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Gabriel Brandão
Gleyson Pessoni
Isabelle Duzi
João Marcos Ferreira
João Poyer
Katarina Falcão
Laura de Oliveira Fernandes
Nicolas Boareto
Uberlândia
2022
1. The Electronic Battlefield and Information Warfare
O autor começa a introdução da parte cinco, trazendo novos conceitos. Dentre eles, o
conceito de guerra de informação, guerra cibernética e as novidades em armamento – armas
biológicas, nucleares e espaciais. Com tantas novidades, fica-se em exposição alguns pontos
chaves que se encontram problemas, tais como, a definição e a conceituação de maneira única
dos significados dos termos acima apresentados.
Mídia de Massa
Guerra Cibernética
Sobre a Guerra Cibernética, destaca-se o fato de o conceito ainda está em progresso.
Dunnigan, vai trazer uma linha histórica, desde o advento da formulação de vários softwares
interligados formando uma rede que permitia acessos simultâneos - a Internet, passando
então, para a criação e formalização do WWW (World Wide Web), e de como todas essas
revoluções apresentaram uma decadência em sistemas antigos utilizados, como o DDOS, e
pelo lado ruim, facilitaram os acessos a possíveis malwares, ou seja, ao roubo de dados
sensíveis, informações governamentais e estratégias militares.
Nesse sentido, podemos destacar que o termo Hacker foi criado e popularizado e que,
a necessidade de pessoas conhecedoras sobre como operar um sistema e proteger os dados
passou a ser algo valorizado e requerido dentro de muitas nações - especialmente dentro dos
regimentos militares.
Vale ressaltar que, é complicado até mesmo hodiernamente fazer-se valer de que os
ataques que acontecem dentro do campo cibernético sejam de fato considerados crimes, seja
em uma esfera cívil ou mesmo uma nacional. Importante ressaltar que, ações que tentam
invadir as plataformas do governo, tais como os ataques citados no texto ao Pentágono,
muitas vezes são rastreados até localidades de países já desenvolvidos e com grande
capacidade bélica - o que tornaria a questão ainda mais sensível.
Digitalização
A “digitalização” tem sido desenvolvida principalmente pelos EUA nos últimos anos
do século XX com o advento da internet. Dessa forma, os veículos de guerra como tanques e
outros têm integrado em si displays responsáveis por designar em tempo real a localização
desses componentes militares, possibilitando que o comando operacional esteja ciente da
movimentação de suas tropas, linhas inimigas, campos minados etc.
A guerra no Afeganistão foi tida como o campo de teste dos EUA na utilização desses
veículos e dispositivos de localização digitais, favorecendo de forma esmagadora,
informações táticas a serem desempenhadas pelo exército americano. Os principais veículos
utilizados foram os predadores UAV e predadores armados. Os predadores UAV são
responsáveis por fazer o reconhecimento de campo das tropas inimigas, e podem voar por
mais de 12 horas diretamente fornecendo informações valiosas para o centro de comando. Já
os predadores armados, fazem o reconhecimento e abate instantâneo de veículos inimigos,
integrados com mísseis de 100 kg, e sem a necessidade de espera de apoio térreo ou aéreo. E
por último, as forças especiais que eram responsáveis por controlar esses veículos pelo solo
de maneira digital.
2. A guerra no espaço
Quando se trata das tecnologias abordadas nesses satélites de uso militar, estes podem
ser definidos em categorias específicas, como a exemplo os voltados à comunicação, estes
que são uma alternativa muito viável em detrimento da construção de estações terrestres, uma
vez que um único satélite consegue cobrir áreas vastamente maiores. Estes também podem
ser utilizados primariamente para reconhecimento do oceano, com o também para
rastreamento de navios. Há também aqueles de uso estrito de combate, onde os mesmos têm a
função de abater inimigos e disparar projéteis, tanto como podem servir desde da
comunicação até ao transporte de armamentos, sendo incrivelmente versáteis.
