Pública.
§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão
§ 2o No mesmo prazo (24h), será em flagrante, que o agente praticou o fato em
entregue ao preso, mediante recibo, a NOTA DE qualquer das condições constantes dos incisos I,
CULPA, assinada pela autoridade, com o II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei nº
motivo da prisão, o nome do condutor e os das 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal),
testemunhas. poderá, fundamentadamente, conceder ao
acusado liberdade provisória, mediante termo de
Art. 307. Quando o fato for praticado em comparecimento obrigatório a todos os atos
presença da autoridade, ou contra esta, no processuais, sob pena de revogação.
exercício de suas funções, constarão do auto a
narração deste fato, a voz de prisão, as § 2º Se o juiz verificar que o agente é
declarações que fizer o preso e os depoimentos reincidente ou que integra organização
das testemunhas, sendo tudo assinado pela criminosa armada ou milícia, ou que porta arma
autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e de fogo de uso restrito, DEVERÁ denegar a
remetido imediatamente ao juiz a quem couber liberdade provisória, com ou sem medidas
tomar conhecimento do fato delituoso, se não o for cautelares.
a autoridade que houver presidido o auto.
§ 3º A autoridade que deu causa, sem
Art. 308. Não havendo autoridade no motivação idônea, à não realização da audiência
lugar em que se tiver efetuado a prisão, o preso de custódia no prazo estabelecido
será logo apresentado à do lugar mais próximo. no caput deste artigo responderá
administrativa, civil e penalmente pela
Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser omissão.
posto em liberdade, depois de lavrado o auto de
prisão em flagrante. § 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro)
horas após o decurso do prazo estabelecido
Art. 310. Após receber o auto de prisão no caput deste artigo, a não realização de
em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte audiência de custódia sem motivação idônea
e quatro) horas após a realização da prisão, o ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser
juiz deverá promover AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA relaxada pela autoridade competente, sem
com a presença do acusado, seu advogado prejuízo da possibilidade de imediata
constituído ou membro da Defensoria Pública e decretação de prisão preventiva.
o membro do Ministério Público, e, nessa
audiência, o JUIZ DEVERÁ,
fundamentadamente:
Da Prisão Preventiva
I - Relaxar a prisão ilegal;

II - Converter a prisão em flagrante em Art. 311. Em QUALQUER FASE da


preventiva, quando presentes os requisitos investigação policial ou do processo penal,
constantes do art. 312 deste Código, e se CABERÁ a prisão preventiva decretada pelo
revelarem inadequadas ou insuficientes as juiz, a requerimento do Ministério Público, do
medidas cautelares diversas da prisão; querelante ou do assistente, ou por
ou representação da autoridade policial.

III - conceder liberdade provisória, com ou


Art. 312. A prisão preventiva poderá ser
sem fiança. decretada como garantia da ordem pública, da
ordem econômica, por conveniência da
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instrução criminal ou para assegurar a
aplicação da lei penal, quando houver prova da
existência do crime e indício suficiente de HIPÓTESES DE CABIMENTO:
autoria e de perigo gerado pelo estado de
liberdade do
imputado. - Crimes dolosos punidos com pena privativa
de liberdade máxima superior a 4 anos;

Prisão preventiva pode ser decretada para: - Reincidente;


- Crime envolver violência doméstica e
- Garantia da ordem pública familiar contra a mulher, criança, adolescente,
idoso, enfermo ou pessoa com deficiência,
- Garantia da ordem econômica
para garantir a execução das medidas
- Conveniência da instrução criminal protetivas de urgência;
- Houver dúvida sobre a identidade civil da
- Assegurar a aplicação da lei penal pessoa ou quando esta não fornecer
elementos suficientes para esclarecê-la,
devendo o preso ser colocado imediatamente
§ 1º A prisão preventiva também poderá em liberdade após a identificação, salvo se
ser decretada em caso de descumprimento de outra hipótese recomendar a manutenção da
qualquer das obrigações impostas por força de medida.
outras medidas cautelares

§ 2º A decisão que decretar a prisão § 1º Também SERÁ ADMITIDA a prisão


preventiva deve ser motivada e fundamentada preventiva quando houver dúvida sobre a
em receio de perigo e existência concreta de identidade civil da pessoa ou quando esta não
fatos novos ou contemporâneos que fornecer elementos suficientes para esclarecê-
justifiquem a aplicação da medida adotada. la, DEVENDO o preso ser colocado
imediatamente em liberdade após a
identificação, salvo se outra hipótese
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste
recomendar a manutenção da medida.
Código, SERÁ ADMITIDA a decretação da prisão
preventiva:
§ 2º NÃO SERÁ ADMITIDA a decretação
I - Nos crimes dolosos punidos com pena da prisão preventiva com a finalidade de
privativa de liberdade máxima superior a 4 antecipação de cumprimento de pena ou como
(quatro) anos; decorrência imediata de investigação criminal
ou da apresentação ou recebimento de
II - Se tiver sido condenado por outro denúncia.
crime doloso, em sentença transitada em
julgado, ressalvado o disposto no inciso I Art. 314. A prisão preventiva em NENHUM
do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 CASO será decretada se o juiz verificar pelas
de dezembro de 1940 - Código Penal; provas constantes dos autos ter o agente
(REINCIDENTE) praticado o fato nas condições previstas
nos incisos I, II e III do caput do art. 23
III - Se o crime envolver violência (EXCLUDETES DE ILICITUDE) do Código
doméstica e familiar contra a mulher, criança, Penal. (Legítima defesa, Estado de Necessidade,
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com Estrito Cumprimento do Dever Legal, Exercício
deficiência, para garantir a execução das Regular de direito)
medidas protetivas de urgência;
Art. 315. A DECISÃO que decretar,
substituir ou denegar a prisão preventiva será
sempre motivada e fundamentada.

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§ 1º Na motivação da decretação da prisão decisão revisar a necessidade de sua
preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante
deverá indicar concretamente a existência de fatos decisão fundamentada, de ofício, sob pena de
novos ou contemporâneos que justifiquem a tornar a prisão ilegal.
aplicação da medida adotada.
***SÚMULA VINCULANTE Nº 11: “Só é lícito o
§ 2º Não se considera fundamentada uso de algemas em casos de resistência e de
qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, fundado receio de fuga ou de perigo a
sentença ou acórdão, que: integridade física própria ou alheia, por parte
do preso ou de terceiros, justificada a
I - Limitar-se à indicação, à reprodução ou à
excepcionalidade por escrito, sob pena de
paráfrase de ato normativo, sem explicar sua
responsabilidade disciplinar, civil e penal do
relação com a causa ou a questão decidida;
agente ou da autoridade e de nulidade da prisão
II - Empregar conceitos jurídicos ou do ato processual a que se refere, sem
indeterminados, sem explicar o motivo concreto de prejuízo da responsabilidade civil do Estado.”
sua incidência no caso;

III - Invocar motivos que se prestariam a


justificar qualquer outra decisão; Da Prisão Domiciliar

IV - Não enfrentar todos os argumentos Art. 317. A PRISÃO DOMICILIAR consiste


deduzidos no processo capazes de, em tese, no recolhimento do indiciado ou acusado em
infirmar a conclusão adotada pelo julgador sua residência, SÓ PODENDO dela ausentar-se
com autorização judicial.
V - Limitar-se a invocar precedente ou
enunciado de súmula, sem identificar seus
Art. 318. Poderá o juiz substituir a
fundamentos determinantes nem demonstrar que
prisão preventiva pela domiciliar QUANDO o
o caso sob julgamento se ajusta àqueles
agente for:
fundamentos;
I - Maior de 80 (oitenta) anos;
VI - Deixar de seguir enunciado de súmula,
jurisprudência ou precedente invocado pela parte,
II - Extremamente debilitado por motivo de
sem demonstrar a existência de distinção no caso
em julgamento ou a superação do doença grave;
entendimento.
III - Imprescindível aos cuidados
especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de
Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a idade ou com deficiência;
pedido das partes, REVOGAR a prisão
preventiva se, no correr da investigação ou do IV - Gestante;
processo, verificar a falta de motivo para que ela
subsista, bem como novamente decretá-la, se V - Mulher com filho de até 12 (doze) anos
sobrevierem razões que a justifiquem. de idade incompletos;

Prisão preventiva – Juiz de ofício VI - Homem, caso seja o único responsável


Decretar de ofício? Não pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de
Revogar de ofício? idade incompletos.
Decretar novamente
de ofício? Sim Parágrafo único. Para a SUBSTITUIÇÃO, o
Revisar a cada 90 dias juiz exigirá prova idônea dos requisitos
de ofício? estabelecidos neste artigo.

Parágrafo único. Decretada a prisão Art. 318-A. A PRISÃO PREVENTIVA


preventiva, DEVERÁ o órgão emissor da imposta à mulher gestante ou que for mãe ou
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responsável por crianças ou pessoas com VII - Internação provisória do acusado nas
deficiência será SUBSTITUÍDA por prisão hipóteses de crimes praticados com violência
domiciliar, desde que: ou grave ameaça, quando os peritos concluírem
ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do
Código Penal) e houver risco de
I - Não tenha cometido crime com
reiteração;
violência ou grave ameaça a pessoa;
VIII - fiança, nas infrações que a admitem,
II - Não tenha cometido o crime contra para assegurar o comparecimento a atos do
seu filho ou dependente. processo, evitar a obstrução do seu andamento
ou em caso de resistência injustificada à ordem
Art. 318-B. A substituição de que tratam os judicial;
arts. 318 e 318-A poderá ser efetuada sem
prejuízo da aplicação concomitante das IX - Monitoração eletrônica.
medidas alternativas previstas no art. 319 deste
Código. § 1o REVOGADO
§ 2o REVOGADO
§ 3o REVOGADO
Das Outras Medidas Cautelares
§ 4o A fiança será aplicada de acordo com
Art. 319. São MEDIDAS CAUTELARES as disposições do Capítulo VI deste Título,
DIVERSAS DA PRISÃO: podendo ser cumulada com outras medidas
cautelares.
I - Comparecimento periódico em juízo, no
prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para Art. 320. A proibição de ausentar-se do
informar e justificar atividades; País será comunicada pelo juiz às autoridades
encarregadas de fiscalizar as saídas do território
II - Proibição de acesso ou frequência a nacional, intimando-se o indiciado ou acusado
determinados lugares quando, por para entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte
circunstâncias relacionadas ao fato, deva o e quatro) horas.
indiciado ou acusado permanecer distante
desses locais para evitar o risco de novas Da Liberdade Provisória, com ou sem
infrações; Fiança
III - Proibição de manter contato com
pessoa determinada quando, por circunstâncias Art. 321. AUSENTES OS REQUISITOS
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado que autorizam a decretação da prisão
dela permanecer distante; preventiva, o juiz deverá conceder liberdade
provisória, impondo, se for o caso, as medidas
IV - Proibição de ausentar-se da Comarca cautelares previstas no art. 319 deste Código e
quando a permanência seja conveniente ou observados os critérios constantes do art. 282
necessária para a investigação ou deste Código.
instrução;
Art. 322. A autoridade policial
V - Recolhimento domiciliar no período SOMENTE PODERÁ CONCEDER FIANÇA nos
noturno e nos dias de folga quando o investigado casos de infração cuja pena privativa de
ou acusado tenha residência e trabalho liberdade máxima não seja superior a 4
fixos; (quatro) anos.

VI - Suspensão do exercício de função Parágrafo único. Nos DEMAIS CASOS, a


pública ou de atividade de natureza econômica fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48
ou financeira quando houver justo receio de sua (quarenta e oito) horas.
utilização para a prática de infrações
penais; Art. 323. NÃO SERÁ concedida
fiança:
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I - Nos crimes de racismo; Obs.: tanto o Juiz como o Delegado podem
reduzir ou aumentar os valores da fiança, mas a
II - Nos crimes de tortura, tráfico ilícito de dispensa só quem pode autorizar é a autoridade
entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos judiciária.
definidos como crimes hediondos;
Art. 326. Para determinar o valor da
III - Nos crimes cometidos por grupos fiança, a autoridade terá em consideração a
armados, civis ou militares, contra a ordem natureza da infração, as condições pessoais de
constitucional e o Estado Democrático; fortuna e vida pregressa do acusado, as
circunstâncias indicativas de sua
Art. 324. NÃO SERÁ, igualmente, periculosidade, bem como a importância
concedida fiança: provável das custas do processo, até final
julgamento.
I - Aos que, no mesmo processo, tiverem
quebrado fiança anteriormente concedida ou Art. 327. A fiança tomada por termo
infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigará o afiançado a comparecer perante a
obrigações a que se referem os arts. 327 e 328 autoridade, todas as vezes que for intimado
deste Código; para atos do inquérito e da instrução criminal e
para o julgamento. Quando o réu não
II - Em caso de prisão civil ou militar; comparecer, a fiança será havida como
quebrada.
III - REVOGADO
Art. 328. O réu afiançado NÃO PODERÁ,
IV - Quando presentes os motivos que sob pena de quebramento da fiança, mudar de
autorizam a decretação da prisão preventiva residência, sem prévia permissão da
autoridade processante, ou ausentar-se por
(art. 312).
mais de 8 (oito) dias de sua residência, sem
comunicar àquela autoridade o lugar onde será
Art. 325. O valor da fiança será fixado pela encontrado.
autoridade que a conceder nos seguintes
limites:
Art. 329. Nos juízos criminais e delegacias
de polícia, haverá um livro especial, com termos
I - De 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, de abertura e de encerramento, numerado e
quando se tratar de infração cuja pena privativa rubricado em todas as suas folhas pela
de liberdade, no grau máximo, não for superior autoridade, destinado especialmente aos termos
a 4 (quatro) anos; de fiança. O termo será lavrado pelo escrivão e
assinado pela autoridade e por quem prestar a
II - De 10 (dez) a 200 (duzentos) salários fiança, e dele extrair-se-á certidão para juntar-se
mínimos, quando o máximo da pena privativa aos autos.
de liberdade cominada for superior a 4 (quatro)
anos. Parágrafo único. O réu e quem prestar a
fiança serão pelo escrivão notificados das
§ 1o Se assim recomendar a situação obrigações e da sanção previstas nos arts.
econômica do preso, a FIANÇA PODERÁ 327 e 328, o que constará dos autos.
ser:
Art. 330. A fiança, que SERÁ SEMPRE
I - Dispensada, na forma do art. 350 deste DEFINITIVA, consistirá em depósito de dinheiro,
Código; pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da
dívida pública, federal, estadual ou municipal,
II - Reduzida até o máximo de 2/3 (dois ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar.
terços); ou
§ 1o A avaliação de imóvel, ou de pedras,
III - Aumentada em até 1.000 (mil) vezes. objetos ou metais preciosos será feita
imediatamente por perito nomeado pela
autoridade.

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§ 2o Quando a fiança consistir em caução de ação penal, o valor que a constituir, atualizado,
títulos da dívida pública, o valor será determinado será restituído sem desconto, salvo o disposto
pela sua cotação em Bolsa, e, sendo nominativos, no parágrafo único do art. 336 deste
exigir-se-á prova de que se acham livres de ônus. Código.

