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Principais Artigos em Destaque Lei Seca Conceitos Tabelas Dicas
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com
@projetopmpb2023
Licenciado para - Elisson da silva rangel - 19444084795 - Protegido por Eduzz.com
@projetopmpb2023
O Projeto PMPB 2023 visa auxiliar àqueles que sonham em estar nas fileiras da PMPB.
Acompanhando vários relatos de quem passou anos tentando conseguir a aprovação e de quem
foi reprovado, decidimos elaborar um método de estudo direcionado, para que você não perca
tempo. Sabemos que você talvez tenha pouco tempo de estudo, e queremos que aproveite ele da
melhor forma. Não vamos apenas copiar e colar as leis da internet. Vamos destacar os artigos
mais importantes para o concurso com o símbolo ( ). Além disso, vamos dar dicas, macetes e
resumir alguns pontos para tornar seu entendimento mais fluido.
Vou te contar como eu estudei para o concurso PMPB 2018. Na época que surgiu rumores do
concurso, eu estava no último período da faculdade de engenharia civil. Tinha um TCC para ser
elaborado. Alguns meses antes, eu fiz um concurso pra estágio, porém fiquei com 8º lugar e só 3
foram chamados. Mas aquela prova me fez ter uma base de Direito Constitucional, pois eu nunca
havia visto.
Como eu estava frustrado com a faculdade, decidi estudar pra o certame faltando cerca de 3 meses
para a prova. Minha base de português, informática e constitucional já era boa, porém tive que
aprender o resto do edital do zero. E não é porque eu estudava engenharia que já sabia de
raciocínio lógico. Não tem nada a ver estudar pra concursos com estudar na faculdade. A partir daí,
estudei a banca, analisei a última prova e me empenhei, mesmo com o tempo curto.
Não estudei todos os pontos do edital, pois o tempo era pouco. E aqui vou te mostrar quais são
eles. Caso tenha tempo sobrando, estude o edital todo, dando enfoque nos artigos mais
importantes na reta final. No final deu certo, e hoje sirvo à PMPB. Também fui aprovado
recentemente na PCPB 2022 dentro das vagas e estou aguardando ser chamado.
Espero que você também consiga ser APROVADO!
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TÍTULO IV DA JUSTIÇA MILITAR-------------------------------- 28
CAPÍTULO I DA COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIA ------ 28
Sumário
Seção II Da Competência Geral ---------------------------- 28
Seção III Do Juiz de Direito de Vara Militar------------- 28
Seção IV Do Cartório de Vara Militar -------------------- 28
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ------------------------- 5 Seção V Dos Atos Judiciais ---------------------------------- 28
CAPÍTULO II DOS CONSELHOS DA JUSTIÇA MILITAR - 28
DIREITO PENAL MILITAR --------------------------------------------- 9
Seção I Das Disposições Gerais ---------------------------- 28
ESTATUTO PMPB (LEI 3.909/77)------------------------------------ 9 Seção II Da Composição ------------------------------------- 28
Da hierarquia e da Disciplina -------------------------------- 9 Seção III Da Competênci ------------------------------------- 29
Do valor policial militar -------------------------------------- 11 Seção IV Da Escolha e Convocação dos Conselhos --- 29
Da ética policial militar -------------------------------------- 11 CAPÍTULO III DA EXECUÇÃO DA PENA ------------------- 29
Dos deveres policiais militares ----------------------------- 12
NOÇÕES DE DIREITO PENAL -------------------------------------- 30
Do comando e da subordinação--------------------------- 12
PARTE GERAL------------------------------------------------------- 30
CÓDIGO PENAL MILITAR ------------------------------------------- 13
Lei penal no tempo ------------------------------------------- 30
Crimes militares em tempo de paz ----------------------- 13 Lei excepcional ou temporária----------------------------- 31
Violência contra superior------------------------------------ 14 Tempo do crime ----------------------------------------------- 31
Violência contra inferior ------------------------------------- 14 Territorialidade ------------------------------------------------ 31
Abandono de posto ------------------------------------------- 14 Lugar do crime ------------------------------------------------- 31
Embriaguez em serviço -------------------------------------- 14 Extraterritorialidade------------------------------------------ 31
Dormir em serviço --------------------------------------------- 14 Pena cumprida no estrangeiro ---------------------------- 32
DO CRIME ------------------------------------------------------------- 32
LEI PENAL ESTADUAL 87/2008 ----------------------------------- 15
Relação de causalidade ------------------------------------- 32
TÍTULO I-------------------------------------------------------------- 15 Superveniência de causa independente ----------------- 32
DAS DISPOSIÇÕES FUNDAMENTAIS ---------------------------------- 15 Relevância da omissão -------------------------------------- 33
CAPÍTULO I - Das Disposições Gerais --------------------- 15 Crime consumado --------------------------------------------- 33
CAPÍTULO II - Dos Princípios Fundamentais ------------ 15 Tentativa -------------------------------------------------------- 33
CAPÍTULO III - Da Competência---------------------------- 15 Pena de tentativa --------------------------------------------- 34
CAPÍTULO IV - Dos Órgãos de Direção Estratégica --- 17 Desistência voluntária e arrependimento eficaz------ 34
Seção I - Da Constituição e das Atribuições ------------ 17 Arrependimento posterior ---------------------------------- 34
Seção II - Do Comando Geral ------------------------------- 17 Crime impossível ---------------------------------------------- 34
Seção II - Do Subcomando-Geral -------------------------- 18 Crime doloso---------------------------------------------------- 35
Seção IV - Do Estado-Maior Estratégico ---------------- 18 Crime culposo -------------------------------------------------- 35
Seção V - Da Corregedoria ---------------------------------- 19 Agravação pelo resultado----------------------------------- 35
Seção VI - Dos Comandos Regionais --------------------- 19 Erro sobre elementos do tipo ------------------------------ 35
Seção VII - Das Comissões----------------------------------- 20 Descriminantes putativas ----------------------------------- 35
Seção VIII - Da Procuradoria Jurídica -------------------- 20 Erro determinado por terceiro ----------------------------- 35
Seção IX - Das Assessorias ---------------------------------- 20 Erro sobre a pessoa ------------------------------------------- 35
Capítulo V - Dos Órgãos de Direção Setorial ----------- 20 Erro sobre a ilicitude do fato ------------------------------- 35
Seção I - Das Diretorias -------------------------------------- 20 Coação irresistível e obediência hierárquica ----------- 36
Seção VIII - Do Centro de Educação ---------------------- 21 Exclusão de ilicitude ------------------------------------------ 36
CAPÍTULO V - Dos Órgãos de Execução ----------------- 22 Excesso punível ------------------------------------------------ 36
Seção I - Das Unidades Operacionais -------------------- 23 Estado de necessidade --------------------------------------- 36
CAPÍTULO VI - Dos Órgãos Vinculados ------------------ 24 Legítima defesa ------------------------------------------------ 36
CAPÍTULO VII - Dos Órgãos Vinculados ------------------ 25 DA IMPUTABILIDADE PENAL ----------------------------------- 37
TÍTULO III - DO PESSOAL E EFETIVO ------------------------------- 25 Inimputáveis ---------------------------------------------------- 37
CAPÍTULO I - Dos Policiais Militares --------------------- 25 DO CONCURSO DE PESSOAS ----------------------------------- 37
CAPÍTULO VIII - Dos Servidores Civis --------------------- 26 PARTE ESPECIAL --------------------------------------------------- 38
CAPÍTULO IX - Do Efetivo da Polícia Militar ------------ 26 DOS CRIMES -------------------------------------------------------- 38
TÍTULO IV - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS ----------------------------- 26 DOS CRIMES CONTRA A PESSOA ------------------------------ 38
JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL ----------------------------------- 27 DOS CRIMES CONTRA A VIDA ------------------------------ 38
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS----------------- 27 Homicídio simples --------------------------------------------- 38
LEI COMPLEMENTAR 096/10 ---------------------------------- 28 Homicídio qualificado ---------------------------------------- 38
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Homicídio culposo--------------------------------------------- 39 Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido ------- 83
DA RIXA -------------------------------------------------------------- 40 Disparo de arma de fogo ------------------------------------ 84
RIXA --------------------------------------------------------------- 40 Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO ---------------------- 41 --------------------------------------------------------------------- 84
DO FURTO ------------------------------------------------------- 41 Comércio ilegal de arma de fogo ------------------------- 84
Furto qualificado ---------------------------------------------- 41 Tráfico internacional de arma de fogo ------------------ 85
DO ROUBO E DA EXTORSÃO -------------------------------- 42 Disposições Gerais -------------------------------------------- 85
Roubo------------------------------------------------------------- 42 Disposições Finais --------------------------------------------- 87
Extorsão --------------------------------------------------------- 44 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (8.069/90) --------- 88
Extorsão mediante sequestro ------------------------------ 44 Das Disposições Preliminares ------------------------------ 88
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ----- 45 Da Prevenção -------------------------------------------------- 88
Peculato --------------------------------------------------------- 45 Dos Produtos e Serviços ------------------------------------- 90
Peculato culposo ---------------------------------------------- 45 Da Autorização para Viajar--------------------------------- 91
Peculato mediante erro de outrem ----------------------- 45 Da Política de Atendimento -------------------------------- 91
Inserção de dados falsos em sistema de informações45 Das Entidades de Atendimento---------------------------- 92
Modificação ou alteração não autorizada de sistema Da Fiscalização das Entidades ----------------------------- 95
de informações ------------------------------------------------ 45 Das Medidas de Proteção ----------------------------------- 96
Concussão ------------------------------------------------------- 45 Das Medidas Específicas de Proteção ------------------- 96
Corrupção passiva -------------------------------------------- 46 Da Prática de Ato Infracional ------------------------------ 98
Prevaricação ---------------------------------------------------- 46 Dos Direitos Individuais-------------------------------------- 99
Corrupção ativa ------------------------------------------------ 46 Das Medidas Socioeducativas ----------------------------- 99
Da Advertência ----------------------------------------------- 100
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL -------------------- 47
Da Obrigação de Reparar o Dano ----------------------- 100
DO INQUÉRITO POLICIAL ---------------------------------------- 47 Da Prestação de Serviços à Comunidade -------------- 100
DA AÇÃO PENAL --------------------------------------------------- 51 Da Liberdade Assistida-------------------------------------- 100
DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE Do Regime de Semiliberdade ----------------------------- 100
PROVISÓRIA -------------------------------------------------------- 56 Da Internação ------------------------------------------------- 101
Disposições Gerais -------------------------------------------- 56 Da Remissão --------------------------------------------------- 102
Da Prisão em Flagrante-------------------------------------- 59 Do Conselho Tutelar ----------------------------------------- 103
Da Prisão Preventiva ----------------------------------------- 61 Das Atribuições do Conselho ------------------------------ 103
Da Prisão Domiciliar ------------------------------------------ 63 Da Competência ---------------------------------------------- 104
Das Outras Medidas Cautelares --------------------------- 64 Da Escolha dos Conselheiros ------------------------------ 104
Da Liberdade Provisória, com ou sem Fiança ---------- 64 Dos Impedimentos ------------------------------------------- 105
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE ------------------------------------ 68
LEI DE CRIMES HEDIONDOS (8.072/90) ---------------------------- 68
LEI DE TORTURA (9.455/97) ---------------------------------------- 70
LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE (13.869/19) ---------------------- 71
Disposições Gerais -------------------------------------------- 71
DOS SUJEITOS DO CRIME --------------------------------------------- 71
Da Ação Penal -------------------------------------------------- 71
Dos Efeitos da Condenação e das Penas Restritivas de
Direitos ----------------------------------------------------------- 72
Dos Efeitos da Condenação--------------------------------- 72
Das Penas Restritivas de Direitos ------------------------- 72
Das Sanções de Natureza Civil e Administrativa ------ 73
Dos Crimes e das Penas-------------------------------------- 73
Violência Institucional---------------------------------------- 74
ESTATUTO DO DESARMAMENTO (10.826/03) -------------------- 78
Do Sistema Nacional de Armas ---------------------------- 78
DO PORTE ------------------------------------------------------------- 79
DOS CRIMES E DAS PENAS ------------------------------------------- 83
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido --- 83
Omissão de cautela ------------------------------------------- 83
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direito a indenização pelo dano material ou
moral decorrente de sua violação;
Noções de Direito Constitucional
DICA:
***INFORMATIVO 994 DO STF: é
considerado INCONSTITUCIONAL lei que - Segundo a lei de abuso de autoridade,
venha prever requisitos distintos entre homens cumprir mandado de prisão depois das 21h ou
e mulheres para o recebimento de pensão por antes das 5h, configura crime de abuso de
morte. autoridade.
- Aspectos Negativos: podem fazer tudo o que ***INFORMATIVO 623 do STJ: denúncias
não estiver proibido em lei; aplicável ao anônimas por si só não são fundadas razões
particular. para o ingresso policial na residência do
acusado sem a determinação judicial ou o
- Exceções: estado de defesa previsto no art. consentimento do próprio morador.
136, CF; estado de sítio previsto no art. 137, CF
e medidas provisórias prevista no art. 62, CF. ***INFORMATIVO 606 DO STJ: a mera
intuição de que pode haver tráfico de drogas
IV - É livre a manifestação do pensamento, dentro da residência do morador não autoriza
sendo vedado o anonimato; a entrada do policial sem mandado judicial ou
o seu
XII consentimento.
- é inviolável o sigilo da correspondência e
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada,
das comunicações telegráficas, de dados e das
a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
comunicações telefônicas, salvo, no último
caso
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XV - É livre a locomoção no território XXXIX - Não há crime sem lei anterior que o
nacional em tempo de paz, podendo qualquer defina, nem pena sem prévia cominação legal;
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, (Princípio da reserva legal / Princípio da
permanecer ou dele sair com seus bens; anterioridade penal)
(restringível no estado de sítio, conforme o art.
139, I e II, CF) XLII - A prática do racismo constitui crime
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
***INFORMATIVO 977 DO STF: lei estadual reclusão, nos termos da lei;
pode exigir que servidor more no Município
onde atua, mas não pode exigir que ele peça XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e
autorização todas as vezes em que for sair da insuscetíveis de graça ou anistia a prática da
localidade. tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, o terrorismo e os definidos como crimes
XVI - Todos podem reunir-se pacificamente, hediondos, por eles respondendo os mandantes,
sem armas, em locais abertos ao público, os executores e os que, podendo evitá-los, se
independentemente de autorização, desde que omitirem;
não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas XLIV - constitui crime inafiançável e
exigido prévio aviso à autoridade competente; imprescritível a ação de grupos armados, civis ou
(Mandado de Segurança é o remédio militares, contra a ordem constitucional e o Estado
constitucional cabível em caso de ameaça ou Democrático;
lesão ao direito de reunião)
MACETE:
XVII - É plena a liberdade de associação para
fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 1º Coloque as 3 primeiras letras em ordem
alfabética.
XVIII - A CRIAÇÃO de associações e, na forma
da lei, a de cooperativas independem de 2º GRAVE AS EXPRESSÕES:
autorização, sendo vedada a interferência
estatal em seu funcionamento; RAAÇÃO PROS DOIS PRIMEIROS
3TH PROS DOIS ÚLTIMOS
XIX - As associações só poderão ser
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas IMP INA INS
atividades suspensas por decisão judicial, RA RA 3T
exigindo-se, no primeiro caso
(compulsoriamente dissolvidas), o trânsito em AÇÃO AÇÃO H
julgado; 3T
H
XX - Ninguém poderá ser compelido a
associar-se ou a permanecer associado; Lembre-se: 3TH estão juntos. Os 3T são
equiparados a Hediondos.
XXI - As entidades associativas, quando
Legenda:
expressamente autorizadas, têm legitimidade
para representar seus filiados judicial ou - RACISMO
extrajudicialmente; - AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS
- HEDIONDOS
XXII - É garantido o direito de propriedade; - TERRORISMO
- TORTURA
XXIII - A propriedade atenderá a sua função - TRÁFICO DE ENTORPECENTES
social;
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XLIX - É assegurado aos presos o respeito à § 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do
integridade física e moral; Distrito Federal e dos Territórios o disposto no art.
37, inciso XVI (acumulação de cargo), com
prevalência da atividade militar. (EC nº
***INFORMATIVO 819 DO STF: em caso de 101/2019)
inobservância de seu dever específico de
proteção previsto no art. 5°, inciso XLIX, da Art. 144. A segurança pública, dever do
CF/88, o Estado é responsável pela morte de Estado, direito e responsabilidade de todos, é
detento. exercida para a preservação da ordem pública e
da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
LVI - São inadmissíveis, no processo, as através dos seguintes órgãos: (ROL TAXATIVO)
provas obtidas por meios ilícitos;
I - Polícia federal;
LVII - Ninguém será considerado culpado até
o trânsito em julgado de sentença penal II - Polícia rodoviária federal;
condenatória; (Princípio da presunção de
inocência) III - Polícia ferroviária federal;
IV - Polícias civis;
***INFORMATIVO 958 DO STF: o
cumprimento da pena somente pode ter início V - Polícias militares e corpos de bombeiros
com o esgotamento de todos os recursos. militares.
***INFORMATIVO 960 DO STF: não é possível
a execução provisória da pena mesmo em caso VI - Polícias penais federal, estaduais e
de condenações pelo Tribunal do Júri. distrital. (EC nº 104/2019)
LXIII - O preso será informado de seus direitos, ***INFORMATIVO 983 DO STF: não é
entre os quais o de permanecer calado, sendo- possível que os Estados-membros criem
lhe assegurada a assistência da família e de órgão de segurança pública diverso daqueles
advogado; que estão previstos no art. 144 da CF/88.
***INFORMATIVO 860 DO STF: policiais são
Art. 42 Os membros das Polícias
proibidos de fazer greve.
Militares e Corpos de Bombeiros Militares,
instituições organizadas com base na hierarquia
e disciplina, são militares dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios. § 1º A polícia federal, instituída por lei como
órgão permanente, organizado e mantido pela
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do União e estruturado em carreira, destina-se a:
Distrito Federal e dos Territórios, além do que
vier a ser fixado em lei, as disposições do art. I - Apurar infrações penais contra a ordem política
14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, e social ou em detrimento de bens, serviços e
cabendo a lei estadual específica dispor sobre as interesses da União ou de suas entidades
matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as autárquicas e empresas públicas, assim como
patentes dos oficiais conferidas pelos outras infrações cuja prática tenha repercussão
respectivos governadores. interestadual ou internacional e exija repressão
uniforme, segundo se dispuser em lei (Lei nº
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, 10.446/02);
do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o
que for fixado em lei específica do respectivo II - Prevenir e reprimir o tráfico ilícito de
ente estatal. entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o
descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e
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de outros órgãos públicos nas respectivas áreas § 7º A lei disciplinará a organização e o
de competência; funcionamento dos órgãos responsáveis pela
segurança pública, de maneira a garantir a
III - Exercer as funções de polícia marítima,
eficiência de suas atividades.
aeroportuária e de fronteiras;
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão § 8º Os Municípios poderão constituir guardas
permanente, organizado e mantido pela União municipais destinadas à proteção de seus bens,
e estruturado em carreira, destina-se, na forma serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
da lei, ao patrulhamento ostensivo das
rodovias federais. ***INFORMATIVO 793 DO STF: definiu a tese
de que é constitucional a atribuição às guardas
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão
municipais do exercício do poder de polícia de
permanente, organizado e mantido pela União
trânsito, inclusive para a imposição de sanções
e estruturado em carreira, destina-se, na forma da
administrativas legalmente previstas. Como, por
lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias
exemplo, as multas de trânsito.
federais.
