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Saúde Planetária
Módulo 1
Saúde planetária e mudanças
climáticas
Objetivos deste módulo:
zona rural por cerca de oito horas por dia. João foi diagnosticado há cerca de 8 anos com
diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial sistêmica e, também, é obeso com IMC de 31.
João é sedentário, considera o seu trabalho, fixando a sola dos sapatos, muito extenuante
e diz não ter tempo para atividades físicas. Além disso, refere que após perder uma safra
de milho devido à seca decidiu que “não servia mais para a roça” e, desde então, trabalha
na fábrica, há cerca de 10 anos. João vai de carro para o seu trabalho (que fica a 4 quadras
de casa) e nos finais de semana auxilia sua mãe de 72 anos a cuidar dos bichos. Ele utiliza
Saúde da Família e hoje, que o termômetro está chegando a 38ºC, ele vem com mal estar,
O que a vida de João tem a ver com saúde planetária e mudanças climáticas?
Página 4
O que é saúde planetária?
A saúde planetária é um novo campo de estudo que se concentra nos impactos na saúde
humana das mudanças ambientais globais. Ela analisa como os seres humanos estão alterando
o mundo natural - como nossa população em expansão, mudanças na tecnologia e padrões de
consumo e de produção estão mudando fundamentalmente a terra, a atmosfera e os oceanos.
A saúde planetária é a busca do mais alto padrão atingível de saúde, bem-estar e equidade
em todo o mundo através da atenção judiciosa aos sistemas humanos - políticos, econômicos
e sociais - que constroem o futuro da humanidade e dos sistemas naturais da Terra e que
definem os limites seguros dentro dos quais a humanidade pode florescer.2
Embora a maior parte dos recursos da saúde seja alocada para o chamado mundo
desenvolvido, a maioria das pessoas afetadas vive em regiões de baixa e média renda. Por
exemplo, as mudanças climáticas terão seu maior efeito sobre aqueles que têm menos acesso
aos recursos do mundo e que menos contribuíram para suas causas. 3,4
Página 5
O Brasil é um país de dimensões continentais com desigualdades sociais generalizadas,
onde se espera que as mudanças climáticas agravem essa condição.4,5,6 Sem mitigação e
adaptação, aumentará a desigualdade na saúde, especialmente através de efeitos negativos
sobre os determinantes sociais da saúde nas comunidades mais pobres.3,4
O que podemos fazer quando o sujeito que precisa de cuidado de emergência é a Terra?
A bioética é um grande desafio para o nosso tempo, as mudanças climáticas dizem respeito
tanto à nossa vida cotidiana quanto à ordem geopolítica mundial. É uma das dimensões de
uma crise ecológica global, uma consequência direta das complexas interações entre seres
humanos e natureza. Van Potter, na década de 70, estava preocupado com a dimensão que os
avanços da ciência, principalmente no âmbito da biotecnologia, estavam adquirindo. Assim,
propôs um novo ramo do conhecimento que ajudasse as pessoas a pensarem nas possíveis
implicações (positivas ou negativas) dos avanços da ciência sobre a vida (humana ou, de
maneira mais ampla, de todos os seres vivos) como uma “ponte” entre duas culturas. Assim,
a bioética (grego: bios, vida + ethos, relativo à ética) investiga as condições necessárias para
uma administração responsável da Vida Humana, animal e ambiental.7
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Em 1970, Van Potter escreveu sobre a sobrevivência do ecossistema e a bioética (Ponzo,
2018)7: “Necessitamos de uma ética da terra, uma ética que salva vidas, uma ética da população,
uma ética do consumo, uma ética urbana, uma ética internacional, uma ética do envelhecimento
etc. Todos os problemas apresentados são baseados em valores e em recursos biológicos. Todos
eles incluem bioética, e a sobrevivência do ecossistema total é a prova de um sistema de valores”.
