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J Bras Nefrol 2002;24(4):203-7 203

Diretrizes de litíase urinária da Sociedade Brasileira de Nefrologia

N E F R O L O G I A

Coordenação: Profª. Dra. Ita Pfeferman Heilberg


Participantes
Profª. Dra. Ita Pfeferman Heilberg (Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de
Medicina); Prof. Dr. Nestor Schor (Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de
Medicina); Prof. Dr. Daniel Rinaldi dos Santos (Hospital do Servidor Público do Estado de São
Paulo / Faculdade de Medicina da Fundação do ABC); Prof. Dra. Lara Cheidde (Faculdade de
Medicina da Fundação do ABC); Prof. Dra. Irene Noronha (Hospital das Clínicas / Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo)

U R O L O G I A

Coordenação: Prof. Dr. Ricardo Jordão Duarte


Participantes
Prof. Dr. Ricardo Jordão Duarte (Clínica Urológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo); Prof. Dr. Artur Henrique Brito (Clínica Urológica do
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); Prof. Dr. Anuar
Ibrahim Mitre (Clínica Urológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Univer-
sidade de São Paulo); Prof. Dr. Francisco Tibor Dénes (Clínica Urológica do Hospital das Clíni-
cas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); Prof. Dr. Henrique Sarmento
Barata (Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre)

Litíase urinária

2. Fatores de risco 1

1. História • Sexo (masculino mais comum)


• Dor lombar acompanhada de hematúria micro/ma- • Idade (jovem: 3a ou 4a década de vida)
croscópica (com comprovação laboratorial) • Alterações anatômicas do trato urinário (duplicida-
• Eliminação de cálculo e/ou de pielo-calicial, rins policísticos, rim em ferradu-
• Comprovação radiológica ou ultra-sonográfica da ra, rim espôngio-medular, etc.)
presença atual ou pregressa de cálculo e/ou • Fatores epidemiológicos (clima quente, exposi-
• Evidência de procedimentos prévios para retirada ção ao calor ou ar condicionado no trabalho, di-
de cálculo eta com maior consumo de proteína animal e sal,
• [ Evidência nível C***] sedentarismo)

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• Fatores genéticos / familiares tanto diagnósticos quanto de acompanhamento. Os


