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1 - 2020 UNIFESP

Homem, 80 anos de idade, diabético, chega ao pronto-socorro com história de dificuldade miccional há vários meses. Há dois dias,
iniciou quadro de perda urinária contínua necessitando de fraldas. Exame físico: abaulamento indolor em região hipogástrica. Qual
é a hipótese diagnóstica e conduta mais adequada?

A) Retenção urinária aguda; solicitar estudo urodinâmico


B) Retenção urinária aguda; iniciar medicação para hiperplasia prostática benigna, pois ele não apresenta dor
C) Retenção urinária crônica; passar uma sonda tipo Foley
D) Retenção urinaria crônica; realizar a investigação diagnóstica ambulatorial, pois o paciente não tem dor
E) Retenção urinária aguda; realizar cistostomia suprapúbica

» Temos um paciente idoso e diabético e que está há vários meses com dificuldade miccional. 
Notem que há 2 dias ele iniciou quadro de perda urinária contínua e que ao exame físico ele tem um abaulamento indolor em
região hipogástrica! 
Pessoal, esse quadro é muito clássico! Homem, com sintoma de trato urinário inferior de longa data e que vai retendo urina de
maneira progressiva (“retencionista crônico”); até que de tanto reter ele começa a apresentar perda urinária por transbordamento,
pois os esfíncteres não conseguem mais vencer a pressão acumulada na bexiga que, naturalmente, está sempre cheia. Além disso,
é notável que ele apresenta um “baita” bexigoma (abaulamento indolor em região hipogástrica) e que se nada for feito ele vai
evoluir com uma insuficiência renal pós-renal. Inclusive, se fizermos uma USG de vias urinárias nesse paciente é quase certo que
ele já apresente algum tipo de deteriorização renal. Vamos lembrar que o refluxo vesico-ureteral é bastante comum em pacientes
com retenção crônica. 
Resposta: letra C. 
 
Obs.: A retenção urinária aguda tem uma história bem distinta de bexigoma muito doloroso e parada súbita da micção. O que não
é o caso aqui.

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2 - 2020 HSJC - SP

Qual dos cálculos abaixo são secundários à infecção por bactérias como Klebsiella e proteus?

A) Cálculo de cistina.
B) Cálculo de ácido úrico.
C) Cálculo de cálcio.
D) Cálculo de estruvita.

» Questão clássica. A urina normal possui baixa concentração de fosfato amoníaco magnesiano, matéria prima do cálculo de
estruvita. A formação desse tipo de cálculo urinário ocorre apenas quando a produção de amônia aumenta e o pH urinário é
elevado (> 6,0), o que reduz a solubilidade do fosfato. Em seres humanos, isso só ocorre na infecção urinária por bactérias
produtoras de urease, como Proteus ou Klebsiella. A urease quebra a ureia urinária em amônia mais dióxido de carbono. Resposta:
D.

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3 - 2020 SUS - SP

Em pacientes com nefrolitíase e cólica renal aguda com cálculo menor que 5 mm em ureter distal, o tratamento pode ser realizado
com analgesia e/ou medicações que possam facilitar a passagem da pedra, tais como as abaixo, EXCETO

A) bloqueadores de canal de cálcio.


B) bloqueadores alfa-adrenérgicos.
C) opioides.
D) inibidores da fosfodiesterase-5.
E) anti-inflamatórios não-hormonais.

» As principais classes de medicamento utilizadas para facilitar a passagem dos cálculos pelas vias urinárias são os alfabloqueadores
e os bloqueadores de canal de cálcio. A nossa primeira opção costuma ser o alfabloqueador tansulosina na dose de 0,4 mg, uma
vez ao dia por 1-4 semanas. A nifedipina, um bloqueador do canal de cálcio, também pode ser utilizada mas geralmente é
considerada apenas como alternativa por ser menos eficaz e demor mais para exercer seu efeito. Apesar de haver um benefício
teórico, anda não temos dados suficientes na literatura que garantam a segurança nem a eficácia da tadalafila (um inibidor da
fosfodiesterase 5) no manejo medicamentoso da ureterolitíase. O mesmo vale para glicocorticoides, que devem ser empregados
de forma individualizada. Anti-inflamatórios não esteroidais são muito úteis como analgésicos, pois diminuem o tônus da
musculatura lisa ureteral, o que reduz a dor. Opioides podem ser usados isoladamente ou em associação com anti-inflamatórios
não-hormonais.
 
Gabarito: letra D.

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4 - 2020 HSJC - SP

Homem, 62 anos de idade, foi admitido em Pronto Socorro por quadro de hematúria vesical macroscópica. Após passagem de
sonda vesical de 3 vias e instalação de irrigação vesical com solução fisiológica gelada, a hematúria persiste após 3 dias. Qual é a
conduta mais adequada nesta situação?

A) Cistoscopia.
B) Embolização de artéria hipogástrica.
C) Câmara hiperbárica.
D) Administração de plasma fresco congelado.

» O cateter "tri-way", ou triplo lúmen, serve para permitir a drenagem do conteúdo vesical por uma via, enquanto outra via permite
a infusão de irrigação contínua e a terceira via é via convencional para enchimento do balão que prende o cateter dentro da bexiga
- lembrar que todos os cateteres vesicais normais são "duplo lúmen"... Feito este esclarecimento, vamos aos fatos do caso: homem
idoso com hematúria macroscópica de provável origem vesical persistente. Qual deve ser a interpretação? Ora, existe uma lesão
que não pára de sangrar na bexiga. O que deve ser feito? Uma cistoscopia, que permitira não só o diagnóstico da lesão (por
visualização direta e biópsia), como também o tratamento (RTU de bexiga ou algum outro método com poder hemostático).
Resposta: A.

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5 - 2020 HSJC - SP

Mulher, 26 anos de idade, em gestação no primeiro trimestre, apresenta quadro de cólica renal há 3 horas. Qual deve ser o método
diagnóstico de eleição nesta paciente?

A) Ultrassonografia.
B) Urografia excretora.
C) Tomografia computadorizada.
D) Uretrocistografia.

» No adulto não gestante o método de escolha para confirmar o diagnóstico de ureterolitíase obstrutiva é a TC de abdome/pelve
sem contraste. Na gestante, a fim de evitar a exposição fetal à radiação ionizante, o método de escolha passa a ser a
ultrassonografia de vias urinárias. Resposta: A.

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6 - 2020 SCMSP

Após cirurgia bariátrica de bypass gástrico em Y de Roux, frequentemente ocorre

A) hiperuricosúria.
B) hipocalciúria.
C) hiperoxalúria.
D) hipercitratúria.
E) aumento do volume urinário.

» No bypass gástrico em Y de Roux, uma cirurgia bariátrica "mista" que conjuga um componente restritivo (redução do volume
gástrico) com um forte componente disabsortivo (redução da extensão do intestino delgado disponível para absorção de
alimentos), espera-se uma menor absorção intestinal dos lipídeos oriundos da dieta. Isso dificulta a absorção intestinal de cálcio,
que é "quelado" pela gordura alimentar. Normalmente o cálcio dietético "anda junto" com o oxalato presente nos alimentos. Logo,
se o cálcio fica aprisionado na gordura não absorvida e eliminada nas fezes, mais oxalato se torna disponível para absorção
intestinal, podendo gerar hiperoxalemia e consequente hiperoxalúria. A hiperoxalúria é fator de risco para a formação de cálculos
renais de oxalato de cálcio, o que justifica, classicamente, a maior incidência deste problema em pacientes submetidos à referida
cirurgia... Devido à expressiva perda ponderal após o procedimento, há uma tendência à hipouricemia e hipouricosúria (A errada).
Já foi demonstrado que as eliminações urinárias de cálcio e citrato não são afetadas pela cirurgia bariátrica, tampouco o volume
urinário (B, D e E erradas). Resposta: C.

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7 - 2020 USP - RP

Homem negro de 54 anos procurou atendimento para rastreamento e detecção precoce do câncer de próstata, concordando com
avaliação após exposição dos seus riscos e benefícios. Apresenta sintomas do trato urinário inferior com International Prostate
Symptoms Score (I-PSS) de 7/35, satisfeito com sua qualidade de vida. Relata antecedente de neoplasia de próstata na família.
Exame digital demonstrou próstata com 40 cm³ e consistência fibroelástica, sem nódulos, indolor. Foram solicitados exames,
reproduzidos abaixo. Qual a conduta mais apropriada?

A) Fluxometria e ultrassom transretal de próstata.


B) Biópsia de próstata.
C) Retorno em 6 meses com novo PSA total e livre.
D) Alfa-bloqueador associado a inibidor da 5alfa-redutase.

» Homem negro com mais de 40 anos de idade, com história familiar positiva para câncer de próstata, compreende e aceita a
realização de screening para a doença. Ele possui PSA aumentado (> 4 ng/ml), porém, há um fator confundidor: o paciente é
portador de hiperplasia prostática benigna (HPB), já que sua próstata está aumentada de tamanho e existem sintomas de trato
urinário inferior. Lembre-se que com PSA entre 4-10 ng/ml, neste cenário, temos o que se chama de "zona cinzenta", isto é, o
aumento do PSA pode ser devido tanto à presença de HPB quanto à presença de câncer ou uma combinação de ambos. Assim, só
por isso já haveria a indicação de biopsiar a próstata... A questão vai além, fornecendo um dos refinamentos do PSA que corrobora
a indicação de biópsia: a relação PSA livre/PSA total. Sabemos que quando ela está abaixo de 20-25% deve-se considerar
fortemente a biópsia, pois tal parâmetro também fala a favor de câncer. Logo, resposta: B.

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8 - 2020 UNICAMP

Homem, 57a, procura Unidade Básica de Saúde referindo sangue na urina há 3 semanas. Nega dor abdominal, disúria ou urgência
miccional. Antecedentes Pessoais: diabetes mellitus, tabagismo 40 maços/ano, trabalha há 30 anos em fábrica de tinta. Exame
físico: PA= 119x76mmHg, FC= 89bpm, FR= 18irpm. Abdome: plano, normotenso, descompressão brusca dolorosa negativa,
ausência de massas palpáveis, Sinais de Murphy e Giordano ausentes. Exame sumário de urina: Hemácias= 1.000.000/ml,
leucócitos= 10/ml; nitrito= negativo. A CONDUTA É SOLICITAR:

A) Cintilografia renal estática com DMSA.


B) Radiograma simples de abdome.
C) Proteinúria de 24 horas.
D) Ultrassonografia de bexiga.

» Questão boa para levarmos um conceito importante à nossa prática médica: tabagista de 57 anos com quadro de hematúria, sem
outros comemorativos – o diagnóstico mais provável é carcinoma de bexiga. Guarde o mantra: “Todo paciente acima de 40 anos
com hematúria deve ser investigado para a presença de câncer urotelial”. A exposição a arilaminas, na indústria de tintas, é fator
de risco.A questão é bem clara em excluir a possibilidade de infecção, tendo em vista a ausência de: sinal de Giordano;
leucocitúria; e nitrito na urina. Resposta: D.

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9 - 2020 UNESP

Mulher de 45 anos, cozinheira industrial, apresenta dores em flanco esquerdo, de forte intensidade, em cólica, irradiando para
abdome anterior, acompanhada de náuseas e vômitos há 1 dia. Nega febre e queixas urinárias. AP: hipotireoidismo, HAS, DM tipo 2
e dislipidemia. AF: litíase urinária. Estabelecida a hipótese diagnóstica de litíase urinária,

A) o ultrassom de vias urinárias deve ser prontamente solicitado.


B) o raio X e ultrassom não devem ser solicitados, devido sua baixa sensibilidade e especificidade, estando indicada TC.
C) deve ser realizada a analgesia e solicitados os exames de imagem ambulatorialmente.
D) como a profissão da paciente é de risco para litíase, deve-se solicitar TC nesse momento.

» Questão absurda aqui! 


Temos uma paciente de 45 anos cozinheira e que apresenta dores em flanco esquerdo, irradiando para abdome anterior. Há
náuseas e vômitos há 1 dia e a hipótese de litíase urinária foi feita. Nota-se também que a paciente não está infectada e não há
sintoma de trato urinário inferior. 
O que fazer? 
Bem, ainda que a paciente não esteja infectada, é mandatório confirmar a nossa hipótese diagnóstica com um exame de imagem
padrão-ouro (tomografia de abdome e pelve sem contraste) e iniciar analgesia. O exame de imagem irá nos dar informações
preciosas sobre o tamanho, localização e densidade do cálculo, bem como nos mostrar o nível de dilatação do ureter. Logo, nessa
situação uma TC deveria ser indicada mesmo que fosse para afastar o diagnóstico suspeito. 
Resposta do MEDGRUPO: letra B. 
Em relação a conduta final, confirmada a hipótese de litíase urinária obstrutiva, devemos avaliar se há melhor da dor com a
analgesia. Lembre-se que dor refratária a analgesia é uma das indicações de intervenção urológica. 
Mas a questão não considerou nada disso e de forma absurda e irresponsável liberou como gabarito a letra C.
10 - 2020 USP - SP

Mulher, 45 anos de idade, com sangramento menstrual irregular, realizou ultrassom abdominal que evidenciou uma lesão exofítica
hiperecogênica no rim direito medindo 3,3 cm de diâmetro. Realizada tomografia computadorizada de abdome que demonstrou
lesão no terço inferior do rim direito, medindo 3,5 cm, com realce da lesão após a injeção do contraste endovenoso; rim esquerdo
sem alterações. Qual é a melhor conduta?

A) Nefroureterectomia radical e seguimento.


B) Nefrectomia radical com radioterapia.
C) Nefrectomia parcial e seguimento.
D) Nefrectomia parcial com quimioterapia.

» Questão clássica aqui! 


Note que temos uma mulher jovem (45 anos) e assintomática que realizou uma USG de rotina que revelou massa sólida em rim
direito. A tomografia de abdome com contraste confirmou de tratar de uma lesão de 3,5 cm em terço inferior do rim direito. 
O que fazer? 
Apesar de não termos a imagem, a princípio, nos dias atuais pensamos primeiro em uma nefrectomia parcial e seguimento com
exames de imagem e laboratoriais. Não há nos dias de hoje qualquer sentido em indicar “de cara” uma nefrectomia radical para
esta paciente. Além disso, a quimioterapia também não está indicada. 
 
Resposta: letra C.

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11 - 2020 INCA

Um homem de 54 anos queixa-se de prurido generalizado e fadiga. É portador de retocolite ulcerativa e faz uso de mesalazina.
Nega etilismo ou tabagismo. Ao exame físico, as mucosas são coradas, hidratadas e ictéricas. Não há outras anormalidades no
restante do exame. Exames de laboratório: Hg: 12,4g/dL; LG: 5.670/mm³; plq: 213.000/mm³; creat: 0,8mg/dL; ur: 15mg/dL; Ca:
8,8mg/dL; BT: 3,5mg/dL; BD: 2,8mg/dL; FA: 346U/L; GGT: 450U/L; AST: 84U/L; ALT: 58U/L. Ultrassonografia abdominal: fígado,
pâncreas e vias biliares sem anormalidades; imagens hiperecogênicas com sombra acústica posterior nos cálices renais direitos e
esquerdos; ureteres de calibre normal; bexiga sem alterações. Assinale a alternativa que apresenta a constituição química MAIS
PROVÁVEL para os achados renais encontrados à ultrassonografia nesse paciente.

A) Ácido úrico.
B) Estruvita.
C) Fosfato de cálcio.
D) Oxalato de cálcio.

» Pacientes com doenças inflamatórias intestinais, especialmente a doença de Crohn, mas também a retocolite ulcerativa, podem
desenvolver distúrbios disabsortivos, principalmente por acometimento ileal. A presença de mais ácidos graxos não absorvidos
pelo intestino permite a ligação dos mesmos com o cálcio, que originalmente se ligaria ao oxalato. O aumento da absorção do
oxalato livre no trato gastrointestenal aumenta a oxalúria e a ligação do oxalato ao cálcio nos ductos renais aumentam o risco de
litíase.
 
Gabarito: Alternativa D.

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12 - 2020 SES - RJ

O tabagismo e a infecção crônica são alguns dos fatores de risco para o câncer de bexiga, que é mais comum em homens acima de
70 anos. Nesse tipo de câncer, o sintoma mais comum é:

A) disúria
B) incontinência
C) hematúria macroscópica
D) dor em localização pélvica

» Questão simples... O sintoma mais comum do câncer de bexiga é a hematúria, presente em 70-95% dos casos. Tanto é assim que
todo paciente acima de 40 anos com hematúria deve ser investigado para a presença de câncer urotelial. Os sintomas irritativos
vesicais (disúria, polaciúria e urgência urinária) ocorrem em apenas 20%. Massa pélvica e perda de peso ocorrem em fases mais
avançadas e tardias da neoplasia. Resposta: C.

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13 - 2020 UNIRIO

Os cálculos renais coraliformes são constituídos de

A) oxalato de cálcio.
B) fostato de cálcio.
C) cistina.
D) estruvita.
E) ácido úrico.

» Como sabemos, a maioria dos cálculos coraliformes (aqueles que "preenchem" os cálices renais) são compostos por estruvita
(fosfato de amônio magnesiano). Tais cálculos só são formados em vigência de infecção urinária por bactérias produtoras de
urease, como o Proteus sp. (principal), Klebsiella sp., Pseudomonas sp. e Staphylococcus sp. Tal enzima degrada a ureia em NH3
(amônia) e CO2 (gás carbônico). A NH3 é uma base que, quando eliminada em concentrações "excessivas", alcaliniza o pH urinário
(pH > 7). Além disso, essa substância se combina com o H+, também presente na urina, formando o NH4 (amônio). Níveis elevados
de pH favorecem sua ligação com o fosfato e o magnésio (agora, entendemos o sinônimo de estruvita).
Mas, então, por que a questão foi anulada? Apesar da maioria dos cálculos ser composto por estruvita, eles também podem ser
formados por cistina e ácido úrico. Faltou cuidado da Banca...
14 - 2020 UFF

São considerados associados ao aumento do risco de formação de cálculos renais os seguintes fatores:

A) dieta rica em sódio, hiperuricemia e uso de diuréticos tiazídicos.