Armas químicas:
Por milhares de anos espalhar doenças através do exército inimigo era considerado
uma prática tática de guerra. Mesmo depois de séculos as doenças foram capazes de matar
mais soldados batalhas em tempo de guerras, porém as doenças tendem a assumir um caráter
endêmico, principalmente na Rússia e na Ásia, levando até mesmo em piadas sobre a
capacidade de alguns exércitos como por exemplo o ditado que “ apertar a mão de um
soldado russo poderia ser mais letal do que levar um tiro do mesmo”, isso dada a imunidade
que os mesmos possuíam a algumas doenças que foram capazes de causar baixas em outros
exércitos.
Dunnigan apresenta que os avanços dos últimos séculos fizeram com que poucas
governos se "aventurassem'' sobre o uso de armas biológicas, sobretudo debates sobre as leis
de guerra mas também sobre as incertezas que circundam o uso de armas biológicas. A
campanha mais significativa do século 20 foi a do exército japonês na Segunda Guerra
Mundial, pois com o fim da guerra foi descoberto pelos Estados Unidos um extenso arsenal
de armas biológicas produzidas e desenvolvidas no Japão para serem utilizadas contra a
China. As pesquisas se davam na Manchúria, por uma unidade especial de pesquisas médicas
chamada “ Unit 731”. A equipe ficou conhecida por utilizar prisioneiros chineses e ocidentais
para testar formas de tortura e experimentos.
Majoritariamente suas pesquisas se direcionaram a tentativas de espalhar a peste
bubônica, como bombas de peste negra, que não foram bem sucedidas. O primeiro teste
ainda em 1940 não gerou impactos que pudessem ser notados, sendo então refeitos em 1942,
lançando pulgas infectadas em locais mais próximos a tropas chinesas, porém ainda assim
não gerou o impacto que era esperado, basicamente, pelo fato de que a peste bubônica era
uma doença endêmica na China, junto com outras diversas doenças fazendo com que a
população desenvolvesse um grau de imunidade a mesma.
Apesar das diversas tentativas da Unidade 731 de matar e ferir um grande número de
pessoas, a unidade teve mais êxito em causar terror, pois a fama de suas pesquisas e cirurgias
experimentais praticadas se propagou entre os exércitos inimigos, o que foi utilizado como
mecanismo de cooperação com os prisioneiros. Sendo assim, para Dunnigan, o maior êxito
que a unidade obteve foi o balanço de terror que ela gerou, sendo este maior que a real
efetividade do uso de armas biológicas.
O debate sobre o uso de armas biológicas frequentemente se questiona se seria mais
relevante a criação de uma nova doença ou a modificação de uma doença para uma variante
mais letal, contudo junto a esse debate emerge a efetividade e os riscos sobre tais armas, pois
paralelamente necessita-se da criação de imunizantes para as tropas e as incertezas de
efetividade, onde as inseguranças tendem a serem maiores do que a confiabilidade em tais
armas.
As armas biológicas exigem um alto índice de tecnologia, recursos e técnica para
manuseio, demonstrando-se ou muito sensível ou fatal o suficiente para que seu uso seja
repensado, fazendo com que na realidade o seu uso em larga escala não se reproduza com
facilidade, assim adquirindo maior efetividade no balanço de terror que elas podem causar.
Apesar das armas biológicas integrarem as guerras e batalhas a milhares de anos,
atualmente seu uso muitas vezes é restringido pelo debate sobre a sua dispersão, imunização
e vigilância a efeitos colaterais. Segundo o autor, o desuso se dá pela dificuldade de uso,
grande volume de recursos e tecnologias utilizadas, pois são armas difíceis de usar, onde um
tiro que saía pela culatra coloca-se muito a perder.
4. Armas Nucleares:
O autor elucida neste capítulo as atividades militares que vão além da guerra, com os
objetivos de manter a segurança em determinada região, manter o status quo político evitando
guerras civis ou revoluções, conter ou direcionar a influência de grupos militares, etc.
Quando a nação não está em conflito, o seu exército pode fazer atividades para
manter sua influência geopolítica, não necessariamente entrando em confronto. Alguns dos
exemplos de atividades citados por Dunningan é showing the flag em que o exército é
colocado em movimento para fins de demonstração do hard power. Algumas dessas
demonstrações podem ter como objetivo ameaçar o seu adversário, movimento conhecido
como Gunboat diplomacy, Para além da manutenção de seus status no sistema internacional,
você pode treinar seu exército, aprimorando táticas e equipamentos, melhorar a condição
física e mental de seus soldados, reforçar a ideologia militar. Se necessário, convém esse
suporte e treino ser estendido para exércitos ou até mesmo guerrilhas aliados, em que você
aumenta o seu poder através da influência e dependência. O mesmo acontece quando você
entra em um conflito em defesa da causa de um aliado.