• Distúrbios metabólicos (hipercalciúria idiopática, exames devem ser realizados preferencialmente fora
hiperexcreção de ácido úrico, hiperoxalúria, cisti- do período de dor aguda.
núria, hipocitratúria, hipomagnesiúria) A investigação metabólica está indicada principal-
• Infecção do trato urinário (principalmente por ger- mente em situações de recorrência elevada, anteceden-
mes produtores de urease) tes de intervenções urológicas para tratamento de lití-
• Doenças endócrinas que interferem sobre o meta- ase, em pacientes calculosos com história familiar
bolismo de cálcio (mais comumente hiperparatireoi- significativa, em crianças, em caso de rim único, em
dismo primário) pacientes com infecção urinária associada (não vigen-
• Alterações do pH urinário (pH alcalino: acidose te), etc. podendo, no entanto, ser realizada em qual-
tubular renal ou infecção por germes produtores quer paciente com finalidade de prevenir recorrência
de urease ; pH ácido: diátese gotosa) [Evidência nível D****]
• Redução do volume urinário
• Imobilização prolongada Exames laboratoriais
• Uso de drogas litogênicas (por indução de altera- • Exame de Urina (sedimento urinário)
ções metabólicas ou precipitação da própria droga • Urocultura quando indicada
ou de seu metabólito) • Dosagens séricas de cálcio (preferencialmente io-
• [ Evidência nível C***] nizado), ácido úrico, fósforo e creatinina
• Dosagens urinárias de cálcio, sódio, ácido úrico,
3. Diagnóstico oxalato, citrato e creatinina em duas amostras de
urina de 24 horas, coletadas em dias não consecu-
Episódio agudo de Cólica nefrética tivos e preferencialmente em dias úteis 2
Os exames necessários para o diagnóstico são: • pH urinário (2a micção matutina) após jejum de 12
• Exame de urina (sedimento urinário) h (medido em pHmetro)
• Avaliação radiológica: Rx-simples de abdome e/ou Ul- • Pesquisa qualitativa de cistina urinária (quantitati-
tra-som, Tomografia helicoidal de abdome e pelve sem va se necessário)
contraste, com cortes finos de 5 mm (a tomografia é • Exames específicos se houverem alterações nos exa-
especialmente útil em suspeita de cálculo ureteral) mes anteriores: PTH sérico, densitometria óssea
• Urocultura deve ser solicitada na dependência de: (especialmente nos casos de hipercalciúria, devido
• Sintomas de ITU (diagnóstico diferencial com pie- à possibilidade de osteopenia associada3), prova
lonefrite ou associação da litíase com ITU) de acidificação com cloreto de amônia (dependen-
• Leucocitúria muito importante do do resultado do pH urinário e gasometria veno-
• Bactérias presentes no exame de urina simples sa), Mg, K e Cloro séricos e ou/urinários (princi-
• Nitrito positivo palmente em suspeita de tubulopatias associadas),
• Características do cálculo (ex: coraliforme, obstru- Hidroxiprolina e/ou N-Telopeptídeo (marcadores
tivo, etc.) de reabsorção óssea), Fosfatase alcalina.
• Evitar solicitação de Urografia Excretora ou outros Obs: os exames realizados em urina de 24h sofrem
exames que utilizem contraste radiológico na fase alterações importantes quando da presença de insufi-
aguda ciência renal associada.
• [ Evidência nível C***]
Exames radiológicos
Eliminação pregressa ou recente de cálculos • Rx simples de abdome e/ou Ultra-som: indicados para
No caso de pacientes com história de eliminação o diagnóstico e também evolução tanto em pacientes
de cálculos ou de procedimentos prévios para retirada em observação clínica de cálculos não obstrutivos
ou fragmentação de cálculo, estão indicados exames quanto para acompanhamento pós-procedimento.
para investigação metabólica e radiológica para fins • Urografia Excretora: pelo menos uma Urografia Ex-

*A - Estudos experimentais e observacionais de melhor consistência; ***C - Relatos ou séries de casos;


**B - Estudos experimentais e observacionais de menor consistência; ****D - Publicações baseadas em consensos ou opiniões de especialistas.

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cretora é necessária para o diagnóstico de eventu- • Estímulo à atividade física


ais alterações anatômicas que predisponham à lití- • [Evidência nível B**]
ase ou que influenciem na indicação do tipo de pro-
cedimento para retirada do cálculo. Contra-indicada Orientação dietética
em pacientes com creatinina superior a 2,0 mg/dl. • Adequação da dieta de acordo com o distúrbio
Evitar solicitação de Urografia Excretora ou outros metabólico
exames que utilizem contraste radiológico durante • Ingestões de cálcio e oxalato devem ser balancea-
o episódio agudo de cólica nefrética. das (evitar restrição importante de cálcio) 7,8
• Tomografia Helicoidal de abdome e pelve sem con- • Adequar ingestões de sal e proteína animal9
traste, realizada com técnica para visualização de • Estimular o consumo de alimento ricos em potás-
litíase (cortes finos de 5 mm) : a tomografia é espe- sio e frutas cítricas 7
cialmente útil em suspeita de cálculo ureteral 4, e • [Evidência nível B**]
também para auxiliar no diagnóstico diferencial
entre calcificações pelvicaliciais (litíase) das paren- Tratamento medicamentoso 10

