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Saúde Planetária
Módulo 1
Saúde planetária e mudanças
climáticas
INTRODUÇÃO: SAÚDE PLANETÁRIA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Mayara Floss; Carlos Augusto Vieira Ilgenfritz; Enrique Falceto Barros
Revisão: Jacqueline Ponzo, Eno Dias de Castro Filho e Luís Gustavo Ruwer da Silva
Caso
57 anos, e é mãe de três filhos: Ana, de 35 anos, José, de 32, e Arthur, de 28 anos. Já é
avó de quatro netos e reside na serra gaúcha com o marido. Ela trabalha em uma fábrica
de calçados na zona rural por cerca de oito horas por dia. Joana foi diagnosticada há
cerca de 8 anos com diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial sistêmica e, também,
é obesa (com Índice de massa Corporal de 31). Joana não pratica atividades físicas e
considera o seu trabalho muito extenuante fixando a sola dos sapatos e diz não ter
tempo para “se exercitar”. Além disso, refere que após perder uma safra de milho devido
à seca decidiu que “não servia mais para a roça” e, desde então, trabalha na fábrica,
há 10 anos. Joana vai de carro com seu marido Manoel para o seu trabalho (que fica
a cerca de 1 km de casa) e nos finais de semana auxilia sua mãe de 72 anos a cuidar
dos bichos de uma pequena propriedade rural onde ela mora. Joana utiliza diversas
o “posto”. Hoje, que a temperatura da cidade está chegando a 38ºC, ela vem com mal-
O que a vida de Joana tem a ver com saúde planetária e mudanças climáticas?
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O que é saúde planetária?
É a ideia de que a saúde do planeta não está separada da nossa própria saúde. A saúde
planetária é um campo de estudo transdisciplinar que vem crescendo e que se concentra
nos impactos na saúde humana das mudanças ambientais globais. Esse campo analisa
como os seres humanos estão alterando o mundo natural - como nossa população em
expansão, mudanças na tecnologia e padrões de consumo e de produção estão mudando
fundamentalmente a terra, a atmosfera e os oceanos..
Visite o site da Planetary Health Alliance (em inglês) e conheça mais materiais,
informações e artigos sobre o assunto.
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O que saúde planetária
tem a ver com equidade?
Embora a maior parte dos recursos da saúde seja alocada para o chamado mundo
desenvolvido, a maioria das pessoas afetadas vive em regiões de baixa e média renda.
Por exemplo, as mudanças climáticas têm seu maior efeito sobre aqueles que têm menos
acesso aos recursos do mundo e que menos contribuíram para suas causas. 3,4 Observe na
primeira imagem (Figura 1) como as casas estão distribuídas e como as pessoas as habitam,
e como o conceito de equidade se aplica com oportunidades equitativas para pessoas e
necessidades diferentes.
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É interessante refletirmos sobre como a equidade se contextualiza na saúde planetária.
Pessoas que tem menor impacto no planeta, com a poluição e emissão de carbono, além
de serem as mais vulneráveis, são as mais afetadas pelas consequências como desastres
socioambientais, insegurança alimentar, menor acesso a direitos sexuais e reprodutivos -
uma questão também de justiça climática (Figura 2).
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O Brasil é um país de dimensões continentais com desigualdades sociais generalizadas,
onde se espera que as mudanças climáticas agravem essa condição.4,5,6 Sem mitigação e
adaptação, aumentará a desigualdade na saúde, especialmente através de efeitos negativos
sobre os determinantes sociais da saúde nas comunidades mais pobres.3,4
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O que fazer quando quem precisa de cuidado
é o planeta Terra?
O que podemos fazer quando o sujeito que precisa de cuidado de emergência é a Terra?
Que suporte de vida os profissionais da saúde podem oferecer ao nosso planeta doente? A
história e a bioética podem nos ajudar a entender e responder a essas perguntas.
