Teorias de flexão de vigas

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Concreto Armado I – Pós-graduação
Professor Maurício de Pina Ferreira - http://lattes.cnpq.br/4242041552985485
Teorias de flexão de vigas

Vigas de Euler-Bernouli
• É uma simplificação da teoria da elasticidade linear e permite calcular a deflexão
em uma viga sobre carregamento transversal;
• Jakob Bernoulli fez descobertas significativas, mas os primeiros a unir essas

descobertas numa só teoria foram Leonhard Euler e Daniel Bernoulli em 1750;
• Ela cobre os casos de pequenos deslocamentos em vigas onde as deformações

por cisalhamento são desprezíveis.
Viga esbelta Pequenos Deslocamentos Grandes Deslocamentos

Hipótese é válida Hipótese não é mais válida
Teorias de flexão de vigas

Vigas de Euler-Bernouli
Vigas de Euler-Bernoulli
Princípios
• Condição de equilíbrio bidimensional (Estado Plano de Tensões);
• Compatibilidade de Bernoulli: seções planas permanecem planas após a flexão;
• As leis constitutivas podem ser lineares ou não-lineares.
Aplicações
• Análise e dimensionamento de elementos estruturais lineares submetidos ao
momento fletor e/ou esforços normais.
No caso da teoria de flexão linear:

• As leis constitutivas de Hooke são válidas tanto para o concreto quanto pra o aço;
• A resistência à tração do concreto pode ser desprezada.

Vigas de Euler-Bernoulli
Onde o princípio de Bernoulli não é válido?
Flexão em vigas - Histórico

Aplicação ao concreto armado
• Na Europa, ao longo do século XIX, surgem sistemas construtivos que
combinam aço e concreto dando origem ao concreto armado e protendido;
• Em 1910 o Instituto Americano do Concreto (ACI) publica a primeira norma para

dimensionamento à flexão de vigas de concreto armado, que considera uma
teoria de flexão linear;
• Em 1963, o ACI incorpora à sua norma uma teoria de flexão não-linear, baseada
no trabalho de Hognestad (1956) que atribui ao concreto uma lei constitutiva
não-linear baseada em estudos experimentais.
Flexão em vigas - Histórico

Eivind Hognestad (1921 – 2000)
Comportamento à Flexão
• Seja uma viga sob carga incremental até a ruptura;
• A resposta à flexão pode ser dividida em 3 estágios:
1. Concreto Não-fissurado;
2. Concreto Fissurado: Tensões Lineares (E.L.S.);
3. Concreto Fissurado: Estado Limite Último (E.L.U.) de Resistência

à Flexão.
Concreto Não-fissurado:
• Tensões de tração no concreto são inferiores à fct;
• Toda a seção transversal da viga resiste à flexão.

Concreto Não-fissurado:
C   c  Ac
h 1 
C   c (max)     b 
2 2 
c  I
M
y
b  h3 2
M max   c (max)  
12 h
 c (max)  b  h 2
M max 
6
Concreto Fissurado (Tensões Lineares):
• O concreto esgota sua resistência à tração e as tensões normais de tração
passam a ser absorvidas apenas pela armadura longitudinal;
• Fissuras verticais surgem na zona tracionada e elas avançam ao longo da seção

mudando a posição da linha neutra;
• Admite-se que o concreto fissurado não é capaz de resistir à tração;
• O aço precisa garantir o equilíbrio da seção, resistindo às tensões de tração;
• Este estágio de comportamento permanece até σc ≤ 0,5 fc′ e fs < fys;
• As tensões variam linearmente em relação às deformações.

Concreto Fissurado (Tensões Lineares):
Concreto Fissurado (Estado Limite Último):
• A relação entre tensões e deformações no concreto não é mais linear;
• As armaduras de aço escoam.
• θ é o ângulo de curvatura da seção da viga;
• ε é a deformação à uma distância y da linha neutra (N.A.)