§ 9º A remuneração dos servidores policiais
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por integrantes dos órgãos relacionados neste artigo
delegados de polícia de carreira, incumbem, será fixada na forma do § 4º do art. 39
ressalvada a competência da União, as funções (SUBSÍDIO).
de polícia judiciária e a apuração de infrações
penais, exceto as militares. § 10. A segurança viária, exercida para a
preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do seu patrimônio
nas vias públicas:
***INFORMATIVO 554 DO STJ: policiais civis
aposentados não têm porte de arma. I - Compreende a educação, engenharia e
fiscalização de trânsito, além de outras atividades
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia previstas em lei, que assegurem ao cidadão o
ostensiva e a preservação da ordem pública; direito à mobilidade urbana eficiente; e
aos corpos de bombeiros militares, além das
atribuições definidas em lei, incumbe a execução II - Compete, no âmbito dos Estados, do Distrito
de atividades de defesa civil. Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos
ou entidades executivos e seus agentes de
trânsito, estruturados em Carreira, na forma da
***INFOMATIVO 991 DO STF: é lei.
CONSTITUCIONAL lei estadual que
conceda dois assentos gratuitos a policiais
militares devidamente fardados nos ***INFORMATIVO 987 DO STF: lei distrital
transportes coletivos intermunicipais. não pode conferir porte de arma nem
determinar o exercício de atividades de
§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão segurança pública a agentes e inspetores de
administrador do sistema penal da unidade trânsito.
federativa a que pertencem, cabe a segurança
dos estabelecimentos penais. (EC nº 104/2019)
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Da hierarquia e da Disciplina
Art. 12 - A hierarquia e a disciplina MACETE:
são a base institucional da Polícia Militar. A POSTO = OFICIAL
autoridade e a responsabilidade crescem com
o grau hierárquico. “OFICIAL DO POSTO”
Obs.: As imagens das divisas é só
Parágrafo 1º - A hierarquia policial-militar é a
curiosidade, ok? Não precisa decorar.
ordenação dá autoridade em níveis diferentes,
dentro da estrutura da Polícia Militar. A
ordenação se faz por postos ou graduações.
Dentro de um mesmo posto ou de uma mesma OFICIAIS SUPERIORES
graduação se faz pela antiguidade no posto ou
na graduação. O respeito à hierarquia é Coronel PM
consubstanciado no espírito de acatamento à
sequência de autoridade. Tenente Coronel PM
Major PM
Parágrafo 2º - Disciplina é a rigorosa
observância e o acatamento integral das Leis,
INTERMEDIÁRIOS
regulamentos, normas e disposições que
fundamentam o organismo policial militar e Capitão PM
coordenam seu funcionamento regular e
harmônico, traduzindo-o pelo perfeito SUBALTERNOS
cumprimento do dever por parte de todos e de
Primeiro Tenente PM
cada um dos componentes desse organismo.
Segundo Tenente PM
Parágrafo 3º - A disciplina e o respeito à
hierarquia devem ser mantidos em todas as PRAÇA ESPECIAL
circunstâncias da vida, entre policiais militares
da ativa, da reserva remunerada e reformados. Aspirante-a-Oficial PM
OBS.: Antes de serem aspirantes, os Alunos-
Art. 13 – Círculos hierárquicos são oficiais PM são Cadetes por 3 anos. Esses
âmbitos de convivência entre os policiais militares Alunos-Oficiais são superiores aos Subtenentes e
da mesma categoria e têm a finalidade de demais praças.
desenvolver a espírito de camaradagem em
ambiente de estima confiança, sem prejuízo de Círculo das praças (graduações)
respeito mútuo.
Art. 14 – Os círculos hierárquicos e a
escala hierárquica na Polícia Militar são fixados no MACETE:
Quadro e parágrafos seguintes:
PRAÇAS = GRADUAÇÕES (2 A’S) ou só
prestar atenção na primeira sílaba, pois se
parecem: GRA-PRA
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a) entre policiais militares do mesmo quadro
pela posição nas respectivas escalas
Subtenentes PM numéricas ou registros de que trata o art. 17;
b) nos demais casos, pela antiguidade no posto
Primeiro Sargento PM ou na graduação anterior; se, ainda assim,
subsistir a igualdade de antiguidade, recorrer-se-á
sucessivamente, aos graus hierárquicos
Segundo Sargento PM
anteriores, à data de inclusão e a data de
nascimento para definir a precedência e, neste
Terceiro Sargento PM último caso, o mais velho será considerado mais
antigo; e
Cabo PM c) entre os alunos de um mesmo órgão de
formação de policiais militares, de acordo com o
Soldado PM regulamento do respectivo órgão, se não
estiverem especificadamente enquadrados
Parágrafo 1º - Posto é o grau hierárquico do nas letras "a" e "b".
Oficial conferido por ato do Governador do
Parágrafo 3º - Em igualdade de posto ou
Estado da Paraíba.
graduação, os policiais militares da ativa tem
precedência sobre os da inatividade.
Parágrafo 2º - Graduação é o grau
hierárquico da praça conferido por ato do Parágrafo 4º - Em igualdade de posto ou
Comandante-Geral da Polícia Militar graduação, a precedência entre os policiais
militares de carreira na ativa e os da reserva
Parágrafo 3º - Os Aspirantes-a-Oficial e os remunerada que estiverem convocados, é definida
Alunos Oficiais PM são denominados Praças pelo tempo de efetivo serviço no posto ou
Especiais. graduação.
Parágrafo 4º - Os graus hierárquicos inicial e
Art. 16 - A precedência entre as
final dos diversos Quadros e Qualificações são
Praças Especiais e as demais praças é assim
fixados, separadamente, para cada caso, em Lei
regulada:
de Fixação de Efetivos.
I - Os Aspirantes-a-oficial PM são
Parágrafo 5º - Sempre que o policial militar da
hierarquicamente superiores às demais
reserva remunerada ou reformado fizer uso do
praças;
posto ou graduação, deverá fazê-lo mencionando
essa situação. II - Os Alunos-Oficiais PM são
hierarquicamente superiores aos Subtenentes
Art. 15 - A precedência entre policiais PM.
militares da ativa do mesmo grau hierárquico é
assegurada pela antiguidade no posto ou na Art. 17 - A Policia Militar manterá um
graduação, salvo nos casos de precedência registro de todos os dados referentes a seu
funcional estabelecida em lei ou regulamento. pessoal da ativa e da reserva remunerada, dentro
das respectivas escalas numéricas, segundo as
Parágrafo 1º - A antiguidade de cada posto ou instruções baixadas pelo Comandante-Geral da
graduação é contada a partir da data da Corporação.
assinatura do ato da respectiva promoção,
nomeação, declaração ou inclusão, salvo Art. 18. Os Alunos-Oficiais PM são
quando estiver taxativamente fixada outra declarados Aspirantes-a-Oficial PM pelo
data. Comandante-Geral da Corporação.
Parágrafo 2º - No caso de ser igual à antiguidade
referida no parágrafo anterior, a antiguidade é
estabelecida:
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c) em atividades industriais; I - A dedicação integral ao serviço policial
d) para discutir ou provocar discussões pela militar e a fidelidade à instituição a que pertence
imprensa a respeito de assuntos políticos ou mesmo com sacrifício da própria vida;
policiais militares, excetuando-se os de natureza
exclusivamente técnica, se devidamente II - O culto aos Símbolos Nacionais;
autorizado; e
III - A probidade e a lealdade em todas as
XIX - Zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de circunstâncias;
cada um dos seus integrantes, obedecendo e
fazendo obedecer aos preceitos da ética policial- IV - A disciplina e o respeito à hierarquia;
militar.
V - O rigoroso cumprimento das obrigações
Art. 28 - Ao policial-militar da ativa, e ordens;
ressalvado o disposto nos parágrafos 2º e 3º, é
vedado comerciar ou tomar parte na VI - A obrigação de tratar o subordinado
administração ou gerência de sociedade ou dignamente e com urbanidade.
dela ser sócio ou participar, exceto como
Do comando e da subordinação
acionista ou quotista, em sociedade anônima
ou por quotas de responsabilidade limitada.
Parágrafo 1º - Os policiais militares na Art. 33 - Comando é a soma de
reserva remunerada, quando convocados, ficam autoridade, de deveres e responsabilidades de
proibidos de tratar, nas organizações policiais que o policial militar é investido legalmente,
militares e nas repartições públicas civis, dos quando conduz homens ou dirige uma
interesses de organizações ou empresas privadas organização policial militar. O comando está
de qualquer natureza. vinculado ao grau hierárquico e constitui uma
prerrogativa IMPESSOAL, em cujo exercício o
Parágrafo 2º - Os policiais militares da policial militar se define e se caracteriza como
ativa podem exercer diretamente a gestão de chefe.
seus bens, desde que não infrinjam o disposto
no presente artigo. Parágrafo Único - Aplica-se à Direção e à Chefia
de Organização Policial Militar, no que couber, o
Parágrafo 3º - No intuito de desenvolver a estabelecido para o Comando.
prática profissional dos integrantes do Quadra de
Saúde, é-lhe permitido o exercício da atividade Art. 34 - A subordinação não afeta, de
técnico-profissional no meio civil, desde que modo algum, a dignidade pessoal do policial
tal prática não prejudique o serviço. militar e decorre, exclusivamente da estrutura
hierárquica da Policia Militar.
Art. 29 - O Comandante-Geral da
Polícia Militar poderá determinar aos policiais Art. 35 - O Oficial é preparado, ao longo da
militares da ativa que, no interesse da carreira para o exercício do Comando, da Chefia e
salvaguarda da dignidade dos mesmos, informem da Direção das Organizações Policiais Militares.
sobre a origem e a natureza de seus bens,
sempre que houver razões que recomendem Art. 36 - Os Subtenentes e Sargentos
tal medida. auxiliam e completam as atividades dos
oficiais, quer no adestramento e no emprego dos
meios, quer na instrução e na administração;
Dos deveres policiais militares poderão ser empregados na execução de
atividades de policiamento ostensivo peculiares a
Art. 30 - Os deveres policiais militares Policia Militar.
emanam de vínculos relacionais que ligam o
policial militar à comunidade estadual e a sua Parágrafo Único - No exercício das atividades
segurança, e compreendem, essencialmente: mencionadas neste artigo e no comando de
elementos subordinados, os Subtenentes e
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Sargentos deverão impor-se pela lealdade, d) por militar durante o período de
pelo exemplo e pela capacidade profissional e manobras ou exercício, contra militar da
técnica, incumbindo-lhes assegurar a reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou
observância minuciosa e ininterrupta das ordens, civil;
das regras de serviço e das normas operativas e) por militar em situação de atividade, ou
pelas praças que lhes estiverem diretamente assemelhado, contra o patrimônio sob a
subordinadas e a manutenção da coesão e do administração militar, ou a ordem
moral das mesmas praças em todas as administrativa militar;
circunstanciais.
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou
Art. 37 - Os Cabos e Soldados; são reformado, ou por civil, contra as instituições
essencialmente, os elementos de execução. militares, considerando-se como tais não só os
compreendidos no inciso I, como os do inciso II,
Art. 38 - Às Praças Especiais cabe a nos seguintes casos:
rigorosa observância das prescrições dos a) contra o patrimônio sob a administração
regulamentos que lhes são pertinentes, militar, ou contra a ordem administrativa
exigindo-lhes inteira dedicação ao estudo e ao militar;
aprendizado técnico-profissional b) em lugar sujeito à administração militar
Art. 39 - Cabe ao policial-militar a contra militar em situação de atividade ou
responsabilidade integral pelas decisões que assemelhado, ou contra funcionário de
tomar, pelas ordens que emitir e pelos atos que Ministério militar ou da Justiça Militar, no
praticar. exercício de função inerente ao seu cargo;
c) contra militar em formatura, ou durante o
Código Penal Militar período de prontidão, vigilância, observação,
exploração, exercício, acampamento,
acantonamento ou manobras;
Crimes militares em tempo de paz d) ainda que fora do lugar sujeito à
administração militar, contra militar em
função de natureza militar, ou no
Art. 9º Consideram-se crimes militares, desempenho de serviço de vigilância,
em tempo de paz: garantia e preservação da ordem pública,
I - Os crimes de que trata este Código, quando administrativa ou judiciária, quando
definidos de modo diverso na lei penal comum, ou legalmente requisitado para aquele fim, ou
nela não previstos, qualquer que seja o agente, em obediência a determinação legal
salvo disposição especial; superior.
§ 1º Os crimes de que trata este artigo, quando
II – Os crimes previstos neste Código e os dolosos contra a vida e cometidos por militares
previstos na legislação penal, quando praticados: contra civil, serão da competência do Tribunal
a) por militar em situação de atividade ou do Júri.
assemelhado, contra militar na mesma § 2º Os crimes de que trata este artigo, quando
situação ou assemelhado; dolosos contra a vida e cometidos por militares
b) por militar em situação de atividade ou das Forças Armadas contra civil, serão da
assemelhado, em lugar sujeito à competência da Justiça Militar da União, se
administração militar, contra militar da praticados no contexto:
reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou
civil; I – Do cumprimento de atribuições que lhes forem
c) por militar em serviço ou atuando em estabelecidas pelo Presidente da República ou
razão da função, em comissão de natureza pelo Ministro de Estado da Defesa;
militar, ou em formatura, ainda que fora do
II – De ação que envolva a segurança de
lugar sujeito à administração militar contra
instituição militar ou de missão militar, mesmo que
militar da reserva, ou reformado, ou civil;
não beligerante; ou
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III – De atividade de natureza militar, de operação designado, ou o serviço que lhe cumpria, antes de
de paz, de garantia da lei e da ordem ou de terminá-lo:
atribuição subsidiária, realizadas em
conformidade com o disposto no art. 142 da Pena - detenção, de três meses a um ano.
Constituição Federal e na forma dos seguintes
diplomas legais: Embriaguez em serviço
a) Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Art. 202. Embriagar-se o militar, quando
Código Brasileiro de Aeronáutica; em serviço, ou apresentar-se embriagado para
b) Lei Complementar no 97, de 9 de junho de prestá-lo:
1999;
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
c) Decreto-Lei no 1.002, de 21 de outubro de 1969
- Código de Processo Penal Militar; e Dormir em serviço
d) Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código
Art. 203. Dormir o militar, quando em
Eleitoral. serviço, como oficial de quarto ou de ronda, ou em
Violência contra superior situação equivalente, ou, não sendo oficial, em
serviço de sentinela, vigia, plantão às máquinas,
ao leme, de ronda ou em qualquer serviço de
Art. 157. Praticar violência contra natureza semelhante:
superior:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Pena - detenção, de três meses a dois anos.
Formas qualificadas:
DICA:
§ 1º Se o superior é comandante da unidade a
que pertence o agente, ou oficial general: Todos os crimes tem penas de detenção,
3 meses a 1 ano.
Pena - reclusão, de três a nove anos.
Exceções:
§ 2º Se a violência é praticada com arma, a
pena é aumentada de um terço. Embriaguez: Detenção, 6 meses a 2 anos.
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal, Se for comandante da unidade ou general:
aplica-se, além da pena da violência, a do reclusão, 3 a 9 anos.
crime contra a pessoa.
Se resultar morte de qualquer superior: 12 a
§ 4º Se da violência resulta morte:
30 anos.
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 5º Se o crime ocorre em serviço, a pena é Obs.: A Lei complementar 87/2008, a Justiça
Militar Estadual (art. 125, CF, §3º, §4º, §5º) e
aumentada da sexta parte.
a Lei complementar 096/10 foram assuntos
Violência contra inferior incluídos no edital 2018. Na última prova só
caiu uma questão desses três assuntos.
Art. 175. Praticar violência contra inferior:
Incluímos aqui para o material ficar completo
e destacamos alguns parágrafos passíveis
Pena - detenção, de três meses a um ano.
de questão.
Abandono de posto Pela extensão do conteúdo a seguir,
recomenda-se estudá-las quando finalizar os
Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, pontos mais importantes do edital.
o posto ou lugar de serviço que lhe tenha sido
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Lei penal estadual 87/2008 I - planejar, organizar, dirigir, supervisionar,
coordenar e controlar as ações de polícia
ostensiva e de preservação da ordem pública, que
TÍTULO I devem ser desenvolvidas prioritariamente para
Das Disposições Fundamentais assegurar a incolumidade das pessoas e do
patrimônio, o cumprimento da lei e o exercício dos
Poderes constituídos;
CAPÍTULO I - Das Disposições Gerais
Il - executar, com exclusividade, ressalvadas as
Art. 1º A Polícia Militar do Estado da missões peculiares às Forças Armadas, o
Paraíba - PMPB é instituição permanente, força policiamento ostensivo fardado para prevenção e
auxiliar e reserva do Exército, organizada com repressão dos ilícitos penais e infrações definidas
base na hierarquia e na disciplina militares, órgão em lei, bem como as ações necessárias ao pronto
da administração direta do Estado, com dotação restabelecimento da ordem pública;
orçamentária própria e autonomia administrativa,
vinculada à Secretaria de Estado da Segurança e III - atender à convocação do Governo Federal em
da Defesa Social - SEDS, nos termos da caso de guerra externa ou para prevenir ou
legislação estadual vigente. reprimir grave subversão da ordem ou ameaça de
sua irrupção, subordinando-se ao Comando do
Art. 2º A Polícia Militar do Estado da Exército, em suas atribuições específicas de
Paraíba é parte do Sistema de Defesa Social do Polícia Militar e como participante da defesa
Estado, atuando de forma integrada com os territorial, para emprego;
órgãos do respectivo Sistema, em parceria com a
comunidade e as instituições públicas e privadas, IV - atuar de maneira preventiva ou dissuasiva em
de maneira a garantir a eficiência de suas locais ou áreas específicas em que se presuma
atividades, cabendo-lhe, com exclusividade, a ser possível e/ou ocorra perturbação da ordem
polícia ostensiva, a preservação da ordem pública pública;
e a incolumidade das pessoas e do patrimônio.
V - atuar de maneira repressiva em caso de
CAPÍTULO II - Dos Princípios perturbação da ordem, precedendo eventual
Fundamentais emprego das Forças Armadas;
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IX - proceder, nos termos da lei, à apuração das XX - gerenciar as situações de crise que envolva
infrações penais de competência da polícia reféns;
judiciária militar;
XXI - apoiar, quando requisitada, o Poder
X - planejar e realizar ações de inteligência Judiciário e o Ministério Público Estadual, no
destinadas à prevenção criminal e ao exercício da cumprimento de suas decisões;
polícia ostensiva e da preservação da ordem
pública, observados os direitos e garantias XXII - realizar, em situações especiais, o
individuais; policiamento velado para garantir a eficiência das
ações de polícia ostensiva e de preservação da
XI - realizar internamente correições e inspeções, ordem pública.
em caráter permanente ou extraordinário;
XXIII - atuar na fiscalização e controle dos serviços
XII - autorizar, mediante prévio conhecimento, a de vigilância particular no Estado, vedando-se o
realização de reuniões ou eventos de caráter uso e o emprego de uniformes, viaturas,
público ou privado, em locais que envolvam equipamentos e apetrechos que possam se
grande concentração de pessoas, para fins de confundir com os por ela adotados;
planejamento e execução das ações de polícia
ostensiva e de preservação da ordem pública; XXIV - lavrar, subsidiariamente, o Termo
Circunstanciado de Ocorrência - TCO;
XII - emitir, com exclusividade, pareceres e
relatórios técnicos relativos à polícia ostensiva, à XXV - executar as atividades da Casa Militar do
preservação da ordem pública e às situações de Governador;
crise;
XXVI - assessorar as Presidências dos Poderes
XIV - fiscalizar o cumprimento dos dispositivos Legislativo e Judiciário, à Prefeitura da Capital, ao
legais e normativos pertinentes à polícia ostensiva Tribunal de Contas do Estado, à Procuradoria
e à preservação da ordem pública, aplicando as Geral de Justiça, à Justiça Militar Estadual e às
sanções previstas na legislação específica; Secretarias da Segurança e da Defesa Social e da
Cidadania e Administração Penitenciária, nos
XV - realizar pesquisas técnico-científicas, termos definidos na legislação peculiar;
estatísticas e exames técnicos relacionados às
atividades de polícia ostensiva, de preservação da XXVII - desempenhar outras atribuições previstas
ordem pública, de polícia judiciária militar e outras em lei.
pertinentes;
§ 1º Os integrantes da Polícia Militar do Estado da
XVI - acessar os bancos de dados existentes nos Paraíba no desempenho de atividade policial
órgãos do Sistema de Defesa Social do Estado da militar no âmbito de suas responsabilidades são
Paraíba e, quando assim se dispuser, da União, considerados autoridades policiais.
relativos à identificação civil e criminal, de armas,
veículos, objetos e outros, observado o disposto § 2º Para o desempenho das funções a que se
no inciso X do art. 5º da Constituição Federal; refere o inciso IX deste artigo, a Polícia Militar
requisitará exames periciais e adotará
XVII - realizar a segurança interna do Estado; providências cautelares destinadas a colher e
resguardar indícios ou provas da ocorrência de
XVIII - proteger os patrimônios histórico, artístico, infrações penais no âmbito de suas atribuições,
turística e cultural; sem prejuízo da competência dos demais órgãos
policiais.
