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Impact Factor:
1,228 (2023)
INTRODUÇÃO
A ressecçã o transuretral da pró stata (RTUp) continua sendo o tratamento padrã o para
indicaçõ es cirú rgicas de hiperplasia prostá tica benigna (HPB)
Embora altamente bem-sucedido em termos de melhora dos sintomas uriná rios e taxas de fluxo,
uma maior incidência de perda de ejaculaçã o anteró grada (~ 70%) foi relatada com RTU
Vá rias modalidades mais recentes, como a enucleaçã o com laser de hó lmio da
pró stata/Vapoenucleaçã o com laser de tú lio da pró stata (HoLEP/ ThuVEP), tentaram resolver
esse problema, mas sem sucesso
INTRODUÇÃO
A ejaculaçã o retró grada tem sido tradicionalmente atribuída à remoçã o do esfíncter liso do colo
da bexiga
Esta teoria tem sido frequentemente contestada e, mais recentemente, modificaçõ es baseadas na
hipó tese de preservaçã o supramontanal relataram resultados favoráveis de até 92%
No entanto, a técnica combinada de preservaçã o dupla do colo vesical e supramontanal alcança
resultados superiores
Esta nova técnica de preservaçã o dupla foi raramente relatada quando comparada com a técnica
de preservaçã o isolada de cada um
Portanto, nosso objetivo foi comparar prospectivamente a eficá cia e os resultados da RTU com
preservaçã o dupla do colo vesical e supramontanal com a RTU convencional em relaçã o à micçã o
e ejaculaçã o.
MATERIAIS E MÉTODOS
Critérios de Inclusão
Todos os pacientes elegíveis foram admitidos no hospital um dia antes da cirurgia, assinaram o termo de
consentimento e foram avaliados os questioná rios:
Índice Internacional de Pontuaçã o de Funçã o Erétil-Questã o 9 (IIEF-9)
Os pacientes elegíveis foram randomizados em dois grupos em uma proporçã o de 1:1 usando sequência
de envelope selado apó s cistoscopia (para avaliar lobo mediano)
O Grupo 1 foi submetido a RTUp convencional
O Grupo 2 foi submetido a RTUp com preservaçã o de colo vesical e Supramontanal.
MATERIAIS E MÉTODOS
• Ressectoscó pio padrã o (26 Fr)
• Energia monopolar
A aná lise dos dados foi feita por meio do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS ® versã o
22.0, SPSS Inc., Armonk, NY, EUA).
As diferenças nas características dos pacientes, parâ metros perioperató rios e pó s-operató rios
entre os dois grupos foram analisadas por meio do teste t de Student.
O sucesso ou falha na preservaçã o da ejaculaçã o nos dois grupos foi analisado usando uma razã o
de chances e um teste qui-quadrado.
P<0,05 foi considerada estatisticamente significativa
RESULTADOS
Um total de 90 pacientes foram elegíveis e randomizados
45 pacientes cada para o Grupo 1 e Grupo 2, respectivamente.
A média de idade da populaçã o estudada foi de 66,21 ±9,25 anos.
O nível médio de creatinina sérica pré-operató ria foi de 1,13 ±0,38 mg/dL vs 1,11 ±0,36 mg/dL e
o nível médio de PSA sérico foi de 1,46 ±0,78 ng/mL vs 1,27 ±0,67 ng/mL para os Grupos 1 e 2,
respectivamente.
O volume médio da pró stata foi de 43,49 ±4,77 cc no Grupo 1 e 43,67 ±4,54 cc no Grupo 2,
respectivamente.
Os perfis demográ ficos da populaçã o de estudo em ambos os grupos eram comparáveis
IPSS pré tratamento, Qmax, RPM, IIEF-9 e EPS foram comparáveis
RESULTADOS
RESULTADOS
O tempo operatório foi maior no Grupo 1 (46,16 minutos) quando comparado ao Grupo 2
(43,84 minutos), mas sem significância estatística
A duração média da internaçã o e a duraçã o média do tempo de cateterismo pós-operatório
foram semelhantes em ambos os grupos de tratamento
Das complicações pós-operatórias observadas, a ejaculação retrógrada e a contratura do
colo da bexiga foram significativamente maiores no Grupo 1 em comparaçã o com o Grupo 2,
respectivamente.
RESULTADOS
RESULTADOS
Ambos os grupos de tratamento demonstraram melhora significativa no escore IPSS (de uma
média pré-operató ria de 26,12 ±2,88 para 4,69 ±0,87 em 3 meses no Grupo 1 e de 26,60 ±3,45
para 4,36 ±1,74 em 3 meses no Grupo 2)
Qmax (de uma média de 7,03 ±2,71 mL/s para 24,36 ±3,82 mL/s no Grupo 1 e de 6,29 ±2,64
mL/s para 25,28 ±4,33 mL/s no Grupo 2) aos 3 meses de pó s-operató rio
No entanto, uma diferença significativa em IPSS (6,67 ±3,72 no Grupo 1 vs 4,49 ±1,42 no
Grupo 2; p = 0,00) e Qmax (21,64 ±6,42 mL/s no Grupo 1 vs 24,07 ±4,85 mL/s no Grupo 2; p =
0,047) foram registrados em 6 meses entre os dois grupos de tratamento
RESULTADOS
RESULTADOS
O escore IIEF-9 no Grupo 2 permaneceu semelhante ao perfil pré-operató rio (4,18 ±0,75) vs
2,58 ±0,86 no Grupo 1 em 3 meses; p <0,05
A avaliaçã o do EPS mostrou diminuição significativa no Grupo 1 (de um valor médio pré-
operató rio de 3,64 ±0,48 para 2,31 ±0,84 em 3 meses), enquanto permaneceu semelhante à
pontuaçã o pré-operató ria do EPS no Grupo 2 (de um valor médio pré-operató rio de 3,67 ±0,47
para 3,36 ±0,74) aos 3 meses
A diferença no EPS foi significativa entre os dois grupos de tratamento; p = 0,00). O EPS e IIEF
9 permaneceram estáveis em 6 meses no Grupo 2 e sem melhora no Grupo 1.
DISCUSSÃO
Vá rias teorias e técnicas foram desenvolvidas no intuito de preservaçã o da funçã o ejaculató ria
em procedimentos de RTUp
Os autores propuseram essa combinaçã o (técnica de preservaçã o do colo vesical e capuz
ejaculató rio) para pró stata pequena (50 cc) sem hipertrofia do lobo mediano
No presente estudo, a ejaculaçã o anteró grada foi preservada em 88,89% dos pacientes
submetidos à RTUp poupadora do colo vesical e supramontanal
Isso foi significativo quando comparado à queles submetidos à RTU convencional (22,2%)
No EPS o grupo RTUp convencional mostrou uma queda significativa, enquanto os do grupo de
intervençã o permaneceram praticamente inalterados
Um fator importante foi que a funçã o ejaculató ria avaliada pelo IIEF-9 nã o mostrou mudança
significativa pré e pó s-tratamento no grupo intervençã o
DISCUSSÃO
O estudo teve uma pequena coorte e um curto período de acompanhamento de apenas 6 meses
Os resultados a longo prazo do estudo com coortes maiores precisam ser avaliados.
Além disso, volumes de pró stata > 50 cc e aqueles com alargamento do lobo mediano foram
excluídos do estudo
É preciso avaliar os resultados em pacientes com pró statas maiores e a modificaçã o do
procedimento pode ser necessá ria em pacientes com alargamento do lobo mediano
Embora tenhamos avaliado o efeito do procedimento na ejaculaçã o, seu impacto na DE precisa
ser estimado.
CONCLUSÕES