Momento - Curvatura


y
Momento - Curvatura
• Para criar relações momento-curvatura,
algumas hipóteses precisam ser
assumidas;
• Para o aço, assume-se uma resposta

elástica-perfeitamente plástica tanto à
tração quanto à compressão.
Es  200 GPa
Momento - Curvatura
A resposta à compressão do concreto pode ser expressa por:
• Para c  0
      2 
f c  f c'   2   c    c  
   0    0  
• Para c  0
 Z   c   0 
f c  f  1 
'
 
 1000   0  
c
* Z = 150; ε0 = 2‰ (usual)
Momento – Curvatura (Response 2000)

Geometric Properties
Gross Conc. Trans (n=7.54)
Moment-Curvature Abertura de fissura ao longo
Relação momento-curvatura
Area (mm2) 350.0
x 103 150.0 159.8 da altura da viga
Inertia (mm4) x 106
300.0 4500.0 5063.2
yt (mm)
Moment (kNm)
250.0 300 315

yb (mm) 300 285
200.0
600
St (mm3) x 103 15000.0 16064.7
150.0 0 10 20 30 40 50
Sb (mm3) x 103 15000.0 17776.7
100.0
50.0
Crack Spacing 3 - 25M
0.0
2 x dist + 0.1 db /r Abertura da fissura (mm)
Loading (N,M,V0.0 8.0 16.0 24.0 32.0 40.0 48.0 250
+ dN,dM,dV)
Curvature
0.0 , -0.0 , 0.0 + 0.0 , 0.01 , 0.0 (rad/km) All dimensions in millimetres
Clear cover to reinforcement = 40 mm
fc ' = 35.0 MPa

Concrete
Deformações Rebar
f = 600 MPa longitudinais Tensões no concreto
u
Enter Title Here
a = 19 mm fy= 400
ft = 1.87 MPa (auto)
e c' = 2.03 mm/m e s = 100.0 mm/m 2015/5/2
600
15 10 5 0 -5 10 0 -10 -20 -30 -40
3 - 25M
250
Tensão (MPa)
All dimensions in millimetres


Area (mm2) 350.0
Inertia (mm4) x 106
300.0 4500.0 5063.2
yt (mm)
Moment (kNm)
250.0 300 315

yb (mm) 300 285
200.0
600
St (mm3) x 103 15000.0 16064.7
150.0 0 10 20 30 40 50
Sb (mm3) x 103 15000.0 17776.7
100.0
50.0
0.0
Loading (N,M,V0.0 8.0 16.0 24.0 32.0 40.0 48.0 250
+ dN,dM,dV)
Curvature
fc ' = 35.0 MPa

Concrete
Deformações Rebar
u
Enter Title Here
a = 19 mm fy= 400
e c' = 2.03 mm/m e s = 100.0 mm/m 2015/5/2
600
15 10 5 0 -5 10 0 -10 -20 -30 -40
3 - 25M
250
Tensão (MPa)


Area (mm2) 350.0
Inertia (mm4) x 106
300.0 4500.0 5063.2
yt (mm)
Moment (kNm)
250.0 300 315

yb (mm) 300 285
200.0
600
St (mm3) x 103 15000.0 16064.7
150.0 0 10 20 30 40 50
Sb (mm3) x 103 15000.0 17776.7
100.0
50.0
0.0
Loading (N,M,V0.0 8.0 16.0 24.0 32.0 40.0 48.0 250
+ dN,dM,dV)
Curvature
fc ' = 35.0 MPa

Concrete
Deformações Rebar
u
Enter Title Here
a = 19 mm fy= 400
e c' = 2.03 mm/m e s = 100.0 mm/m 2015/5/2
600
15 10 5 0 -5 10 0 -10 -20 -30 -40
3 - 25M
250
Tensão (MPa)