As operações além da guerra também podem significar entrar em conflitos menores,
protagonizando combate a crimes internacionais como tráfico de armas, drogas e humanos,
apoio ao Estado meio às crises civis como revoltas, protesto ou desastre ambientais,
assistências para polícias para os seus aliados em assuntos domésticos e defesa do território,
“pacificar” áreas de violência. Tudo isso para tornar o discurso mais benevolente possível. A
maior
As operações além da guerra ganharam mais importância após o fim da guerra fria.
As tropas de combate representam menos de 10% da força do exército americano e o seu
custo pra manter essa tropa ativa, de prontidão e colocá-los em atividade, é muito elevado
devido ao tempo de preparo, treinamento e execução o que os soldados da tropa passam é
significativamente longo (cerca de 18 meses para que uma tropa realize uma tarefa). A
solução mais recorrente seria o uso dos reservistas, que sempre é um caminho difícil visto
que eles não são militares e muito menos tem uma ideologia militar, fora o sacrilégio de
interromper suas vidas civis em uma causa que muitas vezes nem está diretamente ligada ao
seu país.
As operações além da guerra se tornaram mais frequentes após o fim da guerra fria.
Dando essa justificativa de trazer a paz em situações de vulnerabilidade social. Os Estados
Unidos podem fazer suas operações para manter seus interesses geopolíticos, ainda sendo
bem visto pela comunidade internacional, por fazer esforços para promover a estabilidade em
regiões de maior vulnerabilidade política. Boa parte das operações além da guerra do exército
dos EUA são financiadas pela OTAN e os soldados costumam ser bem remunerados.
Como militares são pessoas formadas para pensar e agir em situações de guerra,
considerando que as operações de paz lidam com processos e conflitos civis, houve a
necessidade de criar diretrizes gerais para evitar incidentes diplomáticos que possam
comprometer a missão dos soldados na atividade. Essas diretrizes são chamadas de ROE
(Rule of Engagement), tem como objetivo impedir que as tropas evitem ao máximo prejudicar
civis. Dunningan exemplifica de um acidente que ocorreu em Beirute em 1983, em que um
quartel de fuzileiros navais foi explodido deixando quase 250 homens mortos. Esse acidente
foi ocasionado por diversas regras da ROE ignoradas ou não bem aplicadas. Em contrapartida
as ROEs, de acordo com cada experiência das operações além da paz, foram ficando cada vez
mais rígidas e limitando o fuzileiro ao ponto dele não ter ao menos acesso a munição. Além
do fuzileiro perder a capacidade de alterar de cumprir com sua missão, esse caráter inútil que
o soldado passa a ter afeta até a moral deles durante o combate.
Os problemas mais comuns que tropas em operações além da paz podem encontrar
não são necessariamente terroristas ou uma rebelião caótica. E sim, o que podemos chamar
pequenos grupos criminosos organizados formados por bandidos, gangsters e rebeldes, e que
Dunningan chama de senhores da Guerra. Fomentado em regiões onde o governo absoluto
não tem poder ou recurso para comandar o seu Estado, os senhores da guerra estão sempre
em conflito com outros senhores da guerra, gerando assim um ambiente em que a violência se
torne uma árdua rotina. O trabalho dos militares neste contexto é tentar conter essa dinâmica
do crime e violência, mas nem o próprio tem uma resposta clara para essa questão. Depois de
tentativas de trazer policiais de outras regiões (frustradas por falta de treinamento e logística)
o antigo método possível para amenizar a estrutura da violência é o do antigo método
colonial, em que consiste em você trazer pessoas de fora para aprender a língua e cultura da
região para que estes passem a administrar o poder político da região. Pouco a pouco os maus
hábitos e senhores da guerra vão perdendo força. Caro, demorado, porém efetivo.
Operações Especiais