XIX - realizar o policiamento assistencial de
proteção às crianças, aos adolescentes e aos §3º As atividades previstas no inciso XXVI deste
idosos, o patrulhamento aéreo e fluvial, a guarda Artigo são consideradas como em serviço de
externa de estabelecimentos penais e as missões natureza policial militar, e o efetivo empregado
de segurança de dignitários em conformidade com fará parte da Ajudância Geral.
a lei;
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Art. 5º A Polícia Militar será estruturada em Seção II - Do Comando Geral
órgãos de direção estratégica, de direção setorial,
de execução e vinculados.
Art. 10. O Comando Geral é constituído de:
Art. 6º Os órgãos de direção estratégica
realizam o comando e a administração da I- Comandante-Geral;
Corporação, executando as seguintes atribuições: II - Gabinete do Comandante-Geral;
I - planejar institucionalmente a organização da III - Grupamento de Ações Táticas Especiais
Corporação; - GATE.
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VI - autorizar militares estaduais e servidores civis Seção II - Do Subcomando-Geral
da Corporação a se afastarem do Estado e do
país; Art. 15. O Subcomando-Geral é constituído
de:
VII - ordenar o emprego de verbas orçamentárias,
de créditos abertos ou de outros recursos em favor I - Subcomandante-Geral;
da Polícia Militar do Estado da Paraíba. II - Gabinete do Subcomandante-Geral;
III - Ajudância-Geral.
VIII - incluir, nomear, licenciar e excluir Praças e
Praças especiais, obedecidos os requisitos legais; § 1º O Subcomandante Geral, cargo em comissão
símbolo CDS-2, previsto na Estrutura
IX - promover Praças e declarar Aspirantes-a- Organizacional da Administração Direta do Poder
Oficial; Executivo do Estado da Paraíba, é exercido por
um Coronel da Ativa do QOC, escolhido e
XI - conceder férias, licenças ou afastamentos de nomeado pelo Governador do Estado.
qualquer natureza;
§ 2º O Subcomandante-Geral é o responsável pela
XI - decidir sobre a instauração e a solução dos garantia da disciplina da Corporação e Presidente
procedimentos e processos administrativos da Comissão de Promoção de Praças, além de
disciplinares, aplicando as penalidades previstas prestar assessoramento ao Comandante-Geral na
nas normas disciplinares da Corporação; coordenação do funcionamento da Instituição,
sendo seu eventual substituto.
XII - expedir os atos administrativos necessários à
gestão Institucional. §3º O Gabinete do Subcomandante-Goeral tem a
seu cargo as funções administrativas do
Parágrafo único. O Comandante-Geral poderá Subcomando-Geral.
delegar competência para a expedição de atos
administrativos. Art. 16. A Ajudância Geral tem a seu cargo
as funções administrativas, de segurança e de
Art. 13. O Gabinete do Comandante-Geral, controle do efetivo do Quartel do Comando Geral,
definido como Estado-Maior Pessoal, é constituído bem como a administração do Presídio e do
de: Museu da Polícia Militar.
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Parágrafo único. O Estado-Maior Estratégico será a) de atendimento e triagem - OUV/1;
assim organizado: b) de estatística e avaliação -- OUV/2;
c) de apoio administrativo - OUV/3.
I - Gabinete do Coordenador Geral;
II - Gabinete do Coordenador Geral Adjunto; Seção VI - Dos Comandos Regionais
III - Coordenadorias:
a) de Integração Comunitária e Direitos Humanos Art. 20. Os Comandos Regionais têm por
- EM/1; finalidade planejar, coordenar, controlar e
b) de Inteligência - EM/2; supervisionar, na Região Metropolitana de João
c) de Planejamento e Elaboração de Projetos Pessoa e do Interior, as atividades realizadas
EM/3; pelos Órgãos de Execução, no que concerne à
d) de Combate e Resistência às Drogas e à eficiência nas missões de policiamento ostensivo,
Violência - EM/4; de acordo com as necessidades de preservação
f) de Comunicação Social e Marketing - EM/5; da ordem pública.
g) de Gerenciamento de Crises - EM/6;
h) de Estatística e Avaliação - EM/7;
Parágrafo único. Os Comandos Regionais são:
i) de Tecnologia da Informação - EM/8.
I - Comando do Policiamento da Região
Seção V - Da Corregedoria Metropolitana da Capital - CPRM;
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Art. 24. Os Comandos do Policiamento da IV - Seção de Apoio Administrativo.
Região Metropolitana e Regionais têm a seguinte
organização: § 1º Compete à Procuradoria Jurídica:
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Parágrafo único. A Corporação terá as seguintes Parágrafo Único. A Diretoria de Apoio Logístico é
Diretorias: constituída de:
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com a qualificação profissional de servidores f) Aprovisionamento;
militares ou civis de outros entes públicos ou g) Almoxarifado;
privados, observadas as modalidades presencial, h) Corregedoria Setorial;
semipresencial ou à distância. i) Ouvidoria Setorial;
j) Companhia de Comando e Serviços;
§ 1º O Centro de Educação é constituído de: k) Música.
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tipos, processos ou modalidades de policiamento. XVI - Batalhão de Operações Especiais - BOPE,
João Pessoa; Campina Grande, Patos; Guarabira; com sede em João Pessoa;
João Pessoa; Cajazeiras; Santa Rita; Itabaiana;
Picuí; Campina Grande; Monteiro; XVII - Batalhão de Polícia de Trânsito Urbano e
Rodoviário - BPTran, com sede em João
Seção I - Das Unidades Operacionais Pessoa;
VII - 7º Batalhão de Polícia Militar, com sede em Art. 38. Denominam-se Pelotões
Santa Rita; Operacionais - PelOps:
VIII - 8º Batalhão de Polícia Militar, com sede I- Pelotão de Polícia Militar - Pel PM;
em Itabaiana; II - Pelotão de Polícia de Guarda - PPGd;
III - Pelotão de Polícia Rodoviária - PPRv;
IX - 9º Batalhão de Polícia Militar, com sede em IV - Pelotão de Polícia Tática e Motorizada -
Picuí; PPTMtz;
V - Pelotão de Polícia de Trânsito - PPTran;
X - 10º Batalhão de Polícia Militar, com sede em VI - Pelotão de Polícia de Choque - PPChoq;
Campina Grande; VII - Pelotão de Polícia Rural - PPR;
VIII - Pelotão de Polícia de Apoio ao Turista -- PAT;
XI - 11º Batalhão de Polícia Militar, com sede IX - Pelotão de Polícia Ambiental - PPAmb;
em Monteiro; X - Pelotão de Polícia Montada - PPMont.
XI - 12º Batalhão de Polícia Militar, com sede Art. 39. As Áreas de Responsabilidade
em Catolé do Rocha; Territorial dos Batalhões de Polícia Militar ou
congêneres e as subáreas das Subunidades dos
Batalhões de Polícia Militar ou congêneres serão
XIII - 13º Batalhão de Polícia Militar, com sede
estabelecidas por Ato do Comandante-Geral,
em Itaporanga;
mediante estudos do Estado- Maior Estratégico e
dos Comandos Regionais.
XIV - 14º Batalhão de Polícia Militar, com sede
em Sousa;
Art. 40. As Unidades Operacionais de
Polícia Militar, com efetivos previstos em Quadros
XV - Batalhão de Polícia Ambiental -- BPAmb, de Organização - QO atuarão de acordo com as
com sede em João Pessoa;
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necessidades de suas áreas de responsabilidade realizará as missões especiais do Comando Geral,
e missões, sendo constituídas de: e terá a mesma estrutura orgânica de um Batalhão
de Polícia Militar, acrescido de suas Subunidades
I - Gabinete do Comandante; Especiais.
II - Gabinete do Subcomandante;
III - Gabinete do Ajudante secretário; Art. 44. O Comando de Operações Aéreas
IV - Seções de: - COA, com atuação em todo o Estado e
a) Gestão de Pessoas - P/1; subordinação direta ao Comandante- Geral, é
b) Inteligência - P/2; responsável pelo comando, planejamento,
c) Planejamento e operações - P/3; coordenação, operacionalização, fiscalização,
d) Administração - P/4; treinamento, segurança, manutenção e controle
e) Comunicação Social - P/5. das atividades aéreas, além de apoio às
V - Setores de: atividades de defesa civil, tendo a seguinte
a) Motomecanização; estrutura:
b) Comunicações;
c) Educação Física e Desportos; I- Gabinete do Comandante;
d) Tecnologia da Informação;
e) Armamento e Munições; II - Gabinete do Subcomandante;
f) Núcleo Setorial de Saúde - NSS;
g) Tesouraria; III - Seções de:
h) Aprovisionamento;
i) Almoxarifado; a) Gestão Administrativa - SGA;
j) Corregedoria Setorial; b) Segurança de Vôo - SSV;
k) Ouvidoria Setorial; c) Operações de Vôo - SOV;
m) Coordenação do Policiamento; d) Instrução e Treinamento - SIT;
n) Música. e) Suprimentos e Manutenção - SSM;
VI - Companhias PM; f) Apoio Administrativo - SAA.
VII - Pelotões PM e de Comando e Serviços;
VII - Grupo PM - GPM. Art. 45. O Regimento de Polícia Montada -
RPMont e os Batalhões de Polícia de Trânsito
Art. 41. As Subunidades Operacionais de Urbano e Rodoviário - BPTran e de Polícia
Polícia Militar, com efetivos previstos em Quadros Ambiental - BPAmb, com atuação em todo o
de Organização - QO atuarão de acordo com as Estado, subordinam-se aos Comandos Regionais,
necessidades de suas subáreas de realizando as missões especiais e tendo a mesma
responsabilidade e missões, sendo constituídas estrutura orgânica de um Batalhão de Polícia
de: Militar, acrescidos de suas Subunidades
Especiais.
I - Gabinete do Comandante;
II - Gabinete do Subcomandante;
CAPÍTULO VI - Dos Órgãos Vinculados
III - Seção de Gestão de Pessoas e Operações;
IV - Tesoureiro e Aprovisionador;
V - Setores de: Art. 46. Órgãos Vinculados são entes
a) Armamento e Munição; públicos que possuam, em suas estruturas
b) Coordenação do Policiamento. orgânicas, a previsão legal de emprego de
VI - Pelotões PM - Pel PM; policiais militares, observados os limites
VII - Grupo PM - GPM. quantitativos e a respectiva competência.
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operacionalização, fiscalização, treinamento, destinado ao exercício das funções de regente ou
segurança, manutenção e controle das atividades maestro de banda de música;
aéreas, além de apoio às atividades de defesa
civil, tendo a seguinte estrutura: V - Quadro de Oficiais de Administração - QOA,
constituído por pessoal oriundo das graduações
I- Gabinete do Comandante; de Subtenente ou 1º Sargento, possuidores do
Curso de Habilitação de Oficiais - CHO ou
II - Gabinete do Subcomandante; equivalente, destinado ao exercício de funções
administrativas na Corporação.
III - Seções de:
a) Gestão Administrativa - SGA; TÍTULO III - Do Pessoal e Efetivo
b) Segurança de Voo - SSV;
c) Operações de Voo - SOV;
d) Instrução e Treinamento - SIT; Art. 47. O pessoal da Polícia Militar será
e) Suprimentos e Manutenção - SSM; composto por policiais militares e servidores civis.
f) Apoio Administrativo - SAA.
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equivalente, destinado ao exercício de funções TÍTULO IV - Das Disposições Finais
administrativas na Corporação.
Art. 52. Os órgãos da Corporação poderão,
§ 2º As Qualificações de Praças são: excepcionalmente e por necessidade do serviço,
ser comandados, dirigidos ou chefiados por
I - Qualificação de Praças Combatentes - QPC, oficiais ou praças de grau hierárquico
constituído por praças com o Curso de Formação imediatamente inferior ou superior ao previsto
de Combatentes; nesta Lei Complementar.
Art. 51. O efetivo da Polícia Militar da I - Para presidente, de R$ 120,00 (cento e vinte
Paraíba será de 17.933 (dezessete mil novecentos reais), por reunião;
e trinta e três) militares estaduais, sendo 1.362
(um mil e trezentos e sessenta e dois) oficiais e II - Para membros, de R$ 80,00 (oitenta reais), por
16.571 (dezesseis mil quinhentos e setenta e uma) reunião ou audiência.
praças e 54 (cinquenta e quatro) servidores civis,
conforme o Anexo II.
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Art. 57. Os incisos I, IV e V do Artigo 90 e III - ter, no máximo, 48 anos de idade, no ato da
os artigos 105 e 110 da Lei nº 3.909, de 14 de julho matrícula;
de 1977, passam a ter a seguinte redação:
VII - Classificado no comportamento
Art. 90. “EXCEPCIONAL” e não possuir punição por
prática de transgressão que afete o sentimento do
I - atingir as seguintes idades limites: dever, a honra pessoal, o pundonor policial-militar
ou o decoro da classe, não canceladas pelo
a) Para os oficiais: entendimento estabelecido no Art. 64 do Decreto
nº 8.962, de 11 de março de 1981;
1. Coronel: 60 anos;
2. Tenente-Coronel e Major: 58 anos; Art. 59. Esta Lei Complementar entra em vigor na
3. Capitão, 1º e 2º Tenentes: 56 anos; data de sua publicação.
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LEI COMPLEMENTAR 096/10 Seção IV Do Cartório de Vara Militar
TÍTULO IV DA JUSTIÇA MILITAR Art. 191. O cartório de vara Militar terá seus
cargos preenchidos por membros da Polícia Militar
e/ou do Corpo de Bombeiros do Estado,
CAPÍTULO I DA COMPOSIÇÃO E habilitados para o exercício da função, sem
COMPETÊNCIA prejuízo da participação de servidores da justiça
comum, quando necessário.
Seção II Da Competência Geral § 1º O cartório será chefiado por um militar
graduado (primeiro sargento ou subtenente) ou
Art. 188. Compete à Justiça Militar por um oficial até a patente de capitão, requisitado
processar e julgar os militares do Estado, nos mediante indicação do juiz competente ao
crimes militares definidos em lei, e as ações comandante-geral da Polícia Militar, através de ato
judiciais contra atos disciplinares militares, do presidente do Tribunal de Justiça.
ressalvada a competência do Tribunal do Júri § 2º O militar a serviço de vara militar tem
quando a vítima for civil, cabendo ao Tribunal de fé de ofício quando da prática dos atos inerentes
Justiça decidir sobre a perda do posto e da patente às respectivas funções, que correspondem à
dos oficiais e da graduação das praças. função de analista judiciário, de técnico judiciário,
de movimentador e de oficial de justiça.
Seção III Do Juiz de Direito de Vara Militar
Art. 189. O cargo de juiz de direito de Vara Seção V Dos Atos Judiciais
Militar será provido por juiz de direito de terceira
entrância, observadas as normas estabelecidas Art. 192. As audiências e sessões de
para o provimento dos demais cargos de carreira julgamento da Justiça Militar são realizadas na
da magistratura estadual. sede da comarca, salvo os casos especiais por
Art. 190. Compete ao juiz de direito de Vara Militar: justa causa ou força maior, fundamentados pelo
juiz de direito titular da Vara Militar.
I – processar e julgar, singularmente, os crimes
militares cometidos contra civis e as ações CAPÍTULO II DOS CONSELHOS DA
judiciais contra atos disciplinares; JUSTIÇA MILITAR
Seção I Das Disposições Gerais
II – presidir os conselhos de Justiça Militar e
relatar, com voto inicial e direto, os processos
respectivos; Art. 193. Integram a Justiça Militar do
Estado, observada a separação institucional entre
III – exercer o poder de polícia durante a
a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, os
realização de audiências e sessões de
seguintes Conselhos de Justiça:
julgamento;
I – Conselhos Especiais;
IV – expedir todos os atos necessários ao
II – Conselhos Permanentes ou Trimestrais.
cumprimento das suas decisões e das decisões
dos conselhos da Justiça Militar; Seção II Da Composição
V – exercer o ofício da execução penal em todas
as unidades militares estaduais, onde haja preso Art. 194. Os Conselhos Especiais são
militar ou civil sob sua guarda provisória ou compostos por quatro juízes militares, todos
definitiva; oficiais de postos não inferiores ao do acusado.
VI – cumprir carta precatória relativa à matéria de § 1º Havendo mais de um acusado no processo, o
sua competência de posto mais elevado servirá de referência à
composição do conselho.
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§ 2º Sendo o acusado do posto mais elevado na dias vinte e vinte e cinco do último mês de cada
corporação policial ou do corpo de bombeiro trimestre, ressalvado motivo de força maior para
militar, o conselho especial será composto por sua não ocorrência.
oficiais da respectiva corporação militar, que
§ 2º O resultado dos sorteios será informado
sejam da ativa, do mesmo posto do acusado e
aos comandantes-gerais da Polícia Militar e do
mais antigos que ele; não havendo na ativa oficiais
Corpo de Bombeiros para que providenciem a
mais antigos que o acusado, serão sorteados e
publicação em boletins gerais e ordenem o
convocados oficiais da reserva remunerada.
comparecimento dos juízes não togados à hora
§ 3º Sendo o acusado do posto mais elevado da marcada na sede do Juízo Militar, ficando à sua
corporação, e nela não existindo oficial, ativo ou disposição enquanto durarem as convocações.
inativo, mais antigo que ele, o conselho especial
§ 3º Os sorteios para a composição dos
será composto por oficiais que atendam ao
Conselhos Especiais ocorrerão sempre que se
requisito da hierarquia, embora pertencentes à
iniciar processo criminal contra oficial, mantendo-
outra instituição militar estadual.
se sua constituição até a sessão de julgamento, se
§ 4º Não havendo, em qualquer das corporações, alguma causa intercorrente não justificar o
no posto mais elevado, oficial, ativo ou inativo, arquivamento antecipado da ação penal.
mais antigo que o acusado, será este julgado pelo
§ 4º O sorteio para a composição dos
Tribunal de Justiça.
Conselhos Permanentes da Justiça Militar dará
§ 5º Quando, em um mesmo processo, os preferência a oficiais aquartelados na Capital.
acusados forem oficiais e praças, responderão
§ 5º Caso a relação dos oficiais da ativa,
todos perante o conselho especial.
prevista no caput deste artigo, não seja enviada ao
Art. 195. Os Conselhos Permanentes juiz competente, no prazo legal, os sorteios para
serão compostos pelo mesmo número de oficiais composição dos Conselhos da Justiça Militar
previsto para os Conselhos Especiais, devendo serão realizados com base na relação enviada no
ser integrados por, no mínimo, um oficial superior. trimestre anterior, sem prejuízo da apuração de
responsabilidades.