Nesse sentido, na América Latina, foi organizada uma “outra” bioética que inclui a
abordagem dos direitos e adota uma visão coletiva e holística que, sem dúvida, entrelaça o
que está relacionado ao meio ambiente em seu campo, além da reconciliação da saúde entre
a humanidade e o meio ambiente. Nas últimas décadas, várias abordagens ecológicas foram
consolidadas, dentre as quais a presença da ética pode ser encontrada de forma mais ou menos
explícita: “[...] o movimento pela justiça ambiental está envolvido em conflitos socioambientais
originados na formação de territórios por processos de produção industrial, agrícola ou de
mineração, causando poluição que afeta a vida e a saúde das populações vizinhas.”7,9
Página 7
Ailton Krenak, um líder indígena brasileiro da etnia crenaque, que reflete sobre o papel
da humanidade e a interação com o meio ambiente, escreveu: “A ideia de que os brancos
europeus podiam sair colonizando o resto do mundo estava sustentada na premissa de que
havia uma humanidade esclarecida que precisava ir ao encontro da humanidade obscurecida,
trazendo-a para essa luz incrível. Esse chamado para o seio da civilização sempre foi justificado
pela noção de que existe um jeito de estar aqui na Terra, uma certa verdade, ou uma concepção
de verdade, que guiou muitas das escolhas feitas em diferentes períodos da história.”10
Assim, o imperativo pela ação climática11 requer que os profissionais da saúde se mobilizem,
como já fizeram em outras ocasiões, em prol de importantes mudanças sociais, ambientais e
econômicas. Uma relação ética com o planeta que habitamos tão precariamente e com as
E as mudanças climáticas?
A questão global mais iminente e relevante que está intimamente ligada à saúde mundial
é provavelmente a das mudança climáticas, sendo considerada a maior ameaça do século
21, mas também a maior janela de oportunidade para a humanidade.4 A emissão dos Gases
de Efeito Estufa (GEE) é o principal impulsionador das mudanças climáticas e têm efeitos
locais negativos diretos - por exemplo, secas, enchentes e fome - bem como repercussões
supra-regionais, como imigração (Figura 1).3,4
Página 8
Figura 1.
Fonte: Traduzido e adaptado de Watts et al. (2018), com autorização dos autores.4
Página 9
Existe consenso de que a humanidade saiu do Holoceno - era geológica com clima
relativamente estável e propício ao desenvolvimento da civilização humana - e adentrou uma
nova era geológica, o Antropoceno.12 Essa era se caracteriza, entre outras coisas, por não
se encontrar na face do planeta nenhum território que não esteja fisicamente afetado pela
“mão” do ser humano, seja por impactos mais óbvios, como rodovias, seja por formas mais
sutis, como contaminação ubíqua por radiação nuclear na crosta terrestre e na atmosfera.13
As propostas para marcar o início do Antropoceno incluem a denominação de “antropoceno
inicial” que começa com a expansão da agricultura e do desmatamento; a exploração do Novo
Mundo pelo Velho Mundo e a Revolução Industrial por volta de 1800; e em meados do século
XX, a “Grande Aceleração” do crescimento e industrialização da população.12,13
Em dezembro de 2015, 195 países, incluindo o Brasil, assinaram o Acordo de Paris, que
Apesar das mudanças climáticas serem cruciais - de fato a Organização Mundial dos
Médicos de Família (WONCA) reconhece a emergência climática global16 - elas são apenas
uma das dimensões da saúde planetária, já que hoje, por exemplo, a poluição mata mais que
malária, tuberculose e AIDS juntas.17 Porém, como fica claro na figura abaixo, as mudanças
climáticas, em suas consequências de deslocamento forçado, reassentamento planejado e
migração, são definidoras de grandes movimentos populacionais.18
Página 10
Figura 2.
*O ponto de interrogação após “Conflito” refere-se ao tema muito debatido sobre se os efeitos das mudanças
Curso EAD | Saúde Planetária
climáticas, tais como mudanças na produção de alimentos ou movimento populacional, aumentarão o conflito violento.
Fonte: Adaptado de McMichael et al. (2012)18
A inércia global na adaptação às mudanças climáticas persiste, com uma resposta mista
dos governos nacionais desde a assinatura do Acordo de Paris em 2015.4 Essa mudança de
paradigma, de entender o planeta e a nossa saúde como um ecossistema, traz o conceito
Página 11
do limite planetário (Figura 3) e faz necessária uma análise baseada no risco de que as
perturbações humanas desestabilizem o planeta e, consequentemente, a própria civilização
humana. Por exemplo, a diversidade genética, os ciclos do fósforo e do nitrogênio já
ultrapassaram os limites do planeta.12
Figura 3.