B) dieta rica em cálcio, pH urinário excessivamente baixo e baixa ingestão de água.
C) dieta rica em fosfato, deficiência de vitamina D e baixa ingestão de água.
D) dieta rica em cálcio, hiperparatireoidismo e excesso de vitamina D.
E) dieta rica em sódio, síndromes de má absorção intestinal e excesso de vitamina D.

» De acordo com a última edição do Harrison (20ª), revisões de estudos recentes sobre fatores de risco atribuídos à nefrolitíase
constataram que os principais contribuintes da dieta relacionados ao aumento na formação de cálculos renais são a proteína
animal, o oxalato, o sódio, sacarose e frutose. Por outro lado, alimentos ricos em cálcio, potássio e fitato (presente em cereais,
legumes, nozes e oleaginosas) reduzem esse risco. Embora o tipo de cálculo mais frequente seja o de oxalato de cálcio,
paradoxalmente a baixa ingestão de cálcio aumenta o seu risco, pelo aumento da absorção intestinal de oxalato e,
consequentemente, hiperoxalúria. Com essas informações em mente, já podemos eliminar as alternativas B e D. O excesso de
vitamina D pode facilitar a hipercalciúria e a formação de cálculos de oxalato de cálcio (C incorreta). A hiperuricemia e a baixa
ingestão de água também predispõem à nefrolitíase. Os diuréticos tiazídicos reduzem a excreção renal de cálcio e são protetores
(A incorreta). As síndromes de má absorção intestinal aumentam o risco. O principal mecanismo proposto está na redução da
absorção de gordura, levando à formação de sais de ácidos graxos e cálcio no intestino. Como a disponibilidade do cálcio para se
ligar ao oxalato fica reduzida, a quantidade desse último elemento livre é maior e ele pode ser absorvida no íleo. Após absorção,
ocorre excreção renal aumentada de oxalato (hiperoxalúria), o que predispõe à formação de cálculos. Portanto, a única alternativa
correta é a letra E.

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15 - 2020 HUBFS/HUJBB

NÃO é indicação de cirurgia em pacientes com HPB (Hiperplasia Prostática Benigna):

A) Aumento do volume prostático.


B) Hematúria refratária.
C) Infecção urinária de repetição.
D) Retenção urinária com uso de SVD (Sonda Vesical de Demora).
E) Dor testicular crônica.

» Dor testicular crônica não tem nenhuma relação com HPB! O paciente com HPB pode ter dor testicular crônica, mas isso seria por
outro motivo (que deve ser investigado e tratado)... Já as demais assertivas, todas elas, podem estar relacionadas com a HPB
complicada e, classicamente, constituem indicações clássicas de abordagem cirúrgica nesta doença. Obs.: com relação à letra A,
seria indicação de cirurgia uma próstata MUITO GRANDE (> 100 g)... Resposta: E.
16 - 2020 HUBFS/HUJBB

Sobre a tomografia (TC) e suas implicações no tratamento da litíase renal, é correto afirmar:

A) A tomografia computadorizada tem alta sensibilidade para detecção da litíase, por ter baixa especificidade.
B) Densidades, dimensões e distância, cálculo-pelo são informações que a tomografia fornece, porém são fatores produtores para
sucesso do tratamento com LECO.
C) A URO-TC não é utilizada para programação de tática cirúrgica para NPC (Nefrolitotripsia Percutânea).
D) Não se deve utilizar tomografia, em nenhuma hipótese, em pacientes grávidas ou na população pediátrica.
E) A urografia excretora possui sensibilidade e especificidade semelhantes em relação à tomografia sem contraste na detecção da
litíase.

» Vamos analisar as alternativas:


A) Incorreta. A tomografia tem sensibilidade e especificidade altas. acima de 90%, sendo o exame de eleição para avaliação de
litíase no trato urinário.
B) Correto. Os pacientes ideais para litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO) apresentam cálculos de até 1 cm, com
distância entre a pele e o cálculo de até 10 cm e este com densidade de até 1000 UH. Esses dados são obtidos pela tomografia.
C) Incorreta. A URO-TC é utilizada para estudo de anatomia cirúrgica do pacientes antes da NPC.
D) Incorreta. Em casos de exceção e com USG indisponível ou inconclusivo, A TC pode ser considerada para essa população.
E) Incorreta. A urografia excretora foi, praticamente, abandonada da prática clínica atual por ter acurácia limitada.
Alternativa B está correta.

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17 - 2020 SES - DF

Um paciente com 65 anos de idade foi ao urologista por descobrir um tumor renal. Ele apresenta múltiplas comorbidades de risco
proibitivo cardiovascular no momento. Na avaliação, o tumor era localizado e sem metástases. Acerca desse caso clínico e com
base nos conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir. A resposta ao sorafenib é excelente no aumento da expectativa
de vida.

A) CERTO
B) ERRADO

» Temos um paciente com um tumor renal que não poderá ser submetido à cirurgia tradicional por um risco cirúrgico proibitivo.
Nesse sentido, a terapia alvo-dirigida com inibidores da tirosina-quinase pode mudar drasticamente o prognóstico, até porque
essa neoplasia é refratária aos quimioterápicos tradicionais. O sorafenibe bloqueia os receptores VEGF e PDGF, sendo o tratamento
de primeira linha em lesões irressecáveis, mas é importante reconhecer que essa droga não parece ter um papel tão claro em
pacientes virgens de tratamento, não aumentando o tempo livre de doença quando comparamos com o interferon-alfa, outra
terapia dirigida preconizada para esse câncer.
18 - 2020 AMRIGS

Qual a classe medicamentosa considerada mais eficaz para aumentar a possibilidade de passagem de cálculo urinário sem
procedimento invasivo?

A) Bloqueadores alfa-adrenérgicos.
B) Beta bloqueadores.
C) Anti-inflamatórios não esteroides.
D) Diuréticos tiazídicos.

» Os bloqueadores alfa-adrenérgicos relaxam diretamente a musculatura lisa ureteral, conseguindo diminuir o espasmo do trato
urinário e facilitando a movimentação do cálculo de modo a aumentar a chance de eliminação espontânea (evidentemente, eles
reduzem a intensidade e as recidivas da cólica nefrética). A droga de escolha é o tamsulosin na dose de 0,4 mg/dia. Bloqueadores
do canal de cálcio podem ser usados com o mesmo intuito, mas são menos eficazes e apresentam maior incidência de efeitos
colaterais. Anti-inflamatórios não esteroidais também são fundamentais, mas têm mais efeito analgésico (apesar de também
prevenir o espasmo da musculatura lisa do ureter). Diuréticos tiazídicos podem ser empregados no tratamento da hipercalciúria
idiopática, principal distúrbio metabólico relacionado à formação de cálculos urinários, pois aumentam a reabsorção renal de
cálcio, reduzindo a calciúria. 
 
Resposta: A.

19 - 2020 UFMA

Um dos objetivos da medicina consiste em prevenir a doença e descobrir com precocidade para maior efetividade do tratamento.
Dentre as recomendações de rastreamento para pessoas assintomáticas, assinale a alternativa CORRETA:

A) A radiografia de tórax e citologia de escarro são exames padrão ouro na detecção precoce do câncer de pulmão.
B) A rotina recomendada para o rastreamento do câncer de colo uterino, no Brasil, é a repetição do exame Papanicolau a cada dois
anos, após dois exames normais consecutivos realizados com um intervalo de um ano, em mulheres com idade entre 25 e 64 anos
e que já tiveram atividade sexual.
C) Para a detecção precoce do câncer de cólon, a pesquisa de sangue oculto nas fezes está proscrita, sendo recomendado, a
colonoscopia.
D) Não foi possível demonstrar que o rastreamento do câncer de próstata com a dosagem sérica do antígeno prostático específico
diminua mortalidade ou seja capaz de aumentar sobrevida.

» Vamos às assertivas desta questão sobre detecção precoce de neoplasias:


- A incorreta. O exame preconizado para screening do CA de pulmão é a TC de tórax de baixa dose.
- B incorreta. A rotina recomendada para o rastreamento no Brasil é a repetição do exame Papanicolau a cada três anos, após dois
exames normais consecutivos realizados com um intervalo de um ano.
- C incorreta. A pesquisa de sangue oculto anual (com realização de colono em caso de exame positivo) é uma alternativa válida
para o screening do CA colorretal.
- D correta e autoexplicativa. É exatamente por isso que o INCA/MS não recomenda mais screening para CA de prostata na
população geral.
Resposta: D.

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20 - 2020 HCPA

A classificação de risco, utilizada para definição de tratamento e prognóstico do câncer de próstata localizado, baseia-se em

A) dosagem do PSA e ultrassonografia abdominal.


B) dosagem do PSA, grau histológico da biópsia e ultrassonografia abdominal.
C) dosagem do PSA e toque retal.
D) dosagem do PSA, grau histológico da biópsia e estadiamento clínico T.
E) ressonância magnética de próstata.

» O primeiro passo para definição do tratamento do câncer de próstata localizado é classificar o paciente em baixo, médio ou alto
risco de acordo com estadiamento T, Gleason e PSA. Isso prediz o risco de disseminação tumoral linfática e à distância. Revise a
classificação na figura. Resposta: D.

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21 - 2020 HSL - RP

Com relação à detecção precoce do câncer de próstata, podemos afirmar que:

A) A dosagem do PSA em populações assintomáticas não reduz de forma significativa a mortalidade.


B) A dosagem de PSA deve ser realizada a partir dos 35 anos de idade, como rastreamento inicial.
C) O rastreamento com PSA pode substituir o toque retal em pacientes assintomáticos, a partir dos 50 anos de idade.
D) O rastreamento com dosagem de PSA diminui o número de indicações de biópsias prostáticas.

» Excelente questão sobre a detecção precoce do câncer de próstata. Vamos analisar as assertivas:
A) Correta, B e C) Incorretas. O nível de evidência ainda é insuficiente para tecer recomendações a favor ou contra a adoção do
rastreamento para o câncer de próstata em homens assintomáticos com idade inferior a 75 anos. Não há evidências que essa
prática seja eficaz, ou as evidências são pobres e conflitantes e a relação custo-benefício não pode ser determinada.
D) Incorreta.  O rastreamento com dosagem de PSA eleva o número de indicações de biópsias prostáticas dado que cerca de 2/3
dos homens com PSA elevado NÃO têm câncer de próstata e são biopsiados de maneira equivocada.
Portanto, o nosso gabarito é a letra A.
22 - 2020 CMC

Com relação ao diagnóstico de câncer de próstata, podemos afirmar que:

A) as medidas da densidade, fração livre e a velocidade de aumento do PSA elevam seu poder de detecção.
B) a biópsia transuretral de próstata deve obter um mínimo de 8 fragmentos para análise adequada.
C) a ressonância magnética deve ser realizada após um período mínimo de 1 mês da biópsia prostática, em casos selecionados.
D) a dosagem do PSA apresenta alto valor preditivo positivo para detecção precoce do câncer de próstata.

» Questão sobre o diagnóstico de câncer de próstata. 


Letra A: Perceba que este item citou os chamados “refinamentos do PSA”. Uma densidade (valor do PSA/peso da próstata) maior
que 0,15-0,2; uma fração livre abaixo de 10-20% e uma velocidade de aumento do PSA maior ou igual a 0,75 ao ano apontam para
malignidade. CORRETA
Letra B: Atualmente recomenda-se a retirada de cerca de 12 ou mais fragmentos. INCORRETA
Letra C: Alguns autores citam que a ressonância funcional da próstata deve ser realizada após um período mínimo de 2-3 semanas
pós prostática pois o estudo fica prejudicado em próstatas com hemorragia que corresponde a uma complicação inerente ao
procedimento. INCORRETA
Letra D: Não. O aumento do PSA apresenta valor preditivo positivo de cerca de 33%. Ou seja, apenas 1 a cada 3 pacientes com o
PSA elevado tem de fato câncer de próstata. INCORRETA
 
Resposta: letra A.

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23 - 2020 SCMRP

Com relação à detecção precoce do câncer de próstata, podemos afirmar que:

A) A dosagem do PSA em populações assintomáticas não reduz de forma significativa a mortalidade.


B) A dosagem de PSA deve ser realizada a partir dos 35 anos de idade, como rastreamento inicial.
C) O rastreamento com PSA pode substituir o toque retal em pacientes assintomáticos, a partir dos 50 anos de idade.
D) O rastreamento com dosagem de PSA diminui o número de indicações de biópsias prostáticas.

» Questão baseada não só em bibliografias de cirurgia, como também no Ministério da Saúde. 


Letra A: Exato. Essa informação é defendida por vários autores. Ainda mais da forma como foi colocada… Sem especificar idade
para rastreamento. CORRETA
Letra B: Não. A recomendação atual, de acordo com biblçiografias de cirurgia, é que a dosagem do PSA seja feita após os 50 anos.
INCORRETA
Letra C: Nunca! O rastreamento, quando indicado, é feito com a dosagem do PSA somado ao toque retal. INCORRETA
Letra D: Não. Na verdade aumenta o número de indicações de biópsia. INCORRETA
 
Resposta: letra A.

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24 - 2020 ABC

Pacientes submetidos a cirurgia bariátrica com realização de bypass jejunoileal apresentam constante esteatorreia e tendem a
desenvolver litíase renal com predomínio de qual componente?

A) Fosfato de cálcio
B) Oxalato
C) Cistina
D) Ácido úrico

» Questão bastante atual... As cirurgias bariátricas que têm como princípio o bypass jejunoileal podem causar hiperoxalúria, isto é,
excesso de oxalato na urina. O mecanismo é o seguinte: na luz intestinal, o cálcio tem duas importantes "companhias" — as
gorduras e o oxalato. Como o bypass reduz a absorção intestinal de gorduras, o cálcio acaba se ligando ao excesso de lipídios na
luz intestinal, sobrando mais mais oxalato livre na luz intestinal. Este último é, então, absorvido em excesso e, naturalmente,
aparece em maior proporção na urina. A partir daí, ocorre supersaturação urinária por oxalato e surgem os cálculos... Só para não
perder a viagem, vamos citar dois dados importantes de prova sobre os demais cálculos: como fator predisponente à formação de
cálculos de cistina ou de ácido úrico, pode-se citar a acidificação urinária — pH < 5 (C e D erradas); para os cálculos de fosfato de
cálcio, é necessário, em geral, pH > 6, isto é, mais "alcalino". Resposta: B.

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25 - 2020 PMF

Paciente do sexo masculino, 76 anos, há cerca de 2 anos apresentando diminuição do jato urinário, noctúria até 4 vezes por noite,
esforço para iniciar a micção. Há 3 dias disúria e polaciúria, febre de 38 graus. Foi iniciado em pronto socorro antibióticoterapia
com quinolona. No entanto paciente evoluiu com oligúria intensa e queda do estado geral, apresentando hipotensão, taquicardia,
dor e distensão abdominal, sendo encaminhado à internação. Foram solicitados exames laboratoriais e de imagem. Qual medida
deve ser recomendada imediatamente?

A) Ampliar a cobertura antimicrobiana para atingir germes gram positivos;


B) Iniciar um bloqueador alfa adrenérgico;
C) Sondagem vesical de demora;
D) Nefrostomia percutânea.

» Vamos analisar com calme o “nosso” paciente. Percebam que temos um idoso já com uma série de sintomas de trato urinário
inferior (LUTS) tanto de esvaziamento (sintomas obstrutivos), como de enchimento (sintomas irritativos). Não é falado sobre
tratamento prévio… Mas é claro que o paciente descompensou muito provavelmente devido a retenção urinária crônica ao longo
do anos. E descompensou com disúria, polacipuria e febre. O que será que aconteceu? 
Muito provavelmente um quadro de prostatite ou de ITU. Foi tratado com quinolona (boa escolha para ITU alta ou prostatite e
péssima escolha para ITU baixa) e, mesmo assim, evoluiu com com oligúria intensa e queda do estado geral, apresentando
hipotensão, taquicardia, dor e distensão abdominal. 
O que provavelmente aconteceu? 
Uma retenção urinária aguda que já pode estar levando a uma IRA pós-renal. 
E o que fazer? Realizar sondagem vesical de demora imediatamente. Lembrando que se a suspeita for grande em relação à
prostatite, a sondagem vesical deve ser feita por cistostomia. 
 
Resposta: letra C.

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26 - 2020 HSL - RP

Homem, 48 anos de idade, apresenta micro-hematúria assintomática em exame de urina tipo I. Relata ser ex-tabagista 15
anos/maço, tendo cessado há dois anos. Qual exame diagnóstico deve ser solicitado para este paciente?

A) Cistoscopia.
B) Ultrassonografia de próstata.
C) Uretrocistografia miccional.
D) Citologia e marcadores urinários.