Area (mm2) 350.0
Inertia (mm4) x 106
300.0 4500.0 5063.2
yt (mm)
Moment (kNm)
250.0 300 315

yb (mm) 300 285
200.0
600
St (mm3) x 103 15000.0 16064.7
150.0 0 10 20 30 40 50
Sb (mm3) x 103 15000.0 17776.7
100.0
50.0
0.0
Loading (N,M,V0.0 8.0 16.0 24.0 32.0 40.0 48.0 250
+ dN,dM,dV)
Curvature
fc ' = 35.0 MPa

Concrete
Deformações Rebar
u
Enter Title Here
a = 19 mm fy= 400
e c' = 2.03 mm/m e s = 100.0 mm/m 2015/5/2
600
15 10 5 0 -5 10 0 -10 -20 -30 -40
3 - 25M
250
Tensão (MPa)


Area (mm2) 350.0
Inertia (mm4) x 106
300.0 4500.0 5063.2
yt (mm)
Moment (kNm)
250.0 300 315

yb (mm) 300 285
200.0
600
St (mm3) x 103 15000.0 16064.7
150.0 0 10 20 30 40 50
Sb (mm3) x 103 15000.0 17776.7
100.0
50.0
0.0
Loading (N,M,V0.0 8.0 16.0 24.0 32.0 40.0 48.0 250
+ dN,dM,dV)
Curvature
fc ' = 35.0 MPa

Concrete
Deformações Rebar
u
Enter Title Here
a = 19 mm fy= 400
e c' = 2.03 mm/m e s = 100.0 mm/m 2015/5/2
600
15 10 5 0 -5 10 0 -10 -20 -30 -40
3 - 25M
250
Tensão (MPa)


Area (mm2) 350.0
Inertia (mm4) x 106
300.0 4500.0 5063.2
yt (mm)
Moment (kNm)
250.0 300 315

yb (mm) 300 285
200.0
600
St (mm3) x 103 15000.0 16064.7
150.0 0 10 20 30 40 50
Sb (mm3) x 103 15000.0 17776.7
100.0
50.0
0.0
Loading (N,M,V0.0 8.0 16.0 24.0 32.0 40.0 48.0 250
+ dN,dM,dV)
Curvature
fc ' = 35.0 MPa

Concrete
Deformações Rebar
u
Enter Title Here
a = 19 mm fy= 400
e c' = 2.03 mm/m e s = 100.0 mm/m 2015/5/2
600
15 10 5 0 -5 10 0 -10 -20 -30 -40
3 - 25M
250
Tensão (MPa)


Area (mm2) 350.0
Inertia (mm4) x 106
300.0 4500.0 5063.2
yt (mm)
Moment (kNm)
250.0 300 315

yb (mm) 300 285
200.0
600
St (mm3) x 103 15000.0 16064.7
150.0 0 10 20 30 40 50
Sb (mm3) x 103 15000.0 17776.7
100.0
50.0
0.0
Loading (N,M,V0.0 8.0 16.0 24.0 32.0 40.0 48.0 250
+ dN,dM,dV)
Curvature
fc ' = 35.0 MPa

Concrete
Deformações Rebar
u
Enter Title Here
a = 19 mm fy= 400
e c' = 2.03 mm/m e s = 100.0 mm/m 2015/5/2
600
15 10 5 0 -5
10 0 -10 -20 -30 -40
3 - 25M
250
Tensão (MPa)

Flexão em Vigas de Concreto Armado

Momento de Fissuração (concreto não-fissurado)
Algumas hipóteses simplificadoras podem ser assumidas para calcular o momento
de Fissuração:
• A contribuição das armaduras pode ser desprezada até a fissuração do concreto;
• As tensões na fibra podem ser calculadas como:
My
f 
Onde: Ig
f é a tensão na fibra analisada,
M é o momento fletor,
I g é o Momento de Inércia da seção bruta de concreto,
y é a distância do centróide à fibra analisada.