Seção III Da Competência
CAPÍTULO III DA EXECUÇÃO DA PENA
Art. 196. Compete aos Conselhos de
Justiça Militar processar e julgar os crimes
militares não compreendidos na competência Art. 198. O regime carcerário aplicável ao
monocrática de juiz de vara militar. condenado pelo juiz de direito titular de Vara
Militar é o seguinte:
Parágrafo único. Aos Conselhos Especiais
compete o julgamento de oficiais, enquanto aos I – no caso de pena privativa da liberdade
Conselhos Permanentes ou Trimestrais compete por até dois anos, o regime será regulamentado
o julgamento das praças em geral. nas decisões que proferirem o juiz monocrático e
os conselhos da Justiça Militar, sendo o
Seção IV Da Escolha e Convocação dos condenado recolhido à prisão militar;
Conselhos
II – ultrapassado o limite da pena de dois
anos e havendo o condenado perdido a condição
Art. 197. Os comandantes-gerais da Polícia de militar, será ele transferido para prisão da
Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado jurisdição comum, deslocando-se a competência
remeterão, trimestralmente, ao juiz de direito da quanto à execução da pena para o respectivo
Vara Militar relação nominal dos oficiais da ativa juízo, ao qual serão remetidos os autos do
em condições de servir nos conselhos, com processo.
indicação dos seus endereços residenciais, a fim
de serem realizados os sorteios respectivos.
§ 1º Os sorteios para a composição dos
Conselhos Permanentes realizar-se-ão entre os
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Noções de Direito Penal em julgado. Isso não impede a prisão
provisória. Em caso de dúvida, o réu será
PARTE GERAL absolvido.
• Princípio da Lesividade/ofensividade: o
Direto Penal somente atua quando há
Princípios: lesão ou ameaça de lesão aos bens
jurídicos tutelados. Não se pune
• Princípio da legalidade: o infrator só
sentimentos, pensamento, autolesão,
poderá ser punido se houver uma norma
crime impossível e os atos preparatórios.
incriminadora, uma lei que diga que a
conduta dele seja crime.
• Princípio da anterioridade: Não há crime
sem lei anterior que o defina. Antes da Dica:
prática já deve existir uma norma que
descreva que aquela conduta seja crime. Crime de dano: ocorre efetiva lesão ao bem
• Princípio da irretroatividade da Lei jurídico. Ex.: homicídio.
Penal: A lei não retroagirá, salvo para Crime de perigo: coloca em risco o bem
beneficiar o réu. Existem exceções, como jurídico. Ex.: abandono de incapaz
o crime permanente e continuado, bem Crime de perigo abstrato: o risco de lesão
como as leis penais temporárias ou é presumido. Ex.: dirigir embriagado
excepcionais. Crime de perigo concreto: o risco concreto
Ex.: Mario pichava o muro e um dia foi deve ser demonstrado. Ex.: Crime de maus
editada uma lei que tipifica a pichação tratos.
como crime. Mario não pode ser
condenado, porque praticou a conduta
antes da edição dessa lei. • Princípio da culpabilidade: o agente só
Ex.: Pedro cometeu homicídio contra João será punido se houver a responsabilidade
com o uso de arma de fogo em janeiro de e participação no delito. A pena será
2022, e em janeiro de 2023 foi editada uma aplicada na medida de sua culpabilidade.
lei dizendo que, pra esse tipo de crime, vai • Princípio da proporcionalidade: a
ser estabelecida uma pena mais grave. aplicação da pena deverá ser proporcional
Pedro não será atingido, pois a lei não com a gravidade do fato típico.
retroage, salvo para BENEFICIAR o réu. • Princípio da insignificância: o Direito
• Princípio da intranscedência, deve se ocupar em tutelar os bens que
pessoalidade ou personalidade: a possuem relevância para a sociedade.
sanção penal não pode ultrapassar a Questões insignificantes não serão
pessoa do condenado e jamais pode ser protegidas pelo Direito Penal. O delito,
estendida a terceiros, ainda que em caso então, torna-se ATÍPICO e insignificante.
de morte do criminoso. Atente-se que, no Portanto, a bagatela própria exclui a
âmbito civil, a reparação do dano sofrido tipicidade material.
pela vítima se entende aos bens deixados
pelo condenado falecido. Lei penal no tempo
• Princípio da individualização da pena: a
dosimetria da pena deve ser justa e
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que
individualizada, de modo que o aplicador
lei posterior deixa de considerar crime,
do direito analise o caso concreto antes de
cessando em virtude dela a execução e os
aplicar a pena. Desse modo, evita-se a
efeitos penais da sentença condenatória.
padronização da pena.
• Princípio da presunção de inocência ou
Parágrafo único - A LEI POSTERIOR, que de
da não culpabilidade: o acusado somente
qualquer modo favorecer o agente, aplica-se
poderá ser considerado culpado após a
aos fatos anteriores, ainda que decididos por
sentença penal condenatória transitada
sentença condenatória transitada em julgado.
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§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se
Regra: Aplica-se a lei vigente ao tempo da como extensão do território nacional as
realização do fato criminoso. embarcações e aeronaves brasileiras, de
natureza pública ou a serviço do governo
Regra: A lei penal não retroage, salvo brasileiro onde quer que se encontrem, bem
(exceção) para beneficiar o réu. como as aeronaves e as embarcações brasileiras,
mercantes ou de propriedade privada, que se
Retroatividade: aplica-se aos fatos passados.
achem, respectivamente, no espaço aéreo
Ultra-atividade: aplica-se mesmo após correspondente ou em alto-mar.
revogação ou cessação de efeitos.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos
crimes praticados a bordo de aeronaves ou
embarcações estrangeiras de propriedade
Lei excepcional ou temporária privada, achando-se aquelas em pouso no
território nacional ou em voo no espaço aéreo
Art. 3º - A lei excepcional ou
correspondente, e estas em porto ou mar
temporária, embora decorrido o período de sua
territorial do Brasil.
duração ou cessadas as circunstâncias que a
determinaram, aplica-se ao fato praticado
Lugar do crime
durante sua vigência. (ULTRA-ATIVIDADE)
MACETE:
Dica:
Lugar do crime – Teoria da Ubiquidade
Leis temporárias: vigoram durante um
período (ex.: copa do mundo) Tempo do crime – Teoria da Atividade
I - Os crimes: (Extraterritorialidade
Súmula Nº 711 DO STF: A lei penal mais incondicionada)
grave aplica-se ao crime CONTINUADO e
ao crime PERMANENTE, se a sua vigência a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da
é anterior à cessação da continuidade ou República;
da permanência.
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União,
Territorialidade do Distrito Federal, de Estado, de Território, de
Município, de empresa pública, sociedade de
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem economia mista, autarquia ou fundação instituída
prejuízo de convenções, tratados e regras de pelo Poder Público;
direito internacional, ao crime cometido no
território nacional. (Princípio da c) contra a administração pública, por quem está
territorialidade temperada ou mitigada) a seu serviço;
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d) de genocídio, quando o agente for brasileiro crime, quando diversas, ou nela é computada,
ou domiciliado no Brasil; quando idênticas.
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Relevância da omissão
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Pena de tentativa Arrependimento posterior
MACETE:
Resumo:
Infrações Penais que não admitem
tentativa: Arrependimento posterior:
Contravenções Penais - O crime já foi cometido, e vai responder por
Culposos (salvo, culpa imprópria) ele, então só pode reduzir a pena. Ex.: furto
- O crime precisa ser sem violência ou grave
Habituais ameaça.
- A reparação do dano ou a restituição da coisa
Omissivos próprios
deve ser até o RECEBIMENTO da
Unissubsistentes denúncia/queixa.
- Pena reduzida de 1/3 a 2/3
Preterdolosos
Atentado ou de Empreendimento
***INFORMATIVO 973 DO STF: aplica-se o
C.C.H.O.U.P.A
arrependimento posterior para o agente que fez
o ressarcimento da dívida principal antes do
Desistência voluntária e arrependimento
recebimento da denúncia, mas somente pagou
eficaz depois os juros e a correção monetária.
***INFORMATIVO 590 DO STJ: Não se aplica
Art. 15 - O agente que, o arrependimento posterior em homicídio
VOLUNTARIAMENTE, desiste de prosseguir na culposo na direção de veículo.
execução (Desistência Voluntária) ou impede
que o resultado se produza (Arrependimento
Eficaz), SÓ RESPONDE pelos atos já
praticados. Crime impossível
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Art. 18 - Diz-se o crime: Erro sobre elementos do tipo
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Coação irresistível e obediência hierárquico, só é punível o autor da coação ou
hierárquica da ordem.
Exclusão de ilicitude
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação
(moral) irresistível ou em estrita obediência a
ordem, não manifestamente ilegal, de superior Art. 23 - Não há crime quando o agente
pratica o fato:
I - Em estado de necessidade;
Resumo:
Coação Moral: exclui a culpabilidade II - Em legítima defesa;
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ou risco de agressão a vítima mantida refém Art. 28 - Não excluem a imputabilidade
durante a prática de crimes penal:
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§ 1º - Se a participação for de menor seguida a injusta provocação da vítima, o juiz
importância, a pena pode ser diminuída de um pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
sexto a um terço.
Circunstâncias incomunicáveis
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VIII - Com emprego de arma de fogo de uso
restrito ou proibido: Resumo:
Sendo culposo, aumenta de 1/3, se:
IX - Contra menor de 14 (quatorze) anos:
- Resulta de inobservância de regra técnica de
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. profissão, arte ou ofício
- O agente deixa de prestar socorro, não
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição
procura diminuir as consequências do seu ato
de sexo feminino quando o crime envolve:
ou foge pra evitar a prisão
I - Violência doméstica e familiar; Sendo doloso, aumenta de 1/3, se:
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da participação na rixa, a pena de detenção, de explosivo ou de artefato análogo que cause
seis meses a dois anos. perigo comum.
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tem direito o agente. (CAUSA DE EXCLUSÃO DE VII - Se a violência ou grave ameaça é exercida
ILICITUDE) com emprego de arma branca;
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previstas no art. 159, §§ 2o e 3o,
respectivamente. (SEQUESTRO RELÂMPAGO)
MACETE:
Dica
Subtração consumada + Morte tentada =
ROUBO: - agente busca vantagem imediata;
Latrocínio Tentado Extorsão mediante sequestro
- colaboração da vítima é dispensável;
- o objeto
Subtração é coisa+ alheia
tentada Mortemóvel.
tentada =
Latrocínio Tentado Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de
EXTORSÃO: - agente busca vantagem
obter, para si ou para outrem, qualquer
mediata(futura).
Subtração consumada + Morte consumada = vantagem, como condição ou preço do
- colaboração da vítima é
Latrocínio Consumado resgate:
indispensável
Subtração tentada + éMorte
- o objeto consumada
a vantagem =
indevida Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
Latrocínio Consumado
(coisa alheia móvel ou imóvel)
STJ: O crime se consuma independentemente § 1o Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e
quatro) horas, se o sequestrado é menor de 18
da obtenção de vantagem
(dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se
o crime for cometido por bando ou quadrilha.
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro
pessoas, ou com emprego de arma, aumenta- anos.
se a pena de um terço até metade.
§ 3º - Se resulta a morte:
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante
violência o disposto no § 3º do artigo anterior. Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.
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DOS CRIMES CONTRA A Peculato mediante erro de outrem
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou
Peculato qualquer utilidade que, no exercício do cargo,
recebeu por erro de outrem (Peculato
estelionato):
Art. 312 - Apropriar-se (Peculato
Apropriação) o funcionário público de dinheiro,
valor ou qualquer outro bem móvel, público ou Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
particular, de que tem a posse em razão do
cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou Inserção de dados falsos em sistema de
alheio (Peculato Próprio): informações
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o
funcionário AUTORIZADO, a inserção de
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o dados falsos, alterar ou excluir indevidamente
funcionário público, embora não tendo a posse dados corretos nos sistemas informatizados ou
do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou bancos de dados da Administração Pública com o
concorre para que seja subtraído (Peculato fim de obter vantagem indevida para si ou para
Furto), em proveito próprio ou alheio, valendo- outrem ou para causar dano:
se de facilidade que lhe proporciona a qualidade
de funcionário (Peculato Impróprio). Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
multa.
Peculato culposo
Modificação ou alteração não autorizada
§ 2º - Se o funcionário concorre de sistema de informações
culposamente para o crime de outrem:
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o
Pena - detenção, de três meses a um ano. funcionário, sistema de informações ou
programa de informática sem autorização ou
solicitação de autoridade competente:
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Corrupção passiva Parágrafo único - A pena é aumentada de um
terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o
funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou pratica infringindo dever funcional.
para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função ou antes de assumi-la, mas em Como diferenciar se é concussão, corrupção
razão dela, vantagem indevida, ou aceitar ativa ou corrupção passiva? Atente-se para o
promessa de tal vantagem: verbo.
Concussão (o Exigir
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e funcionário é quem
multa. pratica)
Corrupção passiva (o Solicitar ou receber
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, funcionário é quem
em consequência da vantagem ou promessa, o pratica.
funcionário RETARDA ou DEIXA DE PRATICAR
Corrupção ativa (o Oferecer ou
qualquer ato de ofício ou o PRATICA
particular é quem prometer
infringindo dever funcional.
pratica)
§ 2º - Se o funcionário PRATICA, DEIXA DE
PRATICAR ou RETARDA ato de ofício, com
infração de dever funcional, cedendo a pedido
ou influência de outrem:
Prevaricação
Corrupção ativa
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Noções de Direito Processual Penal ou de presunção de ser ele o autor da infração,
ou os motivos de impossibilidade de o fazer;
I - De ofício;
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e social, sua condição econômica, sua atitude e
- Ação Pública Incondicionada (art. 5º estado de ânimo antes e depois do crime e durante
caput): de ofício, pela autoridade policial, que ele, e quaisquer outros elementos que
elabora portaria inaugural; por requisição do juiz; contribuírem para a apreciação do seu
por requisição do Ministério Público; por temperamento e caráter.
requerimento do ofendido ou seu
representante legal; ou por auto de prisão em X - Colher informações sobre a existência
flagrante. de filhos, respectivas idades e se possuem
alguma deficiência e o nome e o contato de
- Ação Penal Pública Condicionada a eventual responsável pelos cuidados dos
Representação (Art. 5º, § 4º): por filhos, indicado pela pessoa presa.
representação do ofendido ou seu procurador;
ou por requisição do Ministro da Justiça, Art. 7o Para verificar a possibilidade de
quando cabível. haver a infração sido praticada de determinado
modo, a autoridade policial poderá proceder à
- Ação Penal Privada (Art. 5º, § 5º): por reprodução simulada dos fatos, desde que esta
requerimento do ofendido. não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
(RECONSTITUIÇÃO DO CRIME)
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da
prática da infração penal, a autoridade policial Obs.: O investigado poderá́ ser conduzido
deverá: coercitivamente à reprodução, mas não poderá
ser obrigado a participar.
I - Dirigir-se ao local, providenciando para
que não se alterem o estado e conservação das Art. 8o Havendo prisão em flagrante, será
coisas, até a chegada dos peritos criminais; observado o disposto no Capítulo II do Título IX
deste Livro.
II - Apreender os objetos que tiverem
relação com o fato, após liberados pelos peritos Art. 9o Todas as peças do inquérito policial
criminais; serão, num só processado, reduzidas a escrito
ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela
III - colher todas as provas que servirem autoridade. (Inquérito Policial é ESCRITO)
para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias; Art. 10. O inquérito DEVERÁ terminar
no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido
IV - Ouvir o ofendido; preso em flagrante, ou estiver preso
preventivamente, contado o prazo, nesta
V - Ouvir o indiciado, com observância, no hipótese, a partir do dia em que se executar a
que for aplicável, do disposto no, devendo o ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando
respectivo termo ser assinado por duas estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
Preso Solto
VI - Proceder a reconhecimento de
pessoas e coisas e a acareações; CPP (Regra) 10 dias 30 dias
VII - Determinar, se for caso, que se Lei de drogas 30 (+30) dias 90 (+90) dias
proceda a exame de corpo de delito e a
quaisquer outras perícias; Inquérito 20 dias 40 +(20) dias
militar
VIII - Ordenar a identificação do indiciado
pelo processo datiloscópico, SE POSSÍVEL, e § 1o A autoridade fará minucioso relatório do
fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz
competente.
IX - Averiguar a vida pregressa do
indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar
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§ 2o No relatório PODERÁ a autoridade II - O número do inquérito policial;
indicar testemunhas que não tiverem sido e
inquiridas, mencionando o lugar onde possam
ser encontradas. III - A identificação da unidade de polícia
judiciária responsável pela
§ 3o Quando o fato for de difícil elucidação, investigação.
e o indiciado estiver solto, a autoridade
PODERÁ requerer ao juiz a devolução dos Art. 13-B. Se necessário à PREVENÇÃO e
autos, para ulteriores diligências, que serão à REPRESSÃO dos crimes relacionados ao
realizadas no prazo marcado pelo juiz. tráfico de pessoas, o membro do Ministério
Público ou o delegado de polícia poderão
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem requisitar, mediante autorização judicial, às
como os objetos que interessarem à prova, empresas prestadoras de serviço de
acompanharão os autos do inquérito. telecomunicações e/ou telemática que
disponibilizem imediatamente os meios técnicos
adequados – como sinais, informações e
Art. 12. O inquérito policial outros – que permitam a localização da vítima
acompanhará a denúncia ou queixa, sempre ou dos suspeitos do delito em curso.
que servir de base a uma ou outra.
§ 1o Para os efeitos deste artigo, SINAL
Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade significa posicionamento da estação de
policial: cobertura, setorização e intensidade de
radiofrequência.
I – Fornecer às autoridades judiciárias as
informações necessárias à instrução e § 2o Na hipótese de que trata o caput, o
julgamento dos processos; SINAL:
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delito em curso, com imediata comunicação ao hipótese em que poderá ser indicado
juiz. profissional que não integre os quadros
próprios da Administração.
Art. 14. O ofendido, ou seu
representante legal, e o indiciado poderão § 5º Na hipótese de não atuação da
requerer qualquer diligência, que será Defensoria Pública, os custos com o patrocínio
realizada, ou não, a juízo da autoridade. dos interesses dos investigados nos
(Inquérito Policial É DISCRICIONÁRIO) procedimentos de que trata este artigo correrão
por conta do orçamento próprio da instituição
a que este esteja vinculado à época da
Art. 14-A. Nos casos em que servidores
ocorrência dos fatos investigados.
vinculados às instituições dispostas no art.
144 da Constituição Federal figurarem como
investigados em inquéritos policiais, § 6º As disposições constantes deste artigo
inquéritos policiais militares e demais se aplicam aos servidores militares vinculados
procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a às instituições dispostas no art. 142 da
investigação de fatos relacionados ao uso da força Constituição Federal, desde que os fatos
letal praticados no exercício profissional, de forma investigados digam respeito a missões para a
consumada ou tentada, incluindo as situações Garantia da Lei e da Ordem.
dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7
de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á
poderá constituir defensor. nomeado curador pela autoridade policial. Obs.:
Para a maioria da doutrina, o dispositivo foi
§ 1º Para os casos previstos no caput deste (TACITAMENTE REVOGADO pelo Código Civil)
artigo, o investigado deverá ser citado da
instauração do procedimento investigatório, Art. 16. O Ministério Público não
podendo constituir defensor no prazo de até 48 poderá requerer a devolução do inquérito à
(quarenta e oito) horas a contar do autoridade policial, senão para novas
recebimento da citação. diligências, imprescindíveis ao oferecimento
da denúncia.
