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DOI: 10.5935/0101-2800.20140023
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Padronização da avaliação da função renal de ratos
duas foi determinado pelo coeficiente de correlação grupos G24, G12 e JE12. E, para as avaliações no
de Pearson e o grau de concordância avaliado pelo soro, foram utilizadas 24 amostras sendo estas dos
teste de Bland-Altman. Todos os cálculos estatísti- grupos G24, G12, JE12 e D24. Todas as amostras
cos foram feitos no programa SPSS 13.1® (SPSS Inc. foram analisadas sem o processo de desproteinização
Chicago, IL, EUA) e a significância estatística foi es- (amostras usuais) e com o processo de desproteini-
tabelecida para p < 0,05. zação (amostras desproteinizadas). Não houve di-
ferença estatística entre os valores de creatinina na
Resultados urina e depuração da creatinina utilizando amostras
No experimento Coleta de urina, o volume urinário com e sem desproteinização (Tabela 3). Houve forte
e a média da depuração da creatinina do grupo G12 correlação entre os valores de creatinina na urina,
foram inferiores quando comparados aos do grupo (r = 0,957, p < 0, 001) (Figura 1A). Pelo gráfico de
G24. Todos os outros parâmetros não apresentaram Bland-Altman, também não se observou evidência de
diferenças entre os dois grupos (Tabela 1). viés na comparação entre creatinina na urina usual e
O experimento Jejum comparou os resultados a creatinina na urina desproteinizada, uma vez que
do grupo G12 com os do grupo JE12; este os dados individuais se distribuíram aleatoriamente
permaneceu em jejum durante as 12 horas de coleta abaixo e acima da linha média central (Figura 1B).
de urina nas gaiolas metabólicas. Com relação ao As médias das dosagens de creatinina no soro
consumo, observou-se a diminuição da ingestão de não foram diferentes entre as amostras usuais e as
água dos animais submetidos ao jejum. Já a média amostras desproteinizadas, que apresentaram gran-
do volume de urina foi maior para esses animais de variabilidade (Tabela 3). Os valores de creatinina
(Tabela 2). foram concordantes entre si (r = 0,501, p = 0,013)
As médias das dosagens de creatinina no soro e ureia (Figura 1C), porém, pela análise de Bland-Altman,
de G12 e JE12 não foram diferentes do ponto de vista observou-se evidência de viés na comparação entre
estatístico. Porém, os valores de creatinina na urina dos creatinina no soro usual e a creatinina no soro des-
animais do grupo G12 apresentaram-se mais altos, en- proteinizado (Figura 1D).
quanto os valores de depuração da creatinina foram mais Devido à discrepância das dosagens de creatinina
baixos quando comparados aos valores apresentados pe- sérica nas amostras desproteinizadas, foram realiza-
los animais do grupo JE12. Isso se deve à interferência da das novas dosagens em um grupo com IRA, que sa-
creatinina sérica que foi menor no grupo JE12, mesmo bidamente apresentariam creatinina elevada no soro.
não apresentando diferença estatística. A diferença entre Esse experimento foi chamado de Métodos de análise,
os valores de PT 24 horas foi significativa, entretanto, não em que foram realizadas duas análises: uma em anali-
houve diferença entre a rP/C dos dois grupos (Tabela 2). sador automático pelo método espectrofotométrico e
No experimento Desproteinização, foram utiliza- outra em leitora de ELISA. Houve perda de dois ani-
das 18 amostras de urina coletadas dos animais dos mais do grupo IR24. Não houve diferença estatística
Tabela 1 Parâmetros avaliados nos grupos G24 e G12, no experimento coleta de urina (comparação dos
tempos de coleta 24 horas ou 12 horas)
Tabela 2 Parâmetros avaliados nos grupos G12 e JE12, no experimento jejum que compara necessidade de
jejum de 12 horas
G12 JE12
Sem jejum Jejum de 12 horas p
N=6 N=6
Peso (g) 237,0 ± 24,4 245,9 ± 17,5 0,48
Ingestão hídrica (ml) 19,5 ± 10,2 5,8 ± 2,6 0,01
Volume de urina (ml) 4,7 ± 1,4 7,9 ± 2,6 0,02
Creatinina na urina (mg/dL) 97,38 ± 19,61 67,28 ± 23,79 0,04
Creatinina no soro (mg/dL) 0,62 ± 0,02 0,53 ± 0,09 0,07
Depuração da creatinina (ml/min) 0,98 ± 0,17 1,29 ± 0,22 0,02
Proteinúria de 24 horas (mg/dL) 10,4 ± 4,6 15,2 ± 2,0 0,05
Relação proteína/creatinina 1,2 ± 0,4 1,6 ± 0,1 0,07
Ureia (mg/dL) 37,0 ± 5,9 30,9 ± 3,4 0,05
Tabela 3 Dosagens de creatinina na urina e sua depuração em amostras com e sem desproteinização.