Momento de Fissuração (concreto não-fissurado)
• O Momento de Fissuração pode ser calculado como:
fr  I g
Onde: M cr 
yt
M cr é o momento de fissuração,
I g é o Momento de Inércia da seção bruta de concreto,
yt é a distância do centróide à fibra mais tracionada,
f r  0, 62    f c'
 é um parâmetro que leva em consideração o tipo de concreto:
 = 1 para concreto convencional
= 0,85 para concreto com areia leve
= 0,75 para concreto com agregados leves
Relembrando
Centroide de Figuras Compostas:
x
x A
Qy
 i i
A A i i
y
Q

 y A
x i i
A A i i
Relembrando
Teorema de Steiner (Eixos Paralelos):
I EE  I CC  A  d CE
2
Roteiro Básico de Resolução

Exercícios 1 e 2:
1. Calcular as propriedades geométricas da seção (y̅ e Ig)
2. Calcular as tensões nas fibras extremas superior e inferior
3. Calcular o Módulo de Ruptura (fr)
4. Determinar o que se pede em cada questão

Exercício 1: Para a viga indicada abaixo, feita com concreto

convencional com fc′ = 30 MPa, pede-se:
a) Verificar se para um momento de 30 kN.m a seção está fissurada;
b) Determinar o momento de fissuração da viga.
Exercício 2: Para a viga T abaixo, assumida como não fissurada, pede-se:

a) Determinar as tensões nas fibras mais externas superior e inferior para um
momento positivo de 108 kN.m;
b) Se um concreto convencional com fc′ = 20 MPa for usado, determinar qual a
carga distribuída máxima que a viga pode suportar assumindo que ela é
biapoiada em um vão de 7,3 m sem que ela exceda o Módulo de Ruptura.

Tensões Elásticas (concreto fissurado)
• Quando a tensão solicitante é maior que a resistência a tração do concreto,
fissuras surgem no elementos estrutural e o equilíbrio é mantido pela armadura;
• Se σc ≤ 0,5 fc′ e σs < fys , concreto e aço apresentam resposta ≈ linear;


Hipóteses básicas:
• O concreto na zona tracionada encontra-se fissurado e sua contribuição na

resistência à flexão pode ser desprezada;
• Aderência perfeita entre aço e concreto, ou seja, as deformações nos dois

materiais em fibras adjacentes são iguais;
• As tensões não são iguais (aço e concreto possuem leis constitutivas diferentes);
• O método da Área Transformada pode ser utilizado para a análise da seção.


• η é um parâmetro denominado razão modular e expressa a relação entre os
módulos de elasticidade do aço e do concreto;
• A área de aço existente (As) pode ser substituída por uma área de concreto
equivalente determinada como Ac,eq = η ∙ As.
Es

Ec

Posição do “Neutral Axis”
• A determinação da posição do N.A. é feita assumindo que o momento da Área Tracionada é

igual ao momento da Área Comprimida em relação ao N.A.
kd
b  kd     As   d  kd 
2
N.A.
 kd 
2
b    As   d  kd   0
2
Resolver Equação do 2º grau para determinar kd


Exercício 3:
1. Determinar a posição da linha neutra
2. Calcular o Momento de Inércia da Seção Fissurada
3. Calcular as tensões nas fibras extremas superior e inferior

Exercício 3: Calcular as tensões na viga usando o método da área

transformada, para fc′ = 30 MPa, η = 9 e M = 95 kN.m.
Vigas com Armadura Simples

Resistência à Flexão (E.L.U.)
Hipóteses básicas para o concreto (ACI 318, 2014):
• Maximum strain at the extreme concrete compression fiber shall be

assumed equal to 0.003;
• Tensile strength of concrete shall be neglected in ﬂexural and axial

strength calculations;
• The relationship between concrete compressive stress and strain shall be

represented by a rectangular, trapezoidal, parabolic, or other shape that
results in prediction of strength in substantial agreement with results of
comprehensive tests.