Na figura 3, a zona verde é o espaço operacional seguro (abaixo do limite), o azul representa
a zona de incerteza (risco crescente) e o rosa é a zona de alto risco. O limite planetário está
no círculo mais interno. As variáveis de controle foram normalizadas para a zona de incerteza
(entre os dois círculos destacados). A variável de controle mostrada para as mudanças
Página 12
climáticas é a concentração atmosférica de CO2. Processos para os quais os limites de nível
global ainda não podem ser quantificados são representados por cunhas cinzentas; esses
são cargas atmosféricas de aerossóis, novas entidades e o papel funcional da integridade da
biosfera.
A humanidade tem um papel essencial na gestão das mudanças climáticas, que até 2030
determinarão os rumos do desenvolvimento humano no futuro próximo e longínquo.20 O
Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro, essencialmente através da Atenção Primária à Saúde
(APS), tem um potencial significativo para ajudar o país a mitigar e adaptar-se às mudanças
Página 13
Figura 4.
Ecossistema: ambiente, economia e comunidade.
Página 14
Figura 5.
Mudanças climáticas e possíveis lócus de intervenção pela
atenção primária para mitigar as causas da poluição e para
adaptação aos efeitos ambientais diretos, efeitos ambientais
indiretos e efeitos socialmente mediados, com seus impactos
esperados na saúde.
Página 15
No apoio a essa perspectiva, foram criados 12 princípios transversais da saúde planetária
(Quadro 1), que são um conjunto de mensagens chave que todo educador deve se esforçar
para transmitir aos sujeitos-aprendizes nessa área.25 Tais princípios atuarão como temas
orientadores abrangentes para qualquer ambiente educacional e visam atuar como base
para o desenvolvimento curricular e como ferramenta para orientar os esforços educacionais
nesse campo emergente. Podem e devem ser adaptados para as diferentes realidades locais.25
Quadro 1.
2
O campo da saúde planetária é impulsionado pela
Urgência
escala em que as mudanças ambientais e climáticas
e escala
afetam a saúde humana e a urgência com que a
população global deve responder. Os sujeitos devem
poder examinar a complexidade das interações entre a escala geográfica, temporal, fatores
socioeconômicos e o contexto político e cultural que moldam desafios específicos e soluções
potenciais para resultados sustentáveis da saúde humana.agora e no futuro.
Página 16
3
A saúde planetária é intrinsecamente orientada
Política por políticas. Ao quantificar as consequências
sobre os efeitos na saúde humana das mudanças
ambientais antropogênicas e comunicá-las às partes
interessadas em vários níveis, o trabalho colaborativo pode ser realizado em vários setores para
identificar políticas e práticas, locais e globais, para proteger e melhorar a saúde da população.
A familiaridade com as lacunas nas evidências e as aplicações políticas da pesquisa em saúde
planetária, além das agências em níveis individual e comunitário, são fundamentais para uma
tradução significativa e específica do contexto da pesquisa em política e ação.
4
Os sujeitos devem desenvolver uma
Organização e
compreensão do papel que a organização na
construção de movimento
5
Os desafios em saúde planetária são complexos,
Comunicação abrangendo diferentes disciplinas, setores, regiões
geográficas, culturas e escalas; portanto, é necessária
uma comunicação eficaz e significativa nessas
áreas, com foco na tradução da ciência da saúde planetária. Os sujeitos devem desenvolver uma
compreensão da variedade de métodos de comunicação disponíveis e como selecionar o melhor
conjunto de ferramentas, enquanto trabalham para transmitir os desafios e as soluções da saúde
planetária a diversos públicos. A importância do ouvir como parte de uma comunicação eficaz é vital.