» Sempre que estivermos diante de um tabagista com hematúria, seja ela micro ou macroscópica, é obrigatório pensar em câncer
de bexiga pelo seguinte motivo: até 40-50% dos casos estão relacionados ao hábito de fumar. Para o diagnóstico dessa condição,
preconiza-se a realização da cistoscopia, exame capaz de coletar material para análise histopatológica e de detectar tumores
superficiais pequenos que não aparecem nos exames de imagem convencionais, como a TC de vias urinárias (exame de imagem
de escolha) – opção. (A) correta. A citologia urinária também deve ser feita. Contudo, a solicitação de marcadores urinários para o
diagnóstico desse tipo de câncer ainda não é recomendada por grande parte das Sociedades – opção (D) incorreta. Já a
ultrassonografia de próstata ou da bexiga e a uretrocistografia miccional não são métodos adequados para o diagnóstico da
neoplasia – opções (B) e (C) incorretas. Portanto, a melhor resposta é, de fato, a alternativa (A).

27 - 2020 HOS

Em relação à prevenção do câncer de próstata, é correto afirmar:

A) seu rastreamento deve ser realizado sistematicamente com PSA em todos os homens acima de 55 anos, independentemente da
presença de sintomas.
B) o diagnóstico é confirmado por meio dos achados do exame de toque retal associado à dosagem elevada do PSA.
C) o histórico familiar positivo não é um fator de risco para o seu desenvolvimento.
D) não existe relação do tipo de alimentação com o desenvolvimento do câncer de próstata.
E) manter o peso corporal adequado ajuda a diminuir o risco para o seu desenvolvimento.

» O Ministério da Saúde o e INCA não endossam a recomendação de rastreio sistemático do CA de próstata, devendo tal conduta ser
individualizada caso a caso, após esclarecimento do paciente. Logo, letra A errada de acordo com a referência de prova. O
diagnóstico de qualquer câncer só pode ser confirmado por meio de exame histopatológico (B errada). História familiar positiva é
fator de risco clássico (C errada) e alguns tipos de alimento também se associam a maior risco, como uma dieta rica em gorduras e
carne vermelha (D errada). A obesidade é outro fator de risco, logo, manter o peso corporal adequado ajuda a diminuir o risco de
desenvolvimento da doença. Resposta: E.

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28 - 2020 SCMRP

Homem, 48 anos de idade, apresenta micro-hematúria assintomática em exame de urina tipo I. Relata ser ex-tabagista 15
anos/maço, tendo cessado há dois anos. Qual exame diagnóstico deve ser solicitado para este paciente?

A) Cistoscopia.
B) Ultrassonografia de próstata.
C) Uretrocistografia miccional.
D) Citologia e marcadores urinários.

» Gente, questão conceitual. Traz uma "regra" médica que é, praticamente, um mantra na medicina. Todo paciente acima de 40 anos
com hematúria deve ser investigado para a presença de câncer urotelial. Essa investigação deve incluir cistoscopia. Hematúria é a
manifestação mais comum desses tumores e ocorre em 70-95% dos pacientes. A bexiga é o sítio mais comum de hematúria
macroscópica (embora a principal causa seja a cistite e não o câncer). Resposta: A.
29 - 2020 SCMV

Sobre a hiperplasia prostática benigna, afecção comum nos homens idosos, assinale a alternativa INCORRETA:

A) Pode cursar com hidronefrose e insuficiência renal.


B) Pode cursar com obstrução urinária aguda, sobretudo nos pacientes mais velhos e com volume prostático aumentado.
C) Os inibidores da 5-α-redutase aliviam os sintomas urinários, porém não reduz a incidência de retenção urinária aguda.
D) Pode se associar a hiperatividade do detrusor, situação em que pode ser necessário associar anticolinérgicos ao tratamento.

» A hiperplasia prostática benigna, uma condição extremamente frequente em homens idosos, resulta não somente em sintomas
obstrutivos, mas com risco aumentado de deterioração da função renal por componente pós renal, obstrução do fluxo urinário
(alternativas A, e B corretas). A hiperatividade do detrusor é outra doença que pode estar associada, sendo o tratamento realizado
com anticolinérgicos (alternativa D correta). Os inibidores da 5-alfa redutase, como a finasterida, atuam como anti androgênico,
reduzindo a incidência de sintomas e complicações, inclusive retenção urinária aguda. Gabarito: Alternativa C.

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30 - 2020 SCMSJC

Em relação à Linfadenectomia no tratamento do câncer da próstata, podemos afirmar que:

A) Sempre deve ser realizada


B) Compreende apenas os linfonodos obturadores
C) Tem importância apenas para estadiamento
D) Nos tumores de risco intermediário e alto deverá ser estendida

» Em relação à linfadenectomia no câncer de próstata, a linfadenectomia pélvica estendida está recomendada nos casos de doença
de alto risco ou de risco intermediário com prognóstico desfavorável (A incorreta, D correta).
Historicamente, a linfadenectomia era limitada apenas aos linfonodos obturadores e os linfonodos associados à veia ilíaca externa.
No entanto, sabe-se que a drenagem linfática da próstata bypassa estes nodos, indo diretamente aos linfonodos hipogástrico,
paraaórticos, pré-sarçais ou perirretais (B incorreta).
A dissecção ampliada não só aumenta a probabilidade de encontrar nodos acometidos, como pode contribuir para o potencial
curativo em alguns pacientes (C incorreta).
Resposta: D.
31 - 2020 HPEV

Homem, 67 anos de idade, procurou urologista para realizar exame de rotina da próstata. Paciente era assintomático e não
realizava nenhum outro tratamento. Ao exame de toque retal, notou-se próstata de consistência pouco endurecida, sem nódulos
palpáveis e com dimensões aumentadas. Trouxe exame de PSA = 5,9 ng/mL e foi indicada biópsia da próstata, que revelou
adenocarcinoma Gleason 6 (3+3) em 10% de 2 fragmentos entre 12 analisados. Neste caso, para o paciente.

A) Deve-se solicitar nova biópsia antes de informar ao paciente o diagnóstico de adenocarcinoma de próstata.
B) Deve ser estadiado com exames de tomografia de pelve e cintilografia óssea. Se os exames mostrarem doença localizada, deve
ser indicada prostatectomia radical.
C) O melhor tratamento para o caso deste paciente, de acordo com os dados apresentados, é radioterapia e hormonioterapia
adjuvante.
D) Vigilância ativa do câncer de próstata (""Watchfull Waiting"") é a conduta, devendo realizar toque prostático, PSA e biopsias
seriadas para seguimento.

» Temos um paciente de 67 anos da idade que acabou de receber o diagnóstico de câncer de próstata! Contudo, boas notícias! Trata-
se de um tumor, aparentemente, de baixo risco. Afinal, o gleason é 6 e o PSA abaixo de 10. Se lembrarmos ainda do ISUP score,
este paciente seria um ISUP 1 e teria sobrevida de 5 anos estimada em 96%! 
Letra A: Não há necessidade de nova biópsia. Lembre-se que este procedimento também pode levar a uma série de complicações.
INCORRETA
Letra B: Aqui é que “mora o problema”. Quando pensamos na abordagem de CA de próstata hoje em dia temos que ter em mente
a expectativa de vida do nosso paciente. Entretanto aqui o enunciado não deixa claro isso… Vamos lembrar que em um paciente
com sobrevida de mais 10 anos essa abordagem não estaria errada. É claro, após grande discussão com o paciente. CORRETA
Letra C: Não. O melhor aqui, dependendo da expectativa de vida do paciente, seria vigilância ativa (supondo uma expectativa de
vida abaixo de 10 anos) ou prostatectomia radical (supondo uma expectativa de vida acima de 10 anos). INCORRETA
Letra D: CORRETA também. 
 
Logo, questão que poderia aceitar duas respostas. Embora, analisando de forma global, a opção da letra D seja mais indicada nos
dias de hoje.

32 - 2020 HOG - SP

Paciente, sexo masculino, 76 anos com queixa de vários episódios de hematúria autolimitadas associado à disúria. Nega sondagem
vesical recente. Tabagista crônico. Assinale a alternativa que indique corretamente qual o provável diagnóstico e o exame a ser
solicitado para elucidação do caso.

A) tumor ureteral e tomografia com contraste.


B) nefrolitíase e tomografia sem contraste.
C) tumor vesical e cistoscopia com biópsia.
D) tumor de uretra e ressonância.

» É MANDATÓRIO pensar em câncer de bexiga em um paciente tabagista de longa data com episódios recorrentes de hematúria
macroscópica. O hábito de fumar é responsável por até 50% dos casos da doença em homens e por 40% deles em mulheres. É
claro que a nefrolitíase e os tumores de ureter e de uretra são diagnósticos diferenciais (afinal, todos podem cursar com
hematúria), mas pela forte associação entre tabagismo e neoplasia vesical, esse é o diagnóstico a ser considerado. Inicialmente,
até podemos solicitar métodos de imagem como a TC de vias urinárias, mas a cistoscopia é obrigatória, já que é capaz de coletar
material para análise histopatológica e de detectar tumores superficiais pequenos que não aparecem nos exames de imagem
convencionais. Portanto, a melhor resposta é a alternativa (C).
33 - 2020 HPEV

A litíase urinária é uma das afecções mais comuns do trato urinário, principalmente para homens entre 20 e 40 anos e com história
familiar positiva. Em relação ao tema, assinale a alternativa correta:

A) A ultrassonografia é o melhor exame para avaliação de casos com suspeita de litíase urinária, com sensibilidade superior à
tomografia computadorizada.
B) O cálcio é o principal constituinte dos cálculos e a forma mais importante de prevenção é a ingestão diária de grande quantidade
de água.
C) Todos os cálculos podem ser vistos pelo exame de tomografia. No caso de exame negativo, deve-se pensar em outros
diagnósticos diferenciais.
D) Para cálculos maiores que 10mm, o tratamento é predominantemente clínico, havendo um conjunto de medidas a serem
tomadas para o tratamento e prevenção.

» Vamos analisar as assertivas em relação à litíase urinária:A) Incorreta. O melhor exame para avaliação de casos com suspeita de
litíase urinária é a tomografia (considerada padrão-ouro).B) Correta. As composições mais comuns dos cálculos são o fosfato de
cálcio e o oxalato de cálcio. A urina diluída diminui a concentração e a nucleação dos cristais. Além disso, o aumento na ingesta de
água aumenta o fluxo urinário e a eliminação dos cristais recém-formados.C) Incorreta. Além de nem todos os cálculos serem
vistos pelo exame de tomografia (corte ideal para ver os cálculos na TC é entre 3-5 mm, cortes maiores podem não detectar alguns
cálculos), um exame negativo pode ocorrer também nos casos em que o cálculo foi eliminado, permanecendo portanto a
patologia de base (urolitíase).D) Incorreta. Cálculos sintomáticos ou maiores de 10 mm necessitam de intervenção
cirúrgica.Portanto, a única correta é a letra B, nosso gabarito.

34 - 2020 SCML

Qual é o tipo histológico mais frequentemente encontrado nas neoplasias malignas vesicais?

A) Carcinoma de células transicionais


B) Adenocarcinoma
C) Carcinoma espinocelular
D) Carcinoma de pequenas células

» Questão direta. Mais de 90% das neoplasias malignas da bexiga são carcinomas de células transicionais. Resposta: A.

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35 - 2020 HSL - RP

Homem de 80 anos de idade vem ao pronto socorro com disúria, febre e polaciúria. Ao exame: bom estado geral, corado,
eupneico, orientado PA=13/8mmHg; FC=80bpm; FR=12ipm; Glasgow=15; tempo de enchimento capilar=2 segundos. Trouxe cultura
de urina com Escherichia coli ESBL. Ele teve infecção com a mesma bactéria há 4 meses e 2 meses antes, e foi tratado com
nitrofurantoína e ciprofloxacina com melhora do quadro clínico. Qual o tratamento de escolha e o tempo de tratamento?

A) Levofloxacin-30 dias.
B) Levofloxacin-14 dias.
C) Ceprofloxacin-10 dias.
D) Ciprofloxacin-7 dias.

» O tratamento da E. coli produtora de beta lactamase de espectro extendido pode ser realizado com quinolona. No entanto, a falha
no tratamento anterior deve sugerir um diagnóstico alternativo, visto que a cistite teria sido resolvida com o tratamento instituído
anteriormente. A condição de bacteriúria persistente em pacientes tratados por curto período de antibiótico sugere o diagnóstico
de prostatite, principalmente por tratar-se de homem idoso. Para essa doença, devemos empregar um tratamento antimicrobiano
por uma duração de pelo menos quatro semanas.
 
Gabarito: Alternativa A.

36 - 2020 SCML

Homem, 68 anos de idade, em consulta urológica de rotina, apresenta nódulo de aproximadamente 1 cm ao toque retal. O restante
do exame físico revela-se sem alterações. Qual é a melhor conduta para este paciente?

A) Cintilografia óssea
B) Dosagem de PSA
C) Biópsia transretal de próstata
D) Tomografia computadorizada

» A palpação de nódulo prostático ao toque retal é indicação de biópsia transretal da próstata, pois até prova em contrário trata-se
de um câncer de próstata, e o diagnóstico definitivo da doença só pode ser dado por este método. Resposta: C.

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37 - 2020 HPEV

Menino, 9 meses de idade, com dois episódios de infecção urinária nos últimos 3 meses. Ao exame físico, massa palpável em flanco
direito. Ultrassonografia de vias urinárias: dilatação de pelve e cálices renais à direita. Ureter direito com calibre normal. Rim
esquerdo e bexiga normais para a idade. Qual é a hipótese diagnóstica para o caso?

A) Válvula de uretra posterior


B) Megaureter
C) Estenose da junção pieloureteral
D) Refluxo vésico-ureteral

» Um menino de 9 meses e com 2 episódios de infecção urinária nos últimos 3 meses, além de massa palpável em flanco direito e
dilatação de pelve e cálices renais deste lado com URETER NORMAL, eu tenho que pensar em “estenose de JUP” ou, sendo mais
exato… Estenose da junção pieloureteral levando a hidronefrose. 
 
Resposta: C.

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38 - 2020 PMSO

Mulher trans de 55 anos procura UBS devido a quadro de diminuição do jato urinário (com dificuldade de iniciar e de terminar o ato
miccional), bem como necessitando urinar mais vezes durante o dia e a noite do que o habitual. Refere que há muitos anos não
passa por atendimento preventivo. Nega Hipertensão Arterial, Diabetes ou outras patologias. Nega uso de medicamentos
hormonais. Refere que todas as suas relações sexuais têm sido protegidas nos últimos anos. Não possui filhos. Baseado nas
informações existentes, qual a abordagem inicial mais coerente?

A) Medicar empiricamente para infecção do trato urinário e aproveitar a oportunidade para agendar Mamografia e coleta de
Papanicolau - preencher as receitas e solicitações dos exames com o nome social.
B) Realização de Urina 1, Urocultura e aproveitar a oportunidade para agendar Mamografia e coleta de Papanicolau - preencher as
solicitações dos exames com o nome social.
C) Realização de Urina 1, Urocultura, realização de toque retal para avaliação prostática e, em momento oportuno realização de PSA
- preencher as solicitações dos exames com o nome social.
D) Realização de Urina 1, Urocultura e aproveitar a oportunidade para agendar Mamografia e coleta de Papanicolau - preencher as
solicitações dos exames com o nome que consta nos documentos apresentados.
E) Realização de Urina 1, Urocultura, toque retal para avaliação prostática (com coleta de PSA no mesmo dia) - preencher as
solicitações dos exames com o nome social.

» Aos 55 anos, essa mulher vai à unidade básica de saúde queixando-se de redução do jato urinário e polaciúria. Pela idade da
paciente, a possibilidade de hiperplasia prostática benigna é, claramente, uma das nossas hipóteses diagnósticas — lembre que
mulher trans = sexo cromossômico masculino (como nasce) e gênero feminino (como se vê no mundo). Embora não se possa
descartar, em um primeiro momento, infecção do trato urinário (ITU), essa possibilidade é remota, haja vista a ausência de febre e
disúria (A errada). Então, temos duas hipóteses principais: HPB e ITU, sendo a primeira a mais importante. A investigação da
suspeita de HBP inclui o toque retal, até para excluir a possibilidade de câncer da próstata e a dosagem do PSA — este último,
porém, deverá ser avaliado em outro momento, já que o exame digital da próstata pode elevar falsamente o PSA circulante (E
errada). Para excluir a possibilidade de ITU, é importante a realização de exame de urina, tanto o tipo 1, quanto urinocultura (C
certa). Embora o gênero da paciente seja feminino, ela não deverá ser submetida ao rastreio de câncer de mama e ao exame de
Papanicolaou (B e D erradas). Todas as solicitações de exame devem ser feitas com o nome social da paciente. Resposta: C.

39 - 2020 HSA - GUARUJÁ

Mulher de 30 anos com queixa de urge incontinência. Qual exame é indispensável na condução diagnóstica CORRETA?

A) Teste de esforço
B) Teste do cotonete
C) Estudo urodinâmico
D) Teste terapêutico
E) Ultrassonografia transvaginal

» Temos uma paciente com uma queixa muito clássica aqui: urge incontinência ou, segundo a nomenclatura mais atual,
incontinência de urgência. Ou seja, essa paciente tem vontades súbitas de urinar (urgência miccional), entretanto, chega a perder
urina (episódios de incontinência) quando está chegando ao banheiro. Muito possivelmente decorrente de contrações
involuntárias do músculo detrusor. 
Ok… Mas qual o exame indispensável neste caso?
A urodinância é o principal exame complementar nesse tipo de investigação, no qual são detectadas contrações involuntárias do
músculo detrusor, o que dá mais segurança ao diagnóstico. Ainda que não se observe a hipercontratilidade detrusora na
urodinâmica, o diagnostico não pode ser descartado, fato que na prática não torna o exame “indispensável” na propedêutica.
 