Resistência à Flexão (E.L.U.) – S.I. Units
• In the equivalent rectangular concrete stress distribution, a concrete stress

of 0.85fc′ shall be assumed uniformly distributed over an equivalent
compression zone bounded by edges of the cross section and a line
parallel to the neutral axis located a distance a from the fiber of
maximum compressive strain, as calculated by:
a  1  c

Resistência à Flexão (E.L.U.) – U.S. customary Units


Momento Resistente da Seção (para As = conhecido)

Cc  T
0,85  f c'  b  a  As  f y
As  f y
a  1  c 
0,85  f c'  b
s  cu  d c 
  s      cu
d c c  c 
fy
s   y 
200 GPa

se  s   y ; M n pode ser calculado como:
 a
Mn  T  d  
 2
ou
 a
M n  Cc   d  
 2
 a
M n  As  f y   d  
 2

Exercício 4:
1. Determinar a altura do bloco de compressão do concreto
2. Calcular a posição da linha neutra
3. Verificar se a armadura escoa
4. Calcular o momento nominal resistente

Exercício 4: Calcular para a viga com seção transversal indicada o momento

resistente Mn , sabendo-se: fc′ = 20 MPa, fy = 420 MPa, b = 250 mm, d = 500 mm.
Projeto de Vigas de Concreto Armado

Classificação das Seções Quanto à Ductilidade
• Seção Balanceada: uma seção em que o aço atinge a deformação de
escoamento (fy/Es) quando o concreto atinge a deformação última
(εcu=3‰);
• A taxa de armadura de flexão é denominada ρb ;
• Elementos estruturais com taxa de armadura ρ ≤ ρb rompem de forma

dúctil, pois o aço escoa antes do concreto esmagar (tension controlled);
• Elementos estruturais com taxa de armadura ρ > ρb rompem de forma

frágil (compression controlled).

Elementos com Ruptura Dúctil
• According to ACI, members whose steel tensile strain is greater
than 0.005 when the concrete strain reaches 0.003 are called
tension-controlled – considered to be fully ductile;
• Steel yields before concrete crushes;
• Deflections are large and there is warning of failure.


Elementos com Ruptura Frágil
• According to ACI, members whose steel tensile strain is less than
εy when the concrete strain reaches 0.003 are called compression-
controlled – considered to be brittle;
• Concrete crushes before steel yields;
• Deflections are small and there is little warning of failure.


Região de Transição
• Members with steel strains between εy and 0.005 are in a transition
region;
• For Grade 60 steel, εy can be approximated as 0.002.


Fatores de Redução de Resistência
• Strength reduction factors (ϕ) account for uncertainties in material
strength, inaccuracies in design equations, approximations in
analysis, variations in dimensions and variations in placement of
reinforcement.



Minimum Flexural Reinforcement in nonprestressed beams
(S.I. Units)

Minimum Flexural Reinforcement in nonprestressed beams
(U.S. Units)

Maximum Flexural Reinforcement Ratio
• An upper limit to the tension reinforcement ratio in flexural reinforced
concrete members must be provided to avoid compression failure of
concrete before the tension failure of steel;
• This must be done to ensure sufficient rotation capacity at ultimate limit

state;
• Upper limits are also required to avoid congestion of reinforcement, which

may cause insufficient compaction or poor bond between reinforcement
and concrete.

Maximum Flexural Reinforcement Ratio
• For concrete members under bending without axial forces, a maximum
flexural reinforcement ratio must be defined in order to guarantee net
tensile strain in extreme tensile steel ≥ 0.005.
0,85  1  f c'  0, 003 

0,005   
fy  0, 003  0, 005 
0,3188  1  f c'
0,005 
fy

Determinação da Condição Balanceada
• Compatibilidade de Deformações
cb  cu  cu
 
d  cu   y  cu  f y Es
  cu 
cb   d
   f E 
 cu y s 
• Equilíbrio de Forças
Cc (bal)  T(bal)
0,85  f c'  b  1  cb  As (bal)  f y
  0,85  f c'  b  1  cb 
1
As (bal) 
fy

Determinação da Condição Balanceada
• Taxa de Armadura Balanceada
sabendo-se que:
A A
1.   s  s  As    b  d
Ac b  d
  cu 
2. cb   d
   f E 
 cu y s 
1
 