Dosagens de creatinina no soro e sua depuração em amostras com e sem desproteinização
Amostras Amostras
p
usuais desproteinizadas
Creatinina na urina (mg/dL) (N = 18) 84,38 ± 22,02 79,82 ± 23,26 0,55
Depuração da creatinina (ml/min) (N = 18) 1,20 ± 0,17 1,13 ± 0,21 0,37
Creatinina no soro (mg/dL) (N = 24) 0,54 ± 0,08 0,79 ± 0,63 0,07
Depuração da creatinina (ml/min) (N = 24) 1,20 ± 0,17 1,24 ± 1,22 0,87
Figura 1. Análise do experimento Desproteinização. A: Correlação entre a creatinina na urina usual e a creatinina na urina desproteinizada. Reta e
intervalo de confiança de 95% da regressão, N = 18; B: Gráfico de Bland-Altman para determinação do grau de concordância entre a creatinina na
urina usual e a creatinina na urina desproteinizada, N = 18; C: Correlação entre a creatinina no soro usual e a creatinina no soro desproteinizado.
Reta e intervalo de confiança de 95% da regressão, N = 24; D: Gráfico de Bland-Altman para determinação do grau de concordância entre a
creatinina no soro usual e a creatinina no soro desproteinizado, N = 24.
Tabela 4 Dosagens de creatinina no soro do grupo IR24, em amostras usuais e desproteinizadas, analisadas
ELISA
por analisador automático pelo método espectrofotométrico e pela leitora de
Creatinina nas amostras usuais Creatinina nas amostras
(mg/dL) desproteinizadas (mg/dL) p
N=4 N=4
Espectrofotometria 2,03 ± 0,42 2,29 ± 0,36 0,38
ELISA 1,83 ± 0,34 2,42 ± 0,37 0,06
p 0,49 0,63
o volume de urina reduziu-se à metade devido à redu- sido excretado durante o dia. Em um estudo utilizan-
ção da permanência dos animais nas gaiolas metabó- do ratos Wistar machos, resultados similares foram
licas e à diminuição da ingestão hídrica com relação encontrados para o grupo controle, sendo relatada
ao grupo G24. Mesmo tendo hábitos noturnos, cerca parte da diurese durante o dia (4,6 ± 0,5 ml).25 O con-
de 57% do volume de urina desses roedores pode ter sumo de ração e ingestão hídrica médios para ratos
Figura 2. Análise do experimento Métodos de análise - Estimativa da proteinúria de 24 horas. A: Correlação entre a proteinúria de 24 horas e a
relação proteína/creatinina. Reta e intervalo de confiança de 95% da regressão, N = 59; B: Gráfico de Bland-Altman para determinação do grau de
concordância entre a proteinúria de 24 horas e a relação proteína/creatinina, N = 59.