6
A compreensão da saúde planetária exige Pensamento
o envolvimento de muitas disciplinas e sistêmico e colaborações Página 17
partes interessadas para entender e propor transdisciplinares
soluções para desafios complexos. Assim, a incorporação do pensamento sistêmico e da integração
do conhecimento nos currículos é essencial para equipar melhor os sujeitos à colaboração entre
as disciplinas e o desenvolvimento de soluções sustentáveis para os desafios da saúde planetária,
superando as lacunas existentes no desenho da pesquisa e no desenvolvimento de políticas
associadas.
7
Compreender as diferenças entre igualdade e
Igualdade
equidade na teoria e prática; bem como conceitos de
e equidade
marginalização, vulnerabilidade, resiliência e quem
se beneficia e é prejudicado, em um determinado
cenário, é um objetivo central do ensino de saúde planetária. Como os efeitos das mudanças
ambientais na saúde humana são heterogêneos e mediados por fatores como escala geográfica,
escala temporal, fatores socioeconômicos e contextos político e cultural, os alunos devem pensar
8
Os sujeitos devem ser capazes de pensar criticamente
sobre se as dinâmicas políticas, sociais ou econômicas Viés
podem estar impulsionando a apresentação e as
percepções das mudanças ambientais e os efeitos
resultantes na saúde. Eles devem aprender a identificar possíveis vieses na pesquisa em saúde
planetária e estarem cientes dos interesses de diferentes partes, tanto no apoio quanto contra os
fatores que afetam a conexão entre as mudanças ambientais e a saúde humana.
9
um líder ou equipe em seus processos de tomada
Governança de decisão e implementação. É a capacidade
de transformar a capacidade em ação e gerar a
capacidade quando ela não existe. A governança exige lidar com questões institucionais, gerenciar
interesses políticos e tornar a liderança mais eficaz. Os sujeitos devem entender e ser capazes
de fornecer alguns exemplos de como os desafios em saúde planetária podem ser criados ou
agravados pelas falhas dos órgãos de governo em cooperar entre populações, regiões e fronteiras,
Página 18
especialmente onde ainda não estão estabelecidos mecanismos eficazes de cooperação.
10
Os sujeitos devem compreender que
Consequências
consequências surpreendentes e inesperadas das
não intencionais
mudanças ambientais, positivas e negativas, são
inevitáveis. Os alunos devem entender o papel e
as limitações preditivas das avaliações de impacto e reconhecer que a mudança das condições
biofísicas da Terra afetam a saúde humana e continuarão sendo surpresas. Essa incerteza
sistêmica requer uma mudança nas mentalidades do governo, das empresas e da comunidade
para permitir maior capacidade de adaptação, além da ênfase nos programas que aumentam a
competência socioecológica, a resiliência da comunidade e a sustentabilidade.
11
Um cidadão global é alguém que se vê como
12
Uma compreensão do passado é necessária
Valores globais
para resolver os problemas do presente.
históricos e atuais
Para compreender a necessidade e a
urgência da saúde planetária, os alunos
precisam estar cientes das perspectivas e marcos históricos que lançaram as bases do campo,
incluindo aquelas que foram historicamente marginalizadas ou ignoradas. Para identificar
oportunidades de intervenções positivas, os sujeitos devem reconhecer padrões ao longo do
tempo e conhecer o contexto global atual.
Página 19
Há diferenças entre saúde planetária e
saúde ambiental?
Página 20
Figura 6.
Interconexões de saúde planetária.
Nesta rede (Figura 6), vemos atores humanos e atores não humanos, de forma não
hierarquizada.28 Observamos aqui o exemplo do João, ilustrado no caso inicial, com algumas
de suas inúmeras interdependências e possíveis causas sociais, ambientais, etc e suas
consequências sistêmicas.
Página 21
culpabilização individual, entre outros. O ambiente onde ele está determina a sua saúde e,
inversamente, sua saúde determina o ambiente.
Por fim, a definição de ambiente mais útil no campo de estudos de saúde planetária provém
da Declaração de Estocolmo sobre o ambiente humano, de 1972,31 que em seu primeiro
artigo define que:
O ser humano é ao mesmo tempo obra e construtor do meio ambiente que o cerca
[...], o ser humano adquiriu o poder de transformar, de inúmeras maneiras e em
uma escala sem precedentes, tudo que o cerca. Os dois aspectos do meio ambiente
humano, o natural e o artificial, são essenciais para o bem-estar do ser humano [...].