3. As (bal)   0,85  f c'  b  1  cb
fy
Tem-se que:
  cu  0,85  1  f c'   cu 
b  b  d    0,85  f c  b  1   
1
d  b  
   f E     f E 
'
fy  cu y s  fy  cu y s 

Exercício 5:
1. Verificar taxa de armadura
2. Determinar a altura do bloco de compressão do concreto
3. Calcular a posição da linha neutra
4. Verificar se a armadura escoa e o fator de redução ∅
5. Calcular o momento resistente de projeto

Exercício 5: Determine the ACI design flexural strength for the beam if
the steel yield stress is 60,000 psi and the concrete strength is 4,000 psi

Desclocamentos (Deflections ou Displacements)
• Os deslocamentos (short-term and long-term deflections) devem ser
calculados para evitar, dentre outros problemas, danos em componentes
da edificação;
• ACI apresenta valores mínimos de esbeltes ( l / h ) caso seja desejado

dispensar o cálculo dos deslocamentos.


Concrete Cover in nonprestressed members

Espaçamento Mínimo das Armaduras
• ACI 318 prescribes minimum clear distances between bars in order to
provide adequate consolidation conditions for concrete;
• ACI defines that the minimum clear distance for rebars is the larger of: a)
the bar diameter; or b) 1 in. (25,4 mm);
• If layers of bars are used, bars in the upper layer are required to be placed
directly over those in the lower layer.

Tamanho do Agregado (Aggregate Size)
• Aggregate size is limited to:
 1/5 of the narrowest dimension between side forms;
 1/3 of the slab depth;
 ¾ of the minimum clear spacing of bars.


Largura Mínima para Vigas (Minimum Beam Width, bmin)

Armadura de Pele (Skin Reinforcement)
• Beams with deep web depths tend to develop excessively wide cracks in
the upper part of the tension zone;
• Adding additional longitudinal reinforcement in the tension zone reduces

these cracks;
• ACI 318 Section 9.7.2.3 states that for nonprestressed beams with h
exceeding 36 in. (900 mm), longitudinal skin reinforcement shall be
uniformly distributed on both side faces of the beam for a distance h/2
from the tension face.

Armadura de Pele (Skin Reinforcement)
• The size of the skin reinforcement
is not specified in ACI and
research has indicated that the
spacing rather than bar size is of
primary importance;
• Bar sizes No. 3 to No. 5, or

welded wire reinforcement with a
minimum area of 0.1 in.2 per foot
of depth, are typically provided.
Análise de Seções com Flanges

Comportamento (Behaviour)
• Reinforced concrete floor systems formed by slabs and beams placed
monolithically favour that the two parts act together to resist loads;
• In effect, the beams have extra widths at their tops, called flanges, and
the resulting T-shaped or L-shaped beams are stiffer and stronger.

Comportamento (Behaviour)




Largura Efetiva da Mesa (Effective Flange Width)
• Em flanges compactos as tensões de compressão são ≈ uniformes;
• Em flanges largos e finos as tensões de compressão são variáveis;
• O ACI busca definir uma largura efetiva do flange na qual a distribuição

das tensões de compressão possa ser considerada uniforme.



Seções com Flange sob Momento Positivo
• A linha neutra pode ou não estar dentro da espessura do flange;
• Se a linha neutra cair dentro do flange (Caso 1), o procedimento de

dimensionamento é idêntico ao utilizado para seções retangulares;
• Se a linha neutra cair fora do flange (Caso 2), a zona de compressão não
consiste de um retângulo simples;
• Nestes casos, o procedimento tradicional usando o diagrama

simplificado (bloco de Whitney) precisa ser adaptado.