Melhor resposta: letra C.
40 - 2020 UFSCAR

Mulher, 26 a, com disúria, polaciúria e dor lombar leve E há 3 dias, dá entrada na Emergência às 12 h com febre alta e piora da dor
lombar, agora de forte intensidade. EF: palidez cutânea, sudorese fria; P=FC=155 / FR=18 irpm / PA: 110 x 70 mmHg; Temp axilar:
39.1 C; Cardiopulmonar: taquicardia/taquipneia, s/sopros; Abdome: sem alterações; Giordano (+) Esquerda; EXAMES SUBSIDIÁRIOS:
Urina I: 300.000 leucócitos / Nitritos (+); Hemograma: 27.700 leuc / 10% bastões; US Vias Urinárias: importante ureterohidronefrose
E + imagem de cálculo 1/3 médio do ureter E Sinais ultrassonográficos de pielonefrite aguda E; Qual a melhor abordagem
terapêutica para essa paciente?

A) Internação após hidratação vigorosa e antibioticoterapia


B) Internação, solicitar vaga na UTI e avaliação urológica urgente
C) Ureterolitotripsia a laser
D) Ureterolitotomia urgente
E) Implante de cateter duplo J à E + suporte clínico avançado em UTI

» Estamos diante de uma ureterolitíase obstrutiva (cálculo impactado em ureter médio esquerdo, associado à hidronefrose
importante) do tipo "complicada" (infecção urinária associada: mau estado geral, febre alta, leucocitose com desvio à esquerda,
piúria, nitrito urinário positivo). Lembre-se: infecção em trato urinário obstruído = emergência médica! Conduta: DESOBSTRUTIR O
MAIS RÁPIDO POSSÍVEL, para que o "pus sob pressão" seja drenado do trato urinário, permitindo o controle da sepse... A maneira
mais prática de se desobstruir o trato urinário na atualidade (principalmente quando há um cálculo impactado nas porções média
ou distal do ureter) consiste na passagem endourológica (por cistoscopia) de um cateter "duplo-J", isto é, um cateter que "bypassa"
o cálculo e interconecta a bexiga com a coluna de urina a montante do ponto de obstrução, dando vazão a esta urina pela via
urinária baixa. Obviamente, antes, durante e depois do procedimento é preciso instituir e manter medidas de suporte clínico, com
destaque para a antibioticoterapia empírica e a ressuscitação volêmica. Vale lembrar que NÃO SE DEVE REMOVER O CÁLCULO NUM
PRIMEIRO MOMENTO, pois a manipulação necessária para tal acarreta enorme risco de piorar a bacteremia e causar choque
séptico fulminante com rápida falência de múltiplos órgãos. Logo, resposta: E.

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41 - 2020 SCO

Os cálculos coraliformes estão frequentemente associados a infecções urinárias de repetição. Qual o tratamento preconizado e o
agente bacteriano MAIS comumente associado a este tipo de infecção?

A) Nefrolitotripsia percutânea - Proteus mirabilis.


B) Ureterolitotripsia - E. coli.
C) Litotripsia Extra-corpórea - E. coli.
D) Ureterolitotripsia endoscópica - Proteus mirabilis.

» Cálculos coraliformes são cálculos de grandes dimensões (> 2 cm) que ocupam a maior parte da pelve renal e dos cálices. Logo, em
sua abordagem terapêutica, é preciso lançar mão da nefrolitotripsia percutânea... Trata-se de cálculos "infecciosos", pois a
estrutiva (fosfato triplo magnesiano), seu principal componente, só é formada na presença de um meio alcalino... A urina é
fisiologicamente ácida e, para se tornar alcalina, é preciso que haja infecção por germes produtores da enzima urease, que
converte a ureia urinária em amônia. O principal germe envolvido na gênese desse tipo de cálculo é classicamente o Proteus
mirabilis. Resposta: A.

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42 - 2020 FMJ

A hipercalciúria em crianças, na vigência de normocalcemia e sob dieta habitual, é definida como a excreção urinária de cálcio
maior do que

A) 2 mg/kg/24 horas.
B) 4 mg/kg/24 horas.
C) 6 mg/kg/24 horas.
D) 8 mg/kg/24 horas.
E) 10 mg/kg/24 horas.

» Hipercalciúria na vigência de normocalcemia representa a clássica hipercalciúria idiopática, o principal fator de risco para
nefrolitíase de repetição. Define-se hipercalciúria como uma excreção urinária de cálcio > 4 mg/kg/dia, em ambos os sexos e em
todas as idades. Resposta: B.

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43 - 2020 HASP

Paciente masculino, 54 anos, veio encaminhado para o ambulatório de urologia, sem queixas urinárias, e trazendo os seguintes
exames: PSA total: 3,8; Urina Tipo I normal e urocultura negativa. Durante o exame digital retal foi percebido esfíncter
normotônico, próstata entre 20-30g, limites precisos e mobilidade preservada. Em ápice esquerdo verificou-se um nódulo. Qual a
conduta adequada para o caso?

A) Acompanhamento clínico com PSA Livre + Total a cada 3 meses.


B) Indicar biópsia transretal da próstata.
C) Utilizar de outros refinamentos do PSA, como densidade de PSA e fração livre para ajudar na decisão.
D) Pedir PSA Livre e se a relação PSAt/PSA livre for menor que 15%, indicar biópsia.

» Independentemente do valor do PSA, a presença de nódulo prostático ao toque retal significa câncer de próstata até prova em
contrário. Desse modo, o próximo passo é realizar uma biópsia transretal da próstata, o único exame capaz de confirmar em
definitivo este diagnóstico. Resposta: B.

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44 - 2020 HASP

Igor, 32 anos, encontra-se na unidade de emergência hospitalar com quadro clínico característico de cólica renal. Sabidamente é
portador de nefro litíase com antecedentes de crises, sendo a última Há 6 meses. Apresenta TC com contraste do dia anterior
evidenciando exclusão renal esquerda por cálculo em ureter proximal de 1,0 cm. Qual a conduta?

A) Sintomáticos IV e encaminhar para Litotripsia ambulatorial.


B) Sintomáticos IV, Urina I, hemograma, observação e Litotripsia ambulatorial.
C) Cateter duplo J e encaminhar para ureterolitotripsia.
D) Nefrolitotripsia Percutânea urgente.

» O termo "exclusão renal" significa que o contraste intravenoso não preencheu o parênquima renal, isto é, aquele rim "parou de
funcionar" devido ao processo obstrutivo agudo grave. Logo, estamos diante de uma situação de EMERGÊNCIA, uma ureterolitíase
obstrutiva complicada. Há que se fazer, portanto, a descompressão imediata do trato urinário. O melhor método para se
descomprimir a via urinária com rapidez, segurança e facilidade (pelo menos na maioria das vezes), é a implantação de um cateter
duplo-J (por cistoscopia ou por via percutânea). Posteriormente, com o paciente estabilizado, procede-se à ureterolitotripsia.
Resposta: C.

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45 - 2020 UHG

Homem, 61 anos de idade, em consulta, queixando-se nos últimos 10 meses de jato urinário fraco e intermitente, esforço para
iniciar a micção e necessidade de se levantar para urinar 3 vezes à noite. Nega infecções urinárias recentes. Ao toque retal,
observa-se próstata de consistência um pouco endurecida, sem nódulos palpáveis e com dimensões aumentadas. Assinale a
alternativa correta:

A) A principal hipótese diagnóstica é de adenocarcinoma de próstata e, dessa forma, está indicada a ressecção transuretral de
próstata (RTUp).
B) O diagnóstico de neoplasia maligna está excluído, uma vez que o toque retal não evidenciou nenhum nódulo.
C) Trata-se de paciente com hiperplasia prostática benigna e o tratamento deve ser medicamentoso, com agonistas da 5-alfa-
redutase.
D) Em caso de PSA elevado, deve-se solicitar biópsias da próstata para se excluir diagnóstico de neoplasia maligna.

» Os sinais e sintomas de franco prostatismo aventam como principal hipótese diagnóstica a hiperplasia prostática benigna.
Lembre-se que o CA de próstata "nasce" na região periférica da glândula e, por isso, dificilmente causa sintomas obstrutivos.
Ademais, seu tratamento não é a RTUp, e sim a cirurgia ou radioterapia (A errada). O diagnóstico de neoplasia maligna não está
excluído neste caso: mesmo na ausência de nódulos, já que existe endurecimento da glândula ao toque, sendo necessário avaliar
o PSA e, se este estiver elevado, deve-se realizar biópsias (B errada e D correta). O paciente tem hiperplasia prostática benigna,
sim, mas a droga de primeira linha para sintomas moderados a graves é o alfabloqueador, e não o inibidor de 5-alfa-redutase (C
errada). Resposta: D.

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46 - 2020 SMA - VR

Paciente masculino, 15 anos, vítima de politrauma por queda de bicicleta, apresenta fratura de pelve, uretrorragia, retenção
urinária e hematoma perineal, qual a porção da uretra é afetada com maior frequência?

A) Uretra membranosa.
B) Uretra bulbar.
C) Uretra Prostática.
D) Uretra Peniana.
E) Uretra Anterior.

» A lesão uretral é comumente associada às fraturas pélvicas, principalmente no sexo masculino, em que a uretra é mais longa do
que no sexo feminino. A porção POSTERIOR é a mais afetada. Esta é composta pelos segmentos prostático e membranoso. Na
fratura pélvica, o mais comum é a lesão da uretra membranosa, que acaba sendo separada do ápice prostático fazendo a próstata
ser deslocada superiormente devido ao hematoma pélvico que se desenvolve no espaço periprostático. Resposta: A.

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47 - 2020 INTO

Um homem de 54 anos de idade, assintomático, acaba de realizar seu primeiro exame de toque retal. O exame revelou aumento
do volume prostático, com um nódulo no seu lobo direito. Ele nunca realizou dosagem de PSA. Qual o próximo passo para
esclarecimento diagnóstico?

A) Cintilografia óssea para detecção de metástases.


B) Dosagem de PSA.
C) Pet-scam.
D) Repetir o toque retal em 3 meses.
E) Biópsia transretal guiada por ultra-sonografia.

» Paciente com presença de nódulo prostático detectado ao toque retal tem forte suspeição de adenocarcinoma de próstata, que
deve ter este diagnóstico confirmado através de biópsia transretal guiada por ultrassonografia. Somente após o diagnóstico
confirmado por análise histopatológica é que iremos solicitar exames de imagem para estadiamento. A dosagem de PSA é
utilizada normalmente como rastreamento, não sendo imprescindível para o diagnóstico neste momento onde o paciente já
apresenta forte suspeição de câncer pelo toque retal.
 
Resposta: E
48 - 2020 IFF

Um senhor de 68 anos de idade, portador de obesidade Grau II, hipertensão arterial sistêmica diabetes melitus tipo 2 e tabagista,
apresentou, durante a realização de exames complementares pré-operatórios para a colocação de balão intragástrico PSA (antígino
prostático específico) igual a 6,0ng/ml, com PSA livre de 1,2g/dl. O paciente não apresentava nenhuma queixa prostática e, no
exame físico, o toque retal identificou um endurecimento do lobo prostático esquerdo. Cintilografia óssea e tomografia do Tórax,
abdômen e pelve foram normais, assim como os níveis séricos de fosfatase alcalina e ácida. Assinale a alternativa que contém a
conduta diagnóstica CORRETA:

A) Deve ser realizada uma biópsia do Lobo esquerdo da próstata guiada por ultrassonografia transretal.
B) Deve ser realizada uma biópsia bilateral da próstata guiada por ultrassonografia transretal.
C) Deve ser feito apenas acompanhamento regular com exame físico e PSA, uma vez que a relação PSA livre/PSA total é maior que
10% e o paciente está assintomático, o que indica hiperplasia prostática benigna.
D) Deve ser realizada o mais rapidamente possível um prostatectomia curativa, uma vez que a relação PSA livre/PSA total é menor
que 25% e o paciente não apresenta evidências de metástases à distância.

» Pessoal, aqui não cabe muita dúvida... O INCA não indica rastreamento para CA de próstata em população assintomática, e o PSA
não faz parte dos exames pré-operatórios para colocação de um balão intragástrico (!). Porém, por alguma razão, dedidiu-se
submeter esse paciente ao screening, sendo evidenciado PSA > 4 e endurecimento prostático. Atualmente o mais aceito é que
paciente com PSA > 4 ng/ml tem indicação clara de biópsia prostática, assim como alterações do toque retal também indicam
biópsia. Ou seja, este paciente tem duas indicações precisas de biópsia prostática, que deve ser sempre bilateral e guiada por USG
transretal. Resposta: B.

49 - 2020 FMP

Os cálculos renais são compostos por cristais em uma matriz de proteínas. A maioria dos cristais contém cálcio, que pode se
associar com oxalato, fosfato, ou ambos; outros cálculos podem ser compostos por ácido úrico, fosfato de amônio e magnésio
(estruvita) ou cistina, isoladamente ou em combinação. Em relação a cada um destes tipos de cálculo renal, pode-se afirmar que:

A) Os cálculos renais que contém cálcio são mais frequentemente causados por excreção insuficiente de cálcio, de oxalato ou de
uratos ou por uma reabsorção excessiva de citrato
B) A hiperuricosúria pode ser observada em pacientes que ingerem grandes quantidades de purinas na dieta, como as que se
encontram nas carnes de vísceras, frutos do mar e alguns peixes
C) Os cálculos de estruvita formam-se apenas na presença de íons amônio e de um pH urinário igual ou superior a 7, que ocorre
apenas com presença de bactérias produtoras de urease, como Escherichia coli
D) A cistinuria é uma doença autossômica dominante causada por mutações genéticas, que resulta em uma redução da reabsorção
tubular renal e uma excreção urinaria excessiva dos aminoácidos dibásicos cistina, ornitina, lisina e arginina

» Vamos analisar as assertivas em relação aos diversos tipos de cálculos renais: A) Incorreta. A principal condição predisponente a
cálculos de oxalato de cálcio é a hipercalciúria idiopática, em que há aumento da excreção de cálcio e não por excreção insuficiente
de cálcio! B) Correta. Pacientes que ingerem grandes quantidades de purinas na dieta podem evoluir com hiperuricosúria. C)
Incorreta. A principal bactéria produtora de urease é o Proteus sp. A E. coli não é produtora de urease. D) Incorreta. A cistinúria é
uma doença de herança autossômica recessiva e não dominante. Portanto, a única correta é a letra B, nosso gabarito.

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50 - 2020 CEPOA

São fatores de risco para nefrolitíase, exceto:

A) Obesidade.
B) Baixa ingestão de proteínas.
C) Hipercalciúria.
D) Uso de Aciclovir

» Obesidade aumenta o risco de nefrolitíase por ácido úrico (a urina fica mais ácida, facilitando a precipitação de cristais de urato). A
hipercalciúria é o principal distúrbio metabólico associado à formação de cálculos de cálcio, devido à hiperssaturação da urina por
cálcio. O aciclovir, se ministrado em altas doses em bolus pela via intravenosa pode cristalizar no sistema urinário formando
cálculos. Enfim, a baixa ingesta proteica é fator de proteção contra a nefrolitíase! A explicação é a seguinte: as proteinas da dieta
são metabolizadas em compostos ácidos, e o H+ formado no processo é em parte tamponado no tecido ósseo, que sofre
desmineralização. O cálcio liberado neste momento é filtrado no glomérulo, concentrando-se na urina, o que facilita a formação de
cálculos. Com menos proteína na dieta, menor a chance disso acontecer, tanto que a limitação na ingesta proteica faz parte do
pacote de medidas terapêuticas indicadas para o formador crônico de cálculos... Resposta: B.

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51 - 2020 SCMC - MT

O envolvimento do SNC pode ocorrer durante qualquer estágio da sífilis e anormalidades laboratoriais do LCR são comuns em
pessoas infectadas já nos estágios iniciais da sífilis. Sendo correto que:

A) O T. pallidum invade precocemente o SNC dentro de horas a dias após a inoculação. A neuroinvasão pode ser transitória e está
bem estabelecido os preditores de sua persistência e do início de sinais e sintomas clínicos.
B) O T. pallidum invade precocemente o SNC dentro de horas a dias após a inoculação. A neuroinvasão pode ser transitória e não
está bem estabelecido os preditores de sua persistência e do início de sinais e sintomas clínicos.
C) O T. pallidum não invade precocemente o SNC dias após a inoculação. A neuroinvasão pode ser transitória e não está bem
estabelecido os preditores de sua persistência e do início de sinais e sintomas clínicos.
D) O T. pallidum invade precocemente o SNC dentro de horas a dias após a inoculação. A neuroinvasão nunca é transitória e não
está bem estabelecido os preditores de sua persistência e do início de sinais e sintomas clínicos.

» Boa questão retirada do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST). 
Vamos, então, relembrar um trecho que respondia a questão!
“O envolvimento do SNC pode ocorrer durante qualquer estágio de sífilis e anormalidades laboratoriais do LCR são comuns em
pessoas infectadas já nos estágios iniciais de sífilis pois o T. pallidum invade precocemente o SNC dentro de horas a dias após a
inoculação. A neuroinvasão pode ser transitória e não está bem estabelecido os preditores de sua persistência e do início de sinais
e sintomas clínicos.
O comprometimento sintomático do SNC nos estágios tardios (sífilis terciária), era uma condição extremamente comum na era
pré-antibiótica, afetando 5-10% de todas as pessoas que apresentavam sífilis não tratada. Era caracterizada por uma grande
variedade de anormalidades neurológicas, incluindo tabes dorsalis, AVC, demência e morte. A neurossífilis precoce aparece logo
após a infecção sifilítica, causa meningite e anormalidades nos nervos cranianos”.
 