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Os princípios bioéticos permaneceram durante muito tempo subjacentes ao modelo
biomédico, com uma visão restrita do campo da saúde, sendo muitas vezes úteis para a
mercantilização da saúde e da pesquisa.10 Ainda anterior a Potter, Fritz Jahr, um teólogo
alemão responsável por empregar, pela primeira vez, o termo bioética em 1927,¹¹ havia
proposto o termo bioética para designar a ética das relações entre os seres humanos
e não humanos. Essa abordagem abrangente e ambiental da bioética presente nos dois
autores que a definiu como “um conhecimento preocupado com a sobrevivência da vida
no planeta”.¹⁰
Nesse sentido, na América Latina, foi organizada uma “outra” bioética que inclui a
abordagem dos direitos e adota uma visão coletiva e holística que entrelaça o que está
relacionado ao meio ambiente em seu campo, além da reconciliação da saúde entre a
humanidade e o meio ambiente. Nas últimas décadas, várias abordagens ecológicas foram
consolidadas, dentre as quais a presença da ética pode ser encontrada de forma mais
ou menos explícita: “[...] o movimento pela justiça ambiental está envolvido em conflitos
socioambientais originados na formação de territórios por processos de produção industrial,
agrícola ou de mineração, causando poluição que afeta a vida e a saúde das populações
vizinhas.”¹⁰,¹¹
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Ailton Krenak, um líder indígena brasileiro da etnia crenaque, que reflete sobre o papel
da humanidade e a interação com o meio ambiente, escreveu:
No início da pandemia do coronavírus Ailton Krenak publicou o livro “O amanhã não está
Assim, o imperativo pela ação climática15 requer que os profissionais da saúde se mobilizem,
como já fizeram em outras ocasiões, em prol de importantes mudanças sociais, ambientais
e econômicas. Uma relação ética com o planeta que habitamos tão precariamente e com as
futuras gerações exige tal comprometimento com a saúde planetária.
Entenda mais sobre o imperativo ético na fala da uruguaia Jaqueline Ponzo, aqui.
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E as mudanças climáticas?
A questão global mais iminente e relevante que está intimamente ligada à saúde mundial
são as mudanças climáticas, sendo considerada a maior ameaça do século 21, mas também
a maior janela de oportunidade para a humanidade.4 A emissão dos Gases de Efeito Estufa
(GEE) é o principal impulsionador das mudanças climáticas e têm efeitos locais negativos
diretos - por exemplo, secas, enchentes e fome - bem como repercussões supra-regionais,
como imigração (Figura 3).3,4
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Figura 1.
Fonte: Traduzido e adaptado de Watts et al. (2018), com autorização dos autores.4
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Existe consenso de que a humanidade saiu do Holoceno - era geológica com clima
relativamente estável e propício ao desenvolvimento da civilização humana - e adentrou
uma nova era geológica, o Antropoceno.16 Essa era se caracteriza, entre outras coisas,
por não se encontrar na face do planeta nenhum território que não esteja fisicamente
afetado pela “mão” do ser humano, seja por impactos mais óbvios, como rodovias, seja por
formas mais sutis, como contaminação ubíqua por radiação nuclear na crosta terrestre e
na atmosfera.17 As propostas para marcar o início do Antropoceno incluem a denominação
de “antropoceno inicial” que começa com a expansão da agricultura e do desmatamento; a
exploração do Novo Mundo pelo Velho Mundo e a Revolução Industrial por volta de 1800;
e em meados do século XX, a “Grande Aceleração” do crescimento e industrialização da
população.16,17
Apesar das mudanças climáticas serem cruciais - e terem sido em 2020 abordadas
na carta sobre recuperação saudável pós-pandemia²⁰ do coronavírus, assinada por diversas
associações representantes de profissionais da saúde, além do reconhecimento da
emergência climática global²¹ pela Organização Mundial dos Médicos de Família (WONCA)
e da crise climática pelo Conselho Internacional de Enfermagem (ICN)²² - elas são apenas
uma das dimensões da saúde planetária, já que hoje, por exemplo, a poluição mata mais
que malária, tuberculose e AIDS juntas.23 Porém, fica explícito na figura abaixo (Figura 4),
as mudanças climáticas, em suas consequências de deslocamento forçado, reassentamento
planejado e migração, são definidoras de grandes movimentos populacionais.24
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as ações diretas (insolações nos cenários de ondas de calor), quanto indiretas (alterações
socioculturais e consequência de saúde mental em populações migrantes, por exemplo).25
Figura 4.