Seções com Flange sob Momento Positivo: Caso 1
1. Assumir que:
 a  1  c  h f
 s   y
2. Impor o Equilíbrio de Forças:
Cc  T
0,85  f c'  be  a  As  f y
As  f y
a
0,85  f c'  be
3. Confirmar que:
4. Calcular o Momento Resistente:
 a  hf
 a
 s   y M n  As  f y   d  
 2



1. No caso de:
 a  hf  N.A. na alma!
 A hipótese de que  s   y é mantida;
 Deve-se dividir a seção em 2.
2. Resultante de Compressão:
 Part 1: Ccf  0,85  f c'   be  bw   h f
 Part 2: Ccw  0,85  f c'  bw  a
3. Altura do Bloco de Compressão:
T  As  f y  Ccf  Ccw
T  Ccf
a
0,85  f c'  bw

4. Momento Resistente:
 Deve-se confirmar a hipótese de que  s   y ;
 Caso ela seja verdadeira, é conveniente

calcular M n como:
 hf   a
M n  Ccf   d    C 
cw  d  
 2   2
Exercício 6: Determine the design strength, ϕMn, of the T-beam. Use a

concrete strength of 4,000 psi and Grade 60 reinforcement. The beam has a
span of 30 ft and is cast integrally with a 4-in-thick floor slab. The clear
distance between webs is 50 in.
Exercício 7: Determine the design strength of the T-beam. Use a

concrete strength of 4,000 psi and Grade 60 reinforcement.
Vigas com Armadura de Compressão

Resistência e Comportamento
• Restrições arquitetônicas ou situações atípicas de vãos e carregamento
podem requerer o uso de armadura de compressão (Mn e δ).



Efeito do Uso de Armaduras de Compressão
1. Redução da Flecha Diferida
• A fluência do concreto na zona comprimida é menor, uma vez que parte
das deformações de compressão são absorvidas pelas armaduras;
• O menor nível de deformação por fluência no concreto faz com as
flechas ao longo do tempo sejam menores.

Efeito do Uso de Armaduras de Compressão
2. Maior Ductilidade
• O uso de armaduras de compressão reduz o bloco de compressão;
• Isso faz com que na ruptura, as deformações no aço sejam maiores;
• O Momento de Escoamento é pouco afetado pelo uso de armaduras de
compressão, mas a resistência final e a ductilidade aumentam.

1. Assumir que as Armaduras Comprimidas Escoam:

 s'  cu  c  d' 
   
'
  cu f s'  Es   s'  f y
c  d'
s
c  c 

2. Impor Equilíbrio de Forças Horizontais e Determinar Posição do N.A.:
T  C s  Cc
As  f y  0,85  f c'  b  1  c  As'  f y
c
 A  A  f
s
'
s y
0,85  f c'  b  1

3. Confirmar o Escoamento das Armaduras Comprimidas:
c  d'
 
'
s   cu
c
fy
Se  s'   y  a armadura escoa
Es
4. Caso Positivo, determinar  s e  :
d c
s    cu
c
Para o valor de  ver Tabela 21.2.2


5. Cálculo do Momento Resistente:
• Na análise, o usual é dividir a seção em 2 partes:
Seção Real Seção 1 Seção 2
As’ As’
As As1 As2

5. Cálculo do Momento Resistente:
Cálculo da Seção 1 Cálculo da Seção 2
Como As' Escoa,

As1  f y
a
a Para que T  C
0,85  f  b'
As 2  As'
c
 a
M n1  As1  f y  d   M n 2  As'  f ' s   d  d ' 
 2
  a 
 M n     M n1  M n 2    M n     As1  f y   d    As 2  f y   d  d '  
  2  

• Equação de Equilíbrio caso As’ não escoe.
 c  d' 
Resolver a Equação do 2º Grau As  f y  0,85  f  b  1  c  A 
c
' '
s    cu  Es
 c 
Exercício 8: Determine the flexural design strength of the beam. Use