Resposta: letra B.

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52 - 2020 PUC - RS

Homem, 66 anos, tabagista, consulta por hematúria e dor abdominal. Refere astenia e emagrecimento de 5 kg em dois meses. Ao
exame físico, apresenta mucosas descoradas e dor à palpação de massa em flanco direito. Hemoglobina 8,9 g/dL. Dentre os
achados presentes nesse caso, quais pertencem à tríade clássica do carcinoma de células claras de rim?

A) Emagrecimento, hematúria e massa palpável em flanco


B) Anemia, emagrecimento e massa palpável em flanco
C) Anemia, dor no flanco e emagrecimento
D) Hematúria, massa palpável em flanco e dor no flanco

» Questão bem direta, não é, gente? A maioria dos portadores de carcinoma de células claras é assintomática ao diagnóstico. Por
outro lado, a tríade clássica - hematúria + massa palpável + dor no flanco - é encontrada em apenas 10% dos casos. Hoje em dia, os
tumores costumam ser encontrados a partir de exames de imagem do abdome solicitados por outra condição. Resposta: D.

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53 - 2020 UFCG

Sobre o câncer de próstata, marque a alternativa correta:

A) O Principal tipo histológico é linfoma.


B) A cintilografia óssea no estadiamento da neoplasia, não tem papel importante, visto que o PSA elevado já caracteriza metástase
óssea.
C) O bloqueio androgênico tem sido utilizado no tratamento, principalmente nos casos de doença metastática.
D) Tratamento com radioquimioterapia é o tratamento de escolha para casos iniciais.
E) A biópsia da próstata transretal é um exame isento de complicações, portanto, o PSA elevado , já serve de diagnóstico para
neoplasia de próstata.

» Questão sobre o câncer de próstata. 


Letra A: Não O principal tipo histológico (95% dos casos) é o adenocarcinoma de próstata. INCORRETA
Letra B: De jeito nenhum. A cintilografia óssea está indicado em alguns casos para o estadiamento e a busca por metástases
ósseas. Principalmente casos de PSA elevado e/ou pacientes com sintoma. INCORRETA
Letra C: Sim. A castração química ou cirúrgica (bloqueio androgênico) é tradicionalmente usada para casos de doença avançada.
CORRETA
Letra D: Não. Casos iniciais de beneficiam de conduta expectante, prostatectomia radical ou radioterapia. O que vai determinar a
escolha é a expectativa de vida do paciente e a decisão compartilhada entre o paciente e seu médico. INCORRETA
Letra E: De jeito nenhum. Tem uma série de complicações e por isso a sua indicação deve ser precise. Uma das complicações mais
graves é a sepse pós procedimento! INCORRETA
 
Resposta: letra C.

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54 - 2020 SMS - PR

A hiperplasia prostática benigna (HPB) é uma das doenças mais comuns do homem e afeta aproximadamente 80% dos homens
com 80 anos. Já o câncer de próstata representa o tumor sólido visceral de maior prevalência entre os homens após 50 anos. Sobre
as doenças da próstata é CORRETO afirmar: I- Existem evidências que a HPB (Hiperplasia Prostática Benigna) possui componente
genético, tipicamente com padrão autossômico dominante. II- Na análise do câncer prostático, o escore de Gleason 7 indica tumor
de alto grau. III- A maioria dos cânceres de próstata originam-se na região de transição da próstata, diferente da hiperplasia
benigna que geralmente inicia na zona periférica. IV- O tratamento de primeira linha dos sintomas provocados pela Hiperplasia
Prostática Benigna (HPB) é feito com medicamentos alfa-bloqueadores. Estão corretos os itens:

A) II, III e IV.


B) I, II e IV.
C) I, III e IV.
D) I e IV.

» Apesar de ser uma espécie de "cabelo branco" da próstata, isto é, uma alteração quase que naturalmente esperada com o
envelhecimento, a hiperplasia prostática benigna não ocorre em 100% dos casos. Supõe-se, portanto, que existam influências
genéticas em seu surgimento, e há indícios na literatura de que isso de fato acontece (I verdadeira). Gleason igual a 7 indica tumor
de grau intermediário. Alto grau corresponde a um Gleason maior ou igual a 8 (II falsa). A maioria dos cânceres da próstata se
origina da zona periférica da glândula (palpável ao toque), enquanto a hiperplasia prostática benigna costuma aparecer na região
de transição e periuretral (III falsa). As drogas mais utilizadas no tratamento clínico da HPB são alfabloqueadores e os inibidores de
alfa-redutase. Os alfabloqueadores são considerados a classe de primeira linha, pois funcionam em todos os pacientes, ao passo
que os inibidores de alfa-redutase só funcionam nos portadores de próstatas muito hipertrofiadas (IV verdadeira). Resposta: D.

55 - 2020 HRD

Um homem de 72 anos vai ao pronto atendimento queixando-se de dor suprapúbica intensa iniciada há 30 minutos, além da
impossibilidade de realizar a micção, a despeito do intenso desejo de urinar. É portador de depressão maior e hiperplasia
prostática benigna e faz uso diário de sertralina, haloperidol e doxazosina há 7 dias. Ao exame físico, apresenta-se agitado,
sudorético, alerta e orientado. A palpação do abdômen revela estrutura arredondada suprapúbica palpada até o nível da cicatriz
umbilical, com submacicez à percussão. Sem outras anormalidades ao exame físico. Considerando o quadro clínico apresentado,
assinale a conduta imediata MAIS ADEQUADA para esse paciente:

A) Indicar a realização de cistostomia de urgência.


B) Indicar a realização de ressecção transuretral da próstata.
C) Suspender a sertralina e realizar o cateterismo vesical de demora.
D) Suspender o haloperidol e realizar o cateterismo vesical de alívio.

» Os sinais e sintomas permitem o diagnóstico clínico de retenção urinária aguda, a emergência urológica mais comum em homens
idosos portadores de hiperplasia prostática benigna. A retenção urinária aguda pode ser causada por fatores como introdução
recente de certos medicamentos, como antipsicóticos (com destaque para o haloperidol), infecção urinária, infarto prostático e
urolitíase. As demais drogas que o paciente toma NÃO estão associadas a risco aumentado de retenção urinária (a doxazosina,
pelo contrário, pode ser usada em seu tratamento). Logo, no caso em tela, vamos suspender o haloperidol... Com relação à
abordagem terapêutica imediata, esta consiste na passagem de um cateter vesical de alívio. Repare que a princípio vamos planejar
apenas um cateterismo de alívio, e não o implante de um cateter de demora. O motivo? Ora, identificamos um fator causal
rapidamente removível, logo, esperamos que o problema não se repita após a suspensão da droga. Resposta: D.

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56 - 2020 HSD - MA

Paciente de 95 anos com 3 irmãos diagnosticados com câncer de próstata, hipertenso, diabético, dialítico, com passado de
prostatite. Em relação ao rastreamento para neoplasia de próstata, assinale a correta:

A) Deve ser realizado devido à história familiar importante.


B) Deve ser realizado devido à idade.
C) Deve ser realizado devido às doenças crônicas.
D) Não deve realizar rastreamento.
E) Deve ser realizado devido à doença prostática prévia.

» É ÓBVIO que este paciente não deve ser rastreado para câncer de próstata. Trata-se de paciente com mais de 80 anos de idade
(expectativa de vida < 10 anos), portador de múltiplas comorbidades graves. Num caso como este, o diagnóstico e consequente
tentativa de tratamento de um CA de próstata causarão mais danos do que benefícios. Se porventura um diagnóstico de câncer
acabar sendo feito neste paciente, a conduta a ser adotada consiste em tratamento paliativo, a fim de evitar distanásia
(prolongamento do processo de morrer com sofrimento) e terapia fútil. Resposta: D.

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57 - 2020 PMFI

Homem de 35 anos está em sua primeira crise de cólica renal. TC abdome e pelve evidencia cálculo uretral proximal de 5 mm, sem
sinais obstrutivos. A conduta inicial mais apropriada é:

A) Ureterolitotripsia com laser.


B) Colocação de stent ureteral (duplo-J).
C) Litotripsia extracorpórea.
D) Conduta expectante.

» A conduta frente a um cálculo renal depende basicamente do tamanho, localização, densidade e complicadores associados ao
mesmo. Assim, para cálculos menores de 8 mm em que não há insuficiência renal, hidronefrose, infecção associada ou dor
refratária, podemos adotar conduta expectante com o uso de fármacos, como a tansulosina, que auxiliam no relaxamento da
musculatura lisa do trato urinário e excreção do cálculo.
 
Gabarito: Alternativa D.

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58 - 2020 UFT

A hiperplasia prostatica benigna (HPB) é considerada a neoplasia interna benigna mais comum do homem adulto. Apesar de ser
uma doença benigna, em casos mais graves, pode exigir cirúrgico complexo. O Escore internacional de Sintomas Prostáticos,
International Prostate Symptom Score (IPSS), classifica a intensidade dos sintomas e propõe as modalidades de tratamentos a
serem consideradas. Em relação ao escore IPSS e ao tratamento da hiperplasia prostática benigna, é INCORRETO afirmar.

A) Uma pontuação de escore IPSS abaixo de 7 corresponde a sintomas leves.


B) O tratamento farmacológico envolve terapias combinadas, isoladas e alternativas, dentre elas, bloqueio alfa- adrenérgico e uso
de inibidore da 5-alfarredutase.
C) A cirurgia aberta é considerada, em pontuações do escore IPSS, maiores que 15, mesmo na ausência de outros parâmetros
(resíduo, redução do fluxo miccional) ou complicações.
D) Na hiperplasia prostática benigna, a pontuação de 10 pontos no IPSS, pode ter tratamento cirúrgico transuretral e
farmacológico.
E) Pacientes com sintomas discretos são passiveis de acompanhamento urológico sem tratamento (vigilância ativa).

» IPSS entre 0 e 7 representa sintomatologia leve; entre 8 a 19 moderada; de 20 a 35 grave (A correta). O tratamento conservador
pode envolver monoterapia ou terapia combinada. As principais drogas são os bloqueadores alfa-adrenérgicos, que reduzem o
tônus do esfíncter uretral prostático aliviando a obstrução, e os inibidores da 5-alfa-redutase, que diminuem a produção local de
androgênios, reduzindo o tamanho da glândula (B correta). A cirurgia é considerada principalmente em pacientes com IPSS grave
(de 20 a 35) que não respondem ao tratamento farmacológico ou que desenvolvem complicações (C errada). Com um IPSS
moderado (ex.: 10), a resposta incompleta ao tratamento farmacológico pode ser abordada com complementação de abordagem
intervencionista, como a RTU de próstata (D correta). Sintomas leves podem ser apenas acompanhados (vigilância ativa), sem
qualquer intervenção farmacológica ou cirúrgica (E correta). Resposta: C.

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59 - 2020 SMSCG

Sobre litíase urinária e cólica nefrética, pode-se afirmar que:

A) hioscina é suficiente para alívio do quadro de dor


B) dor de início na região lombar reforça o diagnóstico de litíase renal
C) a maioria dos casos de litíase renal são resolvidos com litotripsia extracorpórea
D) o principal determinante da eliminação espontânea é a largura do cálculo urinário

» A principal droga para alívio da dor na cólica nefrética é o anti-inflamatório não esteroidal! A hioscina (antiespasmódico) se
mostrou inferior em estudos clínicos. A inibição de citocinas é o fator fundamental para melhora da dor e do próprio estímulo ao
espasmo (A errada). A cólica nefrética é mais localizada nos flancos do que na região lombar propriamente (B errada). A maioria
dos casos de litíase são resolvidos com tratamento conservador, a terapia médica expulsiva (C errada). O principal determinante da
chance de sucesso da terapia médica expulsiva é o tamanho do cálculo. Cálculos > 10 mm têm probabilidade muito reduzida de
serem espontaneamente expulsos (D correta). Resposta: D.

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60 - 2020 UNCISAL

Considere a imagem e responda a correta

A) Caso o paciente apresente uma creatinina de 2,5 mg/dL deve se tratar de um caso de Insuficiência Renal Aguda obstrutiva
B) Há uma grande chance de encontrarmos familiares acometidos pela mesma patologia
C) A hematúria macroscópica é uma complicação que acomete mais de 80% dos pacientes portadores dessa patologia
D) O surgimento de neoplasias renais nesses pacientes é um achado que supera os 50%
E) É consenso que o uso de inibidores de SGLT2 são medicamentos úteis nessa patologia

» A imagem sonográfica mostra um rim policístico. Sabemos que a causa mais comum deste problema é a doença renal policística
autossômica dominante (DRPAD), condição de caráter hereditário em que vários membros de uma mesma família (em torno de
60% das vezes) costumam ser acometidos (B correta). Não há relação obrigatória com obstrução do trato urinário (A errada). A
principal manifestação clínica é a hipertensão arterial, que aparece em 70-100% dos casos. Hematúria também pode acontecer,
mas numa proporção inferior (C errada). Não há relação com neoplasia renal primária, ao contrário do "rim multicístico displásico"
(D errada). Não há indicação de iSGLT2 nesta patologia! Até o momento não existe um tratamento específico para a DRPAD (E
errada). Resposta: B.

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61 - 2020 UEVA

Paciente de 65 anos, sexo masculino, chega ao consultório médico apresentando sintomas urinários obstrutivos progressivos há
dez anos com piora importante no último ano. Foi realizada uma ultrassonografia que evidenciou uma próstata de
aproximadamente 140 g, bexiga trabeculada com alguns divertículos esparsos e presença de um cálculo vesical de 1 cm. Ao exame
físico apresentava ao toque retal próstata de consistência fibroelástica e sem nódulos palpáveis. PSA (Prostate Specific Antigen²):
2,5 ng/ml. De acordo com o caso apresentado qual é o tratamento correto?

A) Prostatectomia suprapúbica transvesical.


B) Tratamento medicamentoso com tansulosina e dutasterida.
C) Ressecção transuretral da próstata.
D) Prostatectomia radical.

» Homem idoso, com sintomas lentamente progressivos de prostatismo, apresenta ao exame uma próstata MUITO GRANDE (> 100 g
de peso estimado), sendo sua bexiga "trabeculada" (sinal de hipertrofia importante do detrusor), e complicada pela presença de
divertículos e cálculo vesical, duas indicações independentes para tratamento intervencionista da hiperplasia prostática benigna.
Por que está indicada uma prostatectomia transvesical e não uma RTU de próstata? Bem, além de remover a próstata é preciso
ressecar o divertículo e remover o cálculo vesical, o que deve ser feito por meio da abordagem transvesical (a cavidade pélvica é
aberta, o divertículo identificado e ressecado, a bexiga seccionada permite a retirada do cálculo e da próstata). Resposta: A.

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62 - 2020 SCMGO

Homem de 30 anos tem história de nefrolitíase assintomática em rim direito. Evolui com febre de 40º e dor intensa em flanco
direito há doze horas. Ao exame: Giordano positivo à direita, regular estado geral, frequência cardíaca de 120 BPM, pressão arterial
de 90x60 mmHg, saturação de O₂ = 90% em ar ambiente. Nos exames laboratoriais, observam-se hemoglobina de 13,5 g/dL,
leucócitos de 20.500/mm³, plaquetas de 250 mil /mm³, ureia de 60 mg/dL; creatinina de 0,9 mg/dL. Após melhora dos parâmetros
hemodinâmicos, foi realizada tomografia de abdome que revelou hidronefrose à direita, com cálculo de 5 mm impactado em ureter
proximal direito. Além de reposição volêmica, coleta de culturas, início de antibioticoterapia empírica e cuidados de terapia
intensiva, indica-se:

A) desobstrução de via urinária com urologista, quando houver melhora do quadro infeccioso.
B) desobstrução de via urinária, se houver piora evolutiva de função renal.
C) terapia expulsiva para o cálculo com tansulosina e hidratação.
D) desobstrução de via urinária em caráter de urgência.

» Vamos aproveitar essa questão para relembrar as indicações de abordagem urológica de urgência em pacientes com nefrolitíase:
Infecção associada, anúria, insuficiência renal aguda e cólica nefrética refratária à analgesia.
 
Gabarito: Alternativa D.

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63 - 2020 AMS - APUCARANA

Considerando a importância do rastreamento de câncer de próstata, a possibilidade de dano decorrente do rastreamento


indiscriminado e, a dificuldade de divulgação e adesão às diretrizes sobre este assunto selecione, entre as alternativas abaixo, a
conduta que pode ser útil na prática diária para o diagnóstico precoce do câncer de próstata:

A) Indicar rastreamento de forma individualizada, após decisão informada, para homens acima de 50-55 anos, sem risco
aumentado para câncer de próstata.
B) Indicar rastreamento de forma individualizada, após decisão informada, para homens acima de 40-45 anos, sem risco
aumentado para câncer de próstata.
C) Indicar rastreamento para todos homens acima de 40-45 anos sem risco aumentado para câncer de próstata.
D) Indicar rastreamento para todos homens acima de 50-55 anos com risco aumentado para câncer de próstata.

» Dica que sempre falamos… Se este tipo de questão aparecer em Medicina Preventiva, siga o Ministério da Saúde e não rastreie! Em
contrapartida, se cair em cirurgia, siga as recomendações das bibliografias cirúrgicas e rastreie! Assim, segundo essas referência,
há indicação de rastreamento para o câncer de próstata de forma individualizada, após decisão informada, para homens acima de
50-55 anos, sem risco aumentado para a doença. Do mesmo modo, indica-se o mesmo rastreamento em homens acima de 40-45
anos, com risco aumentado para câncer de próstata.
 
