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O PLANEJAMENTO URBANO DA CIDADE DE RIO BRANCO E SUAS

ESTRUTURAS DE FUNCIONAMENTO
Jesse Fernandes Castro Santos1
Elyson Ferreira de Souza2

Resumo

O presente artigo avalia as deficiências do modelo e planejamento, forma de estrutura e


determinados instrumentos para concentrar quais os ideários propostos para sanar como é
formada as áreas urbanas do município de Rio Branco-AC. A discussão é baseada em livros
estruturados com estudos anteriores de sucesso ou não sobre políticas adotadas. O modelo
demonstra forte dinâmica nos subsistemas político, administrativo, sociocultural, econômico e
ambiental. Que se aproxima do ideal proposto para essa pesquisa.
Palavra-chave: Forma de Estrutura; Áreas Urbanas; Planejamento Ambiental.

Abstract

The present article tries to evaluate the deficiencies of the model and planning, form of
structure and certain instruments to concentrate which the ideas proposed to remedy how the
urban areas of the municipaliti of Rio Branco formed, being the largest city of the State from
Acre. The discussion is based on structured books with previous successful or unsuccessful
studies on adopted policies. The model demonstrates strong dynamics in the political,
administrative, sociocultural, economic and environmental subsystems. Which approaches the
ideal proposed for this research.
Key words: Structure Shape; Urban Areas; Planning; Environmental

1. Introdução

O objeto de observação neste artigo representa uma escolha não convencional em


termos de estudos de caso de projetos urbanos, pelo menos no meio acadêmico. A cidade de
Rio Branco, primeiramente forma uma condição geograficamente limitada e isso já pode ser
um ponto negativo se tratando de condições para o projeto de uma grande metrópole ou uma
cidade tal qual Porto Velho, capital do Estado vizinho Rondônia, onde foi urbanizada e
projetada bem antes que Rio Branco e apesar de seu isolamento geográfico e econômico em
território brasileiro, tem sofrido intervenções urbanas que merecem ser interpretadas à luz das
controvérsias atuais sobre urbanização e capitalismo se colocarmos o fator turismo.

Nesse contexto, a pós-modernidade e todas as questões da organização social e


econômica contemporânea, embora condicionadas por elementos universais, estão presentes
em diferentes territórios de formas distintas. Precisamente por esta razão que as questões do
turismo e do consumo – enquanto expressão do contemporâneo – merecem ser mais
aprofundadas à luz das formas urbanas e das sociedades atuais. Como parte do atual estágio
1
Jesse Fernandes Castro Santos, graduando do curso de Ciências Econômicas na instituição Universidade
Federal do Acre
2
Instituição de ensino filiado
2

de urbanização, e participa, em graus diversos, das políticas urbanas públicas e da agregação


de interesses no meio urbano.

Como aponta Barreto Silva (2006, p. 9), “na qual o componente residencial não pode
ser dissociado das transformações das paisagens do emprego, do lazer e do consumo”.
Hammet (2007, p. 333) o papel do turismo ao analisar a realidade brasileira em comparação
com a europeia ou norte-americana, onde a estrutura é formada a partir, mas com as nuances
locais que também podem estar dentro da estrutura social - a própria economia brasileira.

Assim, para atentar sobre essas especificidades nacionais, optou-se por apresentar o
caso do Rio de Janeiro justamente porque os estudos sobre questões do patrimônio urbano,
cultural e mesmo da pós-modernidade convencionalmente privilegiavam apenas nas grandes
metrópoles. Algo que foi bem utilizado na cidade de Manaus, enquanto o Estado do Acre
ainda dava seus primeiros passos.

2. COMO O PLANEJAMENTO DE RIO BRANCO É FORMADO NOS DIAS ATUAIS

Num primeiro momento do desenvolvimento do turismo observado desde o primeiro


governo Vargas, certos aspectos tecnológicos industriais, transporte e comunicação - e
sociais - obra de expansão da sociedade urbana, novos hábitos de consumo estimulou a
formação de turistas nos destinos do sudeste, a difusão dos “estâncias termais” 3 que, nos
cassinos, diminuíram após a proibição do jogo no país, em 1946.