Art. 331. O valor em que consistir a fiança Art. 338. A fiança que se reconheça não ser
será recolhido à repartição arrecadadora federal cabível na espécie será cassada em qualquer
ou estadual, ou entregue ao depositário público, fase do processo.
juntando-se aos autos os respectivos
conhecimentos. Art. 339. Será também cassada a fiança
quando reconhecida a existência de delito
Parágrafo único. Nos lugares em que o inafiançável, no caso de inovação na
depósito não se puder fazer de pronto, o valor será classificação do delito.
entregue ao escrivão ou pessoa abonada, a
critério da autoridade, e dentro de três dias dar-se- Art. 340. Será exigido o reforço da fiança:
á ao valor o destino que Ihe assina este artigo, o
que tudo constará do termo de fiança. I - Quando a autoridade tomar, por
engano, fiança insuficiente;
Art. 332. Em caso de PRISÃO EM
FLAGRANTE, será competente para conceder a II - Quando houver depreciação material
fiança a autoridade que presidir ao respectivo ou perecimento dos bens hipotecados ou
auto, e, em caso de PRISÃO POR MANDADO, o caucionados, ou depreciação dos metais ou
juiz que o houver expedido, ou a autoridade pedras preciosas;
judiciária ou policial a quem tiver sido
requisitada a prisão. III - Quando for inovada a classificação do
delito.
Art. 333. DEPOIS DE PRESTADA A
FIANÇA, que será concedida Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito
independentemente de audiência do Ministério e o réu será recolhido à prisão, quando, na
Público, este terá vista do processo a fim de conformidade deste artigo, não for reforçada.
requerer o que julgar conveniente.
Art. 341. Julgar-se-á QUEBRADA a fiança
Art. 334. A fiança poderá ser prestada quando o acusado:
enquanto não transitar em julgado a sentença
condenatória. I - Regularmente intimado para ato do
processo, deixar de comparecer, sem motivo
Art. 335. Recusando ou retardando a justo;
autoridade policial a concessão da fiança, o preso,
ou alguém por ele, poderá prestá-la, mediante II - Deliberadamente praticar ato de
simples petição, perante o juiz competente, que obstrução ao andamento do processo;
decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.
III - Descumprir medida cautelar imposta
Art. 336. O dinheiro ou objetos dados cumulativamente com a fiança;
como fiança servirão ao pagamento das custas,
da indenização do dano, da prestação IV - Resistir injustificadamente a ordem
pecuniária e da multa, se o réu for condenado. judicial;

Parágrafo único. Este dispositivo terá V - Praticar nova infração penal


aplicação ainda no caso da prescrição depois da dolosa.
sentença condenatório (art. 110 do Código
Penal). Art. 342. Se vier a ser reformado o
julgamento em que se declarou quebrada a
Art. 337. Se a fiança for declarada sem fiança, esta subsistirá em todos os seus
efeito ou passar em julgado sentença que houver efeitos.
absolvido o acusado ou declarada extinta a
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Art. 343. O QUEBRAMENTO injustificado
da fiança importará na perda de metade do seu
valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposição
de outras medidas cautelares ou, se for o caso,
a decretação da prisão preventiva.

Art. 344. Entender-se-á perdido, na


totalidade, o valor da fiança, se, condenado, o
acusado não se apresentar para o início do
cumprimento da pena definitivamente
imposta.

Art. 345. No caso de PERDA da fiança, o


seu valor, deduzidas as custas e mais encargos a
que o acusado estiver obrigado, será recolhido ao
FUNDO PENITENCIÁRIO, na forma da
lei.

Art. 346. No caso de QUEBRAMENTO de


fiança, feitas as deduções previstas no art. 345
deste Código, o valor restante será recolhido ao
FUNDO PENITENCIÁRIO, na forma da lei.

Art. 347. Não ocorrendo a hipótese


do art. 345 (PERDA), o saldo será entregue a
quem houver prestado a fiança, depois de
deduzidos os encargos a que o réu estiver
obrigado.

Art. 348. Nos casos em que a fiança tiver


sido prestada por meio de hipoteca, a execução
será promovida no juízo cível pelo órgão do
Ministério Público.

Art. 349. Se a fiança consistir em pedras,


objetos ou metais preciosos, o juiz determinará
a venda por leiloeiro ou corretor.

Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o


juiz, verificando a situação econômica do
preso, poderá conceder-lhe liberdade
provisória, sujeitando-o às obrigações
constantes dos arts. 327 e 328 deste Código e
a outras medidas cautelares, se for o
caso.

Parágrafo único. Se o beneficiado


DESCUMPRIR, sem motivo justo, qualquer das
obrigações ou medidas impostas, aplicar-se-á o
disposto no § 4o do art. 282 deste Código.

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IV - Extorsão mediante sequestro e na forma
qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e
Legislação Extravagante 3o);

V - Estupro (art. 213, caput e §§ 1o e


Lei de crimes hediondos (8.072/90) o
2 );

Obs.: Lei pequena, sem muito mistério. VI - Estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e
Tente decorar todos os crimes hediondos. §§ 1o, 2o, 3o e 4o);

VII - Epidemia com resultado morte (art. 267, §


1o).
Art. 1o São considerados HEDIONDOS os
seguintes crimes, todos tipificados no Decreto- VII-B - Falsificação, corrupção, adulteração ou
Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código alteração de produto destinado a fins
Penal, consumados ou tentados: terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e §
1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei
I - Homicídio (art. 121), quando praticado em no 9.677, de 2 de julho de 1998).
atividade típica de grupo de extermínio, ainda
que cometido por um só agente (HOMICÍDIO VIII - Favorecimento da prostituição ou de outra
CONDICIONADO), e homicídio qualificado (art. forma de exploração sexual de criança ou
121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX); adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput,
e §§ 1º e 2º).
I-A – Lesão corporal dolosa de natureza
gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal IX - Furto qualificado pelo emprego de
seguida de morte (art. 129, § 3o), quando explosivo ou de artefato análogo que cause
praticadas contra autoridade ou agente perigo comum (art. 155, § 4º-A).
descrito nos arts. 142 (Forças Armadas) e 144
(PF, PRF, PFF, PC, PM e BM) da Constituição Parágrafo único. Consideram-se também
Federal, integrantes do sistema prisional e da hediondos, tentados ou consumados:
Força Nacional de Segurança Pública, no
exercício da função ou em decorrência dela, ou I - O crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º
contra seu cônjuge, companheiro ou parente e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956;
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa
condição;
II - O crime de posse ou porte ilegal de arma de
fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei
II - Roubo: nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003

a) circunstanciado pela restrição de liberdade III - O crime de comércio ilegal de armas de


da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); fogo, previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22
de dezembro de 2003;
b) circunstanciado pelo emprego de arma de
fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego IV - O crime de tráfico internacional de arma de
de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. fogo, acessório ou munição, previsto no art. 18
157, § 2º-B); da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;

c) qualificado pelo resultado lesão corporal V - O crime de organização criminosa, quando


grave ou morte (art. 157, § 3º); direcionado à prática de crime hediondo ou
equiparado.
III - Extorsão qualificada pela restrição da
liberdade da vítima, ocorrência de lesão Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da
corporal ou morte (art. 158, § 3º); tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e

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drogas afins e o terrorismo são
INSUSCETÍVEIS de:
MACETE:
I - Anistia, graça e indulto;
COLABORAÇÃO PREMIADA –
ASSOCIAÇÃO PARA COMETIMENTO DE
II - Fiança.
CRIME HEDIONDO/EQUIPARADO
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será Requisitos - Desmantelamento da
cumprida inicialmente em regime fechado. associação criminosa.
Colaboração - Voluntária.
§ 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz Benefício - Redução da pena (1/3 a 2/3)
decidirá fundamentadamente se o réu poderá
apelar em liberdade.

§ 4o A PRISÃO TEMPORÁRIA, sobre a qual


dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989,
nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo
de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual
período em caso de extrema e comprovada
necessidade.

DICA DE PRAZOS:

Crime Comum Crime Hediondo/Equiparado


5+5 30 + 30

Art. 3º A União manterá estabelecimentos


penais, de segurança máxima, destinados ao
cumprimento de penas impostas a condenados de
alta periculosidade, cuja permanência em
presídios estaduais ponha em risco a ordem ou
incolumidade pública.

Art. 8º Será de três a seis anos de


RECLUSÃO a pena prevista no art. 288 do Código
Penal (ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA), quando se
tratar de crimes hediondos, prática da tortura,
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins
ou terrorismo.

Parágrafo único. O participante e o


associado que denunciar à autoridade o bando
ou quadrilha, possibilitando seu
desmantelamento, terá a pena reduzida de um
a dois terços. (COLABORAÇÃO PREMIADA)

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Lei de Tortura (9.455/97) I - Se o crime é cometido por agente público;

Art. 1º Constitui CRIME DE TORTURA: II – Se o crime é cometido contra criança,


gestante, portador de deficiência, adolescente
I - CONSTRANGER alguém com emprego de ou maior de 60 (sessenta) anos;
violência ou grave ameaça, causando-lhe
sofrimento físico ou mental:
III - Se o crime é cometido mediante
a) com o fim de obter informação, declaração sequestro.
ou confissão da vítima ou de terceira pessoa
(TORTURA-PROVA ou PERSECUTÓRIA);
MACETE:
b) para provocar ação ou omissão de natureza
criminosa (TORTURA-CRIME); QUALIFICADORAS:
- Lesão corporal de natureza grave ou
c) em razão de discriminação racial ou religiosa gravíssima;
(TORTURA-DISCRIMINAÇÃO); - Ou morte.

II - SUBMETER alguém, sob sua guarda, poder CAUSAS DE AUMENTO:


ou autoridade, com emprego de violência ou - Crime é cometido por agente público;
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou - Se o crime é cometido contra:
mental, como forma de aplicar castigo pessoal * Criança;
ou medida de caráter preventivo. * Adolescente;
* Gestante;
Pena - reclusão, de dois a oito anos. * Portador de deficiência; ou
* Maior de 60 anos;
- Crime é cometido mediante sequestro.
***INFORMATIVO 633 DO STJ:” A prática do
delito de tortura-castigo (vingativa ou § 5º A condenação acarretará a perda do cargo,
intimidatória), previsto no art. 1º, II, da Lei nº função ou emprego público e a interdição para
9.455/97, é crime próprio.” seu exercício pelo dobro do prazo da pena
aplicada. (EFEITOS DA CONDENAÇÃO –
AUTOMÁTICOS)

§ 1º Na mesma pena incorre quem submete § 6º O crime de tortura é inafiançável e


pessoa presa ou sujeita a medida de segurança insuscetível de graça ou anistia.
a sofrimento físico ou mental, por intermédio da
prática de ato não previsto em lei ou não resultante § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei,
de medida legal. salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da
pena em regime fechado.
§ 2º Aquele que SE OMITE em face dessas
condutas, quando tinha o DEVER de evitá-las ou Art. 2º O disposto nesta Lei APLICA-SE
apurá-las, incorre na pena de detenção de um a ainda quando o crime não tenha sido cometido
quatro anos. (TORTURA-OMISSÃO) em território nacional, sendo a vítima brasileira
ou encontrando-se o agente em local sob
§ 3º Se resulta LESÃO CORPORAL DE jurisdição brasileira.
NATUREZA GRAVE OU GRAVÍSSIMA, a pena é (EXTRATERRITORIALIDADE
de reclusão de quatro a dez anos; se resulta INCONDICIONADA)
MORTE, a reclusão é de oito a dezesseis anos.

§ 4º AUMENTA-SE a pena de um sexto até


um terço:

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Lei de Abuso de Autoridade (13.869/19) I - Servidores públicos e militares ou pessoas a
eles equiparadas; (ROL EXEMPLIFICATIVO)
Disposições Gerais
II - Membros do Poder Legislativo;

Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso III - Membros do Poder Executivo;
de autoridade, cometidos por agente público,
servidor ou não, que, no exercício de suas IV - Membros do Poder Judiciário;
funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do
poder que lhe tenha sido atribuído. V - Membros do Ministério Público;
§ 1º As condutas descritas nesta Lei VI - Membros dos tribunais ou conselhos de
constituem crime de abuso de autoridade quando
contas.
praticadas pelo agente com a FINALIDADE
ESPECÍFICA de prejudicar outrem ou
Parágrafo único. Reputa-se agente
beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda,
público, para os efeitos desta Lei, todo aquele
por mero capricho ou satisfação pessoal.
que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação,
Elemento subjetivo especial dos crimes de
designação, contratação ou qualquer outra
abuso de autoridade
forma de investidura ou vínculo, mandato,
cargo, emprego ou função em órgão ou
entidade abrangidos pelo caput deste artigo.
O agente só comete
crime de abuso de • prejudicar alguém;
autoridade se ao • beneficiar a si mesmo;
praticar a conduta • beneficiar a terceiro;
tinha a finalidade • mero capricho; CONCEITO de agente público: Reputa-se
específica de: • satisfação pessoal. agente público, para os efeitos desta Lei, todo
aquele que exerce, ainda que transitoriamente
ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato,
cargo, emprego ou função em órgão ou
entidade abrangidos pelo caput deste artigo.
§ 2º A divergência na interpretação de lei
ou na avaliação de fatos e provas NÃO
CONFIGURA abuso de autoridade. Da Ação Penal

• interpretação de lei; Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são


NÃO CONFIGURA ABUSO
de ação penal pública incondicionada.
DE AUTORIDADE A • avaliação de fatos;
DIVERGÊNCIA NA:
§ 1º Será admitida ação privada se a ação
• avaliação de provas. penal pública não for intentada no prazo legal,
cabendo ao Ministério Público aditar a queixa,
repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir
Dos Sujeitos do Crime em todos os termos do processo, fornecer
elementos de prova, interpor recurso e, a todo
Art. 2º É SUJEITO ATIVO do crime de tempo, no caso de negligência do querelante,
abuso de autoridade qualquer agente público, retomar a ação como parte principal.
servidor ou não, da administração direta, indireta
ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, § 2º A ação privada subsidiária será
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da
de Território, compreendendo, mas não se data em que se esgotar o prazo para oferecimento
limitando a: da denúncia.

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Dos Efeitos da Condenação e das Penas - Tornar certa a
Restritivas de Direitos obrigação de
indenizar o
dano causado
Dos Efeitos da Condenação pelo crime.

O Juiz, a
Art. 4º São efeitos da condenação:
requerimento do
ofendido, deve
I - Tornar certa a obrigação de indenizar o
dano causado pelo crime, devendo o juiz, a fixar na sentença
requerimento do ofendido, fixar na sentença o o valor mínimo.
valor mínimo para reparação dos danos Efeitos da
causados pela infração, considerando os prejuízos condenação - Inabilitação
por ele sofridos; para o exercício
de cargo, - Condicionados:
II - A inabilitação para o exercício de mandato ou reincidência em
cargo, mandato ou função pública, pelo período função pública * crime de abuso
de 1 (um) a 5 (cinco) anos; prazo: 1 a 5 anos de autoridade;

III - A perda do cargo, do mandato ou da - Não são


função pública. automáticos.
- Perda do
cargo, do
Parágrafo único. Os efeitos previstos nos
mandato ou da
do caput deste artigo são incisos II e III
função pública
CONDICIONADOS à ocorrência de reincidência
em crime de abuso de autoridade e não são
automáticos, devendo ser declarados
motivadamente na sentença.

Das Penas Restritivas de Direitos

Art. 5º As PENAS RESTRITIVAS DE


DIREITOS substitutivas das privativas de
liberdade previstas nesta Lei são:

I - Prestação de serviços à comunidade ou


a entidades públicas;

II - Suspensão do exercício do cargo, da


função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a
6 (seis) meses, com a PERDA dos vencimentos
e das vantagens;

Parágrafo único. As penas restritivas de


direitos podem ser aplicadas autônoma ou
cumulativamente.

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- Prestação de serviços à
Dos Crimes e das Penas
comunidade ou a
entidades públicas.
Obs.: Sempre relembre alguns crimes, sem
se preocupar com as penas. É praticamente
PENAS RESTRITIVAS DE impossível lembrar de todos, mas é bom ir pra
- Suspensão do
DIREITO: prova com alguns na mente.
exercício do cargo, da
função ou do mandato
* Prazo: 1 a 6 meses;
* Com a perda dos
vencimentos e das
vantagens. Dica
➢ Todos os crimes são dolosos
➢ Todos os crimes são próprios

Das Sanções de Natureza Civil e ➢ Todos os crimes são punidos com


detenção
Administrativa
➢ Todos os crimes são punidos com
Art. 6º As penas previstas nesta Lei multa cumulativa
serão aplicadas independentemente das
sanções de natureza civil ou administrativa
cabíveis.