Resposta: letra A.

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64 - 2020 UEVA

Durante um plantão em um pronto-socorro chega uma paciente de 35 anos com quadro de cólica nefrética à direita associado à
febre de 39ºC. Foi solicitada uma tomografia que evidenciou um cálculo 2 cm na pelve renal direita com hidronefrose à montante.
O exame laboratorial apresentou uma leucocitose de 18.000 leucócitos com 8% de bastões. Qual é a melhor conduta do plantonista
no momento?

A) Prescrever ciprofloxacina por 10 dias e encaminhar ao ambulatório da urologia.


B) Prescrever norfloxacina, internar e solicitar a avaliação de um urologista.
C) Prescrever ceftriaxona, internar e solicitar a avaliação de um urologista.
D) Prescrever tansulosina, analgesia e encaminhar ao ambulatório da urologia.

» Estamos diante de um quadro de ureterolitíase obstrutiva complicada com infecção. Trata-se, portanto, de uma importante
emergência urológica, que requer, além de pronto início de antibioticoterapia empírica contra germes causadores de ITU (num
homem jovem, vamos cobrir principalmente bacilos Gram-negativos entéricos, e uma cefalosporina de terceira geração, como a
ceftriaxona, é considerada adequada - norfloxacina não penetra no trato urinário alto, logo, não é uma escolha adequada), a
rápida descompressão da via urinária a montante do ponto de obstrução. Para tanto, evidentemente, será necessária a avaliação
do urologista, que decidirá a melhor via para realizar a desobstrução (nefrostomia percutânea ou implante de cateter duplo-J).
Melhor resposta: C.

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65 - 2020 HAC - PR

Qual agente único preferido para expulsão medicamentosa de cálculo ureteral distal?

A) Nifedipina
B) Solu-Medrol
C) Tamsulosina
D) Ibuprofeno
E) Terazocin

» Vamos lembrar que, com relação ao tamanho do cálculo, como um preditor de eliminação espontânea, a metanálise disponível e
com maior peso na literatura (como descrito nas diretrizes de cálculo ureteral da AUA) demonstra taxa de eliminação de 68% para
cálculos de 5 mm ou menos, e chance estimada de 47% para cálculos de 6 a 10 mm. Essas taxas podem ser melhoradas com
terapia médica expulsiva (TME) utilizando bloqueadores de canal de cálcio (como a nifedipina) ou bloqueadores de receptores α
(como a tansulosina).  
Os α-bloqueadores pareceram oferecer um aumento global maior de eliminação espontânea, com elevação absoluta nas chances
de passagem calculada em 29% para todos os cálculos. 
 
Resposta: letra C.

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66 - 2020 UEVA

Durante um plantão em um pronto-socorro chega uma paciente de 35 anos com quadro de cólica nefrética à direita associado à
febre de 39ºC. Foi solicitada uma tomografia que evidenciou um cálculo 2 cm na pelve renal direita com hidronefrose à montante.
O exame laboratorial apresentou uma leucocitose de 18.000 leucócitos com 8% de bastões. Indique o tratamento urológico correto
após o primeiro atendimento.

A) Passar um cateter duplo J e tratar o cálculo em um segundo tempo.


B) Nefrolitotripsia percutânea e passagem de cateter duplo J.
C) Litotripsia extracorpórea.
D) Ureterorrenolitotripsia flexível e passagem de cateter duplo J.

» O quadro é de ureterolitíase complicada por obstrução infecção urinária, uma verdadeira emergência urológica, que requer
antibioticoterapia empírica e rápida desobstrução do trato urinário. A melhor e mais fácil forma de desobstruir o trato urinário,
que funciona na imensa maioria das vezes, mesmo para cálculos altos (até porque pode ser realizada por via percutânea, caso a
via endourológica - preferencial - não seja bem sucedida), consiste na passagem de um cateter duplo-J. Vale lembrar que NÃO SE
DEVE RETIRAR O CÁLCULO NUM PRIMEIRO MOMENTO! A manipulação do trato urinário necessária para tal acarreta alto risco de
bacteremia (por gerar grandes e persistentes aumentos de pressão no trato urinário), o que possui elevada chance de promover
um quadro de sepse fulminante, com rápida instalação de falência orgânica múltipla. O cálculo deve ser removido num segundo
tempo, após estabilização clínica do paciente promovida pela desobstrução do trato urinário e tratamento clínico da infecção.
Resposta: A.

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67 - 2020 UFS

Homem, 74 anos, performance status ECOG 2, com diagnóstico de Câncer de próstata, refratário ao tratamento hormonal,
apresenta metástases ósseas. Encontra-se em tratamento com quimioterapia e bisfosfonato. Sua dor é inicialmente bem
controlada com morfina de liberação prolongada, 60mg, 02X/dia e resgate com morfina de curta duração, além de prednisona
20mg/dia e dipirona 04g/dia. Atualmente sem controle adequado da dor. Qual das abordagens a seguir pode ser considerada a
melhor opção no momento:

A) Aumentar a dose de morfina em 50%,


B) Introduzir pregabalina 75mg, 02 vezes ao dia.
C) Associar tramadol ou codeína.
D) Mudar para metadona 60 mg, por via oral, 2 vezes ao dia.

» Temos um paciente portador de CA de próstata avançado (com metástases ósseas) e refratário ao tratamento de última linha
(quimioterapia). Logo, temos um paciente que merece cuidados paliativos exclusivos, já que possui doença incurável e fatal,
devendo nossos esforços se focarem na promoção do máximo de conforto possível. Neste sentido, o controle da dor é a peça
fundamental da conduta terapêutica, e se o paciente está em uso de morfina, mas a dose atual não está resolvendo a dor, o que se
deve fazer é AUMENTAR a dose de morfina, lembrando que nos cuidados paliativos exclusivos não existe dose "teto" de morfina
nem tampouco o risco de drogadição se torna uma preocupação para nós (por isso não é preciso substituir a morfina por
metadona, uma droga utilizada no tratamento da dependência aos opioides - D errada)... A morfina é um opioide forte, não faz
sentido utilizar opioides de potência moderada, como tramadol ou codeína (C errada). Pregabalina é um anticonvulsivante que
pode ser usado no tratamento da dor neuropática. A dor deste paciente é somática (metástase óssea), sendo a droga de escolha a
morfina em dose adequadamente titulada (B errada). Resposta: A.

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68 - 2020 SES - GO

A urofluxometria é recomendada para uma investigação especializada ou é necessária antes do tratamento invasivo da hiperplasia
prostática benigna e/ou obstrução intravesical. A urofluxometria envolve o registro eletrônico da taxa de fluxo urinário ao longo do
curso da micção. É um exame urodinâmico comum e não invasivo. Os resultados da urofluxometria não são específicos para as
causas dos sintomas. Por exemplo, uma taxa de fluxo anormalmente baixa pode ser causada por uma obstrução (por exemplo,
hiperplasia prostática benigna, estenose uretral, estenose meatal) ou por hipocontratilidade do detrusor. Na avaliação de paciente
com sintomas do trato urinário inferior por urofluxometria,

A) a taxa de pico fluxo identifica mais especificamente os pacientes com obstrução intravesical do que a taxa de fluxo média. As
taxas de fluxos não têm boa acurácia se o volume avaliado for inferior de 125 a 150 mL.
B) o registro da taxa de fluxo é o melhor teste urodinâmico não invasivo para detectar obstrução do trato urinário inferior. As
evidências atuais são suficientes para recomendar valor de corte para adequar a terapia.
C) a taxa de pico de fluxo diminui com o avanço da idade e com o aumento do volume urinado. Atualmente, é recomendada
correção da taxa de pico de fluxo de acordo com a idade e com o volume urinado.
D) a taxa de pico de fluxo inferior a 15 mL/s não diferencia obstrução intravesical de descompensação da bexiga (ou hipoatividade
do detrusor). Embora exista uma incerteza considerável, os pacientes com uma taxa de pico de fluxo maior que 10 mL/s parecem
ter piores resultados de tratamento após a prostatectomia do que os pacientes com uma taxa de pico de fluxo menor que 10 mL/s

» Questão que faz uma revisão sobre a primeira fase do estudo urodinâmico. Trata-se da urofluxometria inicial. 
Letra A: Exato. O fluxo máximo (Qmáx) avalia bem melhor a possibilidade de obstrução infravesical em comparação com a taxa de
fluxo médio. Normalmente, no paciente obstruindo a urofluxometria é “em cauda”. Ou seja, tem episódios de subida e descida
com rapidez. Além disso, como bem sabemos, uma fluxometria com menos de 125-150 ml leva a redução da acurácia do exame.
CORRETA
Letra B: Não. As taxas de fluxo podem apresentar muitas semelhanças entre as doenças e não devem direcionar o tratamento.
INCORRETA
Letra C: Não é recomendada essa correção de acordo com a idade. INCORRETA
Letra D: Os pacientes com uma taxa de pico de fluxo maior que 10 mL/s parecem ter MELHORES resultados de tratamento após a
prostatectomia do que os pacientes com uma taxa de pico de fluxo menor que 10 mL/s. INCORRETA
 
Resposta: letra A.

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69 - 2020 SES - GO

O cateterismo intermitente limpo (CIL) provou ser o meio mais eficaz e prático de manter o paciente sem sondagem vesical de
demora na maioria dos pacientes que não conseguem esvaziar a bexiga espontaneamente. O CIL revolucionou o tratamento de
casos difíceis de disfunção neuromuscular vesical, fornecendo um método seguro e eficaz que preserva a independência do
paciente para esvaziar a bexiga nos casos em que a continência foi alcançada farmacologicamente ou cirurgicamente, produzindo
retenção urinária total ou parcial. Cateteres de longa permanência devem ser considerados quando limitações anatômicas,
funcionais ou familiares proíbem a realização do CIL. O cateterismo contínuo também pode ser indicado em pacientes com
complicações de incontinência persistente ou disreflexia autonômica, apesar da terapia ou quando uma pequena capacidade da
bexiga proíbe CIL eficaz. Assim, em relação ao cateterismo vesical, pode-se afirmar o seguinte:

A) o cateterismo de longa permanência é inferior ao CIL, especificamente em relação às complicações do trato urinário e à
qualidade de vida.
B) a bacteriúria assintomática é incomum em pacientes que realizaram CIL ou são portadores de cateteres de longa permanência e
não requerem tratamento, a menos que o paciente se torne sintomático.
C) as complicações mais comuns associadas ao uso de cateter incluem infecções (epididimite, abscesso periuretral, pielonefrite),
cálculos renais e da bexiga, estenose uretral e refluxo vesicoureteral.
D) o paciente com lesão medular com um cateter vesical de uso crônico tem risco a longo prazo de carcinoma vesical. Essa
associação também foi identificada em pacientes que realizam cateterismo intermitente.

» Conforme o próprio enunciado explica, o cateterismo de longa permanência é inferior ao cateterismo limpo intermitente (CIL), já
que apresenta maior taxa de complicações e pior qualidade de vida (A correta). Bacteriúria assintomática é frequente em pacientes
que manipulam o trato urinário, mesmo que através do CIL (B errada). As principais complicações associadas ao cateter vesical são
as infecções, os cálculos, a estenose uretral traumática e o refluxo vesicoureteral (C correta). A associação com câncer de bexiga só
foi demonstrada em relação ao cateter vesical de demora, e não com o cateterismo intermitente (D errada). Enfim, existem duas
opções corretas (A e C). A banca deu como gabarito a letra C.

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70 - 2020 SMS - SINOP

Assinale a alternativa com o medicamento mais eficaz para terapia expulsiva de cálculo ureteral.

A) Nifedipina
B) Alopurinol
C) Doxazosina
D) Hidroclorotiazida

» A terapia expulsiva deve ser realizada para cálculos de até 1 cm em ureter distal e médio, e tentada por até quatro semanas. A
classe medicamentosa mais utilizada são os alfa-bloqueadores como tansulosina 0,4 mg/d ou doxazosina 2-4 mg/d. Bloqueadores
de canal de cálcio ou corticóides também podem ser utilizados com menos sucesso. Lembre-se que os receptores alfa estão mais
concentrados no ureter médio e principalmente distal.
Alternativa C está correta.

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71 - 2020 MULTIVIX

Sobre a formação de cálculos urinários, assinale a alternativa incorreta:

A) Hiperparatireoidismo primário, mieloma múltiplo e doença de Cushing são causas de hipercalciúria reabsortiva.
B) Na Hipercalciuria Absortiva Tipo III, ocorre perda de fosfato pelo rim, elevação de produção de vitamina D e aumento na
absorção intestinal de cálcio.
C) Diuréticos Tiazídicos são indicados no tratamento da Hipercalciúria Renal.
D) A infecção intestinal pela bactéria Oxalobacter formigenes leva à maior absorção de oxalato.

» Questão sobre a formação de cálculos urinários:


Letra A - CORRETA: a hipercalciúria reabsortiva ocorre pelo excesso de reabsorção óssea, como no hiperparatireoidismo primário,
na osteroporose por hipercatabolismo ósseo da doença de Cushing e nas lesões líticas do mieloma múltiplo.
Letra B - CORRETA: as hipercalciúrias absortivas podem ser de três tipos: independente da dieta (tipo I), dependente da dieta (tipo
II) e por perda renal de fosfato, gerando aumento na vitamina D e maior absorção intestinal de cálcio (tipo III), levando a
hipercalcemia e hipercalciúria.
Letra C - CORRETA: os diuréticos tiazídicos aumentam a reabsorção proximal de cálcio, pela contração do volume extracelular, por
isso são indicados na hipercalciúria renal (idiopática). Entretanto, vale lembrar que um dos efeitos colaterais da terapia com
tiazídicos é o desenvolvimento de hipocitratúria. Este defeito supostamente é secundário à hipocalemia e à acidose intracelular
resultante, que podem se desenvolver após terapia prolongada com tiazídicos.
Letra D - Incorreta: o Oxalobacter formigenes, bactéria que pode ser encontrada no intestino de animais, inclusive em humanos,
degrada o oxalato, motivo pelo qual pessoas com a bactéria tem 70% menos chance de terem litíase urinária. No entanto é uma
bactéria sensível à maioria dos antibióticos, não sendo encontrada em muitos pacientes.
 
Resposta: letra D.

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72 - 2020 SISE – SUS

Prevenção secundária, ou rastreamento, é a ação realizada para detectar um problema de saúde em estágio inicial, muitas vezes
em estágio subclínico, facilitando o diagnóstico definitivo, o tratamento e reduzindo ou prevenindo sua disseminação e os efeitos
de longo prazo. Trata-se de exames de rastreio, exceto:

A) Colonoscopia para detecção do câncer colorretal


B) Mamografia para detecção do câncer de mama
C) Papanicolau para detecção de câncer do colo do útero
D) Biopsia de próstata guiada por ultrassom para detecção de câncer prostático

» A biópsia de próstata guiada por ultrassonografia é um exame para confirmar neoplasia de próstata. O exame utilizado para o
rastreio do câncer de próstata é a dosagem de PSA e exame de toque retal. Em caso de PSA alterado ou toque retal alterado
(nódulos ou endurecimento), a biópsia de próstata está indicada.
Alternativa D está correta.
73 - 2020 SES - MA

A diminuição da excreção de citrato na urina causa o surgimento de cálculos renais compostos de

A) carbonato de cálcio.
B) estruvita.
C) cistina.
D) oxalato de cálcio.
E) fosfato de cálcio.

» O citrato é uma substância normalmente excretada na urina que tem a função de inibir a formação de cálculos de cálcio de
qualquer tipo, como carbonato, oxalato e fosfato. O citrato "quela" o cálcio, tornando-o indisponível para formação de cristais... O
citrato de cálcio possui elevada solubilidade em meio aquoso, reduzindo, desse modo, a superssaturação da urina pelo excesso de
cálcio. Logo, as letras A, D e E respondem a questão. Felizmente, a banca reconheceu o erro e ANULOU a questão após os
recursos.

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74 - 2020 PSU - AL

Paciente do sexo masculino, 70 anos de idade, é levado por familiares ao Pronto Socorro com queixa de dor em hipogástrio há
duas horas, que vem piorando. O paciente relata também esforço excessivo para iniciar a micção, gotejamento pós-miccional e
diminuição do jato urinário há alguns meses. Nega comorbidades ou uso de medicamentos. Ao exame físico, bom estado geral;
ausculta cardíaca e respiratória sem alterações; abdome distendido em hipogástrio com dor à palpação, sem sinais de irritação
peritoneal; toque retal com próstata medindo cerca de 5 polpas digitais e sem lesões tocáveis ou sangue em dedo de luva. De
acordo com o caso clínico, indique a principal suspeita etiológica para a causa que levou o paciente ao Pronto Socorro.

A) Infecção urinária.
B) Litíase urinária.
C) Hiperplasia prostática benigna.
D) Bexiga de esforço.

» Homem idoso, com queixas prévias de prostatismo arrastado e progressivo, apresenta um quadro de obstrução urinária baixa
aguda, com bexigoma ao exame físico e próstata bastante aumentada ao toque retal. Qual a doença de base? É claro que se trata
de uma hiperplasia prostática benigna! Resposta: C.

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75 - 2020 PSU - AL

Paciente do sexo masculino, 70 anos de idade, é levado por familiares ao Pronto Socorro com queixa de dor em hipogástrio há
duas horas, que vem piorando. O paciente relata também esforço excessivo para iniciar a micção, gotejamento pós-miccional e
diminuição do jato urinário há alguns meses. Nega comorbidades ou uso de medicamentos. Ao exame físico, bom estado geral;
ausculta cardíaca e respiratória sem alterações; abdome distendido em hipogástrio com dor à palpação, sem sinais de irritação
peritoneal; toque retal com próstata medindo cerca de 5 polpas digitais e sem lesões tocáveis ou sangue em dedo de luva. Após a
avaliação inicial, determine a conduta mais adequada.