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º
deste artigo com ausência de nomeação de
Art. 17. A autoridade policial NÃO
defensor pelo investigado, a autoridade
PODERÁ mandar arquivar autos de inquérito.
responsável pela investigação DEVERÁ intimar a
instituição a que estava vinculado o
investigado à época da ocorrência dos fatos, para Art. 18. Depois de ordenado o
que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) arquivamento do inquérito pela autoridade
horas, indique defensor para a representação do judiciária, por falta de base para a denúncia, a
investigado. autoridade policial PODERÁ proceder a novas
pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
§ 3º Havendo necessidade de indicação de
defensor nos termos do § 2º deste artigo, a defesa ***SÚMULA Nº 524 DO STF: “Arquivado o
caberá preferencialmente à Defensoria inquérito policial, por despacho do juiz, a
Pública, e, nos locais em que ela não estiver requerimento do promotor de justiça, não pode a
instalada, a União ou a Unidade da Federação ação penal ser iniciada sem novas provas”.
correspondente à respectiva competência
territorial do procedimento instaurado deverá
***SÚMULA VINCULANTE Nº 14: “É direito do
disponibilizar profissional para acompanhamento
e realização de todos os atos relacionados à defensor, no interesse do representado, ter
defesa administrativa do investigado. acesso amplo aos elementos de prova que,
já documentados em procedimento
§ 4º A indicação do profissional a que se investigatório realizado por órgão com
refere o § 3º deste artigo deverá ser precedida de competência de polícia judiciária, digam
manifestação de que não existe defensor respeito ao exercício do direito de defesa.”
público lotado na área territorial onde tramita o
inquérito e com atribuição para nele atuar,
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Art. 19. Nos crimes em que não couber DA AÇÃO PENAL
ação pública, os autos do inquérito serão
remetidos ao juízo competente, onde aguardarão
Art. 24. Nos crimes de ação pública,
a iniciativa do ofendido ou de seu
esta será promovida por denúncia do Ministério
representante legal, ou serão entregues ao
Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de
requerente, se o pedir, mediante traslado.
requisição do Ministro da Justiça, ou de
representação do ofendido ou de quem tiver
Art. 20. A autoridade assegurará no qualidade para representá-lo.
inquérito o sigilo necessário à elucidação do
fato ou exigido pelo interesse da sociedade. § 1o No caso de morte do ofendido ou
(Inquérito é sigiloso) quando declarado ausente por decisão judicial,
o direito de representação passará ao
Parágrafo único. Nos atestados de CÔNJUNGE, ASCENDENTES,
antecedentes que lhe forem solicitados, a DESCENDENTES ou
autoridade policial NÃO PODERÁ mencionar IRMÃO.
quaisquer anotações referentes a instauração C.A.D.I
de inquérito contra os requerentes.
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órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva aumento e diminuição aplicáveis ao caso
lei orgânica. concreto.
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes § 2º O disposto no caput deste artigo NÃO
praticados em detrimento da União, Estados e SE APLICA nas seguintes hipóteses:
Municípios, a revisão do arquivamento do
inquérito policial poderá ser provocada pela I - Se for cabível transação penal de
chefia do órgão a quem couber a sua competência dos Juizados Especiais Criminais,
representação judicial. nos termos da lei;
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ou quando não for realizada a adequação a que Art. 31. No caso de morte do ofendido ou
se refere o § 5º deste artigo. quando declarado ausente por decisão judicial,
o direito de oferecer queixa ou prosseguir na
§ 8º Recusada a homologação, o juiz ação passará ao CÔNJUNGE, ASCENDENTES,
devolverá os autos ao Ministério Público para a DESCENDENTES ou IRMÃO.
análise da necessidade de complementação das
investigações ou o oferecimento da denúncia. C.A.D.I
§ 9º A vítima será intimada da homologação Obs.: Ainda que não esteja no rol do art. 31 do
do acordo de não persecução penal e de seu CPP, o nosso ordenamento equipara a união
descumprimento. estável ao casamento, nada impedindo que se
aplique a analogia (art. 3º, CPP), permitindo que
§ 10. Descumpridas quaisquer das tenha a companheira do ofendido o direito de
condições estipuladas no acordo de não prosseguir na ação.
persecução penal, o Ministério Público deverá
comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz,
posterior oferecimento de denúncia. a requerimento da parte que comprovar a sua
pobreza, nomeará advogado para promover a
§ 11. O descumprimento do acordo de não ação penal.
persecução penal pelo investigado também
poderá ser utilizado pelo Ministério Público § 1o Considerar-se-á pobre a pessoa que
como justificativa para o eventual não não puder prover às despesas do processo,
oferecimento de suspensão condicional do sem privar-se dos recursos indispensáveis ao
processo. próprio sustento ou da família.
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representadas por quem os respectivos Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que
contratos ou estatutos designarem ou, no conhecerem, os juízes ou tribunais verificarem a
silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios- existência de crime de ação pública, remeterão ao
gerentes. Ministério Público as cópias e os documentos
necessários ao oferecimento da denúncia.
Art. 38. Salvo disposição em contrário,
o ofendido, ou seu representante legal, decairá Art. 41. A denúncia ou queixa CONTERÁ a
no direito de queixa ou de representação, se não exposição do fato criminoso, com todas as
o exercer dentro do prazo de seis meses, suas circunstâncias, a qualificação do
contado do dia em que vier a saber quem é o acusado ou esclarecimentos pelos quais se
autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em possa identificá-lo, a classificação do crime e,
que se esgotar o prazo para o oferecimento da quando necessário, o rol das testemunhas.
denúncia.
Art. 42. O Ministério Público não
Parágrafo único. Verificar-se-á a poderá desistir da ação penal.
decadência do direito de queixa ou
representação, dentro do mesmo prazo, nos Art. 43. REVOGADO
casos dos arts.24, parágrafo único, e 31.
Art. 44. A QUEIXA poderá ser dada por
Art. 39. O direito de representação poderá procurador com poderes especiais, devendo
ser exercido, pessoalmente ou por procurador constar do instrumento do mandato o nome do
com poderes especiais, mediante declaração, querelante e a menção do fato criminoso, salvo
escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do quando tais esclarecimentos dependerem de
Ministério Público, ou à autoridade policial. diligências que devem ser previamente
requeridas no juízo criminal.
§ 1o A representação feita oralmente ou por
escrito, sem assinatura devidamente autenticada Art. 45. A QUEIXA, ainda quando a ação
do ofendido, de seu representante legal ou penal for privativa do ofendido, PODERÁ SER
procurador, será REDUZIDA a termo, perante o ADITADA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO, a quem
juiz ou autoridade policial, presente o órgão do caberá intervir em todos os termos
Ministério Público, quando a este houver sido subsequentes do processo.
dirigida.
Art. 46. O prazo para OFERECIMENTO DA
§ 2o A representação conterá todas as DENÚNCIA, estando o réu preso, será de 5 dias,
informações que possam servir à apuração do contado da data em que o órgão do Ministério
fato e da autoria. Público receber os autos do inquérito policial, e de
15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No
§ 3o Oferecida ou reduzida a termo a último caso, se houver devolução do inquérito à
representação, a autoridade policial procederá autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da
a inquérito, ou, não sendo competente, remetê- data em que o órgão do Ministério Público receber
lo-á à autoridade que o for. novamente os autos.
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Art. 47. Se o Ministério Público julgar Art. 54. Se o querelado for menor de 21 anos,
necessários maiores esclarecimentos e observar-se-á, quanto à aceitação do perdão, o
documentos complementares ou novos disposto no art. 52. (Obs.: Para a maioria da
elementos de convicção, deverá requisitá-los, doutrina, o dispositivo foi TACITAMENTE
diretamente, de quaisquer autoridades ou REVOGADO pelo Código Civil.)
funcionários que devam ou possam fornecê-
los. Art. 55. O perdão poderá ser aceito por
procurador com poderes especiais.
Art. 48. A QUEIXA contra qualquer dos
autores do crime obrigará ao processo de Art. 56. Aplicar-se-á ao perdão
todos, e o Ministério Público velará pela sua extraprocessual expresso o disposto no art. 50.
indivisibilidade.
Art. 57. A renúncia tácita e o perdão
Art. 49. A renúncia ao exercício do tácito ADMITIRÃO todos os meios de prova.
direito de queixa, em relação a um dos autores
do crime, a todos se estenderá. (ATO Art. 58. Concedido o perdão, mediante
UNILATERAL: NÃO NECESSITA ACEITAÇÃO) declaração expressa nos autos, o querelado
será intimado a dizer, dentro de três dias, se o
Art. 50. A renúncia expressa constará de aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser
declaração assinada pelo ofendido, por seu cientificado de que o seu silêncio importará
representante legal ou procurador com aceitação.
poderes especiais. (Obs.: Para a maioria da
doutrina, o dispositivo foi TACITAMENTE
REVOGADO pelo CC) Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz
julgará extinta a punibilidade.
Parágrafo único. A renúncia do
representante legal do menor que houver Art. 59. A aceitação do perdão fora do
completado 18 (dezoito) anos não privará este do processo constará de declaração assinada pelo
direito de queixa, nem a renúncia do último querelado, por seu representante legal ou
excluirá o direito do primeiro. (Obs.: Para a procurador com poderes especiais.
maioria da doutrina, o dispositivo foi
TACITAMENTE REVOGADO pelo Código Civil) Art. 60. Nos casos em que somente se
procede mediante queixa, considerar-se-á
Art. 51. O perdão concedido a um dos perempta a ação penal:
querelados aproveitará a todos, sem que
produza, todavia, efeito em relação ao que o I - Quando, iniciada esta, o querelante
recusar. (ATO BILATERAL: NECESSITA deixar de promover o andamento do processo
ACEITAÇÃO) durante 30 dias seguidos;
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IV - Quando, sendo o querelante pessoa I - Necessidade para aplicação da lei
jurídica, esta sem extinguir sem deixar penal, para a investigação ou a instrução
sucessor. criminal e, nos casos expressamente previstos,
para evitar a prática de infrações penais;
Art. 61. Em qualquer fase do processo, o
juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, II - Adequação da medida à gravidade do
deverá declará-lo de ofício. crime, circunstâncias do fato e condições
pessoais do indiciado ou acusado.
Parágrafo único. No caso de requerimento
do Ministério Público, do querelante ou do réu, § 1o As medidas cautelares poderão ser
o juiz mandará autuá-lo em apartado, ouvirá a APLICADAS isolada ou cumulativamente.
parte contrária e, se o julgar conveniente,
concederá o prazo de cinco dias para a prova, § 2º As medidas cautelares serão
proferindo a decisão dentro de cinco dias ou decretadas pelo juiz a requerimento das partes
reservando-se para apreciar a matéria na ou, quando no curso da investigação criminal, por
sentença final. representação da autoridade policial ou
mediante requerimento do Ministério Público.
Art. 62. No caso de morte do acusado, o
juiz somente à vista da certidão de óbito, e § 3º Ressalvados os casos de urgência ou
depois de ouvido o Ministério Público, de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao
declarará extinta a punibilidade. receber o pedido de medida cautelar, determinará
a intimação da parte contrária, para se
manifestar no prazo de 5 (cinco) dias,
***SÚMULA Nº 714 DO STF: “É concorrente
acompanhada de cópia do requerimento e das
a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e peças necessárias, permanecendo os autos em
do Ministério Público, condicionada à juízo, e os casos de urgência ou de perigo deverão
representação do ofendido, para a ação penal ser justificados e fundamentados em decisão que
por crime contra a honra de servidor público em contenha elementos do caso concreto que
razão do exercício de suas funções.” justifiquem essa medida excepcional.
***SÚMULA Nº 234 DO STJ: “A participação de
§ 4º No caso de descumprimento de
membro do Ministério Público na fase qualquer das obrigações impostas, o juiz,
investigatória criminal não acarreta o seu mediante requerimento do Ministério Público,
impedimento ou suspeição para o oferecimento de seu assistente ou do querelante, PODERÁ
da denúncia.” substituir a medida, impor outra em
cumulação, ou, em último caso, decretar a
***SÚMULA Nº 444 DO STJ: “É vedada a prisão preventiva, nos termos do parágrafo único
utilização de inquéritos policiais e ações penais do art. 312 deste Código.
em curso para agravar a pena-base.”
***SÚMULA Nº 542 DO STJ: “A ação penal § 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido
das partes, REVOGAR a medida cautelar ou
relativa ao crime de lesão corporal resultante
SUBSTITUÍ-LA quando verificar a falta de motivo
de violência doméstica contra a mulher é
para que subsista, bem como VOLTAR A
pública incondicionada.” DECRETÁ-LA, se sobrevierem razões que a
justifiquem.
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Art. 283. NINGUÉM poderá ser preso imediatamente apresentado ao juiz que tiver
senão em flagrante delito ou por ordem escrita expedido o mandado, para a realização de
e fundamentada da autoridade judiciária audiência de custódia.
competente, em decorrência de prisão cautelar
ou em virtude de condenação criminal ***INFORMATIVO 663 DO STJ: “Não é
transitada em julgado. cabível a realização de audiência de custódia
por meio de videoconferência.”
§ 1o As medidas cautelares previstas neste
Título não se aplicam à infração a que não for Art. 288. Ninguém será recolhido à prisão,
isolada, cumulativa ou alternativamente sem que seja exibido o mandado ao respectivo
cominada pena privativa de liberdade. diretor ou carcereiro, a quem será entregue cópia
assinada pelo executor ou apresentada a guia
expedida pela autoridade competente, devendo
§ 2o A prisão poderá ser efetuada em ser passado recibo da entrega do preso, com
qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as declaração de dia e hora.
restrições relativas à inviolabilidade do
domicílio. Parágrafo único. O recibo poderá ser
passado no próprio exemplar do mandado, se este
Art. 284. Não será permitido o emprego for o documento exibido.
de força, salvo a indispensável no caso de
resistência ou de tentativa de fuga do preso. Art. 289. Quando o acusado estiver no
território nacional, fora da jurisdição do juiz
Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão processante, será deprecada a sua prisão,
fará expedir o respectivo mandado. devendo constar da precatória o inteiro teor do
mandado.
Parágrafo único. O mandado de prisão:
§ 1o Havendo urgência, o juiz poderá
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela requisitar a prisão por qualquer meio de
autoridade; comunicação, do qual deverá constar o motivo da
prisão, bem como o valor da fiança se arbitrada.
b) designará a pessoa, que tiver de ser
presa, por seu nome, alcunha ou sinais § 2o A autoridade a quem se fizer a
característicos; requisição tomará as precauções necessárias
para averiguar a autenticidade da
c) mencionará a infração penal que motivar a comunicação.
prisão;
§ 3o O juiz processante deverá providenciar
d) declarará o valor da fiança arbitrada, a remoção do preso no prazo máximo de 30
quando afiançável a infração; (trinta) dias, contados da efetivação da
medida.
e) será dirigido a quem tiver qualidade para
dar-lhe execução. Art. 289-A. O juiz competente providenciará
o imediato registro do mandado de prisão em
banco de dados mantido pelo Conselho Nacional
Art. 286. O mandado será passado em
de Justiça para essa finalidade.
duplicata, e o executor entregará ao preso, logo
depois da prisão, um dos exemplares com
declaração do dia, hora e lugar da diligência. Da § 1o QUALQUER AGENTE POLICIAL
entrega deverá o preso passar recibo no outro PODERÁ EFETUAR a prisão determinada no
exemplar; se recusar, não souber ou não puder mandado de prisão registrado no Conselho
escrever, o fato será mencionado em declaração, Nacional de Justiça, ainda que fora da
assinada por duas testemunhas. competência territorial do juiz que o
expediu.
Art. 287. Se a infração for inafiançável, a
falta de exibição do mandado NÃO OBSTARÁ § 2o Qualquer agente policial poderá efetuar
a prisão, e o preso, em tal caso, será a prisão decretada, ainda que sem registro no
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Conselho Nacional de Justiça, adotando as Art. 291. A prisão em virtude de mandado
precauções necessárias para averiguar a entender-se-á feita desde que o executor,
autenticidade do mandado e comunicando ao juiz fazendo-se conhecer do réu, Ihe apresente o
que a decretou, devendo este providenciar, em mandado e o intime a acompanhá-lo.
seguida, o registro do mandado na forma
do caput deste artigo. Art. 292. Se houver, ainda que por parte de
terceiros, resistência à prisão em flagrante ou à
§ 3o A prisão será IMEDIATAMENTE determinada por autoridade competente, o
COMUNICADA ao juiz do local de cumprimento executor e as pessoas que o auxiliarem poderão
da medida o qual providenciará a certidão usar dos meios necessários para defender-se ou
extraída do registro do Conselho Nacional de para vencer a resistência, do que tudo se lavrará
Justiça e informará ao juízo que a decretou. auto subscrito também por duas testemunhas.
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III - Os membros do Parlamento Nacional, Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde
do Conselho de Economia Nacional e das for possível, serão recolhidos à prisão, em
Assembleias Legislativas dos Estados; estabelecimentos militares, de acordo com os
respectivos regulamentos.
IV - Os cidadãos inscritos no "Livro de
Mérito"; Art. 297. Para o cumprimento de mandado
expedido pela autoridade judiciária, a autoridade
V – Os oficiais das Forças Armadas e os policial poderá expedir tantos outros quantos
militares dos Estados, do Distrito Federal e dos necessários às diligências, devendo neles ser
Territórios; fielmente reproduzido o teor do mandado original.
VII - Os diplomados por qualquer das Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à
faculdades superiores da República; vista de mandado judicial, por qualquer meio de
comunicação, tomadas pela autoridade, a quem
VIII - Os ministros de confissão religiosa; se fizer a requisição, as precauções necessárias
para averiguar a autenticidade desta.
IX - Os ministros do Tribunal de Contas;
Art. 300. As pessoas presas
X - Os cidadãos que já tiverem exercido provisoriamente ficarão separadas das que já
efetivamente a função de jurado, salvo quando estiverem definitivamente condenadas, nos
excluídos da lista por motivo de incapacidade termos da lei de execução penal.
para o exercício daquela função;
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IV - É encontrado, logo depois, com enquanto não cessar a permanência. (Ex:
instrumentos, armas, objetos ou papéis que cárcere privado, sequestro)
façam presumir ser ele autor da infração.
(FLAGRANTE PRESUMIDO) Art. 304. Apresentado o preso à
autoridade competente, ouvirá esta o condutor
e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando
Espécies de flagrante a este cópia do termo e recibo de entrega do
preso. Em seguida, procederá à oitiva das
Próprio, Perfeito, Real, Verdadeiro ou testemunhas que o acompanharem e ao
Propriamente Dito: está cometendo a infração interrogatório do acusado sobre a imputação
penal; ou Acaba de cometer a infração penal. que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas
respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade,
Impróprio, Imperfeito, Irreal ou Quase afinal, o auto.
Flagrante (art. 302, III, CPP): é perseguido, logo
após o cometimento da infração penal, em § 1o Resultando das respostas fundada a
situação que faça presumir ser ele o autor da suspeita contra o conduzido, a autoridade
infração penal. mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de
livrar-se solto ou de prestar fiança, e
Facultativo (art. 301, 1ª parte, CPP): qualquer do
prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se
povo tem a faculdade de realizar a prisão em para isso for competente; se não o for, enviará os
flagrante. autos à autoridade que o seja.
Compulsório, obrigatório, coercitivo ou
necessário § 2o A falta de testemunhas da infração
NÃO IMPEDIRÁ o auto de prisão em flagrante;
(art. 301, 2ª parte, CPP): as forças de segurança mas, nesse caso, com o condutor, deverão
têm o dever de realização da prisão em flagrante. assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam
testemunhado a apresentação do preso à
Presumido, Ficto ou Assimilado (art. 302, IV,
autoridade.
CPP): é encontrado, logo depois, com
instrumentos, armas, papéis ou objetos que façam
presumir ser ele o autor da infração penal. § 3o Quando o acusado se recusar a
assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o
Forjado, Javado, Urdido, Maquinado, auto de prisão em flagrante será assinado por
Fabricado: é aquele armado contra o agente. É duas testemunhas, que tenham ouvido sua
ilícito! Pode configurar crime de: Abuso de leitura na presença deste.
Autoridade ou Denunciação Caluniosa, a
depender do caso. § 4o Da lavratura do auto de prisão em
flagrante deverá constar a informação sobre a
Prorrogado, Retardado, Postergado, existência de filhos, respectivas idades e se
Protelado, Diferido, Estratégico, Ação possuem alguma deficiência e o nome e o
Controlada: retardamento da ação policial ou contato de eventual responsável pelos
administrativa para que se concretize no momento cuidados dos filhos, indicado pela pessoa
mais eficaz do ponto de vista da formação de presa.
provas e fornecimento de informações.