quimatosas (nefrocalcinose) A utilização de drogas para tratamento dos dis-


• Medicina Nuclear: estes exames são úteis no caso túrbios metabólicos, visando à prevenção da recor-
de litíase reno-ureteral obstrutiva já que quantifi- rência dos cálculos, depende do distúrbio metabóli-
cam o comprometimento de função renal unilateral co evidenciado. Os mais utilizados e as principais
e portanto podem auxiliar na indicação do tipo de indicações são:
intervenção urológica e/ou na monitorização da re- • Tiazídicos: em casos de Hipercalciúria
cuperação de função renal 5. Podem ser realizados • Inibidor da Xantina-Oxidase (Allopurinol): Hi-
em pacientes com função renal global comprometi- peruricosúria
da (com clearance de até 30 mL/min) • Citrato de Potássio: em casos de Hipocitratúria, Hipe-
• Cintilografia ou mapeamento com DMSA (ácido di- ruricosúria, Acidose Tubular Renal, podendo também
mercapto succínico) marcado com Tecnécio (99mTc) ser utilizado em casos de Hipercalciúria. Está contra-
auxilia na avaliação do comprometimento túbulo- indicado em caso de infecção urinária associada.
intersticial e na quantificação da função renal uni- • Drogas específicas: alfamercaptopropionilglicina em
lateral. Como se trata de um marcador tubular, o casos de Cistinúria, vitamina B6 em casos de Hipe-
exame não deve ser realizado em vigência de ITU roxalúria primária, etc.
ou ITU recente, e pode também apresentar-se alte- Obs: devem ser utilizadas as menores dose possí-
rado nos rins previamente submetidos à cirurgia. veis necessárias para o controle das alterações meta-
• Renograma com 99mTc DTPA (ácido dietileno triami- bólicas, com o mínimo de efeitos colaterais.
no pentacético) é utilizado também na quantifica- • [ Evidência nível B**]
ção da função renal unilateral e auxilia na distin-
ção entre obstrução funcional ou orgânica,
dependendo do padrão de curva obtida com o ra- C o m e n t á r i o s
dioisótopo e sua resposta ao furosemide.
• [ Evidência nível B**] Muitos pacientes são seguidos durante anos por
lombalgia sem nenhuma comprovação da presença de
4.Tratamento cálculo. Portanto, deve-se insistir nos dados de histó-
ria e comprovação radiológica ou ultra-sonográfica para
Crise aguda evitar extensas investigações metabólicas em urolitía-
• Hidratação se não confirmada.
• Anti-emético se necessário O tratamento da hipercalciúria sofreu alterações nas
• Anti-espasmódicos, anti-inflamatórios não hormo- últimas décadas. A restrição de cálcio não é mais pre-
nais, morfina e seus derivados conizada atualmente8,9 porque: a) nenhum estudo pros-
pectivo mostrou efeito benéfico sobre a redução da
Medidas gerais recorrência de cálculos; b) leva à hiperoxalúria secun-
• Aumento da ingestão hídrica6 (30 mL/kg peso corpóreo) dária; c) comprometimento ósseo devido ao balanço