A) Solicitar uma ultrassonografia de rins e vias urinárias.


B) Solicitar exame de urina.
C) Fazer terapia antibiótica e analgesia.
D) Realizar sondagem vesical de alívio.

» O primeiro passo frente a uma retenção vesical aguda consiste no alívio da mesma através da passagem de um cateter vesical.
Muitos pensam - erroneamente - que tal procedimento se torna mais difícil na vigência de hiperplasia prostática benigna, mas isso
não é verdade: na imensa maioria das vezes um profissional minimamente experiente em cateterismo vesical consegue realizar o
procedimento com sucesso, não sendo necessário recorrer à punção supra-púbica. Outras medidas para esclarecer o que levou à
descompensação da HBP (ex.: ITU, litíase, infarto prostático) bem como se existem ou não complicações (ex.: nefropatia obstrutiva,
com hidronefrose bilateral), serão tomadas APÓS o cateterismo vesical de alívio. Resposta: D.

Video comentário: 252901

76 - 2020 PSU - AL

Paciente do sexo masculino, 70 anos de idade, é levado por familiares ao Pronto Socorro com queixa de dor em hipogástrio há
duas horas, que vem piorando. O paciente relata também esforço excessivo para iniciar a micção, gotejamento pós-miccional e
diminuição do jato urinário há alguns meses. Nega comorbidades ou uso de medicamentos. Ao exame físico, bom estado geral;
ausculta cardíaca e respiratória sem alterações; abdome distendido em hipogástrio com dor à palpação, sem sinais de irritação
peritoneal; toque retal com próstata medindo cerca de 5 polpas digitais e sem lesões tocáveis ou sangue em dedo de luva.
Supondo que o paciente evolua com quadros de repetição semelhantes ao descrito no caso, indique a conduta mais adequada.

A) Profilaxia antibiótica contínua.


B) Terapia para prevenção de formação de cálculos urinários.
C) Ressecção transuretral da próstata.
D) Cirurgia para suspensão da bexiga.

» Retenção urinária recorrente num quadro de hiperplasia prostática benigna é indicação clássica de tratamento intervencionista,
sendo o método de escolha a ressecção transuretral da próstata (RTUP). Resposta: C.

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77 - 2020 SMS - LRV

Qual dos seguintes tratamentos não é eficaz para aliviar a cólica renal?

A) Morfina.
B) Dipirona.
C) Hioscina.
D) Diclofenaco.

» As drogas de escolha para alívio da dor relacionada à ureterolitíase obstrutiva (cólica nefrética) são os anti-inflamatórios não
esteroidais, de preferência pela via parenteral, como o tenoxicam ou diclofenaco. Viu-se que um fator crucial na gênese do
espasmo ureteral é a produção local de citocinas pró-inflamatórias, daí a eficácia dos AINE... Casos refratários, ou com dor muito
acentuada no início, também se beneficiam de opioides como a morfina. Dipirona é um analgésico simples, que pode ser útil em
casos de dor menos intensa, particularmente em associação à hioscina, que é um antiespasmódico ureteral. Antigamente o papel
da hioscina como analgésico na cólica nefrética era sobrevalorizado: como dissemos, hoje já está claro que os AINE são superiores.
No entanto, isso não quer dizer que a hioscina (principalmente em associação à dipirona) não seja útil. Logo, questão SEM
RESPOSTA CERTA, que foi devidamente anulada pela banca após os recursos.

Video comentário: 251308

78 - 2020 UEM

Que tipo histológico de carcinoma de próstata é o mais frequente?

A) Acinoso.
B) Mucinoso.
C) Cribiforme.
D) Endometrióide.
E) Cistoadenocarcinoma.

» Mais de 95% dos tumores malignos da próstata são adenocarcinomas. O subtipo histológico mais comum é adenocarcinoma
acinar usual (também chamado de "acinoso"). Resposta: A.

Video comentário: 253620

79 - 2020 UEM

Nos tumores germinativos (malignos) dos testículos são considerados marcadores tumorais.

A) Antígeno Carcino Embrionário.


B) Alfa Feto Proteína e fração Beta de Gonadotrofina coriônica.
C) Relação do Psa Total e Psa Livre > 20%.
D) Ca 125.
E) Ca 19-9.

» São 3 os marcadores sorológicos associados aos diferentes subtipos histológicos de câncer de testículo: (1) alfafetoproteína, (2)
beta-HCG, (3) LDH. Resposta: B.

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80 - 2020 UFT

Segundo dados do INCA (2018), o câncer de próstata, atualmente, sem considerar os tumores de pele não melanoma, é a neoplasia
maligna mais incidente entre os homens no nosso país. A respeito dos fatores de risco para câncer de próstata, podemos afirmar,
EXCETO:

A) A idade é um dos principais fatores de risco, uma vez que indivíduos, com mais de 50 anos, apresentam maior incidência e maior
mortalidade.
B) A cor de pele/etnia é relevante na etiologia desse tipo de câncer, já que a incidência, em pacientes afrodescendentes, é maior do
que em asiáticos.
C) O tabagismo ativo, assim como na maioria das neoplasias, é um importante fator de risco para a doença.
D) História familiar de 1º grau (pai, irmãos, filhos) apresenta associação positiva para o aumento no risco de desenvolvimento
dessa neoplasia.
E) Obesidade e padrões dietéticos parecem também ter correlação com o aumento na incidência.

» Pessoal, idade, etnia negra e históra familiar positiva em parentes de primeiro grau são os 3 fatores de risco bem consolidados
para câncer de pulmão (A, B e D corretas). Obesidade e dieta rica em gorduras parece ser um fator de risco, porém essa associação
ainda carece de mais estudos (E correta). Por fim, não há associação entre CA de próstata e tabagismo (lembre que este é um
importante fator de risco para CA de bexiga). Resposta: C.

81 - 2020 UESPI

Uma paciente é admitida com dor intensa em flanco direito e, após avaliação e exames complementares, recebeu o diagnóstico de
litíase renal e a dor atribuída ao cálculo impactando no ureter. Avaliando as medicações em uso para as suas comorbidades:
hipertensão, diabetes, dislipidemia e enxaqueca crônica, concluiu-se que uma contribuiu para o quadro de litíase renal, qual?

A) Propranolol.
B) Metformina.
C) Sinvastatina.
D) Losartana.
E) Topiramato.

» Drogas podem causar nefrolitíase, principalmente por precipitação no fluido urinário e formação de cristais. As drogas mais
classicamente implicadas são: indinavir, aciclovir, sulfadiazina, triantereno e, em crianças, a ceftriaxona. Nenhuma dessas drogas
foi citada, logo, trata-se de questão de decoreba... O TOPIRAMATO pode causar acidose metabólica por induzir perda renal de
bicarbonato. Tal mecanismo favorece a precipitação de cristais de fosfato de cálcio no trato urinário, logo, a nefrolitíase é um de
seus efeitos colaterais. Resposta: E.

Video comentário: 253082


82 - 2020 IHOA

Na nefrolitíase, cálculos de oxalato de cálcio são os mais comuns. Constitui uma medida potencialmente útil na prevenção desses
cálculos:

A) dieta restrita em cálcio visando reduzir a calciúria


B) diurético de alça para aumentar o fluxo urinário
C) suplementação de vitamina C
D) restrição de sódio da dieta

» Conceito clássico: a restrição de cálcio na dieta NÃO diminui a incidência de cálculos urinários de cálcio em formadores crônicos de
cálculo!!! A maioria desses pacientes possui hipercalciúria idiopática, um distúrbio metabólico caracterizado por hiperexcreção
urinária de cálcio na presença de calcemia normal. Trata-se de um problema intrínseco do rim, sendo a hipercalciúria
INDEPENDENTE da calcemia e do balanço corporal de cálcio. Aliás, restringir cálcio na dieta desses doentes paradoxalmente
AUMENTA a incidência de cálculos de cálcio! A explicação é a seguinte: menos cálcio na dieta deixa o oxalato mais disponível para
absorção no tubo digestivo. Como a hipercalciúria permanece inalterada, a ela se soma a hiperoxalúria (pois o excesso de oxalato
absorvido passa a ser excretado na urina), aumentando a chance de formação de cálculos de oxalato de cálcio (A errada). Os
diuréticos de alça AUMENTAM A CALCIÚRIA, potencilizando a chance de formação de cálculos de cálcio. Quem diminui calciúria são
os tiazídicos (B errada)... A vitamina C é transformada em oxalato, logo, quem suplementa essa vitamina em altas doses costuma
desenvolver hiperoxalúria, o que também AUMENTA a chance de cálculos de oxalato de cálcio (C errada)... Enfim, a principal
medida terapêutica é a restrição de sódio na dieta. Uma menor ingesta de sódio gera uma tendência ao balanço negativo deste
elemento. Como adaptação fisiológica, os rins passam a reter mais sódio. A reabsorção de sódio ocorre ao longo de todo o néfron,
ativando diferentes mecanismos. Um desses mecanismos é o cotransporte Na-Ca no TCP. Assim, a calciúria efetivamente se reduz,
reduzindo a chance de se formarem cálculos de cálcio. Resposta: D.

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83 - 2020 HOG

Qual das seguintes opções não é fator de risco para carcinoma de bexiga?

A) Idade avançada (60 - 70anos).


B) Raça negra.
C) Cálculo vesical.
D) Cistites crônicas.
E) Sexo masculino.

» Todos são fatores de risco para CA de bexiga, exceto a letra B. Em relação à raça, os brancos têm maior risco que os negros.
Resposta: B.

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84 - 2020 IHOA

A hiperplasia prostática benigna (HPB) representa uma das doenças mais frequentes do homem. Nessa patologia:

A) hormônios androgênico tem influência insignificante tanto com relação à causa quanto ao seu desenvolvimento
B) o aumento do volume da próstata e o tônus aumentado da musculatura lisa do órgão são os responsáveis exclusivos pelos
sintomas urinários
C) a intensidade dos sintomas miccionais é diretamente proporcional ao volume prostático
D) o tratamento pode ser tanto clínico quanto cirúrgico. No tratamento cirúrgico, o padrão-ouro é a cirurgia endoscópica, em que a
ressecção transuretral da próstata é a forma clássica

» Os androgênios são elemento fundamental na HPB, por estimularem o crescimento do tecido prostático (A errada). O aumento do
volume prostático e do tônus da musculatura lisa do órgão são fatores importantes para a gênese dos sintomas urinários baixos,
porém, não são os únicos determinantes da sintomatologia... A disfunção vesical secundária (comprometimento do músculo
detrusor) também assume papel relevante (B errada)! Não há uma correlação linear entre o aumento do volume prostático e a
intensidade dos sintomas, pois muitos pacientes com próstatas relativamente pequenas são bastante sintomáticos. A explicação é
que nestes casos predomina um mecanismo de aumento do tônus da musculatura lisa do órgão (C errada). Há várias modalidades
terapêuticas, e o tratamento é escolhido de acordo com a magnitude dos sintomas clínicos e a preferência/tolerância de cada
paciente. Pode-se apenas observar, em casos leves, bem é possível lançar mão de drogas (alfabloqueadores e/ou
antiandrogênicos) ou intervenções. O método mais eficaz para resolução dos sintomas é o tratamento intervencionista, que pode
ser feito por meio da ressecção transuretral da próstata (RTU) ou cirurgia aberta. Atualmente o método de escolha (padrão-ouro) é
a RTU, uma cirurgia endourológica. Resposta: D.

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85 - 2020 IHOA

Um paciente dá entrada no pronto-socorro com história de febre e dor lombar. Após 3 dias de antibioticoterapia, a febre persiste,
associada a queda do estado geral. Uma ultrassonografia evidencia a presença de hidronefrose leve e cálculo ureteral distal do lado
esquerdo. Nesse caso, a conduta indicada deve ser:

A) colocação de cateter duplo J


B) terapia medicamentosa expulsiva
C) ureterolitotripsia endoscópica
D) ureterolitotomia laparoscópica

» Ureterolitíase obstrutiva (cálculo em ureter + hidronefrose) na presença de infecção urinária (URETEROLITÍASE COMPLICADA)
representa uma importante emergência médica que deve ser tratada com imediata descompressão da via urinária, cujo intuito é
permitir a drenagem da urina infectada que se encontra sob pressão no trato urinário, justificando o desenvolvimento de sepse
refratária. O método de primeira linha para desobstruir a via urinária de forma rápida e segura consiste no implante de um cateter
duplo-J, o que pode ser feito por via endourológica ou percutânea, a depender da localização do cálculo e expertise do cirurgião.
Vale lembrar que não se deve tentar retirar o cálculo neste procedimento (isso fica para um segundo momento, após resolução da
infecção). O aumento de pressão no trato urinário (em função da passagem de instrumentos e manipulação cirúrgica), com a urina
infectada, aumenta o risco de translocação bacteriana e agravamento fulminante da sepse. Resposta: A.

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86 - 2020 SMSCG

Um senhor de 56 anos, assintomático, que veio para realizar ckeck-up solicita os exames de próstata. ""Afinal Dr., já tenho mais de
50 anos, preciso cuidar da minha saúde!"", diz ele. No que se refere ao rastreamento do câncer de próstata, é correto afirmar que:

A) o PSA é um exame muito específico e deve ser o método de escolha para o rastreamento
B) o toque retal permite apenas diagnóstico de lesões prostáticas em estágio avançado
C) muitos tumores diagnosticados pelo rastreamento podem não apresentar sintomas clínicos relevantes, por isso a importância
de realizar o rastreamento rotineiramente
D) o rastreamento com subsequente tratamento dos casos detectados com cirurgia ou radioterapia produz apenas modesta
redução da mortalidade por câncer de próstata em 11 anos de seguimento

» Vamos analisar as assertivas segundo o livro Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Básica baseada em Evidências,
referência adotada pelo concurso:
A) Incorreta. O PSA é tecido-específico, mas não tumor-específico. Logo, outras condições como o aumento benigno da próstata,
prostatite e infecções do trato urinário inferior podem elevar o nível de PSA. Cerca de 2/3 dos homens com PSA elevado NÃO têm
câncer de próstata detectado na biópsia.
B) Incorreta. O rastreamento do câncer de próstata por meio do toque retal ou dosagem do PSA pode identificar lesões em
estágios mais precoces do que aquelas que são diagnosticadas por manifestações clinicas.
C) Incorreta. Muitos tumores diagnosticados pelo tratamento poderiam nunca se tornar clinicamente relevantes, ou que seriam
adequadamente tratados quando diagnosticados clinicamente, ou ainda que, mesmo quando diagnosticado por rastreamento, o
tratamento precoce não evitaria morte. A partir desses dados, o rastreamento do câncer de próstata não é indicado
rotineiramente.
D) Correta. "Contudo, o rastreamento com subsequente tratamento dos casos detectados com cirurgia ou radioterapia produz
apenas modesta redução da mortalidade por câncer de próstata em 11 anos de seguimento, sendo que muitas pessoas deveriam
ser tratadas para que se evitasse uma morte apenas especifica pelo cancer de prostata".
Ou seja, a única correta é a letra D, nosso gabarito.

87 - 2020 HOB - DF

Assinale a alternativa que é a PRIMEIRA opção de tratamento para adenocarcinoma de próstata com metástases, sintomático, com
lesões secundárias em coluna lombar, cuja função é reduzir ação da testosterona nas células neoplásicas:

A) difosfonados.
B) 5-Fluoracil.
C) goserelina.
D) carbamazepina.