Art. 305. Na falta ou no impedimento do
É LÍCITO! É NECESSÁRIO AUTORIZAÇÃO
escrivão, qualquer pessoa designada pela
JUDICIAL? autoridade lavrará o auto, depois de prestado o
Lei de Orcrim – Não (apenas comunicação) compromisso legal.
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instrução criminal ou para assegurar a
aplicação da lei penal, quando houver prova da
existência do crime e indício suficiente de HIPÓTESES DE CABIMENTO:
autoria e de perigo gerado pelo estado de
liberdade do
imputado. - Crimes dolosos punidos com pena privativa
de liberdade máxima superior a 4 anos;
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§ 1º Na motivação da decretação da prisão decisão revisar a necessidade de sua
preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante
deverá indicar concretamente a existência de fatos decisão fundamentada, de ofício, sob pena de
novos ou contemporâneos que justifiquem a tornar a prisão ilegal.
aplicação da medida adotada.
***SÚMULA VINCULANTE Nº 11: “Só é lícito o
§ 2º Não se considera fundamentada uso de algemas em casos de resistência e de
qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, fundado receio de fuga ou de perigo a
sentença ou acórdão, que: integridade física própria ou alheia, por parte
do preso ou de terceiros, justificada a
I - Limitar-se à indicação, à reprodução ou à
excepcionalidade por escrito, sob pena de
paráfrase de ato normativo, sem explicar sua
responsabilidade disciplinar, civil e penal do
relação com a causa ou a questão decidida;
agente ou da autoridade e de nulidade da prisão
II - Empregar conceitos jurídicos ou do ato processual a que se refere, sem
indeterminados, sem explicar o motivo concreto de prejuízo da responsabilidade civil do Estado.”
sua incidência no caso;
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responsável por crianças ou pessoas com VII - Internação provisória do acusado nas
deficiência será SUBSTITUÍDA por prisão hipóteses de crimes praticados com violência
domiciliar, desde que: ou grave ameaça, quando os peritos concluírem
ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do
Código Penal) e houver risco de
I - Não tenha cometido crime com
reiteração;
violência ou grave ameaça a pessoa;
VIII - fiança, nas infrações que a admitem,
II - Não tenha cometido o crime contra para assegurar o comparecimento a atos do
seu filho ou dependente. processo, evitar a obstrução do seu andamento
ou em caso de resistência injustificada à ordem
Art. 318-B. A substituição de que tratam os judicial;
arts. 318 e 318-A poderá ser efetuada sem
prejuízo da aplicação concomitante das IX - Monitoração eletrônica.
medidas alternativas previstas no art. 319 deste
Código. § 1o REVOGADO
§ 2o REVOGADO
§ 3o REVOGADO
Das Outras Medidas Cautelares
§ 4o A fiança será aplicada de acordo com
Art. 319. São MEDIDAS CAUTELARES as disposições do Capítulo VI deste Título,
DIVERSAS DA PRISÃO: podendo ser cumulada com outras medidas
cautelares.
I - Comparecimento periódico em juízo, no
prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para Art. 320. A proibição de ausentar-se do
informar e justificar atividades; País será comunicada pelo juiz às autoridades
encarregadas de fiscalizar as saídas do território
II - Proibição de acesso ou frequência a nacional, intimando-se o indiciado ou acusado
determinados lugares quando, por para entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte
circunstâncias relacionadas ao fato, deva o e quatro) horas.
indiciado ou acusado permanecer distante
desses locais para evitar o risco de novas Da Liberdade Provisória, com ou sem
infrações; Fiança
III - Proibição de manter contato com
pessoa determinada quando, por circunstâncias Art. 321. AUSENTES OS REQUISITOS
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado que autorizam a decretação da prisão
dela permanecer distante; preventiva, o juiz deverá conceder liberdade
provisória, impondo, se for o caso, as medidas
IV - Proibição de ausentar-se da Comarca cautelares previstas no art. 319 deste Código e
quando a permanência seja conveniente ou observados os critérios constantes do art. 282
necessária para a investigação ou deste Código.
instrução;
Art. 322. A autoridade policial
V - Recolhimento domiciliar no período SOMENTE PODERÁ CONCEDER FIANÇA nos
noturno e nos dias de folga quando o investigado casos de infração cuja pena privativa de
ou acusado tenha residência e trabalho liberdade máxima não seja superior a 4
fixos; (quatro) anos.
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I - Nos crimes de racismo; Obs.: tanto o Juiz como o Delegado podem
reduzir ou aumentar os valores da fiança, mas a
II - Nos crimes de tortura, tráfico ilícito de dispensa só quem pode autorizar é a autoridade
entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos judiciária.
definidos como crimes hediondos;
Art. 326. Para determinar o valor da
III - Nos crimes cometidos por grupos fiança, a autoridade terá em consideração a
armados, civis ou militares, contra a ordem natureza da infração, as condições pessoais de
constitucional e o Estado Democrático; fortuna e vida pregressa do acusado, as
circunstâncias indicativas de sua
Art. 324. NÃO SERÁ, igualmente, periculosidade, bem como a importância
concedida fiança: provável das custas do processo, até final
julgamento.
I - Aos que, no mesmo processo, tiverem
quebrado fiança anteriormente concedida ou Art. 327. A fiança tomada por termo
infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigará o afiançado a comparecer perante a
obrigações a que se referem os arts. 327 e 328 autoridade, todas as vezes que for intimado
deste Código; para atos do inquérito e da instrução criminal e
para o julgamento. Quando o réu não
II - Em caso de prisão civil ou militar; comparecer, a fiança será havida como
quebrada.
III - REVOGADO
Art. 328. O réu afiançado NÃO PODERÁ,
IV - Quando presentes os motivos que sob pena de quebramento da fiança, mudar de
autorizam a decretação da prisão preventiva residência, sem prévia permissão da
autoridade processante, ou ausentar-se por
(art. 312).
mais de 8 (oito) dias de sua residência, sem
comunicar àquela autoridade o lugar onde será
Art. 325. O valor da fiança será fixado pela encontrado.
autoridade que a conceder nos seguintes
limites:
Art. 329. Nos juízos criminais e delegacias
de polícia, haverá um livro especial, com termos
I - De 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, de abertura e de encerramento, numerado e
quando se tratar de infração cuja pena privativa rubricado em todas as suas folhas pela
de liberdade, no grau máximo, não for superior autoridade, destinado especialmente aos termos
a 4 (quatro) anos; de fiança. O termo será lavrado pelo escrivão e
assinado pela autoridade e por quem prestar a
II - De 10 (dez) a 200 (duzentos) salários fiança, e dele extrair-se-á certidão para juntar-se
mínimos, quando o máximo da pena privativa aos autos.
de liberdade cominada for superior a 4 (quatro)
anos. Parágrafo único. O réu e quem prestar a
fiança serão pelo escrivão notificados das
§ 1o Se assim recomendar a situação obrigações e da sanção previstas nos arts.
econômica do preso, a FIANÇA PODERÁ 327 e 328, o que constará dos autos.
ser:
Art. 330. A fiança, que SERÁ SEMPRE
I - Dispensada, na forma do art. 350 deste DEFINITIVA, consistirá em depósito de dinheiro,
Código; pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da
dívida pública, federal, estadual ou municipal,
II - Reduzida até o máximo de 2/3 (dois ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar.
terços); ou
§ 1o A avaliação de imóvel, ou de pedras,
III - Aumentada em até 1.000 (mil) vezes. objetos ou metais preciosos será feita
imediatamente por perito nomeado pela
autoridade.
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§ 2o Quando a fiança consistir em caução de ação penal, o valor que a constituir, atualizado,
títulos da dívida pública, o valor será determinado será restituído sem desconto, salvo o disposto
pela sua cotação em Bolsa, e, sendo nominativos, no parágrafo único do art. 336 deste
exigir-se-á prova de que se acham livres de ônus. Código.
Art. 331. O valor em que consistir a fiança Art. 338. A fiança que se reconheça não ser
será recolhido à repartição arrecadadora federal cabível na espécie será cassada em qualquer
ou estadual, ou entregue ao depositário público, fase do processo.
juntando-se aos autos os respectivos
conhecimentos. Art. 339. Será também cassada a fiança
quando reconhecida a existência de delito
Parágrafo único. Nos lugares em que o inafiançável, no caso de inovação na
depósito não se puder fazer de pronto, o valor será classificação do delito.
entregue ao escrivão ou pessoa abonada, a
critério da autoridade, e dentro de três dias dar-se- Art. 340. Será exigido o reforço da fiança:
á ao valor o destino que Ihe assina este artigo, o
que tudo constará do termo de fiança. I - Quando a autoridade tomar, por
engano, fiança insuficiente;
Art. 332. Em caso de PRISÃO EM
FLAGRANTE, será competente para conceder a II - Quando houver depreciação material
fiança a autoridade que presidir ao respectivo ou perecimento dos bens hipotecados ou
auto, e, em caso de PRISÃO POR MANDADO, o caucionados, ou depreciação dos metais ou
juiz que o houver expedido, ou a autoridade pedras preciosas;
judiciária ou policial a quem tiver sido
requisitada a prisão. III - Quando for inovada a classificação do
delito.
Art. 333. DEPOIS DE PRESTADA A
FIANÇA, que será concedida Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito
independentemente de audiência do Ministério e o réu será recolhido à prisão, quando, na
Público, este terá vista do processo a fim de conformidade deste artigo, não for reforçada.
requerer o que julgar conveniente.
Art. 341. Julgar-se-á QUEBRADA a fiança
Art. 334. A fiança poderá ser prestada quando o acusado:
enquanto não transitar em julgado a sentença
condenatória. I - Regularmente intimado para ato do
processo, deixar de comparecer, sem motivo
Art. 335. Recusando ou retardando a justo;
autoridade policial a concessão da fiança, o preso,
ou alguém por ele, poderá prestá-la, mediante II - Deliberadamente praticar ato de
simples petição, perante o juiz competente, que obstrução ao andamento do processo;
decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.
III - Descumprir medida cautelar imposta
Art. 336. O dinheiro ou objetos dados cumulativamente com a fiança;
como fiança servirão ao pagamento das custas,
da indenização do dano, da prestação IV - Resistir injustificadamente a ordem
pecuniária e da multa, se o réu for condenado. judicial;
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Art. 343. O QUEBRAMENTO injustificado
da fiança importará na perda de metade do seu
valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposição
de outras medidas cautelares ou, se for o caso,
a decretação da prisão preventiva.
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IV - Extorsão mediante sequestro e na forma
qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e
Legislação Extravagante 3o);
Obs.: Lei pequena, sem muito mistério. VI - Estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e
Tente decorar todos os crimes hediondos. §§ 1o, 2o, 3o e 4o);
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drogas afins e o terrorismo são
INSUSCETÍVEIS de:
MACETE:
I - Anistia, graça e indulto;
COLABORAÇÃO PREMIADA –
ASSOCIAÇÃO PARA COMETIMENTO DE
II - Fiança.
CRIME HEDIONDO/EQUIPARADO
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será Requisitos - Desmantelamento da
cumprida inicialmente em regime fechado. associação criminosa.
Colaboração - Voluntária.
§ 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz Benefício - Redução da pena (1/3 a 2/3)
decidirá fundamentadamente se o réu poderá
apelar em liberdade.
DICA DE PRAZOS:
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Lei de Tortura (9.455/97) I - Se o crime é cometido por agente público;
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Lei de Abuso de Autoridade (13.869/19) I - Servidores públicos e militares ou pessoas a
eles equiparadas; (ROL EXEMPLIFICATIVO)
Disposições Gerais
II - Membros do Poder Legislativo;
Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso III - Membros do Poder Executivo;
de autoridade, cometidos por agente público,
servidor ou não, que, no exercício de suas IV - Membros do Poder Judiciário;
funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do
poder que lhe tenha sido atribuído. V - Membros do Ministério Público;
§ 1º As condutas descritas nesta Lei VI - Membros dos tribunais ou conselhos de
constituem crime de abuso de autoridade quando
contas.
praticadas pelo agente com a FINALIDADE
ESPECÍFICA de prejudicar outrem ou
Parágrafo único. Reputa-se agente
beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda,
público, para os efeitos desta Lei, todo aquele
por mero capricho ou satisfação pessoal.
que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação,
Elemento subjetivo especial dos crimes de
designação, contratação ou qualquer outra
abuso de autoridade
forma de investidura ou vínculo, mandato,
cargo, emprego ou função em órgão ou
entidade abrangidos pelo caput deste artigo.
O agente só comete
crime de abuso de • prejudicar alguém;
autoridade se ao • beneficiar a si mesmo;
praticar a conduta • beneficiar a terceiro;
tinha a finalidade • mero capricho; CONCEITO de agente público: Reputa-se
específica de: • satisfação pessoal. agente público, para os efeitos desta Lei, todo
aquele que exerce, ainda que transitoriamente
ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato,
cargo, emprego ou função em órgão ou
entidade abrangidos pelo caput deste artigo.
§ 2º A divergência na interpretação de lei
ou na avaliação de fatos e provas NÃO
CONFIGURA abuso de autoridade. Da Ação Penal
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Dos Efeitos da Condenação e das Penas - Tornar certa a
Restritivas de Direitos obrigação de
indenizar o
dano causado
Dos Efeitos da Condenação pelo crime.
O Juiz, a
Art. 4º São efeitos da condenação:
requerimento do
ofendido, deve
I - Tornar certa a obrigação de indenizar o
dano causado pelo crime, devendo o juiz, a fixar na sentença
requerimento do ofendido, fixar na sentença o o valor mínimo.
valor mínimo para reparação dos danos Efeitos da
causados pela infração, considerando os prejuízos condenação - Inabilitação
por ele sofridos; para o exercício
de cargo, - Condicionados:
II - A inabilitação para o exercício de mandato ou reincidência em
cargo, mandato ou função pública, pelo período função pública * crime de abuso
de 1 (um) a 5 (cinco) anos; prazo: 1 a 5 anos de autoridade;
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- Prestação de serviços à
Dos Crimes e das Penas
comunidade ou a
entidades públicas.
Obs.: Sempre relembre alguns crimes, sem
se preocupar com as penas. É praticamente
PENAS RESTRITIVAS DE impossível lembrar de todos, mas é bom ir pra
- Suspensão do
DIREITO: prova com alguns na mente.
exercício do cargo, da
função ou do mandato
* Prazo: 1 a 6 meses;
* Com a perda dos
vencimentos e das
vantagens. Dica
➢ Todos os crimes são dolosos
➢ Todos os crimes são próprios
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Art. 11. (VETADO). Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça
de prisão, pessoa que, em razão de função,
Art. 12. Deixar injustificadamente de ministério, ofício ou profissão, deva guardar
comunicar prisão em flagrante à autoridade segredo ou resguardar sigilo:
judiciária no prazo legal:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) multa.
anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: prossegue com o interrogatório:
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sede de procedimento investigatório de infração Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem
penal, deixa de identificar-se ao preso ou atribui a mantém, na mesma cela, criança ou adolescente
si mesmo falsa identidade, cargo ou função. na companhia de maior de idade ou em ambiente
inadequado, observado o disposto na Lei nº 8.069,
Art. 17. (VETADO). de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente).
Art. 18. Submeter o preso a interrogatório
policial durante o período de repouso noturno, Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina
salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do
devidamente assistido, consentir em prestar ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou
declarações: nele permanecer nas mesmas condições, sem
determinação judicial ou fora das condições
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) estabelecidas em lei:
anos, e multa.
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
multa.
Art. 19. Impedir ou retardar,
injustificadamente, o envio de pleito de preso à
autoridade judiciária competente para a § 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista
apreciação da legalidade de sua prisão ou das no caput deste artigo, quem:
circunstâncias de sua custódia:
I - Coage alguém, mediante violência ou grave
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou
multa. suas dependências;
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II - Omitir dados ou informações ou divulgar dados Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
ou informações incompletos para desviar o curso anos, e multa.
da investigação, da diligência ou do processo.
Parágrafo único. (VETADO).
Art. 24. Constranger, sob violência ou grave
ameaça, funcionário ou empregado de instituição Art. 30. Dar início ou proceder à persecução
hospitalar pública ou privada a admitir para penal, civil ou administrativa SEM JUSTA CAUSA
tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, FUNDAMENTADA ou contra quem sabe
com o fim de alterar local ou momento de crime, inocente:
prejudicando sua apuração:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
multa, além da pena correspondente à
violência. Art. 31. Estender injustificadamente a
investigação, procrastinando-a em prejuízo do
Art. 25. Proceder à obtenção de prova, em investigado ou fiscalizado:
procedimento de investigação ou fiscalização, por
meio manifestamente ilícito: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos, e multa.
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem,
inexistindo prazo para execução ou conclusão de
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem procedimento, o estende de forma imotivada,
faz uso de prova, em desfavor do investigado ou procrastinando-o em prejuízo do investigado ou do
fiscalizado, com prévio conhecimento de sua fiscalizado.
ilicitude.
Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor
Art. 26. (VETADO). ou advogado acesso aos autos de investigação
preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito
Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar ou a qualquer outro procedimento investigatório de
procedimento investigatório de infração penal ou infração penal, civil ou administrativa, assim como
administrativa, em desfavor de alguém, à falta de impedir a obtenção de cópias, ressalvado o
qualquer indício da prática de crime, de ilícito acesso a peças relativas a diligências em curso,
funcional ou de infração administrativa: ou que indiquem a realização de diligências
futuras, cujo sigilo seja imprescindível:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos, e multa. Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos, e multa.
Parágrafo único. NÃO HÁ CRIME quando se
tratar de sindicância ou investigação preliminar Art. 33. Exigir informação ou cumprimento
sumária, DEVIDAMENTE JUSTIFICADA. de obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não
fazer, sem expresso amparo legal:
Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de
gravação sem relação com a prova que se Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida anos, e multa.
privada ou ferindo a honra ou a imagem do
investigado ou acusado: Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se
utiliza de cargo ou função pública ou invoca a
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e condição de agente público para se eximir de
multa. obrigação legal ou para obter vantagem ou
privilégio indevido.
Art. 29. Prestar informação falsa sobre
procedimento judicial, policial, fiscal ou
administrativo com o fim de prejudicar interesse de
investigado:
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Art. 34. (VETADO).
Resumo:
Art. 35. (VETADO).
TODOS OS CRIMES SÃO: • Dolosos;
Art. 36. Decretar, em processo judicial, a • Próprios;
indisponibilidade de ativos financeiros em quantia •Punidos com multa cumulativa;
que extrapole exacerbadamente o valor estimado • Punidos com detenção;
para a satisfação da dívida da parte e, ante a
ELEMENTO ESPECÍFICO: • Prejudicar alguém;
demonstração, pela parte, da excessividade da
ou
medida, deixar de corrigi-la:
• Beneficiar a si mesmo; ou
• Beneficiar a terceiro; ou
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
multa. • Mero capricho; ou
• Satisfação pessoal.
Art. 37. Demorar demasiada e
injustificadamente no exame de processo de que NÃO CONFIGURA ABUSO DE AUTORIDADE A
tenha requerido vista em órgão colegiado, com o DIVERGÊNCIA NA: • Interpretação de lei;
intuito de procrastinar seu andamento ou retardar • Avaliação de fatos;
o julgamento: • Avaliação de provas.
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XI – Informar às Secretarias de Segurança
Estatuto do Desarmamento (10.826/03) Pública dos Estados e do Distrito Federal os
registros e autorizações de porte de armas de fogo
nos respectivos territórios, bem como manter o
Do Sistema Nacional de Armas
cadastro atualizado para consulta.
Art. 1o O Sistema Nacional de Armas – Parágrafo único. As disposições deste artigo não
Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no alcançam as armas de fogo das Forças
âmbito da Polícia Federal, tem circunscrição em Armadas e Auxiliares, bem como as demais que
todo o território nacional. constem dos seus registros próprios.