a concrete strength of 3,000 psi and Grade 60 reinforcement.
Área de Aço
Φ da Barra (mm)
Quantidade
de Barras 5,0 6,0 6,3 8,0 10,0 12,5 16,0 20,0 25,0 32,0
1 19,6 28,3 31,2 50,3 78,5 122,7 201,1 314,2 490,9 804,2
2 39,3 56,5 62,3 100,5 157,1 245,4 402,1 628,3 981,7 1608,5
3 58,9 84,8 93,5 150,8 235,6 368,2 603,2 942,5 1472,6 2412,7
4 78,5 113,1 124,7 201,1 314,2 490,9 804,2 1256,6 1963,5 3217,0
5 98,2 141,4 155,9 251,3 392,7 613,6 1005,3 1570,8 2454,4 4021,2
6 117,8 169,6 187,0 301,6 471,2 736,3 1206,4 1885,0 2945,2 4825,5
7 137,4 197,9 218,2 351,9 549,8 859,0 1407,4 2199,1 3436,1 5629,7
8 157,1 226,2 249,4 402,1 628,3 981,7 1608,5 2513,3 3927,0 6434,0
9 176,7 254,5 280,6 452,4 706,9 1104,5 1809,6 2827,4 4417,9 7238,2
10 196,3 282,7 311,7 502,7 785,4 1227,2 2010,6 3141,6 4908,7 8042,5

Teorias de flexão de vigas

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Teorias de flexão de vigas

• Jakob Bernoulli fez descobertas significativas, mas os primeiros a unir essas

• Ela cobre os casos de pequenos deslocamentos em vigas onde as deformações

Viga esbelta Pequenos Deslocamentos Grandes Deslocamentos

Teorias de flexão de vigas

• Compatibilidade de Bernoulli: seções planas permanecem planas após a flexão;

• As leis constitutivas podem ser lineares ou não-lineares.

No caso da teoria de flexão linear:

• A resistência à tração do concreto pode ser desprezada.

Flexão em vigas - Histórico

• Em 1910 o Instituto Americano do Concreto (ACI) publica a primeira norma para

Flexão em vigas - Histórico

• A resposta à flexão pode ser dividida em 3 estágios:

2. Concreto Fissurado: Tensões Lineares (E.L.S.);

3. Concreto Fissurado: Estado Limite Último (E.L.U.) de Resistência

• Tensões de tração no concreto são inferiores à fct;

• Toda a seção transversal da viga resiste à flexão.

• Fissuras verticais surgem na zona tracionada e elas avançam ao longo da seção

• Admite-se que o concreto fissurado não é capaz de resistir à tração;

• O aço precisa garantir o equilíbrio da seção, resistindo às tensões de tração;

• Este estágio de comportamento permanece até σc ≤ 0,5 fc′ e fs < fys;

• As tensões variam linearmente em relação às deformações.

• As armaduras de aço escoam.

• θ é o ângulo de curvatura da seção da viga;

• ε é a deformação à uma distância y da linha neutra (N.A.)

• Para o aço, assume-se uma resposta

Momento – Curvatura (Response 2000)

250.0 300 315

fc ' = 35.0 MPa

15 10 5 0 -5 10 0 -10 -20 -30 -40

All dimensions in millimetres

Momento – Curvatura (Response 2000)

250.0 300 315

fc ' = 35.0 MPa

15 10 5 0 -5 10 0 -10 -20 -30 -40

All dimensions in millimetres

Momento – Curvatura (Response 2000)

250.0 300 315

fc ' = 35.0 MPa

15 10 5 0 -5 10 0 -10 -20 -30 -40

All dimensions in millimetres

Momento – Curvatura (Response 2000)

250.0 300 315

fc ' = 35.0 MPa

15 10 5 0 -5 10 0 -10 -20 -30 -40

All dimensions in millimetres

Momento – Curvatura (Response 2000)

250.0 300 315

fc ' = 35.0 MPa

15 10 5 0 -5 10 0 -10 -20 -30 -40

All dimensions in millimetres

Momento – Curvatura (Response 2000)

250.0 300 315

fc ' = 35.0 MPa

15 10 5 0 -5 10 0 -10 -20 -30 -40

All dimensions in millimetres

Momento – Curvatura (Response 2000)

250.0 300 315

fc ' = 35.0 MPa

All dimensions in millimetres

Flexão em Vigas de Concreto Armado