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O planeta Terra tem um limite?
A inércia global na adaptação às mudanças climáticas persiste, com uma resposta mista
dos governos nacionais desde a assinatura do Acordo de Paris em 2015.4 Essa mudança de
paradigma, de entender o planeta e a nossa saúde como um ecossistema, traz o conceito
do limite planetário (Figura 3) e faz necessária uma análise baseada no risco de que as
perturbações humanas desestabilizem o planeta e, consequentemente, a própria civilização
humana. Por exemplo, a diversidade genética, os ciclos do fósforo e do nitrogênio já
ultrapassaram os limites do planeta.16
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Figura 5.
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cinzentas; esses são cargas atmosféricas de aerossóis, novas entidades e o papel funcional
da integridade da biosfera.
Se você deseja aprofundar seus conhecimentos neste tema dos limites planetários:
assista à palestra TED de Johan Rockstrom (não esqueça de ativar as legendas em
português).
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Você sabia que um sistema de saúde com forte referencial na Atenção Primária à
Saúde é mais custo-efetivo, mais satisfatório para as pessoas e comunidades, e é
mais equitativo – mesmo em contextos de grande iniquidade e desigualdade social.
A Atenção Primária à Saúde têm seus princípios divididos em essenciais e derivados.
Os atributos essenciais são: a atenção no primeiro contato, a longitudinalidade, a
integralidade e a coordenação, e como atributos derivados a orientação familiar
e comunitária e a competência cultural - hoje também discutida com o termo
humildade cultural.²⁹
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Conheça o grupo de saúde planetária do Instituto de Estudos Avançados da
Universidade de São Paulo (IEA/USP). Criado em 2019 o grupo transdisciplinar
composto por profissionais e estudantes de diversas áreas do conhecimento realiza
diversas atividades, como eventos online para discussão de temas relacionados à
saúde planetária e pesquisas. Conheça mais no link: http://saudeplanetaria.iea.usp.
br/pt/.
Na Figura 7 você verá como a saúde planetária se intersecciona com ações da Atenção
Primária à Saúde, principalmente em relação a mitigação e adaptação. Na imagem foram
agrupados aspectos como energia, indústria, transporte, agricultura, floresta e uso de
terras, construção e planejamento reprodutivo ligados com as ações da Atenção Primária
à Saúde.
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Figura 7. Mudanças climáticas e possíveis lócus de intervenção
pela atenção primária para mitigar as causas da poluição
e para adaptação aos efeitos ambientais diretos, efeitos
ambientais indiretos e efeitos socialmente mediados, com
seus impactos esperados na saúde.
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No apoio a essa perspectiva, foram criados 12 princípios transversais da saúde
planetária (Figura 8), que são um conjunto de mensagens chave que todo educador deve
se esforçar para transmitir aos sujeitos-aprendizes nessa área.26 Tais princípios atuarão
como temas orientadores abrangentes para qualquer ambiente educacional e visam atuar
como base para o desenvolvimento curricular e como ferramenta para orientar os esforços
educacionais nesse campo emergente. Podem e devem ser adaptados para as diferentes
realidades locais.31
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Figura 7. Mudanças climáticas e possíveis lócus de intervenção
pela atenção primária para mitigar as causas da poluição
e para adaptação aos efeitos ambientais diretos, efeitos
ambientais indiretos e efeitos socialmente mediados, com
seus impactos esperados na saúde.
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Há diferenças entre saúde planetária e
saúde ambiental?
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Figura 9.
Interconexões de saúde planetária.
Nesta rede (Figura 9), vemos atores humanos e atores não humanos, de forma não
hierarquizada.28 Observamos aqui o exemplo da Joana, ilustrado no caso inicial, com
algumas de suas inúmeras interdependências e possíveis causas sociais, ambientais, etc e
suas consequências sistêmicas.