Art. 2o Ao Sinarm compete: Do Registro
I – Identificar as características e a Art. 3o É OBRIGATÓRIO o registro de arma
propriedade de armas de fogo, mediante cadastro; de fogo no órgão competente.
II – Cadastrar as armas de fogo Parágrafo único. As armas de fogo de uso
produzidas, importadas e vendidas no País; restrito serão registradas no Comando do
Exército, na forma do regulamento desta Lei.
III – Cadastrar as autorizações de porte de
arma de fogo e as renovações expedidas pela Art. 4o Para adquirir arma de fogo de USO
Polícia Federal; PERMITIDO o interessado deverá, além de
declarar a efetiva necessidade, atender aos
IV – Cadastrar as transferências de seguintes requisitos:
propriedade, extravio, furto, roubo e outras
ocorrências suscetíveis de alterar os dados I - Comprovação de idoneidade, com a
cadastrais, inclusive as decorrentes de apresentação de certidões negativas de
fechamento de empresas de segurança privada e antecedentes criminais fornecidas pela Justiça
de transporte de valores; Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não
estar respondendo a inquérito policial ou a
V – Identificar as modificações que alterem processo criminal, que poderão ser fornecidas
as características ou o funcionamento de arma de por meios eletrônicos;
fogo;
II – Apresentação de documento
VI – Integrar no cadastro os acervos comprobatório de ocupação lícita e de
policiais já existentes; residência certa;
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comunicar a venda à autoridade competente, § 3o O proprietário de arma de fogo com
como também a manter banco de dados com certificados de registro de propriedade expedido
todas as características da arma e cópia dos por órgão estadual ou do Distrito Federal até a
documentos previstos neste artigo. data da publicação desta Lei que não optar pela
entrega espontânea prevista no art. 32 desta Lei
§ 4o A empresa que comercializa armas de deverá renová-lo mediante o pertinente registro
fogo, acessórios e munições responde legalmente federal, até o dia 31 de dezembro de 2008, ante a
por essas mercadorias, ficando registradas como apresentação de documento de identificação
de sua propriedade enquanto não forem vendidas. pessoal e comprovante de residência fixa, ficando
dispensado do pagamento de taxas e do
§ 5o A comercialização de armas de fogo, cumprimento das demais exigências constantes
acessórios e munições entre pessoas físicas dos incisos I a III do caput do art. 4o desta
SOMENTE SERÁ EFETIVADA mediante Lei.
autorização do Sinarm.
§ 4o Para fins do cumprimento do disposto
o
o
§ 6 A expedição da autorização a que se no § 3 deste artigo, o proprietário de arma de fogo
refere o § 1o será concedida, ou recusada com a poderá obter, no Departamento de Polícia Federal,
devida fundamentação, no prazo de 30 (trinta) certificado de registro provisório, expedido na rede
dias úteis, a contar da data do requerimento do mundial de computadores - internet, na forma do
interessado. regulamento e obedecidos os procedimentos a
seguir:
§ 7o O registro precário a que se refere o
o
§ 4 PRESCINDE do cumprimento dos requisitos I - Emissão de certificado de registro
dos incisos I, II e III deste artigo. provisório pela internet, com validade inicial de 90
(noventa) dias; e
§ 8o Estará dispensado das exigências
constantes do inciso III do caput deste artigo, na II - Revalidação pela unidade do
forma do regulamento, o interessado em adquirir Departamento de Polícia Federal do certificado
arma de fogo de USO PERMITIDO que de registro provisório pelo prazo que estimar
comprove estar autorizado a portar arma com como necessário para a emissão definitiva do
as mesmas características daquela a ser certificado de registro de propriedade.
adquirida.
§ 5º Aos residentes em área rural, para os
Art. 5o O certificado de Registro de Arma de fins do disposto no caput deste artigo, considera-
Fogo, com validade em todo o território se residência ou domicílio toda a extensão do
nacional, autoriza o seu proprietário a manter a respectivo imóvel rural.
arma de fogo exclusivamente no interior de sua
residência ou domicílio, ou dependência Do Porte
desses, ou, ainda, no seu local de trabalho,
desde que seja ele o titular ou o responsável Art. 6o É PROIBIDO o porte de arma de
legal pelo estabelecimento ou fogo em todo o território nacional, salvo para
empresa. os casos previstos em legislação própria e para:
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Municípios com mais de 500.000 (quinhentos XI - Os tribunais do Poder Judiciário
mil) habitantes, nas condições estabelecidas no descritos no art. 92 da Constituição Federal e os
regulamento desta Lei; (Vide ADIN Ministérios Públicos da União e dos Estados,
5538) (Vide ADIN 5948) (Vide ADC 38) para uso exclusivo de servidores de seus
quadros pessoais que efetivamente estejam no
IV - Os integrantes das guardas exercício de funções de segurança, na forma
municipais dos Municípios com mais de 50.000 de regulamento a ser emitido pelo Conselho
(cinquenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho
mil) habitantes, QUANDO EM SERVIÇO; Nacional do Ministério Público – CNMP
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§ 3o A autorização para o porte de arma de empresas, somente podendo ser utilizadas
fogo das guardas municipais está quando em serviço, devendo essas observar as
CONDICIONADA à formação funcional de seus condições de uso e de armazenagem
integrantes em estabelecimentos de ensino de estabelecidas pelo órgão competente, sendo o
atividade policial, à existência de mecanismos certificado de registro e a autorização de porte
de fiscalização e de controle interno, nas expedidos pela Polícia Federal em NOME DA
condições estabelecidas no regulamento desta EMPRESA.
Lei, observada a supervisão do Ministério da
Justiça. § 1o O proprietário ou diretor responsável de
empresa de segurança privada e de transporte de
§ 4o Os integrantes das Forças Armadas, das valores responderá pelo crime previsto no
polícias federais e estaduais e do Distrito Federal, parágrafo único do art. 13 desta Lei, sem
bem como os militares dos Estados e do Distrito prejuízo das demais sanções administrativas e
Federal, ao exercerem o direito descrito no art. 4o, civis, se DEIXAR de registrar ocorrência policial
ficam DISPENSADOS do cumprimento do e de comunicar à Polícia Federal perda, furto,
disposto nos incisos I, II e III do mesmo artigo, na roubo ou outras formas de extravio de armas
forma do regulamento desta Lei. de fogo, acessórios e munições que estejam sob
sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro)
§ 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores horas depois de ocorrido o fato.
de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem
depender do emprego de arma de fogo para § 2o A empresa de segurança e de transporte
prover sua subsistência alimentar familiar será de valores deverá apresentar documentação
concedido pela Polícia Federal o porte de arma comprobatória do preenchimento dos
de fogo, na categoria caçador para subsistência, requisitos constantes do art. 4o desta Lei quanto
de uma ARMA DE USO PERMITIDO, de tiro aos empregados que portarão arma de fogo.
simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma
lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), § 3o A listagem dos empregados das
desde que o interessado comprove a efetiva empresas referidas neste artigo deverá ser
necessidade em requerimento ao qual deverão ser atualizada semestralmente junto ao Sinarm.
anexados os seguintes documentos:
Art. 7o-A. As armas de fogo utilizadas pelos
I - Documento de identificação servidores das instituições descritas no inciso XI
pessoal; do art. 6o serão de propriedade,
responsabilidade e guarda das respectivas
II - Comprovante de residência em área instituições, somente podendo ser utilizadas
rural; e quando em serviço, devendo estas observar as
condições de uso e de armazenagem
III - Atestado de bons antecedentes. estabelecidas pelo órgão competente, sendo o
certificado de registro e a autorização de porte
§ 6o O caçador para subsistência que der expedidos pela Polícia Federal em NOME DA
outro uso à sua arma de fogo, independentemente INSTITUIÇÃO.
de outras tipificações penais, responderá,
conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo § 1o A autorização para o porte de arma de
de arma de fogo de uso permitido. fogo de que trata este artigo independe do
pagamento de taxa.
§ 7o Aos integrantes das guardas
municipais dos Municípios que integram § 2o O presidente do tribunal ou o chefe do
regiões metropolitanas será autorizado porte Ministério Público designará os servidores de seus
de arma de fogo, quando em serviço. quadros pessoais no exercício de funções de
segurança que poderão portar arma de fogo,
Art. 7o As armas de fogo utilizadas pelos respeitado o limite máximo de 50% (cinquenta por
empregados das empresas de segurança cento) do número de servidores que exerçam
privada e de transporte de valores, constituídas funções de segurança.
na forma da lei, serão de propriedade,
responsabilidade e guarda das respectivas
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§ 3o O porte de arma pelos servidores das I – Demonstrar a sua efetiva necessidade por
instituições de que trata este artigo fica exercício de atividade profissional de risco ou de
condicionado à apresentação de documentação ameaça à sua integridade física;
comprobatória do preenchimento dos requisitos
constantes do art. 4o desta Lei, bem como à II – Atender às exigências previstas no art.
formação funcional em estabelecimentos de 4o desta Lei;
ensino de atividade policial e à existência de
mecanismos de fiscalização e de controle interno, III – apresentar documentação de
nas condições estabelecidas no regulamento propriedade de arma de fogo, bem como o seu
desta Lei. devido registro no órgão competente.
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§ 1o Na comprovação da aptidão psicológica,
o valor cobrado pelo psicólogo não poderá
exceder ao valor médio dos honorários Dica:
profissionais para realização de avaliação
psicológica constante do item 1.16 da tabela do São os únicos dois crimes do Estatuto que
Conselho Federal de Psicologia. tem pena de Detenção.
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de prestação de serviços, fabricação ou Disposições Gerais
comércio irregular ou clandestino, inclusive o
exercido em residência. Art. 22. O Ministério da Justiça poderá
celebrar convênios com os Estados e o Distrito
§ 2º Incorre na mesma pena quem VENDE Federal para o cumprimento do disposto nesta Lei.
OU ENTREGA arma de fogo, acessório ou
munição, sem autorização ou em desacordo com Art. 23. A classificação legal, técnica e geral
a determinação legal ou regulamentar, a agente bem como a definição das armas de fogo e demais
policial disfarçado, quando presentes produtos controlados, de usos proibidos, restritos,
elementos probatórios razoáveis de conduta permitidos ou obsoletos e de valor histórico serão
criminal preexistente. disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo
Federal, mediante proposta do Comando do
Tráfico internacional de arma de fogo Exército.
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pericial e sua juntada aos autos, quando não mais Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda,
interessarem à persecução penal serão a comercialização e a importação de brinquedos,
encaminhadas pelo juiz competente ao Comando réplicas e simulacros de armas de fogo, que
do Exército, no prazo de até 48 (quarenta e oito) com estas se possam confundir.
horas, para DESTRUIÇÃO ou DOAÇÃO AOS
ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA ou ÀS Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as
FORÇAS ARMADAS, na forma do regulamento réplicas e os simulacros destinados à instrução, ao
desta Lei. adestramento, ou à coleção de usuário autorizado,
nas condições fixadas pelo Comando do Exército.
§ 1o As armas de fogo encaminhadas ao
Comando do Exército que receberem parecer Art. 27. Caberá ao Comando do Exército
favorável à doação, obedecidos o padrão e a autorizar, excepcionalmente, a aquisição de
dotação de cada Força Armada ou órgão de armas de fogo de uso restrito. (STF declarou
segurança pública, atendidos os critérios de INCONSTITUCIONAL)
prioridade estabelecidos pelo Ministério da Justiça
e ouvido o Comando do Exército, serão arroladas Parágrafo único. O disposto neste artigo não se
em relatório reservado trimestral a ser aplica às aquisições dos Comandos Militares.
encaminhado àquelas instituições, abrindo-se-
lhes prazo para manifestação de Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e
interesse. cinco) anos ADQUIRIR arma de fogo,
ressalvados os integrantes das entidades
§ 1º-A. As armas de fogo e munições constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X
apreendidas em decorrência do tráfico de drogas do caput do art. 6o desta Lei.
de abuso, ou de qualquer forma utilizadas em
atividades ilícitas de produção ou comercialização Art. 29. As autorizações de porte de armas de
de drogas abusivas, ou, ainda, que tenham sido fogo já concedidas expirar-se-ão 90 (noventa) dias
adquiridas com recursos provenientes do tráfico após a publicação desta Lei.
de drogas de abuso, perdidas em favor da União
e encaminhadas para o Comando do Exército, Parágrafo único. O detentor de autorização com
devem ser, após perícia ou vistoria que atestem prazo de validade superior a 90 (noventa) dias
seu bom estado, destinadas com prioridade para poderá renová-la, perante a Polícia Federal, nas
os órgãos de segurança pública e do sistema condições dos arts. 4o, 6o e 10 desta Lei, no prazo
penitenciário da unidade da federação de 90 (noventa) dias após sua publicação, sem
responsável pela apreensão. ônus para o requerente.
§ 2o O Comando do Exército encaminhará a Art. 30. Os possuidores e proprietários de
relação das armas a serem doadas ao juiz arma de fogo de USO PERMITIDO ainda não
competente, que determinará o seu perdimento registrada deverão solicitar seu registro até o
em favor da instituição beneficiada. dia 31 de dezembro de 2008, mediante
apresentação de documento de identificação
§ 3o O transporte das armas de fogo doadas pessoal e comprovante de residência fixa,
será de responsabilidade da instituição acompanhados de nota fiscal de compra ou
beneficiada, que procederá ao seu cadastramento comprovação da origem lícita da posse, pelos
no Sinarm ou no Sigma. meios de prova admitidos em direito, ou
declaração firmada na qual constem as
§ 4o (VETADO). características da arma e a sua condição de
proprietário, ficando este dispensado do
§ 5o O Poder Judiciário instituirá instrumentos pagamento de taxas e do cumprimento das
para o encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, demais exigências constantes dos incisos I a III
conforme se trate de arma de uso permitido ou de do caput do art. 4o desta Lei.
uso restrito, semestralmente, da relação de armas
acauteladas em juízo, mencionando suas Parágrafo único. Para fins do cumprimento do
características e o local onde se disposto no caput deste artigo, o proprietário de
encontram. arma de fogo poderá obter, no Departamento de
Polícia Federal, certificado de registro provisório,
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expedido na forma do § 4o do art. 5o desta armazenar características de classe e
Lei. individualizadoras de projéteis e de estojos de
munição deflagrados por arma de fogo.
Art. 31. Os POSSUIDORES E
PROPRIETÁRIOS de armas de fogo adquiridas § 2º O Banco Nacional de Perfis Balísticos
regularmente poderão, a qualquer tempo, será constituído pelos registros de elementos de
entregá-las à Polícia Federal, mediante recibo e munição deflagrados por armas de fogo
indenização, nos termos do regulamento desta relacionados a crimes, para subsidiar ações
Lei. destinadas às apurações criminais federais,
estaduais e distritais.
Art. 32. Os possuidores e proprietários de
arma de fogo poderão entregá-la, § 3º O Banco Nacional de Perfis Balísticos
espontaneamente, mediante recibo, e, será gerido pela unidade oficial de perícia criminal.
presumindo-se de boa-fé, serão indenizados, na
forma do regulamento, ficando extinta a § 4º Os dados constantes do Banco Nacional
punibilidade de eventual posse irregular da de Perfis Balísticos terão caráter sigiloso, e aquele
referida arma. que permitir ou promover sua utilização para fins
diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão
judicial responderá civil, penal e
Art. 33. Será aplicada multa de R$
administrativamente.
100.000,00 (cem mil reais) a R$ 300.000,00
(trezentos mil reais), conforme especificar o
§ 5º É vedada a comercialização, total ou
regulamento desta Lei:
parcial, da base de dados do Banco Nacional de
Perfis Balísticos.
I – À empresa de transporte aéreo,
rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre
§ 6º A formação, a gestão e o acesso ao
que deliberadamente, por qualquer meio, faça,
Banco Nacional de Perfis Balísticos serão
promova, facilite ou permita o transporte de arma
regulamentados em ato do Poder Executivo
ou munição sem a devida autorização ou com
federal.
inobservância das normas de segurança;
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à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
Estatuto da Criança e do Adolescente respeito, à liberdade e à convivência familiar e
(8.069/90) comunitária.
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tratamento cruel ou degradante e dos tratamento cruel ou degradante e as formas
instrumentos de proteção aos direitos humanos; violentas de educação, correção ou disciplina;
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com pessoas capacitadas a reconhecer e a público infanto juvenil, programas com finalidades
comunicar ao Conselho Tutelar suspeitas ou educativas, artísticas, culturais e informativas.
casos de crimes praticados contra a criança e o
adolescente. Parágrafo único. Nenhum espetáculo será
apresentado ou anunciado sem aviso de sua
Parágrafo único. São igualmente classificação, antes de sua transmissão,
responsáveis pela comunicação de que trata este apresentação ou exibição.
artigo, as pessoas encarregadas, por razão de
cargo, função, ofício, ministério, profissão ou Art. 77. Os proprietários, diretores, gerentes
ocupação, do cuidado, assistência ou guarda de e funcionários de empresas que explorem a venda
crianças e adolescentes, punível, na forma deste ou aluguel de fitas de programação em vídeo
Estatuto, o injustificado retardamento ou omissão, cuidarão para que não haja venda ou locação em
culposos ou dolosos. desacordo com a classificação atribuída pelo
órgão competente.
Art. 71. A criança e o adolescente têm direito
à informação, cultura, lazer, esportes, diversões, Parágrafo único. As fitas a que alude este
espetáculos e produtos e serviços que respeitem artigo deverão exibir, no invólucro, informação
sua condição peculiar de pessoa em sobre a natureza da obra e a faixa etária a que se
desenvolvimento. destinam.
Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei Art. 78. As revistas e publicações contendo
não excluem da prevenção especial outras material impróprio ou inadequado a crianças e
decorrentes dos princípios por ela adotados. adolescentes deverão ser comercializadas em
embalagem lacrada, com a advertência de seu
Art. 73. A inobservância das normas de conteúdo.
prevenção importará em responsabilidade da
pessoa física ou jurídica, nos termos desta Lei. Parágrafo único. As editoras cuidarão para
que as capas que contenham mensagens
Art. 74. O poder público, através do órgão pornográficas ou obscenas sejam protegidas com
competente, regulará as diversões e espetáculos embalagem opaca.
públicos, informando sobre a natureza deles, as
faixas etárias a que não se recomendem, locais e Art. 79. As revistas e publicações destinadas
horários em que sua apresentação se mostre ao público infanto-juvenil não poderão conter
inadequada. ilustrações, fotografias, legendas, crônicas ou
anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco, armas e
Parágrafo único. Os responsáveis pelas munições, e deverão respeitar os valores éticos e
diversões e espetáculos públicos deverão afixar, sociais da pessoa e da família.
em lugar visível e de fácil acesso, à entrada do
local de exibição, informação destacada sobre a Art. 80. Os responsáveis por
natureza do espetáculo e a faixa etária estabelecimentos que explorem comercialmente
especificada no certificado de classificação. bilhar, sinuca ou congênere ou por casas de jogos,
assim entendidas as que realizem apostas, ainda
Art. 75. Toda criança ou adolescente terá que eventualmente, cuidarão para que não seja
acesso às diversões e espetáculos públicos permitida a entrada e a permanência de crianças
classificados como adequados à sua faixa etária. e adolescentes no local, afixando aviso para
orientação do público.