são, respectivamente, de 5 g e 10 ml para cada 100 g que tais variações podem ser decorrentes de fatores
de peso do animal, existindo ainda forte correlação ambientais, estresse, fatores genéticos ou até mesmo
quanto mais alimento é consumido mais água é inge- de variáveis metodológicas.17,21
rida.24 O consumo de ração dos grupos observados A PT 24 horas dos dois grupos (G24 e G12)
por 24 horas e 12 horas foi semelhante ao relatado são semelhantes aos encontrados na literatura.26,27
previamente, mantendo inclusive o padrão de maior Além disso, como não houve diferença entre a rP/C
ingesta durante a noite.22,24,25 de um grupo para outro, sugere-se que os valores
A depuração da creatinina é realizada utilizando encontrados na urina de 12 horas podem ser usados
o fluxo urinário e os valores das dosagens de na avaliação da proteinúria.
creatinina na urina e no soro.9 A concentração da Mediante a redução da ingestão de sais,
creatinina em amostra de urina coletada em um proteínas e carboidratos contidos na ração, ocorrem
período de 12 horas foi semelhante aos valores modificações nos mecanismos fisiológicos que
encontrados no grupo de 24 horas. Resultados regulam a homeostase hídrica, o que leva os animais
de colônias brasileiras relatam valores em urina a ingerirem menor volume de líquidos.28 Os animais
coletada por 24 horas variando em torno de do grupo JE12 não foram alimentados durante um
67,2 mg/dL em animais jovens a 75 mg/dL em período prolongado de 12 horas, o que resultou na
ratos adultos, semelhantes aos encontrados neste diminuição de aproximadamente 70% da ingestão
estudo.11,17 Mesmo com a concentração da creatinina de líquidos com relação ao grupo G12. Apesar disso,
urinária semelhante, os animais do grupo G24 houve aumento significativo do volume de diurese dos
apresentaram depuração da creatinina superior aos animais submetidos ao jejum, sem caracterizar, porém,
do G12, consequência do menor volume urinário anormalidade, uma vez que a diurese (7,9 ± 2,6 ml) e
obtido, mesmo após a correção, com duplicação, a ingestão hídrica (5,8 ± 2,6 ml) são semelhantes aos
pelo tempo de coleta, e da menor creatinina sérica. descritos.11,14,15,21-23
Porém, a diferença encontrada entre os valores O número de horas de jejum é definido de acor-
de creatinina no soro dos grupos G24 e G12 não do com o exame a ser realizado e essa necessidade
representa diferença do ponto de vista biológico, decorre do fato de que a alimentação pode alterar a
uma vez que os valores médios encontrados estão composição sanguínea momentaneamente induzin-
próximos aos valores descritos como normais. do um possível erro na leitura das amostras.29 Dois
Estudos prévios encontraram valores de 0,83 ± exames muito empregados no monitoramento da
0,07 ml/min e de 0,74 ± 0,01 ml/min, na depuração função renal são as dosagens de creatinina e ureia no
da creatinina em ratos adultos, nos levando a supor soro, que apresentam variações em função de fatores
fisiológicos, como ingesta e catabolismo proteico.30 normalmente estão presentes no sangue ou na urina,
Apesar do jejum não ser claramente recomendado ou são encontradas apenas em estados de doença.36
para a dosagem de creatinina no soro, foram ob- Diversas abordagens têm sido apresentadas na
servados valores maiores no grupo sem jejum, mas tentativa de reduzir as interferências sofridas pelos flui-
mantendo-se dentro da faixa de normalidade. Esta dos corporais.37 Neste estudo foi avaliada a interferên-
diferença não é representativa de detecção de disfun- cia de proteína no experimento Desproteinização. As
ção renal, visto que foram encontrados na literatura amostras de urina usual apresentaram média mais alta
valores semelhantes para animais de grupos controle. de creatinina com relação às amostras de urina despro-
Em experimentos de padronização, o valor de refe- teinizada. Apesar de não haver diferença significativa
rência de creatinina no soro dos animais normais foi entre as médias, foi observada redução de menos de 5
de 0,50 ± 0,07 mg/dL, sendo os ratos machos adultos, mg/dL de creatinina na urina usual para da urina des-
mantidos por 12 a 15 horas de jejum.11,12 Em outros proteinizada, caracterizando a possível existência de
estudos, os animais normais apresentaram média de substâncias proteicas interferentes na urina usualmente
0,60 ± 0,10 mg/dL31 e 0,60 ± 0,02 mg/dL32 de crea- utilizada. Além disso, a correlação e a ausência de viés
tinina sérica, demonstrando que pequenas variações entre urina usual e urina desproteinizada permitiram
intraespécies e entre colônias podem existir. supor que o procedimento de desprotenização elimi-
O jejum também não influenciou os valores nou tais interferentes e possibilitou mensurar dosagens
de ureia. Valores próximos aos encontrados mais fidedignas de creatinina na urina. Entretanto, não
neste estudo foram descritos na literatura, em houve diferença do ponto de vista biológico, mostran-
estudos que submeteram ratos machos, adultos e do que tal interferência se comporta de maneira siste-
saudáveis a 12 horas de jejum. 12,32 Também foram mática para todos os animais.