Observa-se uma “segunda onda” a partir da década de 1960, quando o tema passa a ser
tratado por políticas específicas, às quais se somam políticas de “integração nacional” por
governos militares. Nesse período, o turismo se consolidou como atividade produtiva e
iniciou um marcante processo territorial.

Ao olhar o panorama da cidade de Rio Branco, a intervenção mais marcante na área é


conhecida como Parque da Maternidade, um córrego de 5 km que passa por poluição dentro
dos bairros da Capoeira, Ipase, Bosque, Abraão Alab e suas margens com ocupação irregular.
O projeto original foi concluído em 2002 para limpar o rio e transformar suas margens em um
parque linear com equipamentos educacionais e de lazer. Posteriormente, este espaço foi
incorporado ao desenho da rede cicloviária através da construção de um conjunto de pequenas
pontes e passeios pedonais, permitindo a criação de ciclovias e passarela de pedestres com
malha integrada.

Depois existiu uma grande dificuldade em implementar novos projetos, mesmo os já


existentes, uma das hipóteses do motivo é o fator enfrentado quando existem grandes
problemas de manutenção. A raiz desses problemas surge quando observamos sobre a
adversidade do financiamento de projetos. Embora exista planejamentos e seja construído em

3
Estância termal, ou termas, também conhecidas como estância hidromineral ou cidade-spa, é a designação
dada a um complexo turístico de características particulares, cujo objectivo é facultar as condições necessárias
ao desenvolvimento de terapias com águas minerais, da própria região, através de banhos de imersão
3

uma das “Diretrizes para o desenvolvimento de modelos alternativos de financiamento para a


implementação de projetos mobilidade urbana”, a fonte de financiamento utilizada pelos
municípios é de ordem federal como Programas de Aceleração do Crescimento Contínuo
(PAC's). Rio Branco se beneficia de transferências diretas para projetos de infraestrutura
urbana, porém, ao não buscar fornecimento de substitutos, existe uma interrupção da
capacidade do governo de gerenciar a infraestrutura quando o programa é interrompido.

3. QUAIS MEDIDAS PODEM AJUDAR EM NOVOS PLANEJAMENTOS

A elaboração do Plano Diretor de Transportes de Rio Branco (2009) pôde ser considerado
uma grande conquista, principalmente quando se observa que nove anos depois, em 2018,
segundo a Secretaria Nacional de Transportes e Transportes Urbanos, em apenas 193 cidades
os brasileiros têm algumas políticas de transporte urbano como demonstrado pela SNTMU 4.
Ou seja, a iniciativa do acordo visa projetos em programas desenvolvidos pelos governos
municipal e estadual de transporte que incorpora o conceito de mobilidade proposto na última
política nacional da mobilidade urbana sustentável que é até então uma atitude inovadora no
cenário nacional.

As intenções apresentadas no plano rio-branquense procuram envolver o maior número de


pessoas possível em diretrizes da PNMUS5, efetivamente desenvolvendo propostas voltadas
para o transporte como ferramenta para facilitar as redes de transporte urbano.

O estudo de caso mostra que as ações de desenvolvimento do turismo seria uma


alternativa viável para poder trazer uma melhoria em setores da cidade onde atrai mais
consumo e aumento de receita consecutivamente, links para práticas de gestão urbana, não
limitadas a grandes aglomerações como em áreas urbanas - casos típicos como Buenos Aires
ou grandes capitais são exceções e as atrações turísticas do Brasil, ficam na realidade da
América Latina. Além disso, turismo e lazer é um tema que vem se consolidando no rol de
medidas dos gestores locais, por mais óbvia que seja grandes cidades ou uma região mais bem
estruturada sair em vantagem pela sua consolidação com o tempo podemos usar o exemplo de
Hong Kong.

Hong Kong é um dos exemplos mais inspiradores e decisivos de uma sociedade que em
grande parte conseguiu emergir do subdesenvolvimento e enriquecer recorrendo à liberdade
econômica. Hong Kong tem a sorte de ter essa liberdade. Sua população provou que a
liberdade funciona. Cabe destacar que estamos falando de uma cidade-estado dentro de um
país.
4
Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana (SNTMU) é o conjunto de órgãos e entidades da
União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios que tem por finalidade o exercício das atividades de
planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação,
habilitação e reciclagem de condutores; educação, engenharia e operação do sistema viário, policiamento,
fiscalização e julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidades.