Parágrafo único. As notícias de crimes previstos Art. 9º Decretar medida de privação da


nesta Lei que descreverem falta funcional serão liberdade em manifesta desconformidade com as
informadas à autoridade competente com vistas à hipóteses legais.
apuração.
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
multa.
Art. 7º As responsabilidades civil e
administrativa são independentes da criminal,
não se podendo mais questionar sobre a Parágrafo único. Incorre na mesma pena a
existência ou a autoria DO FATO quando essas autoridade judiciária que, dentro de prazo
questões tenham sido decididas no juízo razoável, DEIXAR DE:
criminal.
I - Relaxar a prisão manifestamente ilegal;

Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito II - Substituir a prisão preventiva por


cível, assim como no administrativo-disciplinar, medida cautelar diversa ou de conceder liberdade
a sentença penal que reconhecer ter sido o ato provisória, quando manifestamente cabível;
praticado em estado de necessidade, em
legítima defesa, em estrito cumprimento de III - Deferir liminar ou ordem de habeas
dever legal ou no exercício regular de direito.
corpus, quando manifestamente cabível.’

Art. 10. Decretar a condução coercitiva de


testemunha ou investigado manifestamente
descabida ou sem prévia intimação de
comparecimento ao juízo:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e


multa.

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Art. 11. (VETADO). Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça
de prisão, pessoa que, em razão de função,
Art. 12. Deixar injustificadamente de ministério, ofício ou profissão, deva guardar
comunicar prisão em flagrante à autoridade segredo ou resguardar sigilo:
judiciária no prazo legal:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) multa.
anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: prossegue com o interrogatório:

I - Deixa de comunicar, imediatamente, a I - De pessoa que tenha decidido exercer o direito


execução de prisão temporária ou preventiva à ao silêncio; ou
autoridade judiciária que a decretou;
II - De pessoa que tenha optado por ser assistida
II - Deixa de comunicar, imediatamente, a por advogado ou defensor público, sem a
prisão de qualquer pessoa e o local onde se presença de seu patrono.
encontra à sua família ou à pessoa por ela
indicada;
Violência Institucional
III - Deixa de entregar ao preso, no prazo de
24 (vinte e quatro) horas, a nota de culpa, Art. 15-A. Submeter a vítima de infração
assinada pela autoridade, com o motivo da prisão penal ou a testemunha de crimes violentos a
e os nomes do condutor e das testemunhas; procedimentos desnecessários, repetitivos ou
invasivos, que a leve a reviver, sem estrita
IV - Prolonga a execução de pena privativa necessidade:
de liberdade, de prisão temporária, de prisão
preventiva, de medida de segurança ou de I - A situação de violência; ou
internação, deixando, sem motivo justo e
excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura II - Outras situações potencialmente geradoras de
imediatamente após recebido ou de promover a sofrimento ou estigmatização:
soltura do preso quando esgotado o prazo judicial
ou legal. Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano,
e multa.
Art. 13. Constranger o preso ou o detento,
mediante violência, grave ameaça ou redução de § 1º Se o agente público permitir que terceiro
sua capacidade de resistência, a: intimide a vítima de crimes violentos, gerando
indevida revitimização, aplica-se a pena
I - Exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele aumentada de 2/3 (dois terços).
exibido à curiosidade pública;
§ 2º Se o agente público intimidar a vítima de
crimes violentos, gerando indevida revitimização,
II - Submeter-se a situação vexatória ou a
aplica-se a pena em dobro.
constrangimento não autorizado em lei;

III - Produzir prova contra si mesmo ou Art. 16. Deixar de identificar-se ou


contra terceiro: identificar-se falsamente ao preso por ocasião de
sua captura ou quando deva fazê-lo durante sua
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e detenção ou prisão:
multa, sem prejuízo da pena cominada à
violência. Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos, e multa.
Art. 14. (VETADO).
Parágrafo único. Incorre na mesma pena
quem, como responsável por interrogatório em
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sede de procedimento investigatório de infração Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem
penal, deixa de identificar-se ao preso ou atribui a mantém, na mesma cela, criança ou adolescente
si mesmo falsa identidade, cargo ou função. na companhia de maior de idade ou em ambiente
inadequado, observado o disposto na Lei nº 8.069,
Art. 17. (VETADO). de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente).
Art. 18. Submeter o preso a interrogatório
policial durante o período de repouso noturno, Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina
salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do
devidamente assistido, consentir em prestar ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou
declarações: nele permanecer nas mesmas condições, sem
determinação judicial ou fora das condições
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) estabelecidas em lei:
anos, e multa.
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
multa.
Art. 19. Impedir ou retardar,
injustificadamente, o envio de pleito de preso à
autoridade judiciária competente para a § 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista
apreciação da legalidade de sua prisão ou das no caput deste artigo, quem:
circunstâncias de sua custódia:
I - Coage alguém, mediante violência ou grave
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou
multa. suas dependências;

Parágrafo único. Incorre na mesma pena o II - (VETADO);


magistrado que, ciente do impedimento ou da
demora, deixa de tomar as providências tendentes III - Cumpre mandado de busca e apreensão
a saná-lo ou, não sendo competente para decidir domiciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou
sobre a prisão, deixa de enviar o pedido à antes das 5h (cinco horas).
autoridade judiciária que o seja.
§ 2º NÃO HAVERÁ CRIME se o ingresso for para
Art. 20. Impedir, sem justa causa, a prestar socorro, ou quando houver fundados
entrevista pessoal e reservada do preso com seu indícios que indiquem a necessidade do
advogado: ingresso em razão de situação de flagrante
delito ou de desastre.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos, e multa. Art. 23. Inovar artificiosamente, no curso
de diligência, de investigação ou de processo, o
estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem
de eximir-se de responsabilidade ou de
impede o preso, o réu solto ou o investigado de responsabilizar criminalmente alguém ou agravar-
entrevistar-se pessoal e reservadamente com seu lhe a responsabilidade:
advogado ou defensor, por prazo razoável, antes
de audiência judicial, e de sentar-se ao seu lado e Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
com ele comunicar-se durante a audiência, salvo multa.
no curso de interrogatório ou no caso de audiência
realizada por videoconferência. Parágrafo único. Incorre na mesma pena
quem pratica a conduta com o intuito de:
Art. 21. Manter presos de ambos os
sexos na mesma cela ou espaço de confinamento: I - Eximir-se de responsabilidade civil ou
administrativa por excesso praticado no curso de
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) diligência;
anos, e multa.

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II - Omitir dados ou informações ou divulgar dados Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
ou informações incompletos para desviar o curso anos, e multa.
da investigação, da diligência ou do processo.
Parágrafo único. (VETADO).
Art. 24. Constranger, sob violência ou grave
ameaça, funcionário ou empregado de instituição Art. 30. Dar início ou proceder à persecução
hospitalar pública ou privada a admitir para penal, civil ou administrativa SEM JUSTA CAUSA
tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, FUNDAMENTADA ou contra quem sabe
com o fim de alterar local ou momento de crime, inocente:
prejudicando sua apuração:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
multa, além da pena correspondente à
violência. Art. 31. Estender injustificadamente a
investigação, procrastinando-a em prejuízo do
Art. 25. Proceder à obtenção de prova, em investigado ou fiscalizado:
procedimento de investigação ou fiscalização, por
meio manifestamente ilícito: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos, e multa.
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem,
inexistindo prazo para execução ou conclusão de
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem procedimento, o estende de forma imotivada,
faz uso de prova, em desfavor do investigado ou procrastinando-o em prejuízo do investigado ou do
fiscalizado, com prévio conhecimento de sua fiscalizado.
ilicitude.
Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor
Art. 26. (VETADO). ou advogado acesso aos autos de investigação
preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito
Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar ou a qualquer outro procedimento investigatório de
procedimento investigatório de infração penal ou infração penal, civil ou administrativa, assim como
administrativa, em desfavor de alguém, à falta de impedir a obtenção de cópias, ressalvado o
qualquer indício da prática de crime, de ilícito acesso a peças relativas a diligências em curso,
funcional ou de infração administrativa: ou que indiquem a realização de diligências
futuras, cujo sigilo seja imprescindível:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos, e multa. Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos, e multa.
Parágrafo único. NÃO HÁ CRIME quando se
tratar de sindicância ou investigação preliminar Art. 33. Exigir informação ou cumprimento
sumária, DEVIDAMENTE JUSTIFICADA. de obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não
fazer, sem expresso amparo legal:
Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de
gravação sem relação com a prova que se Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida anos, e multa.
privada ou ferindo a honra ou a imagem do
investigado ou acusado: Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se
utiliza de cargo ou função pública ou invoca a
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e condição de agente público para se eximir de
multa. obrigação legal ou para obter vantagem ou
privilégio indevido.
Art. 29. Prestar informação falsa sobre
procedimento judicial, policial, fiscal ou
administrativo com o fim de prejudicar interesse de
investigado:
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Art. 34. (VETADO).
Resumo:
Art. 35. (VETADO).
TODOS OS CRIMES SÃO: • Dolosos;
Art. 36. Decretar, em processo judicial, a • Próprios;
indisponibilidade de ativos financeiros em quantia •Punidos com multa cumulativa;
que extrapole exacerbadamente o valor estimado • Punidos com detenção;
para a satisfação da dívida da parte e, ante a
ELEMENTO ESPECÍFICO: • Prejudicar alguém;
demonstração, pela parte, da excessividade da
ou
medida, deixar de corrigi-la:
• Beneficiar a si mesmo; ou
• Beneficiar a terceiro; ou
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
multa. • Mero capricho; ou
• Satisfação pessoal.
Art. 37. Demorar demasiada e
injustificadamente no exame de processo de que NÃO CONFIGURA ABUSO DE AUTORIDADE A
tenha requerido vista em órgão colegiado, com o DIVERGÊNCIA NA: • Interpretação de lei;
intuito de procrastinar seu andamento ou retardar • Avaliação de fatos;
o julgamento: • Avaliação de provas.

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) AÇÃO PENAL: Pública INCONDICIONADA


anos, e multa.
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO: • Prestação
Art. 38. Antecipar o responsável pelas de serviços à comunidade ou a entidades públicas;
investigações, por meio de comunicação, inclusive • Suspensão do exercício do cargo, da função ou do
rede social, atribuição de culpa, antes de mandato.
concluídas as apurações e formalizada a - Prazo: 1 a 6 meses
acusação: - Com a perda dos vencimentos e das vantagens

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) EFEITOS DA CONDENAÇÃO: • Tornar certa a


anos, e multa. obrigação de indenizar o dano causado pelo crime;
- Juiz, a requerimento do ofendido, deve fixar na
sentença o valor mínimo
Do Procedimento
• Perda do cargo, do mandato ou da função pública.
• Inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou
Art. 39. Aplicam-se ao processo e ao função pública;
julgamento dos delitos previstos nesta Lei, no que - Prazo: 1 a 5 anos
couber, as disposições do Decreto-Lei nº 3.689, Obs.: nos dois últimos efeitos (inabilitação e
de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo perda):
Penal), e da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de - São condicionados: reincidência em crime de abuso
1995. de autoridade;
- Não são automáticos.

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XI – Informar às Secretarias de Segurança
Estatuto do Desarmamento (10.826/03) Pública dos Estados e do Distrito Federal os
registros e autorizações de porte de armas de fogo
nos respectivos territórios, bem como manter o
Do Sistema Nacional de Armas
cadastro atualizado para consulta.
Art. 1o O Sistema Nacional de Armas – Parágrafo único. As disposições deste artigo não
Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no alcançam as armas de fogo das Forças
âmbito da Polícia Federal, tem circunscrição em Armadas e Auxiliares, bem como as demais que
todo o território nacional. constem dos seus registros próprios.
Art. 2o Ao Sinarm compete: Do Registro
I – Identificar as características e a Art. 3o É OBRIGATÓRIO o registro de arma
propriedade de armas de fogo, mediante cadastro; de fogo no órgão competente.
II – Cadastrar as armas de fogo Parágrafo único. As armas de fogo de uso
produzidas, importadas e vendidas no País; restrito serão registradas no Comando do
Exército, na forma do regulamento desta Lei.
III – Cadastrar as autorizações de porte de
arma de fogo e as renovações expedidas pela Art. 4o Para adquirir arma de fogo de USO
Polícia Federal; PERMITIDO o interessado deverá, além de
declarar a efetiva necessidade, atender aos
IV – Cadastrar as transferências de seguintes requisitos:
propriedade, extravio, furto, roubo e outras
ocorrências suscetíveis de alterar os dados I - Comprovação de idoneidade, com a
cadastrais, inclusive as decorrentes de apresentação de certidões negativas de
fechamento de empresas de segurança privada e antecedentes criminais fornecidas pela Justiça
de transporte de valores; Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não
estar respondendo a inquérito policial ou a
V – Identificar as modificações que alterem processo criminal, que poderão ser fornecidas
as características ou o funcionamento de arma de por meios eletrônicos;
fogo;
II – Apresentação de documento
VI – Integrar no cadastro os acervos comprobatório de ocupação lícita e de
policiais já existentes; residência certa;

VII – Cadastrar as apreensões de armas de III – Comprovação de capacidade técnica


fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos e de aptidão psicológica para o manuseio de
policiais e judiciais; arma de fogo, atestadas na forma disposta no
regulamento desta Lei.
VIII – Cadastrar os armeiros em atividade
no País, bem como conceder licença para exercer § 1o O Sinarm expedirá autorização de
a atividade; compra de arma de fogo após atendidos os
requisitos anteriormente estabelecidos, em nome
IX – Cadastrar mediante registro os do requerente e para a arma indicada, sendo
produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e intransferível esta autorização.
importadores autorizados de armas de fogo,
acessórios e munições; § 2o A aquisição de munição somente
poderá ser feita no calibre correspondente à
X – Cadastrar a identificação do cano da arma registrada e na quantidade estabelecida
arma, as características das impressões de no regulamento desta Lei.
raiamento e de microestriamento de projétil
disparado, conforme marcação e testes § 3o A empresa que comercializar arma de
obrigatoriamente realizados pelo fabricante; fogo em território nacional É OBRIGADA a
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comunicar a venda à autoridade competente, § 3o O proprietário de arma de fogo com
como também a manter banco de dados com certificados de registro de propriedade expedido
todas as características da arma e cópia dos por órgão estadual ou do Distrito Federal até a
documentos previstos neste artigo. data da publicação desta Lei que não optar pela
entrega espontânea prevista no art. 32 desta Lei
§ 4o A empresa que comercializa armas de deverá renová-lo mediante o pertinente registro
fogo, acessórios e munições responde legalmente federal, até o dia 31 de dezembro de 2008, ante a
por essas mercadorias, ficando registradas como apresentação de documento de identificação
de sua propriedade enquanto não forem vendidas. pessoal e comprovante de residência fixa, ficando
dispensado do pagamento de taxas e do
§ 5o A comercialização de armas de fogo, cumprimento das demais exigências constantes
acessórios e munições entre pessoas físicas dos incisos I a III do caput do art. 4o desta
SOMENTE SERÁ EFETIVADA mediante Lei.
autorização do Sinarm.
§ 4o Para fins do cumprimento do disposto
o
o
§ 6 A expedição da autorização a que se no § 3 deste artigo, o proprietário de arma de fogo
refere o § 1o será concedida, ou recusada com a poderá obter, no Departamento de Polícia Federal,
devida fundamentação, no prazo de 30 (trinta) certificado de registro provisório, expedido na rede
dias úteis, a contar da data do requerimento do mundial de computadores - internet, na forma do
interessado. regulamento e obedecidos os procedimentos a
seguir:
§ 7o O registro precário a que se refere o
o
§ 4 PRESCINDE do cumprimento dos requisitos I - Emissão de certificado de registro
dos incisos I, II e III deste artigo. provisório pela internet, com validade inicial de 90
(noventa) dias; e
§ 8o Estará dispensado das exigências
constantes do inciso III do caput deste artigo, na II - Revalidação pela unidade do
forma do regulamento, o interessado em adquirir Departamento de Polícia Federal do certificado
arma de fogo de USO PERMITIDO que de registro provisório pelo prazo que estimar
comprove estar autorizado a portar arma com como necessário para a emissão definitiva do
as mesmas características daquela a ser certificado de registro de propriedade.
adquirida.
§ 5º Aos residentes em área rural, para os
Art. 5o O certificado de Registro de Arma de fins do disposto no caput deste artigo, considera-
Fogo, com validade em todo o território se residência ou domicílio toda a extensão do
nacional, autoriza o seu proprietário a manter a respectivo imóvel rural.
arma de fogo exclusivamente no interior de sua
residência ou domicílio, ou dependência Do Porte
desses, ou, ainda, no seu local de trabalho,
desde que seja ele o titular ou o responsável Art. 6o É PROIBIDO o porte de arma de
legal pelo estabelecimento ou fogo em todo o território nacional, salvo para
empresa. os casos previstos em legislação própria e para:

§ 1o O certificado de registro de arma de I – Os integrantes das Forças Armadas


fogo será expedido pela Polícia Federal e será (Exército, Marinha e Aeronáutica);
precedido de autorização do Sinarm.
II - Os integrantes de órgãos referidos
§ 2o Os requisitos de que tratam os nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144
incisos I, II e III do art. 4o deverão ser da Constituição Federal ( P F , P R F , P F F ,
comprovados periodicamente, em período não PC, PM e B M ) e os da
inferior a 3 (três) anos, na conformidade do Força Nacional de Segurança Pública
estabelecido no regulamento desta Lei, para a (FNSP);
renovação do Certificado de Registro de Arma
de Fogo. III – Os integrantes das guardas
municipais das capitais dos Estados e dos
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Municípios com mais de 500.000 (quinhentos XI - Os tribunais do Poder Judiciário
mil) habitantes, nas condições estabelecidas no descritos no art. 92 da Constituição Federal e os
regulamento desta Lei; (Vide ADIN Ministérios Públicos da União e dos Estados,
5538) (Vide ADIN 5948) (Vide ADC 38) para uso exclusivo de servidores de seus
quadros pessoais que efetivamente estejam no
IV - Os integrantes das guardas exercício de funções de segurança, na forma
municipais dos Municípios com mais de 50.000 de regulamento a ser emitido pelo Conselho
(cinquenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho
mil) habitantes, QUANDO EM SERVIÇO; Nacional do Ministério Público – CNMP

***INFORMATIVO 597 DO STJ: “Delegado de


Polícia que mantém arma em sua casa sem
NÃO CONFUNDA: registro no órgão competente pratica crime de
posse irregular de arma de fogo.”
- Capitais dos Estados e nos Municípios
com mais de 500 mil habitantes: Podem
portar fora de serviço.
- Municípios com mais de 50 e menos de
500 mil habitantes: Apenas podem portar § 1o As pessoas previstas nos incisos I, II,
quando em serviço. III, V e VI do caput deste artigo terão direito de
portar arma de fogo de propriedade particular
ou fornecida pela respectiva corporação ou
instituição, mesmo fora de serviço, nos termos
do regulamento desta Lei, com validade em
V – Os agentes operacionais da Agência
âmbito nacional para aquelas constantes dos
Brasileira de Inteligência (ABIN) e os agentes
incisos I, II, V e VI.
do Departamento de Segurança do Gabinete de
Segurança Institucional da Presidência da
República; § 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo
de agentes e guardas prisionais poderão portar
VI – Os integrantes dos órgãos policiais arma de fogo de propriedade particular ou
referidos no art. 51, IV (Polícia Da Câmara Dos fornecida pela respectiva corporação ou
Deputados), e no art. 52, XIII (Polícia Do Senado instituição, mesmo fora de serviço, desde que
Federal), da Constituição Federal; estejam:

VII – Os integrantes do quadro efetivo dos I - Submetidos a regime de dedicação


agentes e guardas prisionais, os integrantes exclusiva;
das escoltas de presos e as guardas
portuárias;
II - Sujeitos à formação funcional, nos
termos do regulamento; e
VIII – As empresas de segurança privada e
de transporte de valores constituídas, nos
termos desta Lei; III - Subordinados a mecanismos de
fiscalização e de controle
IX – Para os integrantes das entidades de interno.
desporto legalmente constituídas, cujas
atividades esportivas demandem o uso de § 2o A autorização para o porte de arma de
armas de fogo, na forma do regulamento desta fogo aos integrantes das instituições descritas
Lei, observando-se, no que couber, a legislação nos incisos V, VI, VII e X do caput deste artigo
ambiental. está CONDICIONADA à comprovação do
requisito a que se refere o inciso III do caput do
X - Integrantes das Carreiras de Auditoria art. 4o desta Lei nas condições estabelecidas no
da Receita Federal do Brasil e de Auditoria- regulamento desta Lei.
Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e
Analista Tributário.
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§ 3o A autorização para o porte de arma de empresas, somente podendo ser utilizadas
fogo das guardas municipais está quando em serviço, devendo essas observar as
CONDICIONADA à formação funcional de seus condições de uso e de armazenagem
integrantes em estabelecimentos de ensino de estabelecidas pelo órgão competente, sendo o
atividade policial, à existência de mecanismos certificado de registro e a autorização de porte
de fiscalização e de controle interno, nas expedidos pela Polícia Federal em NOME DA
condições estabelecidas no regulamento desta EMPRESA.
Lei, observada a supervisão do Ministério da
Justiça. § 1o O proprietário ou diretor responsável de
empresa de segurança privada e de transporte de
§ 4o Os integrantes das Forças Armadas, das valores responderá pelo crime previsto no
polícias federais e estaduais e do Distrito Federal, parágrafo único do art. 13 desta Lei, sem
bem como os militares dos Estados e do Distrito prejuízo das demais sanções administrativas e
Federal, ao exercerem o direito descrito no art. 4o, civis, se DEIXAR de registrar ocorrência policial
ficam DISPENSADOS do cumprimento do e de comunicar à Polícia Federal perda, furto,
disposto nos incisos I, II e III do mesmo artigo, na roubo ou outras formas de extravio de armas
forma do regulamento desta Lei. de fogo, acessórios e munições que estejam sob
sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro)
§ 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores horas depois de ocorrido o fato.
de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem
depender do emprego de arma de fogo para § 2o A empresa de segurança e de transporte
prover sua subsistência alimentar familiar será de valores deverá apresentar documentação
concedido pela Polícia Federal o porte de arma comprobatória do preenchimento dos
de fogo, na categoria caçador para subsistência, requisitos constantes do art. 4o desta Lei quanto
de uma ARMA DE USO PERMITIDO, de tiro aos empregados que portarão arma de fogo.
simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma
lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), § 3o A listagem dos empregados das
desde que o interessado comprove a efetiva empresas referidas neste artigo deverá ser
necessidade em requerimento ao qual deverão ser atualizada semestralmente junto ao Sinarm.
anexados os seguintes documentos:
Art. 7o-A. As armas de fogo utilizadas pelos
I - Documento de identificação servidores das instituições descritas no inciso XI
pessoal; do art. 6o serão de propriedade,
responsabilidade e guarda das respectivas
II - Comprovante de residência em área instituições, somente podendo ser utilizadas
rural; e quando em serviço, devendo estas observar as
condições de uso e de armazenagem
III - Atestado de bons antecedentes. estabelecidas pelo órgão competente, sendo o
certificado de registro e a autorização de porte
§ 6o O caçador para subsistência que der expedidos pela Polícia Federal em NOME DA
outro uso à sua arma de fogo, independentemente INSTITUIÇÃO.
de outras tipificações penais, responderá,
conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo § 1o A autorização para o porte de arma de
de arma de fogo de uso permitido. fogo de que trata este artigo independe do
pagamento de taxa.
§ 7o Aos integrantes das guardas
municipais dos Municípios que integram § 2o O presidente do tribunal ou o chefe do
regiões metropolitanas será autorizado porte Ministério Público designará os servidores de seus
de arma de fogo, quando em serviço. quadros pessoais no exercício de funções de
segurança que poderão portar arma de fogo,
Art. 7o As armas de fogo utilizadas pelos respeitado o limite máximo de 50% (cinquenta por
empregados das empresas de segurança cento) do número de servidores que exerçam
privada e de transporte de valores, constituídas funções de segurança.
na forma da lei, serão de propriedade,
responsabilidade e guarda das respectivas

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§ 3o O porte de arma pelos servidores das I – Demonstrar a sua efetiva necessidade por
instituições de que trata este artigo fica exercício de atividade profissional de risco ou de
condicionado à apresentação de documentação ameaça à sua integridade física;
comprobatória do preenchimento dos requisitos
constantes do art. 4o desta Lei, bem como à II – Atender às exigências previstas no art.
formação funcional em estabelecimentos de 4o desta Lei;
ensino de atividade policial e à existência de
mecanismos de fiscalização e de controle interno, III – apresentar documentação de
nas condições estabelecidas no regulamento propriedade de arma de fogo, bem como o seu
desta Lei. devido registro no órgão competente.

§ 4o A listagem dos servidores das instituições


de que trata este artigo deverá ser atualizada § 2o A autorização de porte de arma de
semestralmente no Sinarm. fogo, prevista neste artigo, perderá
automaticamente sua eficácia caso o portador
dela seja detido ou abordado em estado de
§ 5o As instituições de que trata este artigo
embriaguez ou sob efeito de substâncias
são obrigadas a registrar ocorrência policial e a
químicas ou alucinógenas.
comunicar à Polícia Federal eventual perda, furto,
roubo ou outras formas de extravio de armas de
fogo, acessórios e munições que estejam sob sua Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas,
guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas nos valores constantes do Anexo desta Lei, pela
depois de ocorrido o fato. prestação de serviços relativos:

Art. 8o As armas de fogo utilizadas em I – Ao registro de arma de fogo;


entidades desportivas legalmente constituídas
devem obedecer às condições de uso e de II – À renovação de registro de arma de fogo;
armazenagem estabelecidas pelo órgão
competente, respondendo o possuidor ou o III – À expedição de segunda via de registro
autorizado a portar a arma pela sua guarda na de arma de fogo;
forma do regulamento desta Lei.
IV – À expedição de porte federal de arma de
fogo;
Art. 9o Compete ao Ministério da Justiça
a autorização do porte de arma para os
V – À renovação de porte de arma de fogo;
responsáveis pela segurança de cidadãos
estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e,
ao Comando do Exército, nos termos do VI – À expedição de segunda via de porte
regulamento desta Lei, o registro e a concessão federal de arma de fogo.
de porte de trânsito de arma de fogo para
colecionadores, atiradores e caçadores § 1o Os valores arrecadados destinam-se ao
(CAC’S) e de representantes estrangeiros em custeio e à manutenção das atividades do Sinarm,
competição internacional oficial de tiro da Polícia Federal e do Comando do Exército, no
realizada no território nacional. âmbito de suas respectivas responsabilidades.

§ 2o São ISENTAS do pagamento das taxas


Art. 10. A autorização para o porte de previstas neste artigo as pessoas e as instituições
arma de fogo de USO PERMITIDO, em todo o a que se referem os incisos I a VII e X e o § 5 o do
território nacional, é de competência da Polícia art. 6o desta Lei.
Federal e somente será concedida após
autorização do Sinarm.
Art. 11-A. O Ministério da Justiça disciplinará
a forma e as condições do credenciamento de
§ 1o A autorização prevista neste artigo profissionais pela Polícia Federal para
poderá ser concedida com eficácia temporária e comprovação da aptidão psicológica e da
territorial limitada, nos termos de atos capacidade técnica para o manuseio de arma de
regulamentares, e dependerá de o requerente: fogo.

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§ 1o Na comprovação da aptidão psicológica,
o valor cobrado pelo psicólogo não poderá
exceder ao valor médio dos honorários Dica:
profissionais para realização de avaliação
psicológica constante do item 1.16 da tabela do São os únicos dois crimes do Estatuto que
Conselho Federal de Psicologia. tem pena de Detenção.

§ 2o Na comprovação da capacidade técnica,


o valor cobrado pelo instrutor de armamento e tiro
não poderá exceder R$ 80,00 (oitenta
reais), acrescido do custo da IMPORTANTE:
munição.
- Crime omissivo próprio;
o - Não cabe tentativa;
§ 3 A cobrança de valores superiores aos
previstos nos §§ 1o e 2o deste artigo implicará o - só abrange arma de fogo; não abrange
descredenciamento do profissional pela Polícia munição ou acessório.
Federal.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o
Dos Crimes e das Penas proprietário ou diretor responsável de empresa
de segurança e transporte de valores que
DEIXAREM de registrar ocorrência policial e de
Posse irregular de arma de fogo de uso comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo
permitido ou outras formas de extravio de arma de fogo,
acessório ou munição que estejam sob sua
Art. 12. POSSUIR ou MANTER SOB SUA guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas
GUARDA arma de fogo, acessório ou munição, depois de ocorrido o fato.
de USO PERMITIDO, em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, no interior Porte ilegal de arma de fogo de uso
de sua residência ou dependência desta, ou, permitido
ainda no seu local de trabalho, desde que seja
o titular ou o responsável legal do
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer,
estabelecimento ou empresa:
receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda
que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar,
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e manter sob guarda ou ocultar arma de fogo,
multa. acessório ou munição, de USO PERMITIDO,
sem autorização e em desacordo com
Omissão de cautela determinação legal ou regulamentar:

Art. 13. DEIXAR DE OBSERVAR as Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos,


cautelas necessárias para impedir que menor e multa.
de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de
deficiência mental se apodere de arma de fogo Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é
que esteja sob sua posse ou que seja de sua inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver
propriedade: registrada em nome do agente. (STF declarou
INCONSTITUCIONAL este parágrafo)
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e
multa.

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***INFORMATIVO 699 DO STF: porte de para fins de dificultar ou de qualquer modo


arma de fogo (art. 14, Lei 10.826/03) configura induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;
crime, mesmo que esteja desmuniciada.
Trata-se, atualmente, de posição pacífica III – POSSUIR, DETIVER, FABRICAR ou
tanto no STF como no STJ. EMPREGAR artefato explosivo ou incendiário,
sem autorização ou em desacordo com
***INFORMATIVO 844 DO STF: posse ou determinação legal ou regulamentar;
porte apenas da munição configura crime.

***INFORMATIVO 826 DO STF: é atípica a ***INFORMATIVO 599 DO STJ: portar


conduta daquele que porta, na forma de granada de gás lacrimogênio ou de pimenta
pingente, munição desacompanhada de não configura crime do Estatuto do
arma. Desarmamento.

Disparo de arma de fogo


IV – PORTAR, POSSUIR, ADQUIRIR,
Art. 15. DISPARAR arma de fogo ou TRANSPORTAR ou FORNECER arma de fogo
acionar munição em lugar habitado ou em suas com numeração, marca ou qualquer outro sinal
adjacências, em via pública ou em direção a de identificação raspado, suprimido ou
ela, desde que essa conduta não tenha como adulterado;
finalidade a prática de outro crime:
V – VENDER, ENTREGAR ou FORNECER,
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, ainda que gratuitamente, arma de fogo,
e multa. acessório, munição ou explosivo a criança ou
adolescente; e
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é
inafiançável. (STF declarou VI – PRODUZIR, RECARREGAR ou
INCONSTITUCIONAL) RECICLAR, sem autorização legal, ou
adulterar, de qualquer forma, munição ou
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de explosivo.
uso restrito
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no
§ 1º deste artigo envolverem arma de fogo de USO
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, PROIBIDO, a pena é de reclusão, de 4 (quatro)
fornecer, receber, ter em depósito, transportar,
a 12 (doze) anos.
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob sua guarda ou
ocultar arma de fogo, acessório ou munição de Comércio ilegal de arma de fogo
USO RESTRITO, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou Art. 17. Adquirir, alugar, receber,
regulamentar: transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito,
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender,
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em
multa. proveito próprio ou alheio, no exercício de
atividade comercial ou industrial, arma de
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: fogo, acessório ou munição, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou
I – SUPRIMIR ou ALTERAR marca, regulamentar:
numeração ou qualquer sinal de identificação
de arma de fogo ou artefato; Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze)
anos, e multa.
II – MODIFICAR as características de arma
de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma § 1º Equipara-se à atividade comercial ou
de fogo de USO PROIBIDO ou RESTRITO ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma

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de prestação de serviços, fabricação ou Disposições Gerais
comércio irregular ou clandestino, inclusive o
exercido em residência. Art. 22. O Ministério da Justiça poderá
celebrar convênios com os Estados e o Distrito
§ 2º Incorre na mesma pena quem VENDE Federal para o cumprimento do disposto nesta Lei.
OU ENTREGA arma de fogo, acessório ou
munição, sem autorização ou em desacordo com Art. 23. A classificação legal, técnica e geral
a determinação legal ou regulamentar, a agente bem como a definição das armas de fogo e demais
policial disfarçado, quando presentes produtos controlados, de usos proibidos, restritos,
elementos probatórios razoáveis de conduta permitidos ou obsoletos e de valor histórico serão
criminal preexistente. disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo
Federal, mediante proposta do Comando do
Tráfico internacional de arma de fogo Exército.