Você sabia que mais de 200 milhões de mulheres desejam, mas atualmente não têm
acesso a anticoncepcionais modernos. Como resultado, 76 milhões de gravidezes
indesejadas ocorrem todos os anos. Atender a essa necessidade não atendida
pode desacelerar as altas taxas de crescimento populacional, reduzindo assim a
pressão demográfica sobre o meio ambiente. Existe um debate emergente e um
interesse sobre as ligações entre dinâmica populacional, saúde e direitos sexuais e
reprodutivos e mudanças climáticas.³⁶
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sem grandes dificuldades, na compreensão da maioria das ditas Doenças Crônicas Não
Transmissíveis, ou como recentemente proposto, Condições Socialmente Transmissíveis.36
Para fazer frente aos problemas sistêmicos em nível global é necessário que
vários atores e atrizes tomem medidas significativas e coordenadas que tenham
efeitos simultâneos em duas ou três das referidas pandemias.37 Essa sinergia
de ações é essencial para a saúde do planeta. O que você acha, será que Joana
também pode fazer parte da ação?
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Isto ajuda a compreender a etiologia socioambiental das doenças e das enfermidades
- sem fragmentação didática - e como acontece na Atenção Primária à Saúde.³⁸ Joana
perdeu sua plantação para uma seca - considerada um desastre socioambiental - e que
também é um reflexo das mudanças climáticas. Dessa forma, a saúde de Joana é diretamente
afetada pelos seus determinantes sociais da saúde, inclusive seu gênero e sexualidade, o
consumo de produtos industrializados, agrotóxicos, culpabilização individual, entre outros.
O ambiente onde ela está determina a sua saúde e, inversamente, sua saúde determina o
ambiente.
Por fim, a definição de ambiente mais útil no campo de estudos de saúde planetária
provém da Declaração de Estocolmo sobre o ambiente humano, de 1972,39 que em seu
primeiro artigo define que:
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Sugestões para aprofundamento
Material Porque este material é indicado?
Assista a conversa no 1º Congresso Nesta conversa Mayara Floss, médica e Narubia Werreria
Online Nacional da Associação ativista indígena discutem sobre o conceito de saúde
Brasileira de Ligas Acadêmicas em planetária e a sua aplicação no contexto do Brasil e das
Saúde da Família (ALASF) vivências humanas.
Assista ao documentário: Estou Me Neste documentário brasileiro com uma fotografia belíssima e
Guardando Para Quando O Carnaval uma crítica social precisa veja o impacto da produção do jeans
Chegar (2019): https://www.imdb.com/ na pequena cidade de Toritama, responsável por boa parte da
title/tt10240438/?ref_=tt_rt produção nacional de jeans brasileiro. Tente refletir sobre como a
saúde planetária se encaixa neste contexto.
Leia o texto: Fazendo nós: fazer-com Neste texto debate-se o conceito do antropoceno explicando,
no Antropoceno de Donna Haraway refletindo e interagindo com brincadeiras de barbantes para
http://climacom.mudancasclimaticas. ilustrar as teorias do Antropoceno e também Cthulhuceno.
net.br/fazendo-nos-fazer-com-no-
antropoceno/
Página 28
Material Porque este material é indicado?
Visite o site e conheça o projeto O Lancet Countdown: Tracking Progress on Health and Climate
“Lancet Countdown” ou “Contagem Change é um projeto de colaboração internacional para pesquisa,
Regressiva do Lancet” no qual se com objetivo de acompanhar a resposta do mundo quanto
discute sobre a contagem regressiva às mudanças climáticas e aos benefícios à saúde que isso
para mitigarmos e nos adaptarmos proporciona. Com inserção anual no The Lancet, acompanha
para a as mudanças climáticas: uma série de indicadores, demonstrando que essa transição já se
http://www.lancetcountdown.org/. iniciou, que a adaptação é possível, mas que é necessário mais
esforço.
