Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TCC - Cap BM Marcio
TCC - Cap BM Marcio
ROLIM DE MOURA - RO
2022
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE RONDÔNIA
ROLIM DE MOURA - RO
2022
2
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais.
1 marciobueno_leite@hotmail.com
3
SUMÁRIO
1. Introdução ............................................................................................................04
2. Justificativa ..........................................................................................................05
3. Objetivos ..............................................................................................................06
3.1 Objetivo geral ............................................................................................06
3.2 Objetivos específicos ................................................................................06
4. Revisão de Literatura ...........................................................................................07
4.1 Responsabilidade de ministrar o treinamento ..............................................07
4.2 Regulamentação ..........................................................................................08
5. Metodologia .........................................................................................................10
6. Resultados... ........................................................................................................11
7. Cronograma..........................................................................................................14
8. Recursos necessários .........................................................................................15
9. Considerações Finais...........................................................................................16
10. Referências Bibliográficas ...................................................................................18
11. Apêndices .......................................................................................................... .19
4
1 INTRODUÇÃO
2 JUSTIFICATIVA
Lucas Begalli tinha apenas 10 anos quando perdeu a vida em uma excursão da
escola que frequentava, em Campinas. Motivo: asfixia mecânica que ocorreu
em questão de minutos. Ou seja, ele se engasgou com um pedaço de salsicha
do cachorro quente que serviram no lanche. Mas não recebeu os primeiros
socorros de forma rápida e adequada. Lucas chegou a transferido em uma UTI
móvel para o hospital, mas acabou falecendo. Ele sofreu sete paradas
cardíacas em 50 minutos de tentativas de ressuscitação. É possível que, se
houvesse tentativas de reanimá-lo antes da chegada da UTI móvel, talvez ele
estivesse vivo — o tempo nesses casos é um dos mais importantes fatores para
a sobrevivência do paciente, pois os primeiros minutos são decisivos. (AQUINO,
2019)
Inconformada com a tragédia (evitável) que tirou a vida de seu único filho no dia
27/09/2017, Alessandra passou a ser uma ativista social, buscou chamar atenção para
a temática, para isso contou com a ajuda de amigos e familiares, juntos realizaram
diversas campanhas na internet e em outros meios de comunicação. Desse modo, o
fato foi amplamente divulgado, por consequência, houve uma sensibilização do poder
legislativo federal, que de forma célere aprovou a Lei nº 13.722, de 04 de outubro de
2018, publicada no Diário Oficial da União em 05/10/2018.
Por razões óbvias a Lei supracitada ficou conhecida como Lei Lucas, a qual
“torna obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de 4
professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de
educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil.” A Lei está em vigor,
contudo, ainda carece de uma regulamentação, para que sua finalidade seja
plenamente atendida.
O fato é que a partir da aprovação e divulgação da Lei Lucas, os
estabelecimentos de ensino passaram a ter uma maior preocupação com a capacitação
de seus quadros de servidores, isso tem gerado uma elevada demanda ao CBMRO,
que não tem condições de atender a todos os pedidos para treinamentos e palestras.
Cabe lembrar que o CBMRO é referência nacional no que se refere ao ensino à
distância, já ofereceu diversos cursos para militares e civis da própria instituição, bem
6
3 OBJETIVOS
4 REVISÃO DE LITERATURA
A Lei Lucas foi criada com uma finalidade muito nobre, contudo, deixa algumas
lacunas importantes que merecem ser apreciadas, vejamos:
(...)
XIV - prestar assessoramento técnico, na área de sua competência, aos demais
órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado de Rondônia;
(...)
XVII - capacitar pessoas para o enfrentamento de desastres, sinistros e
acidentes;
(...)
XX - realizar atividades educativas de prevenção a incêndios, pânico coletivo
e proteção ao meio ambiente, bem como ações de proteção e promoção do
bem-estar da coletividade e dos direitos, garantias e liberdades do cidadão;
(...)