Art. 18. IMPORTAR, EXPORTAR, § 1o Todas as munições comercializadas no


FAVORECER A ENTRADA ou SAÍDA DO País deverão estar acondicionadas em
TERRITÓRIO NACIONAL, a qualquer título, de embalagens com sistema de código de barras,
arma de fogo, acessório ou munição, sem gravado na caixa, visando possibilitar a
autorização da autoridade competente: identificação do fabricante e do adquirente, entre
outras informações definidas pelo regulamento
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 desta Lei.
(dezesseis) anos, e multa.
§ 2o Para os órgãos referidos no art. 6 o,
Parágrafo único. Incorre na mesma pena somente serão expedidas autorizações de compra
quem VENDE OU ENTREGA arma de fogo, de munição com identificação do lote e do
acessório ou munição, em operação de adquirente no culote dos projéteis, na forma do
importação, sem autorização da autoridade regulamento desta Lei.
competente, a agente policial disfarçado,
quando presentes elementos probatórios § 3o As armas de fogo fabricadas a partir de
razoáveis de conduta criminal preexistente. 1 (um) ano da data de publicação desta Lei
conterão dispositivo intrínseco de segurança e de
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 identificação, gravado no corpo da arma, definido
(COMÉRIO ILEGAL) e 18 (TRÁFICO pelo regulamento desta Lei, exclusive para os
INTERNACIONAL), a pena é aumentada da órgãos previstos no art. 6o.
metade se a arma de fogo, acessório ou
munição forem de USO PROIBIDO OU § 4o As instituições de ensino policial e as
RESTRITO. guardas municipais referidas nos incisos III e IV
do caput do art. 6o desta Lei e no seu § 7o poderão
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, adquirir insumos e máquinas de recarga de
16, 17 e 18 (não se aplica aos crimes de posse munição para o fim exclusivo de suprimento de
ilegal de uso permitido e de omissão de suas atividades, mediante autorização concedida
cautela), a pena é aumentada da metade se: nos termos definidos em
regulamento.
I - Forem praticados por integrante dos
órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se
desta Lei; ou refere o art. 2º desta Lei, compete ao Comando do
Exército autorizar e fiscalizar a produção,
exportação, importação, desembaraço
II - O agente for reincidente específico em
alfandegário e o comércio de armas de fogo e
crimes dessa natureza.
demais produtos controlados, inclusive o registro
e o porte de trânsito de arma de fogo de
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 colecionadores, atiradores e caçadores.
e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória.
(STF declarou INCONSTITUCIONAL)
Art. 25. As ARMAS DE FOGO
APREENDIDAS, após a elaboração do laudo
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pericial e sua juntada aos autos, quando não mais Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda,
interessarem à persecução penal serão a comercialização e a importação de brinquedos,
encaminhadas pelo juiz competente ao Comando réplicas e simulacros de armas de fogo, que
do Exército, no prazo de até 48 (quarenta e oito) com estas se possam confundir.
horas, para DESTRUIÇÃO ou DOAÇÃO AOS
ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA ou ÀS Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as
FORÇAS ARMADAS, na forma do regulamento réplicas e os simulacros destinados à instrução, ao
desta Lei. adestramento, ou à coleção de usuário autorizado,
nas condições fixadas pelo Comando do Exército.
§ 1o As armas de fogo encaminhadas ao
Comando do Exército que receberem parecer Art. 27. Caberá ao Comando do Exército
favorável à doação, obedecidos o padrão e a autorizar, excepcionalmente, a aquisição de
dotação de cada Força Armada ou órgão de armas de fogo de uso restrito. (STF declarou
segurança pública, atendidos os critérios de INCONSTITUCIONAL)
prioridade estabelecidos pelo Ministério da Justiça
e ouvido o Comando do Exército, serão arroladas Parágrafo único. O disposto neste artigo não se
em relatório reservado trimestral a ser aplica às aquisições dos Comandos Militares.
encaminhado àquelas instituições, abrindo-se-
lhes prazo para manifestação de Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e
interesse. cinco) anos ADQUIRIR arma de fogo,
ressalvados os integrantes das entidades
§ 1º-A. As armas de fogo e munições constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X
apreendidas em decorrência do tráfico de drogas do caput do art. 6o desta Lei.
de abuso, ou de qualquer forma utilizadas em
atividades ilícitas de produção ou comercialização Art. 29. As autorizações de porte de armas de
de drogas abusivas, ou, ainda, que tenham sido fogo já concedidas expirar-se-ão 90 (noventa) dias
adquiridas com recursos provenientes do tráfico após a publicação desta Lei.
de drogas de abuso, perdidas em favor da União
e encaminhadas para o Comando do Exército, Parágrafo único. O detentor de autorização com
devem ser, após perícia ou vistoria que atestem prazo de validade superior a 90 (noventa) dias
seu bom estado, destinadas com prioridade para poderá renová-la, perante a Polícia Federal, nas
os órgãos de segurança pública e do sistema condições dos arts. 4o, 6o e 10 desta Lei, no prazo
penitenciário da unidade da federação de 90 (noventa) dias após sua publicação, sem
responsável pela apreensão. ônus para o requerente.
§ 2o O Comando do Exército encaminhará a Art. 30. Os possuidores e proprietários de
relação das armas a serem doadas ao juiz arma de fogo de USO PERMITIDO ainda não
competente, que determinará o seu perdimento registrada deverão solicitar seu registro até o
em favor da instituição beneficiada. dia 31 de dezembro de 2008, mediante
apresentação de documento de identificação
§ 3o O transporte das armas de fogo doadas pessoal e comprovante de residência fixa,
será de responsabilidade da instituição acompanhados de nota fiscal de compra ou
beneficiada, que procederá ao seu cadastramento comprovação da origem lícita da posse, pelos
no Sinarm ou no Sigma. meios de prova admitidos em direito, ou
declaração firmada na qual constem as
§ 4o (VETADO). características da arma e a sua condição de
proprietário, ficando este dispensado do
§ 5o O Poder Judiciário instituirá instrumentos pagamento de taxas e do cumprimento das
para o encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, demais exigências constantes dos incisos I a III
conforme se trate de arma de uso permitido ou de do caput do art. 4o desta Lei.
uso restrito, semestralmente, da relação de armas
acauteladas em juízo, mencionando suas Parágrafo único. Para fins do cumprimento do
características e o local onde se disposto no caput deste artigo, o proprietário de
encontram. arma de fogo poderá obter, no Departamento de
Polícia Federal, certificado de registro provisório,

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expedido na forma do § 4o do art. 5o desta armazenar características de classe e
Lei. individualizadoras de projéteis e de estojos de
munição deflagrados por arma de fogo.
Art. 31. Os POSSUIDORES E
PROPRIETÁRIOS de armas de fogo adquiridas § 2º O Banco Nacional de Perfis Balísticos
regularmente poderão, a qualquer tempo, será constituído pelos registros de elementos de
entregá-las à Polícia Federal, mediante recibo e munição deflagrados por armas de fogo
indenização, nos termos do regulamento desta relacionados a crimes, para subsidiar ações
Lei. destinadas às apurações criminais federais,
estaduais e distritais.
Art. 32. Os possuidores e proprietários de
arma de fogo poderão entregá-la, § 3º O Banco Nacional de Perfis Balísticos
espontaneamente, mediante recibo, e, será gerido pela unidade oficial de perícia criminal.
presumindo-se de boa-fé, serão indenizados, na
forma do regulamento, ficando extinta a § 4º Os dados constantes do Banco Nacional
punibilidade de eventual posse irregular da de Perfis Balísticos terão caráter sigiloso, e aquele
referida arma. que permitir ou promover sua utilização para fins
diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão
judicial responderá civil, penal e
Art. 33. Será aplicada multa de R$
administrativamente.
100.000,00 (cem mil reais) a R$ 300.000,00
(trezentos mil reais), conforme especificar o
§ 5º É vedada a comercialização, total ou
regulamento desta Lei:
parcial, da base de dados do Banco Nacional de
Perfis Balísticos.
I – À empresa de transporte aéreo,
rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre
§ 6º A formação, a gestão e o acesso ao
que deliberadamente, por qualquer meio, faça,
Banco Nacional de Perfis Balísticos serão
promova, facilite ou permita o transporte de arma
regulamentados em ato do Poder Executivo
ou munição sem a devida autorização ou com
federal.
inobservância das normas de segurança;

II – À empresa de produção ou comércio de Disposições Finais


armamentos que realize publicidade para venda,
estimulando o uso indiscriminado de armas de Art. 35. É proibida a comercialização de
fogo, exceto nas publicações especializadas. arma de fogo e munição em todo o território
nacional, salvo para as entidades previstas no
Art. 34. Os promotores de eventos em locais art. 6o desta Lei.
fechados, com aglomeração superior a 1000 (um
mil) pessoas, adotarão, sob pena de
responsabilidade, as providências necessárias
para evitar o ingresso de pessoas armadas,
ressalvados os eventos garantidos pelo inciso VI
do art. 5o da Constituição Federal.

Parágrafo único. As empresas responsáveis pela


prestação dos serviços de transporte internacional
e interestadual de passageiros adotarão as
providências necessárias para evitar o embarque
de passageiros armados.

Art. 34-A. Os dados relacionados à coleta de


registros balísticos serão armazenados no Banco
Nacional de Perfis Balísticos.

§ 1º O Banco Nacional de Perfis Balísticos


tem como objetivo cadastrar armas de fogo e
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à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
Estatuto da Criança e do Adolescente respeito, à liberdade e à convivência familiar e
(8.069/90) comunitária.

Obs.: Quando essa lei é cobrada, Parágrafo único. A garantia de prioridade


geralmente cai a literalidade. É uma lei compreende:
que, apesar de estar em quase todos os
editais, ela não é muito exigida em a) primazia de receber proteção e socorro
concursos policiais. Quando é cobrada, em quaisquer circunstâncias;
caem poucas questões. Por ser um
b) precedência de atendimento nos serviços
assunto extenso, atente-se aos pontos
públicos ou de relevância pública;
que têm a ver com o cargo.
c) preferência na formulação e na execução
das políticas sociais públicas;
Das Disposições Preliminares
d) destinação privilegiada de recursos
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção públicos nas áreas relacionadas com a proteção à
integral à criança e ao adolescente. infância e à juventude.

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente


desta Lei, a pessoa até doze anos de idade será objeto de qualquer forma de negligência,
incompletos, e adolescente aquela entre doze e discriminação, exploração, violência,
dezoito anos de idade. crueldade e opressão, punido na forma da lei
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus
Parágrafo único. Nos casos expressos em direitos fundamentais.
lei, APLICA-SE excepcionalmente este Estatuto
às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-
idade. ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as
exigências do bem comum, os direitos e deveres
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de individuais e coletivos, e a condição peculiar da
todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa criança e do adolescente como pessoas em
humana, sem prejuízo da proteção integral de que desenvolvimento.
trata esta Lei, assegurando-lhes, por lei ou por
outros meios, todas as oportunidades e Da Prevenção
facilidades, a fim de lhes facultar o
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e Art. 70. É DEVER de todos prevenir a
social, em condições de liberdade e de dignidade. ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da
criança e do adolescente.
Parágrafo único. Os direitos enunciados
nesta Lei APLICAM-SE a todas as crianças e Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito
adolescentes, sem discriminação de nascimento, Federal e os Municípios deverão atuar de forma
situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, articulada na elaboração de políticas públicas e na
religião ou crença, deficiência, condição pessoal execução de ações destinadas a coibir o uso de
de desenvolvimento e aprendizagem, condição castigo físico ou de tratamento cruel ou
econômica, ambiente social, região e local de degradante e difundir formas não violentas de
moradia ou outra condição que diferencie as educação de crianças e de adolescentes, tendo
pessoas, as famílias ou a comunidade em que como principais ações:
vivem.
I - A promoção de campanhas educativas
Art. 4º É DEVER da família, da comunidade, permanentes para a divulgação do direito da
da sociedade em geral e do poder público criança e do adolescente de serem educados e
ASSEGURAR, com absoluta prioridade, a cuidados sem o uso de castigo físico ou de
efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde,
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tratamento cruel ou degradante e dos tratamento cruel ou degradante e as formas
instrumentos de proteção aos direitos humanos; violentas de educação, correção ou disciplina;

II - A integração com os órgãos do Poder IX - A promoção e a realização de


Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria campanhas educativas direcionadas ao público
Pública, com o Conselho Tutelar, com os escolar e à sociedade em geral e a difusão desta
Conselhos de Direitos da Criança e do Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos
Adolescente e com as entidades não humanos das crianças e dos adolescentes,
governamentais que atuam na promoção, incluídos os canais de denúncia existentes;
proteção e defesa dos direitos da criança e do
adolescente; X - A celebração de convênios, de
protocolos, de ajustes, de termos e de outros
III - A formação continuada e a capacitação instrumentos de promoção de parceria entre
dos profissionais de saúde, educação e
órgãos governamentais ou entre estes e entidades
assistência social e dos demais agentes que
não governamentais, com o objetivo de
atuam na promoção, proteção e defesa dos
direitos da criança e do adolescente para o implementar programas de erradicação da
desenvolvimento das competências necessárias à violência, de tratamento cruel ou degradante e de
prevenção, à identificação de evidências, ao formas violentas de educação, correção ou
diagnóstico e ao enfrentamento de todas as disciplina;
formas de violência contra a criança e o
adolescente; XI - A capacitação permanente das Polícias
Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo de
IV - o apoio e o incentivo às práticas de Bombeiros, dos profissionais nas escolas, dos
resolução pacífica de conflitos que envolvam Conselhos Tutelares e dos profissionais
violência contra a criança e o adolescente; pertencentes aos órgãos e às áreas referidos no
inciso II deste caput, para que identifiquem
V - A inclusão, nas políticas públicas, de situações em que crianças e adolescentes
ações que visem a garantir os direitos da criança vivenciam violência e agressões no âmbito familiar
e do adolescente, desde a atenção pré-natal, e de ou institucional;
atividades junto aos pais e responsáveis com o
objetivo de promover a informação, a reflexão, o XII - A promoção de programas
debate e a orientação sobre alternativas ao uso de educacionais que disseminem valores éticos de
castigo físico ou de tratamento cruel ou irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana,
degradante no processo educativo; bem como de programas de fortalecimento da
parentalidade positiva, da educação sem castigos
VI - A promoção de espaços intersetoriais
físicos e de ações de prevenção e enfrentamento
locais para a articulação de ações e a elaboração
de planos de atuação conjunta focados nas da violência doméstica e familiar contra a criança
famílias em situação de violência, com e o adolescente;
participação de profissionais de saúde, de
assistência social e de educação e de órgãos de XIII - O destaque, nos currículos escolares
promoção, proteção e defesa dos direitos da de todos os níveis de ensino, dos conteúdos
criança e do adolescente. relativos à prevenção, à identificação e à resposta
à violência doméstica e familiar.
VII - A promoção de estudos e pesquisas, de
estatísticas e de outras informações relevantes às Parágrafo único. As famílias com crianças e
consequências e à frequência das formas de adolescentes com deficiência terão prioridade de
violência contra a criança e o adolescente para a atendimento nas ações e políticas públicas de
sistematização de dados nacionalmente prevenção e proteção.
unificados e a avaliação periódica dos resultados
Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas,
das medidas adotadas;
que atuem nas áreas da saúde e da educação,
além daquelas às quais se refere o art. 71 desta
VIII - O respeito aos valores da dignidade da
Lei, entre outras, devem contar, em seus quadros,
pessoa humana, de forma a coibir a violência, o
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com pessoas capacitadas a reconhecer e a público infanto juvenil, programas com finalidades
comunicar ao Conselho Tutelar suspeitas ou educativas, artísticas, culturais e informativas.
casos de crimes praticados contra a criança e o
adolescente. Parágrafo único. Nenhum espetáculo será
apresentado ou anunciado sem aviso de sua
Parágrafo único. São igualmente classificação, antes de sua transmissão,
responsáveis pela comunicação de que trata este apresentação ou exibição.
artigo, as pessoas encarregadas, por razão de
cargo, função, ofício, ministério, profissão ou Art. 77. Os proprietários, diretores, gerentes
ocupação, do cuidado, assistência ou guarda de e funcionários de empresas que explorem a venda
crianças e adolescentes, punível, na forma deste ou aluguel de fitas de programação em vídeo
Estatuto, o injustificado retardamento ou omissão, cuidarão para que não haja venda ou locação em
culposos ou dolosos. desacordo com a classificação atribuída pelo
órgão competente.
Art. 71. A criança e o adolescente têm direito
à informação, cultura, lazer, esportes, diversões, Parágrafo único. As fitas a que alude este
espetáculos e produtos e serviços que respeitem artigo deverão exibir, no invólucro, informação
sua condição peculiar de pessoa em sobre a natureza da obra e a faixa etária a que se
desenvolvimento. destinam.

Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei Art. 78. As revistas e publicações contendo
não excluem da prevenção especial outras material impróprio ou inadequado a crianças e
decorrentes dos princípios por ela adotados. adolescentes deverão ser comercializadas em
embalagem lacrada, com a advertência de seu
Art. 73. A inobservância das normas de conteúdo.
prevenção importará em responsabilidade da
pessoa física ou jurídica, nos termos desta Lei. Parágrafo único. As editoras cuidarão para
que as capas que contenham mensagens
Art. 74. O poder público, através do órgão pornográficas ou obscenas sejam protegidas com
competente, regulará as diversões e espetáculos embalagem opaca.
públicos, informando sobre a natureza deles, as
faixas etárias a que não se recomendem, locais e Art. 79. As revistas e publicações destinadas
horários em que sua apresentação se mostre ao público infanto-juvenil não poderão conter
inadequada. ilustrações, fotografias, legendas, crônicas ou
anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco, armas e
Parágrafo único. Os responsáveis pelas munições, e deverão respeitar os valores éticos e
diversões e espetáculos públicos deverão afixar, sociais da pessoa e da família.
em lugar visível e de fácil acesso, à entrada do
local de exibição, informação destacada sobre a Art. 80. Os responsáveis por
natureza do espetáculo e a faixa etária estabelecimentos que explorem comercialmente
especificada no certificado de classificação. bilhar, sinuca ou congênere ou por casas de jogos,
assim entendidas as que realizem apostas, ainda
Art. 75. Toda criança ou adolescente terá que eventualmente, cuidarão para que não seja
acesso às diversões e espetáculos públicos permitida a entrada e a permanência de crianças
classificados como adequados à sua faixa etária. e adolescentes no local, afixando aviso para
orientação do público.
Parágrafo único. As crianças menores de
dez anos somente poderão ingressar e Dos Produtos e Serviços
permanecer nos locais de apresentação ou
exibição quando acompanhadas dos pais ou Art. 81. É proibida a venda à criança ou
responsável. ao adolescente de:
Art. 76. As emissoras de rádio e televisão I - Armas, munições e explosivos;
somente exibirão, no horário recomendado para o
II - Bebidas alcoólicas;
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III - Produtos cujos componentes possam Art. 84. Quando se tratar de viagem ao
causar dependência física ou psíquica ainda exterior, a autorização é dispensável, se a
que por utilização indevida; criança ou adolescente:

IV - Fogos de estampido e de artifício, I - Estiver acompanhado de ambos os pais


exceto aqueles que pelo seu reduzido ou responsável;
potencial sejam incapazes de provocar
qualquer dano físico em caso de utilização II - Viajar na companhia de um dos pais,
indevida; autorizado expressamente pelo outro através
de documento com firma reconhecida.
V - Revistas e publicações a que alude o
art. 78; Art. 85. Sem prévia e expressa
autorização judicial, nenhuma criança ou
VI - Bilhetes lotéricos e equivalentes. adolescente nascido em território nacional
poderá sair do País em companhia de
estrangeiro residente ou domiciliado no
Art. 82. É proibida a hospedagem de
exterior.
criança ou adolescente em hotel, motel,
pensão ou estabelecimento congênere, salvo
se autorizado ou acompanhado pelos pais ou Da Política de Atendimento
responsável.
Art. 86. A política de atendimento dos direitos
Da Autorização para Viajar da criança e do adolescente far-se-á através de
um conjunto articulado de ações governamentais
e não-governamentais, da União, dos estados, do
Art. 83. Nenhuma criança ou Distrito Federal e dos municípios.
adolescente menor de 16 (dezesseis) anos
poderá viajar para fora da comarca onde reside
Art. 87. São linhas de ação da política de
desacompanhado dos pais ou dos
atendimento:
responsáveis sem expressa autorização
judicial.
I - Políticas sociais básicas;
§ 1º A autorização não será exigida
quando: II - Serviços, programas, projetos e
benefícios de assistência social de garantia de
proteção social e de prevenção e redução de
a) tratar-se de comarca contígua à da
violações de direitos, seus agravamentos ou
residência da criança ou do adolescente menor
reincidências;
de 16 (dezesseis) anos, se na mesma unidade
da Federação, ou incluída na mesma região
metropolitana; III - Serviços especiais de prevenção e
atendimento médico e psicossocial às vítimas de
negligência, maus-tratos, exploração, abuso,
b) a criança ou o adolescente menor de 16
crueldade e opressão;
(dezesseis) anos estiver acompanhado:
IV - Serviço de identificação e localização de
1) de ascendente ou colateral maior, até o
pais, responsável, crianças e adolescentes
terceiro grau, comprovado documentalmente o
desaparecidos;
parentesco;
V - Proteção jurídico-social por entidades de
2) de pessoa maior, expressamente
defesa dos direitos da criança e do adolescente.
autorizada pelo pai, mãe ou responsável.
VI - Políticas e programas destinados a
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a
prevenir ou abreviar o período de afastamento do
pedido dos pais ou responsável, conceder
convívio familiar e a garantir o efetivo exercício do
autorização válida por dois anos.
direito à convivência familiar de crianças e
adolescentes;

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VII - Campanhas de estímulo ao acolhimento VIII - Especialização e formação continuada
sob forma de guarda de crianças e adolescentes dos profissionais que trabalham nas diferentes
afastados do convívio familiar e à adoção, áreas da atenção à primeira infância, incluindo os
especificamente inter-racial, de crianças maiores conhecimentos sobre direitos da criança e sobre
ou de adolescentes, com necessidades desenvolvimento infantil;
específicas de saúde ou com deficiências e de
grupos de irmãos. IX - Formação profissional com abrangência
dos diversos direitos da criança e do adolescente
Art. 88. São diretrizes da política de que favoreça a intersetorialidade no atendimento
atendimento: da criança e do adolescente e seu
desenvolvimento integral;
I - Municipalização do atendimento;
X - Realização e divulgação de pesquisas
II - Criação de conselhos municipais, sobre desenvolvimento infantil e sobre prevenção
estaduais e nacional dos direitos da criança e do da violência.
adolescente, órgãos deliberativos e controladores
das ações em todos os níveis, assegurada a Art. 89. A função de membro do conselho
participação popular paritária por meio de nacional e dos conselhos estaduais e municipais
organizações representativas, segundo leis dos direitos da criança e do adolescente é
federal, estaduais e municipais; considerada de interesse público relevante e não
será remunerada.
III - Criação e manutenção de programas
específicos, observada a descentralização Das Entidades de Atendimento
político-administrativa;
Disposições Gerais
IV - Manutenção de fundos nacional,
estaduais e municipais vinculados aos respectivos Art. 90. As entidades de atendimento são
conselhos dos direitos da criança e do responsáveis pela manutenção das próprias
adolescente; unidades, assim como pelo planejamento e
execução de programas de proteção e
V - Integração operacional de órgãos do socioeducativos destinados a crianças e
Judiciário, Ministério Público, Defensoria, adolescentes, em regime de:
Segurança Pública e Assistência Social,
preferencialmente em um mesmo local, para efeito I - Orientação e apoio sociofamiliar;
de agilização do atendimento inicial a adolescente
a quem se atribua autoria de ato infracional; II - Apoio socioeducativo em meio aberto;
VI - Integração operacional de órgãos do III - Colocação familiar;
Judiciário, Ministério Público, Defensoria,
Conselho Tutelar e encarregados da execução
IV - Acolhimento institucional;
das políticas sociais básicas e de assistência
social, para efeito de agilização do atendimento de
crianças e de adolescentes inseridos em V - Prestação de serviços à comunidade;
programas de acolhimento familiar ou institucional,
com vista na sua rápida reintegração à família de VI - Liberdade assistida;
origem ou, se tal solução se mostrar
comprovadamente inviável, sua colocação em VII - Semiliberdade; e
família substituta, em quaisquer das modalidades
previstas no art. 28 desta Lei; VIII - Internação.

VII - Mobilização da opinião pública para a § 1 o As entidades governamentais e não


indispensável participação dos diversos governamentais deverão proceder à inscrição de
segmentos da sociedade. seus programas, especificando os regimes de
atendimento, na forma definida neste artigo, no
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do

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Adolescente, o qual manterá registro das c) esteja irregularmente constituída;
inscrições e de suas alterações, do que fará
comunicação ao Conselho Tutelar e à autoridade d) tenha em seus quadros pessoas
judiciária. inidôneas.

§ 2 o Os recursos destinados à e) não se adequar ou deixar de cumprir as


implementação e manutenção dos programas resoluções e deliberações relativas à modalidade
relacionados neste artigo serão previstos nas de atendimento prestado expedidas pelos
dotações orçamentárias dos órgãos públicos Conselhos de Direitos da Criança e do
encarregados das áreas de Educação, Saúde e Adolescente, em todos os níveis.
Assistência Social, dentre outros, observando-se
o princípio da prioridade absoluta à criança e ao § 2 o O registro terá validade máxima de 4
adolescente preconizado pelo caput do art. 227 da (quatro) anos, cabendo ao Conselho Municipal
Constituição Federal e pelo caput e parágrafo dos Direitos da Criança e do Adolescente,
único do art. 4 o desta Lei. periodicamente, reavaliar o cabimento de sua
renovação, observado o disposto no § 1 o deste
§ 3 o Os programas em execução serão artigo.
reavaliados pelo Conselho Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente, no máximo, a cada Art. 92. As entidades que desenvolvam
2 (dois) anos, constituindo-se critérios para programas de acolhimento familiar ou institucional
renovação da autorização de funcionamento: deverão adotar os seguintes princípios:

I - O efetivo respeito às regras e princípios I - Preservação dos vínculos familiares e


desta Lei, bem como às resoluções relativas à promoção da reintegração familiar;
modalidade de atendimento prestado expedidas
pelos Conselhos de Direitos da Criança e do II - Integração em família substituta, quando
Adolescente, em todos os níveis; esgotados os recursos de manutenção na família
natural ou extensa;
II - A qualidade e eficiência do trabalho
desenvolvido, atestadas pelo Conselho Tutelar, III - Atendimento personalizado e em
pelo Ministério Público e pela Justiça da Infância e pequenos grupos;
da Juventude;
IV - Desenvolvimento de atividades em
III - Em se tratando de programas de regime de coeducação;
acolhimento institucional ou familiar, serão
considerados os índices de sucesso na V - Não desmembramento de grupos de
reintegração familiar ou de adaptação à família
irmãos;
substituta, conforme o caso.
VI - Evitar, sempre que possível, a
Art. 91. As entidades não-governamentais transferência para outras entidades de crianças e
somente poderão funcionar depois de registradas
adolescentes abrigados;
no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e
do Adolescente, o qual comunicará o registro ao
VII - Participação na vida da comunidade
Conselho Tutelar e à autoridade judiciária da
local;
respectiva localidade.
VIII - Preparação gradativa para o
§ 1 o Será negado o registro à entidade que:
desligamento;
a) não ofereça instalações físicas em
IX - Participação de pessoas da comunidade
condições adequadas de habitabilidade, higiene,
no processo educativo.
salubridade e segurança;
§ 1 o O dirigente de entidade que desenvolve
b) não apresente plano de trabalho
programa de acolhimento institucional é
compatível com os princípios desta Lei;
equiparado ao guardião, para todos os efeitos de
direito.
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§ 2 o Os dirigentes de entidades que Infância e da Juventude, sob pena de
desenvolvem programas de acolhimento familiar responsabilidade.
ou institucional remeterão à autoridade judiciária,
no máximo a cada 6 (seis) meses, relatório Parágrafo único. Recebida a comunicação,
circunstanciado acerca da situação de cada a autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público
criança ou adolescente acolhido e sua família, e se necessário com o apoio do Conselho Tutelar
para fins da reavaliação prevista no § 1 o do art. 19 local, tomará as medidas necessárias para
desta Lei. promover a imediata reintegração familiar da
criança ou do adolescente ou, se por qualquer
§ 3 o Os entes federados, por intermédio dos razão não for isso possível ou recomendável, para
Poderes Executivo e Judiciário, promoverão seu encaminhamento a programa de acolhimento
conjuntamente a permanente qualificação dos familiar, institucional ou a família substituta,
profissionais que atuam direta ou indiretamente observado o disposto no § 2 o do art. 101 desta
em programas de acolhimento institucional e Lei.
destinados à colocação familiar de crianças e
adolescentes, incluindo membros do Poder Art. 94. As entidades que desenvolvem
Judiciário, Ministério Público e Conselho Tutelar. programas de internação têm as seguintes
obrigações, entre outras:
§ 4 o Salvo determinação em contrário da
autoridade judiciária competente, as entidades I - Observar os direitos e garantias de que
que desenvolvem programas de acolhimento são titulares os adolescentes;
familiar ou institucional, se necessário com o
auxílio do Conselho Tutelar e dos órgãos de II - Não restringir nenhum direito que não
assistência social, estimularão o contato da tenha sido objeto de restrição na decisão de
criança ou adolescente com seus pais e parentes, internação;
em cumprimento ao disposto nos incisos I e VIII do
caput deste artigo. III - Oferecer atendimento personalizado, em
pequenas unidades e grupos reduzidos;
§ 5 o As entidades que desenvolvem
programas de acolhimento familiar ou institucional IV - Preservar a identidade e oferecer
somente poderão receber recursos públicos se ambiente de respeito e dignidade ao adolescente;
comprovado o atendimento dos princípios,
exigências e finalidades desta Lei. V - Diligenciar no sentido do
restabelecimento e da preservação dos vínculos
§ 6 o O descumprimento das disposições familiares;
desta Lei pelo dirigente de entidade que
desenvolva programas de acolhimento familiar ou VI - Comunicar à autoridade judiciária,
institucional é causa de sua destituição, sem periodicamente, os casos em que se mostre
prejuízo da apuração de sua responsabilidade inviável ou impossível o reatamento dos vínculos
administrativa, civil e criminal. familiares;
§ 7 o Quando se tratar de criança de 0 (zero) VII - Oferecer instalações físicas em
a 3 (três) anos em acolhimento institucional, dar- condições adequadas de habitabilidade, higiene,
se-á especial atenção à atuação de educadores salubridade e segurança e os objetos necessários
de referência estáveis e qualitativamente
à higiene pessoal;
significativos, às rotinas específicas e ao
atendimento das necessidades básicas, incluindo
VIII - Oferecer vestuário e alimentação
as de afeto como prioritárias.
suficientes e adequados à faixa etária dos
adolescentes atendidos;
Art. 93. As entidades que mantenham
programa de acolhimento institucional poderão,
IX - Oferecer cuidados médicos,
em caráter excepcional e de urgência, acolher
psicológicos, odontológicos e farmacêuticos;
crianças e adolescentes sem prévia determinação
da autoridade competente, fazendo comunicação
do fato em até 24 (vinte e quatro) horas ao Juiz da X - Propiciar escolarização e
profissionalização;
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XI - Propiciar atividades culturais, esportivas Da Fiscalização das Entidades
e de lazer;
Art. 95. As entidades governamentais e não-
XII - Propiciar assistência religiosa àqueles governamentais referidas no art. 90 serão
que desejarem, de acordo com suas crenças; fiscalizadas pelo Judiciário, pelo Ministério Público
e pelos Conselhos Tutelares.
XIII - Proceder a estudo social e pessoal de
cada caso; Art. 96. Os planos de aplicação e as
prestações de contas serão apresentados ao
XIV - Reavaliar periodicamente cada caso, estado ou ao município, conforme a origem das
com intervalo máximo de seis meses, dando dotações orçamentárias.
ciência dos resultados à autoridade competente;
Art. 97. São medidas aplicáveis às
XV - Informar, periodicamente, o adolescente entidades de atendimento que descumprirem
internado sobre sua situação processual; obrigação constante do art. 94, sem prejuízo da
responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes
XVI - Comunicar às autoridades ou prepostos:
competentes todos os casos de adolescentes
portadores de moléstias infectocontagiosas; I - Às entidades governamentais:

XVII - Fornecer comprovante de depósito dos a) advertência;


pertences dos adolescentes;
b) afastamento provisório de seus dirigentes;
XVIII - Manter programas destinados ao
apoio e acompanhamento de egressos; c) afastamento definitivo de seus dirigentes;

XIX - Providenciar os documentos d) fechamento de unidade ou interdição de


necessários ao exercício da cidadania àqueles programa.
que não os tiverem;
II - Às entidades não-governamentais:
XX - Manter arquivo de anotações onde
constem data e circunstâncias do atendimento, a) advertência;
nome do adolescente, seus pais ou responsável,
parentes, endereços, sexo, idade, b) suspensão total ou parcial do repasse de
acompanhamento da sua formação, relação de verbas públicas;
seus pertences e demais dados que possibilitem
sua identificação e a individualização do
c) interdição de unidades ou suspensão de
atendimento.
programa;
§ 1 o Aplicam-se, no que couber, as
d) cassação do registro.
obrigações constantes deste artigo às entidades
que mantêm programas de acolhimento
institucional e familiar. § 1 o Em caso de reiteradas infrações
cometidas por entidades de atendimento, que
coloquem em risco os direitos assegurados nesta
§ 2º No cumprimento das obrigações a que
Lei, deverá ser o fato comunicado ao Ministério
alude este artigo as entidades utilizarão
Público ou representado perante autoridade
preferencialmente os recursos da comunidade.
judiciária competente para as providências
cabíveis, inclusive suspensão das atividades ou
Art. 94-A. As entidades, públicas ou dissolução da entidade.
privadas, que abriguem ou recepcionem crianças
e adolescentes, ainda que em caráter temporário,
§ 2 o As pessoas jurídicas de direito público e
devem ter, em seus quadros, profissionais
as organizações não governamentais
capacitados a reconhecer e reportar ao Conselho
responderão pelos danos que seus agentes
Tutelar suspeitas ou ocorrências de maus-tratos.
causarem às crianças e aos adolescentes,

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caracterizado o descumprimento dos princípios municipalização do atendimento e da
norteadores das atividades de proteção possibilidade da execução de programas por
específica. entidades não governamentais;

Das Medidas de Proteção IV - Interesse superior da criança e do


adolescente: a intervenção deve atender
Disposições Gerais prioritariamente aos interesses e direitos da
criança e do adolescente, sem prejuízo da
Art. 98. As medidas de proteção à criança e consideração que for devida a outros interesses
ao adolescente são aplicáveis sempre que os legítimos no âmbito da pluralidade dos interesses
direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados presentes no caso concreto;
ou violados:
V - Privacidade: a promoção dos direitos e
I - Por ação ou omissão da sociedade ou do proteção da criança e do adolescente deve ser
Estado; efetuada no respeito pela intimidade, direito à
imagem e reserva da sua vida privada;
II - Por falta, omissão ou abuso dos pais ou
responsável; VI - Intervenção precoce: a intervenção das
autoridades competentes deve ser efetuada logo
que a situação de perigo seja conhecida;
III - Em razão de sua conduta.
VII - Intervenção mínima: a intervenção deve
Das Medidas Específicas de Proteção ser exercida exclusivamente pelas autoridades e
instituições cuja ação seja indispensável à efetiva
Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo promoção dos direitos e à proteção da criança e
poderão ser aplicadas isolada ou do adolescente;
cumulativamente, bem como substituídas a
qualquer tempo. VIII - Proporcionalidade e atualidade: a
intervenção deve ser a necessária e adequada à
Art. 100. Na aplicação das medidas levar- situação de perigo em que a criança ou o
se-ão em conta as necessidades pedagógicas, adolescente se encontram no momento em que a
preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento decisão é tomada;
dos vínculos familiares e comunitários.
IX - Responsabilidade parental: a
Parágrafo único. São também princípios que intervenção deve ser efetuada de modo que os
regem a aplicação das medidas: pais assumam os seus deveres para com a
criança e o adolescente;
I - Condição da criança e do adolescente
como sujeitos de direitos: crianças e adolescentes X - Prevalência da família: na promoção de
são os titulares dos direitos previstos nesta e em direitos e na proteção da criança e do adolescente
outras Leis, bem como na Constituição Federal; deve ser dada prevalência às medidas que os
mantenham ou reintegrem na sua família natural
II - Proteção integral e prioritária: a ou extensa ou, se isso não for possível, que
interpretação e aplicação de toda e qualquer promovam a sua integração em família adotiva;
norma contida nesta Lei deve ser voltada à
proteção integral e prioritária dos direitos de que XI - Obrigatoriedade da informação: a
crianças e adolescentes são titulares; criança e o adolescente, respeitado seu estágio de
desenvolvimento e capacidade de compreensão,
III - Responsabilidade primária e solidária do seus pais ou responsável devem ser informados
poder público: a plena efetivação dos direitos dos seus direitos, dos motivos que determinaram
assegurados a crianças e a adolescentes por esta a intervenção e da forma como esta se processa;
Lei e pela Constituição Federal, salvo nos casos
por esta expressamente ressalvados, é de XII - Oitiva obrigatória e participação: a
responsabilidade primária e solidária das 3 (três) criança e o adolescente, em separado ou na
esferas de governo, sem prejuízo da companhia dos pais, de responsável ou de pessoa
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por si indicada, bem como os seus pais ou Público ou de quem tenha legítimo interesse, de
responsável, têm direito a ser ouvidos e a procedimento judicial contencioso, no qual se
participar nos atos e na definição da medida de garanta aos pais ou ao responsável legal o
promoção dos direitos e de proteção, sendo sua exercício do contraditório e da ampla defesa.
opinião devidamente considerada pela autoridade
judiciária competente, observado o disposto nos § 3 o Crianças e adolescentes somente
§§ 1 o e 2 o do art. 28 desta Lei. poderão ser encaminhados às instituições que
executam programas de acolhimento institucional,
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses governamentais ou não, por meio de uma Guia de
previstas no art. 98, a autoridade competente Acolhimento, expedida pela autoridade judiciária,
poderá determinar, dentre outras, as seguintes na qual obrigatoriamente constará, dentre outros:
medidas:
I - Sua identificação e a qualificação
I - Encaminhamento aos pais ou completa de seus pais ou de seu responsável, se
responsável, mediante termo de responsabilidade; conhecidos;

II - Orientação, apoio e acompanhamento II - O endereço de residência dos pais ou do


temporários; responsável, com pontos de referência;

III - Matrícula e frequência obrigatórias em III - Os nomes de parentes ou de terceiros


estabelecimento oficial de ensino fundamental; interessados em tê-los sob sua guarda;

IV - Inclusão em serviços e programas IV - Os motivos da retirada ou da não


oficiais ou comunitários de proteção, apoio e reintegração ao convívio familiar.
promoção da família, da criança e do adolescente;
§ 4 o Imediatamente após o acolhimento da
V - Requisição de tratamento médico, criança ou do adolescente, a entidade responsável
psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar pelo programa de acolhimento institucional ou
ou ambulatorial; familiar elaborará um plano individual de
atendimento, visando à reintegração familiar,
VI - Inclusão em programa oficial ou ressalvada a existência de ordem escrita e
comunitário de auxílio, orientação e tratamento a fundamentada em contrário de autoridade
alcoólatras e toxicômanos; judiciária competente, caso em que também
deverá contemplar sua colocação em família
VII - Acolhimento institucional; substituta, observadas as regras e princípios desta
Lei.
VIII - Inclusão em programa de acolhimento
familiar; § 5 o O plano individual será elaborado sob a
responsabilidade da equipe técnica do respectivo
IX - Colocação em família substituta. programa de atendimento e levará em
consideração a opinião da criança ou do
§ 1 o O acolhimento institucional e o adolescente e a oitiva dos pais ou do responsável.
acolhimento familiar são medidas provisórias e
excepcionais, utilizáveis como forma de transição § 6 o Constarão do plano individual, dentre
para reintegração familiar ou, não sendo esta outros:
possível, para colocação em família substituta,
não implicando privação de liberdade. I - Os resultados da avaliação
interdisciplinar;
§ 2 o Sem prejuízo da tomada de medidas
emergenciais para proteção de vítimas de II - Os compromissos assumidos pelos pais
violência ou abuso sexual e das providências a ou responsável; e
que alude o art. 130 desta Lei, o afastamento da
criança ou adolescente do convívio familiar é de III - A previsão das atividades a serem
competência exclusiva da autoridade judiciária e desenvolvidas com a criança ou com o
importará na deflagração, a pedido do Ministério adolescente acolhido e seus pais ou responsável,
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com vista na reintegração familiar ou, caso seja § 12. Terão acesso ao cadastro o Ministério
esta vedada por expressa e fundamentada Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor da
determinação judicial, as providências a serem Assistência Social e os Conselhos Municipais dos
tomadas para sua colocação em família substituta, Direitos da Criança e do Adolescente e da
sob direta supervisão da autoridade judiciária. Assistência Social, aos quais incumbe deliberar
sobre a implementação de políticas públicas que
§ 7 o O acolhimento familiar ou institucional permitam reduzir o número de crianças e
ocorrerá no local mais próximo à residência dos adolescentes afastados do convívio familiar e
pais ou do responsável e, como parte do processo abreviar o período de permanência em programa
de reintegração familiar, sempre que identificada a de acolhimento.
necessidade, a família de origem será incluída em
programas oficiais de orientação, de apoio e de Art. 102. As medidas de proteção de que
promoção social, sendo facilitado e estimulado o trata este Capítulo serão acompanhadas da
contato com a criança ou com o adolescente regularização do registro civil
acolhido.
§ 1º Verificada a inexistência de registro
§ 8 o Verificada a possibilidade de anterior, o assento de nascimento da criança ou
reintegração familiar, o responsável pelo adolescente será feito à vista dos elementos
programa de acolhimento familiar ou institucional disponíveis, mediante requisição da autoridade
fará imediata comunicação à autoridade judiciária, judiciária.
que dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de
5 (cinco) dias, decidindo em igual prazo. § 2º Os registros e certidões necessários à
regularização de que trata este artigo são isentos
§ 9 o Em sendo constatada a impossibilidade de multas, custas e emolumentos, gozando de
de reintegração da criança ou do adolescente à absoluta prioridade.
família de origem, após seu encaminhamento a
programas oficiais ou comunitários de orientação, § 3 o Caso ainda não definida a paternidade,
apoio e promoção social, será enviado relatório será deflagrado procedimento específico
fundamentado ao Ministério Público, no qual destinado à sua averiguação, conforme previsto
conste a descrição pormenorizada das pela Lei n o 8.560, de 29 de dezembro de 1992.
providências tomadas e a expressa
recomendação, subscrita pelos técnicos da § 4 o Nas hipóteses previstas no § 3 o deste
entidade ou responsáveis pela execução da artigo, é dispensável o ajuizamento de ação de
política municipal de garantia do direito à investigação de paternidade pelo Ministério
convivência familiar, para a destituição do poder Público se, após o não comparecimento ou a
familiar, ou destituição de tutela ou guarda. recusa do suposto pai em assumir a paternidade a
ele atribuída, a criança for encaminhada para
§ 10. Recebido o relatório, o Ministério adoção.
Público terá o prazo de 15 (quinze) dias para o
ingresso com a ação de destituição do poder § 5 o Os registros e certidões necessários à
familiar, salvo se entender necessária a realização inclusão, a qualquer tempo, do nome do pai no
de estudos complementares ou de outras assento de nascimento são isentos de multas,
providências indispensáveis ao ajuizamento da custas e emolumentos, gozando de absoluta
demanda. prioridade.

§ 11. A autoridade judiciária manterá, em § 6 o São gratuitas, a qualquer tempo, a


cada comarca ou foro regional, um cadastro averbação requerida do reconhecimento de
contendo informações atualizadas sobre as paternidade no assento de nascimento e a
crianças e adolescentes em regime de certidão correspondente.
acolhimento familiar e institucional sob sua
responsabilidade, com informações Da Prática de Ato Infracional
pormenorizadas sobre a situação jurídica de cada
um, bem como as providências tomadas para sua
reintegração familiar ou colocação em família Disposições Gerais
substituta, em qualquer das modalidades previstas
no art. 28 desta Lei.
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Art. 103. Considera-se ato infracional a Das Garantias Processuais
conduta descrita como crime ou contravenção
penal. Art. 110. Nenhum adolescente será privado
de sua liberdade sem o devido processo legal.
Art. 104. São penalmente inimputáveis
os menores de dezoito anos, sujeitos às Art. 111. São asseguradas ao adolescente,
medidas previstas nesta Lei. entre outras, as seguintes garantias:

Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, I - Pleno e formal conhecimento da atribuição
deve ser considerada a idade do adolescente à de ato infracional, mediante citação ou meio
data do fato. equivalente;

Art. 105. Ao ato infracional praticado por II - Igualdade na relação processual,


criança corresponderão as medidas previstas no podendo confrontar-se com vítimas e testemunhas
art. 101. e produzir todas as provas necessárias à sua
defesa;
Dos Direitos Individuais
III - Defesa técnica por advogado;
Art. 106. Nenhum adolescente será
IV - Assistência judiciária gratuita e integral
privado de sua liberdade senão em flagrante de
ato infracional ou por ordem escrita e aos necessitados, na forma da lei;
fundamentada da autoridade judiciária
competente. V - Direito de ser ouvido pessoalmente pela
autoridade competente;
Parágrafo único. O adolescente tem direito
à identificação dos responsáveis pela sua VI - Direito de solicitar a presença de seus
apreensão, devendo ser informado acerca de pais ou responsável em qualquer fase do
seus direitos. procedimento.