(tradução nossa).
Visite o site e conheça o projeto O Lancet Countdown: Tracking Progress on Health and Climate
“Lancet Countdown” ou “Contagem Change é um projeto de colaboração internacional para pesquisa,
Regressiva do Lancet”, no qual se com objetivo de acompanhar a resposta do mundo quanto às
discute sobre a contagem regressiva mudanças climáticas e aos benefícios à saúde que isso proporciona.
para mitigarmos e nos adaptarmos para Com inserção anual no The Lancet, acompanha uma série de
a as mudanças climáticas: indicadores, demonstrando que essa transição já se iniciou, que a
http://www.lancetcountdown.org/. adaptação é possível, mas que é necessário mais esforço.
Assista esta palestra do TEDx: Nesta palestra, a médica Courtney Howard explica como um
Courtney Howard - Healthy Planet, planeta saudável produz pessoas mais saudáveis também.
Healthy People:
https://www.youtube.com/
watch?v=FgIYaklWOK4&t=64s
Página 22
Material Porque este material é indicado?
Leia: Floss M, Barros E, Bressel M, Neste resumo para políticas públicas faz-se um panorama sobre
Hacon S, Nobre C, Knupp D, et al. como as mudanças climáticas já afetam a saúde dos brasileiros.
Lancet Countdown: Briefing para Principalmente em quatro eixos: doenças transmitidas por
Políticas de Saúde no Brasil. RBMFC. mosquitos, à supressão do uso de carvão, à poluição do ar e
2019;14(41):16. Disponível a tradução emissões do setor de atenção à saúde.
para o português em:
https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/
view/2286/1505
Assista esta palestra do TEDx: Nesta palestra, a médica Courtney Howard explica como um
Courtney Howard - Healthy Planet, planeta saudável produz pessoas mais saudáveis também.
Healthy People:
https://www.youtube.com/
Leia: Watts N, Amann M, Arnell N, Ayeb- Este texto (em inglês) traz as últimas evidências científicas
Karlsson S, Belesova K, Berry H, et al. The analisadas e compiladas sobre as mudanças climáticas no mundo.
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on health and climate change: shaping
the health of nations for centuries to
come. The Lancet 2018;392:2479–514.
doi:10.1016/s0140-6736(18)32594-7.
Disponível em:
https://www.thelancet.com/
journals/lancet/article/PIIS0140-
6736(15)60901-1/fulltext
Leia: Floss M, Barros E, Bressel M, Este texto (em inglês) traz evidências científicas e
Hacon S, Stein A, Sirena S, et al. Lancet recomendações políticas sobre o impacto das mudanças
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http://www.lancetcountdown.org/
media/1417/2018-lancet-countdown-
policy-brief-brazil.pdf
Página 23
Material Porque este material é indicado?
Programa das Nações Unidas para o O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA),
Meio Ambiente ( PNUMA ) Disponível principal autoridade global em meio ambiente, é a agência do
em: Sistema das Nações Unidas (ONU) responsável por promover a
https://nacoesunidas.org/agencia/ conservação do meio ambiente e o uso eficiente de recursos no
onumeioambiente/ contexto do desenvolvimento sustentável.
Leia: Freitas C, Oliveira S, Schütz G, Este texto (em inglês) é uma reflexão sobre uma linha destas
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Página 28
Equipe Responsável:
A Equipe de coordenação, suporte e acompanhamento do Curso é formada por
integrantes do Núcleo de Telessaúde do Rio Grande do Sul (TelessaúdeRS-UFRGS).
Revisão Módulo 1
Coordenação Executiva
Eno Dias de Castro Filho
Rodolfo Souza da Silva
Glossário
Responsável Teleducação
Mayara Floss
Ana Paula Borngräber Corrêa
Carlos Augusto Vieira Ilgenfritz
Revisores Gerais
Coordenação do curso
Jacqueline Ponzo
Mayara Floss
Enrique Falceto Barros
Carlos Augusto Vieira Ilgenfritz
Nelzair Araujo Vianna
Página 29
Projeto Gráfico Legendas e tradução
Mayara Floss
Página 30