» Para a castração dos pacientes com câncer de próstata metastático, podemos realizar orquiectomia cirúrgica (pouco aceita na
prática) ou castração química, visando a redução dos níveis de testosterona. As drogas mais utilizadas são os análogos do GnRH
(Hormônio Liberador de Gonadotrofinas). Os fármacos disponíveis são o Leuprolide (Lupron®, Eligard®) e a Goserelina (Zoladex®).
Outra opção, menos utilizada devido ao seu maior custo, é o Degarelix (antagonista do GnRH). Dentre as citadas, a única resposta
possível é a opção C.
88 - 2020 SMS - FLORIPA

A médica Paula atende o paciente Roberto, de 45 anos. Ele chega com queixa de dor lombar esquerda de forte intensidade,
iniciada há 1 hora, com irradiação para a região de virilha e genitais, associada com náuseas e vômitos. Nega febre. Tem dor a
punho percussão lombar ipsilateral. Ela prescreve um anti-inflamatório não esteroide injetável, com melhora dos sintomas. É o
terceiro episódio de cólica renal de Roberto. O primeiro foi há 3 semanas, que também cedeu com medicamento injetável na
unidade de saúde, e o segundo há 1 semana, que melhorou com analgesia prescrita para casa na primeira consulta. A conduta
mais adequada seria manter a prescrição de:

A) escopolamina e doxazosina, reforçar a orientação para aumentar a ingesta hídrica e recomendar retorno caso continue tendo
crises de dor depois de 6 semanas ou antes se apresentar febre ou dor que não alivie com a analgesia
B) nimesulida e doxazosina, reforçar a orientação para aumentar a ingesta hídrica, solicitar uma ultrassonografia do aparelho
urinário e recomendar retorno em caso de febre ou dor que não alivie com a analgesia
C) ibuprofeno e doxazosina, reforçar a orientação para restringir a ingesta hídrica e recomendar retorno caso continue tendo crises
de dor depois de 3 semanas ou antes se apresentar febre ou dor que não alivie com a analgesia
D) nimesulida e doxazosina, reforçar a orientação para restringir a ingesta hídrica e encaminhar para emergência para realização
de exame de imagem e avaliação imediata com a urologia para definir a conduta para remoção do cálculo

» Temos um paciente de 45 anos e dor lombar aguda à esquerda com irradiação para a região de virilha e genitais, associada com
náuseas e vômitos. Ou seja, a clínica clássica de cálculo no ureter distal (ureterolitíase). Note também que já há sinal de Giordano,
o que aumenta a probabilidade de existir uma hidronefrose à esquerda… Seguindo a história, percebemos que o paciente
apresenta dor recidivada e ainda não tem um diagnóstico firmado. 
Letra A: INCORRETA. Não há uma comprovação na literatura que o aumento da ingesta hídrica facilite a expulsão do cálculo. Além
disso, não há um diagnóstico firmado. 
Letra B: INCORRETA. Pedir um exame de imagem em uma situação de emergência e mandar o paciente para casa não faz qualquer
sentido.
Letra C: INCORRETA. Não há indicação de restringir ingesta hídrica e nem de utilizar doxazosina. O alfa bloqueador ideal para
casos de cálculo de ureter é a tansulosina. Em relação ao tempo de espera, um dado correto… O paciente já apresenta sintomas há
3 semanas e pode seguir o tratamento conservador por mais 3 semanas completando 6 semanas. A questão é entender que não
se trata de um paciente com dor refratária a analgesia como a questão quis “nos empurrar”. Se já é a 3ª vinda do paciente à
emergência, é notável que a dor do paciente não é cessada com medicação oral. 
Letra D: INCORRETA. O item está incorreto pelos motivos expostos acima. No entanto, a conduta está apropriada. Logo, dentre as
opções, era a melhor. 
Questão que deveria ter sido anulada, mas que a banca liberou como gabarito a letra C.
89 - 2020 HEA

A campanha Novembro Azul é uma iniciativa de entidades médicas e filantrópicas que tem recebido apoio de empresas,
organizações não governamentais e secretarias de saúde que talvez não conheçam os problemas que envolvem o rastreamento do
câncer de próstata. Em primeiro lugar, rastreamento significa uma ação feita para identificar uma doença (ou fator de risco) antes
que ela se manifeste ou piore, com o objetivo de diminuir o adoecimento e a mortalidade - ou seja, fazer as pessoas viverem mais e
melhor. É o que fazemos ao pedir que uma pessoa aparentemente saudável saia da sua casa e faça, por exemplo, uma sorologia de
HIV ou uma coleta de papanicolau. Embora se diga que o Novembro Azul visa estimular o homem a cuidar da sua saúde e a realizar
exames preventivos, o foco no câncer de próstata fica evidente nos sítios da campanha, em seu material informativo e na
divulgação pela mídia. A campanha afirma que ""a única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce"",
e recomenda que todos os homens com mais de 50 anos - ou 45, no caso de negros e parentes de primeiro grau de indivíduos que
tiveram a doença - procurem anualmente um urologista para fazer o exame de toque retal e a dosagem de PSA (antígeno
prostático específico) no sangue. Essa, entretanto, não é a recomendação de respeitadas instituições nacionais e estrangeiras. Em
2012, o United States Preventive Services Task Force (USPSTF) passou a contraindicar o rastreamento de câncer de próstata
baseado em PSA para homens estadunidenses de qualquer idade. Assinale a alternativa correta de acordo com o texto acima: I. Em
2013, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) passou a recomendar que não se organizassem programas de rastreamento para o
câncer da próstata, e que homens que demandassem espontaneamente a realização de exames de rastreamento fossem
informados por seus médicos sobre os riscos e benefícios associados a esta prática, ""por existirem evidências científicas de boa
qualidade de que o rastreamento do câncer de próstata produz mais dano do que benefício"". Na verdade, desde 2010, o
Ministério da Saúde já duvidava da indicação desses exames, por não haver evidências científicas suficientes para justificá-lo.
Outras entidades reconhecidas internacionalmente, como o Canadian Task Force on Preventive Health Care, o American Academy
of Family Physicians8 e o United Kingdom National Screening Comittee, fazem recomendações semelhantes. II. Os homens devem
ser vistos de forma integral, e a eles devem ser dirigidos cuidados preventivos adequados, de forma regular. A Sociedade Brasileira
de Medicina de Família e Comunidade considera que os homens, de fato, precisam dar e receber mais atenção à sua saúde, mas as
evidências científicas mais recentes deixam claro que isso não deve ser feito através da dosagem do PSA ou realização de toque
retal em pessoas que não apresentam qualquer sintoma. III. Fazer PSA com ou sem toque retal não diminui a mortalidade geral
dos homens, e muda muito pouco a mortalidade específica por câncer de próstata.

A) Todas as alternativas estão corretas.


B) Somente I e II estão corretas.
C) Apenas II e III estão corretas.
D) Todas estão incorretas.

»
Vamos analisar cada uma das afirmativas para responder a questão.
I-              Correta: Segundo informações coletadas no site do INCA: “Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer
de próstata traga mais benefícios do que riscos. Portanto, o INCA não recomenda a realização de exames de rotina com essa
finalidade”. Bem como as demais entidades citadas têm recomendações semelhantes.
II-            Correta. Em comunicado da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade temos o seguinte trecho: “Os
estudos que levaram a essas recomendações acompanharam milhares de homens por mais de dez anos, e mostraram que fazer
PSA com ou sem toque retal não diminui a mortalidade geral dos homens, e muda muito pouco a mortalidade específica por
câncer de próstata. Em outras palavras, homens que fazem o exame não morrem mais velhos, e morrem muito pouco menos de
câncer de próstata”
III-          Correta. Recentemente, os dois maiores ensaios clínicos em andamento sobre o rastreamento de câncer da próstata
(European Study of Screening for Prostate Cancer – ERSPC e o Prostate, Lung, Colorectal and Ovary – PLCO) divulgaram resultados
parciais conflitantes. No PLCO, após sete anos de acompanhamento, observou-se aumento de 22% no índice de diagnósticos
realizados, mas não houve redução da taxa de mortalidade por câncer da próstata no grupo rastreado.
Logo, as três afirmativas estão corretas. Gabarito letra A.
90 - 2020 HPP

A litíase urinária na vigência de obstrução pode ter alta morbidade e mortalidade, especialmente com infecção concomitante. Um
paciente com cálculo urinário obstrutivo com febre e urina infectada necessita de drenagem de emergência com stent ureteral tipo
duplo J. Ocasionalmente tais cateteres são incapazes de ultrapassar o calculo agressor. Nestes casos:

A) Deve- se realizar ureterorrenolitotipsia endoscópica com retirada dos fragmentos de cálculo.


B) Realiza-se nefroscopia percutânea com retirada retrógrada do cálculo.
C) Coloca-se apenas uma sonda Foley vesical para diminuir a pressão hidrostática do trato urinário.
D) Coloca-se uma sonda de nefrostomia percutânea para drenagem e melhora do quadro.
E) Realiza-se cirurgia aberta para retirada do cálculo e reconstrução do trato urinário.

» Ureter obstruído e com urina infectada é uma importante emergência médica, que demanda desobstrução imediata! Há não
apenas um aumento na chance de sepse (pois afinal de contas existe "pus sob pressão" na via urinária alta, fazendo bactérias e
suas toxinas refluírem retrogradamente em direção à corrente sanguínea através dos glomérulos), como também pode ocorrer
uma rápida destruição (irreversível) do parênquima renal, um quadro chamado de pionefrose. Pois bem, diante deste cenário o
método preferencial de desobstrução imediata consiste no implante de um cateter duplo-J. Tal procedimento é feito pela via
endourológica com baixa morbidade. Se o implante for tecnicamente inviável, a melhor opção é acessar a via urinária através de
nefrostomia percutânea, com drenagem externa (em bolsa coletora) da urina infectada. Lembre-se que NÃO SE DEVE REMOVER O
CÁLCULO NESTE MOMENTO! A conduta se restringe apenas ao alívio da pressão e drenagem da urina infectada, até resolução da
infecção com antibioticoterapia. A remoção do cálculo na vigência de infecção comumente se associa a uma piora aguda do
quadro séptico, pois durante a manipulação do cálculo ocorre aumento adicional na pressão hidrostática do trato urinário,
exacerbando a "semeadura" de bactérias e suas toxinas na corrente circulatória... Resposta: D.

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91 - 2020 HUOL

A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) é uma das principais causas de sintomas do trato inferior (STUI), no passado tratada
exclusivamente por cirurgia. Atualmente, tem o tratamento clínico como primeira opção. Em relação aos medicamentos usados no
tratamento da HPB,

A) a combinação de antagonistas dos receptores muscarínicos com alfabloqueadores deve ser considerada em homens com STUI
que tenham predominância de sintomas de armazenamento.
B) a Serenoa repens e o Pygeum africanum apresentam ótimos resultados, somente quando avaliados após um ano.
C) os inibidores da 5-alfa-redutase são uma opção para monoterapia, sendo necessário no mínimo 4 a 6 meses de terapia, e
apresentam incidência de 12-15% de ginecomastia e 30% de disfunção erétil.
D) a terapia combinada com alfa-bloqueadores e inibidores da 5-alfa-redutase é uma opção efetiva para pacientes com STUI
moderados e próstata maior de 40 g, podendo ser interrompidos com segurança após um ano.

» Em portadores de hiperplasia prostática benigna, os anticolinérgicos (antagonistas muscarínicos) e os alfabloqueadores são


eficazes no tratamento dos sintomas do trato urinário inferior (STUI) do tipo "distúrbio do armazenamento", como a urgência e a
frequência urinária (A correta). Fitoterápicos, como as plantas citadas na letra B, não têm eficácia comprovada no tratamento da
HPB (B errada). Inibidores da 5-alfa-redutase de fato são uma opção para monoterapia, sendo necessário tempo mínimo de
tratamento de 4 a 6 meses. Seus principais efeitos colaterais, no entanto, são a perda da libido e a disfunção erétil. Ginecomastia
aparece em apenas 1-2% dos casos (C errada). Terapia combinada com alfabloqueador e inibidor da 5-alfa-redutase é efetiva para
STUI moderado a grave, principalmente com próstatas grandes (> 40 g), PSA elevado (> 1.6 ng/ml) e fluxo urinário máximo
reduzido. Recomenda-se duração de tratamento de no mínimo 1 ano. Porém, não podemos afirmar que seja "seguro" interromper
a medicação após este período, pois a chance de recidiva dos sintomas é grande nestes casos (D errada). Resposta: A.

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92 - 2020 CCANSPS

Paciente masculino de 72 anos queixa-se de acordar 4 vezes por noite para urinar, estragúria ,jato urinário fraco e fino , sensação
de esvaziamento incompleto da bexiga, esforço miccional, urgência miccional sem incontinência e eventual interrupção do jato .
Considerando a hipótese diagnostica formulada, qual exame complementar indispensável para melhor avaliação do paciente ?

A) PSA sérico
B) Ultrassonografia trans-abdominal de próstata e bexiga
C) Exame de sedimentos urinários (EAS) associado a urocultura
D) Estudo urodinâmico

» Temos um paciente de 72 anos e sintoma de trato urinário inferior (LUTS) de esvaziamento (sintomas obstrutivos) e de enchimento
(sintomas irritativos). Muito provavelmente este paciente tem uma HPB clássica… Entretanto, vale a pena nestes pacientes com
urgência miccional solciitar um EAS com urinocultura a fim de se excluir a possibilidade de uma infecção do trato urinário ou
mesmo de uma prostatite. 
 
Resposta: letra C.

93 - 2020 HEA

Na abordagem e tratamento da nefrolitíase, em suas diversas causas, podem ser indicadas as seguintes recomendações, EXCETO:

A) Suplementação com álcalis.


B) Uso de diuréticos tiazídicos.
C) Evitar desidratação e manter ingesta hídrica abundante.
D) Restrição da ingesta de cálcio na dieta.

» Conceito clássico! A maioria das nefrolitíases é causada por cálculos de cálcio, e a maioria dos formadores crônicos de cálculos
urinários possui um distúrbio chamado "hipercalciúria idiopática", no qual os rins, por um defeito intrínseco das células tubulares
ainda pouco compreendido, excreta cálcio em excesso na urina de maneira INDEPENDENTE dos níveis séricos de cálcio e da
ingesta dietética de cálcio. Logo, restringir cálcio na dieta desses doentes simplesmente não diminui a calciúria e,
consequentemente, não diminui o risco de nefrolitíase. Na verdade, muito pelo contrário: dietas restritas em cálcio possuem maior
quantidade de oxalato disponível para absorção (no tubo digestivo, cálcio e oxalato se combinam, formando oxalato de cálcio nas
fezes que é precipitado e eliminado do corpo). Assim, neste tipo de doente, A PIOR COISA QUE PODEMOS FAZER É RECOMENDAR
RESTRIÇÃO DIETÉTICA DE CÁLCIO, POIS ISSO LEVARÁ À HIPEROXALÚRIA QUE, POR SUA VEZ, AUMENTARÁ A CHANCE DE SE
FORMAREM NOVOS CÁLCULOS DE CÁLCIO, JÁ QUE A HIPERCALCIÚRIA IDIOPÁTICA SERÁ MANTIDA E O PACIENTE PASSARÁ A
APRESENTAR HIPEROXALÚRIA (dois fatores de risco para formação de cálculos de oxalato de cálcio, o tipo mais comum de cálculo
urinário)... As demais assertivas estão corretas, e fazem parte das medidas para reduzir a incidência de novos cálculos: (1)
reposição de bases diminui a formação de cálculos em portadores de acidose tubular renal tipo 1; (2) diuréticos tiazídicos
diminuem a hipercalciúria idiopática. No túbulo contorcido distal, o NaCl ou o cálcio são reabsorvidos. Os tiazídicos, ao inibirem a
reabsorção de NaCl neste segmento do néfron, aumentam a reabsorção de cálcio; (3)  ingesta hídrica abundante é medida
fundamental para a profilaxia da urolitíase em todos os tipos de cálculo, pois uma urina rica em água tem menor propensão à
hiperssaturação, além de um maior fluxo urinário literalmente "lavar" os túbulos dos microcristais que chegam a se formar (e que,
se não eliminados logo, podem se agregar formando cálculos de maior tamanho). Resposta: D.

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94 - 2020 UFS

Qual o tipo de cálculo urinário é MAIS comum em mulheres e está mais relacionado a infecções?

A) Oxalato de cálcio.
B) Ácido úrico.
C) Fosfato de cálcio.
D) Estruvita.

» Os cálculos de estruvita, ou fosfato de amônio magnesiano, são formados em indivíduos com infecção do trato urinário superior
por bactérias produtoras de urease. As mais comuns são Proteus e Klebsiella, germes que costumam deixar a urina
persistentemente alcalina (pH > 7). O mecanismo depende da enzima bacteriana conhecida como urease, que degrada a ureia
presente na urina, transformando-a em amônia, que é uma base. Assim, a presença deste mecanismo resulta numa alcalinização
urinária, criando um meio químico propício para a nucleação, agregação e crescimento do fosfato de amônio magnesiano,
também chamado de “fosfato triplo” ou estruvita. Lembramos ainda que, ao contrário da maioria dos casos de nefrolitíase, a
formação dos cálculos de estruvita é mais comum em mulheres (2:1) pela sua maior predisposição às infecções urinárias.
Resposta: D.

95 - 2020 SMS - GO

Roberto tem 62 anos, possui forte vínculo com a equipe da Unidade Básica de Saúde, onde frequenta há 10 anos. Em consulta com
Tales, seu Médico de Família e Comunidade, relatou que estava sofrendo há 2 meses com jato urinário fraco e sono perturbado
pois tem que levantar 4 vezes à noite para urinar. Roberto não possui comorbidades e não faz uso de medicamentos de uso
contínuo. Tales aplicou o IPSS (questionário) que indicou sintomas moderados e realizou toque retal que não apresentou
alterações. Abaixo estão os exames laboratoriais realizados recentemente por Roberto: Glicemia de jejum = 86; Creatinina = 1,1;
PSA total = 2,4; EAS = ausência de leucocitúria ou hematúria; Urocultura = negativa; Assinale a alternativa que indica o melhor
manejo no caso de Roberto:

A) Orientar medidas comportamentais e repetir PSA em 3 meses.


B) Iniciar alfa-bloqueador para controle sintomático.
C) Solicitar estudo urodinâmico para avaliar possibilidade de bexiga hiperativa.
D) Solicitar ultrassom de próstata para descartar possibilidade de adenocarcinoma de próstata.

» Estamos diante de um paciente com sintomas urinários de trato inferior (LUTS) misto com jato fraco e noctúria. Nos exames
laboratoriais, não há alteração importante de PSA e outros exames. A conduta para esse paciente deve ser início de alfa-
bloqueador. Vamos analisar as alternativas:
A) Incorreta. PSA normal deve ser repetido em um ano.p
B) Correto. Pode ser iniciado alfa-bloqueador para relaxar musculatura prostática e alívio dos sintomas com melhora de fluxo
urinário.
C) Incorreto. O estudo urodinâmico deve ser solicitado, na HPB, para pacientes com resíduo-pós miccional alto, idade menor que
50 anos e maior que 80 anos, situações essas que mereçam diagnóstico diferencial com hipocontratilidade vesical.
D) Incorreto. O USG de próstata não é e não deve ser utilizado para diagnóstico de câncer de próstata. Serve para medir o
tamanho, avaliar lesões de bexiga e guiar biópsia de próstata
Alternativa B está correta.

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