Assista esta palestra do TEDx: Nesta palestra, a médica emergencista Courtney Howard
Healthy Planet, Healthy People: explica como um planeta saudável produz pessoas mais
https://www.youtube.com/ saudáveis também. Atenção este material não tem legendas
Leia: Floss M, Barros E, Bressel M, Neste resumo para políticas públicas faz-se um panorama sobre
Hacon S, Nobre C, Knupp D, et como as mudanças climáticas já afetam a saúde dos brasileiros.
al. Lancet Countdown: Briefing Principalmente em quatro eixos: doenças transmitidas por
para Políticas de Saúde no Brasil. mosquitos, à supressão do uso de carvão, à poluição do ar e
RBMFC. 2019;14(41):16. Disponível emissões do setor de atenção à saúde.
a tradução para o português em:
https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/
view/2286/1505
Leia: Watts N, Amann M, Arnell N, Este texto (em inglês) traz as últimas evidências científicas
Ayeb-Karlsson S, Belesova K, Berry analisadas e compiladas sobre as mudanças climáticas no
H, et al. The 2018 report of the mundo.
Lancet Countdown on health and
climate change: shaping the health
of nations for centuries to come.
The Lancet 2018;392:2479–514.
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thelancet.com/journals/lancet/article/
PIIS0140-6736(15)60901-1/fulltext
Página 29
Material Porque este material é indicado?
Leia: Floss M, Barros E, Bressel Este texto (em inglês) traz evidências científicas e recomendações
M, Hacon S, Stein A, Sirena S, políticas sobre o impacto das mudanças climáticas no Brasil.
et al. Lancet Countdown 2018
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2018;1:19. Disponível em: http://
www.lancetcountdown.org/
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policy-brief-brazil.pdf
Programa das Nações Unidas para o O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
Meio Ambiente (PNUMA) Disponível (PNUMA), principal autoridade global em meio ambiente, é a
Leia: Freitas C, Oliveira S, Schütz G, Este texto (em inglês) é uma reflexão sobre uma linha destas
Freitas M, Camponovo M. Ecosystem abordagens integradas, os enfoques (eco)sistêmicos, na realidade
approaches and health in Latin latino-americana.
America. Cadernos de Saúde Pública.
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Leia: Fonseca A. Ambiente e saúde: Uma pesquisa (em português) e discussão sobre com os
visão de profissionais da saúde profissionais da saúde entendem os conceitos de saúde e
da família. Ambiente & Sociedade. ambiente.
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em: http://www.scielo.br/scielo.
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753X2012000200008
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Material Porque este material é indicado?
Leia: Ponzo J. Bioética, Salud y Este texto (em espanhol) analisa o percurso da construção da
Ambiente. Revista Trama [Internet]. bioética com um foco na América Latina.
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Disponível em: http://auas.org.uy/
trama/index.php/Trama/article/
view/178
Leia: Haines A, Ebi K. The Imperative Este texto (em inglês) “O imperativo para a ação climática para
for Climate Action to Protect proteger a saúde” explica a necessidade de tomada de ação
Health. New England Journal of para a humanidade adaptar-se ao planeta pela ótica da ética e
Medicine. 2019;380(3):263-273. das populações mais afetadas pelas mudanças climáticas)
Disponível em: https://www.nejm.org/
Visite o infográfico de listras que Este site (em inglês) mostra diversas listras. Cada listra do
mostra como o clima está mudando: infográfico representa a temperatura média naquele país ao longo
https://showyourstripes.info/ de um ano. Para a maioria dos países, as listras começam no
ano 1860-1901 e terminam em 2019, mostrando um aumento
significativo de temperatura por meio das listras da barra de
cores.
Página 31
Referências:
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39. United Nations Conference on the Human Environment. Declaration of the United
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Página 36
Equipe Responsável:
A Equipe de coordenação, suporte e acompanhamento do Curso é formada por
integrantes do Núcleo de Telessaúde do Rio Grande do Sul (TelessaúdeRS-UFRGS).
Revisão Módulo 1
Coordenação Executiva
Jacqueline Ponzo
Rodolfo Souza da Silva
Eno Dias de Castro Filho
Jacqueline Ponzo
Gestão Educacional
Enrique Falceto Barros
Ylana Elias Rodrigues
Nelzair Araujo Vianna
Coordenação do curso
Projeto Gráfico
Mayara Floss
Iasmine Paim Nique da Silva
Carlos Augusto Vieira Ilgenfritz
Página 37
Revisão Ortográfica
Normalização
Diagramação e Ilustração
Desenho instrucional
Tecnologia da Informação e
Comunicação
Página 38