Art. 15. A Coordenadoria de Educação, Ensino e Instrução, subordinada ao
Chefe do Estado-Maior-Geral, é o órgão responsável por todas as atividades
de ensino, com competência para planejar, coordenar, fiscalizar o ensino em
todas suas modalidades, a instrução e o treinamento operacional relativo às
atividades do Corpo de Bombeiros Militar, visando à formação profissional,
graduação, pós-graduação, aperfeiçoamento, habilitação, especialização,
capacitação e ao treinamento operacional do CBMRO e promover a educação
preventiva voltada à população em geral, objetivando à prevenção de
incêndio e acidentes, da segurança e da saúde pública. (Redação dada pela
Lei 4.303 de 2018) (Grifo nosso).
4.2 Regulamentação
Não precisa ser um leitor muito atento para observar que a Lei Lucas cita em
pelo menos dois momentos a questão da regulamentação, a saber:
tocante a composição da grade curricular e itens que devem ser inseridos no kit básico
de primeiros socorros, mencionado no § 2º do Art. 2º.
Ou seja, a necessidade de regulamentação salta aos olhos, pois a Lei
promulgada pelo chefe do poder executivo federal não esclarece alguns pontos
importantes. Contudo, isso não tem afastado o surgimento da demanda, bem como,
não impede que o CBMRO seja a instituição pioneira na importante iniciativa de
capacitar os profissionais de educação. Nesse contexto, torna-se importante destacar
que diversos municípios brasileiros tomaram a iniciativa de criar leis próprias ou
promulgar regulamentação local, a fim de fomentar a importante iniciativa em apoio a
segurança na educação.
Como exemplo, cabe citar a Lei municipal nº 12.479, de 11 de dezembro de
2018, que “obriga as escolas, as creches e os berçários públicos e privados do
Município de Porto Alegre a ofertar curso de capacitação em primeiros socorros para,
no mínimo, 1/3 (um terço) de seus servidores ou funcionários - Lei Lucas.”. A Lei
promulgada na capital gaúcha foi mais objetiva que a Lei Federal, pois detalha a
quantidade mínima de profissionais a ser treinada, bem como, norteia de forma mais
assertiva a questão do kit escolar e os responsáveis pelos treinamentos e pela
composição da grade curricular, in verbis:
Ou seja, seguindo a mesma linha adotada por diversos municípios, e até mesmo
a fonte doutrinária já existente, nada obsta que a própria instituição CBMRO estabeleça
um padrão próprio para capacitação dos professores, que poderia ser disciplinado por
instrumento normativo interno. Caso a instituição queira algo mais sólido, tem total
legitimidade para propor e fomentar a publicação de uma legislação estadual própria.
10
5 METODOLOGIA
Como pode ser observado, a partir de uma abordagem descritiva, foi realizada
breve contextualização sobre a origem da Lei Lucas, em seguida, houve o cuidado na
busca de fundamentação teórica alicerçada na legislação vigente, conforme consta na
justificativa. Doravante, será exposta a metodologia utilizada para realização da
segunda etapa do estudo, a pesquisa de campo, bem como seu resultado e análise
crítica.
Com o objetivo de entender melhor a relevância e necessidade do projeto de
intervenção, o pesquisador houve por bem aplicar um questionário padrão, composto
apenas por 05 (cinco) questões objetivas, a cada um dos 15 comandantes de unidades
operacionais, nos quinze municípios em que o CBMRO está presente (Apêndice 03),
alcançando, desta forma, a totalidade do público alvo. Para dar maior celeridade na
coleta de dados, foi utilizada a ferramenta Google Forms junto aos comandantes, o
intuído do pesquisador foi comparar as respostas para obter, cientificamente, as
informações de interesse para o estudo.
Em paralelo a aplicação do questionário, foi realizada uma entrevista (Apêndice
02) guiada por cinco perguntas, claras e objetivas, aplicadas via aplicativo de
mensagens instantâneas junto a um experiente oficial do CBMRO, especialista em
Engenharia de Software, a fim de elucidar questões técnicas relacionadas às
capacidades da plataforma de ensino EaD, utilizada atualmente na instituição.