5
Os princípios e diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana Sustentável (PNMUS) foram aprovados
na reunião do Conselho das Cidades realizada em setembro de 2004, e encontram-se divulgados no sítio do
Ministério das Cidades (www.cidades.gov.br).
4

Foi o último governador consorte inglês de Hong Kong, Christopher Patten, que
escreveu em seu livro, East and West, onde ele afirmava que os exilados do comunismo que
fugiram para Hong Kong conseguiam chegar à inédita cidade livre da China; e, como ele
descreveu "a única sociedade chinesa que, por um breve período de 100 anos, viveu um ideal
jamais vivenciado em nenhum outro momento da história da sociedade chinesa — um ideal
em que nenhum homem tinha de viver com medo de uma batida à porta da sua casa à meia-
noite".

Hong Kong teve um Estado limitado e aferrador, que era limitado a perpetuar a lei e
ordem vigente, e a conceber o fiel funcionamento de sua economia de mercado. Poderíamos
classificar como um governo que abrilhantava completamente a ideia confuciana: "Deixe as
pessoas locais serem felizes e atraia migrantes longínquos.” Mais interessante ainda foi que o
fator em que, enquanto o Inglaterra estava criando um estado fortemente interventor na
economia e com bastante assistencialismo, a colônia montava uma política econômica
consideravelmente de livre mercado.

Com interesses e benefícios a origem do mercado de turismo de distribuição. Embora o


sucesso de um destino turístico dependa mais do que estes projetos urbanos, reconstruindo a
construção da imagem urbana, através de reparos pontuais na cidade, diretamente apoiados
por vistas atraentes para visitantes. Mesmo no Acre em que os pontos turísticos necessitam de
reparos ou não são tão atraentes se concentrando principalmente no Centro da cidade, como
por exemplo a Praça da Revolução e Mercado Velho em frente as margens do Rio Acre, onde
foi o primeiro mercado público de Rio Branco construído em alvenaria.
Por Fim, as principais críticas ao caso de Rio Branco dizem respeito a questões de
planejamento, gestão e manutenção. Contrariando as diretrizes presentes na PNMUS, a
administração contou única e exclusivamente com recursos federais para a execução dos
projetos, sem buscar outras fontes de financiamento. Isso gerou uma ampla gama de
problemas quando a fonte de receita foi cortada, incluindo a rápida deterioração da
infraestrutura existente.

4. Considerações Finais
O fator negativo observado durante a realização deste trabalho inclui aspectos técnicos,
sem cruzamento entre programas de trabalho da prefeitura e aspectos técnicos, exemplos
produzidos de projetos não entregues, desrespeito às regras de mobilidade, como a
acessibilidade universal das cidades. Portanto, apesar dos problemas de financiamento e
manutenção, a cidade de Rio Branco buscou proativamente, proposta e implementação de
redes de transportes e intervenções no tecido urbano, visando incentivar o movimento
populacional dentro da região que pode ser visto como um exemplo panorâmico
nacionalmente, especialmente para cidades de mesmo tamanho territorial e tamanho
populacional semelhantes.

Referências Bibliográficas
5

BARRETO SILVA, H. M. Apresentação. In: BIDOU-ZACHARIASEN, C. (Org.) De


volta à cidade: dos processos de gentrificação às políticas de “revitalização” dos
centros urbanos. São Paulo: Annablume, 2006.
HAMMET, C. Gentrification, posindustrialism, and industrial and occupational
restructuring in global cities. In: BRIDGE, G.; WATSON, S. A companion to the city
(org). Oxford, Blackwell Publishing, 2007.
PROGRAMA CIDADES SUSTENTÁVEIS. Artigo “Rio Branco é o exemplo brasileiro
de priorização da bicicleta como meio de transporte”. Disponível em:
https://bit.ly/2GcqwVf - Acessado em Novembro 2022.
Como Hong Kong foi da pobreza a prosperidade – Disponível em:
https://finance365.com.br/2019/11/04/como-hong-kong-foi-da-pobreza-a-
prosperidade/ - Acessado em Novembro 2022
RIO BRANCO (Município). Prefeitura do Município de Rio Branco. Plano Diretor de
Transporte e Trânsito de Rio Branco (PDTT). 2009

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