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negativo de cálcio; d) ausência de uma clara distinção Também não se indica a LECO na vigência de infec-
entre hipercalciúria renal e absortiva; e) a restrição ção do trato urinário com quadro febril, em pacientes
crônica de cálcio poderia supra-regular o receptor da com obstrução do trato urinário distal ao cálculo ou
vitamina D, levando a estímulo conjunto da absorção com coagulopatias intratáveis.11 ( Evidência nível D****)
intestinal de cálcio e da reabsorção óssea; f) a excre- O uso de cateteres multi-fenestrado de permanên-
ção de cálcio não depende exclusivamente da inges- cia interna (Cateter Duplo J) podem auxiliar na manu-
tão de cálcio mas também da de sódio, proteína, oxa- tenção da permeabilidade da via excretora e permitir
lato e potássio. o uso da LECO em cálculos pouco maiores do que
vinte milímetros de diâmetro.14,15 (Evidência nível D****)
Tratamento intervencionista Quanto ao sucesso do tratamento, com fragmenta-
Os avanços técnicos e tecnológicos tem promovi- ção e eliminação total do cálculo , vários fatores serão
do mudanças significativas no tratamento dos cálculos determinantes como a composição do cálculo, o ta-
urinários. Atualmente, sempre que possível, procura- manho, sua localização e de particularidades anatômi-
se tratar os cálculos do trato urinário de maneira mini- cas do paciente. Vale salientar que o uso de antibióti-
mamente invasiva. Estas propiciam as seguintes van- cos não tem sido indicado rotineiramente em LECO11
tagens: ausência ou cicatrizes muito pequenas, menor (Evidência nível C***).
período de hospitalização, menos dor no pós operató- Em cálculos renais maiores de 20 milímetros de diâ-
rio, menor período de convalescência, retorno mais metro, ou casos de falha da LECO, e aqueles em que a
precoce às atividades profissionais e melhor satisfa- indicação da LECO costuma ser evitada, podem ser trata-
ção para o paciente. dos por meio de cirurgia convencional (CC), ureterolito-
As cirurgias minimamente invasivas utilizadas no tripsia flexível (UL) ou, preferencialmente, por meio de
tratamento dos cálculos do trato urinário são: litotripsia nefrolitotripsia percutânea (NP).16,17 (Evidência nível C***)
extracorpórea por ondas de choque (LECO), nefrolito-
tripsia percutânea (PCN), ureterolitotripsia transurete- Cálculos ureterais
roscópica (UL) e ureterolitotomia laparoscópica ( ULL). Os cálculos ureterais de localização superior ou
As cirurgias convencionais (CC) ainda tem lugar no tra- lombar (ureter acima da borda superior do sacro) são
tamento dos cálculos urinários, entretanto em um pe- tratados preferencialmente por meio de litotripsia ex-
queno número de pacientes.11 (Evidência nível C***) tracorpórea por ondas de choque (LECO). Outras for-
O tratamento dos cálculos do trato urinário pode mas de tratamento utilizadas são: ureterolitotripsia
ser determinado pelos sintomas, grau de obstrução, transureteroscópica (UL), ureterolitotomia laparoscó-
tamanho, localização e associação com infecção. Con- pica (ULL) ou cirurgia convencional (CC). Estes méto-
sidera-se também a segurança do procedimento, con- dos são particularmente úteis nos casos de cálculos
forto do paciente, tempo de recuperação e os custos.11 maiores e falhas de LECO.18,19,20 (Evidência nível C***)
(Evidência nível D****) Os cálculos ureterais de localização média ou sa-
Os cálculos do trato urinário menores, de até qua- cral (sobreposto ao osso sacro) também são tratados
tro milímetros (mm) no maior diâmetro, têm grande preferencialmente com o uso de litotripsia extracorpó-
probabilidade de serem eliminados espontaneamente rea por ondas de choque (LECO). As alternativas à
e podem, na maioria dos casos, aguardar que isso LECO podem ser: ureterolitotripsia transureteros-
ocorra naturalmente12,13 (Evidência nível C***). cópica(UL), ureterolitotomia laparoscópica (ULL) ou
cirurgia convencional (CC).21 (Evidência nível C***)
Cálculos renais Os cálculos ureterais de localização inferior ou
Cálculos renais de cinco a 20 milímetros no maior pélvico (ureter abaixo do sacro) podem ser tratados
diâmetro podem ser tratados por meio de litotripsia preferencialmente por litotripsia extracorpórea por
extracorpórea por ondas de choque (LECO), se não ondas de choque (LECO) ou ureterolitotripsia transu-
houver contra-indicação para esta forma de tratamen- reteroscópica (UL). Não há consenso sobre qual méto-
to. As principais restrições são: pacientes grávidas (este do deva ser proposto como primeira alternativa. A ci-
tratamento não é proposto, pois desconhece os efei- rurgia convencional (CC) costuma ser reservada para
tos maléficos da LECO sobre o feto), além do fato de os casos de cálculos volumosos ou nas falhas das ou-
poder causar descolamento prematuro da placenta. tras alternativas.22,23 (Evidência nível C***)

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Cálculos de bexiga co.24,25 (Evidência nível C***)


Os cálculos de localização na bexiga podem ser
tratados por meio de litotripsia extracorpórea Cálculos de uretra
(LECO), cistolitripsia transuretral ou percutânea ou Cálculos uretrais podem ser mobilizados para a
cirurgia convencional (CC). Como não há consenso bexiga e tratados neste local. Entretanto, em situações
sobre a melhor alternativa de tratamento, a decisão particulares, podem ser abordados e removidos por
sobre o método a ser utilizado leva em considera- meio de cirurgia convencional e endoscópica na ure-
ção o tamanho do cálculo e a preferência do médi- tra26 (Evidência nível C***).

R e f e r ê n c i a s

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