encontrados na literatura valores mais altos para Em contrapartida, os resultados encontrados nas
animais nessas mesmas condições de saúde, porém amostras de soro foram contrários aos das amostras
não submetidos ao jejum. 31 de urina. Esperávamos que a desproteinização
As dosagens de creatinina sérica não foram signifi- eliminasse as substâncias interferentes, sendo assim,
cativamente alteradas pelo jejum, porém, a creatinina o soro desproteinizado apresentaria valores mais
na urina foi inferior, o que alterou também os cálcu- baixos de creatinina, porém, isso não ocorreu. Não
los de depuração da creatinina. A hipótese é de que houve diferença significativa entre as amostras e a
a ração presente nas gaiolas do grupo G12 possa ter correlação foi positiva, porém, houve aumento das
contaminado os coletores de urina e terem sido lidas médias de creatinina, de amostras usuais em relação
como creatinina. Já havia sido relatado que partícu- às amostras desproteinizadas. Esse aumento não foi
las de alimentos são derramadas enquanto os animais linear para todas as amostras isoladamente, o desvio
permanecem nas gaiolas metabólicas.33 Foi relatado padrão foi diversas vezes mais alto, mostrando que
também o oferecimento da ração em forma de pó na o procedimento de desproteinização se comportou
tentativa de diminuir a contaminação dos coletores de maneira diferente para cada amostra. A diferença
com partículas de alimento.25 A ausência de ração entre soro usual com relação ao soro desproteinizado
durante as 12 horas noturnas para o grupo JE12 pode para algumas amostras era positiva, em outras,
ser a causa da diminuição dos valores de creatinina na era negativa, indicando que o procedimento de
urina. Apesar disso, tais valores não caracterizaram desproteinização não foi eficiente, produzindo
alterações importantes do ponto de vista biológico de resultados não comparáveis. Observou-se evidência
função renal, e foram semelhantes aos valores encon- de viés sistemático e linear na comparação entre
trados na literatura.11,17 O mesmo pode ser dito para creatinina no soro usual e do soro desproteinizado,
os valores de PT 24 horas. revelando a ineficiência da desproteinização das
A dosagem de creatinina é um teste vantajoso, amostras de soro. Em um estudo que também utilizou
porém, os valores de creatinina sérica não aumentam o método de desproteinização, foram encontrados
significativamente até que a função seja consideravel- valores mais baixos de creatinina sérica de ratos
mente comprometida.34,35 Além disso, existem algu- adultos normais (0,36 ± 0,02 mg/dL).17 Quanto aos
mas substâncias que podem ser erroneamente lidas valores médios da depuração da creatinina, não
como creatinina (corpos cromógenos); algumas dessas houve diferença significativa entre amostras usuais
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Errata
O artigo “Padronização da avaliação da função renal de ratos (Rattus norvegicus) Wistar do biotério da Universidade Federal
de Juiz de Fora”, publicado na edição de abril de 2014 do Jornal Brasileiro de Nefrologia [J Bras Nefrol. 2014; 36: 139-49], sofreu
alterações nas Figuras 1 e 2.