Art. 107. A apreensão de qualquer Das Medidas Socioeducativas


adolescente e o local onde se encontra
recolhido serão incontinenti comunicados à Disposições Gerais
autoridade judiciária competente e à família do
apreendido ou à pessoa por ele indicada.
Art. 112. Verificada a prática de ato
infracional, a autoridade competente poderá
Parágrafo único. Examinar-se-á, desde
logo e sob pena de responsabilidade, a aplicar ao adolescente as seguintes medidas:
possibilidade de liberação imediata.
I - Advertência;
Art. 108. A internação, antes da sentença,
pode ser determinada pelo prazo máximo de II - Obrigação de reparar o dano;
quarenta e cinco dias.
III - prestação de serviços à comunidade;
Parágrafo único. A decisão deverá ser
fundamentada e basear-se em indícios suficientes IV - Liberdade assistida;
de autoria e materialidade, demonstrada a
necessidade imperiosa da medida. V - Inserção em regime de semiliberdade;

Art. 109. O adolescente civilmente VI - Internação em estabelecimento


identificado não será submetido a identificação educacional;
compulsória pelos órgãos policiais, de proteção e
judiciais, salvo para efeito de confrontação, VII - Qualquer uma das previstas no art. 101,
havendo dúvida fundada. I a VI.

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§ 1º A medida aplicada ao adolescente Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas
levará em conta a sua capacidade de cumpri-la, as conforme as aptidões do adolescente, devendo
circunstâncias e a gravidade da infração. ser cumpridas durante jornada máxima de oito
horas semanais, aos sábados, domingos e
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto feriados ou em dias úteis, de modo a não
algum, será admitida a prestação de trabalho prejudicar a frequência à escola ou à jornada
forçado. normal de trabalho.

§ 3º Os adolescentes portadores de doença Da Liberdade Assistida


ou deficiência mental receberão tratamento
individual e especializado, em local adequado às Art. 118. A liberdade assistida será adotada
suas condições. sempre que se afigurar a medida mais adequada
para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o
Art. 113. Aplica-se a este Capítulo o adolescente.
disposto nos arts. 99 e 100.
§ 1º A autoridade designará pessoa
Art. 114. A imposição das medidas previstas capacitada para acompanhar o caso, a qual
nos incisos II a VI do art. 112 pressupõe a poderá ser recomendada por entidade ou
existência de provas suficientes da autoria e da programa de atendimento.
materialidade da infração, ressalvada a hipótese
de remissão, nos termos do art. 127. § 2º A liberdade assistida será fixada pelo
prazo mínimo de seis meses, podendo a qualquer
Parágrafo único. A advertência poderá ser tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por
aplicada sempre que houver prova da outra medida, ouvido o orientador, o Ministério
materialidade e indícios suficientes da autoria. Público e o defensor.

Da Advertência Art. 119. Incumbe ao orientador, com o


apoio e a supervisão da autoridade competente, a
Art. 115. A advertência consistirá em realização dos seguintes encargos, entre outros:
admoestação verbal, que será reduzida a termo e
assinada. I - Promover socialmente o adolescente e
sua família, fornecendo-lhes orientação e
Da Obrigação de Reparar o Dano inserindo-os, se necessário, em programa oficial
ou comunitário de auxílio e assistência social;
Art. 116. Em se tratando de ato infracional
com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá II - Supervisionar a frequência e o
determinar, se for o caso, que o adolescente aproveitamento escolar do adolescente,
restitua a coisa, promova o ressarcimento do promovendo, inclusive, sua matrícula;
dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo da
vítima. III - Diligenciar no sentido da
profissionalização do adolescente e de sua
Parágrafo único. Havendo manifesta inserção no mercado de trabalho;
impossibilidade, a medida poderá ser substituída
por outra adequada. IV - Apresentar relatório do caso.

Da Prestação de Serviços à Comunidade Do Regime de Semiliberdade

Art. 117. A prestação de serviços Art. 120. O regime de semiliberdade pode


comunitários consiste na realização de tarefas ser determinado desde o início, ou como forma de
gratuitas de interesse geral, por período não transição para o meio aberto, possibilitada a
excedente a seis meses, junto a entidades realização de atividades externas,
assistenciais, hospitais, escolas e outros independentemente de autorização judicial.
estabelecimentos congêneres, bem como em
programas comunitários ou governamentais.

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§ 1º São obrigatórias a escolarização e a III - Por descumprimento reiterado e
profissionalização, devendo, sempre que possível, injustificável da medida anteriormente imposta.
ser utilizados os recursos existentes na
comunidade. § 1 o O prazo de internação na hipótese do
inciso III deste artigo não poderá ser superior a 3
§ 2º A medida não comporta prazo (três) meses, devendo ser decretada judicialmente
determinado aplicando-se, no que couber, as após o devido processo legal.
disposições relativas à internação.
§ 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a
Da Internação internação, havendo outra medida adequada.

Art. 121. A internação constitui medida Art. 123. A internação deverá ser cumprida
privativa da liberdade, sujeita aos princípios de em entidade exclusiva para adolescentes, em
brevidade, excepcionalidade e respeito à condição local distinto daquele destinado ao abrigo,
peculiar de pessoa em desenvolvimento. obedecida rigorosa separação por critérios de
idade, compleição física e gravidade da infração.
§ 1º Será permitida a realização de
atividades externas, a critério da equipe técnica da Parágrafo único. Durante o período de
entidade, salvo expressa determinação judicial em internação, inclusive provisória, serão obrigatórias
contrário. atividades pedagógicas.

§ 2º A medida não comporta prazo Art. 124. São direitos do adolescente


determinado, devendo sua manutenção ser privado de liberdade, entre outros, os seguintes:
reavaliada, mediante decisão fundamentada, no
máximo a cada seis meses. I - Entrevistar-se pessoalmente com o
representante do Ministério Público;
§ 3º Em nenhuma hipótese o período
máximo de internação excederá a três anos. II - Peticionar diretamente a qualquer
autoridade;
§ 4º Atingido o limite estabelecido no
parágrafo anterior, o adolescente deverá ser III - Avistar-se reservadamente com seu
liberado, colocado em regime de semiliberdade ou defensor;
de liberdade assistida.
IV - Ser informado de sua situação
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e processual, sempre que solicitada;
um anos de idade.
V - Ser tratado com respeito e dignidade;
§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação
será precedida de autorização judicial, ouvido o VI - Permanecer internado na mesma
Ministério Público. localidade ou naquela mais próxima ao domicílio
de seus pais ou responsável;
§ 7 o A determinação judicial mencionada no
o
§ 1 poderá ser revista a qualquer tempo pela VII - Receber visitas, ao menos,
autoridade judiciária. semanalmente;

Art. 122. A medida de internação só poderá VIII - Corresponder-se com seus familiares e
ser aplicada quando: amigos;

I - Tratar-se de ato infracional cometido IX - Ter acesso aos objetos necessários à


mediante grave ameaça ou violência a pessoa; higiene e asseio pessoal;

II - Por reiteração no cometimento de outras X - Habitar alojamento em condições


infrações graves; adequadas de higiene e salubridade;

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XI - Receber escolarização e medidas previstas em lei, exceto a colocação em
profissionalização; regime de semiliberdade e a internação.

XII - Realizar atividades culturais, esportivas Art. 128. A medida aplicada por força da
e de lazer: remissão poderá ser revista judicialmente, a
qualquer tempo, mediante pedido expresso do
XIII - Ter acesso aos meios de comunicação adolescente ou de seu representante legal, ou do
social; Ministério Público.

XIV - Receber assistência religiosa, segundo Das Medidas Pertinentes aos Pais ou
a sua crença, e desde que assim o deseje; Responsável

XV - Manter a posse de seus objetos Art. 129. São medidas aplicáveis aos
pessoais e dispor de local seguro para guardá-los, pais ou responsável:
recebendo comprovante daqueles porventura
depositados em poder da entidade; I - Encaminhamento a serviços e
programas oficiais ou comunitários de
XVI - Receber, quando de sua proteção, apoio e promoção da família;
desinternação, os documentos pessoais
indispensáveis à vida em sociedade. II - Inclusão em programa oficial ou
comunitário de auxílio, orientação e tratamento
§ 1º Em nenhum caso haverá a alcoólatras e toxicômanos;
incomunicabilidade.
III - encaminhamento a tratamento
§ 2º A autoridade judiciária poderá psicológico ou psiquiátrico;
suspender temporariamente a visita, inclusive de
pais ou responsável, se existirem motivos sérios e IV - Encaminhamento a cursos ou
fundados de sua prejudicialidade aos interesses programas de orientação;
do adolescente.
V - Obrigação de matricular o filho ou
Art. 125. É dever do Estado zelar pela pupilo e acompanhar sua frequência e
integridade física e mental dos internos, cabendo- aproveitamento escolar;
lhe adotar as medidas adequadas de contenção e
segurança. VI - Obrigação de encaminhar a criança ou
adolescente a tratamento especializado;
Da Remissão
VII - Advertência;
Art. 126. Antes de iniciado o procedimento
judicial para apuração de ato infracional, o VIII - Perda da guarda;
representante do Ministério Público poderá
conceder a remissão, como forma de exclusão do IX - Destituição da tutela;
processo, atendendo às circunstâncias e
consequências do fato, ao contexto social, bem X - Suspensão ou destituição do poder
como à personalidade do adolescente e sua maior familiar.
ou menor participação no ato infracional.
Parágrafo único. Na aplicação das medidas
Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a previstas nos incisos IX e X deste artigo, observar-
concessão da remissão pela autoridade judiciária se-á o disposto nos arts. 23 e 24.
importará na suspensão ou extinção do processo.
Art. 130. Verificada a hipótese de maus-
Art. 127. A remissão não implica tratos, opressão ou abuso sexual impostos pelos
necessariamente o reconhecimento ou pais ou responsável, a autoridade judiciária
comprovação da responsabilidade, nem prevalece poderá determinar, como medida cautelar, o
para efeito de antecedentes, podendo incluir afastamento do agressor da moradia comum.
eventualmente a aplicação de qualquer das
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Parágrafo único. Da medida cautelar previsão dos recursos necessários ao
constará, ainda, a fixação provisória dos alimentos funcionamento do Conselho Tutelar e à
de que necessitem a criança ou o adolescente remuneração e formação continuada dos
dependente do agressor. conselheiros tutelares.

Do Conselho Tutelar Art. 135. O exercício efetivo da função de


conselheiro constituirá serviço público relevante e
Disposições Gerais estabelecerá presunção de idoneidade moral.

Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão Das Atribuições do Conselho


permanente e autônomo, não jurisdicional,
encarregado pela sociedade de zelar pelo Art. 136. São atribuições do Conselho
cumprimento dos direitos da criança e do Tutelar:
adolescente, definidos nesta Lei.
I - Atender as crianças e adolescentes nas
Art. 132. Em cada Município e em cada hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando
Região Administrativa do Distrito Federal haverá, as medidas previstas no art. 101, I a VII;
no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão
integrante da administração pública local, II - Atender e aconselhar os pais ou
composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela responsável, aplicando as medidas previstas no
população local para mandato de 4 (quatro) anos, art. 129, I a VII;
permitida recondução por novos processos de
escolha. III - Promover a execução de suas decisões,
podendo para tanto:
Art. 133. Para a candidatura a membro do
Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes a) requisitar serviços públicos nas áreas de
requisitos: saúde, educação, serviço social, previdência,
trabalho e segurança;
I - Reconhecida idoneidade moral;
b) representar junto à autoridade judiciária
II - Idade superior a vinte e um anos; nos casos de descumprimento injustificado de
suas deliberações.
III - Residir no município.
IV - Encaminhar ao Ministério Público notícia
Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá de fato que constitua infração administrativa ou
sobre o local, dia e horário de funcionamento do penal contra os direitos da criança ou adolescente;
Conselho Tutelar, inclusive quanto à remuneração
dos respectivos membros, aos quais é assegurado V - Encaminhar à autoridade judiciária os
o direito a: casos de sua competência;

I - Cobertura previdenciária; VI - Providenciar a medida estabelecida pela


autoridade judiciária, dentre as previstas no art.
II - Gozo de férias anuais remuneradas, 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato
acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da infracional;
remuneração mensal;
VII - Expedir notificações;
III - Licença-maternidade;
VIII - Requisitar certidões de nascimento e de
IV - Licença-paternidade; óbito de criança ou adolescente quando
necessário;
V - Gratificação natalina.
IX - Assessorar o Poder Executivo local na
Parágrafo único. Constará da lei elaboração da proposta orçamentária para planos
orçamentária municipal e da do Distrito Federal

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e programas de atendimento dos direitos da comunicação da ocorrência de ação ou omissão,
criança e do adolescente; praticada em local público ou privado, que
constitua violência doméstica e familiar contra a
X - representar, em nome da pessoa e da criança e o adolescente;
família, contra a violação dos direitos previstos
no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal ; XIX - Receber e encaminhar, quando for o
caso, as informações reveladas por noticiantes ou
XI - Representar ao Ministério Público para denunciantes relativas à prática de violência, ao
efeito das ações de perda ou suspensão do poder uso de tratamento cruel ou degradante ou de
familiar, após esgotadas as possibilidades de formas violentas de educação, correção ou
manutenção da criança ou do adolescente junto à disciplina contra a criança e o adolescente;
família natural.
XX - Representar à autoridade judicial ou ao
XII - Promover e incentivar, na comunidade e Ministério Público para requerer a concessão de
nos grupos profissionais, ações de divulgação e medidas cautelares direta ou indiretamente
treinamento para o reconhecimento de sintomas
relacionada à eficácia da proteção de noticiante ou
de maus-tratos em crianças e adolescentes.
denunciante de informações de crimes que
envolvam violência doméstica e familiar contra a
XIII - Adotar, na esfera de sua competência,
criança e o adolescente.
ações articuladas e efetivas direcionadas à
identificação da agressão, à agilidade no
Parágrafo único. Se, no exercício de suas
atendimento da criança e do adolescente vítima de
atribuições, o Conselho Tutelar entender
violência doméstica e familiar e à
necessário o afastamento do convívio familiar,
responsabilização do agressor; comunicará incontinenti o fato ao Ministério
Público, prestando-lhe informações sobre os
XIV - Atender à criança e ao adolescente motivos de tal entendimento e as providências
vítima ou testemunha de violência doméstica e tomadas para a orientação, o apoio e a promoção
familiar, ou submetido a tratamento cruel ou social da família.
degradante ou a formas violentas de educação,
correção ou disciplina, a seus familiares e a Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar
testemunhas, de forma a prover orientação e somente poderão ser revistas pela autoridade
aconselhamento acerca de seus direitos e dos judiciária a pedido de quem tenha legítimo
encaminhamentos necessários; interesse.

XV - Representar à autoridade judicial ou Da Competência


policial para requerer o afastamento do agressor
do lar, do domicílio ou do local de convivência com Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a
a vítima nos casos de violência doméstica e regra de competência constante do art. 147.
familiar contra a criança e o adolescente;
Da Escolha dos Conselheiros
XVI - Representar à autoridade judicial para
requerer a concessão de medida protetiva de Art. 139. O processo para a escolha dos
urgência à criança ou ao adolescente vítima ou membros do Conselho Tutelar será estabelecido
testemunha de violência doméstica e familiar, bem em lei municipal e realizado sob a
como a revisão daquelas já concedidas; responsabilidade do Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente, e a
XVII - Representar ao Ministério Público fiscalização do Ministério Público.
para requerer a propositura de ação cautelar de
antecipação de produção de prova nas causas § 1 o O processo de escolha dos membros do
que envolvam violência contra a criança e o Conselho Tutelar ocorrerá em data unificada em
adolescente; todo o território nacional a cada 4 (quatro) anos,
no primeiro domingo do mês de outubro do ano
XVIII - Tomar as providências cabíveis, na subsequente ao da eleição presidencial.
esfera de sua competência, ao receber
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§ 2 o A posse dos conselheiros tutelares
ocorrerá no dia 10 de janeiro do ano subsequente
ao processo de escolha.

§ 3 o No processo de escolha dos membros


do Conselho Tutelar, é vedado ao candidato doar,
oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou
vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive
brindes de pequeno valor.

Dos Impedimentos

Art. 140. São impedidos de servir no mesmo


Conselho marido e mulher, ascendentes e
descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos,
cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho,
padrasto ou madrasta e enteado.

Parágrafo único. Estende-se o impedimento


do conselheiro, na forma deste artigo, em relação
à autoridade judiciária e ao representante do
Ministério Público com atuação na Justiça da
Infância e da Juventude, em exercício na comarca,
foro regional ou distrital.

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