11
6 RESULTADOS
possível notar que existe elevado índice de demanda reprimida no que se refere às
palestras e treinamentos em APH.
A quinta e última pergunta realizada aos comandantes tratou da percepção,
conforme o conhecimento adquirido na cidade onde estão lotados, sobre a quantidade
de profissionais da educação capacitados para prestar os primeiros socorros nas
escolas da localidade. Seguem as respostas no gráfico 04:
No gráfico acima fica claro que na esmagadora maioria dos municípios onde o
CBMRO está presente, poucas ou nenhuma das escolas têm professores treinados em
APH (conforme percepção dos comandantes), fato que gera enorme vulnerabilidade
tanto ao corpo docente, quanto ao corpo discente, desta forma, mais uma vez é
possível notar a enorme relevância do tema estudado.
Com o objetivo de enriquecer o estudo, foi realizada uma entrevista (Apêndice
02) com o 1º Tenente Bombeiro Militar Alex Fernandes da Silva, RE 0267-0, bacharel
em Sistema de Informação, tecnólogo em Sistemas para Web e especialista em
Engenharia de Software. Profundo conhecedor dos recursos de informática disponíveis
no CBMRO, atuou na caserna de 2012 à 2016 na função de Analista de Software e de
2017 a 2020 como Diretor de Informática.
14
Para responder de forma precisa precisamos ter mais detalhes com relação a
quantidade de alunos, tipo de curso e recursos da plataforma que serão
utilizados. Mas, de ante mão, informo que o MOODLE é um software totalmente
escalável e dependendo da quantidade de alunos e acessos simultâneos o
ajuste seria apenas de infraestrutura, sem contar que atualmente o MOODLE é
utilizado por diversas universidade ao longo do Brasil e do Mundo, como por
exemplo USP (Universidade de São Paulo), UFBA (Universidade Federal da
Bahia) e UNB (Universidade de Brasília). (SILVA, 2022).
7 CRONOGRAMA
Com simples somatória dos valores descritos nos incisos do Art. 7º supracitado,
chega-se ao valor de R$ 5.200,00, ou seja, este seria o investimento do Estado para
viabilizar o desenvolvimento do projeto piloto, bem como, para cada novo ciclo de curso
oferecido ao público alvo.
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
público interno, sendo que esta etapa atende a uma dupla finalidade. A primeira é a
necessária capacitação da tropa, pois conforme apontou o resultado da pesquisa
apenas um quarto do efetivo conhece a Lei Lucas; A segunda finalidade está
relacionada a um período de teste (em ambiente controlado) do curso a ser oferecido.
Em seguida a instituição terá o produto/serviço pronto para ser ofertado ao consumidor
final: Os profissionais da educação do estado de Rondônia.
A partir da disponibilização do curso na plataforma EaD quando chegar uma
demanda por palestras de APH junto às unidades operacionais, os comandantes
poderão orientar o requerente a buscar pela capacitação no ambiente virtual da
instituição Bombeiro Militar. Estima-se que o resultado de todo esse esforço será a
capacitação de todos os profissionais de educação que necessitarem ou
voluntariamente tiverem interesse em buscar este importante conhecimento
especializado.
Observa-se, portanto, que é possível utilizar a modalidade EAD, a fim de
aproveitar uma estrutura que já existente no Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia,
para que a instituição possa oferecer, a custo irrisório, mais um relevante serviço social
com a finalidade de evitar novas tragédias, como a que vitimou a criança Lucas Begalli,
trata-se, portanto, além de uma atividade preventiva, o exercício da mais nobre missão
do CBMRO: Salvar vidas.
18
10 REFERÊNCIAS
AQUINO, Aline. Lei Lucas: Conheça a história por detrás da lei. Disponível em:
https://cmosdrake.com.br/blog/lei-lucas-conheca-a-historia-por-detras-da-lei/ [capturado
em julho de 2022].
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa (6 ed.). São Paulo: Atlas S.A., 2002.
GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Projetos Social (5 ed.). São Paulo: Atlas S.A.,2008.
11 APÊNDICES
1 - Planilha 5W2H;