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PASTEJO CONTÍNUO, ALTERNADO E ROTACIONADO

NATÁLIA SOUZA TORRES

O Brasil é um país com dimensões continentais e com clima tropical que


favorece o desenvolvimento das forragens e propicia aos animais ficarem a
pasto o ano inteiro, no entanto, conforme há estiagem ou época de águas a
produção das forragens muda, contudo, o manejo das pastagens ocorre
conforme o objetivo de produção e as condições existentes, para se ter maior
produção de plantas em uma área.
Para tal, não se pode pensar em pecuária apenas no sentido de ganho
animal, mas tratando a forragem como cultura, dessa maneira, é possível haver
equilíbrio e sucesso nas propriedades. Nos sistemas de produção há três tipos:
o contínuo, o alternado e o rotacionado.
No sistema contínuo os animais são dispostos livremente em uma
grande área de pastagem, há desperdício da espécie forrageira, além disso
demanda muitas áreas pra poder criar um número alto de cabeças de gado, a
lotação é muito abaixo da capacidade de suporte da área, outra limitação é a
dificuldade de revitalização das forrageiras devido a não saída do animal, e em
caso de secas e pragas, não há como alocar os animais para um local com
forragem melhor. Um ponto positivo é a diminuição da mão de obra já que os
animais sempre estarão no campo, saindo apenas para abate ou entrando para
engorda.
O pastejo alternado é quando o produtor dispõe de áreas desocupadas
para utilizar quando o pasto que estiver sendo usado estiver muito degradado,
com a forrageira necessitando de descanso ou em secas, dessa forma, é uma
opção melhor quando comparado com o pastejo contínuo, pois, ajusta melhor o
suporte da fazenda. Quanto as vantagens, possibilita maior volume de
forragem, melhor valor nutritivo, pastejo mais uniforme, menor desperdício de
forragem, diminuição dos danos da estrutura da planta e do solo.
O pastejo rotacionado ou Voisin consiste na divisão da área de pasto em
piquetes, dessa forma os animais alternam o pastejo em períodos fixos de
ocupação e descanso. Utilizado em sistemas intensivos de produção, demanda
muita mão de obra, exige manejo mais avançado da propriedade. Como
vantagens há aumento da carga animal sem prejudicar a forrageira e danificar
o solo, controle preciso da quantidade e da qualidade da forragem, maior
produção por unidade de área.
Na escolha de um desses sistemas o pecuarista tem que ter uma visão
empresarial, porém compreendendo que o solo e a planta tem seus limites, que
em desequilíbrio prejudicarão o ganho de peso dos animais.

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