Parágrafo único. As crianças menores de
dez anos somente poderão ingressar e Dos Produtos e Serviços
permanecer nos locais de apresentação ou
exibição quando acompanhadas dos pais ou Art. 81. É proibida a venda à criança ou
responsável. ao adolescente de:
Art. 76. As emissoras de rádio e televisão I - Armas, munições e explosivos;
somente exibirão, no horário recomendado para o
II - Bebidas alcoólicas;
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III - Produtos cujos componentes possam Art. 84. Quando se tratar de viagem ao
causar dependência física ou psíquica ainda exterior, a autorização é dispensável, se a
que por utilização indevida; criança ou adolescente:
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VII - Campanhas de estímulo ao acolhimento VIII - Especialização e formação continuada
sob forma de guarda de crianças e adolescentes dos profissionais que trabalham nas diferentes
afastados do convívio familiar e à adoção, áreas da atenção à primeira infância, incluindo os
especificamente inter-racial, de crianças maiores conhecimentos sobre direitos da criança e sobre
ou de adolescentes, com necessidades desenvolvimento infantil;
específicas de saúde ou com deficiências e de
grupos de irmãos. IX - Formação profissional com abrangência
dos diversos direitos da criança e do adolescente
Art. 88. São diretrizes da política de que favoreça a intersetorialidade no atendimento
atendimento: da criança e do adolescente e seu
desenvolvimento integral;
I - Municipalização do atendimento;
X - Realização e divulgação de pesquisas
II - Criação de conselhos municipais, sobre desenvolvimento infantil e sobre prevenção
estaduais e nacional dos direitos da criança e do da violência.
adolescente, órgãos deliberativos e controladores
das ações em todos os níveis, assegurada a Art. 89. A função de membro do conselho
participação popular paritária por meio de nacional e dos conselhos estaduais e municipais
organizações representativas, segundo leis dos direitos da criança e do adolescente é
federal, estaduais e municipais; considerada de interesse público relevante e não
será remunerada.
III - Criação e manutenção de programas
específicos, observada a descentralização Das Entidades de Atendimento
político-administrativa;
Disposições Gerais
IV - Manutenção de fundos nacional,
estaduais e municipais vinculados aos respectivos Art. 90. As entidades de atendimento são
conselhos dos direitos da criança e do responsáveis pela manutenção das próprias
adolescente; unidades, assim como pelo planejamento e
execução de programas de proteção e
V - Integração operacional de órgãos do socioeducativos destinados a crianças e
Judiciário, Ministério Público, Defensoria, adolescentes, em regime de:
Segurança Pública e Assistência Social,
preferencialmente em um mesmo local, para efeito I - Orientação e apoio sociofamiliar;
de agilização do atendimento inicial a adolescente
a quem se atribua autoria de ato infracional; II - Apoio socioeducativo em meio aberto;
VI - Integração operacional de órgãos do III - Colocação familiar;
Judiciário, Ministério Público, Defensoria,
Conselho Tutelar e encarregados da execução
IV - Acolhimento institucional;
das políticas sociais básicas e de assistência
social, para efeito de agilização do atendimento de
crianças e de adolescentes inseridos em V - Prestação de serviços à comunidade;
programas de acolhimento familiar ou institucional,
com vista na sua rápida reintegração à família de VI - Liberdade assistida;
origem ou, se tal solução se mostrar
comprovadamente inviável, sua colocação em VII - Semiliberdade; e
família substituta, em quaisquer das modalidades
previstas no art. 28 desta Lei; VIII - Internação.
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Adolescente, o qual manterá registro das c) esteja irregularmente constituída;
inscrições e de suas alterações, do que fará
comunicação ao Conselho Tutelar e à autoridade d) tenha em seus quadros pessoas
judiciária. inidôneas.
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§ 2 o Os dirigentes de entidades que Infância e da Juventude, sob pena de
desenvolvem programas de acolhimento familiar responsabilidade.
ou institucional remeterão à autoridade judiciária,
no máximo a cada 6 (seis) meses, relatório Parágrafo único. Recebida a comunicação,
circunstanciado acerca da situação de cada a autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público
criança ou adolescente acolhido e sua família, e se necessário com o apoio do Conselho Tutelar
para fins da reavaliação prevista no § 1 o do art. 19 local, tomará as medidas necessárias para
desta Lei. promover a imediata reintegração familiar da
criança ou do adolescente ou, se por qualquer
§ 3 o Os entes federados, por intermédio dos razão não for isso possível ou recomendável, para
Poderes Executivo e Judiciário, promoverão seu encaminhamento a programa de acolhimento
conjuntamente a permanente qualificação dos familiar, institucional ou a família substituta,
profissionais que atuam direta ou indiretamente observado o disposto no § 2 o do art. 101 desta
em programas de acolhimento institucional e Lei.
destinados à colocação familiar de crianças e
adolescentes, incluindo membros do Poder Art. 94. As entidades que desenvolvem
Judiciário, Ministério Público e Conselho Tutelar. programas de internação têm as seguintes
obrigações, entre outras:
§ 4 o Salvo determinação em contrário da
autoridade judiciária competente, as entidades I - Observar os direitos e garantias de que
que desenvolvem programas de acolhimento são titulares os adolescentes;
familiar ou institucional, se necessário com o
auxílio do Conselho Tutelar e dos órgãos de II - Não restringir nenhum direito que não
assistência social, estimularão o contato da tenha sido objeto de restrição na decisão de
criança ou adolescente com seus pais e parentes, internação;
em cumprimento ao disposto nos incisos I e VIII do
caput deste artigo. III - Oferecer atendimento personalizado, em
pequenas unidades e grupos reduzidos;
§ 5 o As entidades que desenvolvem
programas de acolhimento familiar ou institucional IV - Preservar a identidade e oferecer
somente poderão receber recursos públicos se ambiente de respeito e dignidade ao adolescente;
comprovado o atendimento dos princípios,
exigências e finalidades desta Lei. V - Diligenciar no sentido do
restabelecimento e da preservação dos vínculos
§ 6 o O descumprimento das disposições familiares;
desta Lei pelo dirigente de entidade que
desenvolva programas de acolhimento familiar ou VI - Comunicar à autoridade judiciária,
institucional é causa de sua destituição, sem periodicamente, os casos em que se mostre
prejuízo da apuração de sua responsabilidade inviável ou impossível o reatamento dos vínculos
administrativa, civil e criminal. familiares;
§ 7 o Quando se tratar de criança de 0 (zero) VII - Oferecer instalações físicas em
a 3 (três) anos em acolhimento institucional, dar- condições adequadas de habitabilidade, higiene,
se-á especial atenção à atuação de educadores salubridade e segurança e os objetos necessários
de referência estáveis e qualitativamente
à higiene pessoal;
significativos, às rotinas específicas e ao
atendimento das necessidades básicas, incluindo
VIII - Oferecer vestuário e alimentação
as de afeto como prioritárias.
suficientes e adequados à faixa etária dos
adolescentes atendidos;
Art. 93. As entidades que mantenham
programa de acolhimento institucional poderão,
IX - Oferecer cuidados médicos,
em caráter excepcional e de urgência, acolher
psicológicos, odontológicos e farmacêuticos;
crianças e adolescentes sem prévia determinação
da autoridade competente, fazendo comunicação
do fato em até 24 (vinte e quatro) horas ao Juiz da X - Propiciar escolarização e
profissionalização;
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XI - Propiciar atividades culturais, esportivas Da Fiscalização das Entidades
e de lazer;
Art. 95. As entidades governamentais e não-
XII - Propiciar assistência religiosa àqueles governamentais referidas no art. 90 serão
que desejarem, de acordo com suas crenças; fiscalizadas pelo Judiciário, pelo Ministério Público
e pelos Conselhos Tutelares.
XIII - Proceder a estudo social e pessoal de
cada caso; Art. 96. Os planos de aplicação e as
prestações de contas serão apresentados ao
XIV - Reavaliar periodicamente cada caso, estado ou ao município, conforme a origem das
com intervalo máximo de seis meses, dando dotações orçamentárias.
ciência dos resultados à autoridade competente;
Art. 97. São medidas aplicáveis às
XV - Informar, periodicamente, o adolescente entidades de atendimento que descumprirem
internado sobre sua situação processual; obrigação constante do art. 94, sem prejuízo da
responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes
XVI - Comunicar às autoridades ou prepostos:
competentes todos os casos de adolescentes
portadores de moléstias infectocontagiosas; I - Às entidades governamentais:
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caracterizado o descumprimento dos princípios municipalização do atendimento e da
norteadores das atividades de proteção possibilidade da execução de programas por
específica. entidades não governamentais;
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por si indicada, bem como os seus pais ou Público ou de quem tenha legítimo interesse, de
responsável, têm direito a ser ouvidos e a procedimento judicial contencioso, no qual se
participar nos atos e na definição da medida de garanta aos pais ou ao responsável legal o
promoção dos direitos e de proteção, sendo sua exercício do contraditório e da ampla defesa.
opinião devidamente considerada pela autoridade
judiciária competente, observado o disposto nos § 3 o Crianças e adolescentes somente
§§ 1 o e 2 o do art. 28 desta Lei. poderão ser encaminhados às instituições que
executam programas de acolhimento institucional,
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses governamentais ou não, por meio de uma Guia de
previstas no art. 98, a autoridade competente Acolhimento, expedida pela autoridade judiciária,
poderá determinar, dentre outras, as seguintes na qual obrigatoriamente constará, dentre outros:
medidas:
I - Sua identificação e a qualificação
I - Encaminhamento aos pais ou completa de seus pais ou de seu responsável, se
responsável, mediante termo de responsabilidade; conhecidos;
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com vista na reintegração familiar ou, caso seja § 12. Terão acesso ao cadastro o Ministério
esta vedada por expressa e fundamentada Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor da
determinação judicial, as providências a serem Assistência Social e os Conselhos Municipais dos
tomadas para sua colocação em família substituta, Direitos da Criança e do Adolescente e da
sob direta supervisão da autoridade judiciária. Assistência Social, aos quais incumbe deliberar
sobre a implementação de políticas públicas que
§ 7 o O acolhimento familiar ou institucional permitam reduzir o número de crianças e
ocorrerá no local mais próximo à residência dos adolescentes afastados do convívio familiar e
pais ou do responsável e, como parte do processo abreviar o período de permanência em programa
de reintegração familiar, sempre que identificada a de acolhimento.
necessidade, a família de origem será incluída em
programas oficiais de orientação, de apoio e de Art. 102. As medidas de proteção de que
promoção social, sendo facilitado e estimulado o trata este Capítulo serão acompanhadas da
contato com a criança ou com o adolescente regularização do registro civil
acolhido.
§ 1º Verificada a inexistência de registro
§ 8 o Verificada a possibilidade de anterior, o assento de nascimento da criança ou
reintegração familiar, o responsável pelo adolescente será feito à vista dos elementos
programa de acolhimento familiar ou institucional disponíveis, mediante requisição da autoridade
fará imediata comunicação à autoridade judiciária, judiciária.
que dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de
5 (cinco) dias, decidindo em igual prazo. § 2º Os registros e certidões necessários à
regularização de que trata este artigo são isentos
§ 9 o Em sendo constatada a impossibilidade de multas, custas e emolumentos, gozando de
de reintegração da criança ou do adolescente à absoluta prioridade.
família de origem, após seu encaminhamento a
programas oficiais ou comunitários de orientação, § 3 o Caso ainda não definida a paternidade,
apoio e promoção social, será enviado relatório será deflagrado procedimento específico
fundamentado ao Ministério Público, no qual destinado à sua averiguação, conforme previsto
conste a descrição pormenorizada das pela Lei n o 8.560, de 29 de dezembro de 1992.
providências tomadas e a expressa
recomendação, subscrita pelos técnicos da § 4 o Nas hipóteses previstas no § 3 o deste
entidade ou responsáveis pela execução da artigo, é dispensável o ajuizamento de ação de
política municipal de garantia do direito à investigação de paternidade pelo Ministério
convivência familiar, para a destituição do poder Público se, após o não comparecimento ou a
familiar, ou destituição de tutela ou guarda. recusa do suposto pai em assumir a paternidade a
ele atribuída, a criança for encaminhada para
§ 10. Recebido o relatório, o Ministério adoção.
Público terá o prazo de 15 (quinze) dias para o
ingresso com a ação de destituição do poder § 5 o Os registros e certidões necessários à
familiar, salvo se entender necessária a realização inclusão, a qualquer tempo, do nome do pai no
de estudos complementares ou de outras assento de nascimento são isentos de multas,
providências indispensáveis ao ajuizamento da custas e emolumentos, gozando de absoluta
demanda. prioridade.
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Art. 103. Considera-se ato infracional a Das Garantias Processuais
conduta descrita como crime ou contravenção
penal. Art. 110. Nenhum adolescente será privado
de sua liberdade sem o devido processo legal.
Art. 104. São penalmente inimputáveis
os menores de dezoito anos, sujeitos às Art. 111. São asseguradas ao adolescente,
medidas previstas nesta Lei. entre outras, as seguintes garantias:
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, I - Pleno e formal conhecimento da atribuição
deve ser considerada a idade do adolescente à de ato infracional, mediante citação ou meio
data do fato. equivalente;
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§ 1º A medida aplicada ao adolescente Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas
levará em conta a sua capacidade de cumpri-la, as conforme as aptidões do adolescente, devendo
circunstâncias e a gravidade da infração. ser cumpridas durante jornada máxima de oito
horas semanais, aos sábados, domingos e
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto feriados ou em dias úteis, de modo a não
algum, será admitida a prestação de trabalho prejudicar a frequência à escola ou à jornada
forçado. normal de trabalho.
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§ 1º São obrigatórias a escolarização e a III - Por descumprimento reiterado e
profissionalização, devendo, sempre que possível, injustificável da medida anteriormente imposta.
ser utilizados os recursos existentes na
comunidade. § 1 o O prazo de internação na hipótese do
inciso III deste artigo não poderá ser superior a 3
§ 2º A medida não comporta prazo (três) meses, devendo ser decretada judicialmente
determinado aplicando-se, no que couber, as após o devido processo legal.
disposições relativas à internação.
§ 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a
Da Internação internação, havendo outra medida adequada.
Art. 121. A internação constitui medida Art. 123. A internação deverá ser cumprida
privativa da liberdade, sujeita aos princípios de em entidade exclusiva para adolescentes, em
brevidade, excepcionalidade e respeito à condição local distinto daquele destinado ao abrigo,
peculiar de pessoa em desenvolvimento. obedecida rigorosa separação por critérios de
idade, compleição física e gravidade da infração.
§ 1º Será permitida a realização de
atividades externas, a critério da equipe técnica da Parágrafo único. Durante o período de
entidade, salvo expressa determinação judicial em internação, inclusive provisória, serão obrigatórias
contrário. atividades pedagógicas.
Art. 122. A medida de internação só poderá VIII - Corresponder-se com seus familiares e
ser aplicada quando: amigos;
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XI - Receber escolarização e medidas previstas em lei, exceto a colocação em
profissionalização; regime de semiliberdade e a internação.
XII - Realizar atividades culturais, esportivas Art. 128. A medida aplicada por força da
e de lazer: remissão poderá ser revista judicialmente, a
qualquer tempo, mediante pedido expresso do
XIII - Ter acesso aos meios de comunicação adolescente ou de seu representante legal, ou do
social; Ministério Público.
XIV - Receber assistência religiosa, segundo Das Medidas Pertinentes aos Pais ou
a sua crença, e desde que assim o deseje; Responsável
XV - Manter a posse de seus objetos Art. 129. São medidas aplicáveis aos
pessoais e dispor de local seguro para guardá-los, pais ou responsável:
recebendo comprovante daqueles porventura
depositados em poder da entidade; I - Encaminhamento a serviços e
programas oficiais ou comunitários de
XVI - Receber, quando de sua proteção, apoio e promoção da família;
desinternação, os documentos pessoais
indispensáveis à vida em sociedade. II - Inclusão em programa oficial ou
comunitário de auxílio, orientação e tratamento
§ 1º Em nenhum caso haverá a alcoólatras e toxicômanos;
incomunicabilidade.
III - encaminhamento a tratamento
§ 2º A autoridade judiciária poderá psicológico ou psiquiátrico;
suspender temporariamente a visita, inclusive de
pais ou responsável, se existirem motivos sérios e IV - Encaminhamento a cursos ou
fundados de sua prejudicialidade aos interesses programas de orientação;
do adolescente.
V - Obrigação de matricular o filho ou
Art. 125. É dever do Estado zelar pela pupilo e acompanhar sua frequência e
integridade física e mental dos internos, cabendo- aproveitamento escolar;
lhe adotar as medidas adequadas de contenção e
segurança. VI - Obrigação de encaminhar a criança ou
adolescente a tratamento especializado;
Da Remissão
VII - Advertência;
Art. 126. Antes de iniciado o procedimento
judicial para apuração de ato infracional, o VIII - Perda da guarda;
representante do Ministério Público poderá
conceder a remissão, como forma de exclusão do IX - Destituição da tutela;
processo, atendendo às circunstâncias e
consequências do fato, ao contexto social, bem X - Suspensão ou destituição do poder
como à personalidade do adolescente e sua maior familiar.
ou menor participação no ato infracional.
Parágrafo único. Na aplicação das medidas
Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a previstas nos incisos IX e X deste artigo, observar-
concessão da remissão pela autoridade judiciária se-á o disposto nos arts. 23 e 24.
importará na suspensão ou extinção do processo.
Art. 130. Verificada a hipótese de maus-
Art. 127. A remissão não implica tratos, opressão ou abuso sexual impostos pelos
necessariamente o reconhecimento ou pais ou responsável, a autoridade judiciária
comprovação da responsabilidade, nem prevalece poderá determinar, como medida cautelar, o
para efeito de antecedentes, podendo incluir afastamento do agressor da moradia comum.
eventualmente a aplicação de qualquer das
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Parágrafo único. Da medida cautelar previsão dos recursos necessários ao
constará, ainda, a fixação provisória dos alimentos funcionamento do Conselho Tutelar e à
de que necessitem a criança ou o adolescente remuneração e formação continuada dos
dependente do agressor. conselheiros tutelares.
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e programas de atendimento dos direitos da comunicação da ocorrência de ação ou omissão,
criança e do adolescente; praticada em local público ou privado, que
constitua violência doméstica e familiar contra a
X - representar, em nome da pessoa e da criança e o adolescente;
família, contra a violação dos direitos previstos
no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal ; XIX - Receber e encaminhar, quando for o
caso, as informações reveladas por noticiantes ou
XI - Representar ao Ministério Público para denunciantes relativas à prática de violência, ao
efeito das ações de perda ou suspensão do poder uso de tratamento cruel ou degradante ou de
familiar, após esgotadas as possibilidades de formas violentas de educação, correção ou
manutenção da criança ou do adolescente junto à disciplina contra a criança e o adolescente;
família natural.
XX - Representar à autoridade judicial ou ao
XII - Promover e incentivar, na comunidade e Ministério Público para requerer a concessão de
nos grupos profissionais, ações de divulgação e medidas cautelares direta ou indiretamente
treinamento para o reconhecimento de sintomas
relacionada à eficácia da proteção de noticiante ou
de maus-tratos em crianças e adolescentes.
denunciante de informações de crimes que
envolvam violência doméstica e familiar contra a
XIII - Adotar, na esfera de sua competência,
criança e o adolescente.
ações articuladas e efetivas direcionadas à
identificação da agressão, à agilidade no
Parágrafo único. Se, no exercício de suas
atendimento da criança e do adolescente vítima de
atribuições, o Conselho Tutelar entender
violência doméstica e familiar e à
necessário o afastamento do convívio familiar,
responsabilização do agressor; comunicará incontinenti o fato ao Ministério
Público, prestando-lhe informações sobre os
XIV - Atender à criança e ao adolescente motivos de tal entendimento e as providências
vítima ou testemunha de violência doméstica e tomadas para a orientação, o apoio e a promoção
familiar, ou submetido a tratamento cruel ou social da família.
degradante ou a formas violentas de educação,
correção ou disciplina, a seus familiares e a Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar
testemunhas, de forma a prover orientação e somente poderão ser revistas pela autoridade
aconselhamento acerca de seus direitos e dos judiciária a pedido de quem tenha legítimo
encaminhamentos necessários; interesse.
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§ 2 o A posse dos conselheiros tutelares
ocorrerá no dia 10 de janeiro do ano subsequente
ao processo de escolha.
